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Radiologia aplicada a odontopediatria M. Eduarda – Odontologia Odontopediatria Exames complementares auxiliam na obtenção de um correto diagnostico, planejamento do plano de tratamento e acompanhamento de controle do caso, resultando em um prognostico favorável. Observa-se tecidos duros (dentes) e ossos da face. Preparo do paciente para o exame radiográfico 1. Mostrar o aparelho e explicar a técnica ao paciente 2. Iniciar pelo mais fácil para ganhar confiança da criança 3. Reduzir o tempo, diminuindo estresse da criança 4. Reforço positivo para incentivar 5. Postergar se preciso e possível, em casos de crianças não cooperativas tentar postergar, dependendo da necessidade apresentada Proteção as radiações 1. Tempo de exposição adequado 2. Dispositivos de proteção para a tireoide 3. Aventais de chumbo 4. Filmes ultrarrápidos, melhor qualidade 5. Cones longos e abertos do raio x 6. Uso de posicionadores 7. Redução das repetições Proteção ao paciente 1. Dose mínima 0,32 dependendo da calibração do aparelho 2. Proteção às gônadas 3. Avental com tecidos pumblíferos (0,25mm) 4. Execução de técnicas corretas e cuidados com o armazenamento radiográfico Proteção ao profissional 1. Direção de feixe útil 2. Não segurar o cabeçote 3. Não permanecer atrás do cabeçote ou do paciente 4. Distância mínima (1,8m – 90º a 135º) feixe útil 5. Posicionamento com barreira de biombo de chumbo (1mm ou 2mm de aço) Deve-se conhecer os padrões de normalidade para identificar possíveis alterações Se a cripta estiver rompida, realizar exodontia. Não adianta realizar o canal, pois necessita que a cripta esteja intacta e as raízes bem formadas. Caso ocorra lesão, mas com a cripta intacta deve-se realizar a endodontia pois regredirá a lesão apical. Técnicas intra – bucais 1. Periapical 2. Inter proximal 3. Oclusal Indicação da radiografia periapical 1. Relação decíduos / permanentes 2. Cronologia e sequência 3. Lesões de cárie – profundidade 4. Alterações coronárias, pulpares, patológicas e lesões periapicais 5. Reabsorções interna/externas 6. Calcificações, nódulos, rompimento de cripta óssea 7. Processos de rizólise e rizogênese 8. Anomalias dentárias (número-forma) 9. Controle de casos Indicação de radiografia Inter proximal - Bite-wing 1. Detecção de lesões de cárie Inter proximal 2. Adaptação de restaurações 3. Profundidade das lesões de cárie em superfície oclusal 4. Acompanhamento/controle dos casos 5. Analisar crista alveolar Indicação de radiografia oclusal 1. Apreensão oclusal da maxila ou mandíbula 2. Observação de quase todos os ossos maxilares 3. Dentes superiores, palato 4. Filme oclusal Filmes intrabucais 22x35 para crianças 31x41 chamado de número 2, padrão adulto 57x76 oclusal Métodos radiográficos Bissetriz 1. Cilíndrico curto, com o feixe central perpendicular ao longo eixo do dente 2. Necessita de domínio da técnica Vantagens – pressão digital, não necessita de posicionadores. Pouca profundidade. Crianças menores ou de difícil adaptação Desvantagens – grande quantidade de erros por distorção da imagem. Alongamento ou encurtamento. Maior número de repetições Paralelismo Eixos perpendiculares ao longo eixo do dente Paralelos entre sí Uso de acessórios posicionadores Vantagens –padronização de imagens. Menos erros Desvantagens – adaptação do posicionador. Risco de a criança se mover. Maior tempo de exposição Radiografias em bebes Indicações 1. Dentes natais: já nascem com ele 2. Dentes neonatais: nasce poucos dias após o nascimento 3. Traumas 4. Anomalias Técnica 1. Posicionamento no colo do responsável 2. Posicionamento na macri: contenção de tecido para adaptar a criança na cadeira ou no colo do responsável 3. Região anterior da maxila / ponta do nariz 4. Região anterior da mandíbula / sínfise mentoniana 5. Observa-se tecidos envolvidos e adjacências 6. Realizar uma pressão digital com o filme periapical nº 2 Adaptação das técnicas Radiografia periapical modificada (dentes anteriores) Indicação: 1. Indicado para paciente com dificuldade motora e falta de adaptação aos posicionadores 2. Posicionar o longo eixo do filme paralelo ao rebordo alveolar/comissura labial 3. Posicionamento do feixe similar à radiografia oclusal 4. Usar filme radiográfico nº 2 na posição oclusal 5. Auxilio dos responsáveis. Para crianças não colaboradoras, os pais ficam posicionados atrás da cadeira, segurando a película e cabeça da criança Radiografia periapical modificada (dentes posteriores) 1. Usar nos casos de dificuldade no condicionamento, pouca profundidade da cavidade bucal e dificuldades de apreensão do posicionador 2. Usar filme radiográfico nº 2, dobra ao meio (ângulo reto) e utiliza apoio de mordida com rolete de algodão e fita adesiva Técnicas radiográficas especiais (localização de alterações maxilares ou mandibulares) Técnica de Clark Busca de elementos supranumerários, dentes inclusos, cistos, odontomas Realizar duas tomadas radiográficas (bissetriz + angulação de feixe) Inclinando para mesial ou distal em relação à primeira. Técnica de Miller-Winter 1. Busca de elementos retidos, dentes supranumerários, cistos, odontomas 2. Sentido vestíbulo-lingual da mandíbula 3. Realizar duas tomadas radiográficas (periapical local + tomada oclusal com filme periapical) Técnicas radiográficas extra bucais 1. Técnica de fácil aplicação pratica, Auxilia no planejamento 2. Análise da relação das dentições 3. Análise de todos os dentes e estruturas ósseas das duas arcadas em uma só tomada radiográfica 4. Baixa dose de radiação 5. Possui limitações, visão ampla com possíveis distorções Técnica lateral di Fazzi 1. Visão lateral anterossuperior 2. Indicada para casos de traumatismos, de intrusão, para analisar relação germe/sucessor 3. Feixe de posicionamento lateral à face 4. Usa filme nº2 e possui adaptação de posicionador, com palitos de picolé Erros comuns Alongamento ou encurtamento Colocação errada do filme, invertido Orientação do plano sagital Sobreposição Marcas escuras Radiografia clara, escura ou dupla exposição Processamento radiográfico As etapas de processamento devem ser cumpridas e realizadas de forma atenciosa, visto que o resultado final a ser exibido pode alterar a imagem a ser analisada, podendo levar a diagnósticos e planejamentos inadequados. 1. Compartimentos (esquerda para direita) RAFA 2. Trocas periódicas de solução 3. Biossegurança – saco plástico – remoção no momento do processamento 4. Evitar repetições desnecessárias, respeitar o tempo 5. Caixa de revelação opaca à luz Conclusão Os métodos e técnicas radiográficas devem ser utilizados como auxiliares no diagnóstico complementar, devendo, principalmente em odontopediatria, ter sua indicação criteriosa, evitando exposições desnecessárias.
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