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Ginástica Artística para crianças 
deficientes visuais. Relato de 
experiência 
 
 
* Bacharel e Licenciada em Educação Física 
pela Universidade Estadual de Campinas. 
** Bacharel e Licenciado em Educação Física pela 
Universidade Estadual de Campinas. Mestrado em 
Educação Física Adaptada pela Faculdade de 
Educação Física 
*** Bacharel e Licenciada em Educação Física pela 
Universidade Estadual de Campinas. 
**** Bacharel e Licenciada em Educação Física pela 
PUC - Campinas. 
Mestrado em Educação Física Adaptada pela UNIMEP 
- Piracicaba. 
Doutorado em Educação Física Adaptada 
Diretor Associado da Faculdade de Educação Física 
da Universidade Estadual de Campinas. 
 
 
Profª. Cintia Moura de Souza* 
cintiamoura@hotmail.com 
Prof. Ms. Ciro Winckler de Oliveira 
Filho** 
cirowin@hotmail.com 
Profª. Ana Carolina Gonçalves de 
Oliveira Ferreira*** 
carolfef@yahoo.com.br 
Prof. Dr. José Júlio Gavião de 
Almeida**** 
gaviao@fef.unicamp.br 
(Brasil) 
 
 
 
 
 
Resumo 
 A Ginástica Artística (G.A.) é uma modalidade esportiva que vem ganhando credibilidade na cultura 
brasileira, devido à conquista da medalha de prata por nossa atleta Daniele Hypólito no último mundial 
da Bélgica. E como pudemos perceber, através de pesquisas bibliográficas e de mercado, são poucos os 
esportes e atividades físicas que possuem adaptação, tanto estrutural como profissional, adequados para 
atender pessoas portadoras de Deficiência Visual (D.V.) . O que dificulta a participação dessa população. 
Tais obstáculos encontrados a prática da atividade física, podem levá-los a um processo desencadeador 
de severos comprometimentos relacionados a: independência, segurança, aquisição e desenvolvimento 
de conceitos, integração com o meio e consigo mesmo, assumir ou concluir tarefas de conhecimento e 
satisfação pessoal. Acredita-se por isso, que a Educação Física, mas especificamente a Ginástica Artística, 
possa propiciar diversos benefícios e contribuir para o desenvolvimento desses indivíduos. O objetivo de 
nossa pesquisa foi, portanto, estudar, planejar e promover atividades que estimulassem e facilitassem o 
desenvolvimento de habilidades e capacidades motoras, proporcionando assim, o desenvolvimento 
motor, cognitivo e social das crianças Deficientes Visuais participantes do projeto. Realizamos testes 
específicos para avaliar a capacidade física Equilíbrio, tomando como base à estrutura teórica de 
GALLAHUE (2003, pg. 274). Os resultados dos testes, avaliados inicialmente e no final de um programa 
de dezoito aulas, mostraram-nos melhoras qualitativas e quantitativas. Sendo assim, contribuir com os 
profissionais que atuam na área visto a carência de trabalhos com esse tema foi reflexo de nossa 
proposta. 
 Unitermos: Deficiência visual. Ginástica Artística. Desenvolvimento motor. Teste de equilíbrio. 
 
