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Tutoria 
 
 Sp2 
 
 
1) Compreender a anatomia da orelha e estruturas relacionadas a via da audição. 
 
 
 
 
A orelha é o órgão da audição e do equilíbrio, sendo composta por três partes: 
orelha externa, média e interna. As partes externa e média estão relacionadas 
principalmente com a transferência de som para orelha interna, que contém o órgão 
do equilíbrio e também da audição. 
 
Orelha Externa 
 
A orelha externa é formada pela orelha (pavilhão) e meato acústico externo. 
A orelha é composta de cartilagem e coberta por pele fina, sendo composta de 
várias depressões e elevações. A concha é a depressão mais profunda. A margem 
elevada da orelha é a hélice. O trago é uma projeção linguiforme superposta à 
abertura do meato acústico externo. As demais depressões e elevações estão 
indicadas na Figura 1. 
 
A irrigação arterial da orelha advém das artérias auricular posterior e temporal 
superficial. A drenagem linfática da face lateral da metade superior da orelha é feita 
pelos linfonodos parotideos superficiais, enquanto que a face cranial da metade 
superior é feita pelos linfonodos mastoideos e cervicais profundos, e o restante da 
orelha, drena para os linfonodos cervicais superficiais. Os principais nervos para a 
pele da orelha são o auricular magno e o auriculotemporal. O nervo auricular magno 
supre a face cranial (medial) e a parte posterior (hélice, 
antélice e lóbulo) da face lateral. O nervo auriculotemporal, um ramo do NC V3, 
supre a pele da orelha anterior ao meato acústico externo. 
 
Figura 1: Componentes da Orelha Externa. Standring, 2010. 
 
 
 
O meato acústico externo é um canal que liga o pavilhão auditivo até a membrana 
timpânica (sua “base”), medindo uma distância de 2 a 3 centímetros em adultos. O 
terço lateral desse canal é cartilagíneo e revestido por pele, já os dois terços mediais 
são ósseos e revestidos por pele fina e contínua com a camada externa da 
membrana timpânica. O meato acústico externo contém glândulas ceruminosas, 
responsáveis por produzir cerume (cera de ouvido). 
 
A membrana timpânica é uma divisória entre o meato acústico externo e a 
cavidade 
timpânica da orelha média, medindo cerca de 1 cm de diâmetro. A membrana 
timpânica movimenta-se em resposta às vibrações do ar que atravessam o meato 
acústico externo e chegam até ela. Os movimentos da membrana são transmitidos 
pelos ossículos da audição através da orelha média até a orelha interna. 
 
Orelha Média 
 
A cavidade timpânica ou cavidade da orelha média corresponde a uma câmara 
estreita e cheia de ar na parte petrosa do temporal. A cavidade tem duas partes: a 
cavidade timpânica propriamente dita, o espaço diretamente interno à membrana 
timpânica, e o recesso epitimpânico, o espaço superior à membrana. A cavidade 
timpânica está unida na parte ântero medial à parte nasal da faringe pela tuba 
auditiva (e por esse motivo, é composta de ar) e na parte póstero superior às células 
mastóideas através do antro mastoideo. 
 
 
 
O conteúdo da orelha média é composto por: 
 
• Ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo); 
• Músculos estapédio e tensor do tímpano; 
• Nervo corda do tímpano, um ramo do NC VII; 
• Plexo timpânico de nervos. 
 
 
 
 
 
Figura 2: Orelha Média. Moore, 2014. 
 
Orelha Interna 
 
A orelha interna contém o órgão vestibulococlear relacionado com a recepção do 
som e a manutenção do equilíbrio. A orelha é formada pelo labirinto ósseo ​(parte 
petrosa do osso temporal) e o ​labirinto membranáceo, que está contido no labirinto 
ósseo. O labirinto membranáceo, contendo endolinfa, está suspenso no labirinto 
ósseo cheio de perilinfa, seja por delicados filamentos semelhantes aos filamentos 
de aracnóide-máter que atravessam o espaço subaracnóideo ou pelo grande 
ligamento espiral. Ele não flutua. Esses líquidos participam da estimulação dos 
órgãos de equilíbrio e audição, respectivamente. 
 
A orelha interna contém a ​cóclea​, órgão da audição, e o ​utrículo, sáculo e canais 
semicirculares,​ órgãos do equilíbrio. 
 
A cóclea ​é a parte em forma de concha do labirinto ósseo que contém o ducto 
coclear, a parte da orelha interna associada à audição. O canal espiral da cóclea 
começa no vestíbulo e faz duas voltas e meia ao redor de um centro ósseo, o 
modíolo – composto por osso esponjoso contendo canais para os vasos sanguíneos 
e para a distribuição do nervo coclear. 
 
 
O ​vestíbulo do labirinto ósseo é uma pequena câmara oval que contém o utrículo 
e o sáculo e partes do aparelho do equilíbrio (labirinto vestibular). O vestíbulo 
apresenta a janela do vestíbulo em sua parede lateral, ocupada pela base do 
estribo. O vestíbulo é contínuo com a cóclea óssea anteriormente, os canais 
semicirculares posteriormente e a fossa posterior do crânio pelo aqueduto do 
vestíbulo, o qual dá passagem ao ducto endolinfático. 
 
Os ​canais semicirculares (anterior, posterior e lateral) comunicam-se com o 
vestíbulo do labirinto ósseo. Cada canal semicircular forma cerca de dois terços de 
um círculo e tem cerca de 1,5 mm de diâmetro, exceto em uma extremidade onde há 
um alargamento, a ampola óssea. 
 
O labirinto membranáceo é formado por uma série de sacos e ductos 
comunicantes que estão suspensos no labirinto ósseo. Contém ​endolinfa, um 
líquido aquoso cuja composição é semelhante à do líquido intracelular, assim 
diferindo em composição da perilinfa adjacente (que é semelhante ao líquido 
extracelular) que preenche o restante do labirinto ósseo. 
 
O labirinto membranáceo é constituído de duas divisões: 
 
➢ Labirinto vestibular: 
● Utrículo: 
● Sáculo; 
● Três ductos semicirculares: cada ducto possui uma ampola, com criptas 
ampulares (área sensitiva), que registra os movimentos da cabeça. 
 
➢ Labirinto coclear: ducto coclear na cóclea – é um tubo fechado em uma 
extremidade, que está presente dentro do canal espiral ósseo. 
 
Figura 3: Orelha Interna. Standring, 2010. 
 
 
Por fim, o meato acústico interno é um canal estreito que segue lateralmente por 
cerca de 1 cm dentro da parte petrosa do temporal. O poro acústico interno do 
meato acústico interno está situado na parte posteromedial deste osso, alinhado 
com o meato acústico externo. O meato acústico interno é fechado lateralmente por 
uma lâmina fina e perfurada de osso que o separa da orelha interna. Através desse 
plano seguem o nervo facial (NC VII), o nervo vestibulococlear (NC VIII) e suas 
divisões, além dos vasos sanguíneos. O nervo vestibulococlear divide-se perto da 
extremidade lateral do meato acústico interno em duas partes: um nervo coclear e 
um nervo vestibular. 
 
 
 
 
 
 
 
2)Compreender as estruturas relacionadas ao equilíbrio. 
 
