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TCC - FINAL_rev2_ENGSEG_TESTE

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FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUSA 
PÓS GRADUAÇÃO 
 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
DIEGO DE ALMEIDA RIBEIRO 
 
 
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
EM UMA EMPRESA COM SERVIÇOS DE ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2019 
DIEGO DE ALMEIDA RIBEIRO 
 
 
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO 
EM UMA EMPRESA COM SERVIÇOS DE ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
APRESENTADO À FACULDADES INTEGRADAS 
SILVA E SOUZA COMO REQUISITO PARCIAL Á 
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO. ORIENTADOR: PROFESSOR XXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO EM 
UMA EMPRESA DE SERVIÇOS ENGENHARIA 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
APRESENTADO À FACULDADES INTEGRADAS 
SILVA E SOUZA COMO REQUISITO PARCIAL Á 
OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO 
TRABALHO. ORIENTADOR: PROFESSOR XXXXX 
 
Aprovada em Rio de Janeiro, _____ de _____________ de 2019. 
BANCA EXAMINADORA: 
______________________________________________ 
Professor <Incluir Título e Nome Professor Orientador>. 
FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA 
______________________________________________ 
Professor <Incluir Título e Nome Professor Orientador>. 
FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA 
______________________________________________ 
Professor <Incluir Título e Nome Professor Convidado>. 
FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA 
______________________________________________ 
Professor <Incluir Título e Nome Professor Convidado>. 
 FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades. 
Agradeço as pessoas que diretamente e indiretamente contribuíram 
tecnicamente e emocionalmente para a conclusão desse trabalho. 
Ao Robson Fidelis e Fátima Pacheco por contribuírem tecnicamente mesmo que 
informalmente e por sempre me apoiarem. 
Marcelo Bento grande amigo e companheiro acadêmico e profissional, que foi 
fundamental para a conclusão de todo o curso. 
E por fim agradeço as pessoas que são o motivo de eu ter passado por tudo isso, 
e que com certeza sem eles nada disso teria acontecido. 
Meus pais, em especial a minha mãe Lucia Ferreira que trabalhou muito para isso 
acontecer, me deu apoio emocional, financeiro e logístico. 
Patricia Fidelis minha esposa pela paciência e apoio durante essa jornada. 
Caleb Ribeiro meu filho que me deu um fôlego a mais para continuar, a vocês o 
meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 Dedicamos este trabalho a todos os profissionais da área de saúde e segurança 
do trabalho, engenheiros, arquitetos e técnicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque 
maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se 
um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre 
do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar-
se!” (Eclesiastes 4:9-10). 
 
RESUMO 
O trabalho, quando realizado sem as devidas condições de segurança e 
conforto, pode gerar doenças, danos à integridade física e até mesmo a morte dos 
colaboradores. Assim, faz-se necessário a implantação de técnicas para o controle e 
prevenção de acidentes advindos do processo produtivo, através da segurança do 
trabalho, as quais vêm sendo o centro das atenções e preocupações de muitos 
empresários, governos, sindicatos e trabalhadores. Nesse trabalho foi feita uma 
abordagem dos riscos existentes na atividade produtiva de uma empresa do ramo de 
engenharia, voltada para instalação e manutenção de sistemas de combate a incêndio. 
O objetivo proposto foi avaliar as conformidades da empresa em relação à legislação 
trabalhista, mais especificamente às Normas Regulamentadoras do Ministério do 
Trabalho em concordância com demais legislações. Para isto foram realizadas 
inspeções na empresa, entrevistas com funcionários e análise de documentos. Como 
resultados finais desse trabalho, gerou-se um relatório detalhado das não 
conformidades encontradas. 
 
