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Gestão de Custos Logísticos: Regimes Tributários e Créditos de Impostos

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GESTÃO DE CUSTOS 
LOGÍSTICOS 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alfredo Beckert Neto 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
 Queridos alunos, vocês estão de parabéns por todas as horas 
consumidas nos estudos da gestão dos custos logísticos. Enfim, chegamos a 
nossa última rota e acredito que deva ser uma satisfação para todos. Portanto, 
relaxem, pois iremos conversar sobre as consequências de tudo que 
estudamos até aqui, ou seja, o que devemos fazer com todas as informações e 
conceitos que aprendemos. 
 E claro, sempre que pensarem em gestão, pensem em tomada de 
decisão, pois essa é a função principal de um gestor. Mas para que isso ocorra, 
o gestor precisa estar munido de diversas informações que serão utilizadas 
como critérios para a tomada de decisão mais assertiva e alinhada com os 
objetivos da organização. 
 Por isso, iniciaremos a rota compreendendo melhor os regimes 
tributários e os créditos de impostos, para então adentrarmos em uma 
discussão sobre a gestão dos custos logísticos e o nível de serviço. Após isso, 
conversaremos sobre custos e orçamentos, ferramenta essencial no 
planejamento de qualquer operação. E, para finalizarmos, entenderemos a 
respeito da formação de preços de venda, pois esses podem derivar dos 
custos, para que então encerremos o assunto da tomada de decisão baseada 
na gestão de custos. 
 Então vamos em frente em nossa última aula e desejo ótimos estudos! 
 
CONTEXTUALIZANDO 
 Você já ouviu falar em créditos de impostos? Em caso negativo, 
veremos que a opção de um regime tributário adequado pode gerar grande 
impacto no resultado da empresa. Além disso, como devo analisar minha 
operação para que eu aumente o nível de serviço? Aliás, como devemos tomar 
decisões no que tange aos diversos aspectos logísticos e outros custos nas 
organizações? 
 Aumentar a produtividade, reduzir custos, aumentar resultados? Para 
realizar isso podemos terceirizar ou internalizar, reduzir perdas, otimizar 
compras e processos, descontinuar produtos ou serviços não rentáveis, 
planejar... Planejamento é sempre um ponto chave. E com planejamento você 
poderá utilizar um orçamento, estabelecendo metas e corrigindo o que 
acontece. 
 
 
3 
 Ademais, inclusive, poderá solucionar problemas que nem ao menos 
aconteceram, mas que existiriam caso os gestores não planejassem e 
projetassem o possível futuro. 
 
Pesquise 
 Chegou a hora de pesquisar. Vamos buscar esclarecimentos? Não 
hesite em utilizar outras fontes de pesquisa como a internet. O conhecimento 
está acessível em poucos cliques. 
 Os regimes tributários apresentam particularidades que podem 
influenciar o resultado da operação e, por isso, da importância de se conhecer 
cada um deles. 
 Também vale abrirmos a mente para que possamos mesclar todos os 
métodos e conceitos que estudamos, para atingirmos objetivos ou 
solucionarmos problemas. Será que não podemos criar um ponto de equilíbrio 
para demonstrar quando o custo logístico total está maior do que o esperado 
no orçamento? Ou seja, podemos misturar conceitos, mas claro, sempre 
entendendo o que estamos fazendo e aonde queremos chegar. Boa sorte! 
 
TEMA 1: REGIMES TRIBUTÁRIOS E CRÉDITO DE IMPOSTOS 
 Os regimes tributários variam de país para país, pois em cada um existe 
uma lei específica tratando do assunto. No Brasil, temos uma imensidade de 
leis e informações a respeito de impostos, benefícios fiscais e créditos de 
impostos. Tudo isso influencia tanto nos custos e despesas necessárias para a 
organização como na formação do preço de venda do produto ou serviço. 
Portanto, compreender os regimes tributários é compreender uma das regras 
do jogo empresarial. Quando se tem opções será necessário tomar uma 
decisão e, por isso, conhecer cada uma das opções faz o maior sentido. 
No Brasil, existem três regimes tributários principais: Lucro Real, Lucro 
Presumido e Simples Nacional. Cada um dos regimes oferece diferentes meios 
para o cálculo dos impostos devidos. Vamos conhecer cada um deles? 
 O Simples Nacional é um regime tributário que atende a micro e 
pequenas empresas, com o objetivo principal de simplificar o cálculo, gestão e 
arrecadação dos impostos (Lei Complementar 123/2006). Perante a lei 
mencionada, as microempresas são empresas com receita bruta anual de até 
R$360.000,00. 
 
