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escola e sociedade

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Dalyelle Mendes Silva
Leonice Marques de Sousa Mendes²
RESUMO
A educação da criança assume um caráter global no sentido de que atribui a todas as instituições principalmente no que condiz a escola e a família parcelas essenciais na responsabilidade e de parceria no processo de formação infantil. A grande contradição se dá pelo fato de que no imaginário escola e família, as expectativas em relação à educação não são cumpridas entre uma e outra, o que gera um diálogo árduo e não raras vezes, mutuamente sem retorno. Mesmo assim tais instituições precisam assumir as responsabilidades que lhes cabe, no sentido de garantir que a aprendizagem aconteça numa educação voltada para o exercício ético da democracia e da cidadania. O presente trabalho é realizado por meio de pesquisas bibliográficas onde aborda a formação docente, tendo como objetivo uma reflexão necessária sobre a participação da família na escola para a construção do desenvolvimento do educando. O que se observa a família e a escola ambas apresentam dificuldades em andar juntas, com o objetivo de dar a criança um ensino-aprendizagem efetivo, levando em conta certos problemas na formação acadêmica do aluno. Algumas famílias procuram a escola para tratar de assuntos que se referem `´a educação de seus filhos. Vendo por um outro lado a escola também apresenta sua falha quando não apreensão maneiras de trazer as famílias à refletirem sobre a sua importância no aprendizado de seus filhos. Juntas elas compõem um componente essencial no aprendizado do aluno, a escola precisa encontrar quais os motivos que a levam se distanciar tanto das famílias. E criar meios que ligue a família e que a mesma perceba a importância que ela tem na construção do desenvolvimento do seu filho, e que sem ela muito pouco provável que a escola/instituição conseguira ter êxito total na formação de seus filhos. 
Palavras-chave: Educação, Família, Ensino-Aprendizagem
1. INTRODUÇÃO
A família representa um ambiente em que o individuo inicia a sua vida social, em parceria com aas escolas a família tem como garantir ao seu filho condições melhores de desenvolvimentos em todas aas áreas de sua vida. Desta forma, à família cabe a transmissão de normas, ética, valores, ideais, e crenças que marcam a sociedade. No campo da educação brasileira, temos observado a dificuldade encontrada pelos gestores de escolas estabelecerem parceria entre o espaço escolar e a família dos alunos. Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor.
 O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade. Frequentemente, podemos observar que a maioria dos educadores reclamam da pouca ou nenhuma demonstração de interesse da família em participar do cotidiano escolar dos filhos. Para a realização desse trabalho, fundamentado nas perspectivas dos Estudos Culturais, buscamos aporte teórico em alguns autores que apresentam discussão a respeito do tema “A importância da família na escola para a construção do desenvolvimento do aluno(a)”. Dentre os(as) quais destacamos: Cubero (1995); Grinspum (2003); Freire (1996); Nóvoa (1995).; Santos (2014); Soares (2010); Tardif (2010); Oliveira (1981). 
 A educação é um fenômeno social inseparável da constituição dos sujeitos e da sociedade, integrante da vida social, econômica, política, cultural. Neste enfoque, trata-se, pois, de um processo global interligado à prática social, compreendendo processos formativos. Tardiff (2010, p. 149) explana que a complexidade de ser professor não está somente em ser professor, mas sim em ser profissional-pessoa, e ter a sensibilidade de perceber que o ser humano está inserido no mundo complexo, onde a cultura, a razão, o afeto e a vida em sociedade podem conduzir os diversos caminhos da existência e, por meio dessa trajetória, estará se constituindo. 
O mundo globalizado, as informações chegando de modo acelerado, o avanço de novas e complexas tecnologias exige uma nova forma de pensar e agir que, muitas vezes, requer rompimento de padrões anteriormente formados. Entendemos, portanto, que o caráter de professor está além das paredes da escola, das abordagens técnicas e metodológicas das práticas educativas, e exige saberes amplos que estão além do saber ensinar. Nóvoa (1995, p.14), enfatiza que a “maneira de ensinar evolui com o tempo e com as mudanças sociais”. Conhecer o aluno e ter consciência do que idealiza com sua ação é imprescindível na atividade docente. Freire (1996, p. 145) comenta que a educação não pode ser compreendida “como uma experiência fria, sem alma, em que os sentimentos e as emoções, os desejos, os sonhos devessem ser reprimidos”. 
