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2020
Curso
PRÁTICO de 
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO
18ª 
edição
revista 
ampliada 
atualizada
Ivan Kertzman
23
Roteiro de estudos
Caros leitores,
Desde a primeira edição desta obra, disponibilizamos o nosso e-mail para uma maior 
aproximação com o público, respondendo às dúvidas e “ouvindo” todas as críticas, 
sugestões e elogios sobre a obra.
Este canal tem ajudado bastante na evolução deste livro, que a cada edição é al-
terado de forma a atender às solicitações encaminhadas.
Percebemos, ao longo das 17 edições anteriores, que um dos questionamentos mais 
recorrentes é o relativo aos capítulos do livro que devem ser estudados na preparação 
para cada um dos concursos públicos.
Pensando, então, em atender previamente futuras demandas, a editora nos solicitou 
que fizéssemos um link entre os programas de Direito Previdenciário dos principais 
concursos com os capítulos do livro, objetivando orientar o estudo dos nossos leitores.
Segue, assim, um roteiro completo de estudo deste livro, para a melhor preparação 
dos candidatos às vagas no serviço público.
Esperamos que seja útil.
Ivan Kertzman
Itens do Edital Tópico do livro
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – Edital 1/2015 – INSS, de 22 de dezembro de 2015
• Analista do Seguro Social – CESPE 
Noções de Direito Previdenciário – Todos os Cargos, Exceto Direito
1. Finalidade e princípios básicos da Previdência Social. 2 Regime Geral de Previ-
dência Social. 
Capítulos 1 e 3
2.1. Segurados obrigatórios. 2.2 Filiação e inscrição. 2.3 Conceito, características e 
abrangência: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalha-
dor avulso e segurado especial. 2.4 Segurado facultativo: conceito, características, 
filiação e inscrição. 2.5 Trabalhadores excluídos do Regime Geral. 
Capítulo 5
3. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. Capítulo 6
4. Financiamento da Seguridade Social. 4.1 Receitas da União. 4.2 Receitas das 
contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico e 
do produtor rural. 
Capítulos 8 e 9
4.3. Salário de contribuição. 4.3.1 Conceito. 4.3.2 Parcelas integrantes e parcelas 
não integrantes. 4.3.3 Limites mínimos e máximos. 
Capítulo 7 
4.4. Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal. Capítulo 14
CURSO PRÁTICO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Ivan Kertzman
24
Itens do Edital Tópico do livro
5. Parcelamento de contribuições e demais importâncias devidas à seguridade social. Capítulo 16 
6. Restituição e compensação de contribuições. Capítulo 12
7. Infrações à legislação previdenciária. Capítulo 15
8. Recurso das decisões administrativas. Capítulo 17
9. Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, 
benefícios, Serviço Social, Reabilitação Profissional, Justificação Administrativa, 
disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário de benefício, renda 
mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios. 10 Manutenção, perda 
e restabelecimento da qualidade de segurado. 
Capítulos 19 a 23
11. Lei 8.212/1991 e alterações posteriores. 12 Lei 8.213/1991 e alterações posteriores. 
13 Decreto 3.048/1999 e alterações posteriores.
Texto da Norma 
14. Plano Simplificado de Previdência Social. Capítulo 8
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – Edital 1/2015 – INSS, de 22 de dezembro de 2015
• Técnico do Seguro Social – CESPES
1. Seguridade Social. Capítulo 1
1.1. Origem e evolução legislativa no Brasil. Capítulo 2
1.2. Conceituação. 1.3 Organização e princípios constitucionais. Capítulos 1 e 3 
2. Legislação Previdenciária. 2.1 Conteúdo, fontes, autonomia. 2.3 Aplicação das 
normas previdenciárias. 2.3.1 Vigência, hierarquia, interpretação e integração. 
Capítulo 4
3. Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados obrigatórios, 3.2 Filiação 
e inscrição. 3.3 Conceito, características e abrangência: empregado, empregado 
doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 
Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição. 3.5 Trabalhadores 
excluídos do Regime Geral. 
Capítulo 5 
4. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário. Capítulo 6
5. Financiamento da Seguridade Social. 5.1 Receitas da União. 5.2 Receitas das 
contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, 
do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos 
de prognósticos, receitas de outras fontes. 5.4 Arrecadação e recolhimento das 
contribuições destinadas à seguridade social. 
