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PROJETO DE PESQUISA
SAÚDE MENTAL E O CAPS I:
A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA...............................................4
3 OBJETIVOS............................................................................................................4
3.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................4
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................4
4 JUSTIFICATIVA......................................................................................................5
5 METODOLOGIA.....................................................................................................5
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................5
7 CRONOGRAMA DA PESQUISA............................................................................8
8 ORÇAMENTO........................................................................................................9
9 RESULTADOS ESPERADOS................................................................................9
10 REFERÊNCIAS....................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO:
O presente projeto de pesquisa propõe fazer uma breve pesquisa bibliográfica sobre a Saúde Mental e o CAPS I- Centro de Atenção Psicossocial, assim como relatar a inserção do trabalho do Assistente Social nesta política.Tendo em vista a trajetória da politica de saúde mental, passando pela ordem manicomial até a reforma psiquiátrica.
 Tendo em vista que estudos apontam que cerca de 3% da população mundial, em todas as faixas etárias, necessite de cuidados contínuos em saúde mental em função de transtornos mentais severos e persistentes: psicoses, neuroses graves, transtornos de humor graves ou deficiência mental com grave dificuldade de adaptação. Estima-se também que cerca de 9% da população geral, em todas as faixas etárias, precisa de cuidados em saúde mental na forma de consulta médico - psicológica, aconselhamento, grupos de orientação ou outras formas de abordagem, em função de transtornos mentais considerados leves, transtornos graves atingem em torno de 6% da população (MINISTÉRIO DA SAÚDE-Brasil-2004). No Brasil pesquisas (Brasil, 2004) indicam que 3% da população brasileira, ou seja, cerca de 5 milhões de pessoas, necessitam de cuidados contínuos (transtornos mentais severos e persistentes), enquanto 9% precisam de atendimento eventual (transtornos menos graves).
As políticas públicas atuam numa perspectiva de garantia de direitos e reconhecimento as pessoas com transtornos mentais como sujeitos de direitos, possibilitando aos assistentes sociais o desenvolvimento de suas ações na articulação usuário e família.Sendo assim este projeto visa também conhecer de que forma o Serviço Social se identifica e trabalha com as necessidades das pessoas com transtornos mentais, evidenciando quais as dificuldades, enfrentamentos e desafios que as mesmas encontram , e o trabalho do assistente social diante essa demanda tendo em vista proporcionar suporte acerca do transtorno e ações interventivas que contemplem as expressões da questão social.
2 DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA:
Identificar os meios de atuação do profissional Assistente Social no enfrentamento das questões sociais encontradas pelo mesmo na politica de saúde mental, bem como no Caps I.
.
3 OBJETIVOS:
3.1 OBJETIVO GERAL: 
Conhecer, identificar e analisar o trabalho do Assistente Social junto ao Caps I com vistas à construção de novos parâmetros para o Serviço Social com foco na atuação do Assistente Social frente essa demanda. 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
· Descrever a trajetória da politica de saúde mental no Brasil;
· Analisar a politica de saúde mental a partir de uma perpectiva de direito;
· Contextualizar um breve resgate histórico do Centro de Atenção Psicossocial I;
· Relatar a história do Serviço Social e suas relações com a Saúde Mental no Brasil;
· Conhecer o processo de trabalho do assistente social junto ao Caps I;
· Identificar quais instrumentos o profissional utiliza para operacionalizar seu trabalho.
 4 JUSTIFICATIVA:
 Os novos moldes da assistência psiquiátrica necessitam de equipes multiprofissionais que supram as demandas em todos os seus níveis e especificidades. Dentro dessas novas modalidades de saúde mental encontra-se o CAPS I, que se configura em um espaço de atuação do Serviço Social, que na saúde tem sua prática voltada para o resgate das relações sociais dos usuários e o fortalecimento de seus vínculos.
 No CAPS I o Assistente Social desenvolve um papel de suma importância tanto com usuários como seus familiares, sempre buscando estratégias para garantir seus direitos, bem como buscar o enfrentamento dessa questão social. É importante ressaltar que a resolução n°383/99 reconhece o Assistente Social como profissional da saúde, considerando a intervenção junto aos fenômenos sócio- culturais e econômicos trabalhando na eficácia dos programas de prestação de serviços nos níveis de promoção, proteção e/ou recuperação da saúde.
 Nesse contexto justifica-se a elaboração do presente projeto para pesquisar sobre o processo de trabalho do Assistente Social junto ao Caps I, para nível de conhecimento e compreensão da prática profissional, contribuindo assim para adquirir maior entendimento quanto a politica de sáude mental e as demandas encontradas pelo profisional frente a esta politica.
5 METODOLOGIA
 O trabalho será elaborado através da pesquisa bibliográfica investigativa. Será utilizado fontes impressas (livros, periódicos, jornais, revistas, estatutos. etc.) e fontes eletrônicas (consultas na internet, etc.).
6 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
 Para entender a Saúde Mental nos dias atuais, é imprescindível que se tenha um conhecimento do processo histórico da mesma.Segundo Michel Foucault, em “A história da loucura na idade clássica”, ela tem origem na cultura árabe, datando o primeiro hospício conhecido no século VII. Os primeiros hospícios europeus são criados no século XV, na ocupação árabe da Espanha.
 A internação de pessoas com transtornos mentais no Brasil remonta á metade do século XIX. Desde então, a atenção as pessoas com transtornos mentais foi quase sinônimos de intenção em hospitais psiquiátricos especializados.
 No Brasil a partir dos anos 70 inicia-se o Movimento da Reforma Psiquiátrica com a mobilização dos profissionais da saúde mental e dos familiares dos pacientes com transtornos mentais esse Movimento mais do que denunciar os manicômios como instituições de violências propuseram a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, assim teve o inicio de novas experiências de transformações da assistência, pautadas no começo pela reforma intramuros das instituições psiquiátricas (comunidade terapêuticas) e mais tarde pela proposição de um modelo centrado na comunidade e substitutivo ao hospital especializado.
 A partir de 1980 até os dias de hoje, com a denominada da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que de fato não se constituiu apenas uma reforma do modelo assistencial psiquiátrico, mas se aproxima da real implantação de um modelo de saúde mental multidirecionado nos três níveis de atenção, onde várias ciências começam a discutir progressivamente seu papel nesta vertente de construção conjunta e a consequente retirada da centralidade hierárquica do papel médico vários incrementos de mudança já foram realizados no Brasil, tendo como marcos inicial Caps. Professor Luiz da Rocha Cerqueira, em São Paulo (1987), e o Núcleo Atenção Psicossocial em Santos (1989), que serviram de referência da prática, a formalizaçãodas primeiras legislações que amparam as necessárias mudanças. Novos dispositivos, agora de estrita natureza pública, como os CAPS ambulatórios de clínica ampliada, serviços residenciais terapêuticos, além da ótica do cuidado na atenção psicossocial, começam a dar o tom enquanto políticas mediadora de uma transição asilar em direção a uma postura que congregue esforços em cunho de rede para comtemplar as várias demandas desta clientela, unindo-se aos conceitos de regionalização, integridade em saúde, hierquização de níveis de atendimento e acessibilidade pontuados pelo SUS, com alavancadores de uma nova ordem. (STOCKINGER, RUI CARLOS, 2007 p.58 e 59).
 O processo de desinstitucionalização surge no Brasil, respaldado pelo Decreto Lei 3657/1989, objetivando alterar a legislação de 1934, que privilegia o modelo segregador e dissocializante do hospital asilar, como único recurso “terapêutico” e, enfatizar ser o hospital psiquiátrico a única alternativa de tratamento, facilitando a cronicidade e a exclusão dos doentes mentais em todo o pais.