A escola precisa despertar o interesse dos alunos, oferecer oportunidades de compreender e desenvolver sua criticidade diante da sua visão de mundo. Quanto a isso, Pimenta (1991, p. 128) ressalta que:
 [...] a sociedade é, além do mais, um grande agrupamento social, que comporta inúmeros subgrupos (família, escola, etc). Aprender a conviver em grupos é uma forma de preparar-se para a vida social. a importância do grupo está também em propiciar a aprendizagem de papéis sociais diferentes e complementares na organização social como um todo. Assim, viver democraticamente na escola, expressar opiniões, aprender a ouvir respeitar a opinião alheia, identificar as verdadeiras lideranças, organizar-se em torno delas, são as virtudes democráticas que, aprendidas na escola, serão transportadas para a vida social. 
Percebemos, assim, que a escola deve mediar o cotidiano do aluno e sua prática social, para que a educação transformadora possa ocorrer. Muitos estudiosos da área de educação afirmam que o problema está na estrutura familiar que vive em meio a conflitos constantes. Prado (1981, p. 9) afirma que, embora em momentos difíceis “A família como toda instituição social, apesar dos conflitos é a única que engloba o indivíduo em toda a sua história de vida pessoal”. Por isso, a participação da família na vida da criança é de suma importância, é ela que servirá de modelo de relacionamentos para que, mais tarde, ela se relacione com outras pessoas. 
A família representa o alicerce para que o indivíduo construa uma boa estrutura social, pois é dentro do espaço familiar que a criança determina os primeiros relacionamentos, que depois abrangerá a escola e pôr fim a sociedade. Não cabe, portanto, à escola a tarefa básica de educar, mas sim à família, é ela que deve proporcionar as noções de limites e respeito, para que a criança possa desenvolver os valores morais e comportamentais básicos. Diante deste problema, questiona-se o que pode ser feito para que família e escola possam caminhar juntas no processo de ensino e aprendizagem do educando? 
Ao ponderar a necessidade de uma postura democrática participativa por parte da escola, acredita-se que a solução para tal embate seja atrair a família para a escola através de instrumentos comunicativos que realmente sejam efetivos, que não sirvam somente para “informar”, mas para coletivizar conhecimentos, onde ambas possam comparar, construir e reformular seus métodos de ensino conseguindo com isto, efetivar suas funções de educadores. A participação dos pais na vida da criança é essencial, e quando se estende até a escola, torna-se o processo de aprendizagem uma extensão daquilo que se iniciou em seu convívio familiar. 
Com essa participação dos pais no processo de ensino aprendizagem, a criança fica mais confiante, uma vez que percebe que todos se interessam por ela, e também porque passam a conhecer quais são as dificuldades e quais os conhecimentos que ela tem.
2. FAMÍLIA X ESCOLA: UMA PARCERIA IMPORTANTE
Nos momentos de interação entre escola e família é preciso conceber que a capacidade de comunicação exige a compreensão da mensagemque o outro quer transmitir e para tal faz-se necessário o desejo de querer escutar o outro, a atenção às ideias emitidas e a flexibilidade para se receber as ideias que podem ser diferentes, mas complementarem as é importante também que os pais sejam ouvidos, onde suas expectativas, dúvidas, reclamações e sugestões em relação à escola sejam democraticamente conhecidas pelo setor administrativo e pedagógico. 
Tais ações somente propiciarão um clima de trabalho favorável e participativo entre pais e escola. Além disto, as reuniões também podem ser momentos de informar os pais sobre o andamento do processo educacional da criança, pois de acordo com Tiba (2002, p.182): “A escola percebe facilidades, dificuldades e outras facetas na criança que em casa não são observadas, muito menos avaliadas”. Assim, a criança que estiver com problemas, sejam eles, comportamentais ou em relação aos conteúdos curriculares, receberá ajuda, tanto da escola quanto dos pais para superá-los.
 Como forma de atingir o objetivo almejado, o estudo estrutura-se primeiramente na família dos dias atuais, apresentando os tipos de famílias existentes na contemporaneidade, bem como suas responsabilidades educacionais na formação da criança. Tais informações são primordiais para que se possa entender que cabe a família, independentemente de suas obrigações profissionais, algumas ações formativas voltadas, não somente para a construção de valores, mas de outras práticas essenciais para a formação da criança
 A integração da escola com a família e de toda a comunidade, por meio de diálogos, é fundamental, uma vez que a escola é compreendida como um elemento de mediação entre o aluno e a família. Alguns professores conhecem mais sobre o aluno que a própria família que, em muitos casos, surpreende-se ao ser chamada na escola para ouvir certos comentários em relação ao filho. Nos últimos vinte anos, várias mudanças ocorridas na sociedade atual relacionadas ao processo de globalização da economia capitalista vêm interferindo na dinâmica e estrutura familiar e possibilitando mudanças em seu padrão tradicional de organização.
