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As Dimensões Éticas Politicas e Teórico-Metodológicas no Serviço Social Contemporâneo. Introdução Este trabalho, possui como ideia principal apresentar pontos referenciados pela autora do texto As Dimensões Éticas Politicas e Teórico-Metodológicas no Serviço Social Contemporâneo, escrito por Marilda Villela Iamamoto. Parte de uma ideia teórica metodologia e ético-politica, sobre a profissão de Serviço Social, sua filosofia Histórica, marcando o inicio e denominando, suas demandas e desdobras em quanto profissão. A analise da profissão do Serviço Social parte das transformações ocorridas no contexto histórico da sociedade, as transformações da sociedade, das atividades da profissão, suas condições e relações de trabalho e como afetam nas atribuições, competências e requisitos de formação. No quadro sócio histórico o exercício profissional perpassa as condições e relações do exercer profissional e dos usuários de seus serviços. Requerendo através da analise critica um diagnóstico não liberal sobre os processos sociais e profissão inserida, afirmando a sua centralidade do trabalho quanto a questões sociais e a dos direitos sociais, unindo politicas sociais universais em divergência de elementos a combate à pobreza e à miséria que se ocupa em dedicar-se a maior parte dos grupos remanescentes. Considerada uma especialização do trabalho da sociedade, registrado na divisão social e técnico do trabalho social, o que presume a legitimar seu trabalho. Não sendo prioridade na categoria de giro de mercado-encarecida ao liberal, priorizam estes as distribuições de riquezas, através das leis “naturais”, de difícil transformação de atividade humana. O diagnóstico do Serviço Social no domínio capitalista objetiva solucionar os efeitos liberais que se alastram as analises sobre a chamada “prática profissional”, percebida como prática do individuo excluído da sociedade. A prática é considerada em si uma característica entre o Assistente Social e o usuário “cliente”. No cenário a-histórico onde não permite uma visão ampla desconsiderando o rigor teórico-metodológico para a analise da sociedade e da profissão. A profissão do Serviço Social deve priorizar a construção de estratégias, técnicas e formação de habilidades, unindo “como fazer” com base no fundamento de que o Serviço Social é uma “profissão voltada à intervenção no social”. O Serviço Social é uma profissão, de atividade especializada em: divisão social e técnico coletivo, que requerem fundamentos teórico-metodológico, perspectiva ética, formação de habilidades de politicas. O processo de reprodução das relações sociais envolve o cotidiano da vida social. As relações de poder e as diferenças de classes a desigualdade econômica, politicas, e culturais e relação de interesse e classes reproduzem contrastes que definem a sociedade capitalista (atenuação de conflitos). O profissional atravessa por relações de poder, de caráter politico, condicionado histórico-social dos contextos em que se insere e atua. O Serviço Social contribui e auxilia e ampara no exercício do controle social e da ideologia com bases politicas para influencia hegemonia das classes essenciais. A profissão do Serviço Social se recria nas relações entre Estado e a sociedade, o marco-social que estabelece limites e possibilidades ao exercício inscrito na divisão social e técnica do trabalho e apoiado nas relações de propriedade que o sustentam. O projeto profissional articula dupla divisão: macro societárias, ético-politico e técnico-operativo. As competências que a profissão exige é um sujeito que proponha e negocie com instituições os seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, qualificações e atribuições profissionais, buscando na sua rotina aprender, no movimento da realidade, as tendências e possibilidades, passiveis de serem propriedades, desenvolvidas e transformadas em projeto de trabalho. Afirma-se que o Serviço Social torna-se a profissão que requer um fundamento técnico-cientifico ao trabalho de filantropia. Ao analisar o contexto a competência do profissional, vem desprendendo o trabalho com a filantropia voltando-se a prestação de serviço sociais, centralizado a politica-sócio-assistencial. Segundo no que refere o texto ao Estado atribui: “Por meio de vigorosa intervenção estatal a serviço dos interesses privados articulados no bloco do poder, contraditoriamente, conclama-se, sob inspiração liberal, a necessidade de reduzir a ação do Estado na questão social mediante a restrição de gastos sociais, em decorrência da crise fiscal do Estado. O resultado é um amplo processo de privatização da coisa pública: um Estado cada vez mais submetido aos interesses econômicos e políticos