 
4 
 Já uma pequena empresa ou empresa de pequeno porte (EPP) são 
organizações que faturam uma receita bruta anual superior a R$360.000,00 e 
igual ou inferior a R$3.600.000,00. O imposto é recolhido todo mês com 
apenas uma guia de pagamento (que inclui todos os principais impostos 
empresarias) chamada de DAS (Documento de Arrecadação do Simples 
Nacional). Sua alíquota é calculada todo mês também, tomando como base o 
faturamento empresarial dos últimos 12 meses e verificando em qual faixa de 
alíquota a empresa está inserida. A seguir deixo um link que demonstra a 
tabela do ANEXO – Serviços: 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-3-simples-nacional 
 
 A primeira coluna representa a faixa de faturamento dos últimos 12 
meses da organização e a segunda coluna demonstra a alíquota que a 
empresa deve recolher em relação ao seu faturamento bruto. 
Nem sempre o Simples Nacional é a escolha que fará com que a empresa 
recolha menos impostos, principalmente devido ao crédito de impostos e 
benefícios fiscais. Ademais, não é qualquer empresa de qualquer atividade que 
pode optar pelo Simples. Para poder ser enquadrada no Simples a empresa 
deve atuar em um ramo de negócio que está listado na lei. Além disso, a 
empresa deve cumprir alguns requisitos, caso contrário a empresa terá que 
optar apenas pelo lucro presumido ou real. 
 No Lucro Presumido, como o próprio nome diz, o governo presume 
qual o percentual do faturamento da empresa é lucro. Por exemplo, se a 
empresa faturou R$100.000,00, o governo presume que 32% do faturamento é 
lucro. Ou seja, ele entende que R$32.000,00 é lucro e tributará a empresa com 
base nesse valor. Essa presunção de 32% não é realizada caso a caso, pois 
existem tabelas e classificações que nos fornecem qual é a alíquota da 
presunção. Essa presunção do lucro é realizada para calcular o IRPJ e a CSLL 
devida. Além disso, para que a empresa possa optar pelo regime do lucro 
presumido, ela precisa ter faturado até R$48.000.000,00 no último ano e ainda 
atender algumas condições de enquadramento. No link a seguir, vocês podem 
visualizar as alíquotas de presunção dependendo do ramo de atividade da 
empresa: <http://www.portaltributario.com.br/guia/lucro_presumido_irpj.html>. 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/anexo-3-simples-nacional
 
 
5 
 O Lucro Real é um regime obrigatório para empresas que faturaram 
acima de R$48.000.000,00 no seu último ano. É normalmente o caso das 
empresas de capital aberto (na bolsa de valores). Ademais, as instituições 
financeiras também são obrigadas a utilizar o lucro real. Esse regime é o que 
exige maior controle das operações, pois o governo tributará, de fato, o lucro 
apurado no período. E caso a empresa tenha prejuízo não pagará o IRPJ e 
CSLL. Caso tenha necessidade de visualizar as alíquotas e uma simples 
comparação entre o lucro presumido e o lucro real, veja o link a seguir: 
<http://www.cebrasse.org.br/downloads/html/lucro_presumido_real.html>. 
 As alíquotas e tipos de alguns impostos mudam de acordo com o regime 
tributário. Então, para tomar a decisão de qual opção de regime tributário 
selecionar, de preferência no ano anterior ao ano de escolha, deve-se simular 
as vendas e o orçamento para o ano seguinte, analisando em qual das 
situações serão recolhidos menos impostos. Isso faz parte do planejamento 
tributário. Lembrando que as empresa normalmente devem realizar a opção de 
enquadramento no início de cada ano. 
 Existem vários simuladores online disponíveis na internet que nos 
auxiliam com a opçãodo regime tributário. Se necessitar, busque. 
 Agora que já conhecemos os regimes tributários, que tal entendermos 
sobre crédito de impostos? 
 No regime do lucro presumido e lucro real existem alguns impostos que 
geram créditos, os chamados impostos não cumulativos. Já os impostos 
cumulativos não geram créditos. Então, vejamos a tabela a seguir que nos 
mostra quais impostos geram ou não geram créditos: 
 
Figura 1 
Créditos Lucro real Lucro Presumido 
IPI Não cumulativo Não cumulativo 
ICMS Não cumulativo Não cumulativo 
PIS/COFINS Não cumulativo Cumulativo 
 
 
 Agora vamos entender como funciona a não cumulatividade. Por 
exemplo, se trabalhamos em uma indústria de calçados, quando compramos o 
couro já manufaturado de outra fábrica, no preço de compra que pagamos 
serão destacados alguns impostos. 
 
