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Esquizofrenia: história e conceitos

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ESQUIZOFRENIA – GUSTAVO 
 
A psicose é um sintoma/ vivência em que a cabeça esvazia e o paciente cria algo que não 
condiz com a realidade (cria uma realidade própria). Ele não está mentindo e está 
verdadeiramente vivenciando aquilo. No entanto, como a realidade verdadeira não existe, dizemos 
que ele está psicótico. Nenhum outro doente faz isso. O neurótico não faz isso. O neurótico é um 
nome que se dava antigamente, hoje chamamos de transtorno de ansiedade. O transtorno de 
personalidade também não faz isso. A única doença que faz isso é a psicose. A esquizofrenia está 
dentro do grupo das psicoses. 
 
A título de curiosidade: 
I) HISTÓRICO 
 Morel (1851/1853) definiu o termo Demência Precoce para uma doença mental que ele 
ressaltava ser autônoma, cursando com decadência mental, alterações da psicomotricidade 
e dos afetos e atos e atitudes insólitas, com início precoce. 
 Hecker (1871) Cria o termo Hebefrenia definindo-a também como uma doença autônoma 
da juventude, que passava por várias fases e culminava com demência. Seriam sintomas 
típicos a estranheza, a frivolidade e a mistificação. 
 Kahlbaum (1874) criou o termo Catatonia para uma afecção cerebral autônoma e cíclica, 
passando pela mania, melancolia e terminando na demência 
 
O primeiro nome que a esquizofrenia teve foi demência precoce porque a esquizofrenia evolui 
com perdas em muitos dos pacientes – perdas afetivas, de vontade, de pensamentos... é como se 
fosse “demenciando” aos poucos. Ter ou não as perdas é proporcional a quão mais tarde for feito 
o diagnóstico e a gravidade. Existem pacientes que tem esquizofrenia há 30 anos e trabalham, por 
exemplo. Outros, logo no primeiro surto já tem grandes perdas. Então, a esquizofrenia varia de 
acordo com o subtipo e com o paciente. Cada paciente faz a sua esquizofrenia, a sua doença. 
 
O termo Hebefrenia veio depois, como se fosse uma doença a parte. Depois vamos ver que não 
é. Mais adiante o Kahlbaum criou o termo Catatonia. Hebefrenia e Catatonia acabaram se tornando 
dois subtipos da esquizofrenia. 
 
 Kraepelin (1893) fez uma revisão dos autores anteriores e constatou uma semelhança entre 
os quadros clínicos, passando a chamá-los de Demência Precoce dando também 
autonomia à doença. Estabelece que o curso é variável para cada doente, mas que leva à 
uma deterioração progressiva para a demência. Descreveu quatro subtipos: simples, 
paranóide, hebefrênica e catatônica. 
 Chaslin e Stransky (1910) vem discordar da demência e falam da doença como uma 
dissociação da vida psíquica 
 
No final do século 18, o Kraepelin pega a demência precoce e junta com os outros quadros que 
estavam sendo descritos determinando que há variações dentro de uma única doença criando os 
4 subtipos – simples, paranoide, hebefrênica e catatônica. 
 
 Bleuler (1911) cita que com o termo demência precoce ou Esquizofrenia, designa um grupo 
de psicoses cujo curso pode às vezes ser crônico, às vezes correr com surtos intermitentes 
e que pode tornar-se arrastado em qualquer estágio, ou mostrar melhora, mas 
provavelmente não permitirá completa remissão ao estado original. Continua frisando que 
prefere o termo Esquizofrenia para enfatizar que o “split”, ou quebra das funções psíquicas 
é uma das mais importantes características da doença. Bleuler introduziu o conceito de 
sintomas primários e secundários e a possibilidade dos sintomas serem criados e 
sustentados em sua forma e conteúdo pelos “complexos” (que são afetos muitos 
carregados), ou seja, que os sintomas tenham origem psíquica 
 
Bleuler cria o termo Esquizofrenia. Esquizo é o “split” que significa quebra das funções psíquicas. 
“Frenia” é algo com alma/ espírito. Então, não pode ter nada mais profundo que você quebrar a 
alma/espírito de uma pessoa. 
 