O equilíbrio é um estado de balanço, se a palavra é utilizada para descrever 
concentrações iônicas em fluidos corporais ou a posição do nosso corpo no espaço. 
No posicionamento corporal, a informação sensitiva proveniente da orelha interna e 
dos proprioceptores das articulações e dos músculos comunica ao nosso encéfalo a 
localização das diferentes partes do nosso corpo, uma em relação a outra, e estas 
em relação ao meio ambiente. A informação visual também tem um papel importante 
no equilíbrio. 
Nosso senso de equilíbrioé mediado por células pilosas que estão no aparelho 
vestibular cheio de fluido e nos canais semicirculares da orelha interna. Esses 
receptores respondem às mudanças rotacionais, verticais, e a aceleração linear. A 
função das células pilosas é similar à das células da cóclea, mas a gravidade e a 
aceleração, mais do que as ondas sonoras, é que proveem a força que move os 
estereocílios. 
 
O aparelho vestibular está cheio com endolinfa 
 
O aparelho vestibular consiste de duas estruturas semelhantes a sacos que são 
os ​otólitos​, o ​utrículo e o ​sáculo​, que estão presentes ao longo de três ​canais 
semicirculares. O canais semicirculares conectam-se ao utrículo por suas bases, e 
são orientados em ângulos retos um em relação ao outro, semelhantes a três planos 
que ficam juntos para formar a ponta de uma caixa. 
 
A extremidade de cada canal é alargada em uma câmara, a ​ampola (garrafa), que 
consiste de um receptor sensitivo conhecido como crista​. A cristã consiste de uma 
massa gelatinosa, a ​cúpula (tubo pequeno), que se alarga da base ao topo da 
ampola, fechando-a. Os cílios das células pilosas ficam embutidos na cúpula. As 
membranas basais das células pilosas fazem sinapse com os neurônios sensitivos 
do ​nervo vestibular ​(uma ramificação do nervo craniano VIII). 
 
 
Os receptores sensitivos do utrículo e do sáculo, as máculas, são diferentes dos que 
estão na crista. Cada mácula consiste de uma massa gelatinosa conhecida como 
membrana do otólito, em que pequenos cristais de carbonato de cálcio denominados 
otólitos estão mergulhados. Debaixo da membrana do otólito estão as células 
pilosas cujos cílios são conectados na membrana. 
 
O aparelho vestibular, assim como o ducto coclear, é preenchido por um fluido 
chamado endolinfa, secretado pelas células epiteliais. Como o líquido 
cerebroespinhal, a endolinfa é secretada continuamente e drenada da orelha interna 
para o seio venoso na dura-máter do encéfalo. Se a produção de endolinfa excede a 
taxa de drenagem, a quantidade maior de fluido pode causar uma doença 
denominada Doença de Ménière, condição marcada por episódios de tontura e 
náuseas, aparentemente como resultado de mudanças na pressão do fluido dentro 
do aparelho vestibular. Ela pode também cursar perda de audição se o órgão de 
Corti no ducto coclear for danificado. 
 
O aparelho vestibular fornece informações sobre o movimento e a 
posição no espaço. 
 
O sentido especial do equilíbrio tem dois componentes; um componente dinâmico, 
que nos informa sobre o nosso movimento no espaço, e um componente estático, 
que nos diz se a nossa cabeça está deslocada da posição vertical normal. Os três 
canais semicirculares sentem a aceleração rotacional em várias direções. Os otólitos 
nos informam sobre a aceleração linear e a posição da cabeça. 
 
As células receptoras de ambos os conjuntos de órgãos sensitivos são células 
pilosas que funcionam como as células pilosas do órgão da Corti. Quando os cílios 
inclinam em uma direção, eles despolarizam, e quando eles inclinam em direção 
oposta, hiperpolariza. As células pilosas vestibulares possuem um cílio longo 
denominado quinocílio, que está localizado em um lado do feixe, criando um ponto 
de referência para a direção das inclinações. 
 
 
 
Os canais semicirculares sentem a aceleração rotacional 
Com a rotação é sensitivamente percebida? Quando a cabeça gira, a estrutura 
óssea do crânio e o labirinto membranoso movem-se, mas a endolinfa dentro dos 
canais nao pode acompanhar, por causa da inércia. O obstáculo do fluido empurra a 
cúpula e as células pilosas em direção oposta àquela do giro da cabeça. 
 
Fazendo uma analogia, pense em um pincel usado em uma pintura (a crista ligada a 
parede do canal) passando com tinta (a endolinfa) em um quadro. Se você 
pressionar o pincel para a direita, o obstáculo da tinta no quadro fará com que as 
cerdas sejam empurradas para a esquerda. Do mesmo modo, a inércia do fluido dos 
canais semicirculares empurra a cúpula e os cílios das células pilosas para a 
esquerda quando a cabeça vira para a direita. 
 
Se a rotação continuar, o movimento da endolinfa finalmente a alcança. Então, se a 
cabeça para de rodar abruptamente, o fluido não consegue parar rapidamente. O 
fluido então continua a rodar na direção da rotação da cabeça, levando a pessoa a 
sentir tontura. Se a sensação é muito forte, a pessoa pode ficar tonta e posicionar o 
seu corpo na direção oposta à da rotação, em um reflexo que tende a compensar a 
aparente perda de equilíbrio. 
 
Os otólitos sentem a aceleração linear e a posição da cabeça. 
 
 
Os otólitos estão preparados para sentir forças lineares. A mácula do utrículo está 
localizada horizontalmente quando a cabeça encontra-se na posição vertical normal. 
 
 
Se a cabeça pende para trás, os otólitos da membrana gelatinosa vão para trás, 
uma vez que a gravidade age sobre essas partículas densas. Os cílios das células 
pilosas batem, provocando um sinal. 
 
A mácula do sáculo está orientada verticalmente quando a cabeça está ereta e as 
forças verticais são sentidas, como quando um elevador subindo para abruptamente. 
O encéfalo analisa o padrão das células pilosas que despolariza e que são 
hiperpolarizadas com o objetivo de computar a posição da cabeça e a direção do 
movimento. 
 
 
 
3)Quais são as causas mais prevalentes para a perda auditiva? (gênese da perda 
auditiva: ruído ocupacional, trauma, +) e quais as possíveis prevenções? 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf 
 
➢ Perda auditiva relacionada à idade 
À medida que envelhecemos, podemos perder a capacidade de ouvir sons mais suaves e 
agudos. O som dos pássaros é bastante fácil de viver sem, mas passar quando você perde 
alguns dos blocos de construção do discurso é um negócio muito mais desafiador. 
 
 
A perda auditiva relacionada à idade é causada pelo desgaste diário da vida do sistema 
auditivo, e os sintomas mais comuns são problemas para ouvir vozes suaves, bem como 
problemas para ouvir a fala quando o ruído de fundo está presente. Muitas vezes, os 
membros da família notarão perda auditiva relacionada à idade antes que a pessoa com a 
perda seja realmente incomodada por isso 
 
➢ Perda auditiva induzida por ruído 
Isso geralmente é causado por excesso de exposição ao ruído excessivo. Isso ameaça a 
audição de pessoal militar, policiais, trabalhadores da construção, trabalhadores de fábrica, 
agricultores, dentistas e professores de jardim de infância - para citar apenas alguns. Os 
concertos de rock e os tocadores de MP3 também podem prejudicar a audição das 
pessoas. A exposição regular ao ruído alto irá acelerar a perda auditiva. É por isso que é 
importante sempre usar protetores auriculares se você estiver exposto a barulho excessivo. 
 
