Buscar

Caderno de Direito Processual do Trabalho @maluespindola_

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 1 de 54 
 
CADERNO DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 2 
Sumário 
1 RECURSOS - art. 893 e seguintes da CLT ........................................................... 4 
1.1 OBJETIVO ...................................................................................................... 4 
1.2 TIPOS ............................................................................................................. 4 
1.3 DECISÕES ..................................................................................................... 4 
1.3.1 Tipos de decisões .................................................................................... 4 
1.3.2 Irrecorribilidade de decisões interlocutórias ............................................. 4 
1.3.3 Rito sumário ............................................................................................ 5 
1.3.4 Acordos ................................................................................................... 6 
1.4 ORGANIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS ................................................................. 6 
1.4.1 Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ...................................................... 6 
1.4.2 Tribunal Superior do Trabalho (TST) ....................................................... 7 
1.4.3 Súmulas versus OJ.................................................................................. 8 
1.5 PRINCÍPIOS ................................................................................................... 8 
1.5.1 Unirrecorribilidade ................................................................................... 8 
1.5.2 Variabilidade ............................................................................................ 8 
1.5.3 Translativo ............................................................................................... 9 
1.5.4 Fungibilidade ........................................................................................... 9 
1.5.5 Personalidade .......................................................................................... 9 
1.5.6 Substitutivo .............................................................................................. 9 
1.5.7 Vigência imediata da lei nova .................................................................. 9 
1.5.8 Não "reformatio in pejus" ......................................................................... 9 
1.6 EFEITOS DOS RECURSOS ........................................................................ 10 
1.6.1 Devolutivo .............................................................................................. 10 
1.6.2 Suspensivo ............................................................................................ 10 
1.6.3 Translativo ............................................................................................. 10 
1.6.4 Regressivo ............................................................................................ 10 
1.6.5 Extensivo ............................................................................................... 10 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 2 de 54 
 
1.6.6 Substitutivo ............................................................................................ 10 
1.7 PRESSUPOSTOS DOS RECURSOS .......................................................... 11 
1.7.1 Objetivos ............................................................................................... 11 
1.7.2 Subjetivos .............................................................................................. 11 
1.7.3 Juízos de Admissibilidade: ..................................................................... 11 
1.7.4 Tempestividade ..................................................................................... 12 
1.7.5 Preparo .................................................................................................. 15 
2 RECURSOS EM ESPÉCIE ................................................................................. 21 
2.1 RECURSO ORDINÁRIO ............................................................................... 21 
2.1.1 Competência ......................................................................................... 22 
2.1.2 Procedimento ........................................................................................ 23 
2.2 AGRAVO DE PETIÇÃO ................................................................................ 23 
2.3 AGRAVO DE INSTRUMENTO ..................................................................... 24 
2.4 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO .................................................................. 26 
2.4.1 Embargos no TST ................................................................................. 27 
2.5 RECURSO ADESIVO ................................................................................... 28 
2.6 RECURSO EXTRAORDINÁRIO ................................................................... 29 
2.7 AGRAVO REGIMENTAL .............................................................................. 30 
2.8 CORREIÇÃO PARCIAL ................................................................................ 31 
2.9 RECURSO DE REVISTA .............................................................................. 31 
3 EXECUÇÃO DE SENTENÇA .............................................................................. 33 
3.1 LIQUIDAÇÃO ............................................................................................... 34 
3.2 CONSTRIÇÃO .............................................................................................. 35 
3.3 DEFESA – EMBARGOS À EXECUÇÃO ...................................................... 39 
3.3.1 Embargos à execução de devedor ........................................................ 39 
3.3.2 Embargos de terceiro ............................................................................ 40 
3.4 SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO..................................................................... 41 
3.5 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ........................... 41 
3.5.1 Teorias .................................................................................................. 42 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 3 de 54 
 
3.5.2 Ordem ................................................................................................... 42 
3.5.3 Desconsideração inversa....................................................................... 43 
3.6 Fraude .......................................................................................................... 43 
3.7 EXECUÇÃO PROVISÓRIA .......................................................................... 44 
3.7.1 Características ....................................................................................... 44 
3.7.2 Execução na falência ............................................................................. 44 
4 DISSÍDIOS COLETIVOS ..................................................................................... 45 
4.1 COMPETÊNCIA ........................................................................................... 45 
4.2 REQUISITOS ............................................................................................... 45 
4.3 ESPÉCIES ................................................................................................... 45 
4.4 LEGITIMIDADE ............................................................................................ 45 
4.5 ESPECIFICAÇÕES ...................................................................................... 46 
4.6 PROCEDIMENTO ........................................................................................ 46 
5 AÇÕES CÍVEISNO PROCESSO DO TRABALHO ............................................. 47 
5.1 AÇÃO RESCISORIA .................................................................................... 47 
5.1.1 Natureza da sentença ............................................................................ 49 
5.1.2 Competência ......................................................................................... 51 
5.1.3 Legitimidade .......................................................................................... 52 
5.2 AÇÃO CONSIGNATÓRIA ............................................................................. 52 
5.3 AÇÃO CIVIL PÚBLICA ................................................................................. 52 
5.3.1 Objetivo ................................................................................................. 53 
5.4 MANDADO DE SEGURANÇA ...................................................................... 54 
5.5 HABEAS CORPUS ....................................................................................... 54 
5.6 HABEAS DATA ............................................................................................ 54 
 
 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 4 de 54 
 
1 RECURSOS - art. 893 e seguintes da CLT 
Os recursos pretendem o reexame da decisão. 
1.1 OBJETIVO 
• Reformar: pois não embarcou o que pretendia, contraria direito que entendo garantido 
• Invalidação: quando é eivada de vício, como prolatada por juiz incompetente, 
impedido, suspeito; houve algum tipo de cerceamento de defesa, houve nulidade da 
citação 
• Esclarecida/integrada: casos de embargos de declaração. Alguma coisa confusa, 
que não seja clara, que seja omissa. Irá integrar o pedido na sentença. 
 
1.2 TIPOS 
a) Endógenos: endo = dentro; tratam da matéria da decisão, ou seja, do mérito. 
Trata-se daquilo que estou pedindo. 
b) Exógenos: exo = fora; não está discutindo a matéria em si, mas requisitos do 
recurso ou da decisão que não foram preenchidos. 
 
