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Fechamento Como concluir a negociação e dar um final perfeito para suas vendas Raúl Candeloro Editora Quantum A Introdução lista dos passos para uma Raúl Candeloro grande venda aumentou. Até agora, você já aprendeu a prospectar de forma criativa e inova- dora, como realizar uma abordagem mais persuasiva, como levantar as necessidades do cliente utilizando todas as técnicas de perguntas, como formular uma proposta de valor e como lidar com objeções e concretizar acordos personalizados. Agora, é o momento de con- cluir todo este trabalho: chegou a hora do fechamento. Como você vai acompanhar neste livro, há dezenas de meios comprovados para fechar uma venda; cada um deles adequado a uma situação diferente. Porém, a primeira coisa que você precisa entender é que se você construiu um relacionamento sólido com o cliente em pers- pectiva, se assumiu o papel de consultor e adequou o produto ou serviço às necessidades dele, o fechamento deveria ser relativamente fácil e indolor. Só que nem todos os clientes comprarão sem ajuda, por isso é tão importante saber que essa é justamente a hora de usar seus conhecimentos em vendas. Por isso, apresentaremos téc- nicas especiais para identificar os sinais da compra, para realizar um resumo emocional e, é claro, para fechar o negócio – ajudando o cliente ao dar o “empurrãozinho final”. Outra coisa: esteja preparado para pedir a venda. Cinqüenta por cento de todas as negocia- ções terminam sem que o vendedor solicite a venda ou mesmo uma reunião subseqüente. A maioria dos negócios são fechados apenas depois da quinta vez que o vendedor pede ao clien- te uma decisão. A capacidade e a disposição para solicitar o fechamento do negócio podem ser um fator decisivo na sua carreira. Além disso, os clientes de hoje são bem mais inteligentes do que os de antigamente. Não adianta “enrolar” – até porque, a última coisa que você deseja é ser considerado um manipu- lador. Incorpore o fato de que fechar uma venda não é um evento – é um processo. Se você fizer as perguntas certas durante sua conversa ou apresentação e, no processo, seus clientes revelarem como vêem seus problemas, situações, necessidades e motivações, basta então organizar essas perguntas que os clientes acabarão fechando sozinhos. O especialista Hilton Johnson, fundador da Sales Academy, chama isso de “Vender por Atração”, porque ao ouvir as respostas para as perguntas que você fez, você acaba criando uma conexão que atrai clientes potenciais para seu lado. Você já deve ter ouvido que o melhor contrato do mundo é fechado quando o cliente diz: “Por que nós não resolvemos logo isso?”. Acontece que isso não ocorre com freqüência. Mas, repi- to, se você trabalhou em cima dos outros estágios, o fechamento será algo natural. O único motivo para os vendedores terem problemas no fechamento é não terem demonstrado a atitude correta. Eles têm medo de serem rejeitados; têm medo de perder o negócio. Por vezes, não tiveram tempo para fazer uma pesquisa suficientemente profunda, e têm medo de ouvir um “não” como resposta. Às vezes, eles têm medo de apressar o fechamento. Você pode escolher um outro caminho – o caminho da excelência. Lembre-se: o futuro per- tence àqueles que pedem. O sucesso financeiro e pessoal vai para aqueles que, com coragem e confiança, solicitam o que querem e, se não conseguem um resultado positivo, fazem-no de novo, muitas vezes. E essa também é a regra para qualquer fechamento em vendas. Então, aproveite! Vire a página e comece uma nova jornada. Boa leitura. grande venda aumentou. Até agora, você já aprendeu a prospectar de forma criativa e inova- dora, como realizar uma abordagem mais persuasiva, como levantar as necessidades do cliente utilizando todas as técnicas de perguntas, como formular uma proposta de valor e como lidar com objeções e concretizar acordos personalizados. Agora, é o momento de con- cluir todo este trabalho: chegou a hora do fechamento. Como você vai acompanhar neste livro, há dezenas de meios comprovados para fechar uma venda; cada um deles adequado a uma situação diferente. Porém, a primeira coisa que você precisa entender é que se você construiu um relacionamento sólido com o cliente em pers- pectiva, se assumiu o papel de consultor e adequou o produto ou serviço às necessidades dele, o fechamento deveria ser relativamente fácil e indolor. Só que nem todos os clientes comprarão sem ajuda, por isso é tão importante saber que essa é justamente a hora de usar seus conhecimentos em vendas. Por isso, apresentaremos téc- nicas especiais para identificar os sinais da compra, para realizar um resumo emocional e, é claro, para fechar o negócio – ajudando o cliente ao dar o “empurrãozinho final”. Outra coisa: esteja preparado para pedir a venda. Cinqüenta por cento de todas as negocia- ções terminam sem que o vendedor solicite a venda ou mesmo uma reunião subseqüente. A maioria dos negócios são fechados apenas depois da quinta vez que o vendedor pede ao clien- te uma decisão. A capacidade e a disposição para solicitar o fechamento do negócio podem ser um fator decisivo na sua carreira. Além disso, os clientes de hoje são bem mais inteligentes do que os de antigamente. Não adianta “enrolar” – até porque, a última coisa que você deseja é ser considerado um manipu- lador. Incorpore o fato de que fechar uma venda não é um evento – é um processo. Se você fizer as perguntas certas durante sua conversa ou apresentação e, no processo, seus clientes revelarem como vêem seus problemas, situações, necessidades e motivações, basta então organizar essas perguntas que os clientes acabarão fechando sozinhos. O especialista Hilton Johnson, fundador da Sales Academy, chama isso de “Vender por Atração”, porque ao ouvir as respostas para as perguntas que você fez, você acaba criando uma conexão que atrai clientes potenciais para seu lado. Você já deve ter ouvido que o melhor contrato do mundo é fechado quando o cliente diz: “Por que nós não resolvemos logo isso?”. Acontece que isso não ocorre com freqüência. Mas, repi- to, se você trabalhou em cima dos outros estágios, o fechamento será algo natural. O único motivo para os vendedores terem problemas no fechamento é não terem demonstrado a atitude correta. Eles têm medo de serem rejeitados; têm medo de perder o negócio. Por vezes, não tiveram tempo para fazer uma pesquisa suficientemente profunda, e têm medo de ouvir um “não” como resposta. Às vezes, eles têm medo de apressar o fechamento. Você pode escolher um outro caminho – o caminho da excelência. Lembre-se: o futuro per- tence àqueles que pedem. O sucesso financeiro e pessoal vai para aqueles que, com coragem e confiança, solicitam o que querem e, se não conseguem um resultado positivo, fazem-no de novo, muitas vezes. E essa também é a regra para qualquer fechamento em vendas. Então, aproveite! Vire a página e comece uma nova jornada. Boa leitura. ©2006 by Raúl Candeloro Todos os direitos reservados Coordenação Rodrigo Saporiti Capa, projeto gráfico e ilustrações Anderson L. A. Revisão Cione dos Santos Fotolito Oficina do Impresso Impressão e acabamento Oficina do Impresso Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro , SP , Brasil) Candeloro, Raúl Fechamento : como concluir a negociação e dar um final perfeito para suas vendas / Raúl Candeloro ; ilustrações Anderson Loureiro. ; -- Curitiba : Quantum, 2006. -- (Coleção passos da venda / coordenação Rodrigo Saporiti) ISBN 85-98204-06-4 1. Administração de vendas 2. Negociação em vendas 3. Vendas 4. Vendas e vendedores I. Loureiro, Anderson. II. Saporiti, Rodrigo. III. Título IV. Série 06-8831 CDD-658.81 Índices para catálogo sistemático: 1. Fechamento : Conclusão de negociação : Administração de vendas 658.81 Proibido reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei. Direitos exclusivospara a língua portuguesa cedidos à Editora Quantum Ltda. Rua Milena da Costa, 101 CEP: 82100-450 Curitiba Paraná Brasil E-mail: atendimento@editoraquantum.com.br – – A titudes de vencedor Em vendas, todos queremos crescer. Mas na visão de José Alberto Costenaro, especialista em vendas, um negociador de sucesso precisa saber lidar com três elementos de sua personalidade: Afetividade – O negociador, para ser eficaz, não pode ter necessidade de afeto. Na negociação, o vendedor pode usar todos os recursos de envolvimento emocional do cliente na sua proposição. Só não pode ser uma pessoa com carência afetiva. Por quê? Na negociação existe um envolvimento de duas forças paradoxais: competição e cooperação. Haverá sempre um conflito de interesses das partes. A pessoa terá muitas vezes que se arriscar a fazer ou dizer algo que desagrade à outra parte. Aquele que tem necessidade de afeto quer, principalmente, a aprovação dos outros e foge tanto quanto possível das confrontações. Assim, tende desde o início a colocar as condições que menos risco ofereçam, e estas nem sempre são as melhores que poderia obter na negociação. Isso diferencia o bom vendedor do vendedor bonzinho. Este é eventualmente um bom relações- públicas, mas nunca um negociador de sucesso. 1. Persistência – O modelo de persistência mais representativo é o da água. Assim diz a milenar cultura chinesa: “Quando a água encontra algum obstáculo, ou é forçada a fluir na direção que não pretendia ou recua. Muito lentamente vai infiltrando- se até ocupar a posição originalmente pretendida”. Frase de um cearense, vendedor de redes: “O vendedor insistente vende pouco hoje em dia. Mas o que não insiste, não vende nada”. Pessimista, mas bem fundamentada. Bom ouvinte – Ouvir atentamente a outra parte é a manifestação mais evidente da cooperação esperada pelo cliente. Essa arma poderosa é muito mal utilizada pela maioria de nós, profissionais de vendas. O bom ouvinte está sempre percebendo novas necessidades e fatos relevantes no processo decisório do cliente. Fonte: João Alberto Costenaro é palestrante e consultor de Vendas da SELETA Educação Profissional. É master practitioner em PNL 2. 