Tipos de perda auditiva 
As causas mais comuns de perda auditiva são idade ou sobreexposição ao ruído alto. Mas 
a perda de audição também pode ser causada por infecção, ferimento na cabeça, 
tratamentos contra o câncer ou tomar certos medicamentos. 
A perda auditiva pode ser causada por problemas na orelha externa e média ou por célulasou fibras danificadas no ouvido interno. Ou pode ser uma combinação de ambos. 
Perda auditiva do ouvido externo e médio (condutiva) 
A perda auditiva condutiva é causada por problemas na orelha externa e média, o que pode 
impedir que os sons passem pelo ouvido interno. A causa mais comum pode ser uma 
acumulação de cera no canal auditivo, tímpanos perfurados, líquido na orelha média ou 
ossos danificados ou defeituosos da orelha média (ossículos). 
Perda auditiva no ouvido interno (neurossensorial) 
Este tipo de perda de audição ocorre quando as fibras nervosas delicadas na orelha interna 
ficam danificadas. Isso os impede de transmitir o som corretamente. Pode ser causada por 
exposição excessiva ao ruído, mas as causas mais comuns de perda auditiva 
neurossensorial são os processos naturais do envelhecimento. Para alguns, as células 
sensoriais se desgastam já com a idade de 50, enquanto outras têm apenas perda de 
audição insignificante mesmo aos 80 anos. Esta condição é permanente na maioria dos 
casos. 
 
Perda mista envolve ambas as perdas, condutiva e neurossensorial. Ela pode ser causada 
por lesões graves da cabeça, infecção crônica, ou um dos muitos distúrbios genéticos 
raros.Causas 
As ​causas mais comuns ​, no total, são: 
● Acúmulo de cera (cerume) 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/doen%C3%A7as-do-ouvido-externo/bloqueios-auditivos
● Ruído 
● Envelhecimento 
● Infecções do ouvido​ (particularmente em crianças e adultos jovens) 
Acúmulo de cera é a causa mais comum de perda auditiva tratável, especialmente dentre 
as pessoas mais velhas. 
Ruído pode causar perda auditiva neurossensorial súbita ou gradual. Exposição a um único 
ruído extremo (como um tiro ou explosão muito próximos) pode causar uma perda auditiva 
súbita, à qual nos referimos como trauma acústico. Algumas pessoas com trauma acústico 
também desenvolvem zumbidos ou zunidos nos ouvidos (​acufeno​). A perda auditiva por 
trauma acústico geralmente desaparece dentro de um dia (a não ser que a explosão 
também tenha atingido o tímpano ou o ouvido médio). No entanto, exposição a ruídos por 
longo prazo causa a maioria das perdas auditivas causadas por eles. Ruídos mais altos que 
uns 85 decibéis (dB) podem causar perda auditiva, se a exposição ocorrer por bastante 
tempo. Embora as pessoas variem um pouco quanto à susceptibilidade para perda auditiva 
causada por ruídos, quase todas perdem um pouco da audição se forem expostos a ruídos 
suficientemente intensos por um período bastante longo. 
O ​envelhecimento​, juntamente com a exposição a ruídos e fatores genéricos, é um fator de 
risco comum para perda auditiva. A perda auditiva relacionada à idade (​presbiacusia​) limita 
a capacidade de uma pessoa de ouvir frequências mais elevadas em comparação a 
frequências mais baixas. 
Infecções do ouvido são uma causa comum de perda auditiva temporária leve a moderada 
(principalmente em crianças). A maioria das crianças recupera a audição normal após 3 ou 
4 semanas depois de passada a infecção; porém, algumas sofrem perda permanente da 
audição. A perda de audição persistente é mais provável em crianças com infecções de 
ouvido recorrentes. 
Causas menos comuns 
Causas menos comuns incluem o seguinte: 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-dos-ouvidos-do-nariz-e-da-garganta-em-crian%C3%A7as/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-do-ouvido-m%C3%A9dio-em-crian%C3%A7as-pequenas
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/sintomas-das-doen%C3%A7as-dos-ouvidos/zumbido-ou-zunido-no-ouvido
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/perda-da-audi%C3%A7%C3%A3o-e-surdez/perda-da-audi%C3%A7%C3%A3o#v7538784_pt
Doenças autoimunes 
Doenças congênitas 
Substâncias que lesionam o ouvido (​medicamentos ototóxicos​) 
Lesões 
Tumores 
Prevenções 
1.Não coloque objetos no ouvido 
Muitas crianças apresentam o hábito de colocar objetos dentro dos ouvidos e é essencial 
que os pais prestem atenção a essas atitudes. Isso porque eles podem obstruir a passagem 
do som e provocar um processo infeccioso ou inflamatório no local. 
Nos adultos e adolescentes, o maior risco é com o uso de cotonetes na tentativa de limpar a 
orelha. O ouvido expulsa a cera em excesso naturalmente e a interferência nesse processo 
pode causar a perfuração do tímpano e infecções. 
2. Evite sons altos 
A poluição sonora é uma das causas principais de perda auditiva em jovens, devido ao 
hábito de ouvir música com um volume muito alto em fones de ouvido. Assim, mesmo 
quando nos acostumamos com o volume nas alturas, existe um risco de os ouvidos serem 
danificados, e o ideal é que o som não ultrapasse 50% do limite do aparelho. A sensação de 
zumbido provocada por esse hábito pode ser decorrente de um trauma auditivo e é um sinal 
de alerta que precisa ser investigado por um médico. 
3. Faça o tratamento de doenças adequadamente 
Algumas doenças infectocontagiosas, como a meningite e a ​otite​, podem evoluir para a 
surdez quando o tratamento não é feito de maneira adequada. Isso acontece porque alguns 
micro-organismos podem destruir estruturas que são responsáveis pela audição. Portanto, o 
recomendado é buscar ajuda médica e seguir o tratamento prescrito, caso o primeiro sinal 
da doença seja percebido. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/dist%C3%BArbios-do-ouvido-interno/dist%C3%BArbios-do-ouvido-causados-por-f%C3%A1rmacos
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/doen%C3%A7as-do-ouvido-externo/tumores-dos-ouvidos
https://comunicareaparelhosauditivos.com/doencas-auditivas/
4. Utilize EPIs em trabalhos com intensos ruídos 
Quando somos expostos a ruídos diários que ultrapassam o limite de segurança, seja de 
forma súbita, seja de forma esporádica ou de forma prolongada, devemos sempre utilizar 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Esses estímulos sonoros de alta intensidade 
têm a capacidade de matar as células da nossa audição. Por isso, o seu uso é fundamental. 
Como vimos, os cuidados de ​como prevenir a surdez​ incluem medidas que devem ser 
tomadas todos os dias. Por isso, devemos evitar colocar objetos no ouvido, fazer o 
tratamento de doenças de modo adequado, não ouvir sons muito altos, entre outros. Com 
isso, é possível evitar o problema e ter mais ​qualidade de vida​. 
● Utilize fones de ouvido de forma segura 
A exposição constante a ruídos acima de 80 decibéis (equivalente a um liquidificador) já é 
suficiente para causar perda auditiva – e esse limite é facilmente ultrapassado pelos fones 
de ouvido atuais. 
Para reduzir o risco, é necessário adotar alguns cuidados ao utilizar esses acessórios, por 
exemplo: 
● Mantenha o volume do aparelho sonoro abaixo da metade da capacidade total; 
● Certifique-se de que as pessoas a 1 metro de distância não estejam escutando o 
som dos seus fones; 
● Não durma de fone de ouvido; 
● Opte por fones de ouvido de boa qualidade, capazes de isolar o ruído externo. 
2. Mantenha distância da caixa de som em shows e festas 
Ao frequentar eventos musicais, procure ficar longe das caixas de som. O zumbido 
característico que aparece horas depois de shows e festas já pode indicar dano auditivo, 
podendo ser necessário consultar o otorrinolaringologista. 
3. Adote cuidados especiais se você trabalha em call center 
Atendentes de call center e serviços de telemarketing passam o dia todo utilizando fones de 
ouvido, o que aumenta o risco deuma doença irreversível conhecida como perda auditiva 
por ruído (PAIR). Para evitar esse problema, é recomendável: 
● Alterne o uso do fone de ouvido entre a orelha direita e a esquerda; 
● Ajuste o volume do fone para o mínimo possível; 
● Faça pausas de 10 minutos para cada hora de trabalho. 
4. Utilize protetores auriculares em ambientes ruidosos 
Trabalhadores de fábricas e da construção civil apresentam risco elevado de perda auditiva 
por ruído devido à exposição constante ao barulho de soldas, furadeiras e máquinas em 
geral, devendo utilizar protetores auriculares durante o expediente. 
 