1.3 DECISÕES 
 
1.3.1 Tipos de decisões 
1.3.1.1 Definitiva 
Definem o mérito, aquilo que estou pedindo. 
1.3.1.2 Terminativas 
Não definem nada, mas terminam o processo. Como uma decisão que manda 
arquivar o processo sem julgamento do mérito. 
 
1.3.2 Irrecorribilidade de decisões interlocutórias 
Súmula 214 do TST. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. 
IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 
893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso 
imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 5 de 54 
 
▪ Agravo interno 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
▪ Embargos de declaração ou agravo regimental 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos 
autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
▪ Ação trabalhista em Palhoça (TRT 12), parte contrária 
opõe exceção de competência e diz que é em Torres RS 
(TRT 4). Nesse caso pode recorrer imediatamente. 
▪ Recurso ordinário 
 
OBS: No processo do Trabalho o Agravo de Instrumento SÓ serve para destrancar 
recurso. 
 
1.3.3 Rito sumário 
No Rito Sumário, (...) até 2 salários mínimos. Súmula 303 TST: 
Súmula 303 do TST. FAZENDA PÚBLICA. REEXAME 
NECESSÁRIO. 
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo 
na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à 
Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor 
correspondente a: 
a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas 
autarquias e fundações de direito público; 
b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito 
Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os 
Municípios que constituam capitais dos Estados; 
c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e 
respectivas autarquias e fundações de direito público. 
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão 
fundada em: 
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do 
Trabalho; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal 
Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas 
repetitivas ou de assunção de competência; 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 6 de 54 
 
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no 
âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em 
manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do 
Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando 
desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos 
anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996) 
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário 
se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público 
como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não 
ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro 
interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de 
matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, 
respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996). 
 
1.3.4 Acordos 
Sobre os acordos, dispõe o art. 831 da CLT e a súmula 259 do TST: 
Art. 831 da CLT- A decisão será proferida depois de rejeitada pelas 
partes a proposta de conciliação. 
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado 
valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social 
quanto às contribuições que lhe forem devidas. 
Súmula 259 do TST: TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO 
RESCISÓRIA. Só por ação rescisória é impugnável o termo de 
conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. 
 
1.4 ORGANIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS 
 
1.4.1 Tribunal Regional do Trabalho (TRT) 
Existem 24 TRTs no Brasil. No entanto, 5 estados não têm TRT: "ATRA" - Amapá, 
Tocantins, Roraima e Acre. SP é o único estado que possui 2 TRT’s no mesmo estado. 
Cada Tribunal tem no mínimo 7 desembargadores entre 30 e 65 anos. 
• Região Sul: SC = TRT n. 12; PR = TRT n. 9; RS = TRT n. 4. 
1.4.1.1 Composição 
• Pleno 
• Administrativo - parte administrativa e financeira do Tribunal 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 7 de 54 
 
• Corregedoria Geral - CLT só cita a CG do TST. As CG de TRTs são 
determinadas pelos regimentos internos. Art. 35 do RI do TRT 12 
• Turmas - julgam recursos que vêm do 1º grau. Têm 3 turmas: 
o 1ª - simples 
o 2ª - composta por 2 câmaras, cada uma com 6 desembargadores, 
3 para cada câmara. 
o 3ª - composta por 2 câmaras, cada uma com 6 desembargadores, 
3 para cada câmara. 
• Sessões Especializadas = existem 2 sessões. Julgam só ações 
originárias de 2º grau, seus recursos e ações conexas a essas ações 
originárias de 2º grau. 
 
De quem é a competência? Lei 7.701 
1.4.2 Tribunal Superior do Trabalho (TST) 
Art. 111, CF: 
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
III - Juízes do Trabalho. 
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e 
sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco 
anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
I um quinto dentreadvogados com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho 
com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no 
art. 94; 
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, 
oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal 
Superior. 
• 27 ministros Entre 35 e 65 anos. 
• Trata-se de instância extraordinária. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7701.htm
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 8 de 54 
 
1.4.2.1 Composição: 
• Pleno - todos os ministros. O próprio pleno fiscaliza os ministros, como 
se fosse uma Corregedoria própria. Se ocorrer algo muito grave, o caso 
pode ir ao STF. 
• Administrativo - parte administrativa e financeira do Tribunal 
• Corregedoria Geral - cuida do 2º grau. 
• Turmas - 8 
• Sessões Especializadas 
o Sessões de dissídios individuais - sessão 1 (geralmente direito 
material) ou 2 (geralmente direito processual) 
o Sessão de dissídios Coletivos 
 
• Presidente 2018-2020 = João Batista Brito Pereira 
 
1.4.3 Súmulas versus OJ 
• Súmulas - oriundas das decisões das Turmas. Quem edita/formula é o 
pleno. 
• Orientações Jurisprudenciais - oriundas das decisões das Sessões 
Especializadas. 
o Quando as turmas começam a fundamentar as decisões 
constantemente em alguma OJ, o pleno vê a necessidade de 
convertê-la em Súmula. 
 
1.5 PRINCÍPIOS 
 
1.5.1 Unirrecorribilidade 
É possível um único recurso por decisão. Única exceção são os embargos de 
declaração, visto que pode ter, por exemplo, um embargos de declaração e recurso 
ordinário. Cada oportunidade, por vez, caberá um recurso. 
1.5.2 Variabilidade 
Esse princípio abrange a possibilidade de mudar o recurso. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 9 de 54 
 
Exemplo: depois que interpõe o recurso, vê que esqueceu algo: se estiver dentro 
do prazo, a parte pode alterá-lo. 
 
1.5.3 Translativo 
Quando se trata de matéria de ordem pública. 
Prescrição de ofício: total 
 
1.5.4 Fungibilidade 
Possibilidade de pegar um recurso e transformar em outro. 
 
1.5.5 Personalidade 
A decisão só será modificada para as partes que recorrerem/participaram do 
recurso. 
Não se estende aos demais, a não ser que a decisão seja única para todos os 
recorridos. 
 
1.5.6 Substitutivo 
Toda a decisão de mérito tida a seguir substituirá a anterior. 
Ex: acórdão (2º grau) de 2 linhas que diz que mantém os argumentos da sentença 
(1º grau). Busca-se rescindir a última decisão (de 2º grau), mesmo que não tenha falado 
"nada", pois, conforme o princípio, substituiu a decisão da sentença prolatada no 1º 
grau. 
 