No passado era possível definir a família como pais, filhos e outros parentes vivendo num mesmo ambiente, hoje em dia isto mudou, além de muitos pais viverem separados, existem outros aspectos, como destaca Dias (2005, p. 210): 
A família é um grupo aparentado responsável principalmente pela socialização de suas crianças e pela satisfação de necessidades básicas ela consiste em um aglomerado de pessoas relacionadas entre si pelo sangue, casamento, aliança ou adoção, vivendo juntas ou não por um período de tempo indefinido.
 A escola, para Grinspun, é lugar de educação, de formação de atitudes. A autora considera importante que se definam critérios de conduta, pautados em seriedade, verdade, união, e respeito humano. Também faz parte dos princípios da escola estabelecer limites, formados com conhecimentos e valores requeridos pela convivência em sociedade e pelas relações e instituições sociais, entre elas, a escola. Grinspun (2003, p 124) salienta o papel da supervisão e orientação educacional na contribuição do resgate dos limites éticos.
 A supervisão e a orientação educacional podem, então, contribuir, através de incentivos e implementação de estudos e projetos, para a educação de limites, com especial atenção aos limites éticos. Essa educação pode se realizar, seja no ensino-aprendizagem dos alunos, seja em informações, seja em orientações e diálogo com os pais. Dessa forma, percebemos o quanto a influência da escola e da família na vida da criança é enorme, e essa parceria deveria estar fortemente atrelada no intuito de contribuir na construção do desenvolvimento do aluno. Portanto, não se pode mais falar de família, mas de “famílias”, para que se possa tentar entender a diversidade de relações que convivem em nossa sociedade.
 A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. Nesta perspectiva, destaca o mesmo autor que além de não adotarem um tempo para educar os filhos a enfrentar os problemas sociais, a própria sociedade é responsável em “deseduca-los” devido à quantidade de estímulos que exercem na criança. Embora saibamos que, em muitos casos, os pais precisam trabalhar para garantir o sustento da família, e que o tempo se 11739 torna escasso para se dedicarem à educação de seus filhos, é preciso encontrar um momento em que possam dialogar com eles(as), provar interesse pela vida escolar e demonstração de afeto. Cubero (1995. p. 253) afirma que:
A escola é junto com a família, a instituição social que maiores repercussões têm para a criança. Tanto nos fins explícitos que persegue expressos no currículo acadêmico, como em outros não planejados, a escola será determinante para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e, portanto, para o curso posterior da vida.
Ao entrar na escola, a criança já traz experiências que adquiriu em seu ambiente familiar, as quais a auxiliaram na formação do seu “eu” em relação ao meio. Esse processo é determinante para o seu desenvolvimento. Combinando as relações atitudinais por parte da família na educação dos filhos, é possível diferenciar três tipos diferentes de pais de acordo com as pesquisas de Aparecida e Rebelo (2003, p. 69), os pais: “autoritários, permissivos e democráticos”. Percebe-se a diferença das dimensões e estilos de educação familiar onde os pais podem adotar comportamentos diferentes no que tange ao incentivo, 4 desenvolvimentos da personalidade da criança, estabelecimento de regras, condutas, relação afetiva, autocontrole etc. 
Mesmo assim, verifica-se que os pais democráticos são os que realmente conseguem efetivar ações educacionais capazes de estabelecer limites e regras de conduta de forma construtiva, afetuosa e com responsabilidade. Se ela traz boas experiências, torna-se mais fácil continuar desse ponto. O que não ocorre quando a criança passa grande parte de sua vida em um lar desestruturado. Oliveira (1993, p. 92) afirma que “uma das principais funções da família é a função educacional e, que esta é a responsável por transmitir à criança os valores e padrões culturais do meio social em que está inserido”. 
Oposto a isso, as famílias, em geral, participam pouco, ou quase nada. Esta questão foge da intenção da Orientação Educacional que poderia trabalhar a participação dos pais na escola, pois, de acordo com Grinspun (2003, p 76) “Hoje, a Orientação Educacional [...] tem o papel de mediação na escola, isto é, ela se reveste de mais um campo na escola para auxiliar, discutir, refletir com e para todos que atuam na escola [...] com um olhar pedagógico”. 