3. www.seleta.com.br Índice Como começar? Como confirmar a venda? Como manter acesa a negociação? Como dominar a transição para o fechamento? Como alcançar a excelência? Como escolher o fechamento adequado? Como incorporar técnicas mais criativas? Como controlar o processo pós-fechamento? Como fechar grandes vendas? Como lembrar de tudo? Glossário 09 21 31 39 47 63 73 89 97 107 117 09 Como começar? 10 Quem tem medo de fechamento O psicólogo H. M. Greenberg, presidente do Marketing Survey and Research Corporation de Princeton, fez uma análise psicológica de 186 mil pessoas e descobriu que apenas uma em cada cinco poderiam ser treinadas para se tornarem vendedoras de sucesso. Ele também descobriu que as pessoas predispostas a se destacarem como vendedores possuem um tipo de ego especial, que requer o combustível produzido pelo fechamento de acordos com seus clientes. A verdade é que poucas coisas apavoram mais o vendedor do que o momento de fechar uma venda. Aliás, todo vende- dor nutre uma profunda inveja dos agricultores em geral. Eles plantam a semente, vêem a planta crescer e sabem exatamen- te a hora da colheita. É observar, apalpar, cheirar e pronto: pode passar a máquina e colocar no caminhão. Tudo bem que não seja tão simples assim como parece, mas a linha mestra é essa. Já com os clientes a coisa é mais complicada. Como saber se a venda já está madura? Se já é chegado o momento de colher, de fechar? 11 Casos assim acontecem com freqüência. Eis aqui uma cena bem comum. Um vendedor está concluindo sua argu- mentação dizendo: — E o nosso produto conta com assistência técnica em todo o Brasil e no exterior, o manuseio é simples, atinge todas as classes sociais e compramos todos os horários comerciais da Globo, durante um mês! — Puxa! É perfeito. Mas o vendedor permanecia inquieto. O cliente tomava algumas notas, ele ia ficando cada vez mais nervoso e pen- sava: “Desse ângulo não consigo ver nem o papel, quanto mais o que ele está escrevendo. Falar mais das características do produto... Ih, ele olhou para o meu cartão, vai desistir! Talvez se eu falasse dos benefícios do produto... Bem, ele vai falar agora. Vou ficar calmo”. — Tenho uma dúvida aqui no... O vendedor se joga aos pés do cliente: — Tudo bem, o senhor venceu. Por um erro da gráfica, a embalagem saiu laranja e roxo, em vez de amarelo e azul. Existem muitos pedidos, por isso a fábrica está atrasando um pouco a entrega dos pedidos em dois dias apenas. — Certo, calma, calma. Eu só estava preenchendo o seu cheque e tive uma dúvida no nome da sua empresa. A logo não ajuda muito. Isso aqui é um eme ou dois enes? Mas, depois do que você disse, acho que vamos esperar um pouco para fechar negócio. Como é essa questão do prazo de entrega? 12 O fechamento não deve ser encarado como uma barreira intransponível ou uma parte estanque do processo de venda. Pelas nossas contas, você está vindo de uma negociação bem executada, baseada nos conceitos apresentados no livro Negociação, da Coleção Passos da Venda, e o fechamento é a conseqüência lógica desse atendimento bem efetuado. Só que não existem regras prontas e nem soluções milagrosas. Fecha- mentos são como impressões digitais: todas parecidas, mas nenhuma é igual à outra. Um dos segredos do fechamento é você superar todos os seus receios e medos do cliente. Antes de tentar convencê-lo a concluir, você deve tranqüilizá-lo. Deve restituir-lhe a confi- ança e coragem. Afinal, ele trabalhou duro um mês inteiro para obter aquele “rico dinheirinho”. O cliente quer ter certe- za de que está fazendo o melhor negócio do mundo com ele. Como você vai ver ao longo deste livro, quando você garantir isso ao cliente, o fechamento e a venda estarão garantidos. 13 6 coisas que só você pode fazer pela sua carreira Todos trabalhamos muito e fazemos o melhor possível para fechar vendas e satisfazer nossos clientes. Mas quando paramos para refletir sobre as vendas não fechadas, muitas vezes surgirão dúvidas, como: “Eu achei que tinha feito tudo certo – o que será que deu errado?”. Acontece que na fase do fechamento, o que é insignifican- te para o vendedor pode ser muito importante para o cliente. Um detalhe insignificante pode matar o negócio. Pense nos atletas olímpicos. Muitas vezes, a diferença entre a medalha de ouro e o quinto colocado é menos de um décimo de segundo. Um dos segredos do fechamento é você superar todos os seus receios e medos do cliente. Antes de tentar convencê-lo a concluir, você deve tranqüilizá-lo 14 Aqui estão alguns elementos comuns a todas as pessoas, aos quais os melhores profissionais de vendas estão sempre atentos. Eles foram organizados pela especialista norte- americana Andrea Nierenberg, juntamente a algumas dicas para reconhecê-los e torná-los potencializadores de seus resultados: Ego: o ego é parte fundamental da personalidade do ve- dedor, com reflexos imensos sobre sua auto-estima. Por isso mesmo, seu ego deve ser controlado – especialmente quando o cliente não tem um ego tão forte quanto o seu. É importante, nesses casos, usar eficazmente suas técnicas de persuasão, mas de forma sutil, para que o cliente não o veja como alguém excessivamente agressivo. Ou seja, tem de parecer que é ele que está no controle (mesmo que não esteja). Como se faz isso? Você consegue isso concordando com o cliente sempre que puder, mesmo que ele esteja enganado. Por exemplo, o cliente pode estar usando um produto concorrente que não está realmente atendendo suas necessidades. Se você criticar seu concorrente, estará indiretamente insultando o cliente. Afinal, se o cliente comprou aquilo, ele (ou ela) acha que realmente fizeram uma boa decisão. O objetivo éajudar o cliente a tomar uma decisão melhor – comprando o que você vende. Fonte: Andrea Nierenberg é presidente do The Nierenberg Group 1) www.selfmarketing.com 15 Ao concordar, você indica que está disposto a ouvir. Seja paciente, e com certeza vai aparecer um bom momento para fazer uma pergunta e posicionar-se melhor. As me- lhores perguntas nessas situações são aquelas que abrem a porta para você. Por exemplo: “Que características ou benefícios extras você gostaria que esse produto/serviço oferecesse?”. Lembre-se: a tendência natural é seu ego se meter e querer começar a negociar imediatamente, geral- mente as coisas de sempre: preço, prazo, qualidade, etc. Entretanto, talvez não seja isso que realmente importa ao cliente. Você já deve ter cansado de ouvir que o cliente está sempre certo. Se quiser realmente fechar a venda, coloque seu ego de lado e deixe que ele tenha razão. Paciência: todos temos clientes que não retornam nossas ligações, negociam devagar e demoram a tomar a decisão final. Isso pode ser muito frustrante, especialmente quan- do você realmente acredita no que está vendendo e na ne- cessidade do cliente comprar para melhorar sua vida/ne- gócios. Será que se impacientar é a melhor estratégia nesses casos? É claro que não. O que está acontecendo é que você está oferecendo seu produto/serviço sem um “fusível”. Se seus clientes acharem que podem “enrolar” para sempre até decidir alguma coisa, com certeza o farão. É sua obri- gação dar aos clientes uma razão bem clara para fechar dentro de um limite de tempo – antes que o fusível “quei- me”. Alguns exemplos de frases-fusível: Um desconto por um certo período de tempo. Treinamento especial ou garantia por 90 dias. Bônus e ofertas especiais, etc. 2) 2 2 2 16 Seja o que for que você faça, seus fusíveis têm de ser 100% reais. Do contrário, clientes saberão que aquilo é só um truque para pegá-los. A honestidade é outra forma de lidar com fechamentos demorados. Diga sempre aos seus clientes que fará o follow-up depois de algum tempo. Lembre-se de perguntar: “Qual é a melhor forma de contatá-lo?”. Você ficará espan- tado com as coisas que descobrirá usando essa simples pergunta. Alguns clientes mostrarão claramente que não querem mesmo comprar. Outros explicarão como funciona o processo da venda, dando dicas preciosas que podem ajudar ainda mais a fechar a venda. Por exemplo: “Preci- samos decidir isso até a semana que vem. Quando pode enviar-me o orçamento final?”. Se não tivesse perguntado, talvez enviasse o orçamento tarde demais. A honestidade é outra forma de lidar com fechamentos demorados. Diga sempre aos seus clientes que fará o follow-up depois de algum tempo 17 3) 4) Sintonia em relação à forma de pensar do cliente: imaginar significa perder. É sempre melhor clarificar o que o cliente realmente quer, e como quer que seja entregue. Quando você está readequando sua proposta depois de uma nego- ciação, por exemplo, talvez surja a necessidade de fazer mais perguntas. Ao fazer isso, comece explicando ao clien- te que você está preparando a proposta e que quer ter certeza absoluta das suas necessidades específicas. Pode também descobrir algumas coisas que o cliente não falou antes. Se o telefone não puder ser utilizado, por algum motivo, mande um e-mail ou fax com as perguntas e depois peça ao cliente para responder. Níveis de formalidade: muitas vezes surge essa dúvida – como se dirigir a alguém com quem queremos fechar negócios. Minha regra de ouro nesses casos é usar senhor ou senhora nos primeiros contatos. Deixe que o próprio cliente indique como quer ser tratado. Às vezes, pelo pró- prio jeito da pessoa, você sentirá que é estranho tratar alguém informalmente, mas vários estudos comprovam que, na dúvida, é melhor errar para o lado formal. 