Palavras-chave: Engenharia de Segurança, Normas Regulamentadoras, Serviços de 
Engenharia. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The work, when performed without the necessary conditions of safety and 
comfort, can generate illnesses, damages to the physical integrity and even the death 
of the collaborators. Thus, it is necessary to implement techniques for the control and 
prevention of accidents arising from the productive process, through work safety, which 
have been the focus of attention and concern of many entrepreneurs, governments, 
unions and workers. In this work an approach was taken to the existing risks in the 
productive activity of an engineering company, focused on the installation and 
maintenance of fire fighting systems. The objective of this study was to evaluate the 
company's compliance with labor legislation, specifically to the Labor Market 
Regulatory Norms in accordance with other legislation. Inspections were carried out at 
the company, interviews with employees and analysis of documents. As final results of 
this work, a detailed report of the nonconformities found was generated 
 
Keywords: Safety Engineering, Regulatory Standards, Engineering Services 
. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Instalações da Empresa flare Engenharia .............................................................. 23 
Figura 2 - Organograma da Empresa Flare Engenharia ......................................................... 23 
Figura 3 - Sala da Engenharia / Gerência ............................................................................... 24 
Figura 4 - Sala do Setor Comercial .......................................................................................... 25 
Figura 5 - Banheiro do Setor de Engenharia/Comercial.......................................................... 26 
Figura 6 - Banheiro do Setor de Engenharia/ Comercial - Box ............................................... 26 
Figura 7 - Elaboração da documentação Para a Liberação da Instalação/Manutenção ........ 27 
Figura 8 - Separação do Material Para a Manuteção/Instalação ............................................ 28 
Figura 9 - Execução da Instalação/Manutenção ..................................................................... 29 
Figura 10 - Teste Do Sistema De Combate a Incêndio ........................................................... 29 
Figura 11 - Modelo de Declaração de Instalação .................................................................... 33 
Figura 12 - Cartão de CNPJ da empresa Flare Engenharia ................................................... 36 
Figura 13 - Cronograma PPRA ................................................................................................ 52 
Figura 14 - Identificação das instalações sanitárias ................................................................ 70 
Figura 15 - Higienização das instalações sanitárias ............................................................... 71 
Figura 16 - Higienização das instalações Sanitárias ............................................................... 71 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Quadro II da norma regulamentadora 4 ................................................................. 37 
Tabela 2 - Tabela de dias debitados ........................................................................................ 39 
Tabela 3 - Relação do CNAE para dimensionamento da CIPA .............................................. 41 
Tabela 4 - Dimensionamento da CIPA .................................................................................... 42 
Tabela 5 - Tipo de exame e periodicidade da empresa Flare Engenharia ............................. 47 
Tabela6 - Gradação de Multas ................................................................................................ 76 
 
 
LISTA DE EQUAÇÕES 
 
 
Equação 1 - Taxa de Frequência ............................................................................................. 38 
Equação 2 - Taxa de gravidade ............................................................................................... 38 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica 
Art. – Artigo 
ASO – Atestado de Saúde Ocupacional 
CA – Certificado de Aprovação 
CAEPI – Certificado de Aprovação de Equipamento de Proteção Individual 
CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 
CAI – Certificado de Aprovação de Instalações 
CBMERJ – Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro 
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho 
CNAE – Cadastro Nacional de Atividades Econômicas 
CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 
COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico 
CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social 
dB – Decibéis 
DOU – Diário Oficial da União 
EPI – Equipamento de Proteção Individual 
FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos 
 
FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e 
Medicinado Trabalho 
GM – Gabinete do Ministro 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
kW – Kilowatt 
kWh – Kilowatt-hora 
MTb – Ministério do Trabalho 
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego 
MTPS – Ministério do Trabalho e Previdência Social 
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora 
NR – Norma Regulamentadora 
NRRsf – Nível de Redução do Ruído subject fit (Colocação subjetiva) 
ºC – Grau Celsius 
PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
QDLF – Quadro de Distribuição de Luz e Força 
RSE – Resíduos Sólidos Especiais 
RULA – Rapid Upper Limb Assessment 
SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho 
SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho 
SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego 
 
SSMT – Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho 
SSST – Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho 
SST – Segurança e Saúde do Trabalho 
UFIR – Unidade Fiscal de Referência
 