https://comunicareaparelhosauditivos.com/melhor-idade/
5. Abandone o uso dos cotonetes 
A cera é uma substância naturalmente produzida pelo organismo com o objetivo de manter 
os ouvidos lubrificados e impedir a entrada de microrganismos, portanto ela não deve ser 
removida sem a avaliação de um otorrinolaringologista. 
Além desse motivo para abandonar o uso dos cotonetes, considere que eles ainda podem 
causar perda auditiva por perfurar o tímpano, lesionar os canais internos do ouvido e 
prejudicar o posicionamento correto dos ossinhos auriculares. 
6. Cuide da sua saúde e controle as doenças crônicas 
Embora a perda auditiva não esteja entre os efeitos mais famosos das doenças crônicas, 
ela de fato pode ocorrer. No caso de obesidade, diabetes, hipertensão e osteoporose, por 
exemplo, a redução da capacidade auditiva se dá pelo prejuízo da circulação sanguínea nos 
vasinhos do ouvido. 
Ter uma alimentação equilibrada é um dos principais pilares para evitar e controlar essas 
doenças. Além disso, a audição é diretamente beneficiada pelo consumo de frutas, 
verduras, legumes e castanhas, que são ricos em substâncias como vitamina C, vitamina E 
e carotenoides, que ajudam a preservar as células ciliadas da orelha interna. 
7. Faça os tratamentos de acordo com a recomendação médica 
Tratamentos incompletos ou inadequados de infecções como ​gripe​, otite, sinusite e 
meningite podem levar à perda auditiva. Por isso, é necessário seguir as recomendações 
médicas e não substitui-las por soluções caseiras. 
A automedicação também deve ser evitada porque alguns medicamentos, quando mal 
utilizados, podem ser tóxicos para os ouvidos. Este é o caso de determinados antibióticos 
(neomicina, gentamicina, eritromicina), da furosemida e do ácido acetilsalicílico. 
8. Consulte-se regularmente com o otorrinolaringologista 
A maior parte das pessoas só procura o otorrinolaringologista quando já apresenta algum 
comprometimento da audição, que talvez pudesse ter sido evitado com um tratamento 
precoce ou com medidas de prevenção. 
Por isso, recomenda-se consultar o médico especialista na saúde do ouvido se houver 
qualquer tipo de desconforto, dor ou zumbido na região, de forma a evitar que o problema 
se instale ou se agrave. 
Além disso, pessoas com mais de 50 anos devem fazer uma consulta anual para avaliar 
sua capacidade de audição e reduzir a velocidade da perda auditiva. 
 
4)Reconhecer o efeito do ruído na perda auditiva e identificar aspectos epidemiológicos e 
legais a respeito das doenças ocupacionais. (​ruído ocupacional​) 
 
A maior característica da Pair é a degeneração das células ciliadas do órgão de Corti. 
Recentemente tem sido demonstrado o desencadeamento de lesões e de apoptose celular 
em decorrência da oxidação provocada pela presença de radicais livres formados pelo 
 
https://medprev.online/blog/como-se-prevenir-de-gripes-e-resfriados-com-a-chegada-do-outono.html
excesso de estimulação sonora ou pela exposição a determinados agentes químicos. Esses 
achados têm levado ao estudo de substâncias e condições capazes de proteger as células 
ciliadas cocleares contra as agressões do ruído e dos produtos químicos (OLIVEIRA, 2001, 
2002; HYPPOLITO, 2003). 
Em 1998, o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva definiu como características 
da Pair: 
• Ser sempre neurossensorial, uma vez que a lesão é no órgão de Corti da orelha interna. 
• Ser geralmente bilateral, com padrões similares. Em algumas situações, observam-se 
diferenças entre os graus de perda das orelhas. 
• Geralmente, não produzir perda maior que 40dB(NA) nas freqüências baixas e que 
75dB(NA) nas altas. 
• A sua progressão cessa com o fim da exposição ao ruído intenso. 
• A presença de Pair não torna a orelha mais sensível ao ruído; à medida que aumenta o 
limiar, a progressão da perda se dá de forma mais lenta. 
• A perda tem seu início e predomínio nas freqüências de 3, 4 ou 6 kHz, progredindo, 
posteriormente, para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz. 
• Em condições estáveis de exposição, as perdas em 3, 4 ou 6 kHz, geralmente atingirão 
um nível máximo, em cerca de 10 a 15 anos. 
• O trabalhador portador de Pair pode desenvolver intolerância a sons intensos, queixar-se 
de zumbido e de diminuição de inteligibilidade da fala, com prejuízo da comunicação oral. 
 
O American College of Occupational and Environmental Medicine (Acoem), em 2003, 
apresenta como principais características da Pair: 
• Perda auditiva sensório-neural com comprometimento das células ciliadas da orelha 
interna. 
• Quase sempre bilateral. 
 
• Seu primeiro sinal é um rebaixamento no limiar audiométrico de 3, 4 ou 6kHz. No início da 
perda, a média dos limiares de 500, 1 e 2kHz é melhor do que a média de 3,4 ou 6kHz. O 
limiar de 8kHz tem que ser melhor do que o pior limiar. 
• Em condições normais, apenas a exposição ao ruído não produz perdas maiores do que 
75dB em freqüências altas e do que 40dB nas baixas. 
• A progressão da perda auditiva decorrente da exposição crônica é maior nos primeiros 10 
a 15 anos e tende a diminuir com a piora dos limiares. 
• Evidências científicas indicam que a orelha com exposições prévias a ruído não são mais 
sensíveis a futuras exposições. Uma vez cessada a exposição, a Pair não progride. 
• O risco de Pair aumenta muito quando a média da exposição está acima de 85dB(A) por 
oito horas diárias. As exposições contínuas são piores do que as intermitentes, porém, 
curtas exposições a ruído intenso também podem desencadear perdas auditivas. Quando o 
histórico identificar o uso de protetores auditivos, deve ser considerada a atenuação real do 
mesmo, assim como a variabilidade individual durante o seu uso. 
 
