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FACUDADE REGINAL DA BAHIA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL ENGENHARIA AGRONÔMIACA/ ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DEISE DÉRIA FERREIRA DOS SANTOS JOÃO GABRIEL GOMES BARBOSA JOSÉ APARECIDO SILVA DE OLIVEIRA JOSÉ HUGO DE OLIVEIRA SILVA LEONARDO ALVES DE MORAIS MATHEUS BARBOSA DA SILVA MOAB ALVES DA SILVA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS ENGENHEIROS AGRONÔMOS E PRODUÇÃO NOS DESASTRES NATURAIS E HUMANOS: Estratégias de produção em períodos de estiagem. Projeto apresentado à Universidade Regional da Bahia (UNIRB), como requisito parcial para a obtenção de nota parcial da disciplina de Química Básica I; Física para Engenharia; Desenho técnico e Linguagem Gráfica; introdução à Economia. Prof. Mestre: Elielson Lima. Prof. Mestra: Janaina Silva. Prof. Mestre: Marcos Silva. Prof. Mestre: Rafael Santos. Arapiraca – AL, 2019. RESUMO Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando pobreza e fome. A partir dessa temática é importante entender quais são os fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do sertão, região que mais sofre com a seca. O Sertão nordestino apresenta as menores incidências de chuvas, isso em âmbito nacional. A restrita presença de chuva nessa área é causada basicamente pelo tipo de massa de ar aliado ao relevo, esse muitas vezes impede que massas de ar quentes e úmidas ajam sobre o local causando chuvas. No sul do Sertão ocorrem, raramente, chuvas entre outubro e março, essas são provenientes da ação de frentes frias com característica polar que se apresentam e agem no Sudeste. As outras áreas do Sertão têm suas chuvas provocadas pelos ventos alísios vindos do hemisfério norte. No Sertão, as chuvas se apresentam entre dezembro e abril, no entanto, em determinados anos isso não acontece, ocasionando um longo período sem chuvas, originando assim, a seca. As secas prolongadas no Sertão Nordestino são oriundas, muitas vezes, da elevação da temperatura das águas do Oceano Pacífico, esse aquecimento é denominado pela classe cientifica de El Niño, nos anos em que esse fenômeno ocorre o Sertão sofre com a intensa seca. A longa estiagem provoca uma série de prejuízos aos agricultores, como perda de plantações e animais, a falta de produtividade causada pela seca provoca a fome. No Sertão e no Agreste o tipo de vegetação que se apresenta é a caatinga, o clima predominante é o semiárido, esse tipo de vegetação é adaptado à escassez de água. Algumas espécies de plantas da caatinga têm a capacidade de armazenar água no caule ou nas raízes, outras perdem as folhas para não diminuir a umidade, todas com o mesmo fim, poupar água para os momentos de seca. Os rios que estão situados nas áreas do Sertão são influenciados pelo clima semiárido, dessa forma não há grande incidência de chuvas. A maioria dos rios do Sertão e Agreste é caracterizada pelo regime pluvial temporário, isso significa que nos períodos sem chuva eles secam, no entanto, logo que chove se enchem novamente. INTRODUÇÃO Os desastres naturais estão interligados aos ciclos que podemos associar a evolução da terra, onde as manifestações dos mesmos poderão constatar através de formas como terremotos, ciclones, erupções vulcânicas, maremotos, secas/período de estiagem entre outros. Eventos estes que cada vez mais estão imprevisíveis mesmo com as tecnologias de ponta que atualmente estão disponíveis, tornando seus efeitos ainda mais impactantes ao ser humano. Além disso, um fenômeno que agrava o cenário dos desastres é a Emissão do Gás carbônico CO2 na atmosfera, ajudando no efeito do (GEE) situação esta que é monitorada e constantemente alertando as autoridades pelo (IPCC) que é o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que desde 1988 vem monitorando as atividades climáticas do mundo. Diante desta situação de mudanças constate em nosso planeta e sermos sabedores que sempre haverá mudanças, que em alguns casos causam grande impacto em todas as atividades dos homens, neste cenário de escassez de recursos hídricos, que dificulta o desenvolvimento socio econômico e até mesmo na subsistência da população que é afetada. Este fenômeno que tem uma ocorrência cíclica e que tem efeitos catastróficos é conhecido por demais e vem dos primórdios da história e com isso surge à necessidade de intervenção usando todos os meios Técnicos e Científicos disponíveis para amenizar os impactos pensando nesta problemática este projeto têm como finalidade ajudar os produtores rurais do agreste e sertão de Alagoas mais especificamente aos produtores rurais que se encontram nos limites do Município de Batalha Alagoas, município este que se encontra no polígono das secas onde é caracterizado por extremas irregularidades no regime pluviométrico. Usado de