UNISUL AD1 TEORIA DO DIREITO

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Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul
Campus Virtual
	
	Atividade de Avaliação a Distância
Disciplina: Teoria do Direito 
Curso: Ciências Aeronáuticas 
Professor: Orlando Flávio Silva
Nome do aluno: Rodrigo Harmuch Roloff
Data: 15/04/2020
Orientações:
1. Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
1. Entregue a atividade no prazo estipulado.
1. Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
1. Encaminhe a atividade via Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA).
Observação preliminar: todos os textos devem ter, no mínimo 10 linhas e no máximo 15 linhas.
Questão 1:
De acordo com o material didático, o direito não pode ser considerado apenas o conjunto de leis escritas que rege a vida em sociedade. Na página 10 pode-se ler a seguinte definição: “A esse regramento, emanado de um ente com autoridade coativa a partir da modernidade – o estado, denomina-se direito”. Desta forma, é necessária a participação do estado tanto para criar as regras quanto para impô-las. Mas o costume, segundo Maria Helena Diniz (pg. 13), pode ser considerado uma forma não estatal de fonte de direito. De acordo com o exposto e acerca do costume, elaborar um pequeno texto indicando por que é fonte e por que não é oriundo do estado.
Critérios de avaliação desta questão:
a) Deve-se definir o que é costume;
b) Deve-se indicar sua importância social;
c) Deve-se mostrar de onde vem (por que não é oriundo do estado).
Costume é um conjunto de práticas de um determinado grupo, no âmbito do direito se vê como as práticas comuns e aceitas pela sociedade em geral. O costume apareceu antes da lei, pois são “regras não escritas” e com o tempo algumas dessas regras não escritas viraram leis.
No direito existem situações extraordinárias na qual um juiz se depara com uma situação em que a lei não se encaixa, nesses momentos ele tem o amparo legal para usar de “costumes” para dar seu veredito. É importante ressaltar que costume não é mesma coisa de jurisprudência, pois o costume procura amparo nas regras não escritas da sociedade e jurisprudência procura intepretações na própria lei. 
(2,5 pontos)
Questão 2
O Direito nasce e viceja com a sociedade (Ubi societas, ib jus). Utilizando o material didático como referência, deve-se elaborar uma sequência histórica de códigos e legislações mundiais até os tempos do império romano no ocidente.
Critérios de avaliação desta questão:
a) A sequência deve seguir o material didático;
b) Cada código deve conter detalhes acerca do mesmo;
c) Cada código deve conter um exemplo de norma.
 (2,5 pontos).
Código de Hamurabi: Leis do antigo reino da Suméria. O direito Penal era rigoroso, era empregada a pena de Talião (olho por olho, dente por dente).
Legislação Mosaica: Concepção de origem divina, Moises teria recebido as leis de Deus. O cristianismo é oriundo da civilização e religião hebraica. Estabelece normas de direito público, privado, de família, do trabalho, penal e processual.
Código de Manu: Importante ferramenta de perpetuação das castas na Índia antiga. Suas regras são escritas em versos. A máxima do código era: “Aquele que faz o bem terá o bem eterno”. Indicam normas de conduta para mulheres, que devem estar submetidas aos maridos, filhos, parentes. 
Código de Sólon: Responsável pelas estruturas sociais, política e econômicas em Atenas. Estabeleceu o testamento e adoção. Acabou com a servidão por dívidas. Era considerado um código muito moderado comparado aos outros vigentes. 
Lei das XII tábuas: Busca por igualdade dos Plebeus em Roma. O texto teria sido gravado em 12 tabuas, criações de normas de evolução do direito público e privado, comparado o conhecido em Atenas pelas leis de Drácon e Sólon. 
Direito Hebraico: Se embasa nos 10 preceitos ditado a Moisés por Deus e no Antigo Testamento, para eles a lei era a vontade de Deus.
Direito Grego: Propositalmente não era escrito pois “Quando as leis são escritas, o pobre e o rico têm justiça igual”.
Direito romano: Constitui o sistema jurídico mais completo de seu tempo, tendo pendurado por mais de mil anos.