A deficiência auditiva provocada pela exposição continuada a ruído pode provocar diversas 
limitações auditivas funcionais, as quais referem-se, além da alteração da sensibilidade 
auditiva, às alterações de seletividade de freqüência, das resoluções temporal e espacial, 
do recrutamento e do zumbido (SAMELLI, 2004). 
 
 
A alteração da seletividade de freqüência provoca dificuldades na discriminação auditiva. 
Essa lesão provoca aumento do tempo mínimo requerido para resolver um evento sonoro 
(resolução temporal), o que, principalmente associado com a reverberação dos ambientes 
de trabalho, provoca limitação da capacidade do portador de Pair em reconhecer sons 
(BAMFORD; SAUNDERS, 1991). 
 
Quando o indivíduo é portador de uma Pair, que tem como característica ser 
neurossensorial, ocorre uma redução na faixa dinâmica entre o limiar auditivo e o limiar de 
desconforto, provocando um aumento na ocorrência de recrutamento (fenômeno de 
crescimento rápido e anormal da sensação de intensidade sonora) e, portanto, um aumento 
da sensação de desconforto. Isso é comum nos ambientes de trabalho com elevados níveis 
de pressão sonora. 
 
O zumbido é um dos sintomas mais comumente relatados pelos portadores de Pair, e 
provocamuito incômodo (KANDEL; SCHWARTZ; JUSSEL, 2003). Ele é definido como 
sendo a manifestação do mau funcionamento, no processamento de sinais auditivos 
envolvendo componentes perceptuais e psicológicos (VESTERAGER, 1997). Num estudo 
com 3.466 trabalhadores requerentes de indenização por Pair, Mc Shane, Hyde Alberti 
(1988) observaram uma prevalência de zumbido de 49,8%. Destes, 29,2% afirmaram que o 
zumbido era o problema principal. 
 
As dificuldades de compreensão de fala são as mais relatadas pelo trabalhador portador de 
Pair, cujo padrão de fala poderá sofrer alterações, de acordo com o grau de perda auditiva. 
 
Doenças ocupacionais 
 
 
 
 
 
 
 
5)Quais as vias neurológicas sensitivas envolvidas na audição? 
A audição se baseia na transformação de ondas sonoras em energia elétrica que é 
transmitida ao sistema nervoso central. O som é gerado por ondas de compressão e 
descompressão que são transmitidos em meios elásticos como água e ar. 
 
Nós expressamos a pressão sonora em decibéis (dB) e a frequência sonora em ciclos por 
segundo, que é o famoso hertz (Hz). A orelha humana pode capturar sons com frequência 
entre 20 e 20.000 Hz. A fala humana está em torno de 300 a 3.500 Hz, que corresponde a 
intensidade de 65dB. 
 
Sons com intensidades maiores que 100dB podem danificar o aparelho auditivo e provocar 
dor. Várias estruturas da nossa orelha estão envolvidas no processo de transdução sonora. 
Esse processo nada mais é do que a transformação do som em energia elétrica. Lembra 
quando falamos sobre a orelha externa e interna? Então! 
 
 
Elas são preenchidas por ar, enquanto que a orelha interna é preenchida por líquido. A 
orelha externa transmite as ondas sonoras para o canal auditivo, que as transmite para a 
membrana timpânica. Para gerar a audição é preciso que ocorra a conversão das ondas 
sonoras que vem do ar para as ondas de pressão que vão seguir pelo líquido. É a 
combinação da atuação da membrana timpânica e dos ossículos que fazem a equivalência 
entre ondas sonoras do ar para o líquido. 
 
Essa equivalência só é conseguida pela relação entre a grande área de superfície da 
membrana timpânica e a pequena área da superfície da janela oval e da vantagem 
mecânica obtida com o sistema de alavanca dos ossículos. Quando as ondas sonoras 
movimentam a membrana timpânica, a cadeia de ossículos também se move, empurrando 
a plataforma do estribo em direção à janela oval e deslocando o fluido no interior da orelha 
interna. Com isso, as ondas sonoras causam a vibração do órgão de Corti que, conforme 
dito anteriormente, possuem células ciliadas auditivas com mecanorreceptores. 
 
A base das células ciliadas estão em cima da membrana basilar, e seus cílios estão 
embebidos na membrana tectorial. A membrana basilar é mais elástica do que a 
mem-brana tectorial. Assim, a vibração do órgão de Corti provoca a curvatura dos cílios das 
células ciliadas à medida que os cílios são empurrados em direção à membrana tectorial. A 
curvatura dos cílios altera a condutância ao K+ na membrana da célula ciliada. 
Quando temos a curvatura em uma direção aumenta a condutância ao íon, provocando 
hiperpolarização; já quando a curvatura é na direção oposta, diminui a condutância ao íon, 
provocando despolarização. Essas alterações no potencial de membrana são os potenciais 
receptores das células auditivas. Quando as células ciliadas são despolarizadas, seus 
canais de Ca2+ voltagem dependentes dos terminais pré-sinápticos são abertos (Figura 11). 
 
 
Em decorrência disso, o íon entra nos terminais pré-sinápticos e provoca a liberação 
de glutamato. Essa substância funciona aqui como neurotransmissor excitatório, 
causando potenciais de ação nos nervos cocleares aferentes responsáveis pela 
 
transmissão dessa informação ao SNC. Quando as células ciliadas são 
hiperpolarizadas, ocorrem eventos opostos, e a liberação do glutamato é diminuída. 
Assim, a oscilação entre potenciais receptores despolarizantes e hiperpolarizantes, 
nas células ciliadas, leva à liberação intermitente do glutamato, produzindo disparos 
intermitentes nos nervos cocleares aferentes. Essas fibras transmitem a informação 
das células ciliadas auditivas primeiro para o bulbo, no tronco encefálico, que depois 
chegam ao tálamo e, por fim, no córtex auditivo. 
 
É nesse último local que é feita a discriminação complexa das características de 
cada som. Se liga! Uma coisa bem interessante das vias auditivas é o fato de que 
algumas fibras auditivas se cruzam no bulbo e outras não. Assim, lesões na cóclea 
de uma orelha provocam surdez ipsilateral. No entanto, lesões unilaterais mais 
centrais não causam surdez, porque algumas das fibras que transmitem a 
informação dessa orelha já cruzaram para o lado íntegro. 
 
 
 
 
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VIA AUDITIVA 
A liberação de neurotransmissor pela curvatura das células ciliadas do órgão espiral gera, 
em última análise, impulsos nervosos nos neurônios auditivos de primeira ordem que 
inervam as células ciliadas. Os axônios desses neurônios formam o nervo coclear, ramo do 
nervo vestibulococlear (NC VIII). Esses axônios fazem sinapse com neurônios nos núcleos 
cocleares do bulbo (Figura 8). Alguns dos axônios provenientes dos núcleos cocleares 
sofrem decussação (cruzamento) no bulbo, ascendem por um trato denominado lemnisco 
lateral, do lado oposto, e terminam no colículo inferior do mesencéfalo. Outros axônios dos 
núcleos cocleares terminam no núcleo olivar superior da ponte. Pequenas diferenças na 
sincronização dos potenciais de ação provenientes das duas orelhas nos núcleos olivares 
superiores nos permitem localizar a fonte de um som. 
 