1.5.7 Vigência imediata da lei nova 
Aplica-se a lei nova que entra em vigor, porém, dependerá da lei. Aplicações 
processuais, de ordem pública. 
Exemplo: lei da reforma trabalhista - algumas coisas eram de ordem pública, como 
a contagem de prazos em dias úteis, teve aplicação imediata. 
 
1.5.8 Não "reformatio in pejus" 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 10 de 54 
 
A parte recorrerá e não poderá ter decisão que a prejudique. 
 
1.6 EFEITOS DOS RECURSOS 
 
1.6.1 Devolutivo 
Devolvendo/enviando ao Tribunal as razões para que eles julguem aquela 
matéria/mérito do processo. Não precisa ser requerido, é "automático". 
Art. 899, caput da CLT: Os recursos serão interpostos por simples 
petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções 
previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 
1.6.2 Suspensivo 
Não acontece da mesma forma que no CPC. 
A regra é que o recurso seja recebido meramente no efeito devolutivo. Hoje, basta 
ser requerido no corpo do recurso e tem que provar o fumus boni in iuris e o periculum 
in mora, senão será recebido meramente no efeito devolutivo. 
Qual a consequência disso para as partes? Pode-se executar provisoriamente a 
sentença, pois se não há efeito suspensivo, o processo tecnicamente ainda está 
ocorrendo. Provisoriamente, pois no tribunal a sentença pode ser modificada, até 
constrir o bem. 
1.6.3 Translativo 
Matérias que podem ser declaradas de ofício; matérias de ordem pública. Como 
prescrição, coisa julgada, litispendência. 
1.6.4 Regressivo 
Quando regride; volta atrás. Quando já houve Embargos de declaração ou Agravo 
Regimental ou Agravo Interno. Recursos analisados pelo juízo que prolatou a decisão. 
1.6.5 Extensivo 
Diz respeito ao litisconsórcio unitário, ou seja, há uma sentença igual para as 
partes, então, se apenas uma delas recorreu, haverá a extensão da sentença para o 
outro, mesmo que o outro não tenha recorrido. 
1.6.6 Substitutivo 
Quando uma decisão de mérito substitui a anterior. (S. 192, III do TST) 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 11 de 54 
 
Súmula 192, III do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. COMPETÊNCIA. III – 
Sob a égide do art. 512 do CPC de 1973, é juridicamente impossível o 
pedido explícito de desconstituição de sentença quando substituída por 
acórdão do Tribunal Regional ou superveniente sentença 
homologatória de acordo que puser fim ao litígio. 
 
♥ Em resumo: Recursos no efeito meramente devolutivo. O suspensivo é 
exceção. 
 
1.7 PRESSUPOSTOS DOS RECURSOS 
 
1.7.1 Objetivos 
 Não analisa discussão doutrinária ou jurisprudencial. Ou estão presentes ou não 
estão. São eles: 
a) Previsão legal - o recurso tenha previsão na lei 
b) Adequação - além de previsto, o recurso deve ser adequado para aquilo 
que eu quero. 
c) Tempestividade 
d) Preparo 
1.7.2 Subjetivos 
a) Sucumbência – parcial ou total 
b) Imparcialidade do juiz - precisa provar que o juiz não é imparcial e essa prova 
é subjetiva. Como prova que é inimigo? 
c) Condições da ação 
i. Legitimidade da parte - reclamante, reclamado, terceiro interessado. 
Quem é o terceiro interessado? 
ii. Interesse de agir - reside na sucumbência. Se ele ganhar, não tem por 
que recorrer. Mas ele pode recorrer, pois pode querer majorar o valor 
condenado, por isso é subjetivo. 
iii. Possibilidade jurídica do pedido - poder recorrer daquela decisão. 
Obs: irrecorribilidade de decisão interlocutória, irrecorribilidade de 
sentença de alçada (até 2sm) 
 
1.7.3 Juízos de Admissibilidade: 
1.7.3.1 1º a quo - recebe. 
Protocola no juízo de 1º grau, que irá analisar os pressupostos e dará uma decisão 
de recebimento ou não o recurso. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 12 de 54 
 
o Caso não receba, entrar com Agravo de Instrumento 
o Caso receba, dirá que recebe porque presentes os 
pressupostos e intime-se a parte contrária para apresentar 
contrarrazões legais e remete ao TRT. 
1.7.3.2 2º ad quem - conhece. 
Faz o segundo juízo de admissibilidade, ou seja, analisa todos os pressupostos 
novamente. Então, ele conhece ou não. Caso não conheça, entrar com Agravo de 
Instrumento. Caso conheça, irá analisar o mérito. 
1.7.4 Tempestividade 
Prazo geral comum = 8 dias úteis 
Art. 775 da CLT: Os prazos estabelecidos neste Título serão contados 
em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do 
vencimento. 
§ 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente 
necessário, nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
 
 
1.7.4.1 Exceções 
o Embargos de Declaração = 5 dias 
o Correição Parcial = 5 dias 
o Recurso Extraordinário = 15 dias 
o Agravo de Instrumento em Recurso Extraordinário = 15 dias 
o Pedido de Revisão = 48 horas 
 
Atenção! Presunção de notificação em 48 horas 
Súmula 16 do TST: NOTIFICAÇÃO. Presume-se recebida a 
notificação 48 (quarenta e oito) horasdepois de sua postagem. O seu 
não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui 
ônus de prova do destinatário. 
 
Suspensão de prazos = art. 775-A da CLT 
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias 
compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 13 de 54 
 
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, 
os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e 
da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas 
atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. 
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem 
sessões de julgamento. 
 
→ Suspensão = para o prazo e depois ele volta de onde parou. 
→ Interrupção = para o prazo e depois conta novamente do início. 
 
 
• Atenção - Súmula nº 385 e 387 do TST e OJ 310 SDI-1 do TST: 
Súmula nº 385 do TST. FERIADO LOCAL OU FORENSE. 
AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. 
PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. 
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do 
recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do 
prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de 2015). No caso de o 
recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no 
momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o 
prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo 
único, do CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se da 
comprovação depender a tempestividade recursal; 
II – Na hipótese de feriado forense (sem expediente forense por algum 
determinado motivo), incumbirá à autoridade que proferir a decisão de 
admissibilidade certificar o expediente nos autos; 
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do 
recurso, mediante prova documental superveniente, em agravo de 
instrumento, agravo interno, agravo regimental, ou embargos de 
declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a 
concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente 
forense. 
 