Capítulos 8, 9 e 10
5.3. Salário de contribuição. 5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas 
não integrantes. 5.3.3 Limites mínimo e máximo. 5.3.4 Proporcionalidade. 5.3.5 
Reajustamento. 
Capítulo 7
5.4.1. Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil. Capítulo 14
5.4.2. Obrigações da empresa e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo de recolhimento. 
5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária. 
Capítulo 15 
6. Decadência e prescrição. Capítulo 24
7. Crimes contra a seguridade social. Capítulo 18
8. Recurso das decisões administrativas. Capítulo 17
9. Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de presta-
ções, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário de 
benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios. 10 
Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado. 
Capítulos 19, 20, 
21 e 23 
59
Capítulo 3
A Seguridade Social 
na Constituição Federal
3.1. APRESENTAÇÃO
A seguridade social mereceu especial destaque, constando no texto constitucional 
uma série de dispositivos que regulam o funcionamento e estrutura da proteção social 
no país. Alguns destes dispositivos já foram mencionados ao tratarmos da definição 
da seguridade social, no primeiro capítulo desta obra.
Neste capítulo, estudaremos os dispositivos trazidos pela Carta Maior sem perder-
mos o foco no direcionamento desta obra para concursos públicos.
Dividimos, então, com fins meramente didáticos, o estudo constitucional da segu-
ridade social em duas partes: princípios constitucionais e dispositivos constitucionais. 
Os princípios constitucionais são ideias matrizes orientadoras de todo o conjunto 
de normas e versam, basicamente, sobre a essência e estrutura da proteção social. São 
normas programáticas que devem orientar o poder legislativo, quando da elaboração 
das leis que tratam sobre o regime protetivo, assim como o executivo e o judiciário, 
na aplicação destas.
Os dispositivos constitucionais são regras que o constituinte achou por bem inserir 
no texto constitucional para dar forma à seguridade social brasileira.
3.2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
 Ao estudar os princípios constitucionais da seguridade social, percebe-se que 
nem todos os princípios são aplicáveis aos seus três ramos: saúde, previdência social 
e assistência social. Determinados princípios podem melhor se adequar a alguma área 
específica da seguridade, como demonstraremos ao tratar de cada um deles.
A doutrina tradicionalista classifica a previdência social como um direito humano de 
2ª geração, devido à proteção individual que proporciona aos beneficiários, atendendo 
às condições mínimas de igualdade.
Na evolução dos direitos sociais, ao longo dos anos, novos direitos vão se agregan-
do ao rol das garantias existentes. A doutrina moderna, então, vem classificando os 
direitos sociais na categoria de direitos fundamentais de 3ª geração ou de 3ª dimensão, 
como hoje se prefere chamar. De fato, o foco dos direitos sociais não está na proteção 
CURSO PRÁTICO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Ivan Kertzman
60
individual, mas na solidariedade. A previdência, por exemplo, tem como razão de existir 
a proteção da sociedade, garantida por meio de um sistema solidário, sendo, então, 
melhor classificada como direito de 3ª geração. 
O texto constitucional define os princípios constitucionais como objetivos dasegu-
ridade social que devem ser observados pelo Poder Público na organização do sistema. 
Obviamente, além dos princípios específicos da seguridade social, previstos no 
art. 194, parágrafo único, da Constituição Federal, diversos outros princípios gerais são 
aplicáveis à seguridade social. 
O princípio da solidariedade (art. 3º, I, CF/1988), apesar de não ser específico da 
seguridade, merece destaque por estruturar todo o sistema nacional de seguridade 
social, por isso será estudado, em seguida, em tópico específico.
A “dignidade da pessoa humana” (art. 1º, III, CF/1988) também é bastante relacio-
nada à seguridade social, principalmente nas decisões de nossos tribunais. De fato, ao 
analisar um litígio em que o segurado busca um benefício assistencial ou previdenciário 
mínimo para a sua sobrevivência ou um serviço de saúde que vai lhe dar uma vida 
digna, o Judiciário deve ponderar este princípio com os demais dispositivos específicos.