 
6 
 Como exemplo, pagamos R$10,00 por peça de couro. Ótimo! Desses 
R$10,00 que entregamos ao nosso fornecedor, uma parte ele pagará de 
impostos. Então pensando em ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias 
e serviços) vamos supor que ele pagará R$1,80 (18%). Esse R$1,80 entrará 
como crédito de ICMS na contabilidade de nossa empresa de sapatos, visto 
que o fornecedor já recolheu para o governo. Com o couro, nós trabalharemos 
e criaremos um sapato. Ao vender o sapato, nós cobraremos R$30,00. Logo, o 
ICMS devido de 18% será de R$5,40. Entretanto, nosso fornecedor já recolheu 
o ICMS de um preço de R$10,00 que representou R$1,80. Como tínhamos 
R$1,80 de crédito e temos que recolher R$5,40 após vendermos o sapato por 
R$30,00, apenas pagaremos R$3,60 de ICMS. 
 Simples, não? Isso é o crédito de impostos. Isso pode fazer uma grande 
diferença em nossas operações, no custo e consequentemente no preço de 
venda. 
 Agora um último ponto para finalizarmos nosso tema. Você acha que o 
governo te avisará se você recolher um valor maior de impostos do que 
deveria? Fiquem atentos a essa questão. Por isso é importante conhecer sobre 
impostos, pois caso a empresa pague a mais, a receita federal não comentará 
sobre isso. Se for um valor menor eles poderão inclusive cobrar multa e juros. 
Ainda bem que os sistemas nos auxiliam com o cálculo dos impostos. 
 
TEMA 2: GESTÃO DOS CUSTOS LOGÍSTICOS E NÍVEL DE SERVIÇOS 
 Pelo fato de o mercado ser cada vez mais globalizado e competitivo, a 
gestão eficiente dos custos logísticos pode ser considerada uma vantagem 
competitiva para a empresa, gerando, inclusive, um maior resultado para a 
organização. Como vimos na rota 3, os custos logísticos são variáveis entre si, 
pois o aumento de um custo pode reduzir outro. Por isso, analisar o custo 
logístico total é o mais importante. O conceito da logística integrada nos 
demonstra que a visão holística, a visão do todo, é muito relevante para que se 
possa planejar toda a estrutura e operação logística. E ainda, os gestores 
devem se preocupar com o nível de serviço, que representa a qualidade com 
que o fluxo de bens e serviços é trabalhado e gerido. O nível de serviço pode 
ser considerado como o resultado de todos os esforços logísticos realizados 
pela empresa. E esse resultado dos serviços terá impacto no cliente. 
 
 
7 
 O impacto poderá ser de diversas formas, tais como: prazo de entrega, 
acompanhamento do pedido, disponibilidade do produto, etc. Por isso, na 
gestão dos custos logísticos, temos a seguinte situação: 
 
Figura 2 
 
 
 
 Gerir e trabalhar essa relação entre processos logísticos, custo logístico 
total e nível de serviço é a principal função de gestores da área logística. Isso 
se dá devido a interdependência dos três itens, sendo que o desafio é 
conquistar o maior nível de serviço, gerando o menor custo logístico total. Por 
isso, a gestão de custos logísticos deve buscar utilizar ou desenvolver 
estratégias para gerenciar os custos. Cabe ao operacional informar o nível de 
serviço. Essa gestão de custos controla e monitora todos os custos logísticos 
envolvidos no processo, utilizando-se de indicadores, acompanhando o 
resultado, projetando cenários devido às tendências e gerando informações, 
sendo tudo isso necessário para uma boa tomada de decisões da gestão da 
organização. A tecnologia de informação e a contabilidade são segmentos de 
extrema importância para a gestão de custos, visto que podem facilitar o 
aspecto do controle e acesso às informações, inclusive no cálculo e 
acompanhamento de indicadores. 
 
 
8 
 Vale notar também que o nível de serviço pode auxiliar a empresa a 
buscar novos mercados, pois atualmente não é suficiente vender sem que 
exista um nível de serviço logístico que atenda às exigências dos clientes. 
Ademais, deve-se conhecer o público alvo, pois cada segmento de cliente pode 
exigir níveis de serviços diferentes. 
 Diante de todas essas informações, os gestores logísticos devem 
desenvolver planejamento e estratégia para atingir os objetivos da organização 
e, consequentemente, gerar resultado para a empresa. Existem algumas 
técnicas que podem auxiliar os gestores, como é o caso da pesquisa 
operacional e matriz de importância x desempenho. 
 A matriz é uma ferramenta utilizada para direcionar ações com o intuito 
de melhorar o desempenho aos olhos dos clientes externos e internos. Além 
disso, é muito simples de ser utilizada e ainda descreve uma visão da empresa 
em relação aos concorrentes. Ela parte do pressuposto de que as partes 
interessadas possuem certas necessidades e expectativas que normalmente 
não são as mesmas apresentadas pelas empresas. Por isso existe a 
necessidade de se monitorar a satisfação dos clientes para que seja possível 
desenvolver a melhoria contínua. 
 Outro ponto importante para comentarmos sobre a gestão logística e 
que se aplica a qualquer outra gestão são as análises de tendências. Quais 
são as novas tendências no mercado logístico brasileiro? Será que essas são 
tendências no resto do mundo também? Claro que para descobrir tendências 
podemos realizar pesquisas longas e custosas, entretanto o Google oferece o 
Google Trends (https://www.google.com.br/trends/?hl=pt-PT), que pode ser 
utilizado para estudar gratuitamente algumas tendências no Brasil e no mundo. 
A plataforma é bem simples de usar e basicamente fornece informações sobre 
o que as pessoas estão pesquisando no Google. Em alguns casos, existem 
tendências com buscas em ascensão no resto do mundo, mas no Brasil as 
pesquisas ainda não ocorrem em quantidade. Todavia, se no mundo está em 
ascensão, talvez seja questão de tempo para ascender no Brasil também. E 
nisso o gestor já antevê situações e poderá se planejar para atender demandas 
ou resolver situações futuras, sendo isso um diferencial competitivo. 
 
