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Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 1 de 54 CADERNO DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 2 Sumário 1 RECURSOS - art. 893 e seguintes da CLT ........................................................... 4 1.1 OBJETIVO ...................................................................................................... 4 1.2 TIPOS ............................................................................................................. 4 1.3 DECISÕES ..................................................................................................... 4 1.3.1 Tipos de decisões .................................................................................... 4 1.3.2 Irrecorribilidade de decisões interlocutórias ............................................. 4 1.3.3 Rito sumário ............................................................................................ 5 1.3.4 Acordos ................................................................................................... 6 1.4 ORGANIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS ................................................................. 6 1.4.1 Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ...................................................... 6 1.4.2 Tribunal Superior do Trabalho (TST) ....................................................... 7 1.4.3 Súmulas versus OJ.................................................................................. 8 1.5 PRINCÍPIOS ................................................................................................... 8 1.5.1 Unirrecorribilidade ................................................................................... 8 1.5.2 Variabilidade ............................................................................................ 8 1.5.3 Translativo ............................................................................................... 9 1.5.4 Fungibilidade ........................................................................................... 9 1.5.5 Personalidade .......................................................................................... 9 1.5.6 Substitutivo .............................................................................................. 9 1.5.7 Vigência imediata da lei nova .................................................................. 9 1.5.8 Não "reformatio in pejus" ......................................................................... 9 1.6 EFEITOS DOS RECURSOS ........................................................................ 10 1.6.1 Devolutivo .............................................................................................. 10 1.6.2 Suspensivo ............................................................................................ 10 1.6.3 Translativo ............................................................................................. 10 1.6.4 Regressivo ............................................................................................ 10 1.6.5 Extensivo ............................................................................................... 10 Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 2 de 54 1.6.6 Substitutivo ............................................................................................ 10 1.7 PRESSUPOSTOS DOS RECURSOS .......................................................... 11 1.7.1 Objetivos ............................................................................................... 11 1.7.2 Subjetivos .............................................................................................. 11 1.7.3 Juízos de Admissibilidade: ..................................................................... 11 1.7.4 Tempestividade ..................................................................................... 12 1.7.5 Preparo .................................................................................................. 15 2 RECURSOS EM ESPÉCIE ................................................................................. 21 2.1 RECURSO ORDINÁRIO ............................................................................... 21 2.1.1 Competência ......................................................................................... 22 2.1.2 Procedimento ........................................................................................ 23 2.2 AGRAVO DE PETIÇÃO ................................................................................ 23 2.3 AGRAVO DE INSTRUMENTO ..................................................................... 24 2.4 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO .................................................................. 26 2.4.1 Embargos no TST ................................................................................. 27 2.5 RECURSO ADESIVO ................................................................................... 28 2.6 RECURSO EXTRAORDINÁRIO ................................................................... 29 2.7 AGRAVO REGIMENTAL .............................................................................. 30 2.8 CORREIÇÃO PARCIAL ................................................................................ 31 2.9 RECURSO DE REVISTA .............................................................................. 31 3 EXECUÇÃO DE SENTENÇA .............................................................................. 33 3.1 LIQUIDAÇÃO ............................................................................................... 34 3.2 CONSTRIÇÃO .............................................................................................. 35 3.3 DEFESA – EMBARGOS À EXECUÇÃO ...................................................... 39 3.3.1 Embargos à execução de devedor ........................................................ 39 3.3.2 Embargos de terceiro ............................................................................ 40 3.4 SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO..................................................................... 41 3.5 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ........................... 