Outro princípio geral que deve sempre ser analisado em matérias relacionadas à 
seguridade social é o “princípio do não retrocesso social”. Veja que o próprio texto 
constitucional veda a reforma constitucional tendente a abolir os direitos e garantias 
individuais (art. 60, § 4º, IV, CF/1988). Apesar de polêmico, parte considerável da dou-
trina entende que tal vedação é extensiva aos direitos sociais, não sendo possível a 
apreciação de Emendas Constitucionais redutoras dos direitos sociais.
De fato, ao garantir o não retrocesso da dignidade da pessoa humana, sem dúvida, 
a Constituição eleva ao “status” de cláusula pétrea também os direitos sociais garan-
tidores do bem-estar individual. 
Em matéria previdenciária, no entanto, entendemos que é possível a reforma 
que venha a alterar a regra de um benefício, sem que represente, necessariamente, 
retrocesso social, mas ajuste dos riscos sociais ao tempo presente. Explico: se uma 
emenda constitucional pretende fixar a idade mínima para a aposentadoria em 62 
anos, ela não ferirá o princípio do não retrocesso, se ficar demonstrado que, ao 
longo dos anos, houve um envelhecimento da população que alterou o risco social 
da idade avançada. 
3.2.1. Solidariedade
XX Art. 3º, I, CF/1988
O princípio da solidariedade é o pilar de sustentação do regime previden ciário. 
Não é possível a compreensão do sistema sem que o conceito de solidariedade esteja 
consolidado. Observe-se, contudo, que este princípio não é específico da seguridade 
social, não estando esculpido do parágrafo único do art. 194 da Constituição, no qual 
85
A SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
dos Segurados, de minha autoria, em parceria com o Professor Sinésio Cyrino, que me 
honra com o prefácio da presente obra:
Imposto
COFINS, 
PIS-PASEP, CSLL, 
Concurso de 
Prognósticos, 
PIS e COFINS 
Importação e 
CPMF (quando 
vigente)
Taxa
Contribuição 
Previdenciária
Contribuições 
sociais em 
sentido amplo
Uso da Compe-
tência Residual 
(art. 195, §4º 
c/c art. 154, 
I, CF/88)
Empréstimo 
compulsório
SESC, SENAC, 
Salário-Edu-
cação, SESI, 
SENAI, SENAR, 
SEST, SENAT, 
DPC, Fundo 
Aeroviário etc.
Contribuição 
de melhoria
Tributo
Contribuições 
para 
a seguridade
Contribuições 
sociais gerais
Outras 
contribuições 
para 
a seguridade
Contribuições 
de intervenção 
no domínio 
econômico
Contribuição 
de interesse 
das categorias 
profissionais
Contribuição 
para ilumina-
ção púbica
Contribuições 
sociais em 
sentido estrito
Outro ponto alterado foi a redação do § 11 do art. 195 da CF/1988. Vejamos o com-
parativo:
Antes da Reforma de 2019
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de 
que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior 
ao fixado em lei complementar. 
Após Reforma de 2019
§ 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo superior a sessenta 
meses e, na forma de lei complementar, a remissão e a anistia das contribuições 
sociais de que tratam a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput. 
A alteração teve o claro objetivo de acabar com os inúmeros parcelamentos espe-
ciais de longo prazo, que superam o prazo de 60 meses do parcelamento convencional, 
chegando a 180 ou até 240 meses. Os parcelamentos, sem dúvida, beneficiavam a 
prática da sonegação fiscal, permitindo que os débitos, mesmo que identificados em 
CURSO PRÁTICO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Ivan Kertzman
102
regime geral de previdência social e pelo setor privado”. Este dispositivo jamais foi 
regulamentado, mesmo necessitando apenas de lei ordinária para isso, e o SAT ainda 
é gerido exclusivamente pelo Poder Público.
A EC 103/2019 alterou a redação deste parágrafo, dispondo que “lei complementar 
poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os decorren-
tes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de 
Previdência Social e pelo setor privado”.
Percebemos duas modificações na redação:
• Necessidade de Lei Complementar – antes só era necessária lei ordinária para 
efetivar a alteração, fazendo com que o SAT passasse a ser administrado con-
correntemente pela iniciativa privada.
