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TCC engenharia civil

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FACULDADE DE CIÊNCIAS GERENCIAIS DE MANHUAÇU
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O CUSTO DIRETO ORÇADO E O DIRETO REALIZADO DO LOTEAMENTO MORADA DO CAMPO EM MANHUAÇU/MG
1
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O CUSTO DIRETO ORÇADO E O DIRETO REALIZADO DO LOTEAMENTO MORADA DO CAMPO EM MANHUAÇU/MG
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no curso de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu, como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. 	
Área de concentração: Orçamentação
Orientador: Leandro José de Lima
Banca examinadora
Data de aprovação: ___/___/___
Professor Esp. Leandro José de Lima; FACIG
Professor Esp. Carlos Henrique de Carvalho Júnior; FACIG
Professora MSc. Tauana de Oliveira Batista: FACIG
MANHUAÇU/MG
2018
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	DESENVOLVIMENTO	5
2.1	A importância do planejamento.	5
2.2	Etapas de um planejamento	6
2.3	Orçamento na construção civil.	8
2.4	Fases de um orçamento	8
2.5	Custos diretos	9
3	METODOLOGIA	10
3.1	Período da pesquisa	10
3.2	A empresa	10
3.3	Caracterização do loteamento do estudo de caso	10
3.4	Documentação técnica.	12
3.5	Processo de determinação do custo direto realizado	12
3.6	Apresentação e análise dos resultados.	12
4	RESULTADOS	13
5	CONCLUSÃO	17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	17
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O CUSTO DIRETO ORÇADO E O CUSTO DIRETO REALIZADO DO LOTEAMENTO MORADA DO CAMPO EM MANHUAÇU/MG
Luiz Gonzaga Da Silva Júnior
Orientador: Leandro José de Lima
Curso: Engenharia Civil 	Período: 10° Área de Pesquisa: Orçamentação
Resumo: O estudo propõe buscar a importância de um bom planejamento e de um orçamento eficaz para a realização de obras de grande porte. Além disso, foi realizado um comparativo entre o custo direto orçado e o custo direto realizado para o loteamento Morada do Campo, situado na cidade de Manhuaçu/MG, identificando a diferença entre os dois custos. Para a obtenção do custo direto orçado, foi utilizado relatório fornecido pela empresa obtido através do setor de engenharia e planejamento, que disponibilizou o relatório dividido por etapas com o orçamento realizado antes do início das obras. Com o auxílio da empresa responsável pela implantação do loteamento, foram analisados documentos como: projetos, recibos, notas fiscais, notas de entrega, entre outros materiais fornecidos, para a obtenção do custo direto realizado. Através do estudo, se constatou uma diferença de 11,21% maior do que foi orçado em relação ao realizado, se identificando assim um resultado satisfatório para a empresa, onde conseguiu se servir bem das ferramentas de planejamento e orçamentação.
Palavras-chave: Estudo; Planejamento; Orçamento; Custos; Loteamento.
4
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista as intempéries do atual mercado, realizar uma estimativa de custos, seja qual for a área, se tornou indispensável para o sucesso das grandes empresas. Na construção civil não é diferente, principalmente pelo elevado custo de seus insumos. Segundo Mattos (2006), um dos fatores mais importantes para um resultado satisfatório e o sucesso do construtor é uma orçamentação eficiente. Quando o orçamento não é bem feito, fatalmente ocorrem imperfeições e possíveis frustrações de custo e prazo. 
Isto posto, para que haja um resguardo, é necessário que seja realizado um orçamento de qualidade, focando buscar maior lucratividade e eficiência. Conforme o que diz Mattos (2006, p.23) “quanto maior o conhecimento prático de quem orça, maior a probabilidade de o orçamento estar apurado e menor a chance de que frustrações futuras ocorram na obra”. Em vista disso, uma empresa que consegue extrair o que possui de melhor dos profissionais envolvidos na área orçamentária, conseguirá prever, com mais precisão, despesas e receitas futuras, controlar desvios e alcançar um resultado satisfatório na conclusão do projeto.
Assim sendo, diante de tal relevância do tema, o presente estudo, tem como problema de pesquisa, evidenciar a importância de um bom planejamento e de um orçamento eficaz para um empreendimento desse porte. Ao se identificar a diferença entre o custo direto orçado e o custo direto realizado do loteamento Morada do Campo, implantado na cidade de Manhuaçu/MG, se buscará compreender algumas variações desses dois custos.
