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Metas Internacionais de Segurança do Paciente 1 Índice Índice .............................................................................................. 1 Relatos de Erros Relacionados à Metas de Segurança ........................................ 2 As 6 Metas Internacionais................................................................................... 4 1ª META: Identificação dos Pacientes ................................................................. 6 2ª META: Comunicação Efetiva ........................................................................... 9 2.1 META: Definição de Resultado Crítico ........................................................ 10 2.2 Meta: Passagem de Plantão ........................................................................ 11 3ª META: Medicamentos de Alta Vigilância ...................................................... 11 4ª META: Cirurgia Segura ................................................................................. 13 Checklist Cirúrgico do Einstein ........................................................ 14 5ª META: Reduzir o Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde .... 14 Por que a Preocupação com as IRASs? ............................................... 15 Medidas Gerais - Prevenção e Controle de Infecção .............................. 15 Medidas Específicas - Prevenção e Controle de Infecção ........................ 16 6ª META: Reduzir o Risco de Lesões Decorrentes de Quedas .......................... 18 Concluindo ................................................................................. 20 Considerações Finais ........................................................................................ 21 Referências ....................................................................................................... 21 2 Relatos de Erros Relacionados à Metas de Segurança Regularmente a imprensa noticia situações em que erros nos processos de atenção à saúde resultam em graves prejuízos a segurança dos pacientes. Os eventos relacionados as falhas na segurança do paciente alertam para a importância deste tema nas instituições de saúde a medida que não se restringem apenas aos colaboradores em contato direto com o paciente. 3 O Sistema de Segurança do Paciente é composto pela gestão proativa dos riscos, pela análise dos incidentes ocorridos com os pacientes e pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O objetivo é reduzir de forma progressiva os eventos adversos até sua completa eliminação, visando alcançar a meta de "Dano Zero" em 2020. 4 Para evitar que esses erros aconteçam existe no Hospital o Sistema de Segurança do Paciente que é composto por: • Gestão proativa dos riscos; • Análise dos incidentes ocorridos com os pacientes; • Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. O objetivo é reduzir de forma progressiva os eventos adversos até sua completa eliminação! Todo este trabalho visa alcançar a meta de “Dano Zero” em 2020. Para atingir esta meta todos os colaboradores precisam cumprir as 6 metas internacionais de segurança do paciente. A meta de “Dano Zero” envolve todos os colaboradores. Portanto, seja qual for sua função é importante que você atue de forma segura e que assuma o compromisso de evitar danos ao paciente ainda que não atue diretamente em sua assistência. As 6 Metas Internacionais Em outubro de 2004 a OMS Organização Mundial da Saúde criou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente. O objetivo desta aliança é evitar danos ao paciente e reduzir as consequências negativas de uma assistência realizada de forma insegura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) designou a Joint Commission International (JCI) como o primeiro centro colaborador da OMS dedicado exclusivamente à segurança do paciente. Essa ação está direcionada à redução dos inaceitáveis e elevados números de injúrias médicas praticadas no mundo. Com o objetivo de promover melhorias específicas em situações da assistência consideradas de maior risco, a JCl, em parceria com a OMS, estabeleceu seis metas internacionais de segurança do paciente, que são adotadas por instituições de todo o mundo como forma de