18 5) 6) Falar sobre coisas que interessam ao cliente: evite sair pela tangente. Não assuma que o cliente vai se interessar pelas mesmas coisas que interessam a você. Por exemplo: vamos dizer que você venda serviços gráficos. Talvez você ache muito interessante que 78% do papel usado seja reciclado ou que a tinta é feita usando uma planta da Indonésia. Mas será que isso realmente interessa ao cliente? Prova- velmente, tudo o que ele quer é um bom trabalho, entre- gue na data combinada, por um preço justo. Outro erro comum é começar a bater papo com gente apressada, que quer resolver tudo logo, ou o contrário – começar a vender imediatamente com alguém que precisa se “soltar” um pouco antes. Aqui não existem regras fixas: cada caso é um caso, já que seus clientes são diferentes uns dos outros. Use o bom senso. Entender o ponto de vista do cliente: falhar em enxergar as coisas pelo lado do cliente vai provocar estragos freqüentes nos fechamentos de qualquer vendedor. Seu objetivo é ouvir o cliente, sempre pronto para perguntar: “O que é importante para você neste produto ou serviço?”. Essa pergunta encurta a conversa e redireciona as coisas para um lado mais produtivo. Descobrir o mais rápido possível o ponto de vista do cliente pode ajudá-lo muito. 19 Quando você está escutando, você está aprendendo. Quando está falando, está ouvindo coisas que já sabe. Por isso já ouvimos tantas vezes em vendas que temos dois ouvidos, mas uma só boca. Resumindo: para Andrea Nierenberg, o pior inimigo que existe para um vendedor é ele mesmo. Todo profissional de vendas que ouvir pacientemente seus clientes, mantiver seu ego sob controle e der-lhes a atenção que merecem, certa- mente vencerá um número muito maior de batalhas. “ Alcançar uma meta parece estar diretamente relacionado à ação. Homens e mulheres de sucesso nunca param de tentar. Eles cometem erros, mas não desistem ” Conrad Hilton 20 C omo confirmar a venda? 21 22 D icas rápidas para fechar mais negócios Toda e qualquer negociação deve terminar com uma con- clusão. Por mais óbvio que pareça, essa afirmação leva-nos a um dos maiores problemas que a maioria dos vendedores enfrenta em sua profissão: a hora de concluir uma venda. Segundo o especialista Ron Willingham, fechar é simples- mente pedir uma decisão quando você está bem certo de que a pessoa irá dizer “sim”. As perguntas e ações devem ser em- pregadas para, de certa forma, “pedir essa decisão”. Acompanhe agora uma série de ações que o ajudarão a perceber o momento mais adequado para se obter o tão espe- rado sim. Confira: Um final perfeito precisa de um começo perfeito. Como você já viu nos outros livros da Coleção Passos da Venda, se você é fraco no contato inicial, na qualificação, em lidar com objeções, na demonstração ou se geralmente é fraco ao fazer perguntas pertinentes, não importa que ótimo vendedor você se ache. Na verdade, você está custando ao seu provável cliente, a você mesmo e à sua empresa muito tempo, dinheiro e aborrecimentos. As palavras que você usa para confirmar a venda são importantes, mas o fecha- mento é muito mais do que os últimos segundos da venda. É o processo inteiro que conta, desde a preparação pré- venda até a confirmação do pedido. Fonte: Ron Willingham é fundador da Integrity Systems e autor do livro Vendas e Integridade (Editora Saraiva) www.integritysystems.com Não existe um momento exato para iniciar o fechamento. Qualquer momento pode ser bom, desde que você perceba que o cliente está fortemente inclinado a comprar. Compradores e clientes são pessoas como nós. Procure enten- dê-los. Não é difícil se você já efetuou alguma compra. Pense nisso. Procure realizar o fechamento mais cedo. Na dúvida, seja ousado. Existe um motivo para que as pessoas digam que Deus ajuda a quem cedo madruga. Tome cuidado apenas para não pressionar o cliente em demasia e afastá-lo da compra. Sempre mencione pessoas bem-sucedidas, ou mesmo con- correntes (do cliente), que adquiriram o produto ou servi- ço em perspectiva. Pessoas adoram saber. Dá-lhes seguran- ça sobre o produtoou serviço a ser adquirido. Tome sempre a iniciativa. Nem sempre o cliente diz: “Eu quero levar”. 23 24 Procure sempre aperfeiçoar-se. Durante seu tempo livre, estude formas de melhorar sua habilidade em perceber os sinais de que o cliente está propenso a realizar a compra. Não é difícil, uma vez que você está demonstrando um grande número de produtos/serviços várias vezes ao dia. Observe, converse com seus gerentes e outros vendedores e pratique. A confirmação da venda depende de convencer e satisfazer seus clientes, e não de confundi-los e derrotá-los. Enga- nando o comprador, o vendedor viola sua confiança, pois o cliente acaba possuindo algo diferente do que achava que na verdade estava comprando. Você estará sempre por cima, se colocar o atendimento e a satisfação do cliente na frente do dinheiro. Se não propuser, não vende. A Tom Hopkins International, Inc., conduziu uma pequena pesquisa e perguntou às pessoas que não foram persuadidas a comprar por que não foram adiante com a decisão de compra. Por mais incrível que pareça, a resposta mais comum foi que não lhes pro- puseram isso. Lembre-se: as pessoas gostam de “enrolar”, e poucas vendas acontecem passivamente. Você tem de confirmá-las. Ao qualificar as pessoas apropriadamente, você saberá se elas têm ou não um desejo verdadeiro pelo produto ou serviço. Se as vidas delas serão melhores possuindo o que você está oferecendo, você deve fazer o máximo para persuadi-las a tê-lo. Não pegue atalhos. Quando você encurta o ciclo integral de vendas, é difícil voltar e recuperar os passos que pulou, por isso não pegue atalhos. Invariavelmente, eliminar passos acaba causando a perda de muitas vendas. Campeões experientes sempre pressupõem que o cliente irá comprar, e fazem reforços positivos durante o processo da venda para garantir seu sucesso. Sinais de compra. Um sinal de compra pode ter muitas for- mas. Os mais conhecidos são quando o cliente fica supera- migável ou começa a fazer perguntas como se o produto já fosse seu ou o serviço já tivesse sido contratado. Antes de partir para o fechamento, existem alguns sinais, entre outros, que o cliente emite inconscientemente e que você deve perceber. Por exemplo: b Relaxamento dos músculos, especialmente se abrir (literalmente) as mãos. b Inclinar-se na sua direção. b Parecer concordar com os pontos que você está apresentando (balançando a cabeça). b Descruzar as pernas. b Reexaminar o produto. b Tocar no formulário de pedidos. 25 26 As melhores técnicas de fechamento são as mais simples. Também são flexíveis, para que você possa adaptá-las a diversos tipos de situação. A verdade é que sua atitude no fechamento é tão importante quanto a técnica empregada. Por isso, faça de conta que você não precisa daquela venda (mesmo que precise desespera- damente!). Sorria, solte-se, e lembre-se de que nervosismo e tensão raramente fecham vendas! Faça um acompanhamento. Se você notar que está perdendo muitas vendas por causa da mesma objeção (por exemplo, preço alto), provavelmente você está falhando em levantar necessidades e apresentar uma proposta correta de valor. Faça uma boa análise e, caso conclua que o problema é mesmo administrativo, converse com a gerência sobre a estratégia da empresa e seu posicionamento no mercado. 27 Os erros mais comuns de fechamento Durante o fechamento, muitos erros podem ser evitados. Por exemplo: segundo o especialista Tom Hopkins, quando você faz uma pergunta da qual espera uma resposta confir- mando a venda, você quer que uma de duas coisas aconteça: b Que o cliente lhe dê um sim ou uma resposta que confirme indiretamente o desejo dele em ir adiante com a venda. b Que o cliente lhe dê uma objeção ou peça mais infor- mações para permitir que tome uma decisão. Se você começar a falar antes que ele responda, você perde o controle das negociações e nada ganha. Por isso é tão im- portante manter-se quieto depois de fazer sua pergunta final de confirmação. Veja outros erros: b Fechar muito cedo. Se você se apressar, não fizer as perguntas adequadas, não tiver certeza de que aquilo é realmente o que o possível cliente está procurando ou se ele já não tem um preço melhor em outro lugar, tentar fechar muito cedo pode ser precipitado e acabar imediatamente com a venda. Fonte: Tom Hopkins é consultor e realiza inúmeros treinamentos na área de Vendas www.tomhopkins.com 28 b Fechar tarde demais. Muitas vendas são perdidas porque o vendedor fica enrolando, esperando que a venda aconteça sozinha. Ou é preguiça ou é o medo da rejei- ção. Se for preguiça, entenda que você vai ganhar mais dinheiro e satisfazer mais clientes se confirmar a venda de maneira profissional. No caso do medo da rejeição, lembre-se de que não é um assunto pessoal. O possível cliente não rejeita você, mas sim a sua proposta. b Não fechar. Uma apresentação maravilhosa, respostas precisas e geniais a qualquer tipo de objeção, os melho- res produtos e serviços do Brasil, pelo melhor preço... nada disso adianta se você não confirmar a venda. Lem- bre-se do seu papel: você é um profissional de vendas. Você não está no show business para divertir e encantar a platéia nem para ficar papagaiando com clientes e cole- gas, e muito menos para ficar repetindo características técnicas do que vende ou distribuindo panfletos (se não você vai acabar sendo substituído por um robô). Não perca todo seu esforço, sua preparação, seu tempo e os investimentos em marketing e propaganda da sua em- presa – faça sempre com que o possível cliente chegue a uma decisão, de preferência o “sim”! 29 Pratique suas técnicas de fechamento. Neste livro, vamos apresentar várias técnicas vencedoras. Aproveite para incor- porá-las aos seus métodos de vender. Lembre-se: a única maneira conhecida de tornar-se um campeão é praticando. 30 “ Costumava dizer: 'Eu tenho certeza que as coisas vão mudar'. Então eu aprendi que a única maneira das coisas mudarem para mim seria quando eu mudasse ” Jim Rohn 31 C omo manter acesa a negociação? 