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1 impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Olá! Seja bem-vindo(a) à disciplina Ética e Relações Humanas no Trabalho! Convidamos você para mergulhar em um conteúdo que nos levará a formular muito mais perguntas do que respostas. Esta disciplina pretende despertar sua curiosidade, sua vontade de conhecer mais, sua necessidade de compreender melhor. Se você estiver se perguntando: “Como vou aprender mais se eu não chegar às respostas corretas?”, nós vamos argumentar: muitas vezes, criar as melhores perguntas nos faz aprender mais do que simplesmente ler respostas preestabelecidas. E então, está disposto(a) a aceitar este desafio? Vamos embarcar juntos nesta viagem pelas questões da ética? Vamos lá! Para começarmos, vamos lançar a seguinte questão: Será que existe um conceito universal sobre ética? Na verdade, a ética habita nosso cotidiano. Não há como escaparmos deste assunto. A ética nasce de uma realidade social. O autor Serrano (2009, p. 16) cita Hans Kelsen para explicar que a ética é resultado de construções racionais que geram princípios, normas e regras, tanto gerais como particulares, construções que têm como função servir de base para se justificar determinadas atitudes. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de Como citar este material: FREGNI, Carla P. Ética e Relações Humanas no Trabalho: Pensando sobre Ética. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 2 Quando pesquisamos a origem da palavra ética, descobrimos que é grega, vinda do termo ethos, que significa bom costume/boa conduta. Esse termo acabou evoluindo para o termo, em português, conhecido por ética. Da Antiguidade à Contemporaneidade Da Antiguidade para nossa Contemporaneidade, o significado de ética percorreu e, ainda percorre, uma longa trajetória, alimentando acaloradas discussões entre filósofos, políticos, empresários, professores e todos os tipos de estudiosos. Para nos ajudar a compreender os caminhos pelos quais o conceito de ética ainda percorre, vamos nos embasar nas explicações dadas pelo Prof. Clóvis de Barros Filho durante uma aula aberta sobre ética em dezembro de 2013. Saiba Mais! Discutir Ética – Aula aberta com o professor e filósofo Clóvis de Barros Filho Nesta aula, o Prof. Clóvis de Barros Filho fala aos alunos grevistas da ECA. A discussão gira em torno do caráter dialético da ética, isto é, da necessidade de conversarmos e, juntos, chegarmos às regras de nossa convivência. Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 3 Nessa aula, Barros Filho explica que os gregos consideravam o mundo algo finito e ordenado. Davam-lhe o nome de Cosmos. Segundo suas crenças, cada indivíduo nascia com uma função predeterminada que se encaixava perfeitamente no funcionamento desse Cosmos. As pessoas que prezavam pelas boas condutas eram aquelas que se dedicavam a desenvolver seus talentos natos, integrando-se às engrenagens perfeitas desse Cosmos ordenado. Em contrapartida a essa visão grega, a modernidade e as descobertas científicas trouxeram novas informações que acabaram levando a humanidade a constatar que, na verdade, o ser humano não nascia para cumprir uma missão cósmica, e sim nascia porque as leis da natureza levam à procriação das espécies. Com essa constatação, o homem mudou sua forma de pensar: apesar de não nascermos por causa de todo um planejamento cósmico, temos de praticar condutas que nos levem a conviver uns com os outros da melhor maneira possível. Assim, a procura por boas condutas continua. Mas, afinal, o que são boas condutas? A procura pela resposta a essa pergunta leva a muitas formas de pensar. Uma delas é conhecida por pensamento consequencialista, para o qual uma conduta é considerada boa : Saiba Mais! BARROS FILHO, Clóvis. Discutir Ética (Aula aberta). 2013. Duração 1:28:27. Disponível em: http://goo.gl/w6F8Sd. Acesso em: 13 out. 2014. http://goo.gl/w6F8Sd Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 4 ou não conforme o resultado a que ela leva, ou seja, quando as consequências são positivas, a conduta é considerada boa e vice-versa. Os filósofos dividiram o pensamento consequencialista em dois tipos: o pragmático e o utilitarista. Talvez, muito mais importante do que decorar esses dois termos seja compreendê-los. O pensamento consequencialista é dividido em função de duas considerações sobre as consequências geradas pelas condutas humanas: 1. Consequência para a própria pessoa que praticou a conduta (o tipo pragmático). 2. Consequência para a maior parte de pessoas impactadas pela conduta de alguém (o tipo utilitarista). Explicando melhor: o pensamento consequencialista pragmático avalia que uma conduta é boa quando leva o praticante ao sucesso desejado por ele mesmo. Vamos pensar em um exemplo do dia a dia? Quando um aluno é aprovado ao final do semestre, ele atingiu o sucesso esperado, certo? Portanto, para o consequencialista pragmático, sua conduta foi boa. Quanto ao pensamento consequencialista utilitarista, considera-se que uma boa conduta é aquela que leva à satisfação do maior número de pessoas possível, ou seja, uma conduta será boa quando a maioria das pessoas impactadas for beneficiada e uma minoria não o for. Compare os dois tipos de pensamentos consequencialistas expostos na Figura 1.1: Figura 1.1 Pensamentos consequencialistas. Fonte: autora Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 5 Que tal analisarmos esses dois tipos de pensamentos? Vamos começar pelo pensamento consequencialista pragmático. Supondo que o aluno (do exemplo apresentado) tivesse colado em todas as provas, sua conduta seria considerada boa? Segundo esse tipo de pensamento consequencialista, seria boa, sim, pois ele teria atingido seu intento final: a aprovação. Agora, vamos passar para a análise do pensamento consequencialista pragmático. Será que é sempre positivo obter vantagem para uma maioria? E como fica a minoria? Lembre-se de que o extermínio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial acontecia sob o aplauso da maioria dos alemães... Diante dessas reflexões, somos obrigados a considerar que há fragilidade nesses dois tipos de pensamentos, não é mesmo? O pensamento consequencialista não dá valor à conduta humana pelo modo como ela é praticada, mas sim pelos efeitos que ela acarreta. Portanto, o que acaba sendo avaliado não é a conduta em si mesma. Immanuel Kant, filósofo que viveu no início da era moderna, propôs que se avaliasse uma conduta por seu próprio valor, e não pelo valor de suas consequências. De que maneira? Baseando-se em princípios. Mas, como definir esses princípios? Segundo Kant, cada princípio deveria ser universalizável, ou seja, ser naturalmente aceitável por todos. O autor Carlos Eduardo Meirelles Matheus, em seu audiolivro sobre Kant, Parte 2, apresentado pela Universidade Falada, aborda a construção teórica formulada pelo filósofo alemão a respeito da ética. Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meiode impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 6 Kant propôs uma lei conhecida por Imperativo Categórico. Por ela, compreende-se que todo ser racional pode deduzir, por si mesmo, como deve agir em sociedade. Segundo o Imperativo Categórico, cada pessoa seria capaz de organizar os seguintes pensamentos: 1. Devo agir de tal modo que a norma contida no meu ato possa se tornar uma norma universal. 2. Não devo mentir porque não posso querer que mintam para mim, portanto, não devo mentir para os outros. Saiba Mais! Fonte: http://goo.gl/qwGMnU. Acesso em: out. 2014 Kant: vida e obra No site da Universidade Falada, é possível adquirir a obra de Matheus em arquivo .mp3. Trata-se de uma obra em formato de audiolivro, possibilitando o aproveitamento do conteúdo enquanto se está no trânsito ou em filas. No site, é possível ainda ouvir um trecho do audiolivro. Vale a pena! MATHEUS, Carlos Eduardo Meireles. Kant: vida e obra. São Paulo: Universidade Falada. Trecho para audição disponível em: http://goo.gl/jTHP18. Acesso em: 15 out. 2014. http://goo.gl/qwGMnU http://goo.gl/jTHP18 Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 7 3. Ninguém pode querer que a mentira se torne uma norma válida para todos, já que, deste modo, ninguém acreditaria em ninguém. A máxima que diz para nos colocarmos no lugar do outro, antes de agirmos, é muito utilizada até hoje quando pretendemos adotar uma conduta correta, não é mesmo? Tem sido aplicada na educação das crianças. Vamos analisar um exemplo? Você não gosta de que desconfiem de você, certo? Você seria capaz de confiar em estranhos que se aproximam quando você está fazendo um saque em caixa eletrônico às 23 horas? Pois é... Parece que até mesmo o Imperativo Categórico de Kant apresenta