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Políticas de Avaliações Externas e Institucionais 2/186 Políticas de Avaliações Externas e Institucionais Autora: Prof.ª Ma. Maressa Crespo Como citar este documento: CRESPO, Maressa. Políticas de Avaliações Externas e Institucionais. Valinhos: Kroton, 2016 Sumário Apresentação da Disciplina 03 Unidade 1: Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional 05 Assista a suas aulas 22 Unidade 2: Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores 29 Assista a suas aulas 45 Unidade 3: Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem 52 Assista a suas aulas 66 Unidade 4: O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional 73 Assista a suas aulas 91 2/186 3/1863 Unidade 5: Programa da Disciplina: Organização, Ementa e Objetivos 98 Assista a suas aulas 112 Unidade 6: A Diversificação dos Instrumentos Avaliativos 119 Assista a suas aulas 136 Unidade 7: A Recuperação de Notas e/ou Conteúdo 143 Assista a suas aulas 157 Unidade 8: A Função do Conselho de Classe na Aprovação ou Reprovação 164 Assista a suas aulas 179 Sumário Políticas de Avaliações Externas e Institucionais Autora: Prof.ª Ma. Maressa Crespo Como citar este documento: CRESPO, Maressa. Políticas de Avaliações Externas e Institucionais. Valinhos: Kroton, 2016 4/186 Apresentação da Disciplina Avaliar sempre foi uma questão inteiramente humana, pois exige consciência crítica para analisar e/ou julgar diferentes realidades, à luz de critérios. Algumas perguntas são fundamentais ao debatermos sobre avaliação, são elas: 1) Que tipo de julgamento será realizado ou se propõe nessa prática? 2) Quais aspectos da realidade são, devem ou podem ser julgados? 3) Quais critérios para esses julgamentos? Essas perguntas trazem um norte para se entender que avaliar é uma proposta complexa que admite diferentes paradigmas técnico-científicos e político- ideológicos. A junção de diferentes conceitos dará respostas consistentes à análise conjunta dos caminhos e do rumo que traz a globalidade necessária ao andar bem, numa direção socialmente eficaz na avaliação. 5/186 Unidade 1 Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional Objetivos 1. Desenvolver habilidades de compreensão e ação no processo de gestão dos espaços educativos. 2. Compreender paradigmas e tendências na organização das políticas públicas educacionais, bem como nas organizações das instituições de ensino. 3. Avaliar o impacto da democratização na gestão escolar, das políticas de organização das instituições de ensino e da autonomia da escola na produção da qualidade da educação. Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional6/186 Introdução Ao tratarmos de avaliação entramos no campo das políticas públicas educacionais, quer pensemos na educação, quer pensemos na economia. Isso porque o capitalismo nos trouxe a ideia de avanços por resultados quantitativos que devem ser medidos e estabelecidos como metas na maioria das vezes. A palavra AVALIAÇÃO contém, em sua raiz, a essência das palavras “valor” e “ação”. Logo, podemos afirmar que avaliação é um termo geral que define o conjunto de ações voltadas para o estudo sistemático de um acontecimento, um processo, uma situação, um evento, uma pessoa, objetivando resultar um juízo valorativo. Nas organizações, a avaliação é quase sempre um instrumento fundamental em termos de gestão. Particularmente importante na estruturação das relações de trabalho (por exemplo, como instrumento de seleção, promoção e desenvolvimento profissional) a avaliação é também um instrumento importante de controle e de legitimação organizacional. As escolas (enquanto organizações complexas) têm, com algumas similitudes, utilizado a avaliação para esses mesmos fins (AFONSO, 2009, p. 18). Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional7/186 No campo da educação a prática da avaliação sempre foi conhecida como atividade escolar, isto é, em similitude com o mercado econômico, como a medição da aprendizagem dos alunos na sala de aula. Atualmente, com o destaque dado às análises mais globais das relações entre a educação e o desenvolvimento econômico, ganha grande peso a avaliação dos sistemas educacionais e do conjunto de escolas. Desta forma, a avaliação do sistema escolar e das escolas, por mecanismos internos e/ou externos às instituições, recebem fortes investimentos num país que se propõe a crescer e se desenvolver. Para Luckesi (2011, p. 12) avaliação da aprendizagem deve ser definida como um “juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão”. Com o avanço tecnológico, a economia globalizada e a revolução cibernética, as organizações financeiras internacionais voltam-se para o planejamento das políticas educacionais dos países, com o objetivo de ajustar o aproveitamento escolar com as exigências da produção, do consumo, dos mercados e da competitividade. É preciso ainda deixar claro que existe uma diferença entre a avaliação do sistema escolar das escolas e a avaliação do aluno. A avaliação que fazem os organismos internacionais e os sistemas nacionais de medição em suas provas institucionais é a avaliação dos sistemas educacionais, e Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional8/186 não a avaliação dos alunos, mesmo sendo os alunos que respondem a provas. Isso porque o que é medido, por meio das respostas dos alunos, é a eficiência do sistema ao qual estão inseridos. Para saber mais Recomendo que você leia A avaliação deve orientar a aprendizagem. Disponível em: <http://novaescola.org.br/conteudo/356/a- avaliacao-deve-orientar-a-aprendizagem>. Acesso em: 29 set. 2016. Levando em consideração que avaliar é reconhecer ou atribuir um valor, quando pensamos em valor no campo da educação, entendemos que é preciso assumir uma postura ética e epistemológica, afinal se os valores são construídos histórica e culturalmente, consequentemente a avaliação também é histórica e cultural. Desta forma, se o valor só existe como uma menção mediadora de uma ação concreta, a consequência é que a avaliação educativa não é o objetivo final do processo, mas o seu meio. Assim, segundo Casali (2007, p. 13) podemos dizer que existem três dimensões de alcance dos valores, ou das avaliações: “Há valores para um sujeito, há valores para uma cultura, há valores para a humanidade. O singular, o parcial, o universal. A avaliação é uma medida e uma referência de valor para um, ou dois, ou os três âmbitos”. Ou seja, existe uma relatividade singular na avaliação que http://novaescola.org.br/conteudo/356/a-avaliacao-deve-orientar-a-aprendizagem http://novaescola.org.br/conteudo/356/a-avaliacao-deve-orientar-a-aprendizagem Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional9/186 deve ser levada em conta. Os parâmetros de avaliação precisam ser considerados dentro de seu tempo histórico-cultural e analisados segundo suas constituições originais. A seguir veremos algumas políticas educacionais mundiais que influenciam as avaliações dos sistemas de ensino. Acesse o link e veja uma síntese do que é avaliar hoje. Para saber mais Recomendo que você assista O que é avaliar. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=fp_Vn9nV7-g>. Acesso em: 29 set. 2016. 1. Avaliação Institucional Versus Avaliacão Acadêmica A principal função do sistema de organização e gestão escolar encontra- se na avaliação institucional, também conhecida como administrativa, que tem por objetivo levantar dados quantitativos e qualitativos sobre os alunos, professores, estrutura organizacional, recursos físicos e materiais, práticas de gestão, a produtividade dos cursos e dos professores etc., sempre emitindo juízos valorativos e buscando tomadas de decisões em relação ao desenvolvimento da instituição. Neste sentido as políticas educacionais internacionaissempre sofreram mudanças intensas, visando às demandas do https://www.youtube.com/watch?v=fp_Vn9nV7-g https://www.youtube.com/watch?v=fp_Vn9nV7-g Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional10/186 capitalismo conforme necessidades e realidades de cada país. As buscas sempre foram para um ajuste dos sistemas educacionais ao modelo neoliberal. Para Libâneo (2005), diferente dos anos 1950, que enfatizou a chamada “teoria do capital humano”, é possível verificar a tendência das reformas educativas de reagregar a educação à economia, subordinando os sistemas educacionais a um novo paradigma de produção. As novas tecnologias mudaram as exigências dos empregadores, estes buscam trabalhadores mais qualificados, com maior flexibilidade profissional para atender novas demandas do mercado de trabalho e com um espírito empreendedor para fazer frente à competitividade econômica internacional. As reformas educativas marcantes em vários países do mundo, surgiram em função da visão da avaliação ligada à economia. Primeiramente na Inglaterra e Estados Unidos nos inícios dos anos 1980; depois na Espanha e Portugal (1986); França (1989); México (1992); Argentina (1993); Brasil (1978-1998). Todas as reformas tinham base nas orientações do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – Banco Mundial (Bird), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), entre outros. Assim, a reforma educativa brasileira, iniciou suas primeiras ações com a Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional11/186 formulação e divulgação do Plano Decenal de Educação para Todos no período 1993-1994, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Para saber mais Medidas concretas anunciadas na proposta do governo FHC para a educação básica: • Reforma Institucional: redefinição das responsabilidades do MEC, revisão de padrões de financiamento e repasse de recursos aos municípios e estados; • Estabelecimento de novos padrões de gestão: descentralização, autonomia das escolas, participação da comunidade; • Educação básica: ampliação do acesso, conteúdos curriculares básicos e padrões de aprendizagem a nível nacional, formação de professores, ensino a distância, sistema nacional de avaliação do desempenho das escolas e dos sistemas educacionais, padrão de qualidade para o livro didático, descentralização da merenda. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S0101-33002010000300009>. Acesso em: 21 out. 2016. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002010000300009 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002010000300009 Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional12/186 A avaliação acadêmica ou científica busca a produção de dados sobre os resultados da aprendizagem escolar acompanhando e revisando as políticas educacionais, do sistema escolar e das escolas, almejando formular indicadores de qualidade dos resultados obtidos. Tanto a avaliação acadêmica como a institucional estão focadas no levantamento de dados e informações relacionados com a eficiência e eficácia dos sistemas de ensino e das escolas. Contudo, a avaliação da aprendizagem escolar feita pelos professores em sala de aula deverá estar a serviço das funções sociais da escola, dos objetivos de ensino, do projeto pedagógico, do currículo e das metodologias, sempre respeitando o direito primordial de todos os alunos a acessarem um ensino de qualidade. 2. Instrumentos Avaliativos e seus Indicadores Os instrumentos avaliativos dizem respeito às ferramentas utilizadas para verificar a adequação das ações planejadas. Dentre eles os mais comuns são os exames, ou provas, aplicadas pelos professores ou inspetores de produção em determinado grupo. Luckesi, no vídeo a seguir, explica que todos os setores na sociedade avaliam, mas é na escola que a avaliação ganha características cruciais que serão seguidas pela sociedade como um todo. Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional13/186 Para adequarmos os instrumentos avaliativos às práticas e ações do dia a dia, é necessário, primeiro, admitir três características básicas dos exames que se opõem a três características básicas do ato avaliativo, conforme Luckesi detalha no vídeo a seguir. EXAMES AVALIAÇÃO Classificatório Processual Seletivo Dinâmica Excludente Inclusiva Enquanto os exames são pontuais, marcantes na vida do aluno, e servem para selecionar, classificar e excluir aqueles que não foram capazes de atingir um padrão preestabelecido, o ato de avaliar caminha em direção oposta. Avaliar não é medir, ou seja, avaliar envolve reflexão sobre o processo, envolve uma postura dialética do professor com as ações propostas, envolve revisões metodológicas e principalmente envolve uma ação processual que visa incluir o sujeito ao grupo dos que já adquiriram conhecimento. Para saber mais Recomendo que você assista Avaliação da Aprendizagem. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v=mb8XeOWriWo>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=mb8XeOWriWo https://www.youtube.com/watch?v=mb8XeOWriWo Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional14/186 A avaliação tem uma característica diagnóstica no sentido de mostrar ao professor a situação em que se encontra o sujeito de aprendizagem, nesse processo é possível perceber que a avaliação tem funções diferentes dependendo da direção que o sistema pretende adotar. Assim, a avaliação dos alunos pelos professores, em cada sala de aula, não poderá ser substituída pela avaliação do sistema de ensino; antes o sistema deverá buscar critérios de relevância na avaliação feita pelos professores para servir de intervenções na qualidade da aprendizagem. Os indicadores das avaliações dos sistemas educacionais precisam ser analisados com um olhar crítico, uma vez que as agências financeiras internacionais estão interessadas na qualidade da educação escolar, como estratégia de êxito da globalização econômica, ou seja, o objetivo dos investimentos nessa área visa atender a um mercado de consumo, a processos de produção e à infraestrutura de serviços de informação e comunicação. Nos estados brasileiros são bastante conhecidos os instrumentos de avaliação do sistema educacional, como exemplo: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e o Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior (Enade). Essas avaliações são realizadas pelo Ministério da Educação (MEC) por meio do Instituto Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional15/186 Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Esses instrumentos trazem indicadores que tem por objetivo classificar as escolas e as regiões que as sustentam. Essa classificação leva a uma competitividade, que podem ser analisadas por causar benefícios e danos à educação e seus atores. Para saber mais Para que você possa aprofundar seus conhecimentos sobre o tema diferencie os conceitos: • Avaliação da Aprendizagem – ela é realizada pelo professor em sala de aula e procura verificar as condições de rendimento do aluno. • Avaliação Institucional – realizada pela escola sobre a escola, isto é, cada unidade empreende uma avaliação sobre o trabalho e demais aspectos de seu coletivo, seja em termos humanos ou em relação aos recursos administrativos-financeiros. É um instrumento valioso tanto para o aperfeiçoamento do Projeto Político Pedagógico, como da gestão democrática-participativa. Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional16/186 Para saber mais • Avaliação dos Sistemas de Ensino em larga escala – “é um dos principaisinstrumentos para a elaboração de políticas públicas dos sistemas de ensino e redirecionamento das metas das unidades escolares. Seu foco é o desempenho da escola e o seu resultado é uma medida de proficiência que possibilita aos gestores a implementação de políticas públicas, e às unidades escolares um retrato de seu desempenho. A primeira iniciativa brasileira de avaliação em larga escala foi o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que se desenvolveu a partir de 1990 e foi aplicado inicialmente em 1995. Atualmente os Estados têm procurado desenvolver seus próprios sistemas de avaliação estabelecendo metas e diretrizes específicas às suas realidades”. (CAED. Disponível em: <http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/tipos-de-avaliacao/avaliacao- externa/>. Acesso em: 11 jul. 2016). http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/tipos-de-avaliacao/avaliacao-externa/ http://www.portalavaliacao.caedufjf.net/pagina-exemplo/tipos-de-avaliacao/avaliacao-externa/ Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional17/186 Glossário Similitudes: analogias, semelhanças, similaridades. Epistemológica: é o ramo da filosofia que trata da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, especialmente nas relações que se estabelecem entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Nesse sentido, pode ser também chamada teoria do conhecimento ou gnosiologia. Em sentido mais restrito, refere-se às condições sob as quais se pode produzir o conhecimento científico e dos modos para alcançá-lo, avaliando a consistência lógica de teorias. Nesse caso, identifica-se com a filosofia da ciência. Capitalismo: é um sistema econômico onde os meios de produção, distribuição, decisões sobre oferta, demanda, preço e investimentos são em grande parte ou totalmente de propriedade privada, com fins lucrativos. Os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas. Predomina o trabalho assalariado. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo. Questão reflexão ? para 18/186 Após entendermos um pouco mais sobre a avaliação e seus instrumentos, reflita se em sua prática educativa, é possível identificar as características de diferentes tipos de avaliação. E quanto aos instrumentos avaliativos, você já participou de alguns deles enquanto educador? E enquanto estudante? O que achou de sua formulação? 19/186 Considerações Finais (1/2) • Avaliar pode ser definido como agregar valor, e está diretamente relacionado com parâmetros temporais e culturais. Desta forma, ao escolher instrumentos avaliativos é preciso considerar os aspectos histórico-culturais que o envolvem. • A relação direta entre a economia, num sistema capitalista, e a educação, enquanto produtora de mão de obra especializada, resulta na necessidade de aprimorar as avaliações principalmente dos sistemas educacionais. • A avaliação educacional, está ligada às políticas internacionais que fiscalizam e direcionam as reformas educativas no mundo capitalista, visando resultados imediatos e quantitativos, numa sociedade na qual o foco é a produção e competitividade. 