 
II) NOÇÃO DE PSICOSE 
 
 A psicose é classicamente definida como a perda do contato com a realidade. 
Significa dizer que a avaliação, o julgamento da realidade, feito pelo paciente está 
prejudicado. 
 Jaspers, psicopatologista alemão, vem nos auxiliar na definição de psicose. Ele diz que o 
processo esquizofrênico se caracteriza por uma alteração qualitativa da estrutura vital 
básica da personalidade, com quebra de sua unidade evolutiva e aparecimento de algo 
novo e estranho às suas primitivas condições de existência e desenvolvimento. É algo 
que surge autonomamente, ou que se manifesta em dado instante na curva vital do 
indivíduo, sem causa externa conhecida e sem que para sua irrupção seja necessário o 
concurso de vivências desencadeantes. Uma vez iniciado, progride para a cronicidade e 
deterioração. A noção de processo se contrapõe à de desenvolvimento, e seria uma 
alteração insidiosa, compreensível diante da história natural do indivíduo, sendo decisivas 
as vivências e motivações psicológicas, e que não leva à deterioração. Na noção de reação, 
a alteração surge após uma vivência desencadeante, também quebrando o ciclo vital do 
indivíduo. 
 Uma psicose pode surgir sob a forma de um desenvolvimento, processo ou reação, 
mas a psicose esquizofrênica é caracteristicamente um processo 
 
Então a psicose é isso: perda do contato com a realidade em que a avaliação e o julgamento da 
realidade feito pelo paciente está prejudicado. Isso não quer dizer que todo o comportamento esteja 
prejudicado, depende da gravidade. Com o split, tem a introdução de algo novo e estranho às suas 
primitivas condições de existência. Com isso, ele e muda e passa a ser uma pessoa diferente. Há 
uma quebra da linha de vida que vinha desde o nascimento. Isso é uma forma de adoecer mental 
chamada de processo, que é uma quebra súbita. Quando falo súbita, é porque a família consegue 
dizer para você o momento em que paciente mudou “doutor, de 6 meses pra cá ele mudou”, ou 
seja, tem um período marcado. 
Isso é diferente da noção de adoecimento por desenvolvimento que é uma coisa longa e insidiosa 
como as neuroses e transtornos de ansiedade. Nesses casos, o doente consegue dizer desde 
quando tem os problemas e as vezes relata que há períodos de melhora e piora. O transtorno de 
personalidade também é assim. Nós moldamos nossa personalidade até certa idade e depois nós 
a mantemos para nossas vidas. 
Uma terceira forma de adoecimento seria a reação: reação a uma vivência traumática por exemplo 
que pode abrir qualquer quadro de doença mental como neurose e psicose, exceto transtorno de 
personalidade. 
 
Então: PROCESSO, DESENVOLVIMENTO E REAÇÃO são as três formas de adoecimento. A 
maneira como o doente adoeceu me leva a pensar num núcleo de doenças e com isso consigo 
direcionar o diagnóstico. 
 
 
III) CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA ESQUIZOFRENIA 
 Sintomas Psicóticos – tem que se apresentar fora da realidade durante a anamnese. Pode 
também fornecer dados do passado que te possibilitem compreender que houve um quadro 
psicótico. 
 Funcionamento abaixo dos níveis mais altos alcançados anteriormente – ou seja, quebra da 
linha do desenvolvimento passando a desempenhar mal as suas funções pessoais, 
profissionais, familiares, sociais, etc. Há perda marcante durante o surto. 
 Nas crianças e adolescentes há fracasso no alcance do nível esperado – não temos ainda 
como dizer que o desempenho da criança diminuiu em relação ao passado porque o 
desenvolvimento ainda está acontecendo. O que nós podemos fazer é comparar com os 
familiares. Se temos uma família completamente analfabeta, fica difícil de comparar. Mas se 
eu tenho uma família de classe média com bom desenvolvimento e estudo, consigo perceber 
que o jovem com esquizofrenia não esta acompanhando a família. Haverá retardo 
intelectual. 
 Duração de pelo menos seis meses, com uma fase ativa, aguda, de pelo menos uma semana 
– exigência da OMS. Tem que esperar os 6 meses. Se eu tenho um paciente com tudo de 
esquizofrenia, mas o sintomas apareceram há 3 meses, eu não vou dar o diagnostico de 
esquizofrenia. Eu vou dar o diagnostico de psicose inespecífica. O diagnostico de 
esquizofrenia implicaem mudanças no paradigma social, sendo assim, devemos esperar os 
6 meses. Uma pessoa que é assaltada hoje, sofre uma violência, pode desencadear 
sintomas psicóticos reativos – ficar paranoico com medo de sair na rua, achar que está sendo 
perseguido – que em 6 meses tendem a se curar com ou sem tratamento. Então, as vezes 
podemos estar diante de um paciente desse que em 6 meses cura e mostra que não era 
esquizofrenia. 
 Sem base somática constatável – por que tem gente que sofre na enchente e não apresenta 
sequela mental e algumas pessoas apresentam sequela??? Fisicamente/ Organicamente 
não há diferença entre elas. TC e RM são todas normais!! Ninguém sabe o porquê, mas, se 
eu acho uma base somática eu não posso mais dar o diagnostico de esquizofrenia. Passa a 
ser o que a gente chama de psicose orgânica, e não mais funcional. 
 Sem causa orgânica - No esquizofrênico o funcionamento do cérebro está alterado. Se eu 
pego um cara que desenvolveu sintoma de esquizofrenia há 2 anos, porém, há 2 anos e 
meio sofreu trauma com lesão cerebral não podemos mais dizer que é esquizofrênico porque 
ele tem uma lesão cerebral que pode ser responsável pelo quadro. Vamos dizer que é um 
psicótico de base orgânica. 
 Curso intermitente, com reagudizações (surtos) e comprometimento residual entre os 
episódios – tem fases de melhora e piora. O comprometimento residual ocorre porque por 
mais que você trate, as estatísticas dizem que o paciente vem em uma linha e quando tem 
uma crise desce dois degraus. Quando você trata, ele sobre um degrau. Então vai ficar um 
pouco mais abaixo do que era antes. Quanto mais grave for a doença e quanto mais mal 
tratado ele for, a tendência é ir caindo cada vez mais nos degraus de desempenho que é o 
comprometimento residual. 
o Obs: As vezes, devido a gravidade da doença, mesmo tomando remédios o paciente 
pode apresentar surtos. Não adianta enganar a família falando que se o paciente 
tomar o remédio ele não vai ter surtos porque eles podem acontecer mesmo com o 
tto. 
 