32 Não aceite atrasos sem questionar Uma das situações mais difíceis em matéria de fechamen- to é quando você está fazendo um follow-up por telefone e o cliente diz: “Ainda não estou pronto para comprar”, mas sem dar uma razão ou desculpa específica. Quando isso ocorre, geralmente a venda está perdida – então não aceite atrasos sem questionar. O especialista Art Sobczak já encontrou diversas vezes esta situação ao revisar fitas gravadas com vendedores ao telefone: Prospect: “Ainda não estamos prontos. Me ligue mais no final do semestre.” Vendedor: “Hmmm... que tal no começo de junho?” Prospect: “OK.” Fonte: Art Sobczak é diretor da Business by Phone www.businessbyphone.com 33 Outro exemplo: Prospect: “Ainda estamos pensando no assunto. Mas ainda não estamos prontos para fechar.” Vendedor: “OK, que tal se eu ligar no final do mês?” Prospect: “Isso seria ótimo.” Mais uma: Prospect: “Agora não é um bom momento para nós. Talvez mais tarde.” Vendedor: “Que tal depois dos feriados?” Prospect: “OK.” Dá para notar uma tendência? O que está acontecendo aqui? Simples: a posição do vendedor não melhorou nada depois da ligação. Pior ainda: agora ele ou ela tem mais uma tarefa agendada no futuro, com um prospect que provavel- mente não vai comprar. 34 É por isso que alguns vendedores estão sempre ocupados, mas nunca conseguem transformar isso em resultados con- cretos. E a coisa piora com o passar do tempo, pois cada vez mais chamadas vão sendo acumuladas. Em cada uma dessas situações, o vendedor validou a demora/espera, sugerindo uma data para ligar de volta, quan- do na verdade deveria focalizar a razão pelo atraso, e se real- mente existe algum interesse. Caro leitor, eu lhe imploro que você siga duas premissas básicas quando for “enrolado”: Se você vai ouvir um “não”, é muito melhor ouvir o não agora do que daqui a seis semanas, seis meses ou seis telefonemas. Descubrao motivo. Se você vai ligar de novo, saiba o porquê. Pense que, se você deixar alguém tentar enrolá-lo, e você acabar ouvindo um “não” na próxima chamada (se tiver sorte), você não economizou apenas uma chamada extra. Provavelmente você teria de ter ligado muitas outras vezes para finalmente falar com ele/ela. Para ilustrar ainda melhor este problema, multiplique esse número pelo número de prospects que pede para você ligar de novo. Faça esse cálculo por semana – é um número de arrepiar os cabelos! c c 35 Recomendações OK, então o que deveríamos fazer quando o prospect nos pedir para entrar em contato novamente para falar em outra ocasião? A primeira coisa a fazer é descobrir por que o cliente está dizendo isso. Não focalize a data da próxima ligação – coloque sua atenção no motivo/necessidade de fazer a nova tentativa. Para uma demonstração prática, Art Sobczak pegou os três cenários acima e reescreveu-os, de forma a aumentar sua eficácia e melhorar resultados: Prospect: “Ainda não estamos prontos. Me ligue mais no final do semestre.” Vendedor: “Farei isso com prazer. O que fará com que essa data seja melhor do que agora? O que vai acontecer que vai ajudá-lo a decidir melhor?” 36 Outro exemplo: Prospect: “Ainda estamos pensando no assunto. Mas ainda não estamos prontos.” Vendedor: “OK. O que vocês estão analisando exatamente?” Mais uma: Prospect: “Agora não é um bom momento para nós. Talvez mais tarde.” Vendedor: “Hmmm, o que faria com que mais tarde fosse melhor?” Então, só para reforçar: veja que estamos tentando enten- der a razão do atraso, usando os termos do próprio prospect, sempre que possível. E não ache que esta tática é agressiva – é simplesmente direta. O que deveríamos fazer quando o prospect nos pedir para entrar em contato novamente para falar em outra ocasião? A primeira coisa a fazer é descobrir por que o cliente está dizendo isso 37 Até porque, o futuro dos vendedores não passa pela venda consultiva? Então você tem de se envolver. Se existe um evento futuro que fará com que “mais tarde” seja realmente um melhor momento do que “agora”, então tudo bem. Acei- tamos isso. Mas vamos pelo menos descobrir o que é. Quem sabe a gente não aprende alguma coisa? “ Se o vento está fraco, reme ” Provérbio latino 38 C omo dominar a transição para o fechamento? 39 40 Após o trabalho de negociação e preparação para a conclu- são, chegou a hora de fechar. E tudo começa após o vendedor receber um sinal positivo de compra do cliente. Sinais de compra Como você viu em capítulo anterior, um sinal de compra pode assumir várias formas. Algumas das mais conhecidas são aquelas situações em que o cliente se mostra amistoso e indica a intenção de ler o contrato ou faz perguntas como se já fosse o “dono” do produto. Muitas vezes, ele quer saber sobre a entrega ou solicita uma cor em especial. Essas per- guntas vão, imediatamente, disparar uma ação de fechamen- to. A regra é estar sempre pronto para fechar. Nas vendas de ciclo mais longo, a mesma regra básica se aplica. Porém, em virtude da complexidade de produtos e ser- viços de hoje, é necessário fornecer uma proposta detalhada ao cliente, o que implica em um processo mais lento. Entre- tanto, a única diferença real entre uma venda do varejo e uma business to business, por exemplo, é o tempo. Iniciando o processo 41 As mesmas técnicas de fechamento são apropriadas para todas as formas de venda, o que nos leva a um ponto essen- cial sobre a necessidade de uma boa técnica de fechamento. Não importa quão boa seja sua apresentação ou o valor de sua proposta, mesmo que isso signifique, em preto e branco, que o cliente seria louco se não aceitasse a oferta, muitos clientes não vão avançar e dizer: “OK, onde é que eu assino?”. Lem- bre-se: as pessoas sempre gostam de esperar mais um pouco, e as vendas não se fecham sozinhas – você precisa fechá-las. Para ilustrar, o autor Barry Graham cita um vendedor que foi gerenciado por ele. O tal vendedor possuía um número alto de apresentações. Porém, ao mesmo tempo, acumulava uma das taxas mais baixas de vendas fechadas no departa- mento. Um dia abordou o assunto em uma conversa infor- mal, perguntando como ele fechava suas vendas. Ele levantou os ombros e disse com um sorriso no rosto: “Bem, eu geral- mente falo bastante até que o cliente diz ‘Vou levar’”. Essa é uma técnica muito simples, a qual o autor chama de “Fecha- mento pelo Cansaço”. Para ser sincero, os poucos clientes desafortunados que compraram, provavelmente o fizeram para conseguir que nosso amigo fechasse a boca. Para ser bem-sucedido, de forma constante, você deve possuir uma técnica confiável de fechamento que permita uma porcenta- gem alta de fechamentos sem depender de uma persistência cega como sua única arma. Fonte: Barry Graham Munro é autor do livro Smart Salespeople Sometimes Wear Plaid 42 Fechamentos preliminares O fechamento preliminar, ainda segundo Barry Graham, é uma parte intrínseca do processo de fechamento final. Moder- namente em vendas, assim como na arte da guerra, conhecer as condições verdadeiras é fundamental para o sucesso. Um bom comandante nunca coloca em ação suas missões sem um bom trabalho de reconhecimento. É quando o fechamento preliminar entra em cena. Ele funciona como um míssil tele- guiado e, ao usá-lo, você saberá se seu cliente está pronto para comprar. Para falar a verdade, esse fechamento preliminar não fecha coisa alguma – apenas permite que você teste a “tem- peratura da água”. O fechamento preliminar nunca demanda uma decisão cega, apenas contribui com um ponto de vista ou opinião. E exatamente por não pressionar por uma decisão, você pode, com mais facilidade, neutralizar a rejeição que impede a compra. Aqui vão alguns exemplos de fechamentos preliminares: Vendedor: “Carlos, apenas por curiosidade, qual embalagem você acredita que os clientes mais gostam?” ou “Na sua opinião, Celso, as capacidades melhoradas desta unidade a tornam mais atrativa do que as outras?” Perguntas como essas podem revelar o interesse de com- pra dos clientes. O vendedor deve estar atento para verificar se o cliente está “quente” ou “frio”, se é preciso dar continui- dade à venda ou se ele está pronto para fechar. 43 Resumo emocional Após algumas preliminares realizadas com sucesso, é hora de empregar a ação final de fechamento. Muitas vezes, para “pavimentar” o caminho que leva a essa ação, talvez você queira incluir um resumo emocional, que traz à luz as razões pelas quais o cliente deveria comprar. O resumo emocional não deve ser longo, mas deve evocar os benefícios psicológicos de propriedade – como orgulho, segurança, felicidade, confor- to ou prazer. Um exemplo de resumo emocional seria: Vendedor: “Marcelo, como você pode ver, este sistema de tele- fonia é adequado – e até excede – todas as necessi- dades relacionadas ao seu crescimento, mas o que realmente pode surpreendê-lo é que esse equipa- mento vai impressionar seus clientes. E a concor- rência vai se roer de raiva!” O fechamento preliminar nunca demanda uma decisão cega, apenas contribui com um ponto de vista ou opinião 44 Técnicas de fechamento Agora que você está pronto para fechar, quais são as melhores técnicas de fechamento? Antes de passar para o próximo assunto, vamos finalizar este capítulo com algumas dicas para você escolher a melhor opção para cada situação: A melhor técnica de fechamento não deve ser complicada. O que é realmente genial sempre é expresso pela simplici- dade. Afinal, de que vale uma técnica de fechamento que leva anos para que alguém alcance a maestria? Ela não deve ser muito específica. Técnicas mais flexíveis podem ser usadas em muitas situações de fechamento diferentes. Essa necessidade de versatilidade se faz clara após participarmos de um seminário onde o palestrante demonstra quinze técnicas de fechamento. Afinal, depoisdo seminário, fica óbvio que a única coisa que ele nos deixou foi confusão e maestria em nada. Ele tentou cons- truir uma defesa de fechamento perfeita para qualquer situação, mas, como disse Frederico, o Grande: “Tentando defender tudo, ele não defende nada”. 