• Ampliação para benefícios não programados – o novo texto permite que todos 
os benefícios não programados possam ser atendidos pelo setor privado e não 
só os decorrentes de acidente do trabalho. Assim, qualquer tipo de acidente, 
seja de origem trabalhista ou não, pode ser administrado pela iniciativa privada, 
assim como os benefícios por incapacidade em geral.
3.4. PRINCÍPIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
De acordo com o art. 2º da Lei 8.213/1991, a Previdência Social rege-se pelos se-
guintes princípios e objetivos:
I – universalidade de participação nos planos previdenciários;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas 
e rurais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios;
IV – cálculo dos benefícios considerando-se os salários de contribuição corrigidos 
monetariamente;
V – irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a preservar-lhes o poder 
aquisitivo;
VI – valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário de contribuição 
ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário mínimo;
VII – previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional;
VIII – caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a 
participação do governo e da comunidade, em especial de trabalhadores 
em atividade, empregadores e aposentados.
Notem que há grande semelhança entre alguns dos princípios da previdência so-
cial, trazidos pela Lei 8.213/1991, e os princípios constitucionais da seguridade social 
estudados no início deste capítulo.
103
Capítulo 4
Legislação Previdenciária
4.1. DEFINIÇÃO 
Legislação Previdenciária é o conjunto de normas que visam organizar a seguridade 
social e o sistema protetivo.
O Direito Previdenciário objetiva a análise das regras gerais que tratam do custeio 
da seguridade social e do estudo aprofundado das normas de financiamento da previ-
dência social e de prestações oferecidas por este ramo da seguridade. 
Não fazem parte do campo do Direito Previdenciário as normas específicas que 
tratam da saúde e assistência social.
4.2. AUTONOMIA DIDÁTICA 
Devido à grande dimensão do emaranhado de normas jurídicas, o Direito é dividido 
com o escopo de facilitar o estudo das normas correlatas. 
Assim, a Doutrina tradicionalista divide o ordenamento jurídico em dois grandes 
grupos: Direito Público e Direito Privado.
O Direito Público é o que regula a relação jurídica do Estado com os particulares. 
O Estado exerce o seu Poder de Império, fixando regras e comandos jurídicos. É o que 
ocorre no Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Constitucional etc. O particular, 
por exemplo, é compelido a pagar os tributos, independentemente de manifestação 
de vontade.
O Direito Privado é o que marca a relação entre os particulares que optem por 
firmarum vínculo jurídico. É o que ocorre com o Direito do Trabalho, Direito Comercial, 
Direito Civil etc. Ninguém está obrigado a firmar contrato de trabalho ou comercial. 
Os particulares optam pela relação jurídica e a partir daí sujeitam-se às normas pré-
-definidas pelo Estado.
Nessa ótica, o Direito Previdenciário é considerado ramo do Direito Público, pois o 
vínculo jurídico se dá obrigatoriamente com o Estado.
Registre-se com atenção que a corrente mais moderna, entretanto, rechaça essa 
divisão dualista do Direito. Fala-se atualmente da existência do chamado Direito Social, 
que englobaria os ramos trabalhista e previdenciário. Essa posição é sustentada pela 
maioria dos especialistas do ramo previdenciário. 
CURSO PRÁTICO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Ivan Kertzman
104
Há quem defenda que o Direito Previdenciário faz parte do Direito do Trabalho, 
entretanto este posicionamento é minoritário. A doutrina majoritária prega a autonomia 
didática do Direito Previdenciário, sendo este considerado ramo próprio de estudo. 
Quanto ao surgimento da disciplina previdenciária não há, também, consenso dou-
trinário. Parte dos estudiosos afirma ter essa matéria derivado do Direito do Trabalho, 
sendo que, com a expansão da proteção social, esse ramo do Direito tornar-se-ia cada 
vez mais complexo, ganhando autonomia didática em relação aos outros ramos do 
Direito. Outros, ainda, mencionam que o Direito Previdenciário precedeu ao Direito do 
Trabalho, possuindo, desde sua formação, autonomia. 
4.3. FONTES DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
Fonte do Direito Previdenciário é todo fato social gerador de normas jurídicas previ-
denciárias. Dividem-se em materiais e formais. As primeiras são as fontes potenciais do 
Direito, ou seja, fatores sociais, econômicos, políticos etc. que influem no surgimento 
de normas jurídicas.