meios como formas de preparação de solos, administrar as rações, quais plantas que possui mais resiliência, formas de produção além de outras que podem ser estocadas para os períodos de estiagem, sistemas de capitação de água, e de que forma fazer com o melhor custo benefício. ReFERENCIAL TEÓRICO A Seca em geral é um fenômeno que ocorre em várias partes do mundo não apenas no Brasil, este fenômeno ocorre em outros países segundo Alves “O fenômeno Clímaco das secas não é particular no Brasil. Outros países, em outros continentes, estão sujeitos a crises semelhantes e sofrem as suas consequências como o Nordeste brasileiro”. (Alves 1853, p.79). Ainda Alves afirma que “A Índia, a Austrália, a Argélia e a própria Europa estão sujeitas às surpresas de uma seca. Os Estados Unidos da América do Norte, o México, a Argentina e o Peru possuem territórios submetidos às secas”. (Alves 1853, p.79). Diante disto vem à pergunta mais importante e que ponto chave para este projeto, que visa melhorias às populações que são atingidas com estas irregularidades climáticas com decréscimos de precipitações, como se comporta o homem, que atitude ele toma? Ele tornasse um agente passivo diante desta situação ou agente ativo? Usando do pensamento de Paul Vidal de Lá Blache grande geógrafo da escola francesa, o homem devem ser um agente ativo diante das transformações que ocorrem no espaço, para isso o homem deve adaptasse e transformar o espaço a sua vontade. Mas sabendo que os períodos escassos são de forma cíclica, ou seja, sempre ocorrerá à seca mesmo que minimizada/fraca, é imprevisível e não se pode ao certo dizer com 100% de certeza que vai ou não ocorrer este fenômeno natural da terra, que com a emissão CO2 na atmosfera vem acelerando os ciclos da mesma e prolongando cada vez mais existências em determinados meses do ano. Pensando assim, este projeto vem tentar beneficiar com algumas estratégias a população da zona rural de Batalha – AL. Sabemos que é uma cidade que está situada no polígono das secas “O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espaço” (Ministério de Minas e Energia, p.7.2005). Seu município tem uma população de aproximadamente 18.232 pessoas tem uma área agricultável de 21.178,315 hectares onde tem sua economia dependente da agricultura familiar, tem aproximadamente um rebanho de Bovinos com 10.976 cabeças. Um rebanho de ovinos de 2.048 cabeças isso tudo em uma área de 319,036 Km2 isso segundo o (IBGE). 1. OBJETIVO GERAL 1.1 Minimizar os impactos negativos do período de estiagem prolongada; 1.2 Maximizar com estoque de água, ração animal, plantas que suportam o período seco, trazendo equilíbrio na alimentação dos animais do campo, sem perder a produção de alimentos durante a escassez. 2. OBJETIVO ESPECÍFICO 2.1 Trazer formas de manejo com o solo, plantações e armazenamento de alimentos e água; 2.2 Trazendo vida para as pessoas e animais que em muitos casos morrem de fome e sede. METODOLOGIA Armazenamento de água Para garantir o abastecimento ao longo do ano, é preciso armazenar água das chuvas de modo adequado. Existem diversos métodos para captar e depositar os recursos hídricos na propriedade e, entreos principais, encontramos os citados abaixo. Cisterna calçadão É formada por um calçadão de cimento em uma área de uns 200m², de modo que a água que cai sobre essa superfície é direcionada para o interior de uma cisterna enterrada ou construída em um terreno mais baixo. Barragem subterrânea São construídas em terrenos onde se formam córregos ou riachos no inverno. É feita por meio de escavação de uma vala até a parte impermeável do solo. Após isso, forra-se uma lona de plástico e fecha-se a vala. Essa barreira prende a água da chuva que escoa no subterrâneo. Dessa forma, o solo fica encharcado. Daí, então, constrói-se poços a cerca de 5 metros de distância — que podem ser do tipo cacimba ou tubulares — para armazenar a água da barragem. Poços Existem diversos tipos de poços, que variam conforme o método de escavação, profundidade e material utilizado. Entre os principais estão: · Cacimba ou poços amazonas: escavados manualmente e, devido à sua pouca profundidade, não exige licenciamento do governo; · poço tubular profundo: com diâmetro entre 4 e 36 polegadas e profundidade podendo chegar aos 2 mil metros, é feito por meio de uma sonda perfuratriz e exige autorização governamental. Uso de tecnologias e técnicas de plantio Para lidar com a estiagem, o produtor pode empregar outras formas de plantio ou algumas soluções tecnológicas que economizam água e auxiliam no planejamento da cultura. Captação direta no pé da planta Também chamada de captação in situ, o método envolve a aração do solo em faixas para formar sulcos, que ficam dispostos ao longo de faixas de terras altas e largas, onde as plantas são cultivadas. A água