OJ 310 SDI-1 do TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES 
DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º DO 
CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO 
PROCESSO DO TRABALHO. Inaplicável ao processo do trabalho a 
regra contida no art. 229, caput e §§ 1o e 2o do CPC de 2015 (art. 191 
do CPC de 1973) em razão de incompatibilidade com a celeridade que 
lhe é inerente. 
o CPC: Partes litisconsortes com advogados diferentes tem 
prazo em dobro. No Trabalho não, o prazo é único. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 14 de 54 
 
 
Súmula nº 387 do TST. RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999. 
I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos 
interpostos após o início de sua vigência. (ex-OJ nº 194 da SBDI-1 - 
inserida em 08.11.2000) 
II - A contagem do quinquídio (5 dias) para apresentação dos originais 
de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia 
subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei 
nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à interposição do 
recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. (ex-OJ nº 337 
da SBDI-1 - primeira parte - DJ 04.05.2004) 
o Se cair em final de semana ou feriado NÃO prorroga. 
Perde o prazo 
III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de 
notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu 
ônus processual, não se aplica a regra do art. 224 do CPC de 2015 
(art. 184 do CPC de 1973) quanto ao "dies a quo", podendo coincidir 
com sábado, domingo ou feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - 
DJ 04.05.2004) 
IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da 
Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o 
documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se 
aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 
 
 
1.7.4.2 Início da contagem do prazo 
Quando começa a contar o prazo? Súmula 30, 197, 262 do TST: 
Súmula 30. INTIMAÇÃO DA SENTENÇA. Quando não juntada a ata 
ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 
851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que 
a parte receber a intimação da sentença. 
Súmula 197. PRAZO. O prazo para recurso da parte que, intimada, 
não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da 
sentença conta-se de sua publicação. 
Súmula 262. PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM 
SÁBADO. RECESSO FORENSE. 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará 
no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex-
Súmula nº 262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal 
Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 
da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 15 de 54 
 
 
1.7.5 Preparo 
Custas + depósito recursal 
O preparo, somatório de custas e depósito recursal, visa preparar o recurso para 
que ele seja encaminhado à instância superior. Não engloba taxas. 
 
1.7.5.1 Custas 
O valor das custas: 
a) Corresponderá a 2% do valor da(o): 
i. Condenação (se houver) 
ii. Causa (quando tem improcedência total do pedido e dissídio 
coletivo) 
iii. Acordo entabulado entre as partes 
b) Será arbitrado no caso de sentença ilíquida 
 
Seção III - Das Custas e Emolumentos (Art. 789, 789-A, 789-B, 790, 
790-A, 790-B) 
 Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do 
trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do 
Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça 
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao 
processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), 
observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro 
centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios 
do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: 
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, 
ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória 
e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
§ 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado 
da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado 
o recolhimento dentro do prazo recursal. 
§ 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e 
fixará o montante das custas processuais. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 16 de 54 
 
§ 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for 
convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos 
litigantes. 
§ 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão 
solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor 
arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. 
o Dissídios coletivos = os dois são vencidos, não tem 
sucumbente 
 Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre 
de responsabilidade do executado e pagas ao final [...]. 
 Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais 
e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas 
e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo 
Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da 
justiça gratuita, ouisenção de custas, o sindicato que houver intervindo 
no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas 
devidas. 
§ 2o No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da 
respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no 
Capítulo V deste Título. 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos 
tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento 
ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados 
e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao 
dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não 
estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do 
sustento próprio ou de sua família. 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos 
tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento 
ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a 
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou 
inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social. 
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que 
comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do 
processo. 
 Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos 
beneficiários de justiça gratuita: 
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas 
autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que 
não explorem atividade econômica; 
II – o Ministério Público do Trabalho. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 17 de 54 
 
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as 
entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as 
pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as 
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 
 
 Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários 
periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda 
que beneficiária da justiça gratuita. 
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar 
o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do 
Trabalho. 
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. 
§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização 
de perícias.§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça 
gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a 
despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União 
responderá pelo encargo. 
o Honorários periciais não são custas! 
 
OJ 269 SDI-1 TST. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE 
ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO 
(inserido item II em decorrência do CPC de 2015) 
I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo 
ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento 
formulado no prazo aivo ao recurso; 
II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase 
recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o 
preparo (art. 99, § 7º, do CPC de 2015) 
 
Súmula nº 25 do TST. CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO 
ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. 
I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, 
está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas 
fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então 
vencida; 
o Se virar o jogo, terá que pagar independentemente de 
intimação 
II - No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, 
sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram 
devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte 
vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a 
quantia; (ex-OJ nº 186 da SBDI-I) 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 18 de 54 
 
III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da 
condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de 
custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, 
devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ nº 104 da SBDI-I) 
o Se houver majoração do valor, mas não houve 
determinação de quando tem que recolher, pagará no final 
IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário 
mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu 
pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT. 
 
1.7.5.2 Depósito recursal 
art. 899 CLT 
Prazo = recursal 
 
Objetivo = garantir a execução/pagamento/condenação 
• Sem condenação, sem depósito recursal. 
• Quando atingir o valor da condenação, não precisa mais fazer o Depósito 
Recursal. 
 
Base para saber qual valor deve fazer o DR: 
• Condenado, quando existe e for líquida 
• Arbitrado (ilíquida). Juiz condenou, mas não determinou valores. 
 
Obrigatoriedade de pagar o depósito recursal = sucumbente (parte que perdeu). 
• atenção: exceções art. 899, §§ 9º e 10º: 
§ 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para 
entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, 
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de 
pequeno porte. 
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça 
gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação 
judicial. 
→ Súmula nº 86 do TST. DESERÇÃO. MASSA FALIDA. 
EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. Não ocorre 
deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento 
de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse 
privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação 
extrajudicial. (primeira parte - ex-Súmula nº 86 - RA 69/78, DJ 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 19 de 54 
 
26.09.1978; segunda parte - ex-OJ nº 31 da SBDI-1 - inserida 
em 14.03.1994). 
 
