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FERIDAS E COBERTURAS Feridas - interações da integridade anatômica da pele resultantes de eventos traumáticos, vasculares, infeciosos ou neoplásicos. TIPOS DE FERIDAS · Mecânicas (TRAUM.) · LaceradasÚLCERAS VASULOGÊNICAS (arterial, venosa, mista) LESÃO POR PRESSÃO FERIDAS VASCULOGÊNICAS (pé diabética) · Químicas/ térmicas/ elétricas/ radiação · Incisas · Contusas · Perfurantes · Oncológicas · Patológicas · Queimaduras · Fistulas/ deiscências · Cirúrgicas ENFERMEIRO SEGUIMENTO PARA AVALIAÇÃO 1 – Localização anatômica 2 – Dimensões 3- Tipo de ferida 4 – Tempo – etiologia 5 – Comprometimento tecidual 6 – Cor de ferida 7- Bordas 8- Pele adjacentes 9 – Apresentação de tecidos 10 – Exsudato 11 – Odor 12 – Potencial de infecção 13 – Dor 14 – Fazer etapa de cicatrização da lesão COLETA DE INFORMAÇÕES 1 – Tratamento terapêutico anteriores? com o que? 2- Avaliar questão alimentar de acordo com a questão socioeconômico. 3- Observar questões de higiene e autocuidado. 4- Qual o motivo da não cicatrização com tratamentos anteriores. 5- Utilizar irregularmente a medicação de HAS E DM ou outra? 6- Sente dor agora? 7- Sente dor diariamente? 9- A dor impede de fazer atividades USUÁRIO IMPORTANTE!! 1 – Avaliar a pele integralmente. 2 – Perfusão tissular periférica. 3 – Pulso regionalizado nas proximidades na lesão. 4 – Unhas: coloração e formato (quadrados são indicados). 5 – Calçados adequado? (redondos ou com bicos). 6 – Classificação? 7 – Neuropatia vascular periférica (Sensibilidade plantar). 8 – Pontos de pressão na pele, relacionada ao risco. AVALIAÇÃO TEGUMENTAR AVALIACÃO DAS FERIDAS · Anammese Estado geral Anatômica Ferida · Exame físico Inspeção Palpação Percussão Ausculta Olfato CURATIVO · ‘’ Processo que envolve desde o procedimento de LIMPEZA até a seleção de COBERTURA especifica para determinada lesão’’. · Objetivando auxiliar no tratamento da ferida ou prevenir colonização dos locais de inserção de dispositivos invasivo. · O curativo deve ser realizado de forma asséptica, com o manuseio correto das pinças e a manutenção da técnica asséptica. · O paciente com feridas deve receber tratamento diferenciado, considerando – se que, geralmente, se encontra fragilizada. A autoestima afetada, a dura e prolongada recuperação, a perspectiva complicações e sequelas são fantasmas que acompanham seu tratamento. · A técnica aplicada durante o curativo deve atender aos princípios que otimizem o processo de cicatrização. TIPOS DE CURATIVO Aberto: em feridas sem infeção (sem proteção de gases). Oclusivo: após limpeza e aplicação de medicamento é ocluído com gaze e ataduras, para evitar perda de fluidos, promove isolamento térmico, veda a ferida. Semi – oclusivo: utilizado em feridas cirúrgicas, drenos e feridas exsudativas, observando o exsudato e isolando a pele saudável. Compressivo: feito para reduzir o fluxo de sangue, promover estase e auxilia na aproximação das extremidades da lesão. CICATRIZAÇÃO A reação da cicatrização envolve ações integradas das células, que visam restaurar a integridade do tecido. De um modo geral, representa uma complexa sequência de eventos condenados e desencadeados pelo organismo. TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 1. Primeira intenção: ocorre em feridas realizadas de maneira asséptica, com um mínimo de destruição tecidual e que são devidamente fechadas, cicatrizando com pouca reação tecidual; o tecido de granulação não é visível. (ex:. feridas operatórias) 2. Segunda intenção: acontece nas feridas em que a aproximação primaria das bordas não é possível pela perda tecidual excessiva com presença ou não infecção. As feridas são deixadas abertas e se fecharam por meio de contração e epitelização. 