45 A técnica de fechamento não deve se basear em truques ou manipulação. Vendedores que se utilizam deste tipo de es- tratégia acabam facilmente incorporando uma má fama – geralmente apresentando os números mais altos de recla- mações e cancelamentos. Embora eles fechem a venda, o acordo acaba desfeito e eles ainda perdem o cliente. Uma abordagem sincera é fundamental. “ É ignorância acreditar que uma coisa, só por ser inexplicável, é impossível de se realizar ” S. Bilard 46 C omo alcançar a excelência? 47 48 Fechamento é o momento da verdade. É quando as partes interessadas se juntam para realizar um benefício comum. Embora seja o ponto culminante do processo de vendas, o fe- chamento é mais do que apenas a conclusão ou o fim, porque, assim como você verá no próximo livro da Coleção Passos da Venda, Pós-venda, espera-se que você continue a trabalhar com seu cliente por muito tempo. Você desenvolveu uma estraté- gia de vendas, prospectou, abordou, levantou necessidades, apresentou uma proposta de valor, negociou de forma a neu- tralizar as objeções do cliente e agora chegou o dia da forma- tura! Você orgulhosamente irá receber o pedido preenchido. Como você fez o trabalho direito, vai receber o pedido. Como você desenvolveu um bom relacionamento com o cliente, con- tinuará recebendo pedidos. Você é bom no que faz. Seu chefe sabe disso, seus clientes sabem disso e, o mais importante, você sabe disso. As 9 melhores técnicas de fechamento 49 Por que os clientes decidem comprar? Segundo o especialista Charles Whitlock, as pessoas freqüentemente demoram a fechar uma compra. Para acelerar o processo, por exemplo, muitas agências de publicidade che- gam a fazer com que o consumidor acredite que enquanto não adquirir um produto ou serviço de seus clientes, ele vai cheirar mal, ter um visual ruim, se sentir mal ou falir. Mas a verdade é que as técnicas de fechamento variam de acordo com as necessidades do cliente através do tempo. Se o seu cliente está com fome, pode ser muito fácil vender-lhe um sanduíche. Se ele tiver terminado a refeição, a idéia de com- prar um sanduíche perde a importância para ele. As melhores coisas sempre vêm para os que sabem esperar. Cedo ou tarde, o cliente vai ficar com fome novamente e, se você fez seu tra- balho corretamente, você vai fechar sua venda com facilidade. O certo é que você deveria falar com seu cliente um pouco antes da hora do almoço, oferecendo seu sanduíche de peru com menos colesterol, menos gordura, menos sódio e menos calorias. Se uma grande parcela da população vir seu sanduí- che nessa hora, você vai atrair a atenção de todos e lucrar muito com essa estratégia simples de fechamento. Fonte: Charles R. Whitlock é autor do livro Secrets of Successful Selling 50 Talvez você faça entrega de seus sanduíches. Muitas pes- soas fazem seus pedidos pelo telefone porque há um compro- misso de entrega em quinze minutos ou recebem seu dinheiro de volta. Vários estabelecimentos já fecharam no mundo porque não conseguem competir com uma garantia assim. Ou seja, ofereça a entrega rápida de um produto de qualidade, com um preço competitivo, e, como mágica, terá fechado muitas vendas. Assim, fechamento é prover o que o cliente quer, quando ele quer e a um preço que ele pode pagar. Algumas vezes, o cliente nem imagina o quanto precisa de seu produto ou serviço. Por que alguém que vive no Alaska precisaria com- prar uma geladeira? Porque um vendedor inteligente conse- guiu mostrar a ele que o aparelho poderia preservar uma tem- peratura de não-congelamento. O cliente achava que precisa- ria de uma geladeira? Não até entender que a temperatura constante e acima de zero grau poderia conservar sem inutili- zar muitos alimentos frescos. Assim que o cliente percebeu os benefícios da aquisição, não podia mais esperar o momento de fechar a compra e receber seu aparelho. 51 Veja agora mais algumas técnicas eficazes de fechamento. Embora existam centenas, vamos elencar, num primeiro mo- mento, as nove principais, as quais são apropriadas para quase todas as situações e clientes. 1. Fechamento por troca – Muitos especialistas dizem que o fechamento acontece, na verdade, durante a parte das per- guntas na apresentação. Depois da introdução e perguntas de aquecimento, chega a hora de fazer perguntas diretas, que adiantem e acelerem o processo da venda. É aqui que a venda é ganha ou perdida – não no final. O final é só a confirmação disso. Se você escutar com atenção os problemas, necessidades e motivações que os clientes revelam durante a conversa, você pode se oferecer para cuidar dessas necessidades, em troca de alguma coisa. Por exemplo: digamos que, durante um diálogo, você descubra que as coisas que mais interes- sam ao cliente são: preços competitivos, qualidade e ga- rantia. Imaginando que você pode oferecer tudo isso, você faria uma pergunta do tipo: “Senhor Silva, se eu puder demonstrar satisfatoriamente que minha empresa traba- lha com os níveis de qualidade que o senhor exige, com preços competitivos e três meses de garantia total, faze- mos negócio?” Se ele disser que sim, você muda completamente sua apre- sentação, e só fala dessas três coisas, sem inventar nada. Numa situação dessas, basta provar que você tem condi- ções de oferecer os itens que o cliente quer, e a venda esta- rá fechada. 52 2. Fechamento por alternativa – Provavelmente a técnica de fechamento mais utilizada em vendas seja o fechamento por alternativa. As razões de ser tão disseminada são: é fácil de aprender, adaptável e funciona. Para usar esse fe- chamento, prepare o caminho com preliminares e um resumo emocional. Se for tudo bem até aí, dê ao cliente a escolha ressaltando uma característica ou serviço relacio- nado ao produto. O exemplo clássico de fechamento por alternativa é quando o vendedor de uma concessionária pergunta ao cliente: “Você prefere o carro preto ou com uma cor metálica?”. Quando o cliente responde, ele com- prou. Então o vendedor diz: “Ótimo, então vamos preen- cher os papéis da compra”. O fechamento por alternativa é excelente também para compromissos e encontros. Por exemplo: “Terça-feira seria um bom dia para nossa reu- nião ou sexta é mais conveniente?”. As pessoas são motivadas muito mais pelo medo da perda do que pela esperança de ganhos 53 3. Fechamento pelo medo da perda – Acredite se quiser, as pes- soas são motivadas muito mais pelo medo da perda do que pela esperança de ganhos. Aqui, você informa ou relembra seus clientes de coisas que podem vir a acontecer e que podem causar-lhe prejuízos caso não ajam agora. b Você gosta desta estampa? A fábrica parou de produzir e esse é nosso último lote. b A liquidação vai só até amanhã e só tem mais 2 para vender. Os outros 38 já foram vendidos. b O caminhão sai hoje. Se o senhor fizer o pedido agora posso entregar até o final da tarde. Senão, só na semana que vem. 4. Fechamento por etapa cumprida – Com um fechamento do tipo “Antes de passar para o próximo assunto...”, ao notar fortes sinais de aprovação/fechamento, você pode acelerar o processo e fechar ali mesmo. Exemplo: “Sr. Francisco, antes de tudo, eu preciso de mais algumas informações. Em nome de quem faço o pedido?”. A resposta é anotada no formulário de pedido (fechamen- to assumido – veja a seguir no número 7). 54 5. Fechamento por degustação – Permita que seu cliente utili- ze o seu produto ou serviço por alguns dias. O objetivo, é claro, é fazer com que ele se apaixone pelos benefícios da propriedade e decida pagar para não ter de devolver o produto ou interromper a experiência. O fechamento por degustação é uma técnica de fecha- mento paraprodutos que ajudem o cliente a gerenciar melhor o seu dia-a-dia. Por exemplo: um triturador de cozinha mais eficiente do que os concorrentes – e que requeira menos esforço –, tornando a decisão de devolvê- lo quase impossível para a dona-de-casa. Faça seus clien- tes se apaixonarem e depois utilize o fechamento: “Você decidiu ficar com ele ou vai devolver?”. Faça seus clientes se apaixonarem e depois utilize o fechamento: “Você decidiu ficar com ele ou vai devolver?” 55 6. Fechamento pelo fator medo – “Se você não comprar o purificador, poderá ter uma infecção ou pegar até uma hepatite” ou “Se você não tiver um seguro, um dia ou outro poderá estar num acidente e sua mulher só terá apoio das boas lembranças para tocar a vida”. Um vende- dor de São Francisco vendeu milhares de kits de sobrevi- vência para os habitantes da cidade depois do terremoto de 1989. O fator medo embasa um fechamento muito poderoso porque você toca as inseguranças, incertezas e medos do cliente. Todos querem ter dinheiro no banco caso acon- teça uma crise financeira. Todos querem ter assegurado um bom plano de saúde em caso de doença. E todos que- rem um produto ou serviço que minimiza riscos e aumen- ta as chances de crescer e prosperar. Se esse fechamento se adequar ao que você vende, use-o. 7. Fechamento assumido – Presumo que todos já ouviram que é preciso “assumir a venda”, mas quantos de nós já segui- ram essa linha de pensamento em direção a uma conclu- são natural? Isto é, nós também temos de “sentir o fecha- mento”. A beleza do fechamento assumido é ser, ao mes- mo tempo, um método que pode ser usado sozinho ou em conjunto com outras técnicas. Ele também possibilita uma transição suave entre a apresentação e o fechamen- to. Diferentemente de outras técnicas, o método não demanda permissão para fechar – ele apenas inicia o fechamento. 