 
Os axônios dos núcleos olivares superiores ascendem até o mesencéfalo, onde terminam 
nos colículos inferiores. A partir de cada colículo inferior, os axônios estendemse até o 
núcleo do corpo geniculado medial do tálamo. Por sua vez, os neurônios no tálamo 
projetam axônios para a área auditiva primária do córtex cerebral, no lobo temporal do 
cérebro (ver áreas 41 e 42 na Figura 9), onde ocorre a percepção consciente do som. A 
partir do córtex auditivo primário, os axônios estendem-se para a área de associação 
auditiva do córtex cerebral, no lobo temporal do cérebro (ver área 22 na Figura 9) para a 
integração mais complexa do som. 
 
A chegada de impulsos nervosos na área auditiva primária nos permite perceber o som. Um 
aspecto do som que é percebido por essa área é a altura (frequência). A área auditiva 
primária é mapeada de acordo com a altura: o influxo sobre a altura proveniente de cada 
parte da lâmina basilar é conduzido para uma parte diferente da área auditiva primária. Os 
sons de alta frequência ativam uma parte do córtex, os sons de baixa frequência ativam 
outra parte e os sons de frequência média ativam a região situada entre essas duas partes. 
Por conseguinte, diferentes neurônios corticais respondem a alturas diferentes. Os 
neurônios na área auditiva primária também permitem perceber outros aspectos do som, 
como a intensidade e a duração. 
 
A partir da áreaauditiva primária, a informação é conduzida parar a área de associação 
auditiva, no lobo temporal. Essa área armazena as memórias auditivas e compara 
experiências auditivas passadas e presentes, permitindo o reconhecimento de determinado 
som como fala, música ou ruído. Se o som for a fala, o influxo na área de associação 
auditiva é retransmitido para a área de Wernicke na parte adjacente do lobo temporal, que 
interpreta o significado das palavras, traduzindo-as em pensamentos (ver áreas 22 e, 
possivelmente, 39 e 40 na Figura 9). 
 
6)Quais as vias neurológicas sensitivas envolvidas no equilíbrio? 
 
Vias do equilíbrio 
 
A inclinação dos feixes ciliados das células ciliadas nos canais semicirculares, no 
utrículo ou no sáculo provoca liberação de um neurotransmissor (provavelmente 
glutamato), que gera impulsos nervosos nos neurônios sensitivos fixados às células 
ciliadas. Os corpos celulares das células ciliadas estão localizados nos gânglios 
vestibulares. Os impulsos nervosos passam ao longo dos axônios dos neurônios, 
que formam o nervo vestibular, um ramo do nervo vestibulococlear (VIII) (Figura 12). 
A maioria desses axônios faz sinapse com neurônios sensitivos nos núcleos 
vestibulares, os principais centros de integração para o equilíbrio, no bulbo e na 
ponte. Os núcleos vestibulares também recebem influxos provenientes dos olhos e 
dos proprioceptores, particularmente proprioceptores existentes nos músculos do 
pescoço e dos membros, que indicam as posições da cabeça e dos membros. Os 
axônios remanescentes entram no cerebelo por meio dos pedúnculos cerebelares 
inferiores. O cerebelo e os núcleos vestibulares são conectados por vias 
bidirecionais. 
 
Os núcleos vestibulares integram a informação proveniente dos receptores 
vestibulares, visuais e proprioceptores e, em seguida, enviam comandos para as 
seguintes áreas: 
 
1.Núcleos dos nervos oculomotor (NC III), troclear (NC IV) e abducente (NC V). 
Esses nervos cranianos controlam movimentos conjugados dos olhos com os da 
cabeça para ajudar a manter o foco no campo visual. 
​2.Núcleos dos nervos acessórios (NC XI). Os nervos acessórios ajudam a 
controlar os movimentos da cabeça e do pescoço e auxiliam na manutenção do 
equilíbrio. 
 
3.Trato vestibulospinal. O trato vestibulospinal conduz impulsos ao longo da 
medula espinal para manter o tônus muscular nos músculos esqueléticos, de modo 
a ajudar a manter o equilíbrio. 
4.Núcleo ventral posterior no tálamo → a área vestibular no lobo parietal do 
córtex cerebral. Essa parte da área somatossensitiva primária (ver áreas 1, 2 e 3 
na Figura 9) proporciona a percepção consciente da posição e dos movimentos da 
cabeça e dos membros. 
 
Diversas vias entre os núcleos vestibulares, o cerebelo e o cérebro permitem que o 
cerebelo desempenhe uma função essencial na manutenção do equilíbrio estático e 
equilíbrio dinâmico. O cerebelo recebe continuamente informações sensitivas 
atualizadas provenientes do utrículo e do sáculo. O cerebelo monitora essa 
informação e efetua ajustes corretivos. Basicamente, em resposta ao influxo 
proveniente do utrículo, do sáculo e dos ductos semicirculares, o cerebelo envia 
continuamente impulsos nervosos para as áreas motoras do cérebro. Essa 
retroalimentação possibilita a correção de sinais provenientes do córtex motor para 
músculos esqueléticos específicos, de modo a facilitar os movimentos e coordenar 
sequências complexas de contrações musculares para ajudar na manutenção do 
equilíbrio 
 
 
 
 
 
 
 
7) identificar os métodos diagnósticos clínicos e complementares para avaliar 
audição e equilíbrio. (teste da orelhinha, audiometria, +) 
 
 TESTES AUDITIVOS 
Na otorrinolaringologia uma boa 
anamnese e exame físico permitem um bom grau de suspeita diagnóstica. Por 
exemplo, disfunções auditivas podem ocorrer por danos desde a orelha externa, até 
o córtex auditivo. 
 
 
Por isso, a avaliação do conduto aditivo e membrana timpânica também faz parte da 
semiologia auditiva. Por isso, quando se trata de doenças auditivas, muitas vezes o 
médico em associação com outras especialidades, como a fonoaudiologia, precisam 
lançar mão de testes que corroboram o diagnóstico. Esses testes podem ser feitos 
por meio de simples manobras semiológicas, até aparelhos de tecnologia avançada. 
Podemos classificar a perda auditiva em: 
 
Hipoacusia de condução: há im- 
pedimento por qualquer razão do 
 
som ser transmitido com eficiência 
 
através das orelhas externa e mé- 
dia para a orelha interna. 
 
• Disacusia neurossensorial: acontece quando há disfunção do mecanismo de 
transdução do som (energia mecânica) em impulsos elétricos, ou da condução 
destes impulsos elétricos até o córtex auditivo; ou seja, em doenças da orelha 
interna ou das vias auditivas centrais. 
 
• Disacusias mistas: ambos os tipos de perda de audição estão presentes. 
 
A seguir, descreveremos os principais 
testes auditivos. 
 