 Porém, somente em 06 de abril de 2001, foi promulgada como Lei Federal 10.216, que estabelece os direitos dos pacientes, limita e regulam as internações psiquiátricas, tornando-se, esta, a Lei visa uma sociedade sem manicômios buscando um modelo de atenção diversificado para novas práticas terapêuticas e propondo um tratamento que atenda de modo integral a pessoa com transtorno mental não o desvinculando do seu meio social. Segundo consta na referido lei são direitos da pessoa com transtorno mental:
Acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo ás suas necessidades, II-ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade; III- ser protegida contra qualquer tipo de abuso e exploração; IV- ter garantia de sigilo nas informações prestadas; V- ter direito á presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; VI- ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis; VII- receber maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; VIII- ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; IX- ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.(BRASIL,2001).
 Essa Lei é a conquista de uma luta social que durou 12 anos e significa a mudança do modelo de tratamento, no lugar do isolamento, o convívio na família e na comunidade. 
 Os objetivos principais da Reforma Sanitária foram atingidos com a criação de um sistema único de saúde, só foi regulamentado em 19 de setembro de 1990, através da lei 8.080 que definia o seu modelo operacional, a sua forma de organização e atribuições.
 Os centros de atenção Psicossocial surgem no Brasil como estratégia da Reforma Psiquiátrica, tendo em vista a otimização do trato aos pacientes com transtornos mentais. O primeiro CAPS do Brasil foi inaugurado em 1986 em São Paulo, com o nome do professor Luiz da Rocha Cerqueira, a criação deste e dos outros faz parte do movimento de iniciativa dos trabalhadores de saúde mental em busca de melhorias no atendimento e denunciando as situações precárias dos manicômios, conforme já citado.
 O CAPS I, enquanto instituição têm como função acolher pacientes com transtornos mentais, possibilitando sua integração social e familiar devendo ainda, apoiá-los em suas iniciativas de busca de autonomia através de um atendimento multiprofissional adequado. Se estruturam como serviços de atendimento diário. Organizem-se de forma que o usuário, caso necessite, possa frequentar o serviço diariamente, realizar uma série de atividades terapêuticas diversificadas e ser acolhido por uma equipe interdisciplinar.
 Quanto ao processo de trabalho do assistente social o objetivo da profissão na área da saúde segundo Bravo (2007) é que se passe por uma compreensão de aspectos sociais, culturais e econômicos que interferem no processo de saúde-doença, buscando estratégias para o enfrentamento dessa questão.
 Diante disso, o assistente social enquanto um profissional de saúde deve desenvolver suas ações de modo a privilegiar seu projeto ético-político, a fim de viabilizar no âmbito da saúde: um atendimento direto aos usuários; promover a participação e controle social; através da população usuária; valorizar e desenvolver pesquisas(investigação) mediante a realidade do campo de trabalho; desenvolver ações de planejamento e gestão; assessoria, qualificação e formação profissional (CFESS,2010,P.41).
 Nesta perspectiva o Assistente Social tem por objetivo no CAPS I, prestar serviços âmbito social a indivíduos e grupos, analisar as causas do desajustamento social, estabelecendo planos de ações para intervir nas mesmas, aconselhar e orientar , elaborar diretrizes, e programas de assistência social, promovendo atividades educativas, recreativas e culturais , para assegurar o progresso e melhoria do comportamento individual, assistir as famílias nas suas necessidades básicas orientando-as e fornecendo suporte a elas, executar outras tarefas correlacionadas ao cargo.
 Dentre as principais atribuições profissionais identificadas, ressaltamos: o acolhimento, orientação á família, orientação quanto a benefícios e aos serviços, apoio familiar, visitas domiciliares e institucionais, trabalhos em grupos, articulação com outras instituições e demais políticas sociais como educação, previdência, habitação cultura, lazer etc..
7 CRONOGRAMA DA PESQUISA:
	Etapas
	Mar
	Abr
	Mai
	Elaboração do Projeto
	X
	
