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MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS

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MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS
UNIDADE I - Contexto atual da magistratura e a resolução de conflitos de forma adequada.
- Monopólio jurisdicional: O Juiz aplica as leis ao caso concreto, substituindo a vontade das partes. Imposição da vontade da lei.
- O conflito deve ser resolvido, de forma com que satisfaça as pessoas.
- Solução técnico jurídica deve exigir interdisciplinaridade, sendo a mais adequada, havendo envolvimento, clareza de expectativas, possibilidade de que as pessoas percebam a importância delas mesmas na resolução (empoderamento diferente de devolvendo poder).
*TEORIA DO CONFLITO*
	Reações ao conflito como uma coisa negativa/ruim; deve ser reestabelecida a conversa, não havendo polarização na comunicação, já que não se ganha nem se perde – despolarização da comunicação. *lembrar da fogueira sem oxigênio*
- Espiral destrutiva do conflito: polarização e alimentação dele
-Analise do conflito além da lide, despolarizando a comunicação, solução cooperativa
- Ferramentas: saber despolarizar a comunicação – análise das intenções/objetivos. Entender que a manifestação verbal ocorre diante de reações fisiológicas, percebendo a verdadeira necessidade.
UNIDADE II - Política de Tratamento adequado dos conflitos de interesse
- Brasil sempre buscou uma forma de resolução de conflito mais prática, criando diretrizes e políticas para tanto, sendo as necessidades partido dos seguintes fatos:
· Judicialização das relações sociais, que abarrotam o sistema judiciário;
· Intensa conflitividade, fazendo complexidade e diversidade social maior, além disso, o próprio sistema político e econômico que causa a polarização social – ideal de ganha X perde;
· Ausência de política pública, a fim de tratar de forma os conflitos sociais;
· Mecanismo preponderante: solução adequada ou heterocompositiva dos conflitos de interesse (aguardava-se a decisão/sentença para resolução);
· Solução ganha-perde: Número cada vez maior de recursos.
**2010: Resolução 125 CNJ** 
Traz ao judiciário estrutura necessária para criação de política nacional, traz novo paradigma, onde todos podem sair ganhando. – Mudança da cultura da sentença X cultura da pacificação, mesmo não minimizando as modalidades heterocompositivas.
Objetivos: disseminar a cultura de autocomposição de qualidade, incentivando os tribunais a criação de meios possíveis para esse tipo de resolução de conflitos, implementação das políticas públicas. Redução de processos judiciais é mera consequência, não objetivo.
· Fórum de múltiplas portas: equipe de triagem para decidir qual o melhor tratamento para aquela demanda, para isso é necessário conhecer os métodos. Intenção é o efetivo e adequado encaminhamento da demanda. 
Lei 13140/15 – Mediação Judicial e Extrajudicial
Extrajudicial: sem prazo; mediador é pessoa de confiança das partes; remuneração pelas partes; poderão as partes serem assistidas por advogado.
Judicial: 60 dias; Credenciado e remunerado pelos tribunais NUPEMEC; graduado pelo menos à 2 anos e ter capacitação reconhecida pelas escolas credenciadas. 
	*Estrutura: NUPEMECS - Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos; o qual delimita quais são as praticas estaduais a serem adotadas, e quem executa essas politicas são os CEJUSC. 
UNIDADE III - Formas de Resolução de Conflito
Métodos de resolução de conflitos:
Métodos autocompositivos: - principio: voluntariedade, informalidade, confidencialidade.
· Negociação: A negociação trata-se de modelo de solução do conflito no qual as próprias pessoas envolvidas na controvérsia, sem a ajuda de um terceiro imparcial buscam satisfazer suas necessidades ou atingir seus objetivos, por meio do diálogo que pode resultar em acordos.
· Conciliação: (lei 9.099/95) um processo técnico (não intuitivo), desenvolvido pelo método consensual, na forma autocompositiva, em que o terceiro imparcial, após ouvir as partes, orienta-as, auxilia, com perguntas, propostas e sugestões a encontrar sugestões (a partir da lide) que possam atender aos seus interesses e as materializa em um acordo que conduz á extinção do processo judicial. (BACELLAR, 2012, p.66);
· Mediação: A mediação de conflitos pode ser considerada um método de resolução de conflito intermediado por um terceiro imparcial, o mediado, cujo o propósito é atingir a satisfação dos interesses e das necessidades apresentadas pelas partes envolvidas em um conflito. (SAMPAIO; NETO, 2007). Quanto a sua metodologia, o objetivo é estimular a comunicação eficaz, por meio de um diálogo cooperativo, entre as partes, para que elas consigam construir soluções eficazes para a controvérsia que estão envolvidas. (SAMPAIO; NETO, 2007). A diferença com a conciliação é que a conciliação é mais prática, pragmática, tem uma lei que a envolver, e a mediação tem uma demanda conflitiva que envolve o emocional. A mediação usa de técnicas para construir uma solução. 