fragilidade... Howard (2011, p. 73-74) nos propõe uma análise bastante interessante sobre essa máxima – chamada, por ele, de A Regra de Ouro. Sua reflexão parte dela, chegando à Regra de Ferro. Veja o Quadro 1.1: Quadro 1.1 As variações da Regra de Ouro. REGRA DE OURO Faça aos outros o que deseja que eles façam a você. Nossas preferências governam o modo como tratamos os outros. REGRA DE PLATINA Faça aos outros o que eles esperariam que você fizesse. As preferências dos outros governam a maneira como você os trata. REGRA DE DIAMANTE Faça aos outros o que Buda, Maomé ou Jesus (ou a figura venerada por você) faria para você. Nossas aspirações governam a maneira como tratamos os outros. REGRA DE PRATA Não faça aos outros o que eles fazem a você. Nossas preferências éticas negativas governam nosso comportamento. Faça aos outros o que eles REGRA DE BRONZE fazem a você. As preferências dos outros governam nossas ações, Reflexão crítica (o que a regra significa) O que diz Regra Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 8 boas ou más. REGRA DE ALUMÍNIO Não deixe que os outros façam com você o que você não faria a eles. Nossas preferências pela ética negativa governam o comportamento preventivo. REGRA DE CHUMBO Arruíne os outros que o arruínam. Nossa tentação de revidar vence o comportamento ético. REGRA DE FERRO Faça aos outros antes que eles façam com você. Nossa antecipação de comportamento antiético vence as decisões éticas. Fonte: Adaptado de Howard (2011, p. 74) O autor Howard (2011) nos provoca a enxergar como muitas regras, algumas até consideradas sabedorias populares, podem levar a interpretações que não envolvem condutas éticas. Quando julgamos ser correto fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem a nós, adotamos a premissa de que todos têm os mesmos gostos que temos. E isso não é verdade. Cada pessoa tem seu próprio jeito de ver a vida. Cada grupo tem seus próprios valores. E, seguindo este raciocínio, compreendemos como é frágil adotarmos os códigos de conduta religiosos como se fossem universais. Imagine a seguinte situação: Um avião, da El Al (companhia aérea nacional de Israel), estava para decolar de Nova York quando se atrasou por causa de uma confusão desencadeada por haredim (judeus ultraortodoxos). Eles se recusaram a se sentar ao lado de mulheres, porque sua religião não permite. Uma passageira – Amit Bem-Natan – declarou ao site Ynet que alguns haredim ficaram em pé nos corredores e se recusavam a ir para frente. Todos eles tinham bilhetes com assentos numerados e comprados com antecedência, mas pediram às mulheres que trocassem de assento. O voo acabou atrasando porque o avião não pode decolar enquanto houver passageiros em pé. Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 9 Outra passageira do voo (identificada apenas como Galit), disse que passageiros ultraortodoxos sugeriram que ela e seu marido se sentassem separados para se adaptar às exigências religiosas deles. Galit se negou, mas disse que acabou sentada ao lado de um homem heredi que se levantou do assento assim que a decolagem terminou e ficou em pé no corredor. Será que esse evento traz à tona um dilema ético? Será que os direitos religiosos devem se sobrepor aos direitos civis? Esse é um caso de bullying contra as mulheres? Seria uma prática de discriminação contra as mulheres? A companhia aérea deveria responsabilizar-se pelo conflito? Deveria ter articulado uma negociação? A notícia veiculada no site da Folha de S.Paulo traz muitos questionamentos que podem ser debatidos sob a luz de estudos do Direito, do Marketing, da Economia, da Política, da Globalização, entre muitas outras. Saiba Mais! Fonte: http://goo.gl/K33nW8. Acesso em: out. 2014. Companhia aérea de Israel é criticada por discriminação às mulheres Você poderá ler a notícia, na íntegra, sobre o impasse ocorrido entre os passageiros da companhia aérea nacional de Israel. Acesse o link indicado: SHERWOOD, Harriet. Companhia aérea de Israel é criticada por discriminação às mulheres. Folha de S.Paulo, 30 set. 2014. Disponível em: http://goo.gl/3jofBs. Acesso em: 8 out. 2014. http://goo.gl/K33nW8 http://goo.gl/3jofBs Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 10 Segundo Matos (2011, p. 16), a ética deve pressupor liberdade; dignidade/responsabilidade; igualdade de oportunidades; e direitos humanos. Ao tentarmos aplicar esses elementos na análise da notícia sobre os haredim, percebemos que surgirão conflitos culturais e religiosos. Se, por um lado, os haredim têm direito à liberdade de escolher suas crenças religiosas, por outro, as mulheres, como cidadãs do mundo contemporâneo, também têm direito de ir e vir. Há também de se considerar a responsabilidade da companhia aérea quanto a solucionar as necessidades de seus clientes. Barros Filho, durante a aula aberta a qual nos referimos logo no começo deste tema, afirma que a questão da ética, em nossa contemporaneidade, é uma atividade ininterrupta de discussão a respeito de quais princípios queremos adotar para nos orientarmos em nossa convivência. Segundo ele, para se fazer ética, há de se considerar a perspectiva normativa (relativaàs regras a serem obedecidas) e a perspectiva aplicada (relativa ao modo de agir), ou seja, não basta apenas respeitarmos as regras do jogo ‒ precisamos participar das definições das regras do jogo em que jogaremos. Se considerarmos o exemplo do jogo, vamos constatar que a convivência em sociedade é constituída por vários jogos que vão acontecendo ao mesmo tempo: cada jogo tem seu conjunto de regras estabelecidas pelas próprias pessoas envolvidas nele. Seguindo esse raciocínio, será que podemos concluir que a ética é um conjunto de regras de conduta para determinado contexto sob determinadas condições sociais, econômicas, geopolíticas e culturais? Se aceitarmos essa conclusão, vamos compreender que falar de ética não é exatamente falar do que é certo ou errado, mas sim falar dos códigos de condutas ideais para determinada sociedade que vive sob determinadas condições. O Príncipe, de Nicolau Maquiavel Pesquisar sobre ética é como viajar para um mundo sem fronteiras. Podemos encontrar estudos da Grécia Antiga (berço das discussões sobre ética). Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 11 Podemos conhecer a versão cristã da ética na era Medieval. Podemos ler obras da época do Renascimento. Podemos estudar as posições de filósofos modernos. Podemos testemunhar a participação de interessados dos mais diversos perfis em debates a respeito do assunto em nossa atualidade. É possível que você já tenha lido O Príncipe, de Maquiavel. Se ainda não o fez, deve, pelo menos, ter ouvido falar. Esta obra é uma referência até hoje, apesar de ter sido escrita em 1513 e publicada apenas em 1532, após a morte do autor. Por que será que suas ideias alimentam debates até hoje? Saiba Mais! Fonte: http://goo.gl/VkTKbV. Acesso em: out. 2014. Segue link de uma resenha do livro O Príncipe, em que se destaca seus fundamentos teóricos bem como a construção do sentido moderno de política desenvolvida por Maquiavel. Apesar de ter sido publicada há quase 500 anos, a obra de Maquiavel traz reflexões totalmente aplicáveis à nossa contemporaneidade. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Cia das Letras, 2010. http://goo.gl/VkTKbV http://goo.gl/ZY0oMe Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 12 Nessa obra, Maquiavel apresenta quais seriam as melhores condutas para um príncipe conquistar e manter suas conquistas. Os pensamentos consequencialistas são perceptíveis em várias passagens do livro. Há um trecho em que Maquiavel escreve: “[...] pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se pode imaginar” (MAQUIAVEL, 1973, p. 69). Dentro do contexto do livro, podemos interpretar essas palavras do autor como: vale mais a vantagem que um príncipe obtém para si próprio por meio de suas condutas do que a conduta em si mesma. Há um documentário sobre a obra O Príncipe que faz uma paráfrase de algumas falas de Maquiavel. Saiba Mais! Fonte: http://goo.gl/m0hEix. Acesso em: 15 out. 2014. Documentário Grandes Livros: O Príncipe No episódio desta série de documentários produzidos pela Discovery Channel, apresenta-se O Príncipe, livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, cuja primeira edição foi publicada postumamente, em 1532. Trata-se de um dos tratados políticos mais importantes já escritos, com papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente o conhecemos. Entre outras coisas, descreve as maneiras de se conduzir os negócios públicos internos e externos, e, fundamentalmente, como conquistar e manter um principado. GREAT BOOKS (série). O Príncipe. Produção: Discovery Channel. EUA. Documentário. Duração: 50:23 