Teste de Weber 
 
Nesse teste se usa um instrumento chamado diapasão que serve para avaliar 
subjetivamente o funcionamento auditivo. Esse aparelho é barato e permite a 
realização de testes rápidos. No teste de Weber verifica-se a integridade da 
condução óssea. Por isso, coloca-se um diapasão na linha média da fronte ou na 
linha média da calota craniana. Se o som se lateralizar para o ouvido que apresenta 
a hipoacusia, é sinal de comprometimento condutivo naquele ouvido (Figura 12). Se 
o som se lateralizar para o ouvido melhor, é sinal de comprometimento 
neurossensorial no ouvido hipoacúsico. Se o som não se lateralizar e for ouvido 
igualmente em ambos ouvidos, ou está normal ou a queda auditiva é similar em 
ambos. 
 
 
 
 
 
 
Teste de Rinne 
 
Nesse teste, faz a comparação entre a audição do paciente por via aérea com a 
audição por via óssea. O diapasão é colocado alternadamente sobre a cortical da 
mastóide e em frente e próximo ao pavilhão. O indivíduo com audição normal ou 
com disacusia neurossensorial ouvirá o som mais alto quando colocado em frente ao 
pavilhão. Este achado é conhecido como teste de Rinne positivo (Figura 13). O 
indivíduo com comprometimento condutivo e com uma diferença entre a audição 
aérea e óssea de mais de 20 dB ouvirá melhor o som quando o diapasão é colocado 
na mastoide. Este achado é denominado teste de Rinne positivo. 
 
 
 
Teste de Schwabach 
 
É usado para comparar a condução óssea do doente e do examinador. 
Imediatamente após colocar o diapasão na mastoide do doente até que ele pare de 
ouvir o som, passar o diapasão para a própria mastoide, e se continuar ouvindo o 
som significa que o doente apresenta provável disacusia neurossensorial. 
 
 
Audiometria tonal. 
 
O exame de audiometria é capaz de determinar a menor intensidade sonora que o 
paciente consegue detectar. 
 
Para isso, faz-se um teste com várias frequências sonoras que vão de 250 a 8000 
Hz e forma uma curva em um gráfico. A audiometria é feita tanto por via aérea como 
por via óssea. A via aérea fornece a menor intensidade sonora captada por sons 
transmitidos no meio aéreo. Como forma de confirmar o limiar audiométrico por 
via aérea, é feito a audiometria vocal, onde o examinador fala algumaspalavras e 
pede para que o paciente as repita. Essa também é uma forma de verificar a 
discriminação da fala feita pelo paciente. Já o teste na via óssea, testa a capacidade 
de captar os sons transmitidos por via óssea. Adivinhem como ele é feito? Com o 
diapasão colocado na região retroauricular. Lembrando que normalmente 
detectamos sons em um limiar até 25 dB. Portanto, pacientes com detecção de sons 
em intensidades acima disso no gráfico, apresenta alguma perda auditiva (Figura 
14). 
 
Audiometria de tronco encefálico 
(BERA) 
 
 
O BERA é um teste usado em crianças pequenas e quando há suspeita de 
simulação da perda auditiva. 
 
Nesse teste faz-se uma estimulação sonora no conduto auditivo externo e por meio 
de eletrodos fixados no paciente, forma-se uma curva que evidencia a passagem ou 
não do estímulo nas vias neurológicas da audição. Portanto, esse teste mostra tanto 
a perda auditiva, como a intensidade dela. 
 
Emissões otoacústicas 
 
Esse é o famoso “teste da orelhinha” usado na triagem auditiva neonatal. Lembra 
que o órgão de Corti é responsável por transformar a vibração da endolinfa em 
estímulo elétrico para ser transmitido pelas vias nervosas? Então! Esse teste é feito 
com a captação, por meio de fones especiais, desses ruídos gerados pela vibração. 
A ausência de resposta nesse teste indica perda auditiva. 
 
 
 
 
8)Qual o impacto da perda auditiva na vida do paciente e familiares? 
Impacto da perda auditiva→ A perda auditiva pode afetar a fala e o desenvolvimento da 
linguagem em crianças e deixá-los com dificuldade de comunicação quando adultos. 
● Comunicação; a consequência mais óbvia da perda auditiva são as dificuldades de 
comunicação , conversas são menores, menor uso do telefone, problemas de 
comunicação com a família, amigos e colegas de trabalho e pedir a outros que se 
repita com frequência ou manter a conversa sem entendê-la. 
● Social; Como a habilidade em ouvir piora, muitas pessoas se isolam de interações 
sociais; evitam grupos estranhos, diminuem a eficiência no trabalho e se mantem em 
silêncio e isoladas. 
 
● Emocional; Perda auditiva não tratada causa uma série de sentimentos nas pessoas 
como raiva, frustração, falta de concentração, depressão, embaraço, ansiedade, 
incerteza, incompetência e distanciamento de relações pessoais. Os defeitos do não 
tratamento da perda auditiva podem aumentar. O uso de aparelho auditivo, 
combinado com a práticas efetivas de comunicação, pode ajudar as pessoas com 
problemas auditivos a viverem em total harmonia com a sociedade. 
● Dificuldade as atividade de lazer; Até mesmo a maneira como nos divertimos nos 
momentos livres pode ser prejudicada pela perda auditiva como um momentos em 
Shows podem se tornar um incômodo pelos ruídos altos, assim como aqueles que 
tocam algum instrumento musical, sofrem com a falta de sensibilidade dos ouvidos 
para determinar o tom correto. Nos esportes, a comunicação entre os jogadores é 
fundamental para o desempenho da equipe. Frequentar o cinema, assistir TV e 
assistir vídeos no celular, são outros exemplos de atividades de lazer que ficam 
comprometidos com a dificuldade auditiva. 
● Sensação de solidão; Como o indivíduo começa a se afastar do convívio social, 
outra consequência da perda auditiva é a solidão. Em muitos casos, também ocorre 
a rejeição social, pois outras pessoas não compreendem as dificuldades do 
deficiente auditivo. 
● Depressão;​ ​Alguns estudos já mostraram que, quanto mais grave for a 
deficiência, maior a probabilidade de apresentar sinais depressivos. Os 
indivíduos com perda auditiva severa possuem um risco 4,3 vezes maior de 
ter depressão do que alguém com a audição normal. São vários fatores que 
desencadeiam a depressão em deficientes auditivos, entre eles: isolamento, 
sentimento de rejeição, má qualidade do sono, falta de energia e 
desinteresse em fazer atividades que costumava praticar antes de ter 
dificuldades para ouvir. 
● Redução na produtividade e nos ganhos; Quando as pessoas começam a 
perder a audição, pode se tornar mais difícil acompanhar discussões e 
apresentações em salas de reunião, por exemplo. Principalmente em cargos 
que dependem da comunicação com os clientes, a dificuldade para 
compreender a fala pode ser encarada como grosseria. 
É por isso que a dificuldade de comunicação também pode ter outras 
implicações desanimadoras Uma delas é a redução na produtividade, que 
ainda pode afetar nos ganhos ou até causar demissão. 
● Estresse; Não conseguir ouvir sons comuns do dia a dia pode ser muito 
estressante para quem sofre com a perda auditiva não tratada. Além da 
irritação diária, o estresse pode levar a outras consequências mais graves, 
como aumento do risco de doenças cardíacas e até mesmo o câncer. 
● ​Efeitos na função cerebral e memória​; ​Cientistas mostraram que a perda 
auditiva também afeta as habilidades cognitivas do indivíduo. Em estudos 
comparativos entre deficientes auditivos, o comprometimento cognitivo foi 
encontrado em até 43% dos pacientes. 
 