oferecer um atendimento cada vez mais adequado e de melhor qualidade. A figura abaixo apresenta as seis metas internacionais de segurança que integram o manual da JCI. 5 FIGURA 1 As 6 Metas Internacionais Figura 1. Fonte: Adaptado de Consórcio Brasileiro de Acreditação. [homepage da internet]. Disponível em: http://www.cbacred.org.br/ Acesso em: 27 dez. 2017. O Brasil integra a Aliança Mundial para Segurança do Paciente e, por meio do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), busca implementar os protocolos originários das seis metas. A figura a seguir apresenta as ações relacionadas aos protocolos de segurança do paciente que integram o PNSP. FIGURA 2 O Brasil faz parte da Aliança Mundial para Segurança do Paciente Fonte: Programa Nacional de Segurança do Paciente. [homepage da internet]. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-do-paciente-pnsp. Acesso em: 15.jan.2018. http://www.cbacred.org.br/ http://www.cbacred.org.br/ http://www.cbacred.org.br/ http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-do-paciente-pnsp 6 Ao olharmos as metas precisamos entender como podemos contribuir para que elas sejam cumpridas. A adesão às Seis Metas reflete boas práticas e é uma maneira de reduzir risco de erros e eventos adversos durante a assistência nos serviços de saúde. 1ª META: Identificação dos Pacientes A identificação correta do paciente é um procedimento de extrema importância nas instituições de saúde. A falha neste processo pode causar um dano crítico ou um evento adverso grave. Erros durante esse procedimento podem causar, por exemplo: • Falhas na administração dos medicamentos. • Equívocos na administração de hemocomponentes. • Erros de diagnósticos. • Execução de procedimentos em pacientes e/ou locais incorretos. • Entrega/troca de bebês para famílias erradas. A identificação do paciente por meio de pulseira ou etiqueta garante a segurança dele em todos os setores das instituições de saúde, como unidades de internação, pronto-atendimento e áreas relacionadas à coleta 7 de amostras para exames laboratoriais, realização de exames e procedimentos invasivos. A pulseira e/ou etiqueta de identificação deve conter, no mínimo,DOIS IDENTIFICADORES para diferenciar possíveis semelhanças entre pacientes. As informações de data de admissão e idade também constam nas etiquetas podendo ser utilizadas como itens adicionais de checagem mediante necessidade. Imagem esquemática da pulseira de identificação na SBIBAE. Desta forma qualquer procedimento relacionado à identificação dos pacientes deve contemplar a conferência do nome completo e número do prontuário. O número do laboratório deve ser verificado no caso de coleta laboratorial. Para a checagem desses dois identificadores, é necessário ter em mãos um documento do prontuário ou etiqueta que contenha tais dados para a verificação. No caso de pacientes menores de idade, a identificação e checagem devem ser realizadas, preferencialmente, na presença dos pais. Para a identificação do recém nascido (RN), as pulseiras contém: • A sigla RN e o NOME COMPLETO da MÃE; • Número do prontuário da MÃE; • Número do quarto, se já estiver definido. 8 Em caso de gemelares, é acrescentada a identificação RN1, RN2, RN3, de acordo com a sequência do nascimento. NÃO É PERMITIDO somente o uso do número do quarto ou da localização do paciente como identificadores do paciente. A Lei nº 10.241, de 17 de marçode 1999, dispõe sobre os direitos dos pacientes e usuários dos serviços de saúde no Estado de São Paulo, e prevê que eles têm o direito de serem identificados e tratados por meio de nome e sobrenome, sem a utilização apenas de números ou códigos para tais finalidades. Casos especiais: Em pacientes muito fragilizados ou passíveis de lesão cutânea, é permitida a afixação da pulseira ou etiqueta de identificação na roupa, cabeceira do leito, berço ou incubadora. Portanto, exemplos de pacientes passíveis desta condição são: Imagem esquemática dos casos especiais relacionados à identificação do paciente. 9 Nesses casos, deve-se redobrar a atenção relacionada à vigilância e checagem dos identificadores: Imagem esquemática da checagem dos identificadores nos casos especiais. Faça uma reflexão em sua área de atuação qual relação que você tem com esta meta. Caso você não consiga entender como está ligado a esta meta converse com seu gestor. Ele está capacitado a explicar qual sua contribuição no processo. 