Apesar dessas características a esquizofrenia tem em seu curso variações que nos mostram que 
aproximadamente 20% tem apenas uma crise na vida, 35% tem o nível basal estável entre as crises 
( sem piora), 10% tem vários episódios com uma queda do nível basal estável, 35% dos pacientes 
tem múltiplos episódios agudos com piora do nível basal entre eles - Alguns pacientes podem 
evoluir muito bem e continuar realizando suas funções, outros acabam tendo outras crises tendo 
sua sociabilidade reduzida cada vez mais. 
 
 
IV) EPIDEMIOLOGIA 
 A esquizofrenia mostra um padrão epidemiológico atípico, no qual o risco de morbidade é 
distribuído igualmente através dos países e culturas, através dos sexos e ao longo de várias 
décadas. Diferenças na prevalência nos fatores ecológicos e sociais são provavelmente 
conseqüências da doença. Incidência variável é provavelmente resultante de diferentes 
critérios de seleção de amostra. Quanto maior a idade de aparecimento ( geralmente entre 
15-24 anos ), melhor o prognóstico, o que vai contra o modelo processual de Jasper. 
 O risco de incidência em um ano é de 1/2000, e o risco ao longo da vida é de 1/100. 
A esquizofrenia é bastante democrática na população humana e não tem muito critério de escolha 
– pega todas as raças, etnias, sexos – em igual proporção de 1/100. Então temos 1% da população 
esquizofrênica. Incide predominantemente em uma faixa etária de 15 a 24 anos. 
Se eu fizer uma estatística entre os alunos da FOA, eu não vou achar 1%, vou achar menos, por 
quê? Porque há queda do rendimento intelectual que não permite que o aluno consiga realizar o 
curso. 
 
 
V) FATORES PREDISPONENTES 
Muitos fatores têm sido associados com o aparecimento ou recaída da esquizofrenia, eles estão 
presentes na história de todos os pacientes, mas nem todas as pessoas com esses fatores 
desenvolve esquizofrenia. 
A) Predisposição Genética: 
 Um parente de segundo grau atingido --> 2,5% de chance. 
 Um parente de primeiro grau atingido --> 4 % 
 Um gêmeo dizigótico atingido --> 10-15 % 
 Um gêmeo monozigótico atingido --> 40-50 % 
 
Em primeiro lugar não há como negar a influência genética no aparecimento dessa doença, os 
números provam! Se eu tenho 1% na população toda e ao pegar uma família que tem um doente 
eu subo pra 2,5%, estatisticamente o profissional já deve pensar na predisposição genética porque 
é mais que o dobro! 
Estreitando-se o grau de parentesco, aumenta-se a chance. 
Falando sobre os gêmeos monozigóticos, se eles são geneticamente idênticos, por que não é 100% 
de concordância? Porque a genética não é o único fator responsável. Outras coisas devem 
acontecer para que o doente adoeça. A genética é importante, mas não é determinante. 
 