56 Para ilustrar o fechamento assumido, vamos ver o exem- plo de uma venda business to business dado por Barry Graham, durante a qual, em um encontro anterior, o vendedor obteve junto ao seu cliente, o Sr. Pereira, um compromisso condicional, marcando uma data definitiva para voltar e fazer o fechamento. Ele deve, no início, refrescar a memória do cliente sobre o que discutiram e mostrar a ele a proposta final, realizando, inclusive, alguns fechamentos preliminares (Nesse momento, tenha sempre à mão uma caneta sendo utilizada para destacar pontos importantes dos documentos; e também mantenha o con- trato pronto, virado para o lado do cliente). Eis o exemplo da conversa a ser realizada: Vendedor: “E como você pode ver, Sr. Pereira, esse projeto claramente demonstra como o senhor consegui- rá exceder as expectativas para reduzir custos e melhorar a performance utilizando nosso servi- ço (resumo emocional). Eu acredito que o senhor pode imaginar a comodidade que sentirá ao apresentar esta nova idéia a seus sócios”. Sr. Pereira: “Parece bom!” Vendedor: “Ótimo, Sr. Pereira. Fico contente que tenha gostado. Agora, qual o endereço para a coloca- ção dos equipamentos? (espere pela resposta, contrato exposto, cabeça baixa, pronto para escrever). OK. E qual o CGC da empresa?” 57 Continue preenchendo o pedido ou contrato utilizando perguntas. Tenho certeza de que você notou que não foi perguntado ao Sr. Pereira se ele estava pronto para fechar. Utilizando o fechamento assumido de forma oportuna, nós simplesmente esperamos por uma resposta positiva e fazemos novas perguntas, de forma a preencher o formu- lário do pedido. É uma técnica compacta e poderosa. A única coisa necessária é um pouco de confiança para fazer o trabalho. É claro que algumas vezes o cliente não assumirá uma posição tão voluntária para iniciar o fechamento. E aqui você tem duas escolhas: você pode ignorar essa omissão e continuar a assumir o fechamento, fazendo novas pergun- tas para preencher o pedido; ou você pode fazer uma nova pergunta geral incentivando uma resposta positiva e dar continuidade ao processo de fechamento. Nesse segundo caso, é preciso lembrar de não formular perguntas que permitam o surgimento de novas objeções. Por exemplo: “Bem, Sr. Pereira, o que o senhor acha?” ou “O senhor gostou?”. Essas perguntas deixam a porta aber- ta para uma resposta negativa. Em vez disso, coloque suas perguntas sob uma perspectiva mais positiva: “Sr. Pereira, o que o senhor mais gostou? O preço ou a performance ofe- recida?”. Assim, depois que o cliente responder demons- trando sua aprovação, simplesmente continue preenchen- do o pedido. 58 Sempre que esse conceito é passado a outros vendedores, muitos acham que esse método é injusto. Eles perguntam por que os clientes não deveriam ser avisados de que o fechamento da venda já começou. Bem, nunca subestime a inteligência de seus clientes! Eles sabem exatamente o que está acontecendo quando você começa a preencher o pedido. Se eles não discordam, é provavelmente porque você não lhes deu nada para discordarem. O fechamento assumido não se baseia em truques. Pelo contrário, há muita firmeza e confiança envolvidas. Ele conduz, e não empurra. Nós já demonstramos o que acontece quando tudo corre suavemente, mas a verdade é que nada neste mundo é 100% suave. Então, o que acontece ao fechamento assu- mido caso o cliente diga algo negativo? Ou pior, o que acontece se ele impede que você continue preenchendo o pedido? Não se preocupe, porque não é o fim. Na verdade, isso também faz parte do plano. 59 Se acontecer, você simplesmente sorri (com um olhar um pouco surpreso), dá uma pequena ré e volta-se para a fase de lidar com objeções, bastante explicada no livro Negocia- ção, da Coleção Passos da Venda. Depois que a objeção é neutralizada, você continua o fechamento do ponto em que estava. Lembre-se: não se preocupe se o processo de parar e recomeçar se repetir algumas vezes. Apenas siga identificando e neutralizando objeções, sempre voltando ao fechamento original. O resultado será uma alta porcentagem de fechamentos. 8. Fechamento por aceitação – Todos nós estamos sempre nos questionando em relação à nossa auto-afirmação e à acei- tação pelos outros. Eu consegui ganhar muitas medalhas nas Olimpíadas do colégio? Tive competência para passar no vestibular para ingressar na carreira que sempre sonhei? Consegui escolher e me casar com a pessoa ideal? Estou trabalhando o suficiente para conquistar o patrimô- nio que gostaria? Tudo isso porque o ser humano tem uma necessidade de conquistar uma auto-imagem, de se com- parar, de se sentir aceito e de pertencer a um grupo. 60 Nesse sentido, o especialista Abraham Maslow desenvol- veu sua teoria da motivação que é descrita com base numa hierarquia de necessidades. Em termos gerais, a teoria diz que uma vez satisfeitas as necessidades primárias (fisioló- gicas e de segurança), o indivíduo passa a motivar-se em outros níveis, procurando satisfazer necessidades secun- dárias (sociais, de estima e de autorealização). Quando você usa o fechamento por aceitação, você está apelando para uma necessidade importante do ser huma- no. Você pode até imaginar um vendedor de títulos de um clube dizendo: “Nós normalmente pedimos duas indica- ções de sócios de nosso clube. Entretanto, se você preen- cher os outros requisitos, e considerando que você é novo em nossa cidade, acho que poderei relevar esse quesito junto à nossa diretoria”. Nesse ponto, o cliente fará tudo para preencher os requisitos e fechar o negócio. Algumas vezes, quanto mais difícil você tornar o ingresso, mais valiosa será a possibilidade de participação como membro de um grupo. Esse fechamento é mais indicado para pessoas com grandes egos e que não suportem a rejeição. 61 9. Fechamento ativo – Por fim, temos um fechamento que exige que o cliente responda fisicamente ao que você está dizendo. Por exemplo: 1 Por favor, sente-se aqui para que possamos preencher seu formulário de pedido. 1 Por favor, veja se todas as informações no contrato estãocorretas, e assine no ‘x’ “ Surpreender-se, admirar-se, é começar a entender ” José Ortega y Gasset 62 C omo escolher o fechamento adequado? 63 64 Perfis de negociadores x tipos de fechamento Técnica de Fechamento Perfil de Negociador Troca Afável Analítico Alternativa Expressivo Medo da perda Pragmático Etapa cumprida Pragmático Analítico Degustação Afável Fator medo Afável Pragmático Analítico Expressivo Assumido Afável Aceitação Pragmático Expressivo Ativo Pragmático No livro Proposta de Valor, da Coleção Passos da Venda, apresentamos os quatro perfis básicos de um negociador (Pragmático, Analítico, Expressivo e Afável), a partir da ma- triz elaborada pelo especialista Carlos Alberto Júlio. Agora, vamos falar sobre quais perfis se adaptam melhor a cada uma das nove técnicas de fechamento listadas no capítulo anterior. 65 Fechamento por troca: o perfil Afável interpreta suas con- cessões como um sinal de amizade. O Analítico adiciona sua oferta de concessão à lista de razões pelas quais ele deveria comprar de você. Quando sua proposta inclui mais razões positivas do que negativas, você fecha a venda. Nunca é uma boa idéia condicionar isso à sua “melhor oferta”. Ou seja, é aconselhável deixar um pouco mais de campo para negocia- ção. A personalidade analítica realmente tem um interesse particular no processo de negociação, por isso, mantenha um valor mais alto e deixe que ela tome a iniciativa de tentar o acordo. Mesmo que você acabe lhe dando um desconto de 20% no final, o valor negociado provavelmente ainda vai estar 10% mais alto do que você tinha pensado antes da negociação. Fechamento por alternativa: o Expressivo gosta da interação e da oportunidade de discutir opções. Quando você utiliza essa técnica, cada questão que você propõe implica em uma res- posta que ajuda esse perfil de cliente a pesar as informações antes de tomar uma decisão. 1. 2. 66 Fechamento por medo da perda: o perfil Pragmático reage mais favoravelmente ao fechamento com apelo de urgência em virtude de trabalhar com base em tarefas a realizar. “Estou com um problema e preciso resolver agora” é o pensamento que predomina na mente deste tipo de cliente. Fechamento por etapa cumprida: tanto o perfil Pragmático como o Analítico respondem favoravelmente a esse fecha- mento. O Pragmático é um decisor e está sempre fazendo duas ou três coisas ao mesmo tempo – por isso ele prefere ir logo ao que interessa. Mostre a ele os fatos, a chance de fe- char o pedido na hora e uma entrega rápida – ele, na maioria das vezes, vai comprar. Embora seja mais lento, o Analítico também pode reagir bem a esse fechamento, porque ele proporciona uma posição de decisão antecipada. O Analítico sabe que tempo é dinheiro e que muitos vendedores falam demais – por isso, analisar os fatos com clareza, tomar uma decisão e voltar ao trabalho eventualmente poderá ser uma boa opção. 3. 4. 67 Fechamento por degustação: por que o perfil Afável costuma estar pronto para aceitar esse fechamento? Permitindo que esse cliente teste seu produto ou serviço por alguns dias significa que confia nele. E um relacionamento sólido é baseado em sinceridade e respeito mútuo – e o seu cliente não vai decepcioná-lo devolvendo o produto após você ter sido tão gentil. Fechamento pelo fator medo: todos os perfis respondem bem a esse fechamento. E é exatamente tão poderoso porque é uni- versal. Se você recebeu sinais confusos do cliente e não está seguro de qual técnica de fechamento usar, considere essa. A maioria das pessoas reage da mesma maneira quando um revólver é apontado para ela, com muito medo. Pois várias pessoas também reagem de forma parecida quando sentem que seu estilo de vida, saúde, segurança financeira ou o bem- estar de seus entes queridos está em risco. Algumas vezes, o medo de estar vulnerável é tão forte quanto qualquer outra ameaça. 5. 6. 