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Aula 03 - Radiologia aplicada da odontopediatria

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Radiologia aplicada a odontopediatria
M. Eduarda – Odontologia 
Odontopediatria
Exames complementares auxiliam na obtenção de um correto diagnostico, planejamento do plano de tratamento e acompanhamento de controle do caso, resultando em um prognostico favorável. Observa-se tecidos duros (dentes) e ossos da face. 
Preparo do paciente para o exame radiográfico 
1. Mostrar o aparelho e explicar a técnica ao paciente
2. Iniciar pelo mais fácil para ganhar confiança da criança
3. Reduzir o tempo, diminuindo estresse da criança
4. Reforço positivo para incentivar
5. Postergar se preciso e possível, em casos de crianças não cooperativas tentar postergar, dependendo da necessidade apresentada
Proteção as radiações 
1. Tempo de exposição adequado
2. Dispositivos de proteção para a tireoide 
3. Aventais de chumbo 
4. Filmes ultrarrápidos, melhor qualidade
5. Cones longos e abertos do raio x
6. Uso de posicionadores 
7. Redução das repetições 
Proteção ao paciente
1. Dose mínima 0,32 dependendo da calibração do aparelho
2. Proteção às gônadas 
3. Avental com tecidos pumblíferos (0,25mm) 
4. Execução de técnicas corretas e cuidados com o armazenamento radiográfico
Proteção ao profissional 
1. Direção de feixe útil 
2. Não segurar o cabeçote 
3. Não permanecer atrás do cabeçote ou do paciente 
4. Distância mínima (1,8m – 90º a 135º) feixe útil 
5. Posicionamento com barreira de biombo de chumbo (1mm ou 2mm de aço) 
Deve-se conhecer os padrões de normalidade para identificar possíveis alterações 
Se a cripta estiver rompida, realizar exodontia. Não adianta realizar o canal, pois necessita que a cripta esteja intacta e as raízes bem formadas. Caso ocorra lesão, mas com a cripta intacta deve-se realizar a endodontia pois regredirá a lesão apical. 
Técnicas intra – bucais
1. Periapical 
2. Inter proximal
3. Oclusal 
Indicação da radiografia periapical 
1. Relação decíduos / permanentes
2. Cronologia e sequência
3. Lesões de cárie – profundidade
4. Alterações coronárias, pulpares, patológicas e lesões periapicais
5. Reabsorções interna/externas 
6. Calcificações, nódulos, rompimento de cripta óssea 
7. Processos de rizólise e rizogênese 
8. Anomalias dentárias (número-forma)
9. Controle de casos 
Indicação de radiografia Inter proximal - Bite-wing
1. Detecção de lesões de cárie Inter proximal
2. Adaptação de restaurações 
3. Profundidade das lesões de cárie em superfície oclusal
4. Acompanhamento/controle dos casos 
5. Analisar crista alveolar
Indicação de radiografia oclusal
1. Apreensão oclusal da maxila ou mandíbula 
2. Observação de quase todos os ossos maxilares
3. Dentes superiores, palato 
4. Filme oclusal 
Filmes intrabucais
22x35 para crianças
31x41 chamado de número 2, padrão adulto
57x76 oclusal
Métodos radiográficos
Bissetriz
1. Cilíndrico curto, com o feixe central perpendicular ao longo eixo do dente
2. Necessita de domínio da técnica 
Vantagens – pressão digital, não necessita de posicionadores. Pouca profundidade. Crianças menores ou de difícil adaptação 
Desvantagens – grande quantidade de erros por distorção da imagem. Alongamento ou encurtamento. Maior número de repetições
Paralelismo
Eixos perpendiculares ao longo eixo do dente
Paralelos entre sí 
Uso de acessórios posicionadores 
Vantagens –padronização de imagens. Menos erros 
Desvantagens – adaptação do posicionador. Risco de a criança se mover. Maior tempo de exposição
Radiografias em bebes 
Indicações 
1. Dentes natais: já nascem com ele
2. Dentes neonatais: nasce poucos dias após o nascimento 
3. Traumas 
4. Anomalias 
Técnica 
1. Posicionamento no colo do responsável 
2. Posicionamento na macri: contenção de tecido para adaptar a criança na cadeira ou no colo do responsável 
3. Região anterior da maxila / ponta do nariz 
4. Região anterior da mandíbula / sínfise mentoniana 
5. Observa-se tecidos envolvidos e adjacências 
6. Realizar uma pressão digital com o filme periapical nº 2
Adaptação das técnicas 
Radiografia periapical modificada (dentes anteriores) 
Indicação:
1. Indicado para paciente com dificuldade motora e falta de adaptação aos posicionadores 
2. Posicionar o longo eixo do filme paralelo ao rebordo alveolar/comissura labial
3. Posicionamento do feixe similar à radiografia oclusal
4. Usar filme radiográfico nº 2 na posição oclusal 
5. Auxilio dos responsáveis. Para crianças não colaboradoras, os pais ficam posicionados atrás da cadeira, segurando a película e cabeça da criança 
Radiografia periapical modificada (dentes posteriores)
1. Usar nos casos de dificuldade no condicionamento, pouca profundidade da cavidade bucal e dificuldades de apreensão do posicionador 
2. Usar filme radiográfico nº 2, dobra ao meio (ângulo reto) e utiliza apoio de mordida com rolete de algodão e fita adesiva 
Técnicas radiográficas especiais (localização de alterações maxilares ou mandibulares)
Técnica de Clark
Busca de elementos supranumerários, dentes inclusos, cistos, odontomas
Realizar duas tomadas radiográficas (bissetriz + angulação de feixe) Inclinando para mesial ou distal em relação à primeira. 
Técnica de Miller-Winter
1. Busca de elementos retidos, dentes supranumerários, cistos, odontomas
2. Sentido vestíbulo-lingual da mandíbula 
3. Realizar duas tomadas radiográficas (periapical local + tomada oclusal com filme periapical)
Técnicas radiográficas extra bucais
1. Técnica de fácil aplicação pratica, Auxilia no planejamento 
2. Análise da relação das dentições
3. Análise de todos os dentes e estruturas ósseas das duas arcadas em uma só tomada radiográfica
4. Baixa dose de radiação
5. Possui limitações, visão ampla com possíveis distorções
Técnica lateral di Fazzi
1. Visão lateral anterossuperior
2. Indicada para casos de traumatismos, de intrusão, para analisar relação germe/sucessor 
3. Feixe de posicionamento lateral à face
4. Usa filme nº2 e possui adaptação de posicionador, com palitos de picolé 
Erros comuns
Alongamento ou encurtamento
Colocação errada do filme, invertido
Orientação do plano sagital 
Sobreposição
Marcas escuras
Radiografia clara, escura ou dupla exposição
Processamento radiográfico 
As etapas de processamento devem ser cumpridas e realizadas de forma atenciosa, visto que o resultado final a ser exibido pode alterar a imagem a ser analisada, podendo levar a diagnósticos e planejamentos inadequados.
1. Compartimentos (esquerda para direita) RAFA 
2. Trocas periódicas de solução
3. Biossegurança – saco plástico – remoção no momento do processamento
4. Evitar repetições desnecessárias, respeitar o tempo
5. Caixa de revelação opaca à luz 
Conclusão
Os métodos e técnicas radiográficas devem ser utilizados como auxiliares no diagnóstico complementar, devendo, principalmente em odontopediatria, ter sua indicação criteriosa, evitando exposições desnecessárias.

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