B) Ambiente Familiar: 
 O prognóstico de um paciente esquizofrênico é pior se ele vive em uma família com alta 
emoção expressada, ou seja, com alto envolvimento emocional. 
Alguns estudos mostram que famílias de alta emoção expressada (latinos, italianos, sul-
americanos) e que são afetuosos tendem a cobrar mais do doente. Uma família de baixa emoção 
seria uma família nórdica, Holandesa, Sueca que são pouco afetivos e os doentes são menos 
cobrados. Com isso, nessas famílias de menor emoção expressada o paciente evolui melhor. Mas 
parando para pensar, essas famílias de menor emoção são de lugares com ótimos serviços de 
saúde e lá são mais bem tratados. Sendo assim, não dá pra levar esse requisito em consideração. 
 
C) Nível Social: 
 O baixo nível socio-cultural parece favorecer o aparecimento da doença, mas na verdade 
não se sabe se a própria doença é que leva a uma maior prevalência nos níveis sociais mais 
baixos, devido à queda na escala social que os doentes experimentam. 
Se contarmos o número de casos novos/ incidência em um ano vamos ver que temos a mesma 
quantidade na classe alta e na classe baixa. Porém se formos contar o numero total de 
esquizofrênicos na classe baixa, esse numero será maior quando comparado a classe alta porque 
o esquizofrênico sofre queda na sua escala social – deixa de ser rico pra ser pouco rico; pouco rico 
para classe media; classe media para classe baixa. 
 
D) Personalidade: 
 Há um maior número de pessoas retraídas, tímidas, com tendência ao isolamento, 
submissas, entre os pacientes esquizofrênicos. 
Antigamente a medicina tinha uma classificação de personalidade, até pelo biotipo da pessoa. 
Chegaram a uma conclusão que entre os esquizofrênicos havia uma maior população de magros 
e altos. Entre outros fatores da personalidade, se na população geral 10% é tímida, entre os 
esquizofrênicos 20 a 30% eram tímidos. Depois que adoece passa a ser diferente, mas ERA tímido 
antes. Alguns pesquisadores dizem que isso é um fator pré-esquizofrenia ou já era um sintoma 
muito precoce... mas não tem-se uma conclusão definitiva. 
Então os fatores de personalidade incluem a personalidade pré-mórbida chamada timidez. 
 
Pulou a parte que está dentro do quadrado e falou que não precisa: 
 
VI) SINTOMATOLOGIA 
A) SINTOMAS PRIMÁRIOS DE BLEULER 
 Embotamento Afetivo 
 Ambivalência 
 Autismo 
 Afrouxamento das Associações 
 
SINTOMAS ACESSÓRIOS 
 erros sensoriais 
 idéias delirantes 
 transtornos de memória 
 sintomas catatônicos 
 peculiaridades de linguagem 
 
B) SINTOMAS DE PRIMEIRA ORDEM DE KURT SCHNEIDER 
 Alucinações na Terceira Pessoa ( vozes comentadoras ) 
 Eco do Pensamento 
 Fenômenos de Influencia 
 Percepção Delirante 
 Inserção de Pensamentos 
 isolamento social 
 
SINTOMAS DE SEGUNDA ORDEM DE KURT SCHNEIDER 
 erros sensoriais 
 intuição delirante 
 abulia 
 disposições de animo depressivas e maníacas 
 
 
Avaliando os sintomas, a esquizofrenia vai ter 4 subtipos principais: simples, hebefrênica, 
catatônica, paranoide e também tem a crônica que se dá ao longo do tempo. 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE: 
1) Consciência 
O nível de consciência dos doentes esquizofrênicos é claro, lucidez total. 
No sentido neurológicoestá sempre lúcido e orientado; não é no sentido de consciência ética ou 
moral. Se o paciente estiver com consciência rebaixada passa a ser quadro orgânico. 
 
2) Orientação 
A orientação autopsíquica pode estar alterada como conseqüência de estados delirantes. Num 
delírio de grandeza o paciente pode julgar ser outra pessoa. Da mesma forma a orientação 
temporo-espacial é dependente do pensamento e da afetividade, podendo ser alterada por estados 
delirantes, depressão ou mania. O fenômeno da dupla orientação delirante consiste no paciente 
manter uma orientação correta de seus dados pessoais e de tempo e espaço e simultaneamente 
mostrar outra, delirante. 
A orientação é variável. Posso perguntar sobre data e local em que ele está. Em tese não há 
alteração de memória primaria então ele vai saber o dia e a data de hoje. Quando a ele próprio, 
posso perguntar o nome dele e ele dizer que é “Zé da Silva que nasceu no dia tal em Cachoeira do 
Capemirim” e ao mesmo tempo dizer que ele é Deus. Isso acontece porque ele tem uma outra 
identidade, ocorrendo o fenômeno de dupla orientação. Dificilmente o paciente deixa de responder 
a sua própria identidade, ele continua atendendo como Zé da Silva. A orientação no tempo e no 
espaço também vai ser normal ou alterada secundariamente a um delírio, por exemplo. Porque ele 
pode ter fenômenos psicóticos de percepção do ambiente alterada. 
 