min. Disponível em: http://goo.gl/nKhK3O. Acesso em: 14 out. 2014. http://goo.gl/m0hEix http://goo.gl/nKhK3O Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 13 O trecho inicial do filme mostra um homem que escreve ao novo presidente dos Estados Unidos, dando-lhe conselhos sobre como manter seu poder na presidência. Aí está a comparação com a obra O Príncipe, em que Maquiavel começa escrevendo a Lourenço de Medici – um estadista da época do Renascimento Italiano – e lhe oferece seus estudos sobre como um príncipe deve agir para manter seu poder. O peso do pensamento consequencialista do tipo pragmático é mantido na paráfrase do filme, assim como está no livro. Ou seja: a conduta é avaliada em função das melhores consequências para quem a está praticando. Se analisarmos friamente o trecho do documentário, teremos a impressão de que o homem que escreve ao novo presidente dos Estados Unidos o aconselha à conduta do fingimento para poder manipular o povo e manter seu poder na presidência. O livro O Príncipe retrata esse mesmo contexto: utilizando-se de exemplos de homens poderosos, da Antiguidade à Renascença, o autor descreve como as vantagens oferecidas pelo poder e pela fortuna podem despertar a ambição de governantes, levando-os a atos desleais e violentos. A obra de Maquiavel tornou-se um instrumento para reflexões sobre ética. Trata-se de uma obra antiga cujos debates ainda são bem atuais: a prática de uma política totalmente isenta de condutas éticas, retratada por Maquiavel, é ainda uma realidade até hoje. Você deve saber que o termo maquiavélico surgiu a partir de O Príncipe. Alguns estudiosos defendem Maquiavel, afirmando que, na verdade, ele era um cidadão que defendia a moralidade. É provável que o autor tivesse a intenção de lançar debates sobre a falta de ética na política exatamente retratando o pior da prática da política. Sobre Ética e Moral Será que existem diferenças entre o conceito de ética e de moral? Na verdade, as palavras ética e moral têm a mesma origem. Como já vimos, ética Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 14 vem do grego ethos, significando bom costume/boa conduta. Quando a palavra foi traduzida para o latim, tornou-se mor-morus, significando também costume mor ou costume superior. É da tradução latina para o português que se tem a palavra moral. Atualmente, há muitas discussões sobre a diferenciação entre ética e moral. Há pensadores que aplicam conceitos diferentes a cada um dos termos e, ainda, há aqueles que preferem manter suas semelhanças. O autor Mário Sérgio Cortella, por exemplo, afirma que a ética é o conjunto de princípios que norteiam as condutas para o indivíduo conviver em sociedade. Quanto à moral, trata-se da prática dos princípios éticos. Saiba Mais! Jô Soares entrevista o Prof. Mário Sérgio Cortella Cortella é filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP, com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião. É professor- convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no GVpec da FGV-SP (1998/2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). (Fonte: http://goo.gl/LesgXe. Acesso em: out. 2014) Acessando o link indicado, você poderá assistir a uma entrevista de Jô Soares com Cortella. Você poderá compreender sua visão sobre as diferenças entre ética e moral. REDE GLOBO. Programa do Jô: Entrevista com Mário Sérgio Cortella. Disponívelem: http://goo.gl/L2ZZPU. Acesso em: 8 out. 2014. http://goo.gl/LesgXe http://goo.gl/L2ZZPU Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 15 O autor Clóvis de Barros Filho explica que a ética está ligada ao grupo e tem a pretensão de ser universal. A moral está ligada ao indivíduo, pois cabe a cada um, que convive em uma sociedade, decidir praticar ou não os princípios éticos determinados nessa sociedade. Vamos compreender melhor essa diferença entre ética e moral utilizando um exemplo fornecido pelo Prof. Clóvis de Barros Filho, quando ele esteve no programa Café Filosófico, em 2009, discutindo sobre o tema: Moral e Estilo de Vida na Crise da Contemporaneidade. Você sabia que, em alguns países europeus, você não compra jornal em bancas? No Brasil, por exemplo, escolhemos o jornal que desejamos levar, Saiba Mais! Fonte: http://goo.gl/h5nDLm. Acesso em: out. 2014. Moral e Estilo de Vida na Crise da Contemporaneidade O questionamento sobre a ética aparenta ser constante na sociedade. Com ou sem crise. Com mudança ou não de valores e paradigmas. O discurso da eficácia corporativa e suas metas, tão elogiados no início do século, hoje são duramente condenados. Problemas econômicos e ambientais sugerem o retorno aos valores fundamentados no respeito e na cooperação. BARROS FILHO, Clóvis. Moral e Estilo de Vida na Crise da Contemporaneidade. Programa Café Filosófico, 29 maio 2009. Disponível em: http://goo.gl/GTPPwt. Vídeo disponível em: http://vimeo.com/26390212. Acesso em: 15 out. 2014. http://goo.gl/h5nDLm http://goo.gl/GTPPwt http://vimeo.com/26390212 Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 16 vemos o preço, entregamos o dinheiro ao jornaleiro, ele faz a conta e nos dá o troco. É assim, não é? Pois bem! Na cidade de Genebra, na Suíça, não é assim. Há uma banqueta cheia de jornais. Não há ninguém vigiando. Você chega, abre a caixa, pega o seu jornal e deixa o dinheiro. Isso mesmo! Você deixa seu dinheiro junto a outras quantias já deixadas por outras pessoas. Se tiver direito a troco, você mesmo pega o valor devido. Agora, vamos refletir juntos. O que poderia passar pela cabeça de um estrangeiro, cuja cultura de origem fosse influenciada por ideias como a de levar vantagem em tudo? Pensaria em levar o jornal sem pagar por ele? Pensaria em levar todos os jornais sem pagar por eles? Ou, ainda, pensaria em levar o dinheiro já deixado por outros compradores? É provável que essas ideias acabem passando pela cabeça não só de alguns estrangeiros, mas, por que não dizer, pela cabeça de alguns suíços também. O que faz, então, uma pessoa resistir a essas tentações? A moral! A moral implica liberdade de escolha. Vamos pensar da seguinte maneira: o princípio de não roubar é uma determinação ética em Genebra (e em grande parte do mundo, claro). Trata-se de um princípio do código de ética. Cabe aos moradores e visitantes decidirem se vão cumprir esse princípio ou não. Caberá ao indivíduo que passa pela banqueta de jornais suíços ser moral ou não, ou seja, cabe a ele praticar ou não a ética preestabelecida. Ética Negativa: “Ética negativa são proibições que assumem a forma de ‘Você não deve...’ A ética negativa requer pouca ou nenhuma energia para ser cumprida. Veja ‘Não deverás matar’, por exemplo.” Por outro lado, a “Ética positiva são obrigações que assumem a forma ‘Deverás...’. A ética positiva Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 17 requer uma conduta virtuosa e energia para ser seguida. Por exemplo: ‘Deverás alimentar os famintos’”. (HOWARD, 2011, p. 54) Genebra: “A famosa neutralidade suíça, conquistada em 1815, transformou em um grande centro administrativo do humanitarismo. A cidade abriga mais de 200 organizações internacionais, como as sedes da ONU (Organização das Nações Unidas), da Cruz Vermelha e da OMC (Organização Mundial do Comércio). E também concentra um sem-número de bancos mundialmente reconhecidos por garantirem sigilo absoluto das contas de seus correntistas. Mas a maior contribuição de Genebra para o mundo não reside exatamente em suas instituições, e sim no seu caráter multicultural, que flui em teatros, óperas, mais de 1.300 cafés e restaurantes de gastronomia requintada, além de 2 mil anos de história retratados em dezenas de museus. Não à toa, 43% dos seus 185 mil habitantes são estrangeiros, que convivem em perfeita harmonia a despeito da variedade de idiomas, preferências gastronômicas e manifestações artísticas. Definitivamente, a neutralidade suíça não faz de Genebra uma cidade morna. É imparcial sim, mas cheia de personalidade”. (GENEBRA. Disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/suica-genebra. Acesso em: 10 out. 2014) Haredim: palavra também grafada como haredi (palavra hebraica cujo significado pode ser “temente”). Algumas fontes alertam que, atualmente, o termo pode ser considerado pejorativo, dependendo do contexto em que é utilizado. “A comunidade haredi, concentrada nos bairros religiosos de Jerusalém, é notável por seu isolamento e por sua força política, enquanto seus membros são isentos do serviço militar em troca de seus estudos religiosos.” (BERCITO, 2014, s.p.). Paráfrase: fenômeno linguístico que se apropria de determinado conteúdo (texto ou fala) transformando a maneira em que fora apresentado. A paráfrase acontece, basicamente, quando o conteúdo é mantido e a forma é