Já as fontes formais são manifestações do Direito formadoras do próprio Direito 
Previdenciário, podendo subdividir-se em estatais e não estatais.
São fontes não estatais a doutrina e o costume. Doutrina é o conjunto de produções 
científicas dos estudiosos da matéria. O costume é a prática reiterada de determinadas 
condutas, com a convicção de necessidade jurídica (elemento objetivo e subjetivo). 
Observe que é necessária à configuração do costume a consciência coletiva de que 
certos atos da comunidade devem servir de parâmetro de comportamento. A prática de 
emissão de cheque “pré-datado”, por exemplo, realizada, uniformemente, na convicção 
de se tratar de norma jurídica.
As fontes formais estatais englobam a Constituição, leis complementares, leis 
ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções do 
senado. Englobam, também, decretos regulamentares do poder executivo, instruções 
ministeriais, circulares, portarias, ordem de serviço e normas individuais. 
O esquema seguinte sistematiza essa classificação das fontes:
FONTES
FORMAIS
NÃO ESTATAIS (DOUTRINA E 
COSTUMES)
ESTATAIS (LEGISLAÇÃO 
EM SENTIDO AMPLO
MATERIAIS (FATORES SOCIAIS, 
ECONÔMICOS 
E POLÍTICOS)
105
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
As fontes do direito também são divididas em fontes primárias e secundárias. 
As fontes primárias são as que poderão inovar no mundo jurídico, desde que respei-
tada a Constituição Federal, criando direito e obrigações. São fontes primárias: leis 
complementares, leis ordinárias, leis delegadas e medidas provisórias. Já as fontes 
secundárias não poderão contemplar novos direitos e obrigações, mas apenas regu-
lamentar as fontes primárias para o seu fiel cumprimento. São fontes secundárias: 
decretos, instruções normativas, resoluções, portarias, memorandos, orientações 
internas e outras.
Já na Jurisprudência, a equidade e os princípios gerais do Direito não constituem 
fontes, mas apenas formas de integração da ordem jurídica, como veremos, muito 
embora, registre-se, este não seja um ponto pacífico entre os estudiosos do Direito. Há 
na doutrina quem considere a jurisprudência espécie de fonte formal estatal.
4.4. HIERARQUIA DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
A hierarquia das normas é a ordem de graduação entre elas, de forma que a su-
perior é o fundamento de validade da inferior. Temos assim, no ordenamento jurídico 
vigente, a seguinte pirâmide normativa:
Normas individuais (contrato, sentença, etc.) 
Decretos regulamentares, instruções normativas 
ministeriais, circulares, portarias e ordem de servi-
ço, orientações internas 
Leis complementares, ordinárias, 
delegadas, medidas provisórias, 
decretos legislativos e resoluções 
do Senado
Normas 
Constitucionais
Anote que, no mesmo patamar, encontram-se as leis complementares e ordinárias, 
havendo, apenas, para elas quórum diferenciado de aprovação. Também, em relação 
às delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções do senado o que 
ocorre é distribuição de competência, situadas no mesmo piso normativo. 