SUMÁRIO 
AGRADECIMENTOS ............................................................................................... 4 
RESUMO .................................................................................................................. 7 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ 9 
LISTA DE TABELAS ............................................................................................. 10 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................................. 12 
SUMÁRIO .............................................................................................................. 12 
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 18 
1. DADOS GERAIS DO TRABALHO .......................................................... 20 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ........................................................ 20 
1.2. OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................. 20 
1.3. METODOLOGIA ...................................................................................... 21 
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................ 22 
2. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA ...................................................... 22 
2.1. HISTÓRICO ............................................................................................. 22 
2.2. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA ................................ 24 
2.3. PROCESSO PRODUTIVO DA EMPRESA .............................................. 27 
3. AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE E DA CONFORMIDADE LEGAL .. 30 
3.1. NORMA REGULAMENTADORA 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ............... 30 
3.1.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 30 
3.1.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 31 
3.1.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 32 
3.2. NORMA REGULAMENTADORA 2 - INSPEÇÃO PRÉVIA ...................... 32 
3.2.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 32 
3.2.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 33 
3.2.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 33 
3.3. NORMA REGULAMENTADORA 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO ....... 34 
3.3.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 34 
3.3.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 34 
3.3.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 35 
3.4. NORMA REGULAMENTADORA 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO .... 35 
3.4.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 35 
3.4.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 36 
3.4.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 37 
3.5. NORMA REGULAMENTADORA 5 - COMISSÃO INTERNA DE 
PREVENÇÃO DE ACIDENTES ............................................................... 40 
3.5.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 40 
 
3.5.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 40 
3.5.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 43 
3.6. NORMA REGULAMENTADORA 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL ............................................................................................ 43 
3.6.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS. .................................................... 43 
3.6.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 44 
3.6.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 45 
3.7. NORMA REGULAMENTADORA 7 – PROGRAMA DE CONTROLE 
MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL .................................................... 46 
3.7.1. PRINCÍOS GERAIS E OBJETIVOS ........................................................ 46 
3.7.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 46 
3.7.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 48 
3.8. NORMA REGULAMENTADORA 8 – EDIFICAÇÕES ............................. 49 
3.8.1. PRINCÍPÍOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 49 
3.8.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 49 
3.8.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 50 
3.9. NORMA REGULAMENTADORA 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE 
RISCOS AMBIENTAIS ............................................................................ 50 
3.9.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 50 
3.9.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 50 
3.9.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 55 
3.10. NORMA REGULAMENTADORA 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES 
E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE ......................................................... 57 
3.10.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS..................................................... 57 
3.10.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 57 
3.10.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 57 
3.11. NORMA REGULAMENTADORA 11 – TRANSPORTE, 
MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS ... 58 
3.11.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 58 
3.11.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 58 
3.11.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 58 
3.12. NORMA REGULAMENTADORA 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM 
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ............................................................ 59 
3.12.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 59 
3.12.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 59 
3.12.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 60 
3.13. NORMA REGULAMENTADORA 13 –CALDEIRAS, VASOS DE 
PRESSÃO E TUBULAÇÕES .................................................................. 60 
3.13.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 60 
3.13.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 61 
 
3.13.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 61 
3.14. NORMA REGULAMENTADORA 14 – FORNOS .................................... 61 
3.14.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 61 
3.14.2. ANÁLISE DE APLICABILIDADE ............................................................ 61 
3.14.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 61 
3.15. NORMA REGULAMENTADORA 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES 
INSALUBRES ......................................................................................... 62 
3.15.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 62 
3.15.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 62 
3.15.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 62 
3.16. NORMA REGULAMENTADORA 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES 
PERIGOSAS ........................................................................................... 62 
3.16.1. PRINCÍOS GERAIS E OBJETIVOS ........................................................ 62 
3.16.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 63 
3.16.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 63 
3.17. NORMA REGULAMENTADORA 17 – ERGONOMIA ............................. 63 
3.17.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 63 
3.17.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 64 
3.17.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 65 
3.18. NORMA REGULAMENTADORA 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE 
DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ............................ 65 
3.18.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 65 
3.18.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 65 
3.18.3. ORIENTAÇOES GERAIS ........................................................................ 66 
3.19. NORMA REGULAMENTADORA 19 – EXPLOXIVOS ............................. 66 
3.19.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 66 
3.19.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 66 
3.19.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 66 
3.20. NORMA REGULAMENTADORA 10 – SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS ........................... 66 
3.20.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 66 
3.20.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 67 
3.20.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 67 
3.21. NORMA REGULAMENTADORA 21 – TRABALHO A CÉU ABERTO .... 67 
3.21.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 67 
3.21.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 67 
3.21.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 67 
3.22. NORMA REGULAMENTADORA 22 – SEGURANÇA E SAÚDE 
OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO ......................................................... 68 
3.22.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 68 
 