	
	Revisão de Literatura
	
	x
	
	Coleta de Dados
	X
	
	
	Coclusão e Redação
	
	
	X
	Correção
	
	
	X
	Entrega
	
	
	X
8 ORÇAMENTO: 
	Item 
	Descrição
	Quantidade 
	Valor unitário
	Valor total 
	01
	Pacote de folha de ofício 
	1
	5,00
	5,00
	02
	Fotocópia 
	60
	0,25
	15,00
	03
	Encadernação
	1
	10,00
	10,00
	04
	Cartucho para impressora 
	1
	35,00
	35,00
	05
	Caneta esferográfica 
	2
	0,70
	1,40
	06
	Lápis 
	1
	0,30
	0,30
	07
	Borracha 
	1
	0,20
	0,20
	08
	Pasta de plástico com aba 
	1
	4,75
	4,75
	
	Total 
	R$ 71,65
9 RESULTADOS ESPERADOS:
Através desta pesquisa, procuro aprofundar meus conhecimentos sobre o tema, e enriquecer esta discussão em torno do assistente social e o trabalho que o mesmo desenvolve na saúde mental e no CAPS I, bem como auxiliar na construção estratégias para lidar com essa questão social. 
Por meio da pesquisa bibliográfica temos um conhecimento mais rico sobre as questões vivenciadas pela pessoa com transtorno mental, o que proporciona maior entendimento em relação ao assunto .
10.REFERÊNCIAS:
BELTRAME, G .R. ; BOTTOLI, C. Retratos do envolvimento paterno na atualidade. Barbarói. Santa Cruz do Sul, n. 32, p.205-205, jan/jul, 2010.Disponível em:< http://online.inisc.br/seer/index.php/barbaroi/viewFile/1380/1091>Acesso em:30 de abril de 2015.
BRAVO ,M.I.S.;MATOS M.C. de Reforma Sanitária e o projeto ético-político do Serviço Social: elementos para o debate. In: BRAVO, M .I .S .Saúde e Serviço Social. 3ª ed. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro :UERJ,2007.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetros para atuação de assistentes sociais na Política de Saúde. Série: Trabalho e projeto profissional nas políticas sociais.Brasília:CFESS,2010.
KALOUSTIAN SM & FERRARI M 1994. Introdução, pp. 11-15. In SM Kaloustian (org.). Família brasileira, a base de tudo. Ed. Cortez-Unicef, São Paulo-Brasília.
MELMAN, Jonas. Família e Doença Mental: repensando a relação entre profissionais de saúde e familiares. 3. ed. São Paulo: Escrituras, 2008.
MIOTO, R. C. T. Família e Serviço Social: contribuições para o debate. In: Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo: Cortez Editora, ano XVIII,n. 55, nov. / fev.1997.
PEREIRA, P.A. Estado, sociedade e esfera pública .In:CFESS/ABEPSS.Serviço Social: Direitos sociais e competências profissionais Brasília, CFESS/ABEPSS,2009.
ROSA, L.C Dos S. Transtorno mental e o cuidado na família.3ª ed.São Paulo: Cortez, 2011.
SAMPAIO,J.J.C.;BARROSO,C.M.C. Centros de Atenção Psicossocial e Equipes de Saúde da Família: diretrizes e experiências no Ceará. In: LANCETTI,A (org).Saúde Mental e saúde da família. São Paulo:Hucitec,2001.
VASCONCELOS,E.M. Serviço Social e Interdisciplinaridade: o Exemplo da Saúde Mental. In: VASCONCELOS, E.M (Org) .Saúde Mental e Serviço Mental: o desafio da subjetividade e da interdisciplinaridade.4 ed. São Paulo:Cortez,2008.
BRASIL, Presidência da República. Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003.Dispõe sobre o estatuto do idoso.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
curso de SERVIÇO SOCIAL
karina ferraz motta possa
Cruz Alta
2016
karina ferraz motta possa
PROJETO DE PESQUISA
SAÚDE MENTAL E O CAPS I:
A ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Gestão Social e Análise de Políticas Sociais; Comunicação na Prática do Assistente Social;Projeto de Trabalho de Trabalho de Conclusão de Curso;Estágio em Serviço Social III.
Professores: Amanda Boza, Maria Angela Santini,Nelma dos Santos.
Cruz Alta
2016