da chuva é captada e armazenada nesses sulcos, reduzindo a necessidade de irrigação. Hidroponia A hidroponia é o cultivo de plantas sem o uso de terra (solo), especialmente utilizado no plantio de hortaliças. O vegetal fica suspenso em uma estufa e imerso em uma solução nutritiva diluída em poucos litros de água. Cada pé de alface, por exemplo, demanda apenas 3 litros de água ao longo de todo o seu ciclo de produção — e a água ainda pode ser reaproveitada! A economia hídrica chega a 85%. Plantio de culturas adaptadas e resistentes Devido às dificuldades na coleta de água, muitos produtores apostam em plantas regionais, que são mais resistentes ou tolerantes aos períodos de estiagem. Entre essas culturas, estão a acerola, o sorgo, o umbu, a palma forrageira e o caju. Palma forrageira com adensamento No período da estiagem é o melhor momento para investimento no cultivo da palma forrageira como, opção para complementar a alimentação do rebanho leiteiro. Sem depender diretamente da chuva, a planta serve de alimento para bois, cabras e ovelhas, além de ajudar na hidratação dos animais, já que é constituída por até 90% de água, lembrando que leva um tempo de 1,5 á 2 anos para colheita. Técnica do plantio: Em meio hectare de palma forrageira cultivada pelo método do adensamento, é possível alimentar 10 vacas de leite o ano todo. Proporção do adensamento: Na fundação 370g de fosforo a cada traça com 220m de comprimento. No inicio do inverno, aplicar 60g de nitrogênio por metro linear, 03 vezes durante o inverno. Cronograma Tabela 1 Primeira tabela CISTERNA CALÇADÃO PRAZO Etapas para implantação. 16 DIAS 1ª Marcações das áreas para a construção de cisterna calçadão 01 2ª Limpeza do terreno, escavação do fosso da cisterna. 02 3ª Construção da cisterna com calçadão 05 4ª Montando a cisterna, o calçadão e a caixa d´água. 02 5ª Reboco externo, interno e piso. 04 6ª Instalação da cobertura e tampa 01 7ª Instalando o calçadão. 01 Fonte: Google. Gráfico 1 - Gráfico da primeira tabela Fonte: Google. Tabela 2 - Segunda tabela BARRAGEM SUBTERRÂNEA PRAZO Etapas para implantação. 14 DIAS 1ª Escolha do local para implantação. 01 2ª Locação e preparação da área de trabalho. 01 3ª Marcação da área. 01 4ª Escavação da vala. 01 5ª Acabamento da escavação. 02 6ª Preparação para colocação da lona. 01 7ª Aterramento da barragem. 01 8ª Construção do vertedouro/Sangradouro. 02 9ª Construção do poço. 02 10ª Instalação da caixa d’água. 01 11ª Instalação da placa de identificação. 01 Fonte: Google. Gráfico 2 - Gráfico da segunda tabela Fonte: Google. Tabela 3 - Terceira tabela POÇO AMAZONAS PRAZO Etapas para implantação. 14 DIAS 1ª Marcações da área para implantação. 01 2ª Limpeza do terreno. 01 3ª Mão de obra para escavação 10 4ª Serviço de alvenaria após conclusão. 01 5ª Reboco externo e interno 01 Fonte: Google. Gráfico 3 - Terceiro gráfico da tabela Fonte: Google Tabela 4 - Quarta tabela POÇO TUBULAR PRAZO Etapas para implantação. 20 DIAS 1ª Projeto do poço NBR12.212. 01 2ª Perfuração. 09 3ª Completação 01 4ª Limpeza. 01 5ª Desenvolvimento. 02 6ª Teste de vazão 01 7ª Desinfecção 01 8ª Revestimento 01 9ª Cimentação 01 10ª Filtro e pré-filtro 01 11ª Lage de proteção sanitária 01 Fonte: Google Gráfico 4 - Quarto gráfico da tabela ANEXOS: Cisterna calçadão. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/175322/1/DOC18003.pdf Barragem subterrânea. https://aguassubterraneas.abas.org › asubterraneas › article Poços para Captação das Águas Subterrâneas http://progestao.ana.gov.br/portal/progestao/destaque-superior/eventos/oficinas-de-intercambio-1/aguas-subterraneas-1/apresentacoes-ana/ana-2-hidrogeologia-pocos-fabricio-bueno.pdf Captação direta no pé da planta https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/133122/1/ID-31784.pdf Hidroponia https://www.cpt.com.br/artigos/hidroponia-uma-tecnica-de-cultivo-vantajosa-e-promissora Palma forrageira com a técnica de adensamento http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2012/09/plantio-adensado-de-palma-produz-400-toneladas-por-hectare-no-rn.html Prazo de instalação cisterna calçadão Dia Dias Dias Dias Dias Dia Dia Dias 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa 5ª Etapa 6ª Etapa 7ª Etapa Total 1 2 5 2 4 1 1 16 Dia Dia Dia Dia Dias Dia Dia Dias Dias Dia Dia Dias 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa 5ª Etapa 6ª Etapa 7ª Etapa 8ª Etapa 9ª Etapa 10ª Etapa 11ª Etapa Total 1 1 1 1 2 1 1 2 2 1 1 14 Dia Dias Dias Dias Dias Dias 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa 5ª Etapa Total 1 1 10 1 1 14 Dia Dias Dia Dia Dias Dia Dia Dia Dia Dia Dia Dias 1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa 5ª Etapa 6ª Etapa 7ª Etapa 8ª Etapa 9ª Etapa 10ª Etapa 11ª Etapa Total 1 9 1 1 2 1 1 1 1 1 1 20
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