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_ Paper de estágio 21_07 / uniasselvi

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PRÁTICAS VIRTUAIS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
						 Glorizete Rodrigues da Silva 1
 Iracy dos Santos Ferreira
 Maria Cleonice Rodrigues de Jesus 
 Nilva Moreira Oliveira
 Leonice 2
RESUMO
O tema deste trabalho é sobre as práticas virtuais de contação de histórias. Tema de suma importância que tem como objetivo mostrar o quanto a contação de histórias se trata de um recurso muito importante a ser trabalhado com os alunos através dos recursos virtuais, ainda mais na atual situação em que passam as escolas devido a pandemia. Para a realização deste foi necessário realizar pesquisas bibliográficas e a pesquisa de campo de forma não-presencial, no qual abordarei sobre os fatores que puderam ser analisados mediante o desenvolvimento do estagio supervisionado não-presencial na Escola Municipal Professora Avani Pereira Rosa e Silva, na cidade de Posse Goiás
Palavras-chave: Estágio. Histórias. Práticas virtuais. 
1. INTRODUÇÃO
O tema de trabalho é sobre as práticas virtuais de contação de histórias, tema este de suma importância que possibilitará aos futuros leitores compreenderem a importância de se trabalhar os conteúdos através dos recursos virtuais de forma interativa.
É sabido que a contação de história está em quase todas as escolas, mas nem sempre se faz o uso apropriado dela temos o intuito de mostrar que a contação é um auxílio à prática pedagógica, apresentando experiência com a leitura, alargamento do vocabulário, narrativa, cultura instituindo a habilidade de entendimento e compreensão e, consequentemente, sanar dúvidas que no ambiente escolar possa existir.
Neste também será abordado sobre o que pude observar mediante o desenvolvimento do estágio supervisionado não-presencial na referida escola da cidade de Posse Goiás.
Para a realização deste foi necessário realizar pesquisas em diferentes fontes bibliográficas e também foi necessário realizar a pesquisa de campo que se deu mediante os estágio supervisionado não-presencial em uma escola da cidade de Posse Goiás.
Espera-se que este trabalho será fonte de informações para muitas pessoas, pois se trata de uma abordagem temática de suma importância e que possibilitarão a muitos alcançarem uma aprendizagem significativa e novos conhecimentos acerca da temática aqui abordada.
1. PRÁTICAS VIRTUAIS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Como o estágio faz parte das profissões, encontra-se no artigo 1° da Lei Federal 11788 de 25 de setembro de 200814 que normatizam os estágios supervisionados a definição dessa atividade como o “[...] ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos”.
Portanto, trazemos a análise onde Abramovich (1993) destaca: Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo [...] É ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve. 
Mostrando a grande importância dos sentimentos para a construção da criança, onde Coelho (2000), também diz que é de suma importância a contação para a formação da sociedade, tendo o pensamento igual a Abramovich (1993), já que os sentimentos fazem parte de nós.
O estágio supervisionado constituiu-se primordialmente para o meu conhecimento e análise crítica da realidade social, foi propício à produção de conhecimentos pelas situações cotidianas de vida e de trabalho que se apresentam junto aos segmentos sociais e populares da unidade escolar onde se deu a realização do presente estágio. O mesmo foi de grande valia, pois contribuiu significativamente na minha formação enquanto acadêmica na área de pedagogia.
A contação de história muitas vezes é utilizada apenas como um entretenimento ou para passar o tempo, isso é muito comum acontecer em diversas escolas por professores despreparados que não conhecem toda a magnanimidade que tem por trás de uma história contada. A contação é muito eficiente já que ela estimula a imaginação, desenvolve habilidades cognitivas além de instruir, educar e ainda contribui para a relação social da criança (ABRAMOVICH, 1995).
Conforme o exposto podemos notar que a contação de história também é algo que possibilita à criança interagir com o mundo , com a realidade me que está vivendo, pois através de uma história contada ou escutada, a criança passa a obter novas informações, ampliando assim a sua aprendizagem.
Segundo Abramovich (1995),
[...] é através duma história que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica. É ficar sabendo história, geografia, filosofia, política, sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula [...] (p.17).
A leitura é um bem que jamais será perdido, mas para se tornar um leitor ativo é muito importante a prática da leitura onde desperta na criança o prazer de ler e mimoseia uma infinidade de conhecimentos. Segundo a obra de literatura infantil: Gostosuras e Bobices, Fanny Abramovich (1993) fala sobre a importância das histórias na vida das crianças.
Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o inicio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e compreensão de mundo [...] é ouvindo histórias que se pode sentir (também) emoções importantes, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem-estar, o medo, a alegria, o pavor, a insegurança, a tranquilidade, e tantas outras mais, e viver profundamente tudo o que as narrativas provocam em quem as ouve [...] (ABRAMOVICH, 1993).
Portanto, a leitura carrega uma grande incumbência já que ela é responsável pela formação das nossas crianças que serão o futuro de amanhã, por isso é importante colocá-las em contatos com livros que elas gostam para estimular o habito a leitura, mas geralmente as crianças gostam de contos de fadas o que é muito bom já que desenvolve a criatividade ao embevecer as informações do livro aumentando sua capacidade de compreensão. (Coelho 2000).
A contação de história tem uma função muito importante no processo de ensino-aprendizagem. Além de ser uma atividade comunicativa capaz de impelir a formação do cidadão, ela pertence a área das ciências humanas e da educação. Portanto, a contação de história deve ser algo mágico, onde transforme o narrador e o ouvinte, é onde os personagens ganham vida gerando suspense, emoção e surpresa, enriquecendo seu vocabulário melhorando sua interpretação (RAMOS,2011). 
No entanto, escutar história é o início da aprendizagem para ser um leitor já que desde bebês suas mães, pais e familiares contam história sejam bíblicas ou contos de fada, assim o primeiro contato ocorre oralmente. A contação de história é muito importante para que a criança se aproprie do imaginário infantil. O uso da contação da história amplia o vocabulário, incentiva o hábito da leitura e ainda resulta na formação da sua personalidade, esse conjunto desenvolve o consciente e subconsciente infantil, criando assim leitores criativos e críticos.
Por isso quando escutamos contação de história já relacionamos a livros, mas em pleno século XXI e com o grande avanço que tivemos referente as tecnologias temos diversas formas de trabalhar a contação de história. A internet e televisão são meios de fácil acesso onde hoje a maioria da população brasileira tem acesso pelo menos a um desses meios, ambos encontramos diversas histórias com vários enredos diferentes, uma narrativa de sons e imagens que se torna um superatrativo não só as crianças, mas também os adultos é uma das maneiras mais fáceis de ter acesso com a contação de história,já que não é preciso ter um contador que precise estudar a história antes de conta-la. (VILLARDI, 1999).
Assim, hoje se torna comum encontrar crianças que não gostam de ler, mas amam assistir televisão e ver filmes de histórias sites de vídeos6 , assim ela tem uma interação com a contação de história através das tecnologias, o que torna um desafio maior ainda a escola para o elo da criança e o livro, já que os vídeos de história conseguem cingir os alunos, pois é um grande atrativo e influencia o comportamento dos alunos, assim o que muitas vezes acontece é que o aluno acaba não usando a imaginação por ter tudo pronto. (OTTE, 2003).
1. VIVÊNCIA DO ESTÁGIO	
O estágio desse semestre foi realizado de forma não-presencial, pois estamos passando por um período muito complicado, em que as portas dos comércios em grande maioria, das escolas e diversos estabelecimentos tiveram que fechar suas portas, uma pandemia que fez o mundo parar.
Mas tudo o que foi possível pesquisar e coletar dados foi feito, e com isso foi possível adquirir novas aprendizagens. Mas não foi tão fácil realizar o estagio de forma não-presencial, sentimos um pouco de dificuldade em como trabalhar a contação de histórias aos alunos, e com isso criamos um vídeo que foi convertido em formato de livro. Todo o trabalho tem sido gratificante demais.
Portanto, é necessário que a história seja espontânea e envolvente e para isso é importante que o contador estudo a história antes de conta-la, a entonação, o timbre da voz e as expressões faciais faz com que as crianças criem relações e se identifiquem com a história e tornando-a mais atrativa para as crianças, podendo-se então se conduzir para a narrativa. (ABRAMOVICH,1997).
A maioria das mães trabalham em casa de família no setor central da cidade, pais de família trabalham em empresas na zona rural, outros nos comércios da cidade. As crianças atendidas são dos setores Mãe Bela, Santa Luzia, Guarani, Buenos Aires, Morada do Sol , Bela Vista e Centro. 
Apesar da maioria dos pais não terem um grau de escolaridade avançado, estão sempre presentes na vida escolar da criança, ajudando na medida do possível tanto nas atividades escolares quanto nos projetos, palestra, reuniões e outros trabalhos desenvolvidos na instituição.