 
 http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 94 - Marzo de 2006 
1 / 1 
1. Introdução 
 "A deficiência visual é caracterizada por perdas parciais ou totais da visão, 
que após a melhor correção ótica ou cirúrgica, limitem seu desempenho 
normal" (MELO, 1991). Portanto, utilizaremos em nossa pesquisa o termo 
deficiente visual tanto para cegos como para baixa visão (MUNSTER E 
ALMEIDA, 2005, p. 30). 
 A Ginástica Artística é uma área riquíssima em subsídios essenciais para um 
programa de educação motora voltada a pessoa deficiente visual. Como S. 
HUGONNIER, citado por BRUNO (1997, p.90) formula, "A criança que nasceu 
cega está ameaçada por um grave retardamento psicomotor" e a melhor forma 
de remediar esse comprometimento é oferecer uma educação psicomotora que 
conduza a descoberta de seu esquema corporal, a descoberta do espaço e do 
ambiente em que vive, permitindo-lhe a aquisição de atitudes gestuais e 
comportamentais, oferecendo a essas crianças uma boa relação com o mundo 
que a cerca. 
 Um programa de atividades físicas formuladas dentro do contexto da 
modalidade Ginástica Artística, enquadra perfeitamente com um programa de 
educação motora, pois pode ser formulado dentro de um contexto individual, 
respeitando as diferenças e necessidades de cada um. Considerando essa 
potencialidade, aplica-se técnica específica de aprendizagem em diferentes 
vivências e contextos, visando desenvolver a capacidade de orientação e 
mobilidade com mais independência, segurança e eficiência, possibilitando a 
esses indivíduos portadores de deficiência visual, uma maior interação e 
participação social. 
 A mediação corporal, utilizada dentro de uma educação motora, facilitará o 
acesso à linguagem, leitura escrita e cálculo (CRATTY,1972; BARTAL E 
NE'EAN,1993, apud in RODRIGUES, 2001, pág 28), no encontro de estados 
tônicos e propícios para aprendizagem (toda a corrente da terapia psicomotora) 
e em muitas outras aplicações. Esta abundância de aplicação é devido às 
características únicas que a mediação corporal apresenta e que a distinguem 
claramente da linguagem verbal: a visibilidade - aprendizagem feita através da 
mediação da linguagem corporal é observável e, portanto permite uma 
intervenção de ajuda mais situada (no caso de crianças com baixa visão); a 
precedência - o corpo é a primeira linguagem; a expressividade - o corpo tem 
uma expressão mais autêntica do que a linguagem falada e a permanência - a 
linguagem corporal caracteriza-se pela sua permanência, isto é, comunica 
mesmo quando o indivíduo não fala. 
 
2. Ginástica Artística 
 A Ginástica Artística (G.A.) é composta por elementos ginásticos e 
acrobáticos que são básicos para a evolução motora e contribuição para a 
formação integral de qualquer criança, seja ela portadora de qualquer 
deficiência, ou não. Pode ser vista como atividade olímpica (de alto 
rendimento) e/ou como conteúdo da Educação Física escolar (pela qual 
caminha nossa pesquisa). 
 A G.A. como competição, utiliza-se de alguns aparelhos: solo, trave, cavalo, 
cavalo com arções, barra fixa, barras simétricas, barras assimétricas, argolas. E 
como aparelhagens auxiliares: podemos encontrar: espaldares, bancos suecos, 
mini-trampolim, cordas (com no ou sem no), trampolim acrobático, plinto, 
cordas, arcos, bastões. Segundo NISTA-PICCOLO (1988), através dos aparelhos 
citados, pode-se proporcionar grande diversidade de movimentos e sensações 
para a criança. 
 A G.A. possui os movimentos previstos pelo código (modelos) e movimentos 
criados. Para cada um deles há uma pontuação, segundo o código seguido em 
todo o mundo. São executados séries de movimentos acrobáticos e ginásticos. 
 Os exercícios ginásticos são utilizados para fazer ligação entre os 
movimentos acrobáticos durante a execução das séries, como por exemplo: 
passos, corridas, saltos, giros, equilíbrios, ondas, poses, marcações, 
balanceamentos, circunduções, etc. Os exercícios acrobáticos podem ser 
classificados da seguinte forma: rotações, apoio, reversão, suspensão (em 
aparelhos) e exercícios pré - acrobáticos. 
 CARRASCO (1982) separa os movimentos da G.A. em 10 famílias: 
• rotação para frente; 
• rotação para trás; 
• combinações de cambalhotas; 
• giros; 
• impulsão de pernas e braços alternativa (alternados); 
• posicionamento do dorso; 
• impulsão de penas - braços simultânea (braços simultaneamente e 
pernas também; 
• abertura - antepulsão; 
• fechamento - retropulsão; 
• evolução de giros horizontal. 
 LEGUET (1987), classifica os movimentos da G.A. em 12 grupos: 
• girar sobre si mesmo; 
• balancear em apoio; 
• balancear em suspensão; 
• passar pelo apoio invertido; 
• passar pela suspensão invertida; 
• deslocar-se bipedicamente; 
• equilibrar-se; 
• passagem pelo solo (ou trave); 
• abertura e fechamento; 
• volteio; 
• saltar; 
• aterrissar,equilibrar-se. 
 Cada grupo citado acima pode ser combinado com todos os outros grupos. 
 Essa modalidade pode oferecer uma diversidade grande demovimentos e 
situações não comuns, que auxiliam a criança conhecer, dominar e sentir o 
próprio corpo. 
 A G.A., sem a preocupação essencialmente de rendimento, pode 
proporcionar à criança, realizar os movimentos básicos (andar, correr, saltar, 
girar, equilibrar, rastejar, quadrupediar, puxar, empurrar, trepar, transportar, 
balançar, arremessar, etc), as atividades inabituais (rotações, reversões, 
inversões de apoios, etc), atividades motoras globais que proporcionam a 
construção das estruturas sensório-motoras e o aumento do vocabulário motor. 
"A seqüência de movimentos é a mesma para todas as 
crianças, apenas a velocidade de progressão é que varia. Pode-
se dizer que as ordens em que as atividades são dominadas 
depende do fator maturacional, enquanto que o grau e a 
velocidade em que ocorre o domínio são mais na dependência 
das experiências e diferenças individuais." (GOTANI,1988) 
 Experimentar, vivenciar, sentir o movimento é de extrema importância para 
a fase de aprendizagem. Tanto CARRASCO (1982) quanto LEGUET (1987) 
criaram grupos de movimentos que nos possibilitam tal alcance dentro da G.A.. 
A partir da aquisição de uma consciência corporal mais apurada após a vivência 
desses movimentos básicos, a criança Deficiente Visual pode construir 
movimentos mais complexos dentro desse contexto mesmo da G.A., ou utilizar 
de tais conhecimentos afim de criar uma maior autonomia e uma melhora em 
sua qualidade de vida. 
 