Diante de tal problema, a pesquisa tem como objetivo demonstrar um comparativo entre o custo previamente orçado e o custo realizado, já com o término das obras do loteamento. O intuito desse comparativo é identificar os custos diretos que apresentam as diferenças mais relevantes e propor soluções que possam vir a auxiliar na elaboração de um planejamento orçamentário mais preciso, que busque reduzir essas distorções. 
Para que seja possível a elaboração da pesquisa, todas as informações necessárias, tais quais: projetos, recibos, notas fiscais, notas de entrega, dentre outros documentos, serão fornecidos pela empresa responsável pela implantação do loteamento e pelos profissionais responsáveis pela área orçamentária da mesma. 
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A importância do planejamento.
	A previsão de situações não favoráveis proporciona ao gerente da obra a chance de tomar providências a tempo, prevenindo e corrigindo, com o intuito de minimizar os impactos no custo. Como cita Mattos (2010, p.22), “a prática de parar para pensar no trabalho somente poucos dias antes de começá-lo é totalmente equivocada pois não permite tempo hábil para mudança de planos”.
	Infelizmente, pode-se ratificar que no mundo da construção civil quase não se vê um planejamento adequado das obras. Nota-se com maior frequência em obras de pequeno e médio porte, que muitas vezes são geridas por empresas pequenas, autônomos, ou até pelos próprios donos. Baseado nisso, é interessante citar o que Mattos novamente diz:
“A deficiência dos construtores se manifesta em graus variados. Há empresas que planejam, mas o fazem mal; outras que planejam bem, mas não controlam; e aquelas que funcionam na base da total improvisação. Enquanto algumas construtoras se esforçam por gerar cronogramas detalhados e aplicar programações semanais de serviço, outras creem que a experiência de seus profissionais é o bastante para garantir o cumprimento do prazo e do orçamento”.(MATTOS, 2010, p.25).
Para Reichmann et al. (1998), o planejamento e controle da construção são um processo gerencial estreitamente relacionado à meta de melhorar a eficácia e eficiência da produção. Apesar de sua importância, há um crescente consenso sobre o mau desempenho desse processo em empresas de construção, devido ao pouco incentivo e/ou a pouca aplicação. 	
A revista Construção Mercado (2008) também aborda a respeito da importância do planejamento, dizendo que em tempos de acirramento da concorrência, prazos pequenos e encarecimento da mão-de-obra, o planejamento ganha ainda mais importância para garantir obras produtivas, com qualidade e entregues no prazo”.
	Para Goldman (2004) O planejamento se constitui hoje em um dos principais fatores para o sucesso de qualquer empreendimento. No que se refere à construção predial, se faz necessário um sistema que possa canalizar informações e conhecimentos dos mais diversos setores e, posteriormente, direcioná-los de forma que todas essas informações e conhecimentos sejam utilizados para a construção.
Segundo Cimino (1987), o planejamento é fundamental no campo da construção civil, e pode ser simples ou necessitar de pessoas especializadas, pois à medida que o planejamento passa a ocupar um lugar de destaque no cenário da construção se tornam indispensáveis à formação de profissionais. O planejamento visa à organização do trabalho, procurando sempre a utilização racional e econômica da mão-de-obra associada aos equipamentos e materiais de construção, assegurando o bom desempenho na execução das atividades.
Conforme Vargas (1998) o planejamento e controle de obra necessitam mais do que uma interpretação do seu instrumento de programação. É necessária habilidadede organização para a coleta dos dados, para a identificação e resolução de problemas durante a execução. Muitos outros fatores geralmente são identificados apenas depois do início da obra.
Mediante um bom planejamento, é possível alcançar uma real visão da obra, obtendo uma base para tomar decisões apropriadas ao longo da execução do projeto. Assim sendo, torna-se indispensável que os profissionais responsáveis por cada fase do planejamento dominem bem as particularidades do setor e saibam gerenciar as tarefas e as pendências inteligentemente.