Substituição: Art. 899, §11 
 § 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária 
ou seguro garantia judicial. 
▪ Difícil de conseguir na prática. 
 
Levantamento imediato após TJ. Deve ser pago e comprovado dentro do prazo (!) 
 
1.7.5.2.1 Valores/recursos (ato 247/2019) 
Os valores são estabelecidos todos os anos. Esse ano foi de 12/07/2019 a 
01/08/2019. 
 
1.7.5.2.1.1 Teto 
o Recurso Ordinário - R$9.828,51 
o Recurso de Revista - R$19.657,02 
o Recurso Ordinário em Ação Rescisória - R$19.657,02 
o Embargos de Declaração ao pleno do TST- R$19.657,02 
o RE - R$19.657,02 
o AI - R$899, §7º CLT 
O valor do depósito recursal dependerá do valor do teto de condenação. Se o valor 
do teto de condenação for menos que o teto de depósito recursal estabelecido acima, 
depositará o valor correspondente ao da condenação. Se passar, irá depositar o teto. 
 
OJ 140 SDI-1 TST. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS 
PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. DESERÇÃO. Em 
caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do 
depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido 
o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, 
o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. 
 
Súmula nº 99 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO. 
Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal 
só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta 
condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, 
no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 20 de 54 
 
(ex-Súmula nº 99 - alterada pela Res. 110/2002, DJ 15.04.2002 - e ex-
OJ nº 117 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003). 
 
Súmula nº 128 do TST. DEPÓSITO RECURSAL. 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal,integralmente, 
em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. 
Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para 
qualquer recurso. (ex-Súmula nº 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 
21.11.03, que incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 
27.11.1998) 
• Doutrina entende que o terceiro interessado não precisa 
fazer o depósito, pois ele não sofreu condenação contra ele. 
 
 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para 
recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da 
CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a 
complementação da garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - 
inserida em 08.11.2000) 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o 
depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando 
a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. 
(ex-OJ nº 190 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). 
 
Súmula nº 245 do TST. DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO. O depósito 
recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A 
interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. 
▪ Isso não vale para o Agravo de Instrumento 
 
Súmula nº 426 do TST. DEPÓSITO RECURSAL. UTILIZAÇÃO DA 
GUIA GFIP. OBRIGATORIEDADE. Nos dissídios individuais o 
depósito recursal será efetivado mediante a utilização da Guia de 
Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP, 
nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 899 da CLT, admitido o depósito 
judicial, realizado na sede do juízo (secretaria da vara) e à disposição 
deste, na hipótese de relação de trabalho não submetida ao regime do 
FGTS. 
▪ Exceções: pequeno empreiteiro/artífice (não recolhe 
FGTS, portanto não tem onde depositar. Assim, pega o 
dinheiro e deposita na secretaria da vara) e trabalhador 
portuário (avulso, portanto, recolhe FGTS) 
 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 21 de 54 
 
Atenção 899, §7º: No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal 
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se 
pretende destrancar. 
 
Sempre que a condenação for majorada, deve complementar o depósito recursal. 
Exemplo: condenação parcial de R$5.000. As duas partes entram com recursos 
ordinários. O reclamante ganha e a condenação majora para R$8.000. Se o reclamado 
quiser recorrer de revista ao TRT vai precisar depositar a diferença (R$3.000). 
 
2 RECURSOS EM ESPÉCIE 
 
2.1 RECURSO ORDINÁRIO 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no 
prazo de 8 (oito) dias; e 
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, 
em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, 
quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
§ 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o 
recurso ordinário: 
I - (VETADO). 
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, 
devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria 
do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para 
julgamento, sem revisor; 
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à 
sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com 
registro na certidão; 
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, 
com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das 
razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada 
pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal 
circunstância, servirá de acórdão. 
§ 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar 
Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das 
sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento 
sumaríssimo. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2000/Mv0075-00.htm
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 22 de 54 
 
Decisões 
Terminativas - findam o processo sem analisar o mérito 
Definitivas - definem/analisam o mérito 
 
Prazo = 8 dias 
 
2.1.1 Competência 
TRT - quando versar sobre uma sentença de 1º grau 
TST - quando busca rescindir um acórdão/sentença de 2ºgrau e nas ações originárias 
de 2º grau. 
 
No RO Só pode discutir 2 coisas: 
O que já foi falado no processo (seja na inicial, contestação, réplica, sentença); 
Não pode discutir algo que já precluiu ao longo do processo. 
 
Súmula nº 158 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. Da decisão de Tribunal 
Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário 
para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária 
trabalhista (ex-Prejulgado nº 35). 
Súmula nº 201 do TST. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE 
SEGURANÇA. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em 
mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) 
dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o 
recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 
Súmula nº 414 do TST. MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA 
PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova 
redação em decorrência do CPC de 2015). 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta 
impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável 
mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito 
suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao 
tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 
1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida 
antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da 
inexistência de recurso próprio. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 23 de 54 
 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o 
objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o 
indeferimento da tutela provisória. 
2.1.2 Procedimento 
Interpõe o RO através de 2 petições: 
a) Ao juízo a quo - o que prolatou a decisão. 
Faz um requerimento para que as razões em anexo sejam recebidas (juízo de 
admissibilidade) e sejam encaminhadas ao Tribunal 
b) Ao juízo a quem - encaminha para a presidência do Tribunal (TRT ou TST). 
Rebater ponto por ponto da sentença de forma fundamentada. Geralmente as 
sentenças trabalhistas são feitas por tópicos. Pedir que seja conhecido (recebido é no 
1º grau). Se não rebater determinado ponto será considerado como confissão ficta. 
 
2.2 AGRAVO DE PETIÇÃO 
Art. 897, CLT - artigo comum para agravo de petição e agravo de instrumento. 
 Prazo = 8 dias 
Competência - TRT 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas 
execuções; 
§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante 
delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, 
permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos 
próprios autos ou por carta de sentença. 
▪ Lembrar que tem efeito meramente devolutivo. 
§ 3o Na hipótese da alínea a (agravo de petição) deste artigo, o 
agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade 
recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª 
Instância ou de Juiz de Direito (investido na jurisdição trabalhista), 
quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal 
Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado 
o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias 
para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ounos 
próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de 
sentença. 
§ 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação 
do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 24 de 54 
 
imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de 
interposição: 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da 
respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do 
agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão 
originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende 
destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito 
recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis 
ao deslinde da matéria de mérito controvertida. 
§ 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao 
recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar 
necessárias ao julgamento de ambos os recursos. 
§ 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do 
recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o 
procedimento relativo a esse recurso. 
 § 8o Quando o agravo de petição versar apenas sobre as 
contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de 
cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, 
conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior 
para apreciação, após contraminuta. 
 