185
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO
Parcela paga de acordo com a legislação
Salário de contribuição
Sim Não
Férias indenizadas X
Adicional de 1/3 sobre as férias gozadas X
Adicional de 1/3 sobre as férias indenizadas X
Abono de 20 dias pago no gozo das férias X
“Venda” de 10 dias de férias X
13º salário X
13º salário proporcional pago na rescisão X
13º salário referente à 1/12 do aviso prévio indenizado X
Aposentadorias X
Salário-maternidade X
Auxílio-doença, auxílio-acidente, salário-família X
Periculosidade e insalubridade X
Horas extras X
Adicional noturno X
Diárias de viagem X
Auxílio-creche ou auxílio-babá X
Aviso prévio gozado X
Aviso prévio indenizado X
Participação nos lucros ou resultados X
Distribuição de lucros e dividendos X
“Pró-labore” dos sócios X
Gratificações de desempenho pagas habitualmente X
Gratificações de desempenho pagas eventualmente X
Prêmios e abonos X
Previdência privada complementar X
Aluguéis, condomínios e demais despesas domésticas X
Vale-transporte X
Vale alimentação ou cesta básica X
Pagamento de 40% do FGTS nas despedidas X
Ajuda de custo pós-reforma trabalhista X
Ajuda de custo para mudança paga em única parcela X
Adicional de transferência X
Adicional por tempo de serviço X
Bolsa de estágios X
Bolsas de estudos X
Adicional de quebra de caixa X
CURSO PRÁTICO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Ivan Kertzman
186
Parcela paga de acordo com a legislação
Salário de contribuição
Sim Não
Seguro de vida em grupo X
Plano de educação X
Luvas e bichos pagos ao jogador de futebol X
Complemento de auxílio-doença X
Abono do PIS X
Plano de saúde X
Programa de demissão voluntária X
Comissões e percentagens de venda X
Direitos autorais X
Valores despendidos com ministros de confissão religiosa X
Indenização por Supressão de Intervalo Intrajornada X
Vale-cultura X
Compensação Financeira do PPE X
Bolsa-atleta X
187
Capítulo 8
Contribuições dos Segurados
8.1. INTRODUÇÃO
Como mencionado no Capítulo 3, a participação dos segurados no custeio previdenci-
ário está prevista no art. 195, inciso II, da Constituição Federal, que prevê a contribuição 
do trabalhador e dos demais segurados da Previdência Social.
Neste capítulo, trataremos da participação dos segurados no sistema. Demonstrare-
mos aqui o quanto cada categoria de segurado, especificamente, contribui para o RGPS.
Sabemos quais são os grupos de segurados existentes no sistema: empregado, 
empregado doméstico, contribuinte individual, avulso, segurado especial e segurado 
facultativo. 
Estudamos também que a base de incidência da contribuição desses segurados é o 
salário de contribuição, respeitando-se os limites mínimos (piso normativo da categoria 
ou, na falta deste, salário mínimo) e o máximo (atualmente R$ 5.839,45).
Para solucionarmos, pois, a equação do custeio dos segurados é preciso apenas 
elucidarmos um questionamento: qual o percentual que deve incidir sobre o salário 
de contribuição de cada classe de trabalhador? 
A fim de facilitar o entendimento para o estudo da participação dos segurados, 
dividiremos, didaticamente,esses contribuintes em quatro grupos:
1) Empregado, trabalhador avulso e empregado doméstico;
2) Contribuinte individual;
3) Segurado facultativo;
4) Segurado especial.
Unimos três classes de segurados no primeiro grupo, em decorrência da semelhança 
das alíquotas de contribuição para o RGPS.
8.2. EMPREGADO, TRABALHADOR AVULSO E EMPREGADO DOMÉSTICO
XX Art. 33, § 5º, Lei 8.212/1991
XX Art. 198, Decreto 3.048/1999 
XX Art. 216, § 5º, Decreto 3.048/1999 
CURSO PRÁTICO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Ivan Kertzman
188
XX EC 103/2019
Esses trabalhadores contribuem com um percentual sobre os seus salários de con-
tribuição, respeitados os limites mínimo e máximo. 
As alíquotas de contribuição dos trabalhadores mencionados são progressivas, ou 
seja, quanto maior o salário de contribuição, mais elevado será o percentual inciden-
te. A progressividade das alíquotas está alinhada com os princípios constitucionais 
da equidade na participação do custeio e da solidariedade do sistema previdenciário.
As contribuições dos segurados empregados, empregados domésticos e trabalhado-
res avulsos para o Regime Geral de Previdência Social também foram alvo de alterações 
na Reforma da Previdência de 2019. 
Antes da EC 103/2019, esses trabalhadores contribuíam com um percentual sobre 
os seus salários de contribuição, respeitados os limites mínimo e máximo. 