· Círculos restaurativos: - Processo circular (todos se responsabilizam) - A mediação circular-narrativa, construída por uma terapeuta familiar Sara Cobb. Esse modelo atua dentro da teoria sistêmica, tendo como propósito atuar não apenas no conflito, mas também considerando as pessoas envolvidas, suas historias e relações. Seu foco é nas relações, mas também no acordo. (PADILHA, 2004).
UNIDADE IV - Métodos consensuais e adversariais
Métodos consensuais:
- mediação/conciliação/negociação
*Menor intervenção de terceiro (olhar tabela)
Métodos adversariais:
- arbitragem / sentença judicial
	*Maior intervenção de terceiro (olhar tabela)
Valor justiça tendo em vista as pessoas da causa
**mediação/conciliação**
- Ambas são formas consensuais, e são um verdadeiro processo. 
Questão ambiental, técnica e social como qualidade: Importância de um ambiente confortável, seguro, situação confortável, linguagem adequada – regras de liderança, comunicação e ambiente para o juiz/conciliador – boa apresentação, regras do jogo (esclarecimento, envolvimento)
UNIDADE V - Técnicas e habilidades para uma conciliação técnica com uso de ferramentas da mediação
Mudança de postura do profissional do direito: transdisciplinariedade, buscar na psicologia, antropologia, filosofia que possam melhorar a atuação.
*Rapport: apresentação/comportamento, de acordo com o espaço, tempo e cultura que você esta estabelecido/inserido. 
*mudança de Liderança impositiva (no jurisdicional) para Liderança situacional (se exerce de acordo com a situação do caso).
* Circularidade da comunicação: tudo o que você falar atinge o outro, que atinge o próximo etc. Ideia do estabelecimento do Rapport e escuta ativa, dinâmica, que produz resultado. Estabelecer sintonia com acolhimento. 
Ouvir com atenção, estabeler as questões, e anotar, para colocar as condições requeridas, vez que a solução pode não estar nos autos do processo; Necessidade de redefinir, resumir, o conteúdo das palavras de uma forma neutras, estabelecendo um contato harmonioso, equilibrado.
UNIDADE VI - Audiência de Conciliação e Processo Justo
· Preparação e técnicas adequadas:
*ferramentas:
	- Afago – valorizar comportamentos positivos quando devem ser valorizados;
	- Resumo parcial – comunicação com as expressões mais adequadas;
	- Sessões privadas (trabalhadas juntamente com a confidencialidade) – chamar as partes, uma por vez, transformar o ambiente em um ambiente seguro;
· Etapas: 
- Preparação do ambiente de trabalho;
- Apresentação/Rapport – estabelecer o tom da conversa;
- Estipular estratégias - distinção entre lide e interesse; Confidencialidade; 
- Falar sobres os tópicos necessários constantes nos autos;
- Manter escuta ativa, dinâmica, dando o mesmo tempo para ambas partes;
- anotar e fazer resumo parcial, caso as partes estiverem ríspidas, ou resumo unificado ao final;
- ressaltar as questões, pela percepção do conciliador, e perguntar se as partes estão de acordo;
- caso necessário, ante a circularidade da comunicação, quando a comunicação voltar a lide estará mais definida caso existir um impasse em um primeiro momento;
 - Teste de realidade: verificação das condiçõese se o acordo será cumprido
- 
* Video: O noivado
Primeira audiência:
Traz ao judiciário estrutura necessária para criação de política nacional, traz novo paradigma, onde todos podem sair ganhando. – Mudança da cultura da sentença X cultura da pacificação, mesmo não minimizando as modalidades heterocompositivas.
Segunda audiência: 
Objetivos: disseminar a cultura de autocomposição de qualidade, incentivando os tribunais a criação de meios possíveis para esse tipo de resolução de conflitos, implementação das políticas públicas. Redução de processos judiciais é mera consequência, não objetivo.

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