A função cerebral e a memória se relacionam com a audição porque ouvir 
estimula muitas áreas do cérebro, e não apenas a responsável por interpretar 
os sons. Quando há algo errado com a audição, o cérebro tenta compensar 
essa falta de outras maneiras. Assim, o deficiente auditivo precisa se 
concentrar mais para ouvir, aumentando a carga cognitiva necessária para 
processar as informações, cansando o cérebro e reduzindo a atenção em 
outras atividades. 
Além disso, ouvir nos ajuda a lembrar das coisas. Logo, a falta de audição 
pode afetar nossa memória a longo prazo. 
● Coloca a segurança pessoal em risco;​ ​A sua segurança pessoal também 
pode ser comprometida com a deficiência auditiva. Nas ruas, por exemplo, 
quando você não consegue ouvir bem, os sons dos veículos que se 
aproximam, buzinas e outros sinais importantes podem passar 
despercebidos, aumentando os riscos de acidentes. 
Já no ambiente de trabalho, as pessoas com perda auditiva estão mais 
vulneráveis a acidentes, seja porque não ouviram o som de uma máquina, o 
alarme de incêndio ou outros problemas de segurança. 
 
Devido às consequências na comunicação, a participação da família é de 
grande importância no tratamento e na integração social da pessoa com 
deficiência auditiva, pois pode colaborar com incentivo e oportunidades de 
relacionamentos. É importante que os idosos, seus familiares e seus 
cuidadores aprendam a aceitar e lidar com a perda auditiva de maneira 
saudável. Existem algumas dicas práticas para facilitar a comunicação e 
garantir uma convivência agradável mesmo com a diminuição da audição e 
são elas; 
● Consiga a sua atenção;​ Conversar a uma certa distância ou em cômodos 
diferentes, por exemplo, pode ser um desafio para quem possui perda 
auditiva. Se você não chamar a sua atenção antes, o idoso pode não 
perceber que você está falando com ele, mesmo que esteja bem perto. 
Por isso, antes de começar a falar, procure ficar próximo e obtenha o máximo 
de atenção do ouvinte. Às vezes, pode ser necessário tocar suavemente o 
braço ou o ombro para se certificar que o idoso está pronto para entender 
você. 
● Faça contato visual; ​Para complementar a dica anterior, é válido fazer 
contato visual ao conversar com um paciente com perda de audição. Isso 
porque muitas pessoas dependem da leitura labial para compensar a 
dificuldade auditiva. 
 
Então, garanta que o idoso sempre possa ver sua boca se movendo 
enquanto estiver conversando com ele​. 
● Mantenha uma boa iluminação no ambiente; ​Os pacientes com perda 
auditiva precisam​ ​de um local bem iluminado para conseguir fazer a leitura 
labial, enxergar as expressões faciais e linguagem corporal da pessoa com 
quem estão conversando. Por isso, procure sempre manter os ambientes 
bem iluminados. 
● Falede maneira clara; ​Você não precisa gritar com uma pessoa que tem 
dificuldades de audição. A melhor estratégia para ser compreendido é falar 
em um ritmo natural, ou seja, não precisa falar mais devagar do que o 
normal. Também é válido falar um pouco mais alto, desde que não grite. 
● Elimine o ruído de fundo; ​Barulhos no fundo - como o som da TV, rádio ou 
outras pessoas conversando - podem dificultar a compreensão das pessoas 
com perda auditiva. Portanto, tente manter o ambiente tranquilo para facilitar 
a comunicação no dia a dia. Desligue os aparelhos eletrônicos que fazem 
barulho em segundo plano ou diminua o volume até que a conversa termine. 
 
● Use gestos e expressões faciais 
Muitas vezes, o paciente com perda auditiva pode não entender uma ou duas 
palavras do que você disser. Nesse sentido, o uso de gestos e expressões faciais 
podem preencher essa lacuna e facilitar a compreensão. 
No entanto, tenha cuidado para não exagerar nos gestos e evite colocar as mãos na 
frente do seu rosto. 
 
● Reformule as frases; ​Mesmo com tantos esforços, o paciente ainda pode ter 
dificuldade para entender as falas. Isso porque algumas pessoas com perda 
auditiva não conseguem ouvir determinados tipos de sons, como consoantes 
e sons agudos. 
Assim, se o idoso tiver problemas para entender algumas frases, o problema 
pode estar no modo como as palavras soam. Então, em vez de se repetir, 
tente reformular a frase. 
 
● Seja paciente; ​Sabemos que é fácil sentir-se frustrado ou estressado com 
um paciente quando é difícil se comunicar com ele. Contudo, é importante 
lembrar que o idoso não tem problemas auditivos de propósito. Na verdade, 
eles estão lutando com um problema de saúde que é irreversível e podem 
estar enfrentando sentimentos de vergonha, tristeza ou solidão. 
Mesmo que essa seja uma tarefa difícil, procure manter a paciência. Quando 
as coisas estiverem complicadas, procure respirar fundo e manter a cabeça 
fria. Isso pode fazer toda a diferença para o paciente. 
 
 
● Seja respeitoso; ​Ter dificuldades para ouvir não afeta necessariamente a 
capacidade mental de uma pessoa. Portanto, o idoso pode ter problemas 
para acompanhar as conversas, mas isso não significa que ele não entende. 
Na verdade, ele simplesmente não consegue ouvir. 
Então, respeite a condição e trate o idoso com perda auditiva assim como 
qualquer outro adulto. Acredite, isso pode ajudar (e muito) a manter a sua 
autoestima. 
 
● Cuidados com os aparelhos auditivos 
O uso de aparelhos auditivos é o tratamento mais comum para a perda auditiva. 
Embora não sejam capazes de restaurar a audição, os dispositivos ajudam a 
amplificar os sons e melhoram a qualidade de vida de uma pessoa com perda 
auditiva. 
Quando o paciente utiliza os aparelhos auditivos, é importante que o cuidador tenha 
alguns cuidados específicos com os dispositivos. Tais como: 
● Os aparelhos auditivos precisam de uma limpeza regular para remover a 
sujeira e a cera de ouvido. Portanto, procure as orientações de limpeza do 
fabricante para que os aparelhos continuem funcionando corretamente. 
● A umidade pode estragar os dispositivos. Por isso, é importante conferir se o 
idoso retirou as próteses ao tomar banho, por exemplo. 
● Os aparelhos funcionam com pilhas. Isso significa que é necessário trocá-las 
regularmente. 
● Durante o sono, as próteses precisam ser desligadas. Então, guarde os 
aparelhos auditivos no local adequado à noite. 
● Se tiver alguma dúvida quanto ao funcionamento dos aparelhos auditivos, 
entre em contato com o fonoaudiólogo. As consultas regulares são essenciais 
para verificar se os dispositivos estão funcionando corretamente, fazer 
ajustes e qualquer outra manutenção necessária. 
Contar com o apoio de um cuidador profissional ou de familiares pode ser uma 
grande ajuda para os idosos com perda auditiva. Da mesma forma, é muito 
importante que os cuidadores entendam como ajudar melhor esses pacientes. As 
dicas acima são bem úteis para facilitar a relação entre cuidador e idoso, além de 
amenizar o impacto da perda auditiva.

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