3.22.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 68 
3.22.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 68 
3.23. NORMA REGULAMENTADORA 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
 ................................................................................................................ 68 
3.23.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 68 
3.23.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 69 
3.23.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 69 
3.24. NORMA REGULAMENTADORA 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE 
CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO........................................... 69 
3.24.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 69 
3.24.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 69 
3.24.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 72 
3.25. NORMA REGULAMENTADORA 25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS ......... 72 
3.25.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 72 
3.25.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 73 
3.25.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 73 
3.26. NORMA REGULAMENTADORA 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
 ................................................................................................................ 73 
3.26.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 73 
3.26.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE ............................................................... 74 
3.26.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 74 
3.27. NORMA REGULAMENTADORA 27 – REGISTRO PROFISSIONAL DO 
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................ 74 
3.27.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 74 
3.27.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 74 
3.27.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 75 
3.28. NORMA REGULAMENTADORA 28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
 ................................................................................................................ 75 
3.28.1. PRINCIPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 75 
3.28.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 75 
3.28.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 76 
3.29. NORMA REGULAMENTADORA 29 – NORMA REGULAMENTADORA 
DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO .................. 76 
3.29.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 76 
3.29.2.ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 77 
3.29.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 77 
3.30. NORMA REGULAMENTADORA 30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO AQUAVIÁRIO ..................................................................... 77 
3.30.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 77 
3.30.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 77 
 
3.30.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 77 
3.31. NORMA REGULAMENTADORA 31 – SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, 
EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA ................................... 78 
3.31.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 78 
3.31.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 78 
3.31.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 78 
3.32. NORMA REGULAMENTADORA 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHOI EM SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................... 78 
3.32.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 78 
3.32.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 79 
3.32.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 79 
3.33. NORMA REGULAMENTADORA 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS 
TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS ......................................... 79 
3.33.1. PRINCÍPIOS GFERAIS E OBJETIVOS ................................................... 79 
3.33.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 80 
3.33.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 80 
3.34. NORMA REGULAMENTADORA 34 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE 
DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO 
NAVAL .................................................................................................... 80 
3.34.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 80 
3.34.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 80 
3.34.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 80 
3.35. NORMA REGULAMENTADORA 35 – TRABALHO EM ALTURA .......... 81 
3.35.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 81 
3.35.2. ANÁLISE DE APLICABILIDADE NA EMPRESA .................................... 81 
3.35.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 81 
3.36. NORMA REGULAMENTADORA 36 – SEGURANÇA E SAÚDE NO 
TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE 
CARNES E DERIVADOS ........................................................................ 81 
3.36.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 81 
3.36.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 82 
3.36.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 82 
3.37. NORMA REGULAMENTADORA 37 – SEGURANÇA E SAÚDE EM 
PLATAFORMAS DE PETRÓLEO ........................................................... 82 
3.37.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 82 
3.37.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 83 
3.37.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 83 
4. CONCLUSÃO .......................................................................................... 83 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 84 
18 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A Revolução Industrial foi o acontecimento histórico que desencadeou o 
aumento dos problemas de saúde relacionados com as atividades no trabalho. 
Os riscos nas atividades de trabalho, cresceram com a utilização das 
máquinas a vapor, tendo como consequência a produção em larga escala e o 
aumento da jornada de trabalho que chegava até 16 horas. Consequentemente os 
lucros aumentaram e cada vez mais vários empresários passaram a investir em 
indústrias em todo o mundo. Como é de se imaginar, as indústrias possuíam 
condições de trabalhos péssimas e eram localizadas em ambientes impróprios. Além 
disso, a utilização de mão de obra infantil e de mulheres era comum. O resultado 
desse cenário foi o enorme número de doenças, acidentes de trabalho, mutilações e 
mortes. Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra as 
péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres. Os trabalhadores passaram 
a se organizar em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses. Após 
muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, 
que inicialmente se voltavam apenas para crianças e mulheres. É possível perceber, 
com isso, que a motivação para todas as leis foram os trabalhadores que através da 
não aceitação do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e qualidade de 
vida. 
No Brasil, a evolução da segurança do trabalho aconteceu mais tarde do que 
na Europa, uma vez que a nossa revolução industrial começou por volta de 1930. O 
país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de 
agrária para industrial. Nessa época, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, 
iniciou o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos com a criação da 
CLT, em 1943. 
A partir daí, outras medidas foram realizadas em benefício dos Trabalhadores, 
como a criação da Lei 8213, que regulamentou os planos de benefícios da 
Previdência Social, incluindo os benefícios dos Trabalhadores vítimas de Acidentes 
do Trabalho. 
19 
 