 
9 
 Seguindo essa mesma linha, outra pesquisa que um gestor deve realizar 
é a busca de empresas que atuam no mesmo segmento, mas em outros 
países. Vamos supor que você trabalhe em uma operação de serviços de 
entrega de cargas X. Que tal então buscar no Google dos Estados Unidos ou 
Europa, em inglês, sobre serviços de entrega de cargas X? Esse é o famoso 
benchmarking, mas no mercado internacional. Assim, você poderá analisar 
quais tipos de serviço oferecem, por qual valor, quais os diferenciais 
competitivos, quais equipamentos e veículos utilizam e assim por diante. Caso 
encontre algo interessante para implantar na sua operação, basta adaptar a 
solução à realidade da sua empresa e realidade cultural brasileira. 
 
TEMA 3: CUSTOS E ORÇAMENTOS 
 Você conhece qual será o faturamento de sua empresa para o ano que 
vem ou para os próximos dois anos? Não? E quanto a empresa projeta apurar 
de lucro? E quais os custos e despesas existirão? Poderíamos citar diversas 
perguntas aqui, mas o preocupante é que nem sempre as organizações 
possuem algumas das respostas. Tudo isso poderá ser respondido com o 
orçamento empresarial. 
 Para se construir um orçamento é necessário conhecer e controlar osgastos da empresa. O orçamento, nada mais é do que a projeção (estimativa) 
dos gastos e receitas da empresa, e que tem o intuito de servir de 
planejamento e controle do negócio. Ele poderá possuir previsões de 1 a 3 
anos, mas, dependendo do segmento de atuação do negócio, as projeções 
poderão chegar até décadas, em casos de exploração e concessão. 
 Assim como a análise da opção pelo regime tributário, normalmente o 
orçamento é criado antes do final do ano anterior ao ano orçado. Portanto, a 
projeção das receitas e consequentemente, custos e despesas é considerada 
um orçamento. Por isso, os gestores devem comparar e acompanhar os 
resultados e orçamentos, tomando ações corretivas ou preventivas caso 
necessário e, ainda, realizar correções no orçamento. 
 
 
10 
 Caso algo na empresa não esteja acompanhando o orçamento definido, 
os gestores deverão se adaptar à situação e tentar direcionar a empresa para 
seguir o mais próximo do orçamento planejado. Por exemplo, se por algum 
motivo a empresa gastou mais com fretes do que esperava, ela terá que 
disponibilizar recursos que estavam apontados para outra área, como 
capacitação de colaboradores e utilizar esses recursos para gastar com fretes, 
deixando a capacitação de colaboradores com uma rubrica menor. 
 O mais importante do orçamento para nós da área logística é que com 
as projeções de vendas será possível realizar a previsão dos custos, inclusive 
de estoque, pois saberão a demanda que precisarão atender. Isso apoiará 
também as decisões de otimização e redução de custos por escala, assim 
como terceirizar ou não alguma atividade. 
 Outra informação interessante é que existem vários tipos de orçamento, 
como: 
 Orçamento matricial; 
 Orçamento histórico; 
 Orçamento base zero; 
 Orçamento colaborativo ou participativo; 
 Orçamento impactado (forecast). 
 