20/186 • Avaliação por meio de exames ou provas é diferente da ação avaliativa proposta a partir das reformas educacionais nos governos capitalistas. Existem características específicas que diferenciam avaliar de aplicar exames, estes são classificatórios, seletivos e excludentes, enquanto as avaliações precisam ser processuais, dinâmicas e inclusivas. Considerações Finais (2/2) Unidade 1 • Política das Avaliações e Políticas de Avaliação Institucional21/186 Referências AFONSO, Almerindo Janela. Avaliação educacional: regulação e emancipação: para uma sociologia das políticas avaliativas contemporâneas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2009. CASALI, Alípio. Fundamentos para uma avaliação educativa. In: CAPPELLETTI, Isabel F. Avaliação da aprendizagem: discussão de caminhos. São Paulo: Articulação Universidade/ Escola, 2007. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia cidadã: Cadernos de formação: Gestão Curricular e Avaliação. In: LIBÂNEO, José Carlos; PALMA FILHO, João Cardoso; LEITE, Yoshie Ussami Ferrari; ARENA, Dagoberto Buim. (Orgs.). Avaliação de sistemas escolares e de escolas. São Paulo: UNESP, Pró- Reitoria de Graduação, 2005. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2011. 22/186 Assista a suas aulas Aula 1 - Tema: Política das avaliações e políticas de avaliação institucional - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/78651968936acb358560ae30d0508c8b>. Aula 1 - Tema: Política das avaliações e políticas de avaliação institucional - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/04ab2682fa66c6521f1cbb7f6a1fe2b9>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/78651968936acb358560ae30d0508c8b http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/78651968936acb358560ae30d0508c8b http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/78651968936acb358560ae30d0508c8b http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/04ab2682fa66c6521f1cbb7f6a1fe2b9 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/04ab2682fa66c6521f1cbb7f6a1fe2b9 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/04ab2682fa66c6521f1cbb7f6a1fe2b9 23/186 1. A palavra Avaliação pode ser entendida como: a) Aplicação de exames e/ou provas. b) Agregar valor a um objeto e/ou produto. c) Valorizar diferentes situações. d) Ouvir e registrar os resultados de estudantes. e) Cobrar resultados quantitativos de um grupo. Questão 1 24/186 2. Ao falarmos de avaliação, consequentemente precisamos falar de: a) Políticas públicas internacionais e reformas educacionais. b) Economia e sociologia da educação. c) Fases históricas do capitalismo. d) Economia Capitalista. e) Economia Socialista. Questão 2 25/186 3. Avaliação Institucional difere de avaliação acadêmica pois: a) A primeira avalia a instituição e a segunda a formação dos professores. b) A primeira avalia as escolas e a segunda avalia a didática do professor. c) A primeira avalia o rendimento dos alunos e a segunda avalia a instituição de ensino. d) A primeira avalia a instituição e o segundo avalia o rendimento do estudante. e) A primeira avalia o instituto que aplica a prova e a segunda avalia o conteúdo ensinado. Questão 3 26/186 4. As provas/exames possuem características opostas da avaliação, são características da avaliação: a) Excludente, processual e dinâmica. b) Processual, classificatória e seletiva. c) Seletiva, dinâmica e classificatória. d) Classificatória, seletiva e dinâmica. e) Dinâmica, processual e inclusiva. Questão 4 27/186 5. Assinale a alternativa que contém os instrumentos de avaliação do sistema educacional brasileiro: a) Saeb, Enade, Enem. b) Inep, MEC, Saeb. c) Enem, Inep, MEC. d) Saeb, MEC, Inep. e) Saeb, Enade, MEC. Questão 5 28/186 Gabarito 1. Resposta: B. Avaliação é dar valor, reconhecer o valor de pessoas e objetos. 2. Resposta: A. Falar de avaliação é estudar um pouco de Políticas Públicas e Reformas Educacionais. 3. Resposta: D. Avaliação Institucional avalia a instituição de ensino e a avaliação acadêmica é aquela aplicada pelo professor aos alunos, para verificar o rendimento destes. 4. Resposta: E. São características da avaliação: Processual, dinâmica e inclusiva. 5. Resposta: A. Os principais instrumentos avaliativos no Brasil são: Saeb, Enem, Enade. 29/186 Unidade 2 Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores Objetivos 1. Compreender algumas políticas de avaliação enquanto diretrizes financiadas por órgãos interessadosno avanço econômico mundial, ou seja, valorizando indicadores quantitativos. 2. Conhecer alguns indicadores de avaliações e suas formas de elaboração. 3. Entender que as políticas públicas educacionais possuem influências diretas da economia mundial. Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores30/186 Introdução Como vimos na aula anterior, as políticas de avaliação institucional dos sistemas de ensino precisam ser analisadas com um olhar crítico, uma vez que buscam confirmar o êxito de políticas econômicas globalizadas. Sob esse prisma é que iremos analisar indicadores que retratam a qualidade da educação ofertada em nosso país. Se tomarmos esse ponto de vista para estudarmos a avaliação educacional, sem sombra de dúvidas, vamos observar um viés economicista, ou seja, identificaremos as influências diretas da economia do país nos investimentos educacionais. Desta forma, os critérios econômicos de análise do desenvolvimento da educação escolar estarão distantes dos critérios pedagógicos. Nessa ótica economicista, segundo os principais críticos da área, uma forte problemática acontece devido às reformas educacionais serem financiadas por recursos públicos que buscam retorno imediato, num mundo extremamente competitivo, desconsiderando os verdadeiros critérios que precisam ser analisados, a médio e longo prazo, relacionados aos processos de qualidade do sistema educativo, qualidade inerente dos processos de ensino-aprendizagem, e não apenas dos resultados indicados. Segundo Afonso (2003) é possível estudar a avaliação educacional sob a ótica sociológica, nos seguintes níveis: micro, meso, macro e mega. A perspectiva de avaliação defendida pelo autor entende que: Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores31/186 [...] a escola é confrontada com dimensões éticas, simbólicas, políticas, sociais e pedagógicas que devem ser consideradas como um todo por quem tem especiais responsabilidades na administração da educação quer em nível do Estado, quer em nível municipal e local, quer em nível da própria unidade escolar (AFONSO, 2003, p. 49). No nível microssociológico da avaliação é possível identificar o que ocorre no âmbito da sala de aula, que a avaliação da aprendizagem é de responsabilidade do docente. Ela deve ter caráter fortemente formativo, ser contínua e baseada na reflexão do processo ensino-aprendizagem. O nível mesossociológico da avaliação é aquele que envolve a análise de uma instituição escolar no seu todo, ou seja, engloba todos os elementos do processo educacional: gestão e organização da escola, processo ensino-aprendizagem, currículo, qualificação docente, infraestrutura escolar, resultados educacionais, perfil socioeconômico dos alunos, ação da escola com a sociedade, participação dos pais, entre outros aspectos da escola. O nível macrossociológico da avaliação é aquele desenvolvido em domínio nacional, por organismos externos à escola, e tem como objetivo verificar a qualidade do ensino e da Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores32/186 educação no país. No Brasil temos o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que coordena os processos de avaliação externa às escolas. São exemplos desse tipo de avaliação a Prova Brasil, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes do Ensino Superior (Enade). O nível megassociológico da avaliação é desenvolvido por organismos internacionais que buscam estabelecer padrões de desempenho, de referência para a criação de metas e diretrizes para os sistemas educacionais de diversos países, em uma esfera global. Temos como exemplo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), coordenado pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A invenção desses dois níveis globais (mega e macro) deve-se ao fato da avaliação ter alcançado grande centralidade na economia mundial e nas políticas públicas, particularmente nas políticas educacionais pelos organismos governamentais com o propósito de os Estados ampliarem as ações de controle e fiscalização sobre as escolas e os sistemas educacionais, fenômeno apontado pelos estudiosos em avaliação como a presença do “Governo Avaliador” na educação. O ideal seria possuir um governo com foco na avaliação de desempenho. Como mostra o vídeo a seguir, essa seria a oportunidade Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores33/186 de conhecer melhor a realidade da educação nacional e traçar metas para um investimento em formação continuada, com vistas a se obter resultados a longo prazo. Para saber mais Recomendo que você assista Avaliação de desempenho é oportunidade. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=BhHG9jVg118>. Acesso em: 29 set. 2016. Os problemas educacionais podem até ser, de maneira razoável, bem diagnosticados por essas avaliações, contudo, as maiores críticas a essas reformas educacionais propostas a partir desses resultados encontram-se em seu caráter imediatista, afirmando que essas não trazem mudanças efetivas às necessidades básicas, por exemplo, formação e remuneração adequadas dos professores. É sobre isso vamos falar a seguir. 