As alíquotas eram fixadas por faixas de salário de contribuição, reajustadas na 
mesma época e com os mesmos índices que os benefícios de prestação continuada da 
Previdência Social (art. 20, Lei 8.212/1991). A Portaria ME 09, de 15/01/2019, efetuou a 
última alteração, conforme segue:
Tabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e traba-
lhador avulso, para pagamento de remuneração a partir de 1º de janeiro de 2019
Salário de contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento à Previdência (%)
Até 1.751,81  8,00
De 1.751,82 até 2.919,72  9,00
De 2.919,73 até 5.839,45  11,00
A incidência da alíquota era não cumulativa, ou seja, incidia um único percentual 
sobre o valor total do salário de contribuição. Essa antiga forma de cálculo é bem mais 
simples que a cumulativa, que aplica percentuais diferenciados, gradualmente, à cada 
faixa de remuneração.
O método não cumulativo, entretanto, traz uma curiosidade: o segurado pode ter 
uma remuneração maior e receber um valor líquido um pouco menor. A seguir, exem-
plificamos:
Exemplo:
Segurado
Salário de
contribuição 
(R$)
Alíquota 
(%)
Contribuição 
(R$)
Remuneração 
líquida 
(R$)
Anne 2.910,00 9% 261,90 2.648,10
Yuri 2.920,00 11% 321,20 2.598,80
341
Capítulo 18
Crimes contra a 
Seguridade Social
18.1. INTRODUÇÃO
Estudamos, no tópico 15, que as empresas possuem obrigações fiscais perante a 
Previdência Social, que, quando descumpridas, acarretam penalidades administrativas. 
Existem, ainda, outras imposições proibitivas de condutas, que, uma vez desres-
peitadas, podem acarretar crime contra a “Seguridade Social”. Tais condutas estavam 
tipificadas na Lei 8.212/1991 e, a partir de 14 de julho de 2000, foram incorporadas ao 
Código Penal, pela Lei. 9.983/2000.
Mas quais são os atos ilícitos que constituem crimes contra a seguridade social?
Os crimes e a legislação que tipificam a conduta são:
• Apropriação Indébita Previdenciária – art. 168-A do Código Penal;
• Sonegação Fiscal Previdenciária – art. 337-A do Código Penal;
• Falsificação de Documento Público – art. 297 do Código Penal;
• Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informações – art. 313-A do Código 
Penal;
• Modificação ou Alteração não Autorizada em Sistema de Informações – art. 313-B 
do Código Penal;
• Divulgação de Informações Sigilosas ou Reservadas – art. 153 do Código Penal;
• Estelionato – art. 171 do Código Penal.
Os dois primeiros da lista, apropriação indébita e sonegação fiscal, são, sem dúvida, 
os mais cobrados em provas de concursos públicos. O nosso estudo, então, priorizará 
estes tipos penais, devido às suas particularidades, no que diz respeito à legislação 
previdenciária.
Em 28/02/2018, o STJ julgou o REsp 1.688.878-SP (Tema 157) fixando a tese de que 
incide o princípio da insignificância aos crimes tributários federais e de descaminho 
quando o débito tributário verificado não ultrapassar o limite de R$ 20.000,00, a teor do 
disposto no art. 20 da Lei 10.522/2002, com as atualizações efetivadas pelas Portarias 
75 e 130, ambas do Ministério da Fazenda. 
797
Capítulo 30
Sinopse para estudo
DEFINIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL
A seguridade social foi definida no caput do art. 194 da Constituição Federal como “um 
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a 
assegurar o direito à saúde, à Previdência e à assistência social”.
Saúde
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos, e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção 
e recuperação”. 
O acesso à saúde independe de pagamento e é irrestrito, inclusive para os estrangeiros que 
não residem no País. Até as pessoas ricas podem utilizar o serviço público de saúde, não sendo 
necessário efetuar quaisquer contribuições para ter direito a este atendimento.
A saúde é administrada pelo SUS, vinculado ao Ministério da Saúde. Este órgão não guarda 
qualquer relação com o INSS ou com a Previdência Social.
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I – descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais;
III – participação da comunidade.
A assistência à saúde é livre à iniciativa privada (art. 199 da CF 88). As instituições privadas 
poderão participar de forma complementar ao sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, 
mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas 
e as sem fins lucrativos. 
É proibida, no entanto, a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos. 
As empresas ou capitais estrangeiros não podem participar da assistência à saúde, salvo 
nos casos previstos em lei.
Assistência social
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contri-
buição. Aqui, o requisito básico é a necessidade do assistido.