 Por isso, se ouvirem falar de algum desses tipos de orçamento, fiquem 
tranquilos. Eles são alguns tipos diferentes de orçamento. 
 Por exemplo, o orçamento base zero toma como base que nem tudo que 
ocorreu no ano atual acontecerá no ano seguinte. Em outras palavras, a 
empresa pode não ter as mesmas funções e os mesmos gastos nos próximos 
anos. Por isso, no orçamento base zero devemos projetar os gastos nos 
baseando em cada atividade e processo necessário para que a empresa atinja 
seus objetivos. Nele, cada despesa deve ser justificada e discutida pelos 
gestores. Resumindo em outras palavras, o orçamento base zero, como o 
próprio nome diz, parte do zero e tudo o que é considerado é analisado, como 
se a operação estivesse se iniciando naquele momento, sem levar em 
consideração o passado. Devido a isso ele exige mais esforços em sua 
implementação, mas também pode reduzir gastos com processos e projetos 
que não estejam bem associados com os objetivos da organização. 
 
 
11 
 Para quem quiser ou precisar saber mais sobre os orçamentos, veja o 
link a seguir: 
https://www.treasy.com.br/blog/orcamento-empresarial 
 Vocês podem ler ou ouvir sobre orçamento de custos, orçamento de 
produção, orçamento de matérias-primas e até orçamento de mão de obra. 
Todos eles seguem o mesmo conceito que vimos anteriormente. A diferença 
consiste que o foco é apenas em projetar um segmento. Só para terem a 
noção, de acordo com Schier (2013), o orçamento de produção é de grande 
importância na disponibilização de informações para os setores da empresa 
que se relacionam diretamente com o processo de produção. Ele ainda 
acrescenta que esse orçamento é a base para elaboração de outros 
orçamentos que se relacionam com o custo de produção. 
 Esse orçamento se baseia em um plano (projeção) da produção para um 
período, com o intuito de suprir a necessidade de vendas previstas no 
orçamento, assim como atender a necessidade de estoques. 
 Além disso, em alguns casos, utilizam-se de formas híbridas entre dois 
modelos ou mais para atender as necessidades da organização. 
 Portanto, percebemos que o orçamento é importante para qualquer 
empresa e seus setores, pois permite que todos se planejem e tracem 
estratégias com antecedência para atingir o que foi proposto no orçamento. 
 Agora apenas como curiosidade: quando vocês escutam falar em 
orçamento familiar, é mais uma categoria de orçamento, só que para famílias. 
Os seja, é a projeção de receitas e gastos da família e cada um dos seus 
membros deve se adequar e se planejar conforme esse orçamento. 
Leitura sugerida: livro da disciplina, p. 228 a 234. 
 
TEMA 4: FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 
 Pessoal, vocês já pensaram na importância de se calcular corretamente 
o preço de venda? Já conheci empresas que em determinadas épocas do ano, 
nas quais o valor das matérias-primas subia, a empresa vendia seu produto 
com prejuízo (mas sem saber) e quanto mais vendia, maior era o prejuízo. Isso 
ocorria justamente por não existir uma gestão de custos adequada e, 
consequentemente, uma formação de preço de venda. 
https://www.treasy.com.br/blog/orcamento-empresarial
 
 
12 
 Existem diversos fatores e estratégias que podem ser utilizados na 
formação dos preços de venda, tais como: preços psicológicos (1,99), pacote 
promocional, preço flexível, etc., mas não nos ateremos a eles. 
 No cenário atual, a fidelização das marcas está se reduzindo e o nome 
do produto, serviço ou da empresa já não é o principal motivo de venda em 
alguns segmentos. E em alguns casos, o próprio mercado é que determina o 
preço de venda e ainda deseja qualidade e prazo, aceitando renunciar um 
pouco sua exigência de qualidade, caso a diferença de preço compense. 
 Para a definição da estratégia do preço de venda, é sempre interessante 
respondermos a algumas questões: 
• O mercado é quem determina o preço? 
• O que fazer para decidir o preço do produto/serviço? 
• Quanto o mercado está disposto a pagar? 
• Quais são os preços praticados pela concorrência? 
• Qual é o seu público alvo e seus costumes? 
• Seu produto é diferenciado? 
 
Respondendo a essas perguntas se terá uma noção maior dos aspectos de 
mercado para se adotar uma estratégia de preços. 
 A formação de preço de venda, normalmente, objetiva: 
• Proporcionar o maior lucro possível no longo prazo, adaptando os custos 
da empresa com a prática de preços aceitáveis pelos clientes; 
• Adequar a demanda dos produtos a determinado nível de preços com a 
maximização da capacidade produtiva, evitando ociosidade e 
desperdícios operacionais; 
• Selecionar as linhas de produtos ou serviços com maior e menor 
margem de contribuição para decisões estratégicas voltadas aos 
clientes e concorrência; 
• Maximizar o retorno sobre o capital empregado, obtendo o melhor 
retorno possível nas vendas dos produtos ou serviços. 
 
Entretanto, em nosso tema, discutiremos mais a fundo apenas 
abordando a visão de custo, assim como do resultado desejado. 
 Existem três métodos principais de formação do preço de venda: 
baseado no custo, baseado na concorrência e baseado na demanda. 
 