modificada. Pragmático: realista, objetivo. É um adjetivo derivado do substantivo “Pragmatismo”, doutrina filosófica que defende que as ideias devem ter uma aplicação prática. http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/suica-genebra Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 18 Princípio: ponto de partida para julgar a validade de um caminho antes de se tomar uma decisão. Os princípios pessoais nascem das crenças e dos significados que as pessoas atribuem a suas próprias experiências. Os princípios éticos surgem das crenças e valores de determinada sociedade em determinado tempo. Instruções Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 “Para avaliar a ética de qualquer ação, vale distinguir três dimensões da ação: prudencial, legal e ética. Dentro da dimensão prudencial, distinguimos entre o que é prudente ou não; dentro da dimensão legal, entre o que é legal ou não; e dentro da dimensão ética, entre o que é certo ou errado.” (HOWARD, 2011, p. 49) Com base no texto apresentado, avalie as asserções a seguir: I. Uma ação levanta questões na dimensão prudencial quando for de nosso interesse próprio, como se devêssemos ou não refinanciar nossa casa. II. Proibições como cometer assalto, dirigir em alta velocidade, assassinar ou portar drogas ilícitas pertencem à dimensão da ética. III. A dimensão ética envolve padrões predefinidos para o código de conduta correta. Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 19 É correto o que se afirmaem: a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 2 “Raciocinar é um processo de análise para formar julgamentos. Ele esclarece a distinção entre a ação certa e a errada. Racionalizar é um processo de construção de uma justificativa para uma decisão que suspeitamos que na realidade seja falha – e que com frequência se chegou por meio de um processo mental caracterizado pela maquinação e benefício próprio.” (HOWARD, 2011, p. 59) Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir como correta (c) ou incorreta (i): Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 20 a) Normalmente, raciocinamos para evitar constrangimentos. b) A racionalização não deveria ser utilizada na tomada de uma decisão ética. c) A racionalização torna propositalmente indistintos o certo e o errado. d) Um exemplo de racionalização é o uso do ditado: “Todo mundo está fazendo isso”. e) Quando racionalizamos, distorcemos o raciocínio ético. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de análise das asserções apresentadas. a) I=i; II=c; III=i; IV=c; V=c. b) I=c; II=c; III=c; IV=i; V=i. c) I=i; II=i; III=c; IV=c; V=c. d) I=c; II=c; III=c; IV=c; V=c. e) I=i; II=c; III=c; IV=c; V=c. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 3 Partindo da chamada Regra de Ouro, que diz “Faça aos outros o que deseja que eles façam a você”, Howard (2011, p. 73-74) propõe uma análise de variações dessa regra. A coluna esquerda da tabela apresentada contém as variações da Regra de Ouro, enquanto a coluna direita contém as respectivas interpretações propostas pelo autor. Correlacione as colunas de forma a fazer a correta associação entre elas. Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 21 I Faça aos outros o que eles esperariam que você fizesse. II Não faça aos outros o que eles fazem a você. III Faça aos outros o que eles fazem a você. IV Não deixe que os outros façam com você o que você não faria a eles. a Nossa tentação de revidar vence o comportamento ético. b As preferências dos outros governam nossas ações, boas ou más. c Nossas preferências éticas negativas governam nosso comportamento. d Nossas preferências pela ética negativa governam o comportamento preventivo. V Arruíne os outros que o arruínam. e As preferências dos outros governam a maneira como você os trata. Fonte: Adaptação de Howard (2011, p. 74) Assinale a alternativa que apresenta a associação correta entre as variáveis da Regra de Ouro e as interpretações: a) I=e; II=c; III=b; IV=d; V=a. b) I=a; II=c; III=b; IV=d; V=e. c) I=e; II=b; III=c; IV=d; V=a. d) I=e; II=c; III=b; IV=a; V=d. e) I=b; II=c; III=e; IV=d; V=a. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 4 Com base no que aprendeu sobre os pensamentos consequencialistas, responda: Interpretações das variações da Regra de Ouro Variações da Regra de Ouro Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 22 a) O que caracteriza um pensamento consequencialista? b) O que você questionaria no tipo de pensamento consequencialista? c) Explique o que é um pensamento consequencialista pragmático e dê um exemplo. d) Explique o que é um pensamento consequencialista utilitarista e dê um exemplo. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 5 Sabemos que o Prof. Mário Sérgio Cortella e o Prof. Clóvis de Barros Filho diferenciam os conceitos de ética e moral. O que eles dizem a respeito? Dê dois exemplos do que é ética e dois exemplos do que é moral, conforme definições dos professores. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Falar de ética não é exatamente falar do que é certo ou errado, mas sim falar dos códigos de condutas ideais para determinada sociedade que vive em determinadas condições. O que acontece, em nossa contemporaneidade, é que a globalização tem dominado, cada vez mais, nosso cotidiano. Assim, as discussões sobre ética acabam envolvendo não só a cultura local, mas também o encontro entre diversas culturas sob as mais diversas circunstâncias. Até aqui, foi esta nossa intenção: despertar em você a vontade de encontrar respostas para as perguntas que vão surgindo. E, mais do que isso: perceber que podemos encontrar mais de uma resposta para a mesma questão. Reflita sobre tudo isso! Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 23 BARROS FILHO, Clóvis. Moral e Estilo de Vida na Crise Contemporaneidade. In: Café Filosófico, 29 maio 2009. Disponível em: http://www.cpflcultura.com.br/wp/2009/12/01/integra-moral-e-estilo-de-vida-na- crise-da-contemporaneidade-clovis-de-barros-filho/. Vídeo disponível em: http://vimeo.com/26390212. Acesso em: 15 out. 2014. BERCITO, Diogo. Judeus haredi aderem à vida secular em Israel. Folha de S. Paulo (On-line), Seção Mundo, 13 jan. 2014. Disponível em: http://goo.gl/M8rzlv. Acesso em: 15 out. 2014. GENEBRA. Disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/suica- genebra. Acesso em: 10 out. 2014. GREAT BOOKS. O Príncipe (Nicolau Maquiavel). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LUDOnaqziLo. Acesso em: 8 out. 2014. HOWARD, Ronald A. Ética Pessoal para o Mundo Real: criando um Código Ético e Pessoal para Guiar suas Decisões no Trabalho e na Vida. São Paulo: M.Books do Brasil, 2011. KRIESER, Paulo. Princípios pessoais são a base para o sucesso. 23 out. 2008. Disponível em: http://goo.gl/Dt1itO. Acesso em: 10 out. 2014. MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. São Paulo: Cia das Letras, 2010. MATHEUS, Carlos Eduardo Meireles. Kant: vida e obra. São Paulo: Universidade Falada. Duração: 1:10. Trecho para audição disponível em: http://goo.gl/ImEaj8. Acesso em: 15 out. 2014. MATOS, Francisco Gomes de. Ética na gestão empresarial: da conscientização à ação. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. http://www.cpflcultura.com.br/wp/2009/12/01/integra-moral-e-estilo-de-vida-na-crise-da-contemporaneidade-clovis-de-barros-filho/ http://www.cpflcultura.com.br/wp/2009/12/01/integra-moral-e-estilo-de-vida-na-crise-da-contemporaneidade-clovis-de-barros-filho/ http://vimeo.com/26390212 http://goo.gl/M8rzlv http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/suica-genebra https://www.youtube.com/watch?v=LUDOnaqziLo http://goo.gl/Dt1itO http://goo.gl/ImEaj8 Nome © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 24 O PRÍNCIPE (Nicolau Maquiavel). Produção: Discovery Channel, EUA. Documentário. Duração: 50:23 min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LUDOnaqziLo. Acesso em: 14 out. 2014. O QUE É ÉTICA? - Mario Cortella. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU. Acesso em: 8 out. 2014. PENSADOR. Frases de Maquiavel. Disponível em: http://pensador.uol.com.br/frases_de_maquiavel/. Acessoem: 8 out. 2014. REDE GLOBO. Programa do Jô: Entrevista com Mário Sérgio Cortella. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU. Acesso em: 8 out. 2014. SERRANO, Pablo J. Ética Aplicada: moralidade nas relações empresariais e de consumo. Campinas: Editora Alínea, 2009. SHERWOOD, Harriet. Companhia aérea de Israel é criticada por discriminação às mulheres. Folha de S.Paulo, 30 set. 2014. Disponível em: http://goo.gl/OpfXmP. Acesso em: 8 out. 2014. Questão 1 Resposta: Alternativa “C”. A asserção II está incorreta porque apresenta ações da dimensão legal, e não da dimensão ética. Questão 2 Resposta: Alternativa “E”. A asserção I está incorreta porque é a racionalização que pode nos levar a criar desculpas para evitarmos constrangimentos. As asserções restantes estão corretas porque: a racionalização leva a pessoa a adotar condutas não verdadeiras; a racionalização leva à confusão entre o certo e o errado; quando nos justificamos dizendo que todo mundo faz igual, https://www.youtube.com/watch?v=LUDOnaqziLo https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU http://pensador.uol.com.br/frases_de_maquiavel/ https://www.youtube.com/watch?v=vjKaWlEvyvU http://goo.gl/OpfXmP © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 25 estamos racionalizando, e a racionalização impede que raciocinemos de forma a encontrar a conduta ética. Questão 3 Resposta: Alternativa “A”. A resposta desta questão encontra-se no Caderno de Atividades do Tema 1, item “Da Antiguidade à Contemporaneidade”. Questão 4 Todo o embasamento teórico para as respostas envolvidas nesta questão pode ser encontrado no Caderno de Atividades do Tema 1, item “Da Antiguidade à Contemporaneidade”. Questão 5 A resposta para esta questão pode ser encontrada no Caderno de Atividades, Tema 1, item “Sobre Ética e Moral”. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 26 Como citar este material: FREGNI, Carla P. Ética e Relações Humanas no Trabalho: Pensando sobre Relações Humanas. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Olá! Seja bem-vindo(a) à segunda aula da disciplina Ética e Relações Humanas no Trabalho. Nesta aula, vamos refletir sobre as relações humanas. Viver em sociedade nos parece bem natural. Afinal, desde os tempos das cavernas, o homem agrupava-se para viver melhor. É claro que, de lá para cá, a vida tornou-se bem mais complexa para nós, não é mesmo? Se, nos primórdios, o ser humano dedicava-se principalmente a caçar e a defender-se dos predadores, hoje, a vida nos envolve em uma mistura de aspectos bem mais sofisticados, como os políticos, os econômicos, os culturais, os científicos, os tecnológicos, entre outros tantos. Nossa proposta, neste tema, é refletir sobre como esses aspectos interferem na evolução das relações humanas. Vamos considerar a evolução do ponto de vista da complexidade, e não do ponto de vista de melhorias das relações sociais. Não pretendemos nos aprofundar em análises históricas, mas, sim, lançar um olhar panorâmico sobre alguns fenômenos sociais para percebermos de que maneira os aspectos mencionados influenciaram e ainda influenciam a vida em sociedade. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 27 Nome Da Antiguidade ao Iluminismo Costuma-se dividir a história ocidental em três períodos: Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna. Quanto à nossa contemporaneidade, ou seja, o momento em que vivemos agora, ainda não há um consenso de como chamá- la. Alguns usam o termo pós-modernidade, enquanto outros usam a expressão modernidade tardia. É provável que, somente em uma próxima era histórica, tenhamos um nome oficial para esta era em que vivemos. Na Antiguidade, as relações humanas alcançavam uma dimensão importante pelo encontro das pessoas na cidade. Lá, eram realizadas trocas comerciais e trocas culturais. Aliás, o papel original da política surgiu nesta época. Formada por duas palavras gregas, pólis (cujo significado era cidade) e tikós (cujo significado era bem comum), a política propunha-se a ser um instrumento para o bem viver em sociedade. A conduta humana era fundamentada na crença de que o universo, sendo finito e ordenado, reservava uma missão de vida a cada indivíduo, que tinha a responsabilidade de desabrochar suas potencialidades e cumprir essa missão que o Cosmos lhe reservara. Ao deslocarmos nosso olhar para a Idade Média, encontraremos relações definidas por uma hierarquia de categorias sociais bem definidas: a realeza, a Igreja, os senhores feudais, os artesãos e os camponeses. Não havia mais a crença em um universo finito e ordenado. Era a Igreja Católica que determinava o código de conduta e regulava o convívio social. As relações humanas, na época medieval, eram marcadas por uma maioria de camponeses e artesãos pobres e aterrorizados por epidemias que eram vistas como castigo do demônio. Eles eram explorados por tributos dos senhores feudais e da Igreja, cujo clero constituía-se principalmente de indivíduos ricos. O calendário anual era marcado por atividades religiosas. As doenças eram tratadas com exorcismos. A Igreja monopolizava o conhecimento com a tutela das bibliotecas. Sua atuação não se limitava aos aspectos religiosos, pois eram os papas que coroavam os imperadores nas cerimônias de sagração. http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_Antiga © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 28 Nome Saiba Mais! Como era a vida na Idade Média Este texto, veiculado pela revista Aventuras na História, apresenta como teria sido o cotidiano da vida medieval: CORDEIRO, Tiago. Como era a vida na Idade Média. Aventuras na História, 1 abr. 2010. Disponível em: http://goo.gl/31pfDf. Acesso em: 21 out. 2014. Diante dessa descrição sobre a Idade Média, compreendemos por que muitos autores a chamam de Idade das Trevas! Para combater as sombras que pairavam sobre as relações humanas medievais, surgiu o Iluminismo. O Iluminismo e a Revolução Francesa Resgatando o que foi o Iluminismo, vamos nos lembrar de que se tratou de um processo cultural que envolveu intelectuais da Europa do século XVIII. O Iluminismo propunha, principalmente: a valorização da razão humana, o domínio da natureza por meio do conhecimento e o questionamento à intolerância da Igreja e do Estado. A partir de então, a Igreja foi perdendo seu poder junto às sociedades ocidentais. A humanidade descobriu que as epidemias ocorriam por falta de higiene, e não por interferências do demônio. Descobriu-se, também, que as melhores colheitas aconteciam pela aplicação de técnicas agrícolas, e não com rituais religiosos. E ficou claro que pedaços do céu não estavam à venda. Foi o Iluminismo que impulsionou a Revolução Francesa em 1789. O Regime Absolutista da França daquela época inflamou a população, miserável e revoltada, contra a realeza. O contexto daquela época se parecia com um grande caldeirão, em que borbulhavam questões políticas, sociais, culturais e econômicas sobre as labaredas do anseio popular e da violência humana. http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-era-vida-idade-media-677615.shtml © 2014 Anhanguera Educacional.Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 29 Nome Saiba Mais! A Revolução Francesa O artigo, a seguir, trata da Revolução Francesa, um dos mais importantes acontecimentos da história do Ocidente. MACHADO, Fernanda. Revolução Francesa: Queda da Bastilha, jacobinos, girondinos, Napoleão. Revista Pedagogia e Comunicação, Seção História Geral, 15 jul. 2013. Disponível em: http://goo.gl/rej46m. Acesso em: 21 out. 2014. É incrível como alguns eventos históricos trazem à tona o melhor e o pior das relações humanas. A Revolução Francesa, por exemplo, mostrou uma sociedade que buscava mais igualdade e liberdade, ao mesmo tempo em que se utilizava de ações violentas, como torturas e massacres, para atingir seus objetivos tão iluminados. http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/revolucao-francesa-queda-da-bastilha-jacobinos-girondinos-napoleao.htm#fotoNav%3D2 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 30 Nome Saiba Mais! A Revolução Industrial na Inglaterra Para saber mais sobre a Revolução Industrial, o documentário A Revolução Industrial na Inglaterra, produzido pela Enciclopédia Britânica, aborda o contexto vivido pela Inglaterra durante este processo, abordando de modo bastante didático os principais pontos deste momento histórico. Vale a pena conferir! A REVOLUÇÃO Industrial na Inglaterra. (The Industrial Revolution in England) Produtor: David Thomson. Produção: Encyclopaedia Britannica Films, inc.; Encyclopaedia Britannica Educational Corporation. Chicago: Encyclopaedia Britannica Educational Corp., 1959. VHS. Duração: 26 min. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU Acesso em 28/07/2016. A Revolução Industrial A Revolução Francesa acelerou a Revolução Industrial, que trouxe avanços tecnológicos como a máquina a vapor e a eletricidade: surgia a Modernidade. As novas técnicas de produção, que esses inventos propiciavam, levavam a humanidade a manipular os recursos naturais como nunca havia feito. Novas divisões sociais surgiram: de um lado, os proprietários dos meios de produção; de outro lado, os trabalhadores. A nova relação social era estabelecida entre capital e mão de obra. A Revolução Industrial foi um processo que se iniciou na Inglaterra. Não há um consenso, entre os historiadores, a respeito de datas específicas. O que é de se esperar, pois mudanças socioeconômicas não acontecem do dia para a noite. São resultados de todo um processo que envolve também muitas outras dimensões, como a política, a cultural e a tecnológica. O que nos importa, neste momento, é saber que, entre 1840 e 1870, o progresso tecnológico e econômico ganhou força na Inglaterra com a adoção crescente de barcos a vapor, navios, ferrovias, fabricação em larga escala de máquinas e o aumento de fábricas que utilizavam a energia a vapor. https://www.youtube.com/watch?v=jt-o3EBQPMU http://pt.wikipedia.org/wiki/Barco_a_vapor http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferrovia © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 31 Nome O advento das máquinas trazia promessas de melhorias na vida social e econômica. As ideias eram animadoras, afinal, as 18 horas que um artesão levava para produzir um sapato poderiam se transformar em 20 minutos de trabalho com a utilização das máquinas! Era claro o crescimento monstruoso da produtividade, não era? Assim, era possível concluir que as horas de trabalho na indústria iriam diminuir. As vendas aumentariam, e os operários poderiam ganhar mais. Ganhando mais, eles também poderiam comprar mais. Mais compradores, mais produção, mais venda e, assim, um ciclo econômico saudável que iria beneficiar todo o país! Puxa! Parecia um sonho, não? Na verdade, esse sonho não foi realizado plenamente. Você deve se lembrar de que, antes da chegada das máquinas, a sociedade da época era formada por nobres, burgueses, artesãos, agricultores e clero. A mudança de classe social não era possível aos indivíduos. Então, perguntamos: será que os artesãos e agricultores teriam condições de comprar máquinas e construir fábricas? Claro que não! Na verdade, eles acabaram constituindo a classe operária. E aqueles que tinham riqueza para se apropriar das máquinas (como os burgueses, por exemplo)? Será que eles se contentariam em vender a um preço baixo os produtos fabricados com o gasto de altos salários ao proletariado? A resposta é negativa também... As vendas aumentaram, sim, pois quem já era rico passou a comprar mais. O preço dos produtos não diminuiu proporcionalmente. Quanto aos operários, eles recebiam baixíssimos salários e péssimas condições de trabalho, pois os proprietários do capital não queriam comprometer seus lucros. O país se beneficiou, exportando muitos produtos. E a população em geral? Bem, teria de se organizar em sindicatos para combater a exploração pela qual sofria. Mas isso aconteceu bem depois. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 32 Nome O Capitalismo Se, até a Idade Média, os códigos de conduta eram determinados pela polaridade Igreja/Estado, com a Modernidade, um terceiro poder interfere na ordem das relações humanas: o capitalismo. Os proprietários das máquinas, ferramentas e recursos financeiros (os capitalistas) começaram a lucrar por meio da exploração de trabalhadores (o proletariado). Expliquemos: para ganhar mais com a venda de um produto, o capitalista oferecia a remuneração mais baixa possível ao proletariado. Deste tipo de relação social eclodiram as lutas de classes. De um lado, os capitalistas, tentando maximizar seus lucros, de outro lado, o proletariado, reivindicando melhores salários. Após a Segunda Guerra Mundial (1945), foi possível perceber algumas movimentações político-econômicas na Europa Ocidental, Estados Unidos e Japão. Uma das características marcantes foi o início de um processo de regulação da política macroeconômica pelo Estado para garantir o equilíbrio no campo econômico e a paz social no âmbito político. Para estimular o desenvolvimento da atividade produtiva, o Estado oferecia empréstimos e investimentos de longo prazo. Uma nova base para o regime de acumulação ‒ característico do capitalismo ‒ surgiu com um tripé formado pelo Estado, grandes corporações e sindicatos. Para nós, ocidentais, o regime capitalista é o que há de mais familiar, não é mesmo? Estamos imersos nele! Grande parte de nossas relações humanas acontece por meio da economia capitalista. No entanto, o capitalismo não é uma política econômica universal. Nem todos os países o adotaram. É claro que algumas nações socialistas converteram-se. Vale lembrarmos de um fato histórico muito marcante: a Queda do Muro de Berlim, em 1989. Esse evento acelerou as consequências da globalização, como a desregulamentação econômica em grande parte dos países pelo mundo. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 33 Nome A Globalização Quando lemos notícias sobre globalização, podemos até achar que se trata de um fenômeno recente, não é mesmo? Só que muitos de seus aspectos já existiam desde a época dos fenícios. Podemos mencioná-los: interação humana em longas distâncias, expansão do comércio além dos limiteslocais, influência de culturas de outras nações, entre outros. Não há uma forma única de abordar o assunto da globalização. Alguns estudiosos consideram que se trata de um processo que surgiu com o início da expansão do capitalismo (século XVI). Outros preferem datar essa origem em meados do século XX, com o desenvolvimento das tecnologias da Saiba Mais! Fonte: http://www.livronauta.com.br/livro-Karl_Marx-A_Mercadoria-Atica-Flordolaciolivros-Sao_Paulo- 19648026. Acesso em: out. 2014 Publicado em 2006 pela Editora Ática, o livro Karl Marx: a mercadoria é um ensaio comentado por Jorge Grespan a respeito do primeiro capítulo da obra O Capital, de Karl Marx. A obra nos faz compreender a visão marxista a respeito do papel da mercadoria nas relações sociais do mundo moderno. Reproduzindo um trecho da quarta capa do livro: “as relações sociais do mundo moderno aparecem invertidas, coisificando as pessoas e conferindo às coisas, ao mesmo tempo, um poder sobrenatural”. MARX, Karl. A mercadoria. Tradução e Comentário Jorge Grespan. São Paulo: Editora Ática, 2006. http://www.livronauta.com.br/livro-Karl_Marx-A_Mercadoria-Atica-Flordolaciolivros-Sao_Paulo-19648026 http://www.livronauta.com.br/livro-Karl_Marx-A_Mercadoria-Atica-Flordolaciolivros-Sao_Paulo-19648026 © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 34 Nome comunicação e da divisão internacional do trabalho. Canclini (2007, p. 41) explica que essas diferenças se devem ao modo como se define o processo da globalização. Aqueles que atribuem uma origem mais antiga consideram principalmente seu aspecto econômico. Os que atribuem uma origem mais recente consideram principalmente as dimensões políticas, culturais e comunicacionais. Sejam quais forem as considerações utilizadas na abordagem da globalização, trata-se de um processo que interfere nas relações humanas. Não podemos negar que a grande mola propulsora para o processo de globalização é a economia capitalista, e que as tecnologias da comunicação garantem a viabilização desse processo. Muito mais do que mercados internacionais, o mercado global permite, aos grandes grupos empresariais, a exploração de recursos de baixos custos (como fontes energéticas e mão de obra) praticamente em qualquer lugar do mundo, assim como oferecer seus produtos aos consumidores mais atraentes, estejam onde estiverem. Se, por um lado, a globalização nos leva à ideia de ligação entre os povos e a disponibilidade de tudo para todos, por outro lado, ela também pode levar ao agravamento de problemas e conflitos como desemprego, poluição, violência, narcotráfico, entre outros (CANCLINI, 2007, p. 43). Para compreendermos melhor, vamos imaginar uma grande corporação que desloca sua produção para determinado país cuja mão de obra tenha um custo muito baixo. Uma das consequências imediatas será o desemprego no país de origem dessa empresa. Outra consequência da globalização, que também devemos considerar, é a desvalorização crescente dos recursos humanos em países mais pobres. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 35 Nome Saiba Mais! Bangladesh: a revolta da "mão de obra barata" após desmoronamento de fábrica Centenas de milhares de trabalhadores envolveram-se em confrontos com a polícia, dois dias depois de o desmoronamento de uma instalação fabril matar mais de 270 pessoas nos arredores da capital. As autoridades tinham conseguido retirar 45 sobreviventes dos escombros do edifício que empregava mais de 3 mil pessoas, albergando vários ateliês pertencentes a empresas como a espanhola Mango ou a britânica Primark. BANGLADESH: a revolta da "mão de obra barata" após desmoronamento de fábrica. Euronews, 26 abr. 