Mediante a isso, é importante que as empresas verifiquem como se 
encontram suas instalações, adequem-se e regularizem-se para atendimento às 
exigências das normas regulamentadoras, não só para que não venham a sofrer 
multas ou paralisação de suas atividades pelo MTPS, mas também, e 
principalmente, para poder dar as condições de trabalho, com saúde e segurança, a 
todos os seus trabalhadores. 
 
 
 
 
 
20 
1. DADOS GERAIS DO TRABALHO 
 
1.1. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 
 
O trabalho apresentado a seguir foi desenvolvido a partir das avaliações 
realizadas na empresa Flare Engenharia que atua no setor de engenharia de 
Sistema de combate a incêndio e pânico, com o intuito de verificar a sua aderência 
às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e demais órgãos envolvidos 
em sua atividade principal. 
1.2. OBJETIVOS DO TRABALHO 
 
 
1.2.1. OBJETIVO GERAL 
O presente trabalho tem como objetivo geral a aplicação dos conhecimentos 
adquiridos no Curso de Pós-Graduação de Engenharia de Segurança do Trabalho, 
de forma a realizar uma avaliação do estabelecimento em relação ao cumprimento 
das normas de segurança e saúde do trabalho, com o intuito de gerar um ambiente 
mais seguro aos empregados. 
 
1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Dentre os objetivos específicos destacam-se: 
Localizar as possíveis não conformidades em relação às normas regulamentadoras e 
leis aplicáveis; 
Realizar a avaliação dos documentos legais existentes, como o Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional (PCMSO) entre outros; 
Orientações e/ou recomendações a serem feitas para a empresa de modo a atender 
aos requisitos legais 
Gerar uma amostra das possíveis multas oriundas da avaliação realizada no atual 
cenário da empresa. 
 
 
21 
1.3. METODOLOGIA 
A metodologia adotada para elaboração do presente trabalho foi conduzida, 
em primeira instância, a partir da verificaçãode todos os documentos da empresa 
que estivessem relacionados às normas ou leis aplicáveis para que então, e 
posteriormente, fossem feitas inspeções das instalações, avaliação da rotina 
produtiva da empresa e entrevistas com os empregados de forma a verificar as 
informações pertinentes. 
Durante o processo, todas as inspeções foram registradas através de 
fotografias buscando sempre resguardar a privacidade e a identidade não só dos 
empregados como também da própria empresa. 
Ao final de cada avaliação, as informações coletadas eram repassadas ao 
gerente da empresa de forma a não haver nenhuma discordância do aqui registrado 
em relação à percepção da empresa. 
Por fim, foi gerado relatório de não conformidades com sugestões para que a 
empresa se regularize. 
22 
 