Questão 3:
O Direito, no Brasil, teve uma história normativa sui generis. Quando os europeus chegaram a terra era regida por costumes indígenas muito curiosos, principalmente no grupo dos Tupi-Guarani. Os europeus trouxeram suas leis, mas o contato com os costumes criou um direito diferente, resultado da soma dos costumes com as normas europeias. Naturalmente a parte mais forte impôs seu ponto de vista, as leis estrangeiras predominaram e hoje temos pouco dos costumes dos tempos do descobrimento. Com base no exposto, deve-se fazer uma pesquisa e determinar quais os costumes indígenas sobreviveram às normas europeias. 
Critérios de avaliação desta questão:
a) Deve-se indicar alguns costumes indígenas antigos; no mínimo três;
b) Deve-se indicar qual o nome do primeiro conjunto de normas que chegou com os portugueses;
c) Deve-se indicar ao menos um costume que sobrevive até os dias atuais.
Observação: deve-se também indicar as fontes de pesquisa.
(Sugestão de pesquisa: primeiro capítulo da obra CALDEIRA, Jorge. História da Riqueza no Brasil. 1ª ed. Editora Estação Brasil. Rio de Janeiro, 2017).
 (2,5 pontos)
Dos costumes indígenas antigos que causavam mais estranhamento pode ser citado: poligamia, casamento consanguíneo, criação de animais selvagens.
Os índios na colonização do Brasil foram submetidos a ordenações do reino de Portugal, que foram essas: Afonsinas(1466), Manuelinas(1521) e Filipinas(1603).
 A poligamia pode ser citada como exemplo de costume que segue até os dias de hoje, porem a poligamia não é permitida por lei, existe a excepcionalidade quando ocorre com indígenas pois os costumes indígenas prevalecem sobre o Direito de Família. 
Revista do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, v. 19 n. 1 jan. 2007, p. 29.
FREIRE, José Ribamar Bessa. Cinco ideias equivocadas sobre os índios. In: Educação, cultura e relações interétnicas/Ahyas Siss, Aloisio Jorge de Jesus Monteiro.
Questão 4: 
Analise o seguinte texto:
“Preliminarmente, é preciso saber que não há propriamente hierarquia entre as normas, o que não quer dizer que podemos obedecer a tais e tais leis e não obedecer a outras, por serem menos importantes. Na verdade, as diferenças entre as normas são principalmente de duas naturezas:
1. no que tange aos assuntos por elas tratados;
2. no conjunto de atos de sua produção, chamado de processo legislativo.
E, ainda, há normas que disciplinam a própria construção de outras normas as quais impedem, em princípio, que dois dispositivos normativos incidam, com efeitos diferentes, em uma mesma situação.
Com isso, podemos dizer que muito dificilmente haverá conflito entre leis, visto que o processo legislativo brasileiro estabelece diferentes funções e aplicações para as leis. É difícil acontecer, mas acontece. Ainda assim, essa é uma situação atípica, em que um fato jurídico sofre aplicabilidade de mais de uma lei com diferentes desideratos, sendo o conflito solucionado de acordo com o caso concreto pelo Poder Judiciário”. (SILVA, Orlando. Direito Aeronáutico. 3ª ed. Editora Atual. Palhoça, 2018. Pg. 159).
A partir do texto, indique a “hierarquia” entre normas do ordenamento jurídico brasileiro.
Critérios de avaliação desta questão:
a) Deve- construir uma estrutura com os tipos de normas hierarquicamente dispostas;
b) Deve-se indicar o tipo de processo legislativo para criação de cada norma;
c) Deve-se indicar um exemplo para cada norma.
Observação: os regulamentos devem fazer parte do edifício legislativo, bem como deve ser indicada a autoridade com poderes para produzir regulamentos; para o caso em tela, sugere-se exemplificar com regulamentos aeronáuticos (RBHA ou RBAC, facilmente encontrados no site da ANAC).
 (2,5 pontos)
No Brasil pode-se exemplificar a estrutura como a pirâmide de Kelsen na ordem: Constituição federal, leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias e resoluções. No caso da aviação o Código Brasileiro de Aeronáutica tem o mesmo valor nessa pirâmide do que a constituição.A norma prescreve algo que deve ser feito sob a pena de sanções. As normas no Brasil passam pelo processo de proposição, discussão, votação, sanção ou veto, promulgação e publicação.