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HEMATOLOGIA

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RELATÓRIOS DAS PRÁTICAS Hematologia clinica 
Caroline Teixeira Caetano da Silva 
Matricula: 01146612
RECIFE
JUL/2020
INTRODUÇÃO
 Anemia, definida como a redução dos níveis de hemoglobina no sangue, é o mais frequente sinal encontrado na prática clínica e é sempre secundária a uma doença de base. As anemias carenciais figuram como as doenças mais frequentes do mundo, estando em primeiro lugar a anemia ferropriva, seguida da anemia megaloblástica, por deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. 1,2 A anemia ferropriva é fator de risco independente no aumento da morbidade e mortalidade populacional. Há uma estimativa de 3,5 bilhões de pessoas com deficiência de ferro em todo o mundo, a maioria em países em desenvolvimento.3,4 Exames laboratoriais, tais como a concentração de hemoglobina, o hematócrito, a ferritina sérica, a protoporfirina eritrocitária, a capacidade total de ligação do ferro (TIBC), o ferro sérico e a saturação de transferrina, podem ser utilizados para detectar diferentes fases da deficiência de ferro.5,6 A deficiência de vitamina B12 pode ocasionar transtornos hematológicos, neurológicos e cardiovasculares. Seu diagnóstico precoce é de grande importância para evitar danos patológicos irreversíveis. 2 Define-se deficiência de vitamina B12 como: (1) níveis séricos de cobalamina inferiores a 150pmol/L (200pg/ml) e manifestações clínicas e/ou anomalias hematológicas relacionadas à deficiência de cobalamina; (2) níveis séricos de cobalamina inferiores a 150 pmolcom níveis totais de homocisteína no soro superiores a 13mmol/l ou ácido metilmalônico superior a 0,4mmol/l (na ausência de insuficiência renal e de deficiência de folato e vitamina B6); (4) níveis séricos holotranscobalamina abaixo de 35pmol/l.7 A transfusão de concentrados de hemácias é indicada para aumentar a massa eritrocitária em pacientes que necessitem aumentar sua capacidade de transporte de oxigênio. Alguns princípios devem ser considerados: indicação apropriada, riscos e benefícios, causa da anemia. A transfusão de hemácias não deve ser alternativa para o tratamento de deficiências de ferro e anemia megaloblástica, a menos que esta anemia ameace a vida do paciente. 8 Dada sua relevância clínica-epidemiológica, as anemias carenciais devem ser suspeitadas por todo profissional de saúde. A atenção básica tem obrigação de diagnosticar e conduzir adequadamente essas anemias, instituindo uma reposição apropriada de nutrientes e investigando sua causa básica. Casos excepcionais podem ser encaminhados aos serviços secundários de hematologia. A necessidade de hemotransfusão de resgate por carência de ferro ou de vitaminas seria bastante reduzida se isso acontecesse de fato. Entretanto muitos pacientes se apresentam ao ambulatório de hematologia com carências de longa evolução, francamente sintomáticas, sem uma propedêutica diagnóstica ou terapêutica adequadas, com ameaça à vida, justificando sua hemotransfusão.
Anemia por deficiência de ferro
Este é o tipo mais comum de anemia e pode variar de intensidade. Além dos sintomas já descritos, a carência de ferro também pode se manifestar das seguintes formas: unhas quebradiças ou em forma de colher, língua inchada ou dolorosa, rachaduras e úlceras nos cantos da boca e vontade de consumir substâncias não alimentares, como gelo ou terra.
A relação do ferro com a anemia ocorre porque este elemento é essencial para a produção das hemácias. Sua deficiência pode ocorrer quando o consumo de ferro por meio da alimentação fica abaixo das necessidades do corpo. Sem ferro o corpo produz menos hemoglobina, causando a anemia.
Mas uma dieta pobre em ferro não é o único motivo para que este tipo de anemia ocorra. Um sangramento excessivo ou que dure por muito tempo também pode diminuir consideravelmente as reservas deste nutriente no corpo. Em mulheres com fluxo de menstruação muito intenso são comuns casos de anemia por deficiência de ferro.
Em relação à alimentação também é importante ficar atento às necessidades do organismo e a sua capacidade de absorção de ferro. Gestantes e lactantes, por exemplo, necessitam de mais ferro pois o bebê precisa de uma grande quantidade de ferro para crescer. Além delas, pessoas com doença celíaca e de Crohn têm dificuldade na absorção do ferro pelo intestino.
Além do hemograma, os exames que ajudam no diagnóstico da anemia por deficiência de ferro são: esfregaço de sangue, ferro sérico, ferritina, capacidade total de combinação do ferro e transferrina, além da pesquisa de sangue oculto nas fezes. Se a investigação indicar que a anemia pode estar relacionada a uma bactéria que provoca úlceras podem ser solicitados exames como endoscopia ou colonoscopia.
 