dominantes no cenário internacional e nacional, renunciando a dimensões importantes da soberania da nação em nome dos interesses do grande capital financeiro e de honrar os compromissos morais com as dividas interna e externa”. (p. 15) Segundo a critica neoliberal reafirma que os serviços públicos, organizados à base de princípios de universalidade e gratuidade, dão um enfoque de grande dimensão ao gasto do governo. Diante dos critérios de gestão o Serviço Social vem para prover e assegurar direitos sociais e meios de cumpri-los, muitas vezes vê se reprimido em suas práticas que procede de recursos, condições e meios de trabalho insuficientes no que se refere à administração de serviços sociais públicos. “O Serviço Social é regulamentado como uma profissão liberal, dispondo de estatutos legais e éticos que atribuem uma autonomia teórico-metodologico, ético-politica e técnico-operativa e à condução do exercício profissional”. (p. 21). Especializado na realização de distribuição e participação em sua atividade laboral como participante do processo de reprodução e redistribuição do mais valia, através de fundo publico. Seu trabalho se da também no campo de amparo e execução de direitos sociais da cidadania, no gerenciamento da coisa pública, assim valendo de construção das relações entre classes. O Assistente Social possui de independência, ou seja, autonomia no controle de seu exercício profissional. Já os seus empregadores influenciam nas realizações de suas atividades e condicionam como devem realiza-las e traçam objetivos e resultados a serem alcançados. Ao analisar a profissão o Assistente Social passa por um processo de mudança de recriação e interesse de sues empregador já em contraposição passa por um condutor, exigências de clientes, demandas sociais, relações de poder e mudanças profissionais. Ou seja, as relações sociais em que o Assistente Social está inserido é resultado de um histórico de distintas tendências de gestão que o profissional exerce através de projeto profissional e seu trabalho assalariado. Os projetos são desenvolvidos em comum acordo pela classe dos Assistentes Sociais, neste apresentam a descrição de sua profissão, ou seja, a autoimagem, designam as características que a legitimam, define e prioriza seus objetivos e atividades, elaboram condições técnicas instrumentais e práticas, prescrevem um conjunto de regras e procedimentos e relações sociais que são: os usuários, organizações e instituições e Estado, outras profissões. Os projetos são matrizes e valores são um processo e hegemonia que dá a conhecer o seguimento teórico e prático da profissão. Segundo a Lei que regulamenta a profissão do Serviço Social, que estabelece as competências e as atribuições profissionais e no código de Ética do Serviço Social de 1993, preconiza direitos deveres, definido de princípios e valores humanistas onde destacam se: · Reconhecimento da liberdade de como valor ético, e da autonomia; · Defesa dos direitos humanos; · A defesa, da cidadania, democracia, socialização, participação politica e da riqueza produzida; · Posicionamento da equidade e da justiça social; · Garantia de pluralismo, e eliminação de preconceito; · Compromisso com serviços prestados a profissionais e trabalhadores. Em conformidade com o Código de Ética (CFESS), referencia toda e qualquer ação, de um assistenteSocial, criado e apontado para um apoio formado em cima da Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão atualizado em 13.3.1993. A construção do código de ética apresenta a materialização de um projeto ético-Político da profissão, que vem sendo construído no decorrer desses 30 anos, visando dar amparo legal à profissão exercida pelo assistente social. Esse material tem objetivo de embasar e apoiar o exercício ético profissional de serviço social, mas, além disso, dar liberdade ética para o profissional de assistência, permitindo-o trabalhar em seu campo, sabendo, que há um suporte ético-político, e um embasamento teórico, Metodológico e politico, de sustentação a sua profissão. Entende-se que o entalhamento do código, visa estabelecer e propor a cada usuário, direito sobre suas necessidades nomeando-as e dispondo do sistema uma alternativa de resolução, ou seja, responsabilizando o Governo e Estado, sobre as necessidades básicas dos sujeitos, e a partir deste ponto, prestar assistência as suas necessidades. Por tanto o código demonstra seu total valor, permitindo ao assistente social usufruir de suas demandas ético-Políticas para concluir e exercer sua profissão, garantindo direito ao assistente e ao assisteciado. Em sua construção, foram baseadas as emendas em princípios Fundamentais, as quais são: I. Reconhecimento da liberdade como valor ético Central e das demandas políticas a ela inerentes - Autonomia, emancipação e plena expansão dos. Indivíduos sociais; II. Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa Do arbítrio e do autoritarismo; III. Ampliação e consolidação da cidadania, considerada. Tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à. Garantia dos direitos civis sociais e políticos das Classes trabalhadoras; IV. Defesa do aprofundamento da democracia, Enquanto socialização da participação política e da Riqueza socialmente produzida; V. Posicionamento em favor da equidade e justiça. Social, que assegure universalidade de acesso aos. Bens e serviços relativos aos programas e políticas Sociais, bem como sua gestão democrática; VI. Empenho na eliminação de todas as formas de Preconceito, incentivando o respeito à diversidade, À participação de grupos socialmente discriminada VII. Garantia do pluralismo, através do respeito às. Correntes profissionais democráticas existentes e Suas expressões teóricas, e compromisso com o. Constante aprimoramento intelectual; VIII. Opção por um projeto profissional vinculado Ao processo de construção de uma nova ordem Societária, sem dominação, exploração de classe, Etnia e gênero; IX. Articulação com os movimentos de outras categorias Profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral dos/as trabalhadores/as; X. Compromisso com a qualidade dos serviços Prestados à população e com o aprimoramento Intelectual, na perspectiva da competência. Profissional; XI. Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, Nem discriminar, por questões de inserção de. Classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, Orientação sexual, identidade de gênero, idade e. Condição física. A partir dessa Base, esmiuçaram-se as leis constituintes do Código de Ética do Serviço Social, determinantes, e representante, dos direitos da profissão. Outro pilar da profissão é a legislação para a regulamentação da profissão, construindo coletivamente, integrando dever e implementação prática. O primeiro projeto de caráter universalista e democrático implica no principio da de democracia.No âmbito governamental, as esferas nacional, estadual e municipal tem o proposito de promover a articulação politica, contribuindo com a proposta e estratégias democráticas. As ações governamentais publicas transferem para segmentos da sociedade civil as responsabilidades, necessidades sociais do campo da saúde, educação, entre outros. Entre este setor está o chamado “terceiro setor” não governamental que são instituições filantrópicas, voluntariado, ONGS. que prestam assistência “sem fins lucrativos”. No que se refere a competências e funções o Assistente Social em sua ocupação executa atividades relacionadas à implementação e orientação de conselhos de politicas publica, considerado um profissional instrumental técnico-operativo, de assessoria, planejamento, negociação, pesquisa e ação, defesa dos direitos no acesso aos meios de exercer sua profissão. Conclusão Define-se ao assistente Social, um lugar de reconhecimento sócio econômico, ético politico, referencial assistencialista, e provedor de direitos a partir do sistema. Ou seja, predomina-se o conhecimentos dos direitos, deveres e ao se mapear a necessidade singular e plural do ambiente ao qual o assistente é chamado a intervir, propõe se uma meta de desenvolvimento e aplicação das melhorias; Porém sempre seguindo seus deveres profissionais que são ditados, revisados e fiscalizados por um órgão econômico dominante. Portanto ao assistente social, cabe direcionar o melhor do sistema, e o que esse pode oferecer em apoio e suporte para a situação na qual ele foi solicitado, e ainda assim responder ao sistema que por vezes, é também um dos causadores das necessidades básicas e extremas nas quais o assistente precisa intervir. Conclui-se que o Serviço social firma uma ponte, para garantir ao sujeito o seu direito. O sujeito se encontra de um lado da ponte, e do outro lado se encontra o governo e a sua economia juntamente com a politica, e nem sempre esse lado da ponte está preocupado em garantir os direitos singulares de um sujeito, e é no meio dessa ponte que o Serviço social se forma, usando ferramentas desse sistema , se apoiando em ética e em conhecimento teórico-metodológico. E propondo uma travessia de dignidade social. BIBLIOGRAFIA CFESS. Código de Ética Profissional do Assistente Social. Resolução CFESS 273, de 13 de março de 1993. IAMAMOTO, Marilda Villela. As dimensões ético-políticas e teórico-metodológicas no Serviço Social contemporâneo: trajetória e desafios. Disponível em: <http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto2-2.pdf> acesso em: agosto de 2006.
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