41 3.5.1 Teorias .................................................................................................. 42 Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 3 de 54 3.5.2 Ordem ................................................................................................... 42 3.5.3 Desconsideração inversa....................................................................... 43 3.6 Fraude .......................................................................................................... 43 3.7 EXECUÇÃO PROVISÓRIA .......................................................................... 44 3.7.1 Características ....................................................................................... 44 3.7.2 Execução na falência ............................................................................. 44 4 DISSÍDIOS COLETIVOS ..................................................................................... 45 4.1 COMPETÊNCIA ........................................................................................... 45 4.2 REQUISITOS ............................................................................................... 45 4.3 ESPÉCIES ................................................................................................... 45 4.4 LEGITIMIDADE ............................................................................................ 45 4.5 ESPECIFICAÇÕES ...................................................................................... 46 4.6 PROCEDIMENTO ........................................................................................ 46 5 AÇÕES CÍVEISNO PROCESSO DO TRABALHO ............................................. 47 5.1 AÇÃO RESCISORIA .................................................................................... 47 5.1.1 Natureza da sentença ............................................................................ 49 5.1.2 Competência ......................................................................................... 51 5.1.3 Legitimidade .......................................................................................... 52 5.2 AÇÃO CONSIGNATÓRIA ............................................................................. 52 5.3 AÇÃO CIVIL PÚBLICA ................................................................................. 52 5.3.1 Objetivo ................................................................................................. 53 5.4 MANDADO DE SEGURANÇA ...................................................................... 54 5.5 HABEAS CORPUS ....................................................................................... 54 5.6 HABEAS DATA ............................................................................................ 54 Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 4 de 54 1 RECURSOS - art. 893 e seguintes da CLT Os recursos pretendem o reexame da decisão. 1.1 OBJETIVO • Reformar: pois não embarcou o que pretendia, contraria direito que entendo garantido • Invalidação: quando é eivada de vício, como prolatada por juiz incompetente, impedido, suspeito; houve algum tipo de cerceamento de defesa, houve nulidade da citação • Esclarecida/integrada: casos de embargos de declaração. Alguma coisa confusa, que não seja clara, que seja omissa. Irá integrar o pedido na sentença. 1.2 TIPOS a) Endógenos: endo = dentro; tratam da matéria da decisão, ou seja, do mérito. Trata-se daquilo que estou pedindo. b) Exógenos: exo = fora; não está discutindo a matéria em si, mas requisitos do recurso ou da decisão que não foram preenchidos. 1.3 DECISÕES 1.3.1 Tipos de decisões 1.3.1.1 Definitiva Definem o mérito, aquilo que estou pedindo. 1.3.1.2 Terminativas Não definem nada, mas terminam o processo. Como uma decisão que manda arquivar o processo sem julgamento do mérito. 1.3.2 Irrecorribilidade de decisões interlocutórias Súmula 214 do TST. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 5 de 54 ▪ Agravo interno b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; ▪ Embargos de declaração ou agravo regimental c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. ▪ Ação trabalhista em Palhoça (TRT 12), parte contrária opõe exceção de competência e diz que é em Torres RS (TRT 4). Nesse caso pode recorrer imediatamente. ▪ Recurso ordinário OBS: No processo do Trabalho o Agravo de Instrumento SÓ serve para destrancar recurso. 1.3.3 Rito sumário No Rito Sumário, (...) até 2 salários mínimos. Súmula 303 TST: Súmula 303 do TST. FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO. I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 6 de 54 d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996) IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996). 1.3.4 Acordos Sobre os acordos, dispõe o art. 831 da CLT e a súmula 259 do TST: Art. 831 da CLT- A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. Súmula 259 do TST: TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO RESCISÓRIA. Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. 1.4 ORGANIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS 1.4.1 Tribunal Regional do Trabalho (TRT) Existem 24 TRTs no Brasil. No entanto, 5 estados não têm TRT: "ATRA" - Amapá, Tocantins, Roraima e Acre. SP é o único estado que possui 2 TRT’s no mesmo estado. Cada Tribunal tem no mínimo 7 desembargadores entre 30 e 65 anos. • Região Sul: SC = TRT n. 12; PR = TRT n. 9; RS = TRT n. 4. 1.4.1.1 Composição • Pleno • Administrativo - parte administrativa e financeira do Tribunal Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 7 de 54 • Corregedoria Geral - CLT só cita a CG do TST. As CG de TRTs são determinadas pelos regimentos internos. Art. 35 do RI do TRT 12 • Turmas - julgam recursos que vêm do 1º grau. Têm 3 turmas: o 1ª - simples o 2ª - composta por 2 câmaras, cada uma com 6 desembargadores, 3 para cada câmara. o 3ª - composta por 2 câmaras, cada uma com 6 desembargadores, 3 para cada câmara. • Sessões Especializadas = existem 2 sessões. Julgam só ações originárias de 2º grau, seus recursos e ações conexas a essas ações originárias de 2º grau. De quem é a competência? Lei 7.701 1.4.2 Tribunal Superior do Trabalho (TST) Art. 111, CF: Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: I - o Tribunal Superior do Trabalho; II - os Tribunais Regionais do Trabalho; III - Juízes do Trabalho. Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: I um quinto dentreadvogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. • 27 ministros Entre 35 e 65 anos. • Trata-se de instância extraordinária. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7701.htm Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 8 de 54 1.4.2.1 Composição: • Pleno - todos os ministros. O próprio pleno fiscaliza os ministros, como se fosse uma Corregedoria própria. Se ocorrer algo muito grave, o caso pode ir ao STF. • Administrativo - parte administrativa e financeira do Tribunal • Corregedoria Geral - cuida do 2º grau. • Turmas - 8 • Sessões Especializadas o Sessões de dissídios individuais - sessão 1 (geralmente direito material) ou 2 (geralmente direito processual) o Sessão de dissídios Coletivos • Presidente 2018-2020 = João Batista Brito Pereira 1.4.3 Súmulas versus OJ • Súmulas - oriundas das decisões das Turmas. Quem edita/formula é o pleno. • Orientações Jurisprudenciais - oriundas das decisões das Sessões Especializadas. o Quando as turmas começam a fundamentar as decisões constantemente em alguma OJ, o pleno vê a necessidade de convertê-la em Súmula. 1.5 PRINCÍPIOS 1.5.1 Unirrecorribilidade É possível um único recurso por decisão. Única exceção são os embargos de declaração, visto que pode ter, por exemplo, um embargos de declaração e recurso ordinário. Cada oportunidade, por vez, caberá um recurso. 1.5.2 Variabilidade Esse princípio abrange a possibilidade de mudar o recurso. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 9 de 54 Exemplo: depois que interpõe o recurso, vê que esqueceu algo: se estiver dentro do prazo, a parte pode alterá-lo. 1.5.3 Translativo Quando se trata de matéria de ordem pública. Prescrição de ofício: total 1.5.4 Fungibilidade Possibilidade de pegar um recurso e transformar em outro. 1.5.5 Personalidade A decisão só será modificada para as partes que recorrerem/participaram do recurso. Não se estende aos demais, a não ser que a decisão seja única para todos os recorridos. 1.5.6 Substitutivo Toda a decisão de mérito tida a seguir substituirá a anterior. Ex: acórdão (2º grau) de 2 linhas que diz que mantém os argumentos da sentença (1º grau). Busca-se rescindir a última decisão (de 2º grau), mesmo que não tenha falado "nada", pois, conforme o princípio, substituiu a decisão da sentença prolatada no 1º grau. 1.5.7 Vigência imediata da lei nova Aplica-se a lei nova que entra em vigor, porém, dependerá da lei. Aplicações processuais, de ordem pública. Exemplo: lei da reforma trabalhista - algumas coisas eram de ordem pública, como a contagem de prazos em dias úteis, teve aplicação imediata. 1.5.8 Não "reformatio in pejus" Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 10 de 54 A parte recorrerá e não poderá ter decisão que a prejudique. 1.6 EFEITOS DOS RECURSOS 1.6.1 Devolutivo Devolvendo/enviando ao Tribunal as razões para que eles julguem aquela matéria/mérito do processo. Não precisa ser requerido, é "automático". Art. 899, caput da CLT: Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 1.6.2 Suspensivo Não acontece da mesma forma que no CPC. A regra é que o recurso seja recebido meramente no efeito devolutivo. Hoje, basta ser requerido no corpo do recurso e tem que provar o fumus boni in iuris e o periculum in mora, senão será recebido meramente no efeito devolutivo. Qual a consequência disso para as partes? Pode-se executar provisoriamente a sentença, pois se não há efeito suspensivo, o processo tecnicamente ainda está ocorrendo. Provisoriamente, pois no tribunal a sentença pode ser modificada, até constrir o bem. 1.6.3 Translativo Matérias que podem ser declaradas de ofício; matérias de ordem pública. Como prescrição, coisa julgada, litispendência. 1.6.4 Regressivo Quando regride; volta atrás. Quando já houve Embargos de declaração ou Agravo Regimental ou Agravo Interno. Recursos analisados pelo juízo que prolatou a decisão. 1.6.5 Extensivo Diz respeito ao litisconsórcio unitário, ou seja, há uma sentença igual para as partes, então, se apenas uma delas recorreu, haverá a extensão da sentença para o outro, mesmo que o outro não tenha recorrido. 1.6.6 Substitutivo Quando uma decisão de mérito substitui a anterior. (S. 192, III do TST) Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 11 de 54 Súmula 192, III do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. COMPETÊNCIA. III – Sob a égide do art. 512 do CPC de 1973, é juridicamente impossível o pedido explícito de desconstituição de sentença quando substituída por acórdão do Tribunal Regional ou superveniente sentença homologatória de acordo que puser fim ao litígio. ♥ Em resumo: Recursos no efeito meramente devolutivo. O suspensivo é exceção. 1.7 PRESSUPOSTOS DOS RECURSOS 1.7.1 Objetivos Não analisa discussão doutrinária ou jurisprudencial. Ou estão presentes ou não estão. São eles: a) Previsão legal - o recurso tenha previsão na lei b) Adequação - além de previsto, o recurso deve ser adequado para aquilo que eu quero. c) Tempestividade d) Preparo 1.7.2 Subjetivos a) Sucumbência – parcial ou total b) Imparcialidade do juiz - precisa provar que o juiz não é imparcial e essa prova é subjetiva. Como prova que é inimigo? c) Condições da ação i. Legitimidade da parte - reclamante, reclamado, terceiro interessado. Quem é o terceiro interessado? ii. Interesse de agir - reside na sucumbência. Se ele ganhar, não tem por que recorrer. Mas ele pode recorrer, pois pode querer majorar o valor condenado, por isso é subjetivo. iii. Possibilidade jurídica do pedido - poder recorrer daquela decisão. Obs: irrecorribilidade de decisão interlocutória, irrecorribilidade de sentença de alçada (até 2sm) 1.7.3 Juízos de Admissibilidade: 1.7.3.1 1º a quo - recebe. Protocola no juízo de 1º grau, que irá analisar os pressupostos e dará uma decisão de recebimento ou não o recurso. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 12 de 54 o Caso não receba, entrar com Agravo de Instrumento o Caso receba, dirá que recebe porque presentes os pressupostos e intime-se a parte contrária para apresentar contrarrazões legais e remete ao TRT. 1.7.3.2 2º ad quem - conhece. Faz o segundo juízo de admissibilidade, ou seja, analisa todos os pressupostos novamente. Então, ele conhece ou não. Caso não conheça, entrar com Agravo de Instrumento. Caso conheça, irá analisar o mérito. 