2ª META: Comunicação Efetiva Erros de comunicação podem causar danos ao paciente. Para reduzir a ocorrência de erros e, consequentemente, melhorar a segurança do paciente, a comunicação deve ser efetiva, precisa, completa e sem ambiguidade. Imagem esquemática do processo de comunicação efetivo. Os tipos de comunicação mais propensos a erros são: • Prescrições verbais realizadas em caso de emergência – Ordem Verbal; • Prescrições realizadas por telefone, quando permitidas por leis ou protocolos institucionais – Ordem Telefônica; • Comunicação de resultados críticos de exames laboratoriais e de imagem; • Falhas de comunicação nos processos; • Falha de comunicação no setor de trabalho; • Falta de comunicação entre diferentes setores. 10 Ao realizar uma ordem verbal ou telefônica, comunicar resultados críticos de exames laboratoriais e de imagem ou realizar comunicação para os processos internos ou entre setores, devemos nos certificar que a informação foi compreendida e registrada de forma correta por quem a recebeu. O Profissional que recebe a ordem verbal e/ou telefônica e/ou resultado crítico de exame deve escrever em prontuário e ler de volta todas as informações recebidas (read-back). 2.1 META: Comunicação de Resultado Crítico Resultados críticos são valores/achados de exames laboratoriais e/ou imagem que demandam conduta médica imediata, pois o risco ao paciente é iminente. Sendo assim, a comunicação desses valores/achados deve ser feita ao médico do paciente, o mais rápido possível para tomada de conduta. Nas unidades que utilizam o Cerner, foi criada uma ferramenta eletrônica, a fim de garantir e padronizar o registro em prontuário a ser utilizada pelo receptor. Essa ferramenta traz os resultados críticos de exames laboratoriais das últimas 6 horas registrados pelo laboratório no prontuário do paciente. Para testes laboratoriais remotos como glicemia capilar e tempo de protrombina, o fluxo de comunicação de resultados críticos também deve ser seguido. Na Comunicação de Resultados Críticos de Exames de Imagem, o médico radiologista deverá informar o resultado do exame ao médico solicitante em situações de risco de descompensação iminente, independentemente da elaboração do relatório. A comunicação dos resultados críticos poderá ser realizada através do Sistema de Notificação de “Achados Críticos” ou por contato telefônico. 11 2.2 Meta: Passagem de Plantão Durante a passagem de plantão é imprescindível à troca de informações entre turnos e áreas de forma clara, objetiva e eficaz. O processo deve ser padronizado a fim de, garantir que as informações essenciais sejam transmitidas, com foco na segurança do paciente. Atualmente, recomendamos na instituição a ferramenta I-PASS para passagem de plantão, tanto no processo da transição dos cuidados entre turnos quanto entre áreas com a finalidade de identificar as seguintes informações imprescindíveis: Esta ferramenta pode ser ajustada para qualquer setor! É importante que você faça o exercício para identificar a melhor forma de aplicá- la à sua realidade. 3ª META: Medicamentos de Alta Vigilância Erros de medicação são frequentes nos centros hospitalares de todo o mundo sendo responsáveis por pelo menos uma morte todos os dias. Estima-se que 19% dos pacientes hospitalizados sofram ao menos um erro de medicação. As principais falhas encontradas estão relacionados a dose errada, medicamento errado e horário de administração errado. Os medicamentos de alta vigilância são medicamentos que, quando utilizados de forma errada, apresentam maior risco de causar danos graves ao paciente. A administração deste tipo de medicamento é um processo bastante complexo e envolve vários setores. Antes do medicamento ser disponibilizado às unidades ele percorre um longo caminho. Exemplo dos setores que podem estar relacionados a este processo: comercial, compras, 12 jurídico, farmácia, recursos humanos, logística por isso é importante que estejamos atentos em como garantir que este fluxo seja cumprido corretamente e desta forma consigamos reduzir as chances