2.2 Etapas de um planejamento
	Quem planeja, antes de tudo, deve esclarecer que planejamento não é prever com precisão. Os principais papéis do planejamento é orientar, estudar, definir os métodos construtivos, dimensionar os recursos e tentar detectar possíveis dificuldades que podem surgir durante a obra. 
	Segundo a revista Engwhere (2002), o roteiro básico de um planejamento é composto pelas etapas de estabelecimento de prazos e metas, coleta da documentação e informações, reunião com os envolvidos, levantamento dos quantitativos dos serviços, elaboração do cronograma físico, elaboração do cronograma financeiro, elaboração do cronograma de recurso, cotações dos serviços, levantamento dos custos, elaboração do cronograma de receitas x despesas, estabelecimento das diretrizes para o acompanhamento e controle, descrição dos textos e montagem da pasta.
É indispensável a implantação tanto do cronograma planejado, quanto o do não planejado na construção civil. Para Noyce e Hanna (1997 apud DALL’OGLIO, 1999, p.14), o cronograma planejado é aquele feito antes da fase de construção do projeto, o cronograma não planejado, é aquele em que acontece o replanejamento durante ou após o inicio da obra. No cronograma a seguir são expostos trinta e quatro conceitos e métodos determinados para aplicar em cronogramas planejados e não planejados. 
Dentre os trinta e quatro conceitos, vinte e seis deles são aplicados a cronogramas não planejados. O restante que é aplicado aos cronogramas planejados, são determinados se analisando o processo como um todo, antes da execução do projeto (Figura 1).
Figura 1 - Conceitos e Métodos de Cronograma Comprimido Planejado e Não Planejado
Fonte: Noyce e Hanna (1997, apud DALL’OGLIO, 1999, p.15).
O resultado de todo o trabalho deverá ser o mais conciso e simples possível. Aqueles que contém excesso de detalhes, inúteis à produção, são os que possuem mais falhas e que maiores possibilidades têm de não serem acompanhados e se converterem em fiascos e duras críticas. A linguagem deverá ser a mais natural, para que seja entendida pelos envolvidos. Em outras palavras: o planejamento deve ser simples o bastante para que o responsável de execução possa entender, e sintético o suficiente para o diretor ter tempo para isso.
2.3 Orçamento na construção civil.
Segundo os engenheiros Oscar Ciro Lopes, Liziane Ilha Librelotto e Antonio Victorino Avila, “Orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou equipamentos necessários à realização de uma obra ou serviço bem como os respectivos custos e o tempo de duração do mesmo”. (LOPES, LIBRELOTTO E AVILA, 2003, p.2).
Na construção civil, o orçamento é substancial para o sucesso das empresas. Um orçamento bem feito proporciona que despesas e receitas futuras sejam previstas, possibilitando uma projeção precisa do levantamento dos custos na conclusão da obra. 
Segundo Azevedo (2011), “O processo de orçar um empreendimento torna-se fator crítico para empresas construtoras antes que a edificação seja projetada em detalhes e que os contratos de venda e de fornecimento sejam firmados”. (AZEVEDO, ENSSLIN, LACERDA, FRANÇA, GONZALEZ, JUNGLES E ENSSILIN, 2011, p.86).
Conforme Maçahiko (2006), o sucesso ou o fracasso de uma obra, varia de acordo da forma como se estabelece a cobrança pelos serviços prestados. Atualmente, se não se obtiver um conhecimento adequado para calcular um orçamento, pode-se estar passando informações de preços que não condizem com a realidade da construção. Ele ainda diz que no caso de uma administração pública, orçamentos mal feitos corre risco de consequências indesejáveis, como paralisações de obras, além da qualidade baixa dos serviços. (MAÇAHIKO, 2006).
Segundo Mattos (2006), por ser a base da fixação do preço do projeto, a orçamentação toma-se uma das principais áreas no negócio da construção. Um dos requisitos básicos para um bom orçamentista é o conhecimento detalhado do serviço. A interpretação aprofundada dos desenhos, planos e especificações da obra lhe permite estabelecer a melhor maneira de atacar a obra e realizar cada tarefa, assim como identificar a dificuldade de cada serviço e consequentemente seus custos de execução. (MATTOS, 2006).