3. Material e métodos 
3.0. Revisão bibliográfica 
 Fizemos uma revisão bibliográfica dos seguintes tópicos: 
• Deficiência Visual; 
• Desenvolvimento Motor; 
• Atividade Física/Ginástica Olímpica; 
• Capacidade FÍsica Equilíbrio e testes voltados a esta capacidade. 
 
3.1. Voluntários estudados 
 Nesta pesquisa de estudo transversal, estudamos um número referente a 10 
crianças Deficientes Visuais, sendo 4 meninas e 6 meninos. Abrangendo uma 
faixa etária de 8 a 14 anos, que foram inseridas ao programa conforme a 
procura após a divulgação. 
 
3.2. Planejamento Experimental 
 Os voluntários estudados participaram de um programa, contendo aulas 
composta por três períodos: alongamento/aquecimento;atividades gerais 
voltadas à G.A.; relaxamento e alongamentos finais. O programa foi 
desenvolvido durante um período de 18 semanas, propondo atividades físicas 
diversas (jogos, ginástica artísitica, ginástica rítmica, trampolim acrobático, ...), 
com uma sessão/semanal e duração de 75 minutos, na Faculdade de Educação 
Física (FEF)/UNICAMP. 
 Os responsáveis pelos participantes dessa pesquisa foram informados a 
respeito dos objetivos da mesma e no caso de aceitação, preencheram uma 
ficha de anamnese e, após as orientações e a devida aceitação, as mesmas 
assinaram uma autorização para que pudéssemos utilizar os dados coletados 
(ficha de consentimento). 
 O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da FCM - UNICAMP. 
 
3.3. Aplicação dos testes de equilíbrio 
 Utilizamos como base para aplicação dos testes, uma tabela formulada pelo 
autor GALLAHUE (2003, pg. 274). Esta tabela foi adaptada (ANEXO) pois não 
foi elaborada especificamente para pessoas deficientes visuais. A opção do 
instrumento se deu devido a falta de um testes específicos direcionados ao 
grupo de pessoas escolhido para o estudo. Os testes foram realizados durante 
dois momentos: um no primeiro dia de aula e outro no último dia de aula. 
 
3.4. Análise e avaliação dos testes 
 Os testes foram analisados e discutidos após o último dia de aula e 
relacionados com as situações de aulas. Constatando uma melhora qualitativa e 
quantitativa na capacidade física equilíbrio. 
 