dos erros antes mesmo que o medicamento seja administrado pela equipe assistencial. Os medicamentos de alta vigilância devem: • Ser identificados de forma diferenciada. • Preferencialmente ser mantidos fora das unidades de cuidado e manipulados pela farmácia. • Morfina; • Anticoagulante; • Insulinas; • Eletrólitos de Alta Concentração. Algumas medidas podem minimizar os erros com medicamentos de alta Vigilância como por exemplo: • Identificação na prescrição médica, rótulos e embalagens com a sigla MAVi (Medicamento de Alta Vigilância); • Execução dos Nove Certos como medida preventiva de erros; • Dupla Checagem (Insulinas e Heparina EV). 13 4ª META: Cirurgia Segura Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançar a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, a segurança cirúrgica tornou-se o foco, com o tema Cirurgias Seguras Salvam Vidas. Assim, foi desenvolvido um checklist, que deve ser aplicado em procedimentos cirúrgicos e/ou invasivos, baseado em três princípios fundamentais: • Simplicidade; • Ampla aplicabilidade; • Possibilidade de mensuração. Erros, como, por exemplo, cirurgias ou procedimentos invasivos em locais ou membros errados, ocorrem por falhas na comunicação e informação. A 2ª meta está diretamente relacionada a esta meta. O Hospital Einstein sempre se preocupou com qualidade e segurança, mas intensificou as ações voltadas à Cirurgia Segura por ocasião do processo de acreditação da Joint Commission International. Desta forma, processos são continuamente revistos e adotados. Novos protocolos e medidas, merecem destaque: • Demarcação de sítio cirúrgico e/ou lateralidade em formato de círculo ou alvo realizado pela equipe médica (preferencialmente cirurgião principal), e preferencialmente com envolvimento do paciente antes do encaminhamento do paciente ao centro cirúrgico; • Assinatura dos consentimentos informados esclarecendo sobre riscos e benefícios dos procedimentos anestésicos e cirúrgicos; 14 • Checklist cirúrgico baseado em diretrizes nacionais e internacionais aplicado em 100% dos pacientes (adultos ou pediátricos) em regime de internação hospitalar ou ambulatorial que realizam procedimento cirúrgico/invasivo com o intuito de prevenir possíveis falhas; • Auditorias periódicas a fim de verificar o nível de adesão ao checklist cirúrgico perfeito. “Somos todos responsáveis por interromper um ato inseguro. Quem ganha com isso são aqueles que estão no centro de tudo o que fazemos: Nossos Pacientes.” Checklist Cirúrgico do Einstein Para garantir a segurança do paciente no checklistcirúrgico existem muitas equipes de diferentes setores que trabalham continuamente com o propósito de que tudo saia como esperado. O checklist atende as recomendações da OMS e da Joint Commission International, objetiva garantir a segurança do paciente em todos os procedimentos cirúrgicos/invasivos, sendo dividido em três etapas: Imagem esquemática das etapas do Checklist Cirúrgico do Einstein. A realização deste importante instrumento de segurança é de responsabilidade de todos os envolvidos na assistência cirúrgica, sendo que na presença de qualquer não conformidade, a equipe de enfermagem tem autonomia para interromper o processo até que ocorra a regularização do mesmo. 5ª META: Reduzir o Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde Atualmente, no mundo e no Brasil, há uma preocupação crescente dos serviços de saúde em promover a melhoria contínua da qualidade da assistência e garantir a segurança dos pacientes. Entre as principais preocupações em relação à segurança do paciente e qualidade dos serviços 15 de saúde, está a redução do risco de incidência das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). A IRAS são as infecções adquiridas durante o processo de cuidado em um hospital ou outra instituição prestadora de assistência à saúde, que não estavam presentes ou em incubação na admissão do paciente. Essas infecções podem se manifestar durante a internação ou após a alta hospitalar. Além disso, incluem as infecções ocupacionais adquiridas pelos profissionais de saúde. Por que a Preocupação com as IRASs? As IRAS constituem um grande problema para a segurança dos pacientes, pois o seu impacto pode resultar em internação