1. A Visão Crítica Sobre a Avaliação dos Sistemas Educacionais A dependência econômica de muitos países ao Banco Mundial, força a submissão dos sistemas de ensino e das escolas às suas orientações técnicas, na busca por indicadores de qualidade satisfatório. Os educadores progressistas, https://www.youtube.com/watch?v=BhHG9jVg118 https://www.youtube.com/watch?v=BhHG9jVg118 Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores34/186 por sua vez, principalmente os interessados no bom funcionamento da escola, uma escola democrática e emancipatória, tendem a ficar perdidos com os programas introduzidos pelos Estados, praticamente focados nos resultados imediatistas. Na visão progressista, as práticas da avaliação podem promover uma autorregulação institucional, em razão da cobrança de se prestar contas de um serviço público à comunidade. A avaliação externa, em vinculação com a avaliação dos professores, pode ser um auxílio à organização do trabalho na escola e nas salas de aula, provocando uma “cultura da responsabilização” por parte da equipe escolar. Os professores, devido à organização escolar e o projeto pedagógico da escola, podem considerar conjuntamente os problemas, fazer diagnósticos amplos, para além do trabalho isolado na sua matéria, reforçando o entendimento da escola como local em que se pensa o trabalho escolar e onde professores e especialistas aprendem em conjunto. Neste sentido, uma proposta pedagógica progressista pode assumir a avaliação dos estabelecimentos escolares por meio dos resultados do aprendizado dos alunos (embora essa aferição não deva ser utilizada para classificar as escolas que serão beneficiadas por recursos públicos, o que é totalmente inaceitável); a descentralização das escolas, favorecendo a identificação de necessidades locais, o Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores35/186 envolvimento dos professores e pais etc. (embora isso não deva ser usado para a redução do poder de mobilização dos sindicatos e da participação política de professores); a ênfase no desenvolvimento de capacidades básicas de aprendizagem (embora não se aceite um mero treinamento de habilidades). Admitindo-se que a justiça social em termos de democratização do ensino esteja na qualidade cognitiva dos processos de ensino-aprendizagem e dos resultados, é óbvio que as práticas de avaliação precisam ser encaradas com mais seriedade. Para isso, é preciso que os educadores, além de tornarem a avaliação como importante meio de diagnóstico do seu trabalho, saibam mais sobre a elaboração deinstrumentos diretos de aferição da qualidade da oferta dos serviços de ensino junto com a qualidade do “aluno que se quer formar”. Outras questões precisam ser consideradas com mais empenho pelos pesquisadores visando o aprimoramento da qualidade do ensino, seus processos e resultados. São elas: • Como avaliar o nível de competência cognitivo, emocional, ético, esperado dos alunos, tendo como referência a prática social? • Como definir o perfil de aluno egresso, enquanto cidadão e profissional, que cada escola formula coletivamente entre seus professores e equipe técnica? Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores36/186 • Como definir quais competências profissionais e éticas (desdobradas em conhecimentos, procedimentos, atitudes, valores) precisam ser colocadas no projeto pedagógico e que, em seguida, transformam-se em conteúdos curriculares e estratégias de aprendizagem na escola? No vídeo do Prof. Cipriano Lukesi fica evidente a necessidade da escola possuir uma avaliação progressista dentro de um projeto político pedagógico (PPP), (para compreender o significado do PPP consulte o glossário) de democratização do ensino e da escola. 2. A Avaliação dos Sistemas e a Avaliação do Professor A avaliação educacional pode ser externa ou interna. A avaliação externa pode ser ainda nacional, por amostra, visando orientar as políticas educacionais e os órgãos gestores dessas políticas. Pode ser também regional, avaliando-se um universo de uma rede de ensino. Para saber mais Recomendo que você assista ao vídeo a seguir e entenda melhor porque é importante a escola possuir uma avaliação progressistas. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=5K0n-zaVhrw> Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=5K0n-zaVhrw https://www.youtube.com/watch?v=5K0n-zaVhrw Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores37/186 A avaliação educacional externa da escola básica ainda não se constitui uma prática estabilizada no contexto da educação brasileira, isso porque os exames promovidos pelos organismos oficiais como o Saeb, a Prova Brasil e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), propõem uma avaliação do sistema educacional, em larga escala, que analisa a habilidade dos estudantes ao final de um ciclo da escolaridade. Para saber mais Reflita sobre algumas finalidades das avaliações externas: • Certificação – algumas avalições externas como o Enem e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) permitem que alunos dos níveis Ensino Fundamental e Médio possam pleitear o certificado de conclusão mediante a aprovação mínima nestas avaliações. O Encceja traz esta possibilidade para alunos maiores de 15 anos completos até a data de realização da prova e para alunos residentes no exterior. O Enem apresenta como exigência alunos maiores de 18 anos até a data da realização da avaliação e certifica o Ensino Médio. • Seleção para ingresso em Universidades Públicas Federais e em algumas instituições privadas, realizado pelo Enem; Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores38/186 A avaliação interna, por sua vez é pouco realizada no interior das escolas, isso porque não está inserida nas várias ações que a escola desenvolve. A avaliação interna deveria ser como uma análise sistemática da instituição com o objetivo de identificar suas fragilidades e potencialidades, e a possibilitar a elaboração de planos de intervenção e melhorias. Estudos e pesquisas revelam a carência na formação dos profissionais da educação para desenvolvê-la, e isso ocorre devido a diversos fatores, entre eles estão o desconhecimento de fundamentos teórico-metodológicos sobre a avaliação institucional. Com o propósito de contribuir para a formação dos profissionais das escolas e também para a operacionalização do processo de autoavaliação, o ideal seria discutir no interior da escola alguns aportes e subsídios teóricos sobre a avaliação institucional da escola, trazendo à reflexão os conceitos de avaliação, seus fundamentos epistemológicos, suas relações com diferentes contextos e as possibilidades de operacionalização do processo de avaliação da escola, considerando desde a fase do planejamento até a fase de comunicação dos resultados obtidos. Para saber mais • Prestação de contas sobre as políticas públicas e realizar um diagnóstico sobre os contextos em que estão inseridos os sistemas de ensino, como é o caso do Ideb e Saeb. Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores39/186 O professor por sua vez não entende a avaliação interna como instrumento de melhoria, assim ele transfere para a sala de sala de aula os conceitos de avaliação que recebe. Pensando nisso o vídeo a seguir mostra o que o professor entende por avaliação em sala de aula e como ele deveria entender avaliação para buscar melhores resultados na qualidade de ensino. Para saber mais Recomendo que você assista ao vídeo sobre Avaliação escolar. Disponível em: <https:// www.youtube.com/watch?v=KNJS9- m7hcI>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=KNJS9-m7hcI https://www.youtube.com/watch?v=KNJS9-m7hcI https://www.youtube.com/watch?v=KNJS9-m7hcI Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores40/186 Glossário Progressista: A Pedagogia Progressista é no Brasil um paradigma educacional que propõe a transformação social por meio da educação. Tal proposta, sintetizando, tem como cerne a maneira como o indivíduo se propõe a explicar determinada realidade. Segundo Behrens (2005), atualmente existem três propostas inovadoras que conduzem os alunos a dialogarem sobre as problemáticas de seu espaço social: o modelo sistêmico, o progressista e a pesquisa de campo. Projeto Político Pedagógico (PPP): Instrumento que reflete a proposta educacional da escola, é através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um trabalho coletivo. Emancipatório: O termo em si diz respeito à libertação. Quando pensamos nesse termo na educação, podemos entender uma das funções da educação significando a libertação pelo conhecimento, como uma libertação plena e jamais voltaremos a ser escravos da ignorância. Questão reflexão ? para 41/186 Pensando da sua prática escolar, como a avaliação docente pode auxiliar nas avaliações dos sistemas educacionais? 42/186 Considerações Finais (1/2) • Uma análise sociológica da avaliação educacional, segundo Afonso (2003), nos mostra quatro níveis diferentes de avaliações, são eles: o microssociológico, que avalia o nível em sala de aula; o mesossociológico, que avalia a escola; o macrossociológico, que avalia a nível nacional a educação; e o megassociológico, que traz uma avaliação a nível internacional, comparando sistemas educacionais de diversos países. • As reformas educacionais propostas a partir de índices obtidos em avaliações macro e mega, sofrem críticas por pertencer a um “governo avaliador”, que busca resultados imediatistas. • Na crítica às reformas educacionais é importante considerar o poder econômico que o Banco Mundial exerce sobre os países dependentes economicamente de subsídios, e na necessidade de uma escola progressista. 