4. Cronograma das atividades práticas 
 
5. Discussão final 
 Pelo levantamento bibliográfico realizado a respeito do assunto, e pelas 
informações obtidas junto a profissionais da área de saúde que trabalham com 
essa população, em nossa Universidade (UNICAMP), vimos que o preparo da 
criança deficiente visual para um desenvolvimento motor adequado é 
imprescindível para o desenvolvimento global da mesma. 
 A parceria oferecida pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM)- UNICAMP, 
mais especificamente o Departamento de Oftalmologia e o Centro Gabriel Porto 
- CEPRE, com a qual já desenvolvemos outros trabalhos na área, tem nos 
constatado a grande importância que a Ginástica Artística pode proporcionar ao 
tema proposto. 
 Pudemos assim, através desse projeto, aplicar exercícios e atividades físicas, 
que visaram estimular ao máximo crianças Deficientes Visuais, respeitando suas 
necessidades próprias e consequentemente com o desenvolvimento motor 
desses indivíduos. 
 Sendo a Ginástica Artística uma área rica a ser explorada por esse grupo, 
pois trabalha percepção corporal, gestos variados, situações inabituais (ficar em 
suspensão, apoio invertido, locomover-se de diferentes formas e variadas 
posições, desafiar vários obstáculos etc.), ela pôde gerar nas crianças grande 
interesse, prazer e desafios. Tudo o que uma criança Deficiente Visual precisa 
como incentivo inicial, para deixar o sedentarismo (característica habitual desse 
grupo, devida à falta de informações ou maiores estímulos) e ingressar numa 
vida social mais ativa e saudável. 
 Os resultados conferidos após a aplicação dos testes da capacidade física 
Equilíbrio e após analises realizadas no decorrer das aulas, comprovaram uma 
melhora na capacidade física equilíbrio, assim como, resultados positivos no 
desenvolvimento global (melhora na socialização, cooperação, entre outros) 
das crianças deficientes visuais participantes do programa. 
 Para tanto, nos foi necessário preparar um programa incluindo atividades 
alem daquelas voltadas ao desenvolvimento do Equilíbrio e adicionar outros 
exercícios daqueles voltados a estabilidade, e nos preocupar em explorar 
também exercícios voltados a melhora da locomoção e manipulação, voltando a 
nosso ideal de desenvolvimento motor respaldado em GALLAHUE (2003, pg. 
195). Não esquecendo também, de incluir em nossas aulas situações lúdicas, 
de cooperação, competição, desafios, exploração do novo e outras situações 
importantes para o desenvolvimento global das crianças. 
 Aumentando as possibilidade de ações motoras dessas crianças participantes 
do programa, concluímos que a atividade física é um meio rico para o 
desenvolvimento global de todo e qualquer indivíduo. 
 
6. Conclusão 
 A Ginástica Artística dentro dos seus aspectos pedagógicos tem alimentado a 
bagagem motora, afetivo e social das crianças deficientes visuais através de 
conteúdos que visaram o desenvolvimento global em primeiro momento para 
nossa análise qualitativa e um desenvolvimento da capacidade equilíbrio em um 
segundo momento, para nossa análise quantitativa. Tivemos méritos nos dois 
quesitos, porém, foi muito mais relevante certas características do 
desenvolvimento global, tais como, independência de ação e locomoção, 
postura e mobilidade. 
 Algumas observações gerais relevantes que coletamos e foram sempre 
consideradas no planejamento de nossas atividades foram: respeitar o tempo 
de aprendizagem (considerando a bagagem motora de cada indivíduo), os 
níveis de informações e as adaptações aos aparelhos e espaço utilizados nas 
aulas de Ginástica Artística. 
 Pudemos comprovar essa eficácia nos resultados positivos que os testes 
aplicados nos trouxeram. Sendo assim, é possível apontar que aumentar as 
possibilidades de ações motoras denominadas "fundamental e especializada", 
segundo GALLAHUE (2003, pg. 100), é tarefa imprescindível dentro de um 
programa de atividade física. 
 