1.7.4 Tempestividade Prazo geral comum = 8 dias úteis Art. 775 da CLT: Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. § 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: I - quando o juízo entender necessário; II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 1.7.4.1 Exceções o Embargos de Declaração = 5 dias o Correição Parcial = 5 dias o Recurso Extraordinário = 15 dias o Agravo de Instrumento em Recurso Extraordinário = 15 dias o Pedido de Revisão = 48 horas Atenção! Presunção de notificação em 48 horas Súmula 16 do TST: NOTIFICAÇÃO. Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horasdepois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. Suspensão de prazos = art. 775-A da CLT Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 13 de 54 § 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. § 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. → Suspensão = para o prazo e depois ele volta de onde parou. → Interrupção = para o prazo e depois conta novamente do início. • Atenção - Súmula nº 385 e 387 do TST e OJ 310 SDI-1 do TST: Súmula nº 385 do TST. FERIADO LOCAL OU FORENSE. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE. PRAZO RECURSAL. PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPC de 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal; II – Na hipótese de feriado forense (sem expediente forense por algum determinado motivo), incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos; III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental, ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense. OJ 310 SDI-1 do TST. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO. Inaplicável ao processo do trabalho a regra contida no art. 229, caput e §§ 1o e 2o do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973) em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. o CPC: Partes litisconsortes com advogados diferentes tem prazo em dobro. No Trabalho não, o prazo é único. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 14 de 54 Súmula nº 387 do TST. RECURSO. FAC-SÍMILE. LEI Nº 9.800/1999. I - A Lei nº 9.800, de 26.05.1999, é aplicável somente a recursos interpostos após o início de sua vigência. (ex-OJ nº 194 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) II - A contagem do quinquídio (5 dias) para apresentação dos originais de recurso interposto por intermédio de fac-símile começa a fluir do dia subsequente ao término do prazo recursal, nos termos do art. 2º da Lei nº 9.800, de 26.05.1999, e não do dia seguinte à interposição do recurso, se esta se deu antes do termo final do prazo. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - primeira parte - DJ 04.05.2004) o Se cair em final de semana ou feriado NÃO prorroga. Perde o prazo III - Não se tratando a juntada dos originais de ato que dependa de notificação, pois a parte, ao interpor o recurso, já tem ciência de seu ônus processual, não se aplica a regra do art. 224 do CPC de 2015 (art. 184 do CPC de 1973) quanto ao "dies a quo", podendo coincidir com sábado, domingo ou feriado. (ex-OJ nº 337 da SBDI-1 - "in fine" - DJ 04.05.2004) IV – A autorização para utilização do fac-símile, constante do art. 1º da Lei n.º 9.800, de 26.05.1999, somente alcança as hipóteses em que o documento é dirigido diretamente ao órgão jurisdicional, não se aplicando à transmissão ocorrida entre particulares. 1.7.4.2 Início da contagem do prazo Quando começa a contar o prazo? Súmula 30, 197, 262 do TST: Súmula 30. INTIMAÇÃO DA SENTENÇA. Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença. Súmula 197. PRAZO. O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença conta-se de sua publicação. Súmula 262. PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. (ex- Súmula nº 262 - Res. 10/1986, DJ 31.10.1986) II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. (ex-OJ nº 209 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 15 de 54 1.7.5 Preparo Custas + depósito recursal O preparo, somatório de custas e depósito recursal, visa preparar o recurso para que ele seja encaminhado à instância superior. Não engloba taxas. 1.7.5.1 Custas O valor das custas: a) Corresponderá a 2% do valor da(o): i. Condenação (se houver) ii. Causa (quando tem improcedência total do pedido e dissídio coletivo) iii. Acordo entabulado entre as partes b) Será arbitrado no caso de sentença ilíquida Seção III - Das Custas e Emolumentos (Art. 789, 789-A, 789-B, 790, 790-A, 790-B) Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas: I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. § 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. § 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas processuais. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 16 de 54 § 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. § 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. o Dissídios coletivos = os dois são vencidos, não tem sucumbente Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final [...]. Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. § 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ouisenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. § 2o No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. § 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; II – o Ministério Público do Trabalho. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 17 de 54 Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. § 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. § 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. § 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias.§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo encargo. o Honorários periciais não são custas! OJ 269 SDI-1 TST. JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserido item II em decorrência do CPC de 2015) I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo aivo ao recurso; II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, do CPC de 2015) Súmula nº 25 do TST. CUSTAS PROCESSUAIS. INVERSÃO DO ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA. I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida; o Se virar o jogo, terá que pagar independentemente de intimação II - No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a quantia; (ex-OJ nº 186 da SBDI-I) Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 18 de 54 III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final; (ex-OJ nº 104 da SBDI-I) o Se houver majoração do valor, mas não houve determinação de quando tem que recolher, pagará no final IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT. 1.7.5.2 Depósito recursal art. 899 CLT Prazo = recursal Objetivo = garantir a execução/pagamento/condenação • Sem condenação, sem depósito recursal. • Quando atingir o valor da condenação, não precisa mais fazer o Depósito Recursal. Base para saber qual valor deve fazer o DR: • Condenado, quando existe e for líquida • Arbitrado (ilíquida). Juiz condenou, mas não determinou valores. Obrigatoriedade de pagar o depósito recursal = sucumbente (parte que perdeu). • atenção: exceções art. 899, §§ 9º e 10º: § 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. § 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. → Súmula nº 86 do TST. DESERÇÃO. MASSA FALIDA. EMPRESA EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. (primeira parte - ex-Súmula nº 86 - RA 69/78, DJ Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 19 de 54 26.09.1978; segunda parte - ex-OJ nº 31 da SBDI-1 - inserida em 14.03.1994). Substituição: Art. 899, §11 § 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial. ▪ Difícil de conseguir na prática. Levantamento imediato após TJ. Deve ser pago e comprovado dentro do prazo (!) 1.7.5.2.1 Valores/recursos (ato 247/2019) Os valores são estabelecidos todos os anos. Esse ano foi de 12/07/2019 a 01/08/2019. 1.7.5.2.1.1 Teto o Recurso Ordinário - R$9.828,51 o Recurso de Revista - R$19.657,02 o Recurso Ordinário em Ação Rescisória - R$19.657,02 o Embargos de Declaração ao pleno do TST- R$19.657,02 o RE - R$19.657,02 o AI - R$899, §7º CLT O valor do depósito recursal dependerá do valor do teto de condenação. Se o valor do teto de condenação for menos que o teto de depósito recursal estabelecido acima, depositará o valor correspondente ao da condenação. Se passar, irá depositar o teto. OJ 140 SDI-1 TST. DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO INSUFICIENTE. DESERÇÃO. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. Súmula nº 99 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. DESERÇÃO. PRAZO. Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 20 de 54 (ex-Súmula nº 99 - alterada pela Res. 110/2002, DJ 15.04.2002 - e ex- OJ nº 117 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003). Súmula nº 128 do TST. DEPÓSITO RECURSAL. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal,integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. (ex-Súmula nº 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) • Doutrina entende que o terceiro interessado não precisa fazer o depósito, pois ele não sofreu condenação contra ele. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). Súmula nº 245 do TST. DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO. O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. ▪ Isso não vale para o Agravo de Instrumento Súmula nº 426 do TST. DEPÓSITO RECURSAL. UTILIZAÇÃO DA GUIA GFIP. OBRIGATORIEDADE. Nos dissídios individuais o depósito recursal será efetivado mediante a utilização da Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP, nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 899 da CLT, admitido o depósito judicial, realizado na sede do juízo (secretaria da vara) e à disposição deste, na hipótese de relação de trabalho não submetida ao regime do FGTS. ▪ Exceções: pequeno empreiteiro/artífice (não recolhe FGTS, portanto não tem onde depositar. Assim, pega o dinheiro e deposita na secretaria da vara) e trabalhador portuário (avulso, portanto, recolhe FGTS) Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 21 de 54 Atenção 899, §7º: No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. Sempre que a condenação for majorada, deve complementar o depósito recursal. Exemplo: condenação parcial de R$5.000. As duas partes entram com recursos ordinários. O reclamante ganha e a condenação majora para R$8.000. Se o reclamado quiser recorrer de revista ao TRT vai precisar depositar a diferença (R$3.000). 2 RECURSOS EM ESPÉCIE 2.1 RECURSO ORDINÁRIO Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. § 1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: I - (VETADO). II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor; III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão; IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão. § 2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2000/Mv0075-00.htm Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 22 de 54 Decisões Terminativas - findam o processo sem analisar o mérito Definitivas - definem/analisam o mérito Prazo = 8 dias 2.1.1 Competência TRT - quando versar sobre uma sentença de 1º grau TST - quando busca rescindir um acórdão/sentença de 2ºgrau e nas ações originárias de 2º grau. No RO Só pode discutir 2 coisas: O que já foi falado no processo (seja na inicial, contestação, réplica, sentença); Não pode discutir algo que já precluiu ao longo do processo. Súmula nº 158 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista (ex-Prejulgado nº 35). Súmula nº 201 do TST. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. Súmula nº 414 do TST. MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015). I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 23 de 54 III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. 2.1.2 Procedimento Interpõe o RO através de 2 petições: a) Ao juízo a quo - o que prolatou a decisão. Faz um requerimento para que as razões em anexo sejam recebidas (juízo de admissibilidade) e sejam encaminhadas ao Tribunal b) Ao juízo a quem - encaminha para a presidência do Tribunal (TRT ou TST). Rebater ponto por ponto da sentença de forma fundamentada. Geralmente as sentenças trabalhistas são feitas por tópicos. Pedir que seja conhecido (recebido é no 1º grau). Se não rebater determinado ponto será considerado como confissão ficta. 