A assistência social objetiva a proteção à família, maternidade, infância, adolescência e 
velhice, o amparo às crianças e adolescentes carentes e a promoção e integração ao mercado 
861
Capítulo 31
Questões Comentadas
31.1. HISTÓRICO E LEGISLAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL – CAPÍTULOS 2 E 4
01. CESPE – Analista Legislativo – Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados/2014
 Com relação à evolução histórica e à organização institucional da Previdência Social, julgue 
o item a seguir:
 Embora a Lei Eloy Chaves, de 1923, seja considerada na doutrina majoritária o marco da 
Previdência Social no Brasil, apenas em 1960, com a aprovação da Lei Orgânica da Previ-
dência Social, houve a uniformização do regramento de concessão dos benefícios pelos 
diversos institutos de aposentadoria e pensão então existentes. 
 RESOLUÇÃO:
 Em 1960 foi aprovada a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que marca a unificação 
dos critérios estabelecidos nos diversos IAP’s até então existentes para concessão de be-
nefícios dos diversos Institutos, persistindo ainda a estrutura dos IAP’s. Os trabalhadores 
rurais e os domésticos continuavam excluídos da Previdência Social.
Resposta: Certa
02. CESPE – Analista Legislativo – Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados/2014 
 Com relação à evolução histórica e à organização institucional da Previdência Social, julgue 
o item a seguir:
 A Constituição de Weimar, de 1919,foi o primeiro diploma legal de magnitude constitucional 
em que se tratou de tema previdenciário. 
 RESOLUÇÃO:
 Atenção! As primeiras leis previdenciárias surgiram na Alemanha, entretanto a primeira 
Constituição a tratar do tema foi a Carta Mexicana, de 1917, seguida pela Constituição 
Alemã de Weimar, em 1919. 
Resposta: Errada
03. CESPE – Analista Legislativo – Consultor Legislativo – Câmara dos Deputados/2014 
 Entre os principais marcos legislativos referentes à seguridade social incluem-se a edição 
do Poor Relief Act (Lei dos Pobres), em 1601, na Inglaterra, e a criação do seguro-doença, 
em 1883, na Alemanha. 
 RESOLUÇÃO:
 A seguridade social, como regime protetivo, surgiu a partir da luta dos trabalhadores por 
melhores condições de vida. As primeiras normas protetivas editadas tiveram caráter 
eminentemente assistencial. Em 1601, foi editado na Inglaterra o Poor Relief Act (Lei dos 
Pobres), que instituiu auxílios e socorros públicos aos necessitados.
909
Capítulo 32
Súmulas Previdenciárias
32.1. SÚMULAS VINCULANTES – STF
8. São inconstitucionais o parágrafo único do art. 5º do decreto-Lei 1.569/1977 e os arts. 45 e 46 da Lei 
8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
21. É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admis-
sibilidade de recurso administrativo.
28. É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial 
na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário.
33. Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da Previdência Social sobre 
aposentadoria especial de que trata o art. 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de 
lei complementar específica.
50. Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio 
da anterioridade.
53. A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal alcança a 
execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das 
sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
32.2. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
217. Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposen-
tado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que 
se torna definitiva após esse prazo.
219. A indenização acidentaria não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa grave do em-
pregador.
230. A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-se do exame pericial que comprovar a enfermidade 
ou verificar a natureza da incapacidade.
235. É competente para a ação de acidente do trabalho a justiça cível comum, inclusive em segunda 
instancia, ainda que seja parte autarquia seguradora.
241. A contribuição previdenciária incide sobre o abono incorporado ao salário.
359. Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo 
em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários, inclusive a apresentação do 
requerimento, quando a inatividade for voluntária.
371. Ferroviário, que foi admitido como servidor autárquico, não tem direito a dupla aposentadoria.
372. A Lei 2.752, de 10/04/1956, sobre dupla aposentadoria, aproveita, quando couber, a servidores apo-
sentados antes de sua publicação.
382. A vida em comum sob o mesmo teto “more uxorio”, não é indispensável a caracterização do concu-
binato.
439. Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame 
aos pontos objeto da investigação. 
466. Não é inconstitucional a inclusão de sócios e administradores de sociedades e titulares de firmas 
individuais como contribuintes obrigatórios da Previdência Social.

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