Afinal, a contação de história junto ao seu caráter artísticos pode servir como auxílio no processo de aprendizagem. Assim, a contação de história pode auxiliar no processo de ensino e aprendizagem sem perder sua magia, já que pode-se envolver a criança em uma discussão e outras matérias sem que ela perceba (VILLARDI, 1997). 
Frequentemente a escola vem perdendo os estímulos da leitura, Maciel (2010) prescinde-se a ideia de que é estimulando, envolvendo e criando também é uma maneira de enriquecer o desenvolvimento dos alunos. Pois “longe da crença ingênua de que a leitura literária dispensa aprendizagem, é preciso que se invista na análise da elaboração do texto, mesmo com leitores iniciantes ou que ainda não dominem o código escrito. ” (MACIEL, 2010, p. 59).
1. IMPRESSÕES DO ESTÁGIO
A Escola Municipal Professora Avani Pereira Rosa e Silva trabalha com valores sociais visando resgatar a cidadania cultural, com auxilio de alunos na sociedade, procurando valorizar a identidade de cada criança, ensinando-as a buscar autonomia diante da vida.
A referida escola tem uma estrutura física adequada para comportar o número de crianças matriculadas e não atende a demanda dos setores. Mas para os pais é melhor assim do que não funcionar, pois os mesmos precisam muito de deixar as crianças em um lugar que confiam nos cuidados das professoras para trabalharem despreocupadas.
Apesar da estrutura física não interferir no ensino aprendizagem, estamos aguardando a construção de mais salas para um melhor atendimento nas atividades em sala de aula, execução e culminância de projetos, palestras, reuniões com pais e comunidades, e também a finalização de uma quadra poliesportiva que se encontra na referida instituição.
Contudo, o estágio supervisionado não-presencial desenvolvido pelas acadêmicas tratou de uma atividade que propiciou o ensino aprendizagem com a apreensão de fundamentos teórico-metodológicos, ético político e técnico-operacional onde o/a estudante tem condições de desenvolver habilidades, potencialidades e conhecimentos específicos ao trabalho profissional e a totalidade da profissão de futura pedagoga e inserida na área da educação como professora de educação infantil.
Através da realização deste foi possível colocar em prática novas metodologias de ensino, através dos recursos tecnológicos e da contação de histórias mediante a realização do produto virtual, que possibilitará aos educandos a despertarem mais o hábito à leitura e não deixar de estar atualizado quanto às suas práticas educacionais em tempos de pandemia, que torna-se indispensável o uso dos recursos tecnológicos.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.
 _______________. Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1993.
BARBOSA, A. M. G. O importante papel do estágio no desenvolvimento de competências. Revista Ágora. Políticas Públicas e Serviço Social, Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, p. 89-95. out. 2004.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Tradução de Arlene Caetano. 16. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
 COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise e didática. São Paulo: Moderna, 2000. 
FILHOS DE A a Z. A importância da leitura nos primeiros meses de vida. Disponível em:http://www.filhosdea-z.com/temas/familia/a-importancia-da-leitura-nos-primeiros-meses/.Acesso em 18 de junho de 2020.
LDB. Lei nº 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de dezembro de 1996.
MIGUEZ, Fátima. Nas arte-manhas do imaginário infantil. 14. ed. Rio de Janeiro: Zeus, 2000.
MACIEL, Rildo Cosson. O espaço da literatura na sala de aula. In: APARECIDA PAIVA, Francisca;
MACIEL, Rildo Cosson. (Coord.). Literatura: ensino fundamental. Brasília: Ministério da Educação. Brasília, 2010. (Coleção explorando o ensino; v. 20). 
GOLDENBERG, M. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, 1997. 
OTTE, M. W.; KOVÁCS, A. A magia de contar histórias. Revista Leonardo Pós-órgão de Divulgação Científica e Cultural do ICPG, Blumenau, v. 1, p. 17-21, 2003.
PPP – Projeto Político pedagógica. Escola Municipal Prof. Avani Pereira Rosa e Silva. Posse, Goiás, 2020.
RAMOS, Flávia Brocchetto; PANOZZO, Neiva Senaide Petry; ZANOLLA, Taciana. Imagem e palavra na leitura de narrativa. Perspectiva, Florianópolis, v. 29, n. 01, p. 245- 262, jan./jun. 2011.
RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira. Cultura, arte e comunicação de histórias. Goiânia, 2005. 
VILLARDI, Raquel. Ensinando a gostar de ler: formando leitores para a vida inteira. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.

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