prolongada, incapacidade em longo prazo, aumento de resistência microbiana aos antimicrobianos, aumento da mortalidade, além do ônus financeiro adicional para o sistema de saúde, pacientes e familiares. Medidas Gerais - Prevenção e Controle de Infecção Precauções Padrão: São as medidas básicas que devem ser aplicadas em todos os pacientes independentemente do diagnóstico ou estado infeccioso, durante todo o tempo, e em todos os serviços de saúde. Por exemplo: 16 TABELA 1 Medidas padrão para prevenção e controle de infecção Fonte: Tabela produzida pelo autor. Precauções Específicas: Precauções Específicas são as medidas além das precauções padrão baseadas na transmissão de determinados agentes etiológicos considerados de alta transmissibilidade ou alta importância epidemiológica. São as precauções durante o contato, precauções para gotículas e precauções aéreas/aerossóis. Essas precauções substituem a terminologia isolamento anteriormente utilizada e que tem uma conotação negativa para o paciente. Medidas Específicas - Prevenção e Controle de Infecção São as medidas especificamente direcionadas às infecções relacionadas a dispositivos e a procedimentos cirúrgicos. O controle de antimicrobianos tem como objetivo o estabelecimento de ações voltadas ao controle de bactérias multirresistentes nos serviços de saúde e na comunidade. Entre as estratégias de prevenção das IRAS, a higiene das mãos é mundialmente reconhecida como uma medida primária. Por esse motivo, tem sido considerada como um dos pilares na prevenção e controle das infecções nos serviços de saúde. 17 Higiene das Mãos e Prevenção de IRAS O principal veículo de transmissão de microrganismos nos serviços de saúde são as mãos dos profissionais da saúde, que estão em permanente contato com os pacientes e com os materiais e equipamentos por eles utilizados. Por isso, a higiene das mãos é uma das medidas fundamentais para prevenir as IRAS. • Dê preferência à fricção das mãos com produto alcoólico e higienize as mãos com água e sabonete, apenas quando estiverem visivelmente sujas. • Higienize as mãos utilizando a técnica adequada e o tempo necessário – álcool (20 a 30 segundos); sabonete (40 a 60 segundos). Relembre na imagem esquemática a seguir a técnica de higiene de mãos e não se esqueça de aplica-la no seu dia a dia! O conceito "cinco momentos para a higiene das mãos" é baseado em evidências de transmissão de microrganismos pelas mãos, designa os momentos em que a higiene das mãos é necessária para interromper de forma eficaz a transmissão microbiana durante a sequência de atendimento. 18 FIGURA 3 Cinco momentos para higiene das mãos Fonte: Adaptado de Organização Mundial da Saúde, 2009. 6ª META: Reduzir o Risco de Lesões Decorrentes de Quedas A incidência de quedas de pacientes, como de outros eventos adversos, é um indicador de qualidade da assistência prestada ao paciente. Evitar e prevenir quedas são condutas relacionadas às boas práticas. Queda é uma situação na qual o paciente tem um deslocamento não intencional do corpo, podendo chegar ao chão ou a algum nível mais baixo em relação à sua posição inicial, com tempo hábil ou não para correção. É papel de todos zelar para que o número de quedas seja reduzido na Instituição. Como posso contribuir mesmo sem ser um colaborador ligado a assistência? Existem várias medidas que podem ser adotadas e que contribuem para o cumprimento desta meta, por exemplo esteja atento ao ambiente informando quando necessário, alterações como pisos molhados ou soltos e ao utilizar o celular pare e se certifique que o local está seguro. Faça sua parte!!! 19 Lembre-se a segurança é fundamental! A hospitalização pode aumentar o risco de queda considerando a condição clínica do paciente, mudança de rotina, hábitos e ambiente, além dos acessos e outras situações que dificultam ou impedem sua mobilidade e locomoção habitual. Isto tem maior impacto no idoso que pode apresentar outras condições associadas como fragilidade óssea e quadros demenciais. O medo de cair ou a ocorrência de uma queda gera ainda mais insegurança em idosos. Esta condição agrava a tendência à inatividade, assim como o desempenho de suas atividades básicas e instrumentais de vida diária, prejudicando as suas possibilidades