Para Coêlho (2011) o orçamento é um instrumento disciplinador do planejamento. Para obras da construção civil, o que se entende por orçamento é o levantamento da quantidade de serviços, seus respectivos custos unitários e o custo global do investimento. A orçamentação é, com certeza, uma das etapas mais importantes na área do planejamento e controle de custos de um empreendimento, visto que, sem uma boa definição dessa etapa, nada adiantará ser feito visando a obtenção de um resultado positivo. (COELHO, 2011).
2.4 Fases de um orçamento
Segundo Coelho (2011), um orçamento possui duas fases: fase preliminar e fase detalhada. A primeira é referente aos estudos preliminares, cujo o orçamento servirá de base para o estudo de viabilidade econômica. Obviamente, que até o momento não se dispõe do projeto de engenharia completo, apenas de um anteprojeto com especificações iniciais e alguns materiais listados. Sendo assim, nesses casos, a orçamentação pode de um modo geral ser feita por estimativas, objetivando somente consultas rápidas.
Na segunda fase, o orçamento é bem detalhado, fundamentado em custos que absorvem todas as previsões de despesas do investimento. Cada obra possui suas próprias características e, por isso, deve ser orçada segundo projetos executivos, memoriais descritivos e especificações técnicas. (COELHO, 2011).
Vale lembrar que, segundo Gonzalez (2007), o orçamento detalhado é mais preciso e formado por uma relação extensiva dos serviços ou atividades a serem executados na obra. Os custos unitários de cada serviço são alcançados por composições de custos, relacionando as quantidades e custos dos materiais, equipamentos e mão-de-obra. Os quantitativos de serviços a serem executados são determinados pelos projetos. (GONZALEZ, 2007).
2.5 Custos diretos	 
Segundo Maçahiko (2006) Custos diretos são todos os custos envolvidos de forma direta na produção da obra, que são os insumos constituídos por materiais, mão-de-obra e equipamentos auxiliares, mais toda a infra-estrutura de apoio necessária para a sua execução no ambiente da obra. Fazem parte destes custos diretos:
· Quantitativos de todos os serviços e respectivos custos obtidos através da composição de custos unitários;
· Custo de preparação do canteiro de obras, sua mobilização e desmobilização;
· Custos da administração local com previsão de gastos com o pessoal técnico (encarregado, mestre, engenheiro, etc), administrativo (encarregado do escritório, de higiene e segurança, apontador, escriturário, motorista, vigia, porteiro, etc.) e de apoio (almoxarife, mecânico de manutenção, enfermeiro, etc). (MAÇAHIKO, 2006)
Para Coelho (2011), os custos diretos são formados pela mão-de-obra, matéria-prima e equipamentos efetivamente utilizados no canteiro para execução dos serviços. No que se diz respeito à mão-de-obra, se trata daquela efetivamente envolvida na execução de alguma tarefa, ou seja, somente executada. 
No que se refere à materiais, apenas aqueles que são empregados ou parcialmente utilizados como, por exemplo, madeiras em condições de reaproveitamento.
Em relação aos equipamentos, são considerados somente aqueles essencialmente indispensáveis à execução de um determinado serviço, pois os de uso genérico já será objeto dos custos indiretos. (COELHO,2011)
3 METODOLOGIA
3.1 Período da pesquisa	
	A pesquisa bibliográfica e os dados apurados no presente estudo foram obtidos entre Junho/18 e Setembro/18.
3.2 A empresa
A Alfa Imóveis Construções LTDA está presente no mercado desde 2005. Os principais serviços prestados pela empresa são:
· Construção de imóveis residenciais ou comerciais para venda ou locação;
· Incorporação;
· Serviços de terraplanagem, como aterro, desaterro, compactação e movimento de terra.
· Serviços de asfalto quente.
3.3 Caracterização do loteamento do estudo de caso
	Para o presente estudo, o empreendimento analisado foi o Loteamento Morada do Campo, situado na cidade de Manhuaçu/MG. A área conta com um total de 330 lotes que possuem, em média, 277,27m².
A Figura 2 mostra foto parcial do empreendimento em questão.
FIGURA 2 - Fotos parcial do loteamento.
 Fonte: Do Autor (2018).
Na Tabela 1 estão as principais características do Loteamento Morada do Campo.
TABELA 1 - Características do loteamento
	 Descrição Área (m²) (%)
	