Referências bibliográficas 
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• GALLAHUE, David L.,OZMUN, John C. Compreendendo o 
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Tradução: Maria aparecida da Silva Pereira Araújo. São Paulo: Phorte 
Editora, 2001, 641p. 
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Desenvolvimento Motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 
Tradução: Maria aparecida da Silva Pereira Araújo. São Paulo: Phorte 
Editora, 2003, 641p. 
• GLAT, Rosana. Questões atuais em educação Especial - Integração 
social dos Portadores de deficiências: uma reflexão. Rio de Janeiro, 
Editora Sette Letras, 1995. 54 p. 
• HOLBROOK, M. Cay. Children with visual impariments: a parent's guide. 
Bethesda: Woodbine House,1995,395p. 
• LAKATOS, Eva Maria., MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de 
Metodologia Científica. São Paulo, Editora Atlas S.A., 1995. 270 p. 
• LEGUET, Jacques. As ações motoras em ginástica esportiva. São Paulo, 
Editora Manole Ltda, 1987. 227 p. 
• MARTÍN, Manuel Bueno; BUENO, Salvador Toro. Deficiência Visual: 
Aspectos Psicoevolutivos e Educativos. Tradução: Magali de Lourdes 
Pedro. São Paulo, Livraria Santos Editora Ltda., 2003. 336 p. 
• MELO, Helena Flávia R. Deficiência Visual - Lições práticas de 
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Campinas - UNICAMP , 1991. 158 p. 
• MUNSTER, Mey de Abreu Van. Jogos e brinquedos adaptados a 
portadores de deficiência visual. Campinas, 1993, 51 p. Monografia 
(Especialização em Educação Física Adaptada) - Faculdade de 
Educação Física, UNICAMP. 
• MUNSTER, Mey de Abreu Van e ALMEIDA, José Júlio Gavião de. 
Atividade Física e Deficiência Visual. Apud in: GORGATTI, Márcia 
Greguol, COSTA, Roberto Fernandes da; Atividade Física Adaptada: 
Qualidade de Vida para pessoas com necessidades Especiais. Barueri, 
S.P.: Manole, 2005, 589p. 
• NISTA-PICOLLO, Vilma L. Atividades físicas como proposta educacional 
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Programa de pós-graduação em psicologia: CAPES, PROIN, 2000. 
182p. 
• NOVI, Rosa Maria. Orientação e Mobilidade para Deficientes Visuais: "O 
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• RODRÍGUEZ, David. Educação e Diferença: valores e práticas para uma 
educação Inclusiva. Portugal, Porto Editora Ltda, Coleção Educação 
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• RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 
21.ed. Petrópolis, Vozes, 1997. 120 p. 
• S. HUGONNIER - Clayette P. Magnard, M. BOURRON - Madignier A. 
Hullo. As deficiências visuais: deficiências e readaptações. Tradução: 
Maria José Perillo Isaac. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1989. 103 p. 
• SOBAMA, IV Congresso Brasileiro de Atividade Motora Adaptada, 2001, 
Curitiba. Temas em Educação Física Adaptada. Curitiba: UFPR, 2001. 
101p. 
• SOUZA, Maurício Teodoro de. Desenvolvimento Humano, Lazer e 
Educação Física Escolar o papel do componente lúdico da cultura. 
Campinas, 1994. 110 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - 
Faculdade de Educação Física, UNICAMP. 
• SCHIAVON, Laurita M. A Ginástica Artística como conteúdo da Educação 
Infantil. Monografia (Graduação), Faculdade de Educação Física da 
UNICAMP, 1996. 
• UNIVERSIDADE DE SÂO PAULO. Escola de Educação Física e Esporte. 
Diretrizes para elaboração de dissertações e teses. São Paulo, Editora 
Estação Liberdade Ltda, 2000. 48 p. 
• UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Sistemas de Bibliotecas. Normas 
para apresentação de documentos científicos, 7 - Citações e Notas de 
rodapé. Curitiba, Editora UFPR, 2000. 41 p. 
• VEIZTMAN, Silvia. Visão subnormal. Tradução: Solange Rios Salomão. 
Rio de Janeiro. Editora Cultura Médica: São Paulo: CBO: CIBA Vision, 
200, 192 p. 
• WEINECK, Jürgen. Treinamento Ideal: instruções técnicas sobre o 
desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de 
treinamento infantil e juvenil. Tradução: Beatriz Maria Romano 
Carvalho. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1999. 740 p. 
 
