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SAMARCO - PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Resenha Crítica de Caso 
Marco Aurélio Da Silva Barros Júnior
Trabalho da disciplina Problemas Ambientais Globais
 Tutor: Profª. Marcela Vicente Vieira Andrade Gonçalves
Itaguaí, Rio de Janeiro
2020
 (
2
)
SAMARCO: O PAPEL DA EMPRESA NO EMPODERAMENTODAS PESSOAS
Social Interprise Knowledge Network. SKP – 015. April 08, 2011.
A Samarco Mineração S.A. é uma mineradora, fundada em 1974, como um projeto industrial ligado a empresa Samitri, do grupo Belgo-Mineira e a norte-americana Marcona Corporation, inicialmente com a finalidade de explorar itabirito, mineral com baixo teor de ferro, até então nunca explorado no Brasil.
Em 2003, a empresa se tornou um complexo industrial integrado de lavra, beneficiamento, transporte e pelotização do minério de ferro, controlada pela empresa brasileira Companhia Vale do Rio Doce e pela anglo-australiana BHP Billiton. Naquele ano, a Samarco atingiu a marca de 17% de participação no mercado mundial e a segunda posição no ranking de exportadoras transoceânicas de pelotas de minério de ferro. Contava com 1.286 empregados nas unidades de Germano/MG e Ponta de Ubu/ES. As duas unidades eram interligadas por um mineroduto com 396 quilômetros de extensão e capacidade para transportar até 15,5 milhões de toneladas por ano.
O artigo retrata o conflito de ideias dentro da empresa em relação a aplicação da área socioambiental nas localidades onde a mineradora possui grande impacto com suas atividades.
	A Samarco já possuía uma imagem de empresa preocupada com a preservação do meio ambiente e de que mantém um relacionamento cordial e colaborativo com as comunidades do entorno de suas operações. 
Segundo especialistas, o tipo de atividade produtiva da Samarco acarreta expressivos impactos ambientais, como poluição da água, ar, poluição visual e erosão por assoreamento. A partir de estudos, foram identificados alguns problemas causados pela prática da mineração, como alterações ambientais, conflitos no uso do solo, depreciação de imóveis circunvizinhos, geração de áreas degradadas e transtornos ao tráfego urbano. Todos esses problemas acabam acarretando conflitos da empresa com a comunidade.
Desta forma, a atuação social da empresa era vista como estratégica, com a finalidade de erradicar os conflitos da empresa com as comunidades locais. Estes conflitos ocasionavam impactos negativos à Samarco como dificuldades na obtenção de licenciamento ambiental, atrasos em obras de ampliação de capacidade produtiva, perda de oportunidade de negócios devido aos atrasos, entre outros.
Em 2003 a Samarco investiu 0,12% de sua receita líquida anual em contribuições para a sociedade, onde mais de 50% foram para projetos desenvolvidos pela própria empresa. Também houve doações em espécie, produtos e serviços para a comunidade local.
Um dos programas socioambientais criados pela Samarco foi o Programa de Educação Popular Ambiental de Bento Rodrigues, com a finalidade de promover o desenvolvimento local sustentável. Este foi implementado no ano de 1997 em Bento Rodrigues, distrito do município de Mariana/MG, onde viviam cerca de 500 pessoas. No distrito estava localizada a barragem de Santarém, utilizada pela empresa para captação de água para uso industrial. O programa foi iniciado devido ao incômodo dos moradores em relação ao empreendimento, que temiam pelo risco de rompimento da barragem e o conseqüente alagamento da região. 
O programa possuía como principal objetivo o desenvolvimento da comunidade, através da educação ambiental e do estímulo ao desenvolvimento de associações da sociedade civil, fazendo com que os moradores conseguissem identificar seus principais problemas e buscassem solucioná-los.
Na primeira fase, entre 1997 e 1998, foi realizado um diagnóstico social das demandas da comunidade. A partir daí, foram desenvolvidas ações para reduzir os elevados índices de desnutrição e verminose na população local e realizado trabalhos na escola para reduzir os níveis de evasão escolar e repetência.