A escola enfrenta muitos problemas quando é preciso chamar algum pai para resolver assuntos sérios em relação ao aluno. Às vezes, é preciso acionar o Conselho Tutelar, providência mais séria e imediata por conta da negligência da família em atender um chamado da escola. Há casos em que a família só conhece esse meio para se comunicar com a escola, ou seja, para tratar problemas apresentados pelos filhos e, infelizmente, não estabelece união com a escola por não ser preparada para isso. Em suas pesquisas, Soares (2010, p. 9) observa que:
 A família somente é lembrada pela escola quando há problemas ocasionados pelos(as) alunos(as) no ambiente escolar. Neste sentido, muitos pais acabam se afastando da escola, percebendo esta como um lugar negativo, já que poucas atividades recreativas e prazerosas são oferecidas a eles na escola. A escola deveria ser o ponto central de uma comunidade, um local onde todos pudessem participar e ter acesso.
Portanto, se muitas vezes a criança não demonstra ter princípios éticos e morais que são cobrados pela escola, acredita-se que a família deixou de trabalhar esses pressupostos para se apresentar um bom comportamento, diante disto, é preciso que a escola possa suprir tal carência.
Sendoassim, as atitudes tomadas pelos pais afetam diretamente na 7 aprendizagem da criança, mesmo quando seus genitores não percebem que isto está acontecendo, como mencionam Nolte e Harris (2003, p. 15): As crianças são como esponjas. Absorvem tudo o que fazemos, tudo o que dizemos. Aprendem conosco o tempo todo, mesmo quando não nos damos conta de que estamos ensinando. Assim, quando adotamos um comportamento crítico – reclamando delas, dos outros e do mundo em torno de nós, estamos lhes mostrando como condenar e criticar os outros. Estamos ensinando a ver o que está errado no mundo, e não o que está certo
A participação na vida escolar dos filhos é de suma importância para o desempenho do aluno, pois quando os pais acompanham a criança em todo o seu processo de desenvolvimento educacional, está se sente valorizada e importante na vida de seus pais. Tais sentimentos somente contribuem para o seu aprendizado. Um aspecto que atualmente tem sido alvo de muitas controvérsias, principalmente entre pais e educadores é o auxílio às tarefas que a escola envia. muitas famílias e professores têm dificuldade em definir o real objetivo das tarefas de casa, pois, na grande maioria, entraves como: os alunos a executam somente para “ganhar pontos”; os pais é que realizam os deveres pelo filho já que estes não sabem como fazê-lo; é feita de forma mecânica, como algo forçado e obrigatório; o professor não esclarece seus reais objetivos; a tarefa é imposta para castigar o aluno. Deste modo, fazer lições pelo filho, enfreando a própria letra, é prejudicial tanto para o desenvolvimento cognitivo da criança como para a própria autoestima dela. A professora precisa saber o que a criança consegue ou não fazer a lição de casa para poder avaliar os motivos desta dificuldade. 
A lição de casa não deve servir como um problema no ambiente familiar, mas com o objetivo de fazer com que o aluno possa pensar, resolver, refletir, colher dados, pesquisar, a fim de reforçar o que foi ensinado em sala de aula. Neste assunto, Parolim (2007, p. 69) reforça a ideia de que o estudante tem que saber que, “possui compromissos e necessita aprender a realizá-los” Uma forma encontrada por algumas escolas para atrair a família é por meio de tardes festivas, aos sábados ou domingos (quando os pais têm mais tempo). 
No entanto, isso não é muito frequente porque o calendário escolar é muito extenso. E, mesmo assim, poucos comparecem, demonstrando total desinteresse pelas atividades escolares e, consequentemente, pelo seu filho. Os pais não querem, em sua maioria, tomar parte na educação dos filhos. Aquela educação que precisa vir do meio familiar não acontece. E os professores precisam se preparar para, além dos conteúdos do planejamento escolar, passar alguns conceitos de educação que deveriam, mas não fazem parte do cotidiano de seus alunos. 
Quanto maior for à parceria entre escola e família, mais positivos e significativos serão os resultados da aprendizagem da criança. A participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente, de acordo com Parolin (2007, p. 36): “A qualidade do relacionamento que a família e a escola construírem será determinante para o bom andamento do processo de aprender e de ensinar do estudante e o seu bem viver em ambas as intuições”. Embora ocorra essa sobrecarga, a escola precisa conhecer a realidade de seus alunos a fim de intervir quando não há participação da família, quando ela não mantém parceria com a escola no intuito de compartilhar as responsabilidades. 
A escola exercerá múltiplas funções em prol do desenvolvimento social e intelectual do aluno. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) em seu artigo 12º abrange os deveres da família como uma das responsáveis pelo desenvolvimento educacional da criança, bem como a escola em criar processos de articulação com a família, além de mantê-la informada sobre sua proposta pedagógica e outras informações como frequência e rendimento do aluno. 