Recurso cabível em decisão em sede de execução. Equivale ao "Recurso 
ordinário" da execução. 
 
Súmula nº 266 do TST. RECURSO DE REVISTA. 
ADMISSIBILIDADE. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. A admissibilidade 
do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de 
petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na 
execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de 
demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal. 
 
Súmula nº 416 do TST. MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO. 
LEI Nº 8.432/1992. ART. 897, § 1º, DA CLT. CABIMENTO. Devendo 
o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores 
objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o 
prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não 
especificados no agravo. 
▪ Não fere porque foi delimitado 
 
2.3 AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 25 de 54 
 
Objetivo = destrancar recursos. Não serve para decisão interlocutória 
Prazo = 8 dias 
Competência = juízo competente para recurso. 
Permite-se que seja recebido como o recurso que se quer destrancar, dado o princípio 
da fungibilidade. 
 
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de 
recursos. 
§ 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não 
receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. 
§ 4º - Na hipótese da alínea b (agravo de instrumento) deste artigo, 
o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para 
conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. 
§ 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação 
do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o 
imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de 
interposição: 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da 
respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do 
agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão 
originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende 
destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito 
recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis 
ao deslinde da matéria de mérito controvertida. 
§ 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao 
recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar 
necessárias ao julgamento de ambos os recursos. 
§ 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do 
recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o 
procedimento relativo a esse recurso. 
 
Súmula nº 192 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. 
COMPETÊNCIA (atualizada em decorrência do CPC de 2015). IV – 
Na vigência do CPC de 1973, é manifesta a impossibilidade jurídica do 
pedido de rescisão de julgado proferido em agravo de instrumento que, 
limitando-se a aferir o eventual desacerto do juízo negativo de 
admissibilidade do recurso de revista, não substitui o acórdão regional, 
na forma do art. 512 do CPC. (ex-OJ nº 105 da SBDI-2 - DJ 
29.04.2003). 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 26 de 54 
 
o Tem a sentença, tem RO, tem revista. O de revista não foi 
conhecido ou recebido, dele entra com Agravo de Instrumento. 
O acórdão do agravo não tem condão de substituir a decisão 
do agravo pois não pode substituir decisão de mérito. 
▪ Não tem RE e REsp 
 
Súmula nº 218 do TST. RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO 
PROFERIDO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. É incabível recurso 
de revista interposto de acórdão regional prolatado em agravo de 
instrumento. 
▪ Se eu recorri da sentença ordinariamente meu recurso não foi 
recebido/conhecido, agrado de instrumento par quem vai julgar o RO 
(TRT) e o meu agrado de instrumento não foi provido: não há o que se 
fazer. 
▪ Não tem RE e Resp 
 
2.4 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Os embargos de declaração servem para sanar: 
 a) Omissão - juiz deixa de se manifestar sobre alguma coisa. Tem efeito 
modificativo 
 b) Obscuridade - decisão confusa. Não tem efeito modificativo 
 c) Contradição - dentro do processo ou dentro da própria decisão 
 d) Erro material 
 
Os embargos de declaração interrompem o prazo e têm efeito regressivo, podem ter 
efeito modificativo. 
Prazo = 5 dias. Competência = juízo que prolatou decisão. Contrarrazões não 
obrigatórias (!!!) 
 
Art. 897-A, CLT: 
Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, 
no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira 
audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na 
certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão 
e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos 
pressupostos extrínsecos do recurso. 
§ 1o Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a 
requerimento de qualquer das partes. 
§ 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração 
somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 27 de 54 
 
embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) 
dias. 
▪ Obrigatoriedade de contrarrazões 
§ 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para 
interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando 
intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua 
assinatura. 
 
Se os embargos forem interpostos intempestivamente ou se a representação da parte 
estiver irregular não irá interromper o prazo. 
Súmula 421 e 278 TST: 
 Súmula nº 278 do TST. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO 
NO JULGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A 
natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos 
declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. 
Súmula nº 421 do TST. EMBARGOS de DECLARAÇÃO. 
CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA 
NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. I – Cabem 
embargos de declaração da decisão monocráticado relator prevista no 
art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte 
pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, 
modificação do julgado. II – Se a parte postular a revisão no mérito da 
decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de 
declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e 
celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do 
Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) 
dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às 
exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015. 
 
2.4.1 Embargos no TST 
Embargos ao TST ou embargos ao pleno. É o último grau de recursos no TST. 
Objetivo = unificar/uniformizar a jurisprudência. 
 
Art. 894, CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no 
prazo de 8 (oito) dias: 
I - de decisão não unânime (embargo de infringência) de julgamento 
que: 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que 
excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 28 de 54 
 
e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do 
Trabalho, nos casos previstos em lei; e 
Dissídio coletivo que excedem: 
▪ TRT - sentença normativa - RO - TST 
▪ TST - sentença normativa - embargos de infringência se a 
sentença for parcial (não unânime). 
II - das decisões das Turmas (recursos do 1º grau, dissídios individuais) 
que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de 
Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante 
do Supremo Tribunal Federal. 
 
Podem ser: 
• De infringência (DC) - art. 894, I, a 
• De divergência (DI) - art. 894, II 
 
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se 
considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do 
Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e 
notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (Orientações 
Jurisprudenciais). 
§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo 
de 8 (oito) dias. 
 
 
2.5 RECURSO ADESIVO 
Súmula nº 283 do TST. RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO 
PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS. O 
recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no 
prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso 
ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo 
desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a 
do recurso interposto pela parte contrária (pode ser sobre coisas 
diferentes). 
 
Compatível com Recurso Ordinário, Agravo de Petição, Recurso de Revista, Embargos. 
 