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO 
O trabalho é composto pela seguinte estrutura: 
No Capítulo 1 é apresentada a estrutura, objetivo e metodologia utilizados na 
realização desse trabalho; No Capítulo 2 é apresentado um breve histórico da 
empresa e as suas características de forma a descrever suas instalações e seu 
processo produtivo; No Capítulo 3 é apresentado o estudo de verificação da 
aplicação das normas regulamentadoras no estabelecimento; O Capítulo 4 é 
destinado ao plano de ação para tratativa dos itens não conformes apontados 
durante as inspeções; O Capítulo 5 dedica-se as conclusões realizadas a partir das 
avaliações feitas; E por fim, encontra-se a lista das referências bibliográficas 
utilizadas para conteúdo técnico do trabalho, os anexos pertinentes e os apêndices, 
que seriam os materiais elaborados para utilização da empresa. 
 
2. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA 
 
2.1. HISTÓRICO 
 
A empresa Flare Engenharia, que foi o objeto de estudo em relação à 
aplicação das normas regulamentadoras, é uma empresa do ramo de engenharia 
que possui mais de 2 anos de mercado e é voltada, para os ramos de engenharia 
elétrica e engenharia de incêndio. 
As instalações da empresa (Figura 1) se encontram em localidade de fácil 
acesso em um bairro industrial do Rio de Janeiro. 
 
 
 
 
 
23 
Figura 1 - Instalações da Empresa flare Engenharia 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
A Empresa conta com um efetivo de 122 funcionários, sendo 10 no setor 
de vendas, 10 no setor projetos, 5 auxiliares administrativos, 4 no setor financeiro, 
2 setor de RH, 2 no setor juridico/contratos, 2 na logística, 3 na gerência e 84 
funcionários em operações entre instaladores, entregadores e motoristas. 
 
Figura 2 - Organograma da Empresa Flare Engenharia 
Fonte: O Autor, 2019 
 
 
(10) 
 
24 
 
2.2. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA 
 
A empresa Flare possui uma instalação de aproximadamente 211m2 (duzentos e 
onze metros quadrados) de área construída, com dois pavimentos. No 1º Pavimento 
concentra-se a área de operação e estocagem de materiais maiores. No 2º Pavimento 
encontra-se a Administração da empresa. As principais áreas que constituem as 
instalações são a Área Engenharia, Área comercial. Para Área engenharia/comercial se 
dispoem de um banheiro para ambos os sexos, ambas as salas as dispõe também de 
condicionador de ar. O piso cerâmico é de fácil limpeza e manutenção. 
 
Figura 3 - Sala da Engenharia / Gerência 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
 
25 
A sala do Setor de Engenharia (Figura 3) possui 3 mesas de trabalho. Assim 
como a sala do setor comercial, também possui iluminação e ventilação naturais 
disponíveis pela janela existente na lateral do prédio e dispõe também de 
condicionador de ar. O piso cerâmico é o mesmo da sala do comercial. A iluminação 
de ambas as salas é adequada às atividades exercidas. 
 
Figura 4 - Sala do Setor Comercial 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
 
O banheiro dos setores Engenharia/Comercial (Figura 5), de utilização por 
ambos os sexos, dispõe de vaso sanitário, lavatório e equipamentos adequados à 
boa higiene, papeleiras protegidas tanto para o vaso sanitário quanto para o enxugo 
de mãos e rosto e saboneteira a lixeira não dispoe de padaleira algo que Segundo a 
gerencia sera alterado. Possui ventilação e iluminação naturais e revestimentos 
adequados à limpeza e manutenção. 
26 
Figura 5 - Banheiro do Setor de Engenharia/Comercial 
 
Fonte: O Autor, 2019 
 
Figura 6 - Banheiro do Setor de Engenharia/ Comercial - Box 
 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
 
 
 
 
 