43/186 • A avaliação educacional passa por uma avaliação interna, que é a avaliação dos professores em relação ao sistema e externa, que é a avaliação do sistema em relação ao rendimento escolar. Considerações Finais (2/2) Unidade 2 • Política de Avaliação Institucional e seus Indicadores44/186 Referências AFONSO, Almerindo. Avaliar a escola e a gestão escolar: elementos para uma reflexão crítica. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, Currículo e Avaliação. São Paulo: Cortez, 2003. BEHRENS, Marilda Aparecida. O Paradigma Emergente e a Prática Pedagógica. Petrópolis: Vozes, 2005. CASALI, Alípio. Fundamentos para uma avaliação educativa. In: CAPPELLETTI, Isabel F. Avaliação da aprendizagem:discussão de caminhos. São Paulo: Articulação Universidade/ Escola, 2007. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia cidadã: Cadernos de formação: Gestão Curricular e Avaliação. In: LIBÂNEO, José Carlos; PALMA FILHO, João Cardoso; LEITE, Yoshie Ussami Ferrari; ARENA, Dagoberto Buim. (Orgs.). Avaliação de sistemas escolares e de escolas. São Paulo: UNESP, Pró- Reitoria de Graduação, 2005. 45/186 Assista a suas aulas Aula 2 - Tema: Política de avaliação institucional e seus indicadores - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ dcb84b130c7b8dcda14d591b26f0d4d4>. Aula 2 - Tema: Política de avaliação institucional e seus indicadores - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/550b5b543658f4124a39da5eea1dc50a>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/dcb84b130c7b8dcda14d591b26f0d4d4 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/dcb84b130c7b8dcda14d591b26f0d4d4 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/dcb84b130c7b8dcda14d591b26f0d4d4 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/550b5b543658f4124a39da5eea1dc50a http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/550b5b543658f4124a39da5eea1dc50a http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/550b5b543658f4124a39da5eea1dc50a 46/186 1. O professor Almerindo Afonso esclarece que a avaliação sob a ótica sociológica possui os seguintes níveis: a) Micro, meso, macro e mega. b) Micro, macro e mega. c) Micro, neo, mega e macro. d) Inferior, médio, alto e extenso. e) Aproximado, distante e amplo. Questão 1 47/186 2.Um “governo avaliador” é aquele que: a) Incentiva a avaliação formativa e de desempenho. b) Busca avaliações a todo custo e em todos os momentos. c) Avalia a educação com foco no diagnóstico de seus reais problemas. d) Controla e fiscaliza os sistemas de ensino buscando sempre resultados imediatos. e) Incentiva a avaliação por meio de exames em todos os sistemas de ensino. Questão 2 48/186 3. Uma avaliação progressista significa: a) Aquela que busca avanços e progressos no ensino. b) Aquela que busca justiça social e democratização do ensino. c) Aquela que prevê progressos após sua aplicação. d) Apoiar o progresso e o desenvolvimento educacional. e) Avaliar para formar cidadãos progressistas e liberais. Questão 3 49/186 4. A avaliação educacional é apresentada de duas formas, são elas: a) A externa realizada pelo professor e a interna feita pelos gestores. b) A avaliação por meio de exames e provas e a avaliação processual. c) A externa realizada por agências governamentais e a interna realizada pelos agentes do ambiente escolar. d) A avaliação progressista e a avalição de desempenho. e) A interna à escola realizada para avaliar o currículo e a externa realizada para avaliar as políticas públicas. Questão 4 50/186 5. A avaliação interna muitas vezes não atinge seus objetivos, porque: a) Não se discute no interior da escola os verdadeiros subsídios teóricos da avalição institucional. b) O professor não gosta de ser avaliado. c) Não existem fundamentos legais e teóricos suficientes para tal avaliação. d) O professor não possui subsídios teóricos para realizar esse tipo de avaliação com seus alunos. e) Não se compreende o objetivo principal de tal instrumento no ambiente escolar. Questão 5 51/186 Gabarito 1. Resposta: A. De acordo com Almerindo Afonso, os níveis de avaliação sob a ótica socialista são: micro, meso, macro e mega. 2. Resposta: D. Um “governo avaliador” é aquele que fiscaliza e controla os sistemas de ensino a partir dos resultados das avaliações macro e mega. 3. Resposta: B. A avaliação progressista é fruto de uma pedagogia progressista que busca principalmente a justiça social, pela educação e a democratização do ensino. 4. Resposta: C. A avaliação educacional é realizada em dois âmbitos: a interna e externa. A primeira é pelos agentes educacionais e a segunda pelos órgãos governamentais em relação ao desempenho. 5. Resposta: A. Falta discussões com os professores sobre os subsídios teóricos que fundamentam a avaliação interna e seus objetivos no interior da escola. 52/186 Unidade 3 Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem Objetivos 1. Compreender as finalidades da avaliação institucional de forma crítica e de maneira que contribua para a formação de projetos bem-sucedidos na prática educativa. 2. Compreender a avaliação da aprendizagem escolar é tarefa primordial na prática docente, que direcionará todo um trabalho de planejamento e ações posteriores. 3. Conhecer diferentes formas de avaliar um processo educacional de aprendizagem. Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem53/186 Introdução Nesse tema discutiremos a importância de o professor aprender a articular a avaliação de sistema (institucional) e a avaliação do rendimento escolar (aprendizagem), compreendendo que os objetivos, métodos e procedimentos dessas duas dimensões avaliativas, embora diferentes, podem convergir para subsidiar decisões em sala de aula que conduzam à melhoria da prática educativa. O principal objetivo de uma avaliação institucional é possibilitar o desenvolvimento de políticas públicas na área educacional que contemple a qualidade do ensino oferecido a todos os alunos, e a igualdade de oportunidades para que os alunos possam aprender. Já a avaliação da aprendizagem busca melhorias na qualidade dos resultados do rendimento escolar, nessa situação o professor é chamado a rever seu planejamento e considerar diferentes possibilidades de instrumentos avaliativos. Pensando assim, o professor pode planejar suas ações avaliativas seguindo algumas diretrizes. No link a seguir é possível observar que existe sempre um ponto de partida para pensar na avaliação e em suas ações posteriores. Para saber mais Recomendo que você assista ao vídeo O ponto a avaliar. Disponível em: <https://www.youtube. com/watch?v=-Qpq3dRXthE>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=-Qpq3dRXthE https://www.youtube.com/watch?v=-Qpq3dRXthE Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem54/186 Ao iniciar uma avaliação do rendimento escolar que transcreva na prática o compromisso da escola com desenvolvimento do aluno, o professor deve ter como parâmetros três questões importantes que auxiliarão seu planejamento, são elas: • Qual o objetivo de avaliar; • O que avaliar; • Como avaliar. Qual o objetivo de avaliar A avaliação do aluno em sala de aula tem como finalidade promover o aperfeiçoamento do ensino que vem sendo oferecido. Avalia-se para identificar as necessidades e prioridades, situar o próprio professor e o aluno no percurso escolar. Nesse sentido, a primeira questão que orienta um planejamento avaliativo é definir para que se está avaliando. Que decisões precisam ser tomadas? Que subsídios se esperam obter do processo avaliativo? As respostas a essas questões são fundamentais no planejamento avaliativo porque permitem ao professor refletir sobre suas intenções, sobre seu papel, os limites de sua ação e as condições que terá para interferir na educação de seus alunos. Assim, se a avaliação do rendimento escolar tem como função a análise e a proposição de encaminhamentos pedagógicos para que os objetivos do ensino sejam atingidos, evidentemente seu Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem55/186 processo final culmina não na aprovação ou reprovação, mas em prescrições pedagógicas que possam tornar o ensino mais efetivo (SOUSA, 1997, p. 144). É nesse contexto que compreendemos os critérios definidos na legislação educacionalbrasileira quando se estabelece os propósitos da avaliação do rendimento escolar, a LDB nº 9.394/1996 em seu artigo 23, item V, deixa claro os critérios que devem orientar a avaliação do rendimento. São eles: a) Possibilidades de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; b) Possibilidades de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; c) Aproveitamento de estudos concluídos com êxito; d) Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos. Essas possibilidades e obrigatoriedades apresentadas na legislação, na realidade vêm ampliar o nível das decisões que o professor pode tomar a partir de sua avaliação. Tradicionalmente realizada para classificar alunos e definir aprovação e reprovação, a avaliação do rendimento escolar assume agora legalmente o que a teoria especializada preconiza como sua função básica: subsidiar o aperfeiçoamento do ensino. Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem56/186 O que avaliar Mesmo em escolas que priorizaram projetos de ensino voltados basicamente para as habilidades intelectuais do aluno podem estar interessadas apenas em analisar como os seus alunos estão se saindo em avaliações padronizadas nacionalmente, em resultados a longo prazo em termos obtidos no mercado de trabalho, e no sucesso e superação de barreiras que dificultam a continuidade dos estudos. Desta forma, a avaliação do aluno desenvolvida pelo professor em sala de aula deve ser deduzida a partir das diretrizes de seu próprio ensino. É analisando o seu curso, as aprendizagens que prioriza e o tipo de ensino que pretende desenvolver que o professor define o que irá avaliar. De acordo com a população atendida e com o objetivo do curso as avaliações não só estarão focadas no ensino desenvolvido em sala de aula, mas também procurarão analisar experiências dos alunos fora da classe. Para saber mais Recomendo que você assista ao vídeo sobre Avaliação no contexto escolar. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=bQWBFz7NhE0>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=bQWBFz7NhE0 https://www.youtube.com/watch?v=bQWBFz7NhE0 Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem57/186 Definir o que avaliar exige do professor muita clareza sobre a formação pretendida de seus alunos. É a partir do planejamento que realizou para promover o processo de ensino- aprendizagem, isto é, da seleção das competências e conhecimentos que priorizou e das estratégias que escolheu para desenvolvê-los que o professor irá estabelecer o que avaliar. Como avaliar Avaliar não é apenas medir, envolve o levantamento de informações sobre a aprendizagem dos alunos que devem ser analisadas considerando os critérios do plano de ensino, e inclui também o processo de tomada de decisões. A avaliação envolve o exame, ou a prova, mas não se reduz a ela. Nesse sentido, analisar como avaliar não implica definir apenas que provas, testes realizar, mas sobretudo estabelecer como permitir que os dados levantados permitam o autoconhecimento do aluno e o diagnóstico de ensino oferecido. Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem58/186 No vídeo do Prof. Celso Antunes, ele explica que os professores dividem a avaliação em dois grandes blocos. Avaliação somativa e formativa e/ou educativa. A somativa é centrada naquilo que a memória é capaz de reter, essa é excludente e pontual. A avaliação formativa é processual, tudo precisa ser observado, durante todo o processo e em diferentes momentos. Para saber mais Recomendo que você assista ao vídeo sobre Avaliação da aprendizagem com o professor Celso Antunes. Disponível em: <https://www. youtube.com/watch?v= L0zo17LNq9g>. Acesso em: 29 set. 2016. A avaliação é formativa quando contribui efetivamente para a formação do cidadão. Para tanto, exige uma revisão radical da atitude avaliativa, e não somente dos procedimentos tradicionais e provas escritas como recursos básicos de análise de aprendizagem de alunos. Não se criticam aqui os métodos tradicionais de avaliação com a intenção de propor novidades metodológicas, que nem sempre significam alternativas mais adequadas e mais seguras para avaliar o aluno. Pretende-se destacar o fato de que, ao utilizar procedimentos de avaliação durante muito tempo sem questionar seus objetivos e finalidades, corre-se o risco de perder o próprio sentido de um processo avaliativo. https://www.youtube.com/watch?v= L0zo17LNq9g https://www.youtube.com/watch?v= L0zo17LNq9g Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem59/186 1. Tipos de Avaliação É possível identificarmos alguns tipos de avaliação na prática docente, é sobre isso que vamos discutir agora. Não queremos, apenas, criticar os métodos tradicionais de avaliação (testes, provas e exames), com a intenção de trazer novidades metodológicas, contudo, refletir sobre as práticas avaliativas requer conhecer melhor alguns instrumentos que podem ser utilizados. A seguir vamos apresentar algumas práticas avaliativas mais utilizadas atualmente e que norteiam o trabalho do professor em sala de aula. No vídeo sugerido os três tipos de avalição são apresentados de maneira clara e objetiva: 1.1 Avaliação diagnóstica Avaliação realizada pelo professor, principalmente, no início do processo para identificar os principais passos a serem planejados para ações pedagógicas posteriores. É através dessa avaliação que o professor conhece o “terreno que está pisando”, ou seja, identifica conhecimentos prévios de seus alunos. Para saber mais Recomendo que você assista ao vídeo sobre Tipos de avaliação. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=kHqVP4TSCNc>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=kHqVP4TSCNc https://www.youtube.com/watch?v=kHqVP4TSCNc Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem60/186 1.2 Avaliação formativa Avaliação realizada no processo de ensino-aprendizagem, é uma avaliação de feedback, é a partir dessa avaliação que se pensa na recuperação paralela, pois nesse momento o objetivo é recuperar o aluno durante o processo de ensino- aprendizagem. Uma boa avaliação formativa busca a formação do cidadão pleno. 1.3 Avaliação somativa Avaliação para vislumbrar os objetivos alcançados e analisar o desempenho dos alunos, é a conhecida avaliação final, com foco nos resultados, sem esquecer o processo. Essa avaliação deve acontecer dentro de uma abordagem progressista para que não se torne punitiva. As três formas de avaliação apresentadas aqui, precisam ser utilizadas com clareza pela escola e seus gestores, principalmente para se atingir mudanças gradativas na qualidade da educação. Existem outros tipos de avaliação, por exemplo, a autoavaliação, ou a avaliação cumulativa. Para saber mais Recomendo que você acesse o link para saber mais e confira outras opiniões sobre o tema. Disponível em: <http://www.portaleducacao. com.br/pedagogia/artigos/58800/ avaliacao-de-aprendizagem-principios-e- tipos>. Acesso em: 29 set. 2016. http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/58800/avaliacao-de-aprendizagem-principios-e-tipos http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/58800/avaliacao-de-aprendizagem-principios-e-tipos http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/58800/avaliacao-de-aprendizagem-principios-e-tipos http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/58800/avaliacao-de-aprendizagem-principios-e-tipos Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem61/186 Evidentemente que o professor deverá aprender a construir instrumentos avaliativos que busquem maior precisão e que permitam analisar com mais rigor o nível de competência e as habilidades que os alunos estão alcançando.Contudo, reforçar somente esse aspecto da avaliação do rendimento escolar pode levar a desenvolver uma prática fragmentada, que reduz e estreita o olhar do professor sobre o aluno em formação. Portanto, uma avaliação completa possibilita o diagnóstico do ensino oferecido, auxilia no processo de aprendizagem, identificando as falhas e necessidades de recuperação e compreende os resultados finais. É importante o professor perceber que os resultados de um bom processo avaliativo analisam também o seu próprio desempenho em sala de aula, ou seja, sua atuação docente. Para saber mais Recomendo que você acesse o vídeo que mostra o tema de maneira lúdica e divertida. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=3-dSQSzXdPc>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=3-dSQSzXdPc https://www.youtube.com/watch?v=3-dSQSzXdPc Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem62/186 Glossário Rendimento escolar: o rendimento escolar, termo emprestado do mercado consumidor, pois quem rende é produto fabricado, será empregado no sentido de conhecimento produzido pelos alunos após a intervenção educacional, produto da educação escolarizada. Portanto, sinônimo de qualidade da educação escolar. Autoavaliação: capacidade de avaliar-se após um processo de aprendizagem, com rigor e critérios preestabelecidos. Prática fragmentada: práticas com ações desconectadas, sem objetivos relacionados, práticas soltas. Questão reflexão ? para 63/186 Conhecendo melhor os tipos de avaliação é possível identificar em sua prática docente uma abordagem progressista? 64/186 Considerações Finais • O principal objetivo da avaliação institucional é viabilizar políticas públicas na área da educação. Já o objetivo da avaliação educacional é identificar as necessidades, rendimento e possibilidades do aluno com vista a uma educação de qualidade para todos. • A avaliação educacional deve ter três parâmetros para nortear seu trabalho de planejamento, são eles: qual objetivo de avaliar, o que devo avaliar e como vou avaliar. • A avaliação formativa deve contribuir efetivamente para a formação do cidadão, participativo, crítico e ativo numa sociedade democrática. • Três tipos de avalição estão presentes no dia a dia da escola, são elas: avaliação diagnóstica, avalição formativa e avaliação somativa. Unidade 3 • Finalidades da Avaliação Institucional e da Aprendizagem65/186 Referências BRASIL. Lei nº 9.394/1996. Estabelecem as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 22 out. 2016. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia cidadã: Cadernos de formação: Gestão Curricular e Avaliação. In: LIBÂNEO, José Carlos; PALMA FILHO, João Cardoso; LEITE, Yoshie Ussami Ferrari; ARENA, Dagoberto Buim. (Orgs.). Avaliação de sistemas escolares e de escolas. São Paulo: UNESP, Pró- Reitoria de Graduação, 2005. LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. ed. São Paulo: Cortez, 2011. SOUSA, Clarilza Prado de (org.) A avaliação do rendimento escolar. 6. ed. Campinas: Papirus, 1997. PALMA FILHO, João Cardos; LEITE, Yoshie Ussami Ferrari; ARENA, Dagoberto Buim. (orgs). Projeto curricular e Avaliação. In: Pedagogia Cidadã: Cadernos de formação em gestão curricular e avaliação. São Paulo: Unesp; Pró-Reitoria de Graduação, 2005. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm 66/186 Assista a suas aulas Aula 3 - Tema: Finalidades da avaliação institucional e da aprendizagem - Bloco I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ 1ce5534c2c1ec267139c09a03fca3856>. Aula 3 - Tema: Finalidades da avaliação institucional e da aprendizagem - Bloco II Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/5258228e20a0646080ab0b836682d31c>. http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/1ce5534c2c1ec267139c09a03fca3856 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/1ce5534c2c1ec267139c09a03fca3856 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/1ce5534c2c1ec267139c09a03fca3856 http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/5258228e20a0646080ab0b836682d31c http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/5258228e20a0646080ab0b836682d31c http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/5258228e20a0646080ab0b836682d31c 67/186 1. O professor precisa articular duas dimensões avaliativas, a avaliação institucional e a avaliação do rendimento escolar, isso porque: a) A primeira influencia a produção dos alunos e a segunda condiz com uma gestão democrática. b) A primeira traduz a qualidade da aula e a segunda influencia as políticas públicas. c) A primeira revela a intenção dos políticos e a segunda a influência da sociedade na escola. d) A primeira influencia as políticas públicas e a segunda traduz a qualidade da aula. e) A primeira retrata o avanço educacional e a segunda o avanço das formações dos professores. Questão 1 68/186 2. Na avaliação educacional, os três parâmetros que norteiam o planejamento do professor são: a) Qual objetivo avaliar, instrumentos avaliativos e como mensurar os resultados. b) Para que vou avaliar, que conteúdo deve cobrar e como elaborar uma recuperação paralela. c) Qual objetivo avaliar, que conteúdo avaliar e como analisar os resultados. d) Para que avaliar, como avaliar e onde avaliar. e) Para que avaliar, o que avaliar e como avaliar. Questão 2 69/186 3. A principal contribuição da avaliação formativa está: a) Na formação do cidadão. b) Na qualidade da educação. c) Na qualidade dos resultados. d) Na formação de uma gestão democrática. e) Na formação de bons profissionais. Questão 3 70/186 4. Foram apresentados três tipos de avalição no texto, são elas: a) A investigativa, a de resultados e a autoavaliação. b) A diagnóstica, a formativa e a somativa. c) A investigativa, a autoavaliação e a formativa. d) A de resultados, a diagnóstica e a formativa. e) A diagnóstica, a investigativa e a somativa. Questão 4 71/186 5. Os resultados de um bom processo avaliativo mostram para o professor a qualidade: a) Do rendimento dos alunos. b) Do seu próprio desempenho em sala de aula. c) Da gestão democrática. d) Das Políticas Públicas. e) Da formação continuada. Questão 5 72/186 Gabarito 1. Resposta: D. A avaliação institucional influencia as políticas públicas e a avaliação de aprendizagem demonstra os resultados dos alunos. 2. Resposta: E. Para que avaliar, o que avaliar e como avaliar são questões que devem nortear o planejamento do professor. 3. Resposta: A. A avaliação formativa deve buscar a formação efetiva do cidadão. 4. Resposta: B. A avaliação diagnóstica, a formativa e a somativa. 5. Resposta: B. Um bom processo avaliativo resultará na análise da qualidade do desempenho do próprio professor. 73/186 Unidade 4 O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional Objetivos 1. Compreender o papel da gestão diante das avalições externas à escola, bem como a contribuição que os resultados da avaliação podem oferecer. 2. Reconhecer na gestão e coordenação pedagógica uma importante ferramenta para a avalição institucional. 3. Valorizar a gestão democrática com vista a uma ação de formação para a cidadania e para a sociedade de direitos. Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional74/186 Introdução Retomando o que foi apresentado no segundo tema aqui estudado, quando definimos avaliação institucional como aquela que acontece com oobjetivo de subsidiar as políticas públicas educacionais, vamos estudar algumas abordagens da avaliação institucional e o papel da gestão escolar nessa avaliação. Uma das abordagens da avaliação institucional das escolas que se apresenta envolve aquela que tem como eixo direcionador a ação ordenada de normas e prerrogativas da União, isto é, o Estado se transforma num avaliador externo, conforme já apontado anteriormente denominado de Estado Avaliador, ele tem o papel de controlar, monitorar, credenciar e oferecer indicadores de desempenho para as escolas e os sistemas de ensino dos países. É normalmente decidida por razões de ordem macroestrutural que se prendem às necessidades de controle organizacional no nível dos sistemas de ensino. É a modalidade chamada de avaliação institucional externa. A avaliação externa é, portanto, aquela em que o processo avaliativo é realizado por agentes externos à escola (pertencentes a agências públicas ou privadas), ainda que com a colaboração indispensável dos membros da escola avaliada, da comunidade educativa. Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional75/186 Outra abordagem é aquela denominada de autoavaliação institucional ou avaliação interna da escola. Diferentemente da avaliação externa, ela é uma modalidade de avaliação que ainda carece de maior aprofundamento teórico e metodológico, particularmente no contexto brasileiro. A Para saber mais Recomendo que você leia BONAMINO, A.; SOUSA, S. Z. Três gerações de avaliação da educação básica no Brasil: interfaces com o currículo da/na escola. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 373-388, abr./jun. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ ep/v38n2/aopep633.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2016. avaliação institucional da escola é produto da integração e entrelaçamento dos processos de avaliação externa e interna. Evidentemente que a avaliação das escolas é uma tarefa complexa, tendencialmente conflituosa, pois as instituições escolares são organizações, e o poder é inerente a todas as organizações. Ao “mexer” nesse poder, num processo de avaliação da escola, interferimos nos interesses, posturas, motivações e objetivos da comunidade escolar. O processo de avaliação externa deverá completar- se com o processo de autoavaliação institucional, e vice-versa. Diante disso é possível observar a necessidade de uma gestão democrática na escola, que priorize a ética no ambiente http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n2/aopep633.pdf http://www.scielo.br/pdf/ep/v38n2/aopep633.pdf Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional76/186 escolar. Entendendo que a gestão é um forte aliado na busca do sucesso na prática educativa escolar, podemos afirmar que a avaliação da escola é um processo pelo qual os gestores (diretor, coordenador pedagógico) e os professores discutem e avaliam sua escola em função do aprimoramento pedagógico- curricular e da qualidade do ensino. Nas últimas décadas houve pouco interesse dos pesquisadores em programas de avaliação da escola, da direção, do projeto pedagógico, dos professores. Hoje essa necessidade torna-se cada vez mais permanente. Os sistemas de ensino e as escolas se veem hoje frente à avalição dos resultados dos alunos como critério para a avaliação da produtividade da escola. De fato, é indispensável verificar a efetividade dos serviços prestados, em função das responsabilidades sociais da escola. Se os testes e outras formas de aferição do rendimento forem bem elaborados, é possível detectar problemas e dificuldades no ensino das matérias de forma que a escola e os professores tomem providências para saná-las. Mas todo cuidado é pouco para que os resultados do desempenho escolar dos alunos não sejam tomados como único parâmetro de análise da escola, é preciso considerar o conjunto de fatores que levaram a eles, ou seja, compreender que o comportamento humano é multideterminado e que Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional77/186 uma dificuldade pode se apresentar por diferentes motivos. Assim, pode- se dizer que toda a comunidade escolar influencia no rendimento dos alunos e consequentemente na produtividade da escola. Vejamos, se a produtividade da escola está no conhecimento quais critérios devemos usar para analisar a eficiência desse sistema? Como intervir na produtividade de uma escola? Quais instrumentos devo usar para averiguar essa produtividade? Que parâmetros devemos usar para saber se a produtividade está eficiente ou não? São tantas questões que se colocam quando pensamos na avaliação institucional que é necessário traçarmos um caminho para chegamos a um olhar marcante na avaliação, o olhar da gestão. 