A segunda fase, entre 1999 e 2000, foi marcada pela criação da Associação Comunitária de Bento Rodrigues, com objetivo de fortalecer a organização comunitária e melhorar a infra-estrutura local, assim como garantir que a comunidade conseguisse resolver seus problemas de maneira autônoma.
A terceira fase, de 2001 a 2003, teve como princípio a criação de condições para que a comunidade desenvolvesse novas atividades produtivas. Assim, houve a criação da Associação de Hortigranjeiros de Bento Rodrigues (AHOBERO).
O término da iniciativa ocorreu em 2003, possuindo os seguintes resultados: redução do número de repetências dos alunos de 1ª a 4ª série de 30% para 5%; redução da evasão escolar de 30% para menos de 10%; diminuição da carência nutricional; queda de 30% na incidência de verminoses; redução do número de queimadas na região, de 8 para 2 ocorrências por ano; e ampliação das alternativas de trabalho para a população local. 
Porém, o fim do apoio e o término formal do programa levou com que a população abandonasse algumas iniciativas. Assim,Samarco definiu que os próximos programas deveriamconsiderar alternativas de condução que trouxessem resultados mais significativos e que resultassem em benefícios permanentes e continuados.
Para o desenvolvimento da sua política ambiental, visando obter a certificação ISSO 14000, a Samarco passou a elaborar um Plano de Emergência de Derrame de Óleo. A ideia consistia em utilizar instalações locais da empresa de reciclagem de óleo utilizado em sua produção, para que o óleo de barcos de pesca fosse reciclado e revertido pelo preço de custo do processo aos pescadores. Desta forma, surgiu o Projeto Salvamar, em maio de 2000, com o objetivo de reduzir os resíduos gerados pela atividade pesqueira e turística na praia do Perocão, em Guarapari/ES e nas praias do município de Anchieta/ES.
Por meio da reciclagem do óleo, o objetivo era promover a recuperação da diversidade de peixes e qualidade da água. O projeto também buscava conscientizar pescadores e comunidade local quanto a importância da preservação dos ecossistemas costeiros. Também foram realizadas oficinas e palestras de educação ambiental para estimular a comunidade. 
A empresa investiu R$4,8 mil no projeto e contratou dois profissionais para realizar a coleta e reciclagem do óleo. Para informar a comunidade, foram mantidos encontros e dentro da empresa era feita a comunicação com os 
funcionários, pelos veículos tradicionais de comunicação interna. No local de instalação dos coletores havia um painel atualizado mensalmente, com informações da quantidade de óleo recolhido para a reciclagem e com as embarcações que trabalhavam com ecoturismo.
Nos primeiros dois anos e meio, o projeto recolheu, reciclou e reutilizou mais de 1500 litros de óleo, conseguindo a adesão de 100% dos pescadores de Guarapari e atraindo pescadores de regiões próximas, alcançando cerca de 1000 participantes. Em 2002, a média de recolhimento era de cerca de 80 litros de óleo mensais. O Salvamar tornou-se um dos principais atrativos para acionistas.
Em uma discussão de ideias, o Gerente de Meio Ambiente, Sérgio Dias, defendia a ampliação do escopo dos projetos para ações efetivamente relacionadas ao desenvolvimento comunitário. Para ele, todas as ações da Samarco deveriam pautar-sepor procedimentos éticos e a empresa estava empenhada em consolidar uma cultura deresponsabilidade social, que propiciasse padrões de desempenho elevado e de relacionamento focadona criação de valor para todas as partes (empresa e comunidade). Ele entendia que o licenciamento ambiental abrange não somente critérios ambientais, como tambémsociais, para a efetivação de qualquer operação.
Em contra partida, José Ramos, Gerente Financeiro, defendia que a ideia fugia da estratégia da empresa, por ser muito extenso na área socioambiental. Ele defendia programas mais específicos como o Salvamar, e que programas sociais muito abrangentes não possuiriam tantaeficácia e não surtiriam grandes efeitos para o desenvolvimento da empresa.

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