Lotes
	
91501,19
	
63,16
	
	
Área verde e praças
	
14789,22
	
10,21
	
	
Sistema viário
	
31324,66
	
21,62
	
Área prefeitura/saae
	
7265,45
	
5,01
	
Fonte: Do autor (2018).
A Tabela 2 descreve as etapas de execução do Loteamento Morada do Campo.
Tabela 2 - Etapas.
	Item
	 Etapas
	 1
	 Topografia
	
	
	
	
	 2
	 Terraplanagem
	
	
	
	
	 3
	 Pavimentação
	
	
	
	 4
	 Drenagem pluvias
	
	
	
	
	 5
	 Rede de abastecimento de água
	 
	
	
	
	 6
	 Rede elétrica
	
	
	
	
	 7
	 Diversos
	
	
	
	
Fonte: Do autor (2018)
A localização do loteamento em questão encontra-se nas figuras 3 e 4.
FIGURA 3 – Localização do loteamento.
Fonte: Wikipedia (2018).
FIGURA 4 – Localização do loteamento.
 Fonte: Google Maps (2017).
3.4 Documentação técnica.
Para auxílio da realização do estudo, foi necessário a análise de documentos técnicos do loteamento, tais como:
· Projeto geométrico;
· Projeto de pavimentação;
· Projeto de dimensionamento de drenagem pluvial;
· Projeto de rede elétrica;
· Projeto de abastecimento de água;
· Memorial descritivo;
· Relatório de custos;
· Notas fiscais;
· Recibos;
· Notas de entrega de materiais;
3.5 Processo de determinação do custo direto realizado
	O custo direto realizado foi obtido por meio do relatório de custo do empreendimento, fornecido pela empresa responsável. Além disso, recibos, notas fiscais e notas de entrega de mercadorias também foram disponibilizados. Cada dado colhido e calculado foram lançados em planilhas do Microsoft Excel, sendo dispostos em tabelas.
Os resultados alcançados foram expressos em reais (R$).
3.6 Apresentação e análise dos resultados.
	Os valores dos custos diretos orçados e realizados, através da metodologia definida, foram descritos em formas de gráficos e tabelas, tendo como objetivo uma comparação entre o orçado e o realizado.
4 RESULTADOS
	As tabelas 3 e 4 apresentam os custos diretos para a realização do Loteamento Morada do Campo. Nela observa-se os valores do custo direto realizado e os valores do custo direto orçado. Os resultados foram divididos pelo total de área de lote, o total por lote e o total geral.
Tabela 3 – Custos Diretos Realizados
	ETAPAS
	Custos Diretos Realizados
	
	R$/m²
	R$/lote (R$)
	Total (R$)
	
	Área
	
	
	
	lotes (R$)
	