1. A Gestão Democrática Escolar e a Avaliação As mudanças na legislação nacional a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/1996, que aponta para a autonomia das escolas e consequente abertura para a necessidade da sua avaliação, faz referência à Organização da Educação Nacional, no artigo 9º, incisos V, VI e VIII, ressaltando o princípio da avaliação como uma das partes centrais da estrutura administrativa da educação. As razões apresentadas justificam a necessidade Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional78/186 da existência da avaliação das escolas. É uma nova exigência a que as escolas são confrontadas, e precisam aprender a fazer de maneira justa e democrática. Na prática a escola é gerida por uma gestão que precisa agir de forma democrática para dar sustentação ao projeto pedagógico. A democracia em essência evoca a convivência de sujeitos que se afirmam como tais. Assim, analisar as instâncias que colaboram para a gestão democrática se efetivar torna-se fácil. A educação só pode ser democrática. Não podemos esquecer que ser democrático envolve abrir possibilidades para o aluno não querer aprender. E nisso a gestão precisa estar preparada para enfrentar situações de direito do aluno e situações que necessitem de uma revisão das condições gerais da educação. O primeiro passo a ser tomado é criar condições para que o aluno queira aprender, caso contrário não haverá Para saber mais No link do vídeo a seguir vemos os envolvidos nessa Gestão democrática. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=hFS0HEagFP4>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=hFS0HEagFP4 https://www.youtube.com/watch?v=hFS0HEagFP4 Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional79/186 educação. Isso é democracia! Por isso, o papel principal da escola é propiciar condições para que o aluno aprenda. Assim, a avaliação deve ser um instrumento primordial à gestão para conhecer o contexto social da escola, a realidade da condição de trabalho do professor e as necessidades do alunado e focar na aprendizagem significativa. No dia a dia o professor conta com o apoio do coordenador pedagógico diretamente para as três funções básicas da avaliação, já apresentadas anteriormente (diagnóstica, formativa e somativa), tendo em vista a necessidade da integração entre ensino-aprendizagem. Nesse sentido a avaliação se coloca quase como uma instância de mediação entre o ensino, ou seja, as atividades que o professor sugere ao aluno que realize e o aprendizado efetivo que resulta dessa ação. Na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), essa integração se apresenta em diferentes saberes aspectos, a saber: Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional80/186 • O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; • Obtenção de informações sobre os objetivos que foram atingidos; • Obtenção de informação sobre o que foiaprendido e como; • Reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa; • Tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades. (PCN – 5º a 8º séries – Introdução, p. 97) 1. O Individual e o Coletivo na Avaliação pela Gestão Escolar Conforme vimos, em uma gestão democrática, evidentemente que a avaliação formadora de professores e alunos não pode utilizar procedimentos e instrumentos “fechados a sete chaves”, impedindo que se analisem os critérios e os parâmetros utilizados. Ela deve ser transparente no planejamento, nos resultados e nos critérios. Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional81/186 Os atos avaliativos na escola, de um lado, permitem ao educador saber como está se dando a aprendizagem do educando individualmente, e seus sucessos, suas dificuldades, ao mesmo tempo, indicam o que fazer para auxiliá-lo a ultrapassar os impasses emergentes. O ato de avaliar, como temos visto subsidia o gestor nas suas decisões e encaminhamentos na busca dos resultados estabelecidos como metas no planejamento da atividade que administra. É necessários dois enfoques (o individual e o coletivo) na avaliação, para melhorar o desempenho da prática educativa em nossas salas de aula, em nossas escolas e em nossas variadas instâncias administrativas do país, pois é quando identificamos carências. Para saber mais No vídeo sugerido a seguir, é possível identificar uma forte crítica à escola tradicional em oposição a uma gestão democrática que considera as diferenças e possibilidades de diferentes aprendizados. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=AgfiBJyAMKs>. Acesso em: 29 set. 2016. https://www.youtube.com/watch?v=AgfiBJyAMKs https://www.youtube.com/watch?v=AgfiBJyAMKs Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional82/186 O individual está presente nas avaliações de aprendizagem aplicadas pelo professor em sala de aula. Já o coletivo é observado quando o grupo docente precisa avaliar a gestão e as ações do coletivo. É possível observar que vai existir um olhar subjetivo nas análises docentes que precisam ser trabalhadas na formação desse profissional, a busca por uma qualidade de educação passa por uma capacitação docente frente às necessidades de se avaliar eticamente a educação. Assim, cada educador, ou gestor, em seu posto de trabalho, seja ele em sala de aula, na coordenação pedagógica de uma escola, na supervisão, na direção, na instância das secretarias de educação municipais ou estaduais, ou como ministro da educação do país, aprenda o olhar para as múltiplas situações que determinam uma realidade, na perspectiva de configurar a qualidade de uma escola, seja ela positiva ou negativa, tendo em vista subsidiar melhorias permanentes, oferecendo a sociedade a possibilidade de elevar-se no processo civilizatório. Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional83/186 Para saber mais Apresento algumas definições relacionadas às avaliações externas: Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): “Avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima da avaliação é trienal para cada área do conhecimento”. Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja): “Tem como principal objetivo construir uma referência nacional de educação para jovens e adultos por meio da avaliação de competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou nos processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, entre outros. A participação é voluntária e gratuita, destinada aos jovens e adultos residentes no Brasil e no Exterior, inclusive às pessoas privadas de liberdade, que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos na idade apropriada”. Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional84/186 Para saber mais Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): “Criado em 1998, tem o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores. É utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular”. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb): “Criado em 2007, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. Funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente. Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional85/186 Para saber mais Prova Brasil e Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb): “Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados na 4ª e 8ª séries (5º e 9º anos) do ensino fundamental, os estudantes respondem a itens de Língua Portuguesa, com foco em leitura, e Matemática, com foco na resolução de problemas. No questionário socioeconômico, fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho. Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho. A partir das informações, o MEC e as secretarias estaduais e municipais de educação podem definir ações voltadas ao aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros para áreas identificadas como prioritárias”. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/>. Acesso em: 10 jul. 2016. http://portal.mec.gov.br/ Unidade 4 • O Papel do Gestor e da Coordenação Pedagógica Diante da Avaliação Institucional86/186 Glossário Pedagógico-curricular: o termo com hífen traz a ideia que as ações pedagógicas interferem na construção do currículo, e o currículo se constrói na ação pedagógica. Averiguar: verificar, confirmar, constatar, avaliar. Entrelaçando: relacionando, articulando, ligando. Questão reflexão ? para 87/186 Reflita sobre a gestão democrática e sua importância para um processo avaliativo de sucesso. É possível ser um gestor democrático no real sentido apresentado aqui? Quais os impedimentos de uma gestão democrática enfrentamos no dia a dia da escola? 88/186 Considerações Finais (1/2) • A gestão escolar possui a função primordial de entrelaçar os processos de avaliação interno e externo, gerindo, numa ação democrática e de maneira ética, os agentes educacionais que atuarão no processo produtivo educacional. • A gestão precisa estar preparada para uma ação democrática que concebe, inclusive,
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