Anemia perniciosa e deficiências de vitamina B12 e ácido fólico
Neste tipo de anemia o corpo não produz uma substância chamada “fator intrínseco” em quantidade suficiente. Trata-se de uma proteína que se liga à vitamina B12, permitindo a sua absorção no intestino delgado. Assim como o ferro, a vitamina B12 também é importante para a produção de hemácias.
Outros motivos que podem causar a deficiência de B12 no organismo são uma dieta inadequada e problemas que afetam a absorção desta vitamina, como cirurgia, alguns medicamentos, doenças digestivas como celíaca e Crohn e infecções.
Além dos sintomas já comuns a outros tipos, a anemia por deficiência de vitamina B12 pode apresentar: fraqueza muscular, reflexos lentos, perda de equilíbrio e marcha instável. Nos casos mais graves pode causar confusão, perda de memória, depressão e/ou demência.
A deficiência de ácido fólico também pode causar anemia. Esta vitamina do complexo B pode ser encontrada em diversos alimentos, principalmente nos vegetais com folhas verdes e alguns grãos enriquecidos. Estre nutriente é essencial durante a gravidez pois ele ajuda no desenvolvimento do cérebro e da medula espinhal do feto.
Quando há suspeita de anemia por carência de B12 ou de ácido fólico o médico pode solicitar, além do hemograma, os seguintes exames: vitamina B12, ácido fólico, ácido metilmalônico, homocisteína, contagem de reticulócitos, anticorpos contra fator intrínseco ou anticorpos contra células parietais.
 
Anemia aplástica
Este tipo de anemia ocorre quando há diminuição de todos os tipos de células do sangue produzidas na medula óssea. Sintomas específicos deste tipo de anemia incluem: sangramento prolongado, sangramentos nasais frequentes, sangramento na gengiva, esquimoses espontâneas (quando a pele fica roxa em áreas mesmo sem sofrer trauma), além do aumento da frequência e da gravidade de infecções.
A anemia aplástica ocorre quando houve danos às células-tronco na medula óssea. Estes danos podem ser causados por: exposição a substâncias tóxicas (arsênico, benzeno e pesticidas), radioterapia, quimioterapia, distúrbios autoimunes (como lúpus eritematoso sistêmico ou artrite reumatoide) e infecções virais como hepatites, vírus de Epstein-Barr, HIV, citomegalovírus ou parvovírus B19.
Os exames solicitados nestes casos envolvem: contagem de reticulócitos, eritropoietina, aspirado da medula óssea, exames para as infecções virais já citadas, exames para arsênico e outros venenos e exames para doenças autoimunes. Em alguns casos o médico pode solicitar exames de vitamina B12 ou de ácido fólico para excluir outras causas.
 
Anemias hemolíticas
Nas anemias hemolíticas as hemácias morrem ou são destruídas antes do seu ciclo normal de vida, que é de 120 dias. Desta forma a medula óssea não consegue repor todas as hemácias destruídas, causado a redução da presença destas células no sangue.
As causas das anemias hemolíticas se dividem em dois grupos:
Hereditárias: é o caso da anemia falciforme, da talassemia, além de outros subtipos específicos menos comuns. Tratam-se de anormalidades passadas de pai/mãe para filho. Para aprofundar a investigação de anemias hereditárias podem ser solicitados os seguintes exames: pesquisa de variantes de hemoglobina, análise de DNA, dosagem de glicose-6-fosfato desidrogenase e exame de fragilidade osmótica.Adquiridas: este tipo de anemia pode ser causado por distúrbios autoimunes, reações de transfusões de sangue, incompatibilidade maternofetal, medicamentos, destruição física das hemácias ou alterações genéticas. Se houver suspeita de anemia hemolítica adquirida o médico pode solicitar pesquisa de autoanticorpos, teste direto de antiglobulina (Coombs), exame de haptoglobinas ou contagem de reticulócitos.
 
Anemia das doenças crônicas 
Algumas doenças crônicas de longa duração também podem causar anemia. É o caso das doenças renais, de processos inflamatórios ou ainda doenças como HIV, tuberculose, câncer ou cirrose hepática.
Na maioria dos casos este tipo de anemia só é percebido na realização de um hemograma de rotina. Se houver suspeita de anemia causada por doenças crônicas os exames que ajudam no diagnóstico são: contagem de reticulócitos, testes de inflamação, eritropoietina e exames para infecções como HIV e tuberculose.
O Eritrograma é a parte do hemograma em que são analisadas as características das células vermelhas do sangue, as hemácias, também conhecidas como eritrócitos.
	HT ou HCT - Hematócrito
	Representa a porcentagem do volume ocupado pelas hemácias no volume total de sangue
	Alto: Desidratação, policitemia e choque;
Baixo: Anemia, perda excessiva de sangue, doença renal, deficiência de ferro e de proteínas e sepse.
Hb - HemoglobinaÉ um dos componentes das hemácias e é responsável pelo transporte de oxigênio
Alta: Policitemia, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares e em altitudes elevadas;
Baixa: Gravidez, anemia por deficiência de ferro, anemia megaloblástica, talassemia, câncer, desnutrição, doença hepática e lúpus.
Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos
O Esfregaço de sangue, também conhecido como distensão sanguínea ou ainda extensão sanguínea, é um teste realizado em hematologia para a contagem e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que, após corada, é analisada em microscópio.
O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao paciente. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente parasitas, como o Plasmodium, causador da malária.
Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como infecções.
Apesar dos avanços em hematologia, na área de automação e uso de metodologias moleculares, um teste aparentemente simples como este ainda é indispensável. O primeiro passo para se obter resultados confiáveis é a confecção de um bom esfregaço de sangue e, para tanto, é necessário empregar as técnicas corretas.
Técnica de esfregaço de sangue
O método de preparação para demonstrar melhor os tipos celulares do sangue periférico é o esfregaço de sangue. Uma gota de sangue é colocada diretamente sobre uma lâmina de vidro e espalhada em uma camada fina pela sua superfície. Isso é obtido espalhando-se a gota de sangue com a borda de uma lâmina histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma monocamada de células.

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