Vocês sabem o que é o fenômeno do Dejavu e javevi(?) ? São dois fenômenos opostos, mas que 
são o mesmo fenômeno. Você acha que já viu aquela situação ou chega numa sala e fala “opa, 
essa não é a minha sala”, mas tem um monte de gente que você estuda ali e entra. Isso pode 
acontecer com qualquer um, acontece muito com epiléticos, neuróticos histéricos. Dei esse 
exemplo porque a orientação psicótica também vai estar alterada através de um delírio. Eu tive 
pacientes que falaram que eram da família real sueca e tinham 85 anos e que estava no ano de mil 
oitocentos e tanto... quando pedia pra ele escrever a data de hoje ele colocava a data certa. 
 
3) Vigilância 
Dependendo do nível motor do paciente ele pode estar hipovigil nos casos de inibição psicomotora 
ou hipervigilante por exemplo num caso de delírio persecutório. 
 
4) Atenção 
Da mesma forma que o item anterior, em casos de agitação e ansiedade a concentração estará 
prejudicada (hipotenaz). 
 
Os níveis de vigilância e atenção (ou concentração) também dependem do quadro. Vigilância é a 
percepção do ambiente. Se ele está sendo perseguido, ele vai estar “ligadão” e esperto vigiando 
ambiente. Você manda ele fazer uma conta e ele não vai conseguir porque ele não vai conseguir 
se concentrar para vigiar a perseguição. Entao ele tá Hipervigil e Hipotenaz. 
Se eu sedar um paciente ele vai estar com ambos sentidos para baixo porque não vai estar vigiando 
o ambiente nem vai estar atento. 
Normalmente quando temos discordância entre vigilância e capacidade cognitiva é porque estamos 
em um quadro psicótico. Quando temos os dois caídos logo vou pensar em lesão cerebral/ orgânica 
ou sedação. 
Quem é que eu vou pensar que vai estar ao contrário (muito desligado do ambiente e hiper 
concentrado)? O paciente deprimido porque ele se desliga do ambiente e se concentra em temas 
depressivos. 
Portanto eu penso também que o maníaco, que é o quadro da euforia (oposto da depressão), 
também é o contrário porque ele esta com baixa capacidade de concentração e está ligada no 
ambiente; super destraido, vamos dizer assim, pelos fatores ambientais  essa parte ficou confusa 
46 min 27seg 
 
5) Pensamento 
Aqui temos talvez a principal alteração da esquizofrenia. O pensamento pode ter alterações em seu 
curso, forma e conteúdo 
Curso: velocidade. Geralmente está mais lento, ainda mais se o paciente estiver medicado. 
Conteúdo: delirantes. Delirantes de perseguição, religioso, grandeza, riqueza, conhecimentos, 
heroico. De acordo com seu pensamento irreal há alteração do conteúdo. 
Forma: enlaces associativos perdidos. Perde-se a associação normal ou simplesmente coisas se 
desligam ou rearranjam. Por exemplo, o paciente que pensa que é Napoleão ou Deus. 
Dá um exemplo de um paciente que achava que era Deus porque o sino da igreja tocava toda vez 
que ele saia de casa. No entanto, ele sempre saía ao 12h, que é o horário programado para o sino 
tocar. Não adianta explicar isso pra ele porque ele afirma que o sino toca PARA ele porque ele É 
Deus. 
 
 
 
 
6) Senso-percepção 
As principais alterações são as alucinações, que são percepções sem um objeto real que as origine. 
A alucinação verdadeira deve ter as mesmas características do objeto real, devem ser nítidas, 
estáveis, corpóreas, extrojetadas e ininfluenciáveis. 
 