OBS: pedido de revisão – Súmula 71 do TST: 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 29 de 54 
 
Súmula nº 71 do TST. ALÇADA (mantida). A alçada é fixada pelo 
valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não 
impugnado, sendo inalterável no curso do processo. 
Prazo de 48 horas 
 
2.6 RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Requisitos: 
1. Prequestionamento - tem que ter tido manifestação expressa da matéria pelo 
juízo. Caso contrário, fazer embargos de declaração 
2. Esgotamento das vias 
 
Prazo = 15 dias, mesmo prazo do cível, pois é um recurso cível. 
 
Art. 102, III, CF: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em 
única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar dispositivo desta Constituição; 
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; 
 
 Art. 1.029 CPC 
Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos 
previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o 
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições 
distintas que conterão: 
I - a exposição do fato e do direito; 
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; 
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão 
recorrida. 
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o 
recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação 
repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia 
eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou 
ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de 
computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 30 de 54 
 
qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou 
assemelhem os casos confrontados. 
§ 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é 
vedado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de 
que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a 
existência da distinção. 
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça 
poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar 
sua correção, desde que não o repute grave. 
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução 
de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou 
do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de 
processos em que se discuta questão federal constitucional ou 
infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica 
ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o 
território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do 
recurso especial a ser interposto. 
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso 
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por 
requerimento dirigido: 
I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a 
interposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado 
para seu exame prevento para julgá-lo; 
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a 
publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, 
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III - ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o 
recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 . 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no 
período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação 
da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso 
ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 . 
 
• Ofensa à CF 
• Inconstitucionalidade de lei federal ou tratado 
 
2.7 AGRAVO REGIMENTAL 
→ Lei 7.701/88 - art. 3º e 5º 
→ Regimento Interno do TST - art. 338 
→ RI/TRT 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 31 de 54 
 
 
O agravo regimental é utilizado para decisões monocráticas. Prazo = 8 dias 
Uma das exceções em que é permitida a interposição de recurso de decisão 
interlocutória: 
Súmula nº 214 do TST. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. 
IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 
893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso 
imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do 
Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal 
Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso 
para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência 
territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto 
daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto 
no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
2.8 CORREIÇÃO PARCIAL 
Naturezamista = jurídica e administrativa. Não pretende especificamente mudar a 
decisão, mas sim punir o juiz/desembargador/ministro que cometa atos atentatórios à... 
 Prazo de 5 dias do conhecimento do fato 
 Art. 709 da CLT 
 RI/TRT 12 - art. 35 
 
2.9 RECURSO DE REVISTA 
Art. 896 da CLT 
893 = prazo de 8 dias 
Competência TST 
 
Cabível em dissídio coletivo; só turma que julga. 
 
Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior 
do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em 
dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, 
quando: requisitos específicos: 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da 
que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno 
ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 32 de 54 
 
Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa 
Corte (TST) ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; 
▪ Interpretação de outro TRT 
▪ Ex: art. 12, a, lei 6.019 - equiparação. TRT 9 
entende que sim e o TRT 12 (nosso) entende que 
não 
 b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva 
de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento 
empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda 
a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, 
interpretação divergente, na forma da alínea a; 
• Deve haver divergência específica e exatamente do mesmo ponto entre 
2 TRTs diferentes 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta 
direta e literal à Constituição Federal. 
▪ Não poderá ser afronta indireta ou reflexa. A afronta deve 
ser à letra da disposição federal. 
 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 33 de 54 
 
3 EXECUÇÃO DE SENTENÇA 
Execução trabalhista: CLT, Lei de execução Fiscal (LEF) e CPC. 
Art. 876 da CLT: 
Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha 
havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não 
cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o 
Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados 
perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executadas pela 
forma estabelecida neste Capítulo. 
Fases: 
1. Liquidação – apurar o valor da decisão 
2. Constrição – bloqueio judicial, bacenjud, renajud, penhora. Constrito o bem ou 
bloqueado valores, 
3. Expropriação – tira da conta judicial e retira o valor retido em alvará para a parte 
reclamante, ou vende o bem em hasta pública para vendê-lo e entregar em 
pecúnia para o reclamante. 
 
• Títulos Executivos Judiciais – sentenças e acordos não cumpridos 
• Títulos Executivos Extrajudiciais 
o Termos de Ajuste de Conduta 
o Termos de Conciliação 
 
Competência: juiz originário (título executivo judicial) ou o juiz que seria competente 
para julgar a matéria (título executivo extrajudicial). 
Art. 877 e 877-A CLT 
Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou 
Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente 
o dissídio. 
 Art. 877-A - É competente para a execução de título executivo 
extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de 
conhecimento relativo à matéria. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6830.htm
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 34 de 54 
 
 
Legitimidade: 
Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a 
execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas 
nos casos em que as partes não estiverem representadas por 
advogado. (Jus postulandi) 
- Partes 
- De ofício somente nos casos de jus postulandi. 
 
3.1 LIQUIDAÇÃO 
Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, 
previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por 
arbitramento ou por artigos. 
A liquidação de sentença pode ocorrer por cálculo, arbitragem, artigos. 
o Cálculo = a parte junta cálculos ou perito técnico contábil judicial. 
o Arbitramento = quando precisa arbitrar um valor para a dívida. É necessário que 
haja alguém com conhecimento técnico. Um perito não judicial. 
o Exemplo: alguém deve avaliar quanto custa uma obra de arte. 
o Artigos = quando precisa de coisas novas para que possa chegar ao valor. 
o Exemplo: juiz determinou a condenação da empresa a um valor 
específico de horas extraordinárias, mas não disse quantas horas. A 
empresa não junta os cartões de ponto e o juiz estabelece multa diária 
pelo descumprimento. 
Art. 879, §2º - determina que o juiz deverá abrir prazo de manifestação das partes com 
relação aos cálculos. 
§ 2o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes 
prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a 
indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de 
preclusão. 
Decisão de homologação e recurso – discussão doutrinária: em que pese não tenhamos 
uma extinção do processo pela decisão homologatória de cálculos, alguns 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 35 de 54 
 