3. Terceira intenção: ocorre principalmente nas feridas expostas á infeção ou dispositivos médicos ( ex:. drenos) e precisam de tratamento inicial para então haver posteriormente a aproximação das bordas cirurgicamente. FASES DE CICATRIZAÇÃO 1. Inflamatória: também chamada de fase exsudativa, tem por funções a ativação do sistema de coagulação, promoção de desbridamento e defesa da ferida contra patógenos. (3 dias) 2. Proliferativa: nesse estágio, ocorre a regeneração dos tecidos, a formação de novos vasos (neoangiogenese), a multiplicação dos fibroblastos com deposição de colágeno(fibroplasia), isto é, formação de tecido de granulação e migração das células epiteliais das margens da lesão para o centro (epitelização). (3 a 24 dias) 3. Maturação: a depender do local e grau de extensão da lesão, pode durar meses ou ano. Nessa fase ocorre a remodelação do tecido. LIMPEZA ‘’ Existe um consenso de que a limpeza de feridas reduz as taxas de infeção (khane nagvi, 2006)’’. ‘’As potencias vantagens e desvantagens da limpeza das feridas continuam a ser debatidas no setor clinico. Essa pratica pode não ser semre necessária que o próprio exsudato pode conter fatores de crescimento e quimiocinas que contribuem para cicatrização de feridas (Aticeh et al. 2009)’’. ‘’A limpeza deferida libera e desbrida resíduos celulares,tais como bactérias, exsudato, material purulento e resíduos de agentes tópicos (baranoski e Avelio, 2006) ‘’. OBSERVAÇÃO:. · Não ser tóxica para os tecidos humanos. · Continuar a ser eficaz na presença de material orgânico. · Reduzir o número de microrganismo. · Não causar reações de sensibilidade. · Estar amplamente disponível, ser eficaz termos de custos. · Permanecer estável durante um grande prazo de validade. TIPOS DE DESBRIDAMENTO 1. Cirúrgico: realizado por médico – cirurgião, geralmente no centro cirúrgico, com anestesia, quando comprometido tecidual abrange grande áreas de erosão, tunelização, fistulizaão, que necessitam de remoção ossea, estejam a proximo orgão vitais, possam procovar dor intensa, estejam em situações de imunopressão e sepse, dentre outras omplicações graves, como osteomielite. 2. Mecânico · Fricção · Irrigação · Úmido / seco · Hidroterapia 3. Instrumental conservador: é aquele no qual não estão incluídas as situações acimas citadas, podem ser realizados em ambulatório ou no leito do paciente e por enfermeiros capacitados, não deve transpor a fáscia muscular, segundo pareceres de diversos conselhos regionais de enfermagem. 4. Enzimático: envolve o uso tópico de enzimas comercialmente produzidas, com a papaína e a colagenase. 5. Autolítico: consiste na degradação seletiva de tecidos desvitalizados por meio de enzimas endógenas, em virtudes de um meio úmido adequado, causado pela aplicação de uma cobertura que permita a hidratação da ferida, um exemplo a hidrocoloide e o hidrogel. 6. Biológico (TERAPIA LARVAL): É uma técnica com aplicação de larvas de moscas terapêuticas e estéreis no leito da ferida. COBERTURAS · Impermeabilidade · Troca gasosa · Proteção contra traumas · Hemostasia · Promover ambiente úmido · Desbridamento · Alivio a dor TIPOS DE COBERTURAS 1. Primária 2. Secundária 3. Terciária PAPAÍNA Composição: · É uma enzima retirada do látex do vegetal mamão papaia. Indicado: · No desbridamento enzimático de feridas com tecidos necróticos secos ou viscosos bem aderido no leito, ulceras abertas, infectadas. Contraindicada: · Para feridas hipersensibilidade ao componente da fórmula. Troca: · máximo 24 horas, ou de acordo com a saturação do curativo secundário. Concentração: · 2 – 4% tec de granulação · 6 -10% desbridamento · 100% biofilme OBSERVAÇÃO:. · A papaína em pó pode ser diluída em água destilada. · A papaína em gel deve ser conservada na geladeira. COLAGENASE Composição: · colagenase clostridiopeptidase e enzimas proteolíticas. Indicação: · no desbridamento enzimático de feridas com tecidos necróticos secos ou viscosos bem aderidos ao leito. Contra indicação: · feridas com cicatrização por primeira intenção e para feridas hipersensibilidade ao componente da fórmula. Troca: · a cada 24horas SULFATIAZINA DE PRATAComposição · Sulfatiazina de prata 1% hidrofílica. Indicação: · feridas causadas por queimaduras ou que necessitem ação antibacteriana. Contra indicação: · hipersensibilidade a sulfa, disfunção renal ou hepática, leucopenia transitória, mulheres grávidas, crianças menores de dois meses de idade. Troca: · a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária estiver saturada ACIDOS GRAXOS ESSENCIAS (AGE) Composição: · Óleo vegetal, composto por ácido linoleico, ácido caprilico, vitamina A, E e lecitina e soja. Indicação: · prevenção de úlceras de pressão, feridas abertas, superficiais com ou sem infeção. Contra indicação: · Leito da ferida infectada ou excessivamente exsudativa. Troca: · sempre que o curativo secundário estiver saturado ou no máximo, a cada 24horas. HIDROCOLOIDE Composição: · camada externa de espuma de poliuretano e outra interna composta de gelatina, pectina, e carboximetilcelulose sódica. Indicação: · feridas abertas não infectadas, com leve e moderada exsudação. Prevenção ou tratamento de ulceras de pressão não infectadas. Contra indicação: · feridas colonizadas ou infectadas, ferida com tecido desvitalizados ou necrose e queimaduras de 3°grau. Troca: · a cada um a sete dias, depende da quantidade de exsudação. HIDROGEL Composição: · Gel transparente incolor, composto por água (77,7 %) carboximeilcelulose (CMC – 2, 3%) e propilenoglicol (PPG- 20%). Indicação · Feridas superficiais moderada ou baixa exsudação remover as crostas, fibrinas, tecido desvitalizados ou necrosados. Contra indicação · Pele integra e incisões cirúrgicas fechadas. Troca · A cada um a três dias, dependendo da quantidade de exsudato. ALGINATO DE CALCIO Composição · Fibras de puro alginato de cálcio derivado de algas marinhas. Indicação · Feridas exsudativas, com ou sem infeção, sangrantes, e que precisam de preenchimento de cavidades. Contra indicação: · Lesões superficiais com ou nenhuma exsudação, queimaduras, necrose seca. Troca · Feridas infectadas (24 horas) · Feridas limpas com sangramento (48horas) · Feridas limpas ou exsudação HIDROPOLIMERO Composição · Almofada de espuma composta de camadas sobrepostas de não tecido e hidro polímero e revestida por poliuretano. Indicação · Feridas abertas não infectadas com leve a moderada exsudação. Contra indicação · Feridas infectadas ou com tecidos necrosados. Troca · Sempre que houver presença de fluidos nas bordas da almofada de espuma ou, no máximo a cada 7 dias. GAZE DE RAYON Composição · Compressa/ malha estéril não aderente, composta de acetato de petrolaum ou com ácidos graxos essências (AGE). Indicação · Feridas superficiais agudas ou crônicas com baixa exsudação. Ex:. queimaduras superficiais de 2° grau, lesões pós – trauma, aéreas doadoras e receptores de enxertos. Contra indicação · Em feridas com necessidade de ação antibacteriana e com exsudação excessiva, em pacientes com conhecimento de sensibilidade ao produto ou a algum de seus componentes. BOTA DE UNNA Composição · Bandagem inelástica, estéril, impregnada de pasta de contém oxido de zinco, gliceral, óleo de rícino, água deionizada e goma acácia. Indicação · Tratamento de ulcera venosa e edema linfático. Contra indicação · Úlceras artérias e alergia aos seus componentes. Troca · Três a sete dias CARVÃO ATIVADO Composição · Tecido carbonizado e impregnado com nitrato de prata a 0,15% envolto por camada de tecido sem carvão ativado. Indicação · Feridas fétidas, infectadas e exsudativas. Contra indicação · Feridas limpas e lesões de queimaduras. Troca · A cada 1 – 4 dias dependendo da quantidade de exsudação. METRONIDAZOL (DEVE SER UTILIZADO PARA IRRIGAR A FERIDA) Ação · remover odor Dose · 250 ml (01 comp +20 ml soro fisiológico) Troca · 24 horas Duração · 5 dias PREVENÇÃO COM COBERTURAS (CREME DE BARREIRA) Composição · Creme hidrofago, estabilizante do pH da pele. Indicação · Proteção de pele integra contra fluidos corpóreos e de área perilesionada contra fluidos das feridas. Contra indicação · Em mucosa com áreas com ruptura da pele FILMES TRASNSPARENTES Composição · Película de poliuterano, semipermeável, que permite a difusão gasosa e a evaporação da água, porém é impermeável a fluidos externos. Indicação · Prevenção do desenvolvimento da ulcera por pressão, estagio 1 e como cobertura secundária. Contraindicação · Como cobertura primaria para lesões com ruptura da pele.
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