Temos alucinações e similares (pseudo-alucinações, ilusões). 
A alucinação é a percepção do objeto que não existe, seja visual, olfativa, auditiva, gustativa ou 
tátil. O paciente percebe aquele objeto que na realidade não existe. Esse objeto é percebido de 
forma absolutamente clara, tão clara como se fosse verdadeiro. Tem as características do objeto 
real! 
A garrafa de água por exemplo, tem imagem nítida, estável, corporeidade e presença física. Um 
psicótico pode olhar para a garrafa e dizer “não vou beber essa água senão eu explodo” porque ele 
transfere para a garrafa conteúdos próprios, é extrojetada. Além disso, a garrafa também não é 
influenciada por nada, ela só aparece se eu acender a luz (não aparece no escuro), com isso é 
ininfluenciável. Essas são as características do objeto REAL. 
Então quando um paciente me diz que está sendo seguido por uma pessoa e descreve de forma 
clara estamos diante de uma alucinação. Se o paciente diz que está sendo perseguido, mas não 
sabe como a pessoa é, só vê vulto, é uma pseudo-alucinação. 
A alucinação e a pseudo-alucinação têm a mesma gravidade. Nas duas o paciente está psicótico 
percebendo coisas que não existem. 
A ilusão é quando eu tenho um objeto e o paciente transforma esse objeto em um objeto 
interiorizado. Por exemplo quando o paciente diz “a garrafa vai me explodir” ou quando vê uma 
pessoa real atrás de você na rua, para e deixa a pessoa passar para ver se ela vai te matar. Tem 
um objeto que existe que é interpretado de forma errada. Isso pode aparecer pelo cansaço também, 
por fome, sede... 
Então temos a alucinação que segue os critérios, a pseudo que não segue e a ilusão em que há 
um objeto que determina uma interpretação errada. A ilusão pode ser tratada de forma diferente – 
o paciente com consciência rebaixada percebe mal, tem ilusões e pode se sentir assustado; se 
tratar a causa orgânica ele vai ficar bom. 
 
7) Afetividade 
 São junto com as alterações de pensamento as alterações mais importantes da doença. 
o exaltados 
o empobrecidos até embotados 
o inadequação afetiva 
o ambivalência afetiva 
o humor delirante difuso 
o neotimias 
 
A afetividade vai variar muito! Posso ter afetos exaltados ou completamente inibidos (embotados). 
Geralmente o crônico, com muitos anos de esquizofrenia tem diminuição da área afetiva e da 
vontade. Deixa de se cuidar, de tomar banho, viajar porque perde a vontade. 
 
Ocorre a formação de afetos novos, como por exemplo, ficar muito assustado com uma garrafa de 
agua por algum motivo. Há uma interpretação errada do objeto, que são as chamadas neotimias. 
 
Posso ter ambivalência afetiva – nós que somos “normais” temos ambivalência e conseguimos 
viver com elas. O psicótico não consegue, ele não consegue perceber entrelinhas, simbolismo, o 
que esta por trás de uma fala, torna-se uma pessoa muito concreta. Ele pode entrar em 
ambivalência que é a presença simultânea de dois afetos opostos em relação ao mesmo objeto. 
Como assim? Ele ama e odeia a mesma pessoa, mas acaba escolhendo apenas um lado para 
seguir. Ou ele lida com o bem ou ele lida com o mal. Faz algo de uma forma ou de outra. É algo 
raro de se ver, mas ainda acontece! 
 
A inadequação é o fato de que um paciente que diz estar sendo perseguido e assustado nãodeve 
ter “coragem” de sair na rua sozinho. O paciente esquizofrênico sai de casa mesmo dizendo estar 
sendo perseguido porque ele fala sobre isso com você sem te passar um afeto de medo. Fala com 
naturalidade. O afeto não está ligado no pensamento que ele está tendo. 
 
* Falou que NÃO vai cobrar em prova um sintoma desse e pedir para descrevermos! 
 
 
8) Fala 
 inibida 
o pensamento lentificado ou pobreza de conteúdos; conversa pouco e é monossilábico. 
 Neologismos 
o Inventa novas palavras 
 Exaltada 
o Falar de forma autoritária, dando ordens 
 Prolixidade 
o Fala com detalhes 
 Verbigeração 
o Quando um paciente crônico fica muito restrito a uma série de falas independente da 
pessoa com que ele está conversando. Cita o exemplo de uma paciente que só dizia 
estar doentinha e que não queria se casar. Independente da pergunta a paciente só 
respondia isso. 
 Embolalia 
o Introdução de uma fala curta ou palavra no discurso. Cita o exemplo de um paciente 
que em suas falas sempre falava “defunto barato”. Isso mostra uma alteração na área 
da vontade porque o impulso (que vem do pensamento) para que ocorra a fala não é 
controlado. 
o O neurótico precisa cumprir rituais como bater três vezes na madeira, mexer com os 
pés de alguma forma porque o neurótico não é psicótico, ele está na realidade. Ele 
sabe que é bobagem isso mas não consegue controlar. Se ele não cumprir o ritual a 
ansiedade não passa. O neurótico sabe que isso é uma doidera (rs). Isso é o 
transtorno obsessivo. Paciente esta dentro da realidade, sabe que é um surto mas 
não consegue controlar. Já o PSICOTICO não tem consciência disso! 
 Mussitação 
o Quando o paciente emite sons inarticulados “almocei macarrão e “”shausdksbdis”” “. 
 Ecolalia 
o As vezes com pressa esse sintoma aparece sem ser percebido. É tipo assim: você 
pergunta para o fulano “fulano, você já almoçou hoje?” “almocei hoje sim”; “soube 
que hoje tinha um macarrão” “é, tinha um macarrão”. O paciente fica repetindo o que 
você fala. Ele ecoa a última palavra que foi dita. Isso também pode acontecer com os 
gestos: você faz um movimento e o paciente imita porque ele não tem controle do 
impulso da sua vontade. 
 