doutrinadores entendem que seja possível o agravo de petição, outros entendem que 
não, porque entendem que não é uma decisão terminativa, somente após os embargos. 
Ainda assim, o tribunal tem aceitado o agravo de petição em alguns casos. 
A união 
§ 3o Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça 
do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, 
no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. 
3.2 CONSTRIÇÃO 
Após a liquidação, vem a constrição do(s) bem(ns). É nessa fase que começa a 
execução da sentença propriamente dita, pois ocorre a citação. Não se trata de 
continuidade do processo como no processo cível. 
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal 
mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que 
cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as 
cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em 
dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que 
o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena 
de penhora. 
Para abrir prazo para embargar a execução, é obrigado a garantir o juízo. 
Art. 880, §2º da CLT: 
 § 2º - A citação será feita pelos oficiais de diligência. 
Oficial de Justiça exerce função de oficial e de avaliador. Verá o que tem de bens 
penhoráveis e avaliar e farar um auto de penhora 
Citação → pagamento em 48 horas ou dispositivo ou nomeação → penhora 
judicial (art. 883 CLT) (bacenjud; renajud; outros) 
Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, 
seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento 
da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, 
sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for 
ajuizada a reclamação inicial. 
Citação por Oficial de Justiça = permitido edital art. 880, §3º 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 36 de 54 
 
§ 3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 
(quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, 
publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta 
ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. 
Se na busca o executado fechar a empresa/obstar a avaliação: é possível que haja o 
arrombamento do local, tendo a chave depositado em juízo. 
Se não houver o pagamento: Protesto + Banco Nacional de Devedores Trabalhistas: 
art. 883.A CLT 
Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá 
ser levada a protesto, gerar inscrição donome do executado em órgãos 
de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores 
Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo 
de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não 
houver garantia do juízo. 
Bens: art. 835 CPC rol 
Até 30% do faturamento da empresa 
Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: 
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição 
financeira; 
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal 
com cotação em mercado; 
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; 
IV - veículos de via terrestre; 
V - bens imóveis; 
VI - bens móveis em geral; 
VII - semoventes; 
VIII - navios e aeronaves; 
IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; 
X - percentual do faturamento de empresa devedora; 
XI - pedras e metais preciosos; 
XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e 
de alienação fiduciária em garantia; 
XIII - outros direitos 
Bens impenhoráveis: art. 833 do CPC 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 37 de 54 
 
Art. 833. São impenhoráveis: 
I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos 
à execução; 
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem 
a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que 
ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio 
padrão de vida; 
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado, salvo se de elevado valor; 
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as 
remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os 
pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por 
liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua 
família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de 
profissional liberal, ressalvado o § 2º; 
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os 
instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício 
da profissão do executado; 
VI - o seguro de vida; 
VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se 
essas forem penhoradas; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que 
trabalhada pela família; 
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para 
aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 
(quarenta) salários-mínimos; 
XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido 
político, nos termos da lei; 
XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob 
regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. 
 
Recebeu e assinou, é o dia que inicia, não se espera juntada aos autos. 
 
Fase constrição: art. 888 CLT 
Art. 887 - A avaliação dos bens penhorados em virtude da 
execução de decisão condenatória, será feita por avaliador escolhido 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 38 de 54 
 
de comum acordo pelas partes, que perceberá as custas arbitradas 
pelo juiz, ou presidente do tribunal trabalhista, de conformidade com a 
tabela a ser expedida pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 1º Não acordando as partes quanto à designação de avaliador, 
dentro de cinco dias após o despacho que o determinou a avaliação, 
será o avaliador designado livremente pelo juiz ou presidente do 
tribunal. 
§ 2º Os servidores da Justiça do Trabalho não poderão ser 
escolhidos ou designados para servir de avaliador. 
Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da 
data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a a arrematação, que será 
anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado 
no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias. 
§ 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e 
os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exequente 
preferência para a adjudicação. 
§ 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal 
correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. 
§ 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a 
adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos 
por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente. 
§ 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 
(vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício 
da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça 
os bens executados. 
 
Arrematação = praça/leilão. O arrematante tem que dar um sinal 20% valor do 
bem no ato e terá que pagar o restante em 24 horas. Valor da venda. 
Arrematação pode ser desfeita quando houver algum vício na penhora (a parte 
não foi intimada, não tem ciência que o bem foi constrito – terá que entrar com embargos 
à arrematação) ou ônus de embargos (o arrematante que errou. Depois que arrematou 
descobriu que o bem tem ônus reais – será possível a desistência da arrematação por 
isso). Quando houver embargos à arrematação poderá ser desfeita a arrematação e o 
dinheiro do arrematante (sinal e restante) será devolvido se o arrematante desistir da 
arrematação. 
Adjudicação (valor da avaliação) = transferência do patrimônio para o credor. 
 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 39 de 54 
 
3.3 DEFESA – EMBARGOS À EXECUÇÃO 
• De devedor 
• De terceiro 
• À arrematação – deve ser oposto até 5 dias depois. 
• À penhora – deve ser oposto até 5 dias depois 
 
3.3.1 Embargos à execução de devedor 
Art. 884 CLT: 
Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o 
executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual 
prazo ao exequente para impugnação. 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento 
da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida. 
§ 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz 
ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus 
depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual 
deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. 
§ 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar 
a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no 
mesmo prazo. 
§ 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a impugnação 
à liquidação. 
§ 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações 
à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário. 
§ 5o Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato 
normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal 
ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a 
Constituição Federal. 
§ 6o A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades 
filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria 
dessas instituições 
Requisito básico: garantir a execução = depositar o bem ou dinheiro ou haver 
penhora forçada do valor total da dívida. 
• Só poderão ser opostos depois que houver garantia do valor da condenação 
atualizado. 
Prazo – 5 dias (!). Vide MP 2180/2001: prazo para embargos de 30 dias e 
impugnação também. Porém, é unânime a inaplicabilidade do prazo de 30 dias, devendo 
ser respeitado o prazo de 5 dias contados da intimação da penhora. 
Maria Luiza Nelzira Espindola 
Acadêmica de Direito – UNISUL 
Malu-espindola@hotmail.com 
 
Página 40 de 54 
 
Não pode haver inovação da matéria nos embargos. Há um limite pequeno, §1º, art. 
884: 
§ 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento 
da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida. 
O que é prescrição da dívida? É diferente da prescrição processual. Trata-se da 
prescrição após o trânsito em julgado da decisão, pois antes

Outros materiais