68 Por exemplo: se você vende planos de saúde, mostre a seus clientes o que poderia acontecer se fosse necessária uma hospitalização sem a cobertura adequada. Faça-o imaginar-se no corredor de um hospital público lotado e sem recursos, aguardando um atendimento que não parece chegar nunca. Para finalizar, comente que se optar por um hospital parti- cular, terá um outro problema maior: sair sem dar garantias de pagar uma conta altíssima. Depois, é só comentar que ele poderá estar livre desse horror apenas contratando seu plano. Não importa o que você esteja vendendo, existe uma forma apropriada para utilizar o fator medo. Um gerente de com- pras pode causar a parada de toda a linha de produção de uma fábrica caso um componente falte ou tenha sua entrega atrasada. Imagine o que esse gerente de compras sentiria caso uma decisão – ou omissão – sua acabasse resultando na quebra de produção de sua empresa por um dia ou até uma semana. As conseqüências seriam inimagináveis. 69 Fechamento assumido: o perfil Afável aprecia esse fechamento porque ele implica em aceitação e permite a esse tipo de cliente evitar situações em que seja obrigado a dizer “não”. A personalidade afável é tipicamente contra confrontações. Rejeitar um vendedor, seus produtos ou uma proposta de venda é um ato de confrontação, algo que não faz parte do caráter desse perfil. Inconscientemente, o Afável acredita que você deve pensar que ele quer comprar e que não quer ferir seus sentimentos. O fechamento assumido somado ao fecha- mento por concessão é uma combinação letal quando um cliente Afável está sendo trabalhado. Preencha o pedido, faça algumas concessões à medida que avança, e o cliente Afável certamente fechará. Fechamento por aceitação: os perfis Pragmático e Expressivo nem percebem, mas esse fechamento é impossível de ser ignorado por eles. O Pragmático tende a ser um pouco inse- guro e gosta de pertencer a um grupo, embora tenha difi- culdade em lidar com a questão do tempo. Ele quer e tem de ser “agora”. Dê a ele essa chance imediata e você fecha a venda. 7. 8. 70 No Expressivo, essa característica é ainda mais forte. Ele realmente procura por essa identificação com um grupo de pessoas e produtos que ajudem a fazê-lo aparecer e ser reco- nhecido. Por isso, tanto o Pragmático quanto o Expressivo tendem a comprar carros que dêem prestígio e morar em casas grandes, localizadas nos melhores bairros. Viabilize mais vendas e ajude o Pragmático e o Expressivo a se desta- carem em suas empresas, oferecendo bons serviços de supor- te, planos de leasing e outras alternativas. O Pragmático tende a ser um pouco inseguro e gosta de pertencer a um grupo, embora tenha dificuldade em lidar com a questão do tempo. Ele quer e tem de ser “agora”. Dê a ele essa chance imediata e você fecha a venda 71 Fechamento ativo: o cliente Pragmático é tão ocupado que mal encontra tempo para comer. Sua mente hiperativa muda de idéia a todo momento. Esse cliente fala com você enquanto responde a alguém no telefone e escreve um e-mail. Utilize o fechamento ativo, porque ele irá forçá-lo a prestar atenção e se envolver no processo de venda. 9. 72 “ Quem vive o dia de hoje com medo do amanhã não vive nem o hoje nem o amanhã ” Uwais C omo incorporar técnicas mais criativas? 73 74 echamentos alternativos F Você conheceu nove técnicas poderosas de fechamento. Agora, selecionamos mais algumas para que você possa variar seu modo de fechar e garantir resultados ainda melhores: 1. Fechamento de três opções – Baseia-se em um princípio universal: quando uma pessoa encara dois extremos, tende a se aproximar do meio termo. Funciona assim: digamos que você esteja tentando vender um sistema de computação a seu cliente. No primeiro encontro, o cliente informou a vocês suas principais necessidades e orçamento, o qual girava em torno de 30 mil reais.De volta ao escritório, você inicia o processo para elaborar uma proposta adequada, conforme os pre- ceitos mostrados no livro Proposta de Valor, da Coleção Passos da Venda. O primeiro plano, o qual você chama de Plano A, deverá custar em torno de 28 mil reais e atende- rá todos os requisitos propostos. Em vez de voltar a con- versar com o cliente, tendo apenas este plano em mente, você desenvolve duas alternativas: o Plano B, custando cerca de 45 mil reais, que é muito mais avançado; e tam- bém o Plano C, possibilitando uma superperformance, custando cerca de 65 mil reais. Este último tem todos os requintes e agregados possíveis. 75 Durante o fechamento, você deve apresentar o Plano A em detalhes, após isso você deverá mostrar brevemente os benefícios dos Planos B e C. Quando terminar, utilize um fechamento preliminar e, se necessário, um resumo emocional. Então, faça a seguinte pergunta: “Agora, qual plano o senhor acredita que serve mais às suas necessi- dades?” Espere pela resposta! Quando o cliente fizer sua escolha, simplesmente agradeça e comece a preencher o pedido, novamente conduzindo o fechamento. Você deverá co- meçar a notar que algumas coisas surpreendentes vão acontecer. A primeira é que um grande número de clien- tes irá preferir o Plano B em vez do A – quando encaram três escolhas, muitos clientes, naturalmente, sobem para a escolha do meio. Além disso, você verá, ocasionalmen- te, alguns clientes optando pelo Plano C! Talvez seja esse o maior benefício do fechamento de três opções. Ele aju- da a evitar a subestimação do cliente e permite um au- mento no potencial da venda. 76 2. Fechamento bumerangue – Esta é uma técnica de fecha- mento muito sólida, porque permite a você pegar uma objeção ou opinião negativa do cliente e transformá-la em positiva, devolvendo-a para o cliente de forma a fechar a venda. Também conhecido como fechamento por concessão, veja como ele funciona: Cliente: “Você sabe, nós temos crianças pequenas e eu realmente não gosto do fato deste carro ter apenas duas portas”. Vendedor: “Entendo o que você está falando. Também tenho filhos e, acredite, conheço esse problema. Talvez eu possa ajudar. Deixe-me perguntar uma coisa: se eu conseguir para você o mesmo carro com quatro portas, nós fazemos negócio?” Ou: Cliente: “Nós adoramos a casa, mas o piso realmente não faz o nosso tipo. Você tem outros imóveis nestas imediações?” Vendedor: “Claro, mas deixe-me perguntar uma coisa: se eu conseguir que o proprietário concorde em trocar o piso, vocês apresentariam uma propos- ta hoje?” Na verdade, o fechamento bumerangue funciona pelo isolamento da objeção ou necessidade. Ele então oferece uma satisfação adequada que permite o início do fecha- mento. Aliás, se o cliente fizer uma objeção de preço e você for oferecer uma concessão baixando seu valor, não o faça até que o cliente, em primeiro lugar, se comprometa a comprar. Se não o fizer, o cliente simplesmente vai pegar sua oferta e barganhar em outra freguesia. 77 3. Fechamento confronto final – Não importa quão cuidadosa for sua preparação para o fechamento, você ainda poderá ouvir clientes dizendo: “Nós não estamos interessados” ou “Eu quero pensar um pouco mais”, o que é uma versão mais polida da mesma coisa. Certamente em vendas nenhuma outra frase gerou mais frustração do que essas duas. Após ouvirem essas frases, os vendedores novatos costu- mam cometer um dos seguintes erros: eles ficam real- mente frustrados e furiosos e tentam fechar a venda de qualquer jeito; ou eles desistem sem lutar e vão para casa achando que o cliente poderá mudar de opinião. Em am- bos os casos a venda estará perdida. Por outro lado, vendedores experientes sabem que nunca vale a pena demonstrar raiva ou frustração para o cliente. Muito pelo contrário, é preciso ser paciente e sorrir, en- tendendo que um profissional de vendas deve transfor- mar obstáculos em meios para continuar avançando, sem desistir. Quando um cliente disser que não está interessa- do ou que gostaria de pensar um pouco mais, o vendedor experiente não acredita numa única palavra do que ele diz. Pelo contrário, ele calmamente entende que o cliente, provavelmente, tem uma objeção oculta responsável por esta situação. 78 Para Barry Graham, o fechamento confronto final é apropriado para esses momentos. Aliás, vendedores mais antigos o chamam de “fechamento da maçaneta”, uma vez que pode ser a sua última chance de fechar. Veja agora como ele funciona: Cliente: “Gostaria de pensar um pouco mais.” Vendedor: “Eu certamente entendo e respeito sua decisão, porque sei que se houvesse uma maneira de você ir em frente agora, você o faria, não é mesmo?” Cliente: “Sim, claro!” Agora, uma pequena encenação: organize sua papelada, como se estivesse se preparando para sair. Porém, em vez de se levantar, diga algo como: Vendedor: “Agora que nós temos um pouco de tempo, você se importaria de preencher o checklist final de minha performance, apenas para meus regis- tros? São apenas algumas perguntas... (utilize suas anotações) Cliente: “Não, acho que não tem problema.” 