2.2 AGRAVO DE PETIÇÃO Art. 897, CLT - artigo comum para agravo de petição e agravo de instrumento. Prazo = 8 dias Competência - TRT Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; § 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. ▪ Lembrar que tem efeito meramente devolutivo. § 3o Na hipótese da alínea a (agravo de petição) deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito (investido na jurisdição trabalhista), quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ounos próprios autos, se tiver sido determinada a extração de carta de sentença. § 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 24 de 54 imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. § 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. § 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. § 8o Quando o agravo de petição versar apenas sobre as contribuições sociais, o juiz da execução determinará a extração de cópias das peças necessárias, que serão autuadas em apartado, conforme dispõe o § 3o, parte final, e remetidas à instância superior para apreciação, após contraminuta. Recurso cabível em decisão em sede de execução. Equivale ao "Recurso ordinário" da execução. Súmula nº 266 do TST. RECURSO DE REVISTA. ADMISSIBILIDADE. EXECUÇÃO DE SENTENÇA. A admissibilidade do recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro, depende de demonstração inequívoca de violência direta à Constituição Federal. Súmula nº 416 do TST. MANDADO DE SEGURANÇA. EXECUÇÃO. LEI Nº 8.432/1992. ART. 897, § 1º, DA CLT. CABIMENTO. Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo. ▪ Não fere porque foi delimitado 2.3 AGRAVO DE INSTRUMENTO Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 25 de 54 Objetivo = destrancar recursos. Não serve para decisão interlocutória Prazo = 8 dias Competência = juízo competente para recurso. Permite-se que seja recebido como o recurso que se quer destrancar, dado o princípio da fungibilidade. Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. § 2º - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. § 4º - Na hipótese da alínea b (agravo de instrumento) deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. § 5o Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. § 6o O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. § 7o Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. Súmula nº 192 do TST. AÇÃO RESCISÓRIA. COMPETÊNCIA (atualizada em decorrência do CPC de 2015). IV – Na vigência do CPC de 1973, é manifesta a impossibilidade jurídica do pedido de rescisão de julgado proferido em agravo de instrumento que, limitando-se a aferir o eventual desacerto do juízo negativo de admissibilidade do recurso de revista, não substitui o acórdão regional, na forma do art. 512 do CPC. (ex-OJ nº 105 da SBDI-2 - DJ 29.04.2003). Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 26 de 54 o Tem a sentença, tem RO, tem revista. O de revista não foi conhecido ou recebido, dele entra com Agravo de Instrumento. O acórdão do agravo não tem condão de substituir a decisão do agravo pois não pode substituir decisão de mérito. ▪ Não tem RE e REsp Súmula nº 218 do TST. RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PROFERIDO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. É incabível recurso de revista interposto de acórdão regional prolatado em agravo de instrumento. ▪ Se eu recorri da sentença ordinariamente meu recurso não foi recebido/conhecido, agrado de instrumento par quem vai julgar o RO (TRT) e o meu agrado de instrumento não foi provido: não há o que se fazer. ▪ Não tem RE e Resp 2.4 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Os embargos de declaração servem para sanar: a) Omissão - juiz deixa de se manifestar sobre alguma coisa. Tem efeito modificativo b) Obscuridade - decisão confusa. Não tem efeito modificativo c) Contradição - dentro do processo ou dentro da própria decisão d) Erro material Os embargos de declaração interrompem o prazo e têm efeito regressivo, podem ter efeito modificativo. Prazo = 5 dias. Competência = juízo que prolatou decisão. Contrarrazões não obrigatórias (!!!) Art. 897-A, CLT: Art. 897-A Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. § 1o Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. § 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 27 de 54 embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias. ▪ Obrigatoriedade de contrarrazões § 3o Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura. Se os embargos forem interpostos intempestivamente ou se a representação da parte estiver irregular não irá interromper o prazo. Súmula 421 e 278 TST: Súmula nº 278 do TST. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO NO JULGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no julgado. Súmula nº 421 do TST. EMBARGOS de DECLARAÇÃO. CABIMENTO. DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR CALCADA NO art. 932 do cpc de 2015. ART. 557 DO CPC de 1973. I – Cabem embargos de declaração da decisão monocráticado relator prevista no art. 932 do CPC de 2015 (art. 557 do CPC de 1973), se a parte pretende tão somente juízo integrativo retificador da decisão e, não, modificação do julgado. II – Se a parte postular a revisão no mérito da decisão monocrática, cumpre ao relator converter os embargos de declaração em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e celeridade processual, submetendo-o ao pronunciamento do Colegiado, após a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º, do CPC de 2015. 2.4.1 Embargos no TST Embargos ao TST ou embargos ao pleno. É o último grau de recursos no TST. Objetivo = unificar/uniformizar a jurisprudência. Art. 894, CLT. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: I - de decisão não unânime (embargo de infringência) de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 28 de 54 e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e Dissídio coletivo que excedem: ▪ TRT - sentença normativa - RO - TST ▪ TST - sentença normativa - embargos de infringência se a sentença for parcial (não unânime). II - das decisões das Turmas (recursos do 1º grau, dissídios individuais) que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. Podem ser: • De infringência (DC) - art. 894, I, a • De divergência (DI) - art. 894, II § 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (Orientações Jurisprudenciais). § 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 2.5 RECURSO ADESIVO Súmula nº 283 do TST. RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária (pode ser sobre coisas diferentes). Compatível com Recurso Ordinário, Agravo de Petição, Recurso de Revista, Embargos. OBS: pedido de revisão – Súmula 71 do TST: Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 29 de 54 Súmula nº 71 do TST. ALÇADA (mantida). A alçada é fixada pelo valor dado à causa na data de seu ajuizamento, desde que não impugnado, sendo inalterável no curso do processo. Prazo de 48 horas 2.6 RECURSO EXTRAORDINÁRIO Requisitos: 1. Prequestionamento - tem que ter tido manifestação expressa da matéria pelo juízo. Caso contrário, fazer embargos de declaração 2. Esgotamento das vias Prazo = 15 dias, mesmo prazo do cível, pois é um recurso cível. Art. 102, III, CF: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; Art. 1.029 CPC Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal , serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida. § 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 30 de 54 qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados. § 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é vedado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção. § 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave. § 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto. § 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a interposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; II - ao relator, se já distribuído o recurso; III - ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 . III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037 . • Ofensa à CF • Inconstitucionalidade de lei federal ou tratado 2.7 AGRAVO REGIMENTAL → Lei 7.701/88 - art. 3º e 5º → Regimento Interno do TST - art. 338 → RI/TRT Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 31 de 54 O agravo regimental é utilizado para decisões monocráticas. Prazo = 8 dias Uma das exceções em que é permitida a interposição de recurso de decisão interlocutória: Súmula nº 214 do TST. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 2.8 CORREIÇÃO PARCIAL Naturezamista = jurídica e administrativa. Não pretende especificamente mudar a decisão, mas sim punir o juiz/desembargador/ministro que cometa atos atentatórios à... Prazo de 5 dias do conhecimento do fato Art. 709 da CLT RI/TRT 12 - art. 35 2.9 RECURSO DE REVISTA Art. 896 da CLT 893 = prazo de 8 dias Competência TST Cabível em dissídio coletivo; só turma que julga. Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: requisitos específicos: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 32 de 54 Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte (TST) ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; ▪ Interpretação de outro TRT ▪ Ex: art. 12, a, lei 6.019 - equiparação. TRT 9 entende que sim e o TRT 12 (nosso) entende que não b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; • Deve haver divergência específica e exatamente do mesmo ponto entre 2 TRTs diferentes c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. ▪ Não poderá ser afronta indireta ou reflexa. A afronta deve ser à letra da disposição federal. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 33 de 54 3 EXECUÇÃO DE SENTENÇA Execução trabalhista: CLT, Lei de execução Fiscal (LEF) e CPC. Art. 876 da CLT: Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executadas pela forma estabelecida neste Capítulo. Fases: 1. Liquidação – apurar o valor da decisão 2. Constrição – bloqueio judicial, bacenjud, renajud, penhora. Constrito o bem ou bloqueado valores, 3. Expropriação – tira da conta judicial e retira o valor retido em alvará para a parte reclamante, ou vende o bem em hasta pública para vendê-lo e entregar em pecúnia para o reclamante. • Títulos Executivos Judiciais – sentenças e acordos não cumpridos • Títulos Executivos Extrajudiciais o Termos de Ajuste de Conduta o Termos de Conciliação Competência: juiz originário (título executivo judicial) ou o juiz que seria competente para julgar a matéria (título executivo extrajudicial). Art. 877 e 877-A CLT Art. 877 - É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. Art. 877-A - É competente para a execução de título executivo extrajudicial o juiz que teria competência para o processo de conhecimento relativo à matéria. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6830.htm Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 34 de 54 Legitimidade: Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. (Jus postulandi) - Partes - De ofício somente nos casos de jus postulandi. 3.1 LIQUIDAÇÃO Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. A liquidação de sentença pode ocorrer por cálculo, arbitragem, artigos. o Cálculo = a parte junta cálculos ou perito técnico contábil judicial. o Arbitramento = quando precisa arbitrar um valor para a dívida. É necessário que haja alguém com conhecimento técnico. Um perito não judicial. o Exemplo: alguém deve avaliar quanto custa uma obra de arte. o Artigos = quando precisa de coisas novas para que possa chegar ao valor. o Exemplo: juiz determinou a condenação da empresa a um valor específico de horas extraordinárias, mas não disse quantas horas. A empresa não junta os cartões de ponto e o juiz estabelece multa diária pelo descumprimento. Art. 879, §2º - determina que o juiz deverá abrir prazo de manifestação das partes com relação aos cálculos. § 2o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. Decisão de homologação e recurso – discussão doutrinária: em que pese não tenhamos uma extinção do processo pela decisão homologatória de cálculos, alguns Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 35 de 54 doutrinadores entendem que seja possível o agravo de petição, outros entendem que não, porque entendem que não é uma decisão terminativa, somente após os embargos. Ainda assim, o tribunal tem aceitado o agravo de petição em alguns casos. A união § 3o Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. 3.2 CONSTRIÇÃO Após a liquidação, vem a constrição do(s) bem(ns). É nessa fase que começa a execução da sentença propriamente dita, pois ocorre a citação. Não se trata de continuidade do processo como no processo cível. Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. Para abrir prazo para embargar a execução, é obrigado a garantir o juízo. Art. 880, §2º da CLT: § 2º - A citação será feita pelos oficiais de diligência. Oficial de Justiça exerce função de oficial e de avaliador. Verá o que tem de bens penhoráveis e avaliar e farar um auto de penhora Citação → pagamento em 48 horas ou dispositivo ou nomeação → penhora judicial (art. 883 CLT) (bacenjud; renajud; outros) Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. Citação por Oficial de Justiça = permitido edital art. 880, §3º Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 36 de 54 § 3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. Se na busca o executado fechar a empresa/obstar a avaliação: é possível que haja o arrombamento do local, tendo a chave depositado em juízo. Se não houver o pagamento: Protesto + Banco Nacional de Devedores Trabalhistas: art. 883.A CLT Art. 883-A. A decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição donome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de quarenta e cinco dias a contar da citação do executado, se não houver garantia do juízo. Bens: art. 835 CPC rol Até 30% do faturamento da empresa Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem: I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira; II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em mercado; III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado; IV - veículos de via terrestre; V - bens imóveis; VI - bens móveis em geral; VII - semoventes; VIII - navios e aeronaves; IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias; X - percentual do faturamento de empresa devedora; XI - pedras e metais preciosos; XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia; XIII - outros direitos Bens impenhoráveis: art. 833 do CPC Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 37 de 54 Art. 833. São impenhoráveis: I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º; V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; VI - o seguro de vida; VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. Recebeu e assinou, é o dia que inicia, não se espera juntada aos autos. Fase constrição: art. 888 CLT Art. 887 - A avaliação dos bens penhorados em virtude da execução de decisão condenatória, será feita por avaliador escolhido Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 38 de 54 de comum acordo pelas partes, que perceberá as custas arbitradas pelo juiz, ou presidente do tribunal trabalhista, de conformidade com a tabela a ser expedida pelo Tribunal Superior do Trabalho. § 1º Não acordando as partes quanto à designação de avaliador, dentro de cinco dias após o despacho que o determinou a avaliação, será o avaliador designado livremente pelo juiz ou presidente do tribunal. § 2º Os servidores da Justiça do Trabalho não poderão ser escolhidos ou designados para servir de avaliador. Art. 888 - Concluída a avaliação, dentro de dez dias, contados da data da nomeação do avaliador, seguir-se-á a a arrematação, que será anunciada por edital afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, se houver, com a antecedência de vinte (20) dias. § 1º A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados e os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exequente preferência para a adjudicação. § 2º O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% (vinte por cento) do seu valor. § 3º Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens penhorados, poderão os mesmos ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo Juiz ou Presidente. § 4º Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 (vinte e quatro) horas o preço da arrematação, perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º deste artigo, voltando à praça os bens executados. Arrematação = praça/leilão. O arrematante tem que dar um sinal 20% valor do bem no ato e terá que pagar o restante em 24 horas. Valor da venda. Arrematação pode ser desfeita quando houver algum vício na penhora (a parte não foi intimada, não tem ciência que o bem foi constrito – terá que entrar com embargos à arrematação) ou ônus de embargos (o arrematante que errou. Depois que arrematou descobriu que o bem tem ônus reais – será possível a desistência da arrematação por isso). Quando houver embargos à arrematação poderá ser desfeita a arrematação e o dinheiro do arrematante (sinal e restante) será devolvido se o arrematante desistir da arrematação. Adjudicação (valor da avaliação) = transferência do patrimônio para o credor. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 39 de 54 3.3 DEFESA – EMBARGOS À EXECUÇÃO • De devedor • De terceiro • À arrematação – deve ser oposto até 5 dias depois. • À penhora – deve ser oposto até 5 dias depois 3.3.1 Embargos à execução de devedor Art. 884 CLT: Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. § 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da divida. § 2º - Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias. § 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo. § 4º - Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e a impugnação à liquidação. § 4o Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário. § 5o Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. § 6o A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições Requisito básico: garantir a execução = depositar o bem ou dinheiro ou haver penhora forçada do valor total da dívida. • Só poderão ser opostos depois que houver garantia do valor da condenação atualizado. Prazo – 5 dias (!). Vide MP 2180/2001: prazo para embargos de 30 dias e impugnação também. Porém, é unânime a inaplicabilidade do prazo de 30 dias, devendo ser respeitado o prazo de 5 dias contados da intimação da penhora. Maria Luiza Nelzira Espindola Acadêmica de Direito – UNISUL Malu-espindola@hotmail.com Página 40 de 54 Não pode haver inovação da matéria nos embargos. Há um limite pequeno, §1º, art. 884: § 1º - A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida. O que é prescrição da dívida? É diferente da prescrição processual. Trata-se da prescrição após o trânsito em julgado da decisão, pois antes
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