Anexo 
Teste aplicado para quantificar a capacidade equilíbrio 
Aplicamos um teste para quantificar a capacidade equilíbrio embasado no autor 
GALLAHUE (2003 p. 274). Adaptamos sua seqüência de desenvolvimento para 
equilíbrio em um pé transformando-a em forma de tabela. Quantificamos cada 
tópico de sua seqüência com a discriminação "sim" ou "não" de acordo com a 
habilidade de cada criança perante sua habilidade em caminhar sobre uma 
trave de equilíbrio, aproximadamente 10cm de largura e 4m. de comprimento 
(vide tabela de teste abaixo). 
 
Nos utilizamos dessa tabela da seguinte maneira: 
A. Estágio Inicial 
1. A criança teria que se equilibrar sem deslocar muito a perna q não 
estava em contato com o solo; 
2. Deveria deslocar-se com equilíbrio controlado; 
3. Os braços deveriam permanecer afastados na linha do ombro 
("aviãozinho"); 
4. Deveria deslocar-se alternado pé direito e pé esquerdo 
simultaneamente; 
5. Avaliava se a criança precisava de auxílio de outra pessoa para se 
deslocar sobre a trave de equilíbrio; 
6. Se a criança não conseguisse equilibrar-se mais que 10 passos sem 
auxílio externo; 
7. Sem comentário do avaliador, era verificado se a criança utilizava-se de 
um ponto externo como referência ou os pés. 
B. Estágio Elementar 
1. O avaliador pedia para a criança elevar a perna suspensa. Então, 
analisava se isso era possível ou não, com a permanência do equilíbrio. 
2. Quando a criança possuía baixa visão, o avaliador pedia para ela 
deslocar-se de olhos fechados e avaliava se era possível pelo menos 5 
passos realizados sem perda do equilíbrio. No caso de crianças cegas, 
desconsideramos esse tópico. 
3. Quando avaliamos esse tópico, consideramos que a posição ideal para 
manter o equilíbrio corporal bem distribuído durante a caminhada 
sobre a trave de equilíbrio, seria mantendo os braços afastados até a 
altura dos ombros. E quando isso não ocorria, no caso da criança 
manter os braços colados na lateral do corpo, considerávamosum 
quesito negativo e dificultador, analisados frente ao desenvolvimento 
motor da criança; 
4. O avaliador verificava se havia uma permanência maior de equilíbrio 
sobre algumas das pernas de apoios. 
C. Estágio Maduro 
1. Quando a criança com baixa visão podia se deslocar mais de 5 passos 
com equilíbrio controlado. Se a criança era deficiente visual, 
desconsiderávamos este quesito; 
2. Explicação idem ao tópico 3B; 
3. Se a criança era capaz de elevar a perna suspensa quando o avaliador 
pedia, sem perder o equilíbrio; 
4. Sem o avaliador pedir, analisava se a criança era capaz de manter 
algum objeto com foco sem olhar para os pés ou trave de equilíbrio; 
5. Se é capaz de andar sem perder o equilíbrio (SIM) ou se é capaz 
somente de manter equilíbrio parado (NÃO). 
Dificuldade de Desenvolvimento 
A. Se o braço desloca-se em direção ao corpo; 
B. Pela falta de equilíbrio a criança cria movimentos não adequados, 
como: deslocar tronco a frente, lateral, entre outros; 
C. Idem a resposta 3B; 
D. Perda do equilíbrio facilmente, independente da perna de apoio ser 
direita ou esquerda; 
E. Quando parada, em equilíbrio estático, e tem que mudar de posição, 
perde o equilíbrio; 
F. Acrescentamos uma bola na mão nas crianças e pedimos a ela para 
deslocar segurando-a, em seguida avaliamos se o equilíbrio permanecia 
ou havia alguma alteração significativa; 
G. Se a criança mantinha o foco nos pés e/ou trave de equilíbrio; 
H. Se a criança só se deslocava com auxílio de alguém. 
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