 
13 
Baseado no custo: é a técnica mais simples e a mais utilizada. Basicamente 
toma-se como base os custos, as despesas e a margem desejada para se 
chegar ao preço final. Nesse caso, a soma dos custos, despesas e da parcela 
de lucro desejada permite o cálculo rápido do preço de venda líquido (sem 
impostos sobre venda). Assim, a partir do preço de venda líquido, incluem-se 
os impostos sobre vendas para obtenção do preço projetado de vendas. 
PREÇO DE VENDA = CUSTOS + DESPESAS + LUCROS 
 
Figura3
 
 
 Por exemplo, se o gasto unitário for de R$62,50 e o percentual de 
margem determinado for de 60%, então o preço líquido será 62,50 + (60% x 
62,50) = 62,50 + 37,50 = R$ 100,00. Portanto nosso preço líquido é de 
R$100,00 por unidade. E agora, como calcular o preço de venda final? Primeiro 
devemos conhecer as alíquotas de impostos sobre vendas. Para o exemplo, 
consideraremos apenas o ICMS de 18%.Basta adicionar 18% nos R$100,00, 
mesma coisa que multiplicarmos R$100,00 x 1,18. O preço será R$118,00. Se 
tirarmos 18% do preço de venda R$118,00 quanto teremos? R$96,76. Isso 
significa que ao pagar o ICMS, nos sobraria R$96,76, diferente dos R$100,00 
que gostaríamos e que possuía nossa margem de 60%. Sendo o preço de 
venda final de R$118,00 nossa margem é menor do que os 60% que 
acreditávamos que fosse. Lembrem-se que o ICMS é um imposto sobre o valor 
da venda, só que os R$100,00 não são meu preço de venda final. Por isso, 
podemos resolver esse “dilema” com uma regra de três ou usando a 
expressão: 
 
 
14 
Regra de três: 100% está para x (preço de venda final) 
 82% está para R$100,00 (nosso preço sem o ICMS) 
Resolvendo multiplicando cruzado: 82%.x = 100%.100 
X = 100 / 0,82 = R$121,95 
Ou ainda pela expressão formada pela própria regra de três: 
Preço final = Preço líquido / (1 – Alíquota do imposto) 
 
 Portanto nosso preço final com o ICMS seria de R$121,95. Existem 
muitas empresas que desconhecem isso e erram na hora de formar seu preço 
de venda. 
Baseado na concorrência: é a técnica que se baseia nos preços praticados 
pelas empresas do mesmo setor ou mercado (concorrentes). Ela pode ser 
considerada quando os custos são difíceis de mensurar, ou ainda, quando não 
se possui uma previsão definida da reação da concorrência. Esse método 
apresenta alguns desafios: incluem a dificuldade das pequenas empresas em 
cobrar preços equivalentes aos das grandes empresas (devido aos ganhos de 
escala destas últimas), a diferença dos serviços como um fator limitante para a 
comparação (já que nem sempre o serviço executado por uma empresa é 
exatamente igual ao executado por outra) e o fato de que talvez os preços 
estipulados não reflitam valor para o cliente. 
 
Figura 4 
 
 
Baseado na demanda: técnica que sustenta a definição de preços de modo 
coerente com o valor percebido pelos clientes, ou seja, os preços são 
estipulados no que os clientes estão dispostos a pagar (preço justo). Existem 
alguns fatores que criam essa percepção de valor pelo cliente. Por exemplo: a 
imagem que os clientes possuem sobre a qualidade do produto ou serviço, a 
confiabilidade na empresa, a impressão sobre o atendimento, etc. 
LUCRO = PREÇO DE VENDA – CUSTOS – DESPESAS 
 
 
 
15 
Figura 5 
 
 
 Como todos os métodos possuem suas vantagens e desvantagens, é 
possível criar métodos híbridos, considerando um pouco de cada método ou 
inclusive um peso para cada precificação, formando assim o preço final 
influenciado pelos três métodos. 
 Além desses três métodos, muitas empresas varejistas utilizam o mark-
up. De acordo com Megliorini (2011), o mark-up é uma margem, normalmente 
representada por um índice ou percentual, que é acrescentada ao custo dos 
produtos. 
 Podemos considerar que com o mark-up o preço de venda pode ser 
representado pela seguinte expressão: 
 Preço de venda = Custo da mercadoria x Índice Mark-up multiplicador 
Leitura recomendada: livro da disciplina, p. 217 a 226. 
 