 
9) Vontade e Psicomotricidade – a área da vontade acompanha muito a da afetividade e eu 
posso ter: 
 agitação psicomotora 
 heteroagressividade 
o paciente que quebra objetos mas não encosta a mão em ninguém. Professor diz 
que acha mais grave o paciente que bate nas pessoas ao invés de quebrar algo. 
 inibição psicomotora até estupor catatônico 
o pode chegar a catatonia que é a paralisia total. Muitas vezes a catatonia é 
espástica, ou seja, paciente fica rígido e outras vezes ela é flácida. Esquizofrenia 
não mata ninguém, mas pode matar na catatonia porque um paciente todo rígido 
pode morrer em uma semana de sede/ fome se não for adequadamente tratado. 
 rigidez muscular (pseudo-flexibilidade cérea) 
 estereotipias motoras 
o gestos anormais seja na forma de sentar, deitar que podem durar horas em 
posições incomodas. Pode ter essa estereotipia até em trejeitos do paciente. 
 Negativismo 
o Não faz nada do que pedem; não querem contato ou conversa. 
 obediência automática 
o ao contrário do negativismo, são pacientes que eu dou uma ordem que é 
obedecida imediatamente sem discussão. 
 ecopraxia 
 impulsividade 
o tem em vários transtornos de personalidade. Não é exclusivo da esquizofrenia 
 
 
VII TIPOS 
A) Desorganizada ou Hebefrênica 
Caracterizada principalmente por início precoce, antes dos 20 anos. Alterações mais a nível de 
pensamento, comportamento grosseiramente desorganizado, embotamento afetivo, podendo 
haver alucinações e delírio não sistematizados. 
Hebe significa jovem. Então é a doença da alma jovem. É uma doença que deteriora a 
personalidade da pessoa, portanto, se eu tenho um jovem de 15 anos que ainda está formando sua 
personalidade ela vai começar a destruir o que nem formado está ainda. É muito mais grave. 
Quando incide em paciente de 25/30 anos que já tem uma personalidade formada, ela é menos 
destrutiva e a pessoa tem mais proteções. Caracterizada principalmente por alterações do 
pensamento. São pacientes que tem uma desorganização do pensamento muito grande, ambiente 
que eles vivem, portanto, é muito desorganizado também (bagunça psicótica). Pode ter delírio e 
alucinações, mas é em pequeno grau. Como o pensamento é muito desorganizado, o delírio é uma 
história que vai crescendo ao longo dos anos e enriquecendo ao longo dos anos. Esse paciente 
não consegue formar um pensamento longo e escrever uma história. Tem pacientes que você 
conversa e ele fala do delírio por 2h com riqueza de detalhes, mas não é o que acontece com esse 
paciente. Ele simplesmente fala que tem alguém o perseguindo, quando você pergunta quem é ele 
fala “não sei”... então é basicamente uma desorganização de pensamento que chama atenção em 
pacientes jovens. 
 
B) Catatônica 
Principais perturbações à nível de psicomotricidade e vontade, podendo haver estupor, inibição, 
rigidez muscular, negativismo, estereotipais, maneirismos, negativismo, agitação, e outras 
alterações da área da vontade. 
A forma catatônica é alteração da área motora e da vontade. Então são pacientes que são muito 
agitados ou com uma inibição psicomotora importante a nível de um quadro catatônico. Tem 
estereotipias, posições bizarras, mas também não tem delírios e alucinações exuberantes. 
 
C) Paranóide 
Há predominância dos delírios e alucinações auditivas bem estruturadas. Existe uma boa 
preservação da área afetiva e pouca importância dos sintomas da catatonia e hebefrenia. 
É a forma que vai ter principalmente delírio e alucinações com uma estrutura de personalidade 
bem/razoavelmente preservada. Esse é o cara que eu consigo tratar e manter o nível social de 
desempenho profissional e social razoavelmente bom e sem grandes perdas. É um paciente que 
tem afetividade, desejo, gosta de fazer coisas. 
 