de interação e participação em suas tarefas. As causas mais comuns relacionadas à ocorrência de quedas são: 20 No momento da admissão do paciente ambulatorial ou internado, é implementado um processo de avaliação de risco de queda com ferramentas e escalas a fim de caracterizar a magnitude do risco e elaborar um plano de cuidados para diminuir o risco de dano ao paciente resultante de quedas. Além disso, o processo de educação do paciente, familiar e/ou cuidador é essencial, os quais devem ser orientados quanto ao risco de queda, medidas preventivas que incluem as orientações de mobilidade e transferência assistida pela equipe. Enquanto o paciente permanecer internado ou estiver em procedimento ambulatorial é fundamental verificar a eficácia do processo de educação, ou seja, se a orientação foi compreendida e está sendo rigorosamente adotada. Assim como, é importante reorientar sempre que necessário e/ou a condição clínica do paciente sofrer alteração. Caso o paciente apresente uma queda, o enfermeiro e/ou médico deverá realizar a avaliação do dano. E sempre que o paciente incluir em seu tratamento um recurso para locomoção, certificar-se do correto uso e orientações de suporte para que os riscos arquitetônicos sejam mitigados. 21 Concluindo Nesta seção você conferiu como foi estabelecido pela OMS as 6 metas internacionais, quais são seus critérios e medidas que todo profissional deve ter na assistência em saúde. Considerações Finais As iniciativas da OMS para evitar danos à saúde podem ser representadas também pela Aliança Mundial para Segurança do Paciente em que busca-se evitar danos ao paciente e reduzir consequências de uma prática insegura. Neste cenário, a JCI designada pela Organização Mundial daSaúde tornou-se o órgão para garantir a segurança do paciente e a prática segura. Com isso, temos o estabelecimento das 6 metas internacionais que consistem em ações específicas em situações consideradas de maior risco. Portanto, as “Metas Internacionais de Segurança” são responsabilidades de todos os colaboradores e são essenciais para a segurança do paciente e para a prática dos profissionais na prestação de uma assistência de excelência. Referências 1. Joint Commission International. Padrões de Acreditação da Joint Commission International para Hospitais. 2017. 2. Programa Nacional de Segurança do Paciente. [homepage da internet]. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/acoes-e- programas/programa-nacional-de-seguranca-do-paciente-pnsp. Acesso em: 15.jan.2018. 3. Consórcio Brasileiro de Acreditação. [homepage da internet]. Disponível em: http://www.cbacred.org.br/. Acesso em: 27.dez. 2017. 4. Organização Mundial da Saúde. Adaptação dos 5 momentos para higienização das mãos. [homepage da internet]. Disponível em: https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publi cacoes/item/os-5-momentos-para-higienizacao-das-maos. Acesso em 15.jan.2018. 5. What are the main risk factors for falls among older people and what are the mosteffective interventions to prevent these falls? Copenhagen, WHO Regional Office for Europe (Health Evidence Network report; http://www.euro.who.int/document/E82552.pdf. 2004). http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-do-paciente-pnsp http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/programa-nacional-de-seguranca-do-paciente-pnsp http://www.cbacred.org.br/ https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/os-5-momentos-para-higienizacao-das-maos https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/os-5-momentos-para-higienizacao-das-maos http://www.euro.who.int/document/E82552.pdf 22 6. Santos, M.G. S. Protocolos de Enfermagem – Identificação de risco e prevenção de quedas. Disponível em: www.hemorio.rj.gov.br/.../Protocolo_enfermagem_prevencao_queda. 2012. 7. Correa, A.D. et al. Implantação de um protocolo para gerenciamento de quedas em hospital: resultados de quatro anos de seguimento. Disponível em: www.scielo.br/scielo.phppid=S0080‐ 62342012000100009...sc. 2012. 8. CDC’s STEADI tools and resources can help you screen, assess, and intervene to reduce your patient’s fall risk. For more information, visit www.cdc.gov/steadi
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