TEMA 5: TOMADA DE DECISÕES BASEADAS EM CUSTOS 
 Bem queridos alunos, chegamos ao nosso último tema ao longo de uma 
grandiosa jornada. Acredito que todos “enjoaram” um pouco de tanto ouvir e ler 
sobre custos. Bom, agora partindo para a reta final vamos conversar sobre a 
tomada de decisões. 
 Como já conversamos, gestores devem tomar decisões baseadas em 
informações alinhadas com o planejamento estratégico e objetivos da 
organização. E vimos que a gestão de custos nos traz diversas informações 
relevantes que possibilitam tomadas de decisões que envolvem otimização de 
processos, redução de linhas de produto, terceirização ou internalização, 
melhorias de performance, formação do preço de vendas e muitas outras. 
Todas essas decisões possuem o intuito de um só ponto: o aumento dos 
resultados da empresa. 
 Por isso, é de se pensar, que um bom profissional, proativo, que planeja 
cenários e antevê problemas futuros, gerando assim redução de prejuízos ou 
 
 
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aumento nos lucros, pode e deve ser muito valorizado. Imaginem vocês, 
iniciando há poucos meses em uma empresa e você percebe que poderiam ser 
implementadas diversas otimizações e terceirizações na logística atual da 
empresa. Claro, após pensar nas soluções você as coloca dentro de um estudo 
(documento) que comprove que suas otimizações e terceirização gerarão 
resultado para a empresa, inclusive um aumento no nível de serviço. Como a 
empresa possui um grande faturamento, você percebe que ao final você e suas 
propostas geraram um acréscimo de R$3.000.000,00 por ano no resultado da 
empresa. Se você fosse diretor ou proprietário de uma empresa assim, quanto 
você pagaria de salário para um profissional desses? Dez mil reais por mês? 
Vinte mil? Independentemente do valor, o resultado gerado é muito maior e, 
claro, esse profissional deve ser valorizado. 
 Outro caso que podemos pensar, principalmente quando se existe 
redução de demanda, é na ociosidade da capacidade produtiva ou de 
infraestrutura (uma frota, por exemplo). A ociosidade também pode gerar um 
custo, pois existe capital imobilizado sem gerar receita e retorno. Nesse caso, o 
gestor precisará convergir seus esforços unindo ideias, informações e 
conhecimento para encontrar uma solução para essa ociosidade. Imaginem 
que no orçamento implementado para o ano que vem nossa estrutura 
operacional possuirá 40% de ociosidade, ou seja, poderíamos produzir ou 
prestar muito mais serviços, entretanto não teremos demanda. Uma das 
possíveis soluções para esse problema é buscar um cliente específico para 
utilizar essa capacidade, mas oferecendo nossos produtos por um menor preço 
de venda. Pensem assim, se nosso produto custa R$1.000,00 e no orçamento 
venderemos 1.000 unidades, sendo que nele já se contemplam os gastos fixos, 
podemos fazer um preço diferenciado para utilizar nossa capacidade produtiva 
e vender 1.200 unidades, por exemplo. Podemos considerar que essas 200 
unidades adicionais não precisarão ter em seu preço de venda todos os gastos 
fixos. Elas só precisam ter a margem de contribuição positiva (cobrir gastos 
variáveis) que já aumentarão o resultado operacional da empresa. 
 Então, poderíamos negociar com o cliente um preço de, por exemplo, 
R$800,00 por unidade. 
 Com isso, resolveríamos uma parte do problema de ociosidade. Notem 
que o gestor só conseguiria realizar isso se tiver informações precisas sobre os 
“números” da empresa, para assim tomar a melhor decisão. 
 
 
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 Praticando a gestão de custos para tomada de decisões, podemos criar 
orçamentos e cenários, assim como acompanhar os indicadores, tal como o 
ponto de equilíbrio. Com essa visão ampliada da empresa, podemos prever 
problemas que aconteceriam meses ou anos a frente. E como sabemos de um 
problema futuro com meses de antecedência, tomamos decisões para 
solucioná-lo hoje e evitar que ele surja lá na frente. Assim fica muito mais fácil 
gerir e evitar o tal “apagar incêndio”. Tudo que é tratado em momentos de 
“calmaria” pode ser melhor negociado que no momento da necessidade. 
Pensando em um exemplo bem simples. Vamos supor que sabemos hoje que 
não teremos dinheiro para pagar um fornecedor cuja a conta vencerá daqui três 
meses. Ora, podemos tomar diversas soluções, tais como, renegociar o prazo 
com esse fornecedor, buscar uma linha de crédito, aumentar nossas vendas ou 
preços de venda e assim por diante. Mas caso esperarmos no dia em que 
vence a cobrança para resolver ou conversar com nosso fornecedor, o que irá 
acontecer? Primeiro, o “incêndio” começou para apagar. Nosso fornecedor não 
estava preparado e aguarda muito o recebimento do recurso e não renegociará 
o prazo a não ser em cima de multa e juros. Caso recorramos ao banco, este 
cobrará uma taxa de juros mais alta devido à urgência e nossa falta de caixa. 
Ou seja, tudo ficará mais difícil.Por isso, um bom gestor está sempre 
antevendo os problemas e os solucionando, sem deixar que eles surjam de 
fato. 
 