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=33qwY_jWudE. Acesso em: 19 out. 2014. Cultura e Discriminação Se pudéssemos simplificar o conceito de cultura, diríamos que ela é “formada por comportamentos humanos padronizados e regulados não pela vontade, desejo ou crença individual, mas pelos hábitos e costumes e, também, por certa imposição do meio social circundante” (COSTA, 2010, p. 15). Apesar de haver diferenças entre as culturas das mais diversas sociedades estabelecidas pelo mundo, “há elementos básicos que estão presentes em todas elas: as crenças; os valores; as normas e sanções; os símbolos; o idioma e a tecnologia” (DIAS, 2011, p. 50). Analisar a cultura de determinada sociedade nos permite compreender como ocorrem as relações humanas nessa sociedade. Você já ouviu falar do sistema de castas na Índia? Extintas por lei no fim da década de 1940, as castas faziam parte de um sistema de organização social que classificava as pessoas https://www.youtube.com/watch?v=33qwY_jWudE © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 36 Nome segundo a cor da pele e o grupo em que nasciam. Segundo o historiador Ney Vilela (apud NAVARRO, s.d.) da Unesp de Bauru, “define-se casta como um grupo social hereditário, em que as pessoas só podem casar-se com pessoas do próprio grupo, e que determina também sua profissão, hábitos alimentares, vestuário e outras coisas, induzindo à formação de uma sociedade sem mobilidade social”. Imagine nascer em uma casta menos privilegiada e não poder conquistar melhorias para sua própria vida. Tratava-se de um sistema de organização social em que não se dava o menor valor ao mérito. As relações sociais eram estabelecidas, desde o nascimento do indivíduo, com base na discriminação. Esse sistema foi extinto, mas ainda resta muito preconceito frente à origem familiar de cada pessoa. Na verdade, mesmo em sociedades que não tenham o sistema de castas, podemos encontrar dificuldades de mobilidade social. Seja por questões econômicas, educacionais, políticas ou religiosas, diferenças sociais estão presentes em toda a história da humanidade, e interligada a elas está a discriminação. As diferenças culturais podem provocar curiosidade e estranheza. Os muçulmanos consideram indecente uma mulher exibir o próprio rosto. Para a mulher ocidental, isso chega a ser bizarro. As mulheres de Bali expõem os seios e ocultam as pernas. As brasileiras acham normal exibirem suas pernas e acham indecente exibir os seios. Na Tailândia, não se pode acariciar a cabeça de uma criança, pois, segundo a tradição local, as crianças estão sob a proteção de Deus (DIAS, 2011, p. 133). Aqui, no Brasil, acariciar a cabeça de uma criança é uma prática bastante comum e considerada uma demonstração de carinho. Infelizmente, muitos conflitos e guerras são consequências de reações mais extremadas frente às diferenças culturais. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 37 Nome Evolução Tecnológica Nos últimos tempos, a evolução tecnológica tem crescido em ritmo acelerado. Se, na época das cavernas, as ferramentas mais importantes do homem eram sua machadinha e seus próprios dentes, hoje, vivemos rodeados por satélites, cabos de fibras ópticas e computadores dos mais variados tipos, tamanhos e potências. As relações humanas são intermediadas pela tecnologia. Do giz e quadro- negro ao celular de última geração, temos as mais variadas tecnologias aplicadas na interação humana. Umas priorizam a relação presencial; outras, a relação adistância. O uso das novas mídias possibilita o contato de pessoas pelo mundo, apesar de não terem o mesmo idioma, as mesmas crenças ou as mesmas situações socioeconômicas. Novas formas de relações humanas surgiram com o advento da internet. Nas palavras de Costa (2010, p. 179): Saiba Mais! O sistema social de castas na Índia e no mundo Confira mais informações sobre o sistema de castas sociais que, embora proibido na Índia e em outros locais do mundo, ainda influencia as relações humanas: NAVARRO, Roberto. O que é a sociedade de castas que existe na Índia? Mundo Estranho, Edição 66, s.d. Disponível em: http://goo.gl/oNc77A. Acesso em: 19 out. 2014. PINHEIRO, Cláudio Costa. A hierarquia da sociedade indiana. Ciência Hoje, 31 maio 2012. Disponível em: http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/ id/614/n/a_hierarquia_da_sociedade_indiana. Acesso em: 20 dez. 2016. http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-a-sociedade-de-castas-que-existe-na-india http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/614/n/a_hierarquia_da_sociedade_indiana http://www.cienciahoje.org.br/revista/materia/id/614/n/a_hierarquia_da_sociedade_indiana © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 38 Nome Saiba Mais! Exclusão digital é retrato da exclusão social Leia mais sobre o relatório “Redefinindo a Exclusão Digital” (lançado no Fórum Global de Banda Larga Móvel 2013). Acesse o link: Relações que se criam com a comunicação em rede, pelo compartilhamento de informações, pela interatividade proposta por um jogo, pela colaboração em alguma forma de trabalho, ou pela solidariedade em relação a algum acontecimento da sociedade, constituem novas formas de sociabilidade. Se, por um lado, podemos elencar numerosos benefícios trazidos pelas novas tecnologias da comunicação, por outro, há algumas questões que nos convidam a refletir sobre o que ainda deve ser melhorado nas relações humanas intermediadas pelas tecnologias da comunicação. Matos (2012) destaca que a globalização dos meios de comunicação nos exige a responsabilidade ética, uma vez que nos tornamos o ponto de emissão e de recepção instantaneamente. Segundo ele, a tecnologia põe as pessoas em contato sem promover o relacionamento humano, que é fundamentado em uma comunicação que leva à avaliação crítica, ao discernimento das respostas, ao agregar conhecimento (MATOS, 2012, p. 32). Outra reflexão bastante pertinente é sobre a exclusão social pela exclusão digital. Um relatório independente, intitulado “Redefinindo a Exclusão Digital” (lançado no Fórum Global de Banda Larga Móvel 2013), declarou que, à medida que o acesso à rede está sendo resolvido em muitos países, inúmeros novos desafios, cada vez mais humanos, tais como acessibilidade e falta de habilidades, estão tornando-se as principais causas da exclusão digital para milhões de pessoas (FURLAN, 2013). © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 39 Nome Ser impedido de participar desta grande rede tecnológica propiciada pela internet também é uma forma de exclusão social, desenhando-se um novo tipo de marginalização. Social x Individual Até este momento, priorizamos uma abordagem bem macro a respeito das relações humanas, como você deve ter percebido. Nosso olhar foi distanciado do indivíduo em si mesmo para compreendermos movimentações sociais. Partimos da premissa de que, sendo uma criatura gregária, o homem prefere viver em grupos, ou seja, em sociedade. Então, trabalhamos nossos estudos por meio de verdadeiras pinceladas históricas que pudessem nos mostrar as dimensões macro e externa do ser humano em sua vida em sociedade. Porém, se a sociedade é constituída por indivíduos, os aspectos micro e internos também devem ser levados em consideração quando refletimos sobre relações humanas, não é mesmo? Podemos arriscar a dizer que é recente o pensamento que valoriza as questões individuais nas relações sociais. Aliás, tem sido um grande desafio, para a sociedade contemporânea, chegar a códigos de condutas sociais que sejam aceitos e praticados pela maioria, pois os indivíduos já reconhecem seu direito de levar a vida do jeito que acharem melhor. Na Antiguidade, cada indivíduo acreditava que havia uma missão cósmica reservada para ele. Na Idade Média, invariavelmente, príncipe virava rei e filho de artesão virava artesão. Na Modernidade, ou se era dono do capital ou proletário. Na contemporaneidade, podemos ser o que quisermos! Apesar da simplificação que utilizamos nesta exposição, a verdade é que, em nossa atualidade, não há papéis sociais absolutamente definidos como foi até então. Nos dias de hoje, podemos até mesmo mudar de sexo! FURLAN, Paula. Exclusão digital é retrato da exclusão social. 8 nov. 2013. Disponível em: http://goo.gl/xS4dDC. Acesso em: 19 out. 2014. http://b2bmagazine.consumidormoderno.uol.com.br/index.php/internet/item/3239-exclusao-digital-e-tambem-exclusao-social © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 40 Nome Saiba Mais! Novos sujeitos, novos relacionamentos Neste programa, o psicanalista e doutor em filosofia Joel Birman e sua convidada, a psicóloga Marcia Arán, discutem questões sobre as identidades sociais construídas em função do gênero (ou seja, em função de o indivíduo ser homem ou mulher). Esse programa do Café Filosófico nos provoca a refletir sobre as implicações dos movimentos feministas e dos movimentos GLS nas relações sociais contemporâneas. Vale a pena assistir! NOVOS sujeitos, novos relacionamentos. Palestrantes: Joel Birman e Márcia Arán. Café Filosófico. Módulo: Subjetivações Contemporâneas. Jul. 2009. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BoNvP7_H2Sk . Acesso em: 20 dez. 2016. As relações humanas contemporâneas são complexas e cada vez menos delimitadas. Um anônimo hoje pode ser uma celebridade da internet amanhã. Uma celebridade de ontem pode viver no anonimato hoje. Um miserável pode enriquecer com a loteria. Um milionário de capa de revista pode ser encontrado vagando sem teto pelas ruas no futuro. As relações humanas em nossa contemporaneidade nos colocam desafios inéditos. Ao mesmo tempo, elas continuam tendo, como pano de fundo, as questões sociais, culturais, econômicas, políticas, religiosas e tecnológicas. Cosmos: ou Cosmo tem sua origem na palavra grega kósmos e significa ordem, organização, beleza, harmonia. É o conjunto de tudo o que existe, desde o microcosmo ao macrocosmo, das estrelas até as partículas subatômicas. O macrocosmo é o grande mundo, o Universo como um todo orgânico, em oposição ao ser humano (microcosmo), segundo as doutrinas filosóficas que admitem uma correspondência entre as partes constitutivas do https://www.youtube.com/watch?v=BoNvP7_H2Sk © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 41 Nome Universo e as partes constitutivas do Homem. (SIGNIFICADOS.COM. Disponível em: http://www.significados.com.br. Acesso em 21 out. 2014) Crenças: são ideias sobre a natureza da vida. “Os indianos que seguem o budismo acreditam que sua alma reencarna em animais e objetos, por isso cultuam muitos animais que acreditam ser antepassados reencarnados. Para um ocidental que segue a religião cristã essa crença não tem nenhum significado.”(DIAS, 2011, p. 51). Discriminação: envolve a exclusão de pessoas, ou de grupos de pessoas, de um sistema de convivência e de direitos garantidos, seja por motivos sociais, religiosos, raciais, sexuais ou outros. Idioma: “é um elemento-chave da cultura. Considerando que outros animais se comunicam por sinais (sons e gestos cujos significados são fixos), os humanos se comunicam por meio de símbolos (sons e gestos de cujo significado depende de compreensões compartilhadas). Podem ser combinadas palavras de modo diferentes para carregar um número ilimitado de mensagens, não só sobre o aqui e agora, mas também sobre o passado e o futuro. O idioma é um sistema de símbolos que permitem que os membros de uma sociedade comuniquem-se uns com os outros.” (DIAS, 2011, p. 52). Normas: “traduzem crenças e valores em regras específicas para o comportamento. Detalham aquilo que pode e que não pode ser feito. Podem ser codificadas no direito (formal) ou ritualizadas nos costumes (informal). Utilizar o cinto de segurança nos carros passou a ser uma norma (formal). O fato de as pessoas sentarem nas cadeiras e não no chão é uma norma (informal). As normas variam bastante em intensidade, indo desde as mais rigorosas que regulam o comportamento nas religiões, até aquelas que norteiam nossos hábitos cotidianos.” (DIAS, 2011, p. 51) Sanções: “são punições e recompensas que são utilizadas para fazer com que as normas sejam seguidas. Sanções formais são recompensas e punições oficiais e públicas; sanções informais são não oficiais, às vezes são sutis e até mesmo provocam reações inconscientes no comportamento cotidiano. Tanto as sanções positivas, como o aumento de salário, uma medalha de honra ao http://www.significados.com.br/ © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 42 Nome mérito, uma palavra de gratidão, um tapinha nas costas, ou um sorriso, como as sanções negativas, multas, ameaças, prisão, beliscão ou um olhar de desprezo são utilizadas para fazer com que haja uma conformidade com as normas.” (DIAS, 2011, p. 51-52) Símbolos: “são definidos como qualquer coisa que carrega um significado particular reconhecido pelas pessoas que compartilham uma determinada cultura. Um mesmo objeto pode simbolizar sentimentos diferentes em culturas diferentes. Um saiote na cultura escocesa é símbolo de masculinidade, o mesmo saiote na cultura brasileira tem o significado oposto – feminilidade.” (DIAS, 2011, p. 52) Sistema: é o conjunto de partes (ou subsistemas) que se relacionam entre si, uma dependendo da outra e uma influenciando a outra, de modo a formar um todo que alcance determinado resultado para ele mesmo e para suas partes. Tecnologia: “A palavra tecnologia tem origem no grego ‘tekhne’ que significa ‘técnica, arte, ofício’ juntamente com o sufixo ‘logia’ que significa estudo. As tecnologias primitivas ou clássicas envolvem a descoberta do fogo, a invenção da roda, a escrita, dentre outras. As tecnologias medievais englobam invenções como a prensa móvel, tecnologias militares com a criação de armas ou as tecnologias das grandes navegações que permitiram a expansão marítima. As invenções tecnológicas da Revolução Industrial (século XVIII) provocaram profundas transformações no processo produtivo. A partir do século XX, destacam-se as tecnologias de informação e comunicação através da evolução das telecomunicações, utilização dos computadores, desenvolvimento da internet e ainda, as tecnologias avançadas, que englobam a utilização de Energia Nuclear, Nanotecnologia, Biotecnologia, etc. Atualmente, a alta tecnologia, ou seja, a tecnologia mais avançada é conhecida como tecnologia de ponta.” (SIGNIFICADOS.COM. Disponível em: http://www.significados.com.br. Acesso em: 21 out. 2014). A tecnologia “estabelece um parâmetro para a cultura e não só influencia como as pessoas trabalham, mas também como elas socializam e pensam sobre o mundo. Para uma pessoa do mundo rural, uma cidade grande como São Paulo http://www.significados.com.br/ © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 43 Nome pode parecer tão fantástica como um parque de diversões para uma criança.” (DIAS, 2011, p. 52) Valores: “são concepções coletivas do que é considerado bom, desejável, certo, bonito, gostoso (ou ruim, indesejável, errado, feio e ruim) em uma determinada cultura. Valores influenciam o comportamento das pessoas e servem como critério para avaliar as ações dos outros. [...] Os japoneses apresentam valor da lealdade familiar. Em contraste, os americanos valorizam o individualismo.” (DIAS, 2011, p. 51) Instruções Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. Questão 1 Os itens de I a V apresentam algumas características das relações humanas. Avalie a qual período da história da humanidade cada item se associa, conforme a pertinência das características mencionadas. I. As novas técnicas de produção, como a máquina a vapor, levavam a humanidade a manipular os recursos naturais como nunca havia feito. II. A humanidade descobriu que as epidemias ocorriam por falta de higiene, e não por interferências do demônio. III. A política surge, pela primeira vez, e propõe-se a ser um instrumento para o bem viver em sociedade. IV. Os camponeses eram explorados por tributos dos senhores feudais e da Igreja, cujo clero constituía-se principalmente de indivíduos ricos. V. A exclusão digital pode levar à exclusão social. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 44 Nome Assinale a alternativa que apresenta a correta associação entre cada item e o período histórico da humanidade: a. I=Revolução Industrial; II=Iluminismo; III=Antiguidade; IV=Idade Média; V=Pós-Modernidade. b. I=Revolução Industrial; II=Pós-Modernidade; III=Antiguidade; IV=Idade Média; V=Iluminismo. c. I=Revolução Industrial; II=Iluminismo; III=Idade Média; IV=Antiguidade; V=Pós-Modernidade. d. I=Pós-Modernidade; II=Iluminismo; III=Antiguidade; IV=Idade Média; V=Revolução Industrial. e. I=Iluminismo; II=Revolução Industrial; III=Antiguidade; IV=Idade Média; V=Pós-Modernidade. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 2 Em relação ao que chamamos, em nossa contemporaneidade, de exclusão digital, podemos afirmar que: I. A exclusão digital e a exclusão social não mantêm qualquer ligação entre elas. II. Tornar a banda larga acessível para um maior grupo de pessoas pode diminuir a exclusão digital. III. Possibilitar o desenvolvimento de habilidades na utilização da internet ao maior número de pessoas pode diminuir a exclusão digital. É correto o que se afirma em: a. I, apenas. b. II, apenas. © 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. 45 Nome c. I e III, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II e III. Verifique a resposta correta no final deste material na seção Gabarito. Questão 3 Leia as afirmações e avalie a relação entre elas: I. As relações humanas contemporâneas são complexas e cada vez menos delimitadas. PORQUE II. Em nossa atualidade, não há papéis sociais absolutamente definidos, como foi há pouco