	
	Topografia
	0,19
	52,49
	17.321,67
	Terraplanagem
	7,71
	2.136,95
	705.194,50
	Pavimentação
	8,60
	2.383,74
	786.634,91
	Drenagem pluvial
	2,23
	619,12
	204.308,20
	Rede de água
	2,94
	815,93
	269.258,20
	
	
	
	
	Rede elétrica
	3,84
	1.065,84
	351.726,54
	Diversos
	0,21
	58,15
	19.191,00
	Total
	25,72
	7.132,23
	2.353.635,02
Tabela 4 – Custo Direto Orçado
	ETAPAS
	Custo Direto Orçado
	
	R$/m²
	R$/lotes (R$)
	Total (R$)
	
	area
	
	
	
	Lotes(R$)
	
	
	Topografia
	0,22
	60,41
	19.935,30
	Terraplanagem
	7,24
	2.006,70
	662.211,00
	Pavimentação
	10,69
	2.963,12
	977.829,60
	Drenagem pluvial
	3,51
	973,10
	321.123,00
	Rede de abastecimento/
	3,29
	912,36
	301.078,80
	Esgoto
	
	
	
	Rede elétrica
	3,43
	951,12
	313.869,60
	Diversos
	0,23
	64,70
	21.351,00
	Total
	28,61
	7.931,51
	2.617.398,30
As tabelas resumem as etapas e custos relacionados ao loteamento em questão. A divisão entre o custo direto orçado e o custo direto realizado permite uma concepção mais clara dos valores finais obtidos, permitindo a observação de seus percentuais singulares e o percentual relativo aos dois casos estudados.
Observando a tabela percebe-se que os valores informam o custo por metro quadrado de lote, seguindo o valor total por lote. Analisando o custo direto orçado pode-se notar que na etapa de topografia esses custos são respectivamente de R$ 0,22 e R$ 60,41, totalizando R$ 19.935,30 em todo o loteamento. Na etapa de terraplanagem obteve-se, por metro quadrado, o valor de R$ 7,24, resultando R$ 2.006,70 por lote e totalizando R$ 662.211,00 em todo o loteamento. Na área de pavimentação, os valores respectivos por metro quadrado e por lote foram de R$ 10,69 e R$ 2.963,12, totalizando um valor de R$ 977.829,60 em toda área. Em drenagem pluvial foram gastos R$ 3,51 e R$ 973,10 por metro quadrado e por lote, respectivamente. Tendo como valor final R$ 321.123,00. Na rede de abastecimento os valores foram de, respectivamente, R$ 3,29 e R$ 912,36 por metro quadrado e lote. Na rede elétrica por metro quadrado de lote foram gastos R$ 3,43 e por lote obteve-se um valor de R$ 951,12, totalizando R$ 313.869,60. Em outras etapas que não foram citadas anteriormente e que se enquadram em obras diversas, os valores por metro quadrado foram de R$ 0,23 e por lote R$ 64,70, resumindo num valor de R$ 21.351,00 em todo o território loteado. 
Para os custos diretos realizados, os valores em metros quadrado e por lote foram respectivamente os seguintes para cada uma das etapas: Em topografia: R$ 0,19 e R$ 52,49, totalizando R$ 17.321,67. Para Terraplanagem os valores obtidos foram de R$ 7,71 e R$ 2.136,95, com um total de R$ 705.194,50. Para pavimentações: R$ 8,60 e 2.383,74, totalizando 786.634,91. Para drenagem pluvial os seguintes valores foram encontrados: 2,23 e 619,12, com um total de R$ 204.308,20. Na etapa de rede de abastecimento/ esgoto, obteve-se os valores de R$ 2,94 e R$ 815,93, com um total de R$ 269.258,20, na área de atividades diversas os valores foram de R$ 0,21 e R$ 58,15, com o total de 19.191,00. O total encontrado na realização dos serviços foram de R$ 25,72 e R$ 7.132,23, com o valor final de R$ 2.353.635,02.
Os dados mostram que, na maior parte das etapas realizadas no loteamento, os valores diminuíram em sua realização em comparação com às prévias feitas no orçamento, com pequenas exceções. Para uma melhor visão das diferenças e custos obtidos no final das etapas do orçado e do realizado, os valores médios aproximados, em porcentagem, indicam: na tipografia, uma diminuição de 13%, na terraplanagem, um aumento de 6,5%, na pavimentação, uma diminuição de 19,5%, na drenagem pluvial, uma diminuição de 36,4%, na rede de abastecimento/esgoto, uma diminuição de 10,6%, na rede elétrica, um aumento de 12%, áreas diversas com uma diminuição de 10% e no valor final, uma diminuição de 10% do valor. 
Em suma, em razão do que fora orçado, os custos obtidos na realização dos serviços se diferenciaram, resultando na economia monetária de R$ 263.763,28. 
	Para melhor visualizar as diferenças entre os custos, apresenta-se a figura 5:
FIGURA 5 – Gráfico de linhas comparando os custos diretos orçados dos realizados.
15
Para uma melhor análise, criou-se uma planilha (Tabela 5) que mostra os valores encontrados em cada etapa, com a porcentagem que cada um representa no custo total da obra. Isso foi feito tanto para o realizado, quanto para o orçado.
TABELA 5– RELAÇÃO CUSTO DIRETO ORÇADO E REALIZADOCUSTO DIRETO REALIZADO CUSTO DIRETO ORÇADO 
	ETAPAS
	Total
	  %
	Total
	  %
	Topografia
	 