TROCANDO IDEIAS 
 Caso tenham visto algum termo ou algo que não ficou muito claro ou 
desconhecem o significado, busquem aprender e descobrir. Hoje vivemos com 
acesso quase total aos diversos tipos de informações e podemos explorar tudo 
isso. 
 Quem quer aprender sobre Marte basta procurar no Google que até 
várias fotos e vídeos poderão ilustrar melhor a explicação. No que tange a 
gestão de custos e a logística também. Sempre busquem conhecer! 
 
 
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 Outro ponto que merece atenção e vejo acontecer muito em micro e 
pequenos negócios é com relação à formação de preços. Um pequeno 
empresário, em alguns casos, só considera o custo das matérias-primas e no 
máximo o salário da mão de obra. Os custos indiretos e despesas, como gás, 
água, combustível e outros, não são considerados. Isso oferece um grande 
risco para a empresa. Além disso, já vi empresários que só controlam o custo 
da matéria-prima e precificam de acordo com a concorrência. Por menor que 
seja o negócio, é de extrema valia gerir e controlar os gastos, assim como 
apurar o resultado. 
 
NA PRÁTICA 
 Após inserir todo o controle de custos na empresa, a Family S.A. está 
construindo o orçamento do ano seguinte e pretende formar o novo preço de 
venda do produto, devido ao aumento do nível de serviço que resultou em 
aumento de custos. 
 Para isso, os gestores querem avaliar se utilizarão o método baseado 
em custos para precificar seus produtos. 
 Por isso, você precisa formar o novo preço de venda, assim como 
informar quais são os impostos que estarão inseridos no preço para que 
analisem se existe algum benefício fiscal. 
16% de impostos sobre o preço de venda 
25% de lucro 
Embalagem: R$ 10,00 
Custo do produto: R$ 120,00 
Despesas por produto: R$ 14,00 
 
Proposta da prática 
 Formar o preço de venda baseado no custo e descrever os impostos 
incidentes. 
 Gastos por produto: R$ 120,00 (custo) + R$ 10,00 (embalagem) + R$ 
14,00 (despesas por produto) = R$144,00 por produto. 
 Conhecer qual é o percentual sobre o preço de venda, tanto de impostos 
quanto margem de lucro: 16% (impostos) + 25% (margem de lucro) = 41%. 
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Agora, para calcularmos o preço de venda, devemos formar a seguinte 
expressão (sendo x o preço de venda): 
x = 41%.x + 144 = 0,41x +144 => 0,59x = 144 => x = 144 / 0,59 = 244,07 
O preço de venda deverá ser R$ 244,07, para garantir que a 
empresa tenha uma margem de lucro de 25%. 
Por ser uma indústria, os impostos que devem ser recolhidos e ser 
considerados na formação do preço de venda são: IPI, ICMS, PIS, COFINS, 
IRPJ e CSLL (os dois últimos, dependendo do regime tributário serão 
requeridos apenas se houver lucro). 
SÍNTESE 
Vimos que os regimes tributários possuem características particulares e 
que se simularmos cenários poderemos identificar qual será o regime mais 
vantajoso para a empresa. Se pensarmos em grandes operações, o bom 
enquadramento pode gerar um grande aumento no resultado da organização. 
E aumentar resultado é o objetivo de todo gestor, incluindo o gestor logístico, 
que por meio da gestão dos custos logísticos visa otimizar processos, 
estudar possibilidades sempre trabalhando para realizar o equilíbrio das 
relações entre custo logístico total e nível de serviço. Ou seja, buscando 
o menor custo logístico total oferecendo o maior nível de serviço possível. 
Uma das formas de planejamento seria a construção de orçamentos que 
são projeções das receitas e gastos, para assim o gestor se preparar quanto 
a níveis de estoque, capacidade logística sem perda do nível de serviço e 
por aí vai. Além disso, vimos que o controle dos gastos é fundamental para 
a formação de preços e que existem alguns métodos que nos auxiliam a 
chegar ao preço final do nosso produto ou serviço. 
E para finalizar, todas essas possibilidades e informações devem 
ser analisadas por gestores, para que a tomada de decisão seja embasada 
em fundamentos, garantindo assim sua maior assertividade e contribuindo 
para a perenidade da organização. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
JORGE, R. K. Gestão de custos, riscos e perdas. São Paulo: Pearson, 2016. 
MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson, 2011. 
PEREZ JÚNIOR, J. H. Gestão estratégica de custos: textos e testes com as 
respostas. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. Curitiba: Intersaberes, 2013.

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