D) Simples 
Caracteriza-se por ausência de sintomas floridos do tipo paranóide ou de qualquer outro, notando-
se mais o início insidioso, o isolamento social progressivo, a perda da capacidade produtiva. 
 
A simples é mais um afastamento social grave. Não tem grandes alucinações nem alterações 
motoras. É um paciente que vai se afastando de tudo muito além do que poderia ser uma pessoa 
tímida. É um paciente que se isola mas não se sente triste. 
 
E) Indiferenciada 
Sintomas psicóticos proeminentes sem classificação em outro tipo ou que preencham critérios para 
mais de um tipo. 
Quando você não consegue diferenciar as formas porque não há predomínio de sintomas você 
classifica como indiferenciada. 
 
F) Residual ou Crônica 
Quadro degenerativo, demencial, com sintomatologia negativa, podendo haver algum sintoma 
produtivo. 
Quando já deixa até de ter os sintomas que eram exuberantes antes para ter os sintomas ditos 
negativos. Pobreza em afetos, vontade, produção intelectual (ate o delírio diminui por conta disso). 
Vira uma mobília de dentro de casa que você tem que estimular para tudo. Tudo vai diminuindo no 
crônico. 
 
Obs: Os serviços psiquiátricos são voltados para contenção do paciente. Ter o diagnostico não 
significa internação. O que justifica internação é o comportamento que coloca em risco ele ou 
terceiros. 
 
Pergunta: uma pessoa pode começar com um subtipo de esquizofrenia e evoluir para o crônico? 
Resposta: pode. E pode evoluir para outro subtipo também. O cara pode ter um surto catatônico e 
depois de um tempo ter um surto paranoide. Não é o mais comum. Os pacientes geralmente são 
fiéis a seus subtipos. 
 
Pergunta: a forma crônica é sempre evolução de outro subtipo? 
Resposta: Sim. Ele tem um subtipo antes e depois evolui para crônica. 
Agora se no primeiro surto, ainda jovem, 25 anos, ele fique com sintomas de cronicidade porque o 
primeiro surto foi tao destrutivo, tao grave, que deixou ele com uma serie de defeitos e sequelas 
ele passa a ser considerado crônico.Não precisa esperar o paciente tem 30 anos de doença não. 
 
Existem autores que falam de apenas dois tipos um Tipo I, caracterizado por sintomas positivos, 
floridos e um Tipo II, caracterizado por sinais negativos, de cronicidade. 
Nos EUA, eles usam esse tipo de classificação em que o tipo 1 é a forma produtiva, com sintomas 
positivos, floridos, delírios, alucinações, agressividade, agitação. O tipo 2 é o contrário em que os 
sintomas são negativos e não produtivos característicos da crônica. Essa é uma classificação muito 
empobrecedora que não fala muito do paciente. A que usamos é melhor! 
 
 
VIII) DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
1) Distúrbios do Humor com Características Psicóticas - Os delírios e alucinações ocorrem 
exclusivamente durante os períodos de perturbação do humor 
Posso confundir um paciente crônico afastado com um deprimido. Mas o paciente psicótico não 
tem queixa de estar triste ou deprimido. 
 
2) Distúrbio Esquizo-Afetivo 
Quando mistura sintomas de esquizofrenia com sintomas do transtorno bipolar. 
 
3) Distúrbios Mentais Orgânicos -Há presença de alteração da consciência, delirium, déficit de 
atenção e concentração 
Dá um exemplo de um paciente que tem Lupus e tomou corticoide e ficou doidinho/ desorientado 
na enfermaria. O que houve? O cara esta psicótico. Quando tira o corticoide ele fica bem. Um 
traumatismo craniano ou acidentes vasculares também podem levar a esse quadro. 
 
4) Distúrbio Esquizofreniforme - Tem duração menor que seis meses. 
O que vai dizer o diagnostico definitivo é o tempo. 
 
5)Psicose Reativa Breve - Tem duração menor que quatro semanas, tem nítidos fatores 
desencadeantes vivenciais. 
 
6) Distúrbio de Personalidade 
É mais fácil de fazer o diagnostico porque no transtorno de personalidade o paciente nunca sai da 
realidade. Não tem sintoma psicótico. Ele pode ter uma personalidade paranoide que é aquele 
desconfiado de tudo... mas ele nunca entra em um delírio. Procura maneiras de ver se esta certo 
ou errado.

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