R$ 17.321,67 
	
0,74%
	 
R$ 19.935,30 
	
0,76%
	Terraplanagem
	 
R$ 705.194,50 
	
29,96%
	 
R$ 662.211,00 
	
25,30%
	Pavimentação
	 
R$ 786.634,91 
	
33,42%
	 
R$ 977.829,60 
	
37,36%
	Drenagem pluvial
	
 R$ 204.308,20 
	
8,68%
	
 R$ 321.123,00 
	
12,27%
	Rede de abastecimento/ Esgoto
	
 R$ 269.258,20 
	11,44%
	 R$ 301.078,80 
	11,50%
	Rede elétrica
	 R$ 351.726,54 
	14,94%
	 R$ 313.869,60 
	11,99%
	Diversos
	 R$ 19.191,00 
	0,82%
	 R$ 21.351,00 
	0,82%
	
Total
	
 R$ 2.353.635,02 
	
100%
	
R$ 2.617.398,30 
	100,00%
	
	
	
Fonte: Do autor 
Como se observa nos valores encontrados nota-se que os custos para a etapa de pavimentação foi o que teve maior participação no total dos custos, sendo 33,42% para o custo direto realizado e 37,36% para o custo direto orçado. É interessante ressaltar a grande diferença entre as etapas de pavimentação para o realizado e o orçado, uma diferença de 19,55%, ou seja, R$ 191.194,69. Com exceção da pavimentação, os outros custos permaneceram bem próximos.
	
5 CONCLUSÃO
A pesquisa conclui que as ferramentas de orçamento e planejamento são essenciais na elaboração de qualquer empreendimento, pois direcionam as ações e possibilita uma melhor projeção de custos, o que é essencial para o sucesso de um projeto. Nesse sentido, a análise do empreendimento, objeto do presente estudo, corrobora com esse entendimento, pois pode-se perceber que o valor de custos previamente orçados ficou bem próximo do valor final realizado, onde o custo orçado excedeu ao executado em apenas 11,21%, sendo que desse excedente, um valor bem significativo se deu pelo fato da empresa, inicialmente, ter previsto em seu orçamento a contratação de serviços de pavimentação e posteriormente, ao fechamento desse orçamento, ter iniciado em seu rol de atividades a fabricação de asfalto, o que automaticamente reduziu os seus custos nessa fase da obra. Para a empresa, foi extremamente satisfatório, pois com o custo realizado consideravelmente abaixo do orçado, se evitou qualquer surpresa que pudesse vir a afetar a andamento da obra.
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