Desta forma, verifica-se a importância do envolvimento da família na própria ação pedagógica da escola. Os pais devem interagir-se com os professores não somente nas reuniões pedagógicas, mas em outros momentos como na construção do Projeto Político Pedagógico, na participação de uma aula, entre outros, como evidencia Vasconcelos (1989, p. 128): Participar da vida na escola (Conselho de escola, Associações de Pais e Mestres, reuniões, grupo de mães, grupos de reflexão, acompanhamento de alunos, reforço escolar, etc. Participar é estar presente em todos os eventos realizados na escola; cobrar seus direitos; ter deveres para com a escola e a criança; participar até nas decisões do que é melhor para a escola. Santos (2014) que a presença da família na escola contribui muito no intuito de a escola conhecer melhor seus alunos e com aqueles que lhes são próximos, e podem, desse modo, inteirar-se das suas necessidades.. Ou seja, é preciso conhecer todos os pais, compreender a realidade de vida das pessoas que se relacionam diretamente com seus educandos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste campo, faça o relato de suas observações após a análise dos elementos elencados na Fundamentação Teórica descrita anteriormente neste documento. Utilize a teoria abordada na Introdução e Fundamentação Teórica para justificar os seus achados e descreva de que maneira os dados encontrados contribuem para ampliar o conhecimento obtido nos materiais consultados.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
GRINSPUM, Miriam Paura S. Zippin (org). Supervisão e Orientação Educacional: perspectivas de integração na escola. Cortez, 2003. 
MACEDO, R.M. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. Petrópolis: Vozes, 1994. MALAVAZI, M. M. S. Os pais e a vida escolar dos filhos. 2000. 320 p. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 2000. 
NÓVOA, A. Os professores e a sua formação. 2. ed. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional, 1995. 
OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia da educação. -São Paulo: Ática, 1993. PRADO, Danda. O que é família. 1 ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994.
PAROLIN, Isabel Cristina Hierro. Pais e Educadores: quem tem tempo de educar? Porto Alegre: Mediação, 2007.
FAMÍLIA E ESCOLA
A pesquisa enfocando a importância da família na escola para o desenvolvimento do(a) aluno(a) serviram como base para futuros trabalhos dentro da área da Educação. Trouxeram, também, uma compreensão do papel da união da família e escola no intuito de melhorar o ensino aprendizagem do(a) aluno (a), bem como contribuir na sua transformação. Assim, no decorrer deste estudo foi possível adquirir alguns conhecimentos no que tange ao papel da família e da escola como duas instituições com importantes responsabilidades educacionais e de formação do educando. Assim sendo, nada melhor de que tais instituições trabalhem juntas para que o processo de formação educacional da criança seja significativo e eficaz.
É notório que o envolvimento da família no processo educacional da criança melhora a imagem da escola e o seu vínculo com a comunidade. Tal envolvimento significa uma educação de sucesso apoiada no binômio escola-família, já que não se aprende só na escola. Portanto, pelo fato da escola ser uma instituição formada por “profissionais da educação”, cabe a ela dar o primeiro passo, caso a parceria não esteja acontecendo. Talvez, conhecer o “tipo” de família que ela está lidando, seja o ponto de partida para tal problemática. Conforme este estudo, diferentemente do passado, existem vários núcleos familiares no seio de nossa sociedade e, cabe a escola conhecer e se inteirar sobre essas mudanças a fim de adaptar suas ações. Junto à família, a criança vivencia experiências e inicia seu processo de aprendizagem e desenvolvimento, principalmente quanto à ética e à moral.
O problema não se constitui apenas quando há inversãode funções de pais e escola, e sim, quando o educando não é atendido em suas necessidades educativas. Portanto, compreendemos a enorme necessidade em assegurar a parceria entre escola e família em prol do desenvolvimento do aluno. A importância de a família participar do mundo escolar da criança, apesar dos seus compromissos profissionais, é imprescindível diante da necessidade que ambas têm de se complementarem no processo educacional do aluno. Diante dos compromissos da escola, ou seja, seus planejamentos voltados para a formação do ser e sua inclusão numa sociedade democrática e cidadã, verificou-se que, cabe a ela proporcionar, além de reuniões interativas, formativas e dinâmicas, momentos democráticos de aproximação e interação com a família para que ambas consigam formar seus filhos e alunos em verdadeiros pensadores, empreendedores, sonhadores, líderes não apenas do mundo em que estamos, mas do mundo que somos. E reconhecemos as particularidades e semelhanças 11743 existentes nesses dois ambientes no qual a criança se insere, principalmente em se tratando dos aspectos de desenvolvimento e aprendizagem.
somos.
1 Dalylle Mendes Silva
2 Leonice Marques de Sousa Mendes.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (3328) – Prática Indisciplinar- 29/06/2020

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