79 Vendedor: “Certo. Bem, por favor, seja totalmente sincero e não se preocupe se algo que disser poderá me ofender. Eu prefiro ouvir algumas críticas, se isso significar oferecer um trabalho melhor para meus clientes no futuro. Primeiro, você gostou de tudo que viu ou sabe sobre nossa empresa? Cliente: “Sim.” Vendedor: “OK. (Faça uma anotação para cada resposta) Agora, como você se sente a respeito do nosso produto e da capacidade que ele apresenta para satisfazer suas necessidades? Você realmente está seguro disso?” Cliente: “Sim, não há problema nenhum quanto a isso.” Vendedor: “Ótimo. Então, o que você achou do trabalho que realizei nesse contato? Você acha que apre- sentei adequadamente o produto e a empresa que represento?” Cliente: “Ah, você fez um excelente trabalho. Não há do que reclamar.” Vendedor: “Você tem certeza de que não está apenas sendo educado comigo?” Cliente: “Não, de forma alguma. Você foi muito bem.” Vendedor: “Bem, então me diga uma coisa e, por favor, seja também muito franco: você se sente con- fortável com nosso preço? Eu quero dizer, real- mente confortável?” Cliente: “Bem, está um pouco alto.” 80 Vendedor: “O que isso representa em relação à proposta como um todo?” Cliente: “Eu não posso pagar.” Vendedor: “Se eu entendi direito, você gostou de tudo que foi apresentado exceto, provavelmente, a ques- tão dos custos. Estou certo?” Cliente: “Sim, acho que sim...” Vendedor: “Quer dizer, se eu o fizesse se sentir satisfeito em relação a valores assim como está em rela- ção ao resto, as coisas poderiam ser diferentes, não é mesmo?” Cliente: “Sim, acho que sim.” Vendedor: “Bom, então vamos falar um pouco mais sobre isso. Apenas entre nós, quais os valores que você estava imaginando para este investi- mento?” Excelente! Em razão de sua perseverança, o cliente aca- bou revelando que a objeção oculta era mesmo o preço. Pode estar relacionada ao preço total ou talvez ele precise de um parcelamento – você não precisará continuar agre- gando valor à proposta, apenas ajustando a questão do pagamento. E uma vez solucionado o impasse, você pode seguir em frente e fechar a venda. 81 4. Fechamento induzido – São pequenas bonificações que você dá para que o cliente feche agora. 2 Esta é a última que temos. 2 A tabela vai mudar amanhã e o senhor vai economizar 7% se levar agora. 2 O senhor também ganha dois travesseiros de presente, junto à cama. 5. Fechamento Ben Franklin – Basicamente, você pega uma folha de papel, divide-a em duas colunas e lista prós e contras do que está vendendo. O seu lado (prós) deveria ficar completamente desequilibrado, pois como vendedor experiente você deve estar preparado para apresentar 10 ou 12 benefícios, enquanto até o cliente mais exigente só vai conseguir achar dois ou três contras. Sua próxima pergunta deveria ser: “CaroSr. Cliente, se pudermos resolver estas três objeções à sua satisfação, você compraria agora?”. Aí responda as três objeções e confirme a venda. 82 6. Fechamento pelo detalhe – O que acontece se aquele possí- vel cliente chato estiver rejeitando cada ponto importante da sua apresentação, colocando defeito em tudo? Você ainda pode conseguir a venda fazendo com que ele con- corde com pequenos detalhes. Quando tiverem concor- dado com uma série de detalhes menores, vai ser mais fácil concordar em coisas importantes. 7. Fechamento da venda adicional – É quando você pergunta se o cliente quer levar mais alguma coisa para acompanhar o que ele está comprando, agindo como se a venda já esti- vesse garantida. O cliente pode até dizer não ao item adi- cional, mas a venda do item principal fica quase garantida (E, se o cliente aceitar o adicional... ofereça outro!). 8. Fechamento “alguma pergunta?” – Se você fez a sua apre- sentação corretamente, então o fechamento deveria ser tão simples e automático quanto perguntar: “Você tem alguma pergunta?”. Quando o cliente disser não, você simplesmente pega o formulário e preenche o pedido. É simples assim. 83 9. Fechamento quebra-molas – Use essa tática no final da apresentação, quando o cliente estiver com dúvidas. São três passos: A. Você reverte psicologicamente o processo da venda, sugerindo que talvez seja melhor o cliente não comprar. B. Você resume todos os benefícios aos quais o cliente respondeu afirmativamente ou pareceu gostar/aprovar. C. Faça sua pergunta de fechamento. Por exemplo: “Sr. Aurélio, talvez a compra deste modelo não seja uma boa opção para o senhor agora. Vejamos: o senhor disse que gostou da qualidade, certo? (Sim). E o senhor também disse que vai economizar dinheiro com ele, correto? (Sim). O senhor também disse que esta era a cor que o senhor procurava, verdade? (Sim). Bom, basea- do em tudo isso... (aí você faz uma pergunta de fecha- mento assumido). 84 10. Fechamento “O senhor entendeu tudo?” – Esta é uma gran- de tática de fechamento, que ocorre depois de você ter explicado tudo no contrato. Em outras palavras, depois de você ter utilizado o fechamento assumido, você re- passa as informações com o cliente. Depois de ter feito isso, você olha para ele e pergunta: “Sr. Felipe, está tudo claro? Tem mais alguma dúvida?”. Quando ele disser: “Está tudo OK”, você diz: “Então, por favor, assine aqui”. 11. Fechamento futuro – Se, por qualquer razão, você não conseguir fechar a venda porque o cliente quer “pensar mais um pouco”, você pode tentar um fechamento futu- ro, com perguntas do tipo: — Quanto tempo você acha que leva para decidir? — Uns dois dias. — E o que você achou de tudo até agora? — Parece muito bom. — Ficou alguma dúvida, alguma pergunta sem responder? — Não, está tudo OK. — Bom, pelo que eu entendi, se você continuar sentindo a mesma coisa daqui a dois dias, você vai comprar, certo? — É bem provável. — Excelente. Então, por que não fazemos o seguinte: só para facilitar, vamos deixar o contrato/pedido pronto, mas sem assinar? Assim, quando você voltar, estará tudo pronto, OK? Bastará você assinar e teremos o negócio fechado. 85 A razão pela qual você quer que o cliente preencha o contrato é que existirá um comprometimento psicológico muito mais forte se ele fizer isso. Muitas vezes, ao preen- cher o contrato, o cliente fechará ali mesmo, dizendo algo do estilo: “Quer saber de uma coisa? Vou levar agora mesmo”. Outra vantagem dele completar o contrato é que reduz enormemente as chances dele acabar com- prando da concorrência. 12. Fechamento “Vá em frente e leve!” – Esse é um dos fecha- mentos mais simples e eficazes que existe. Funciona especialmente bem com produtos e serviços caros. Quan- do você chega ao final da apresentação e o prospect não consegue decidir se leva ou não, você pode dizer algo como: “Obviamente você gostou deste anel, e com certeza está dentro do seu orçamento. Então, vá em frente e leve!”. 13. Fechamento do calendário – Fechar usando o calendário é um fechamento maravilhoso. Ex: “Você tem aí um calen- dário, para que a gente possa marcar uma data para começar/entregar, etc.?” 86 14. Fechamento resposta para tudo – Comentado pelo grande especialista Zig Ziglar, as suas chances são ótimas, espe- cialmente como conclusão de um fechamento de etapa cumprida, se você tiver passado por um processo de ven- da na qual teve a oportunidade de responder uma obje- ção após a outra. Finalmente, o cliente vai virar para sua mulher e dizer: “Bem, Martha, não faz a menor diferença o que você diz – ele tem resposta para tudo”. Ou, de uma maneira mais sofisticada, um cliente dirá: “Ora, você certamente fez seu dever de casa. Não importa o que eu diga, você deve ter uma resposta na ponta da língua”. Se isso acontecer alguma vez (ou melhor, quando isso acontecer), você terá de enfrentar um dilema: você pode decidir alimentar seu ego ou pode decidir fechar a venda. Você não pode fazer as duas coisas. Quando o cliente disser: “Você tem resposta para tudo”, você pode concor- dar e dizer: “Bem, na verdade, no mês passado fui esco- lhido o número um entre os membros da equipe...”. Fonte: Zig Ziglar é especialista em vendas, autor de vários livros, entre eles Os Segredos da Arte de Vender (Editora Record) e Zig Ziglar’s Secrets of Closing the Sale http://ziglar.com 87 Acontece que se você escolher o caminho do exemplo anterior, alimentará seu ego – e será a única coisa que fará. Ou melhor, quando seu cliente disser: “Você tem resposta para tudo”, se você quer seguir em diante na sua carreira, você precisa baixar o tom de sua voz, olhar nos olhos dele e, suavemente dizer: “Sr. Pereira, eu realmente aprecio o comentário e vou tomá-lo como um elogio. En- tretanto, eu ainda não tive uma resposta definitiva a res- peito de muitos pontos que levantamos. Preciso solucio- nar seu problema, e é o que o senhor realmente deseja, não é mesmo? (movimentando sua cabeça de forma positiva enquanto finaliza)”. O procedimento é poderoso. E você vai alcançar o resulta- do desejado se estiver sendo sincero e acreditar no que diz! “ Pouco conhecimento faz com que as criaturas se tornem orgulhosas. Muito conhecimento, que se tornem humildes ” Leonardo Da Vinci 88 C omo controlar o processo pós-fechamento? 89 90 Segundo Barry Graham, o momento logo após a confir- mação da venda por parte do cliente pode se mostrar difícil para muitos vendedores iniciantes, e as seguintes dicas pode- rão ajudar. Fique firme – Você deve demonstrar que sabe o que quer e o que espera receber. Sua atitude e confiança ecoarão junto ao cliente. Evite a palavra “assinatura” – Use todas as alternativas possíveis, como: “Coloque aqui o seu OK”, “sua aprova- ção”, “sua autorização”, etc. Nunca diga: “Certo, agora preciso que você assine este contrato”. Isso pode significar a morte súbita para uma venda potencial, lembrando ao cliente de outras situações desagradáveis, como um segu- ro de saúde empresarial que gerou uma grande dor de cabeça na hora do cancelamento. Fonte: Barry Graham Munro é autor do livro Smart Salespeople Sometimes Wear Plaid 1. 2. Obtendo a assinatura 91 3. 4. Aja – Simplesmente coloque os papéis em frente ao clien- te, juntamente com uma caneta, e casualmente solicite o seu “OK”. Você também pode utilizar uma técnica antiga e que ainda dá muitos resultados: sorria e acene positiva- mente a cabeça em sinal de aprovação. Parabenize – Por fim, congratule o cliente de forma a evitar o chamado “remorso de comprador”. Aproveite também para reforçar junto ao cliente a idéia de que ele fez realmente um ótimo negócio, tomando uma decisão lógica. Comentários finais sobre fechamento Existe um último assunto que gostaríamos de comentar antes de encerrar a discussão sobre fechamento. É a atitude. Como tudo na vida, seu sucesso no fechamento será direta- mente afetado pela atitude que tomar em relação
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