27 
2.3. PROCESSO PRODUTIVO DA EMPRESA 
A empresa Flare Engenharia começa suas atividades produtivas a partir das 
08h30min da manhã. Segue o inicio do processo para atendimento do cliente, é 
relizado um visita técnica previamente agendada e documentada via ordem de 
serviço, apos aceite da proposta seguimos o processo de preenchimento da 
documentação necessaria para realização do serviço, são essas ART (Anotação de 
Responsabilidade Técnica) devidamente fornecida pela Engenheiro de Segurança 
do quadro da empresa e CRG (certificado de responsabilidade e garantia) 
 
Figura 7 - Elaboração da documentação Para a Liberação da Instalação/Manutenção 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
Apos elaboraçao de documentação e dado sequencia no processo de 
separação de material para realização da obra. 
 
 
 
 
28 
Figura 8 - Separação do Material Para a Manuteção/Instalação 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
Apos separação de todo material o tecnico responsavel pela OS irá ate o local 
de instalçao para realização dos serviços e fechamento da OS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
Figura 9 - Execução da Instalação/Manutenção 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
 
Figura 10 - Teste Do Sistema De Combate a Incêndio 
 
Fonte: O Autor, 2019. 
30 
 
3. AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE E DA CONFORMIDADE LEGAL 
 
O objetivo dessa seção é apresentar a análise realizada na empresa Flare 
Engenharia a partir das inspeções realizadas, dentre os meses de janeiro a maio de 2019, 
com a finalidade de identificar a aderência das normas regulamentadoras aplicáveis em 
função das respectivas atividades da empresa. 
Para tanto, foram analisados os itens de cada norma regulamentadora, as quais 
estão basicamente divididas em: Princípios Gerais e Objetivos; Análise e Aplicabilidade na 
Empresa; e Orientações Gerais. 
No item Princípios Gerais e Objetivos é apresentado um breve resumo do que se 
trata a norma analisada e seu embasamento legal. Além de descrever, quando for o caso, 
quais itens serão vistos durante a análise. 
No item seguinte, Análise e Aplicabilidade na Empresa, é realizada a verificação da 
CONFORMIDADE (atendimento aos requisitos) e NÃO CONFORMIDADE 
(descumprimento aos requisitos) em relação aos itens normativos. 
Por fim, no item Orientações Gerais é feita uma análise geral em relação aos itens 
normativos analisados anteriormente de forma a dar orientações ou traçar planos de ação 
para a empresa conseguir atender aos itens que não estejam sendo atendidos. 
 
3.1. NORMA REGULAMENTADORA 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
3.1.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
A norma regulamentadora de número 1, Disposições Gerais, publicada em 08 
de junho de 1978 com última atualização em 04 de março de 2009 pela portaria nº 
84 da SIT, determina que as Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança 
e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as 
empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados regidos de acordo 
com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
A NR 1 determina que a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) 
é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as 
atividades relacionadas à Segurança do Trabalho, dá competência às 
Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) e determina as 
responsabilidades do empregador e a dos empregados. 
31 
3.1.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
Conforme o item 1.6 da presente Norma cabe ressaltar algumas definições 
para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras pertinentesà empresa Flare 
Engenharia: 
1.6. a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviços; 
b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário; 
c) empresa, o estabelecimento, constituindo a organização de que se 
utiliza o empregador para atingir seus objetivos; 
d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando 
em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, 
loja, oficina, depósito, laboratório; 
e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional 
compreendida no mesmo estabelecimento; 
(...) 
h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos. 
 
A empresa Flare Engenharia é uma empresa privada que possui empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo assim torna-se 
obrigatória a observância às Normas Regulamentadoras relativas à segurança e 
medicina do trabalho conforme estabelece o item 1.1 da presente norma. 
Observou-se que a empresa desconhece grande parte das Normas 
Regulamentadoras bem como seus conteúdos. 
No que cabe ao empregador, conforme item 1.7, constatou-se NÃO 
CONFORMIDADE a algumas alíneas do referido item. 
 
A alínea ‘a’ determina que o empregador deve “cumprir e fazer 
cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e 
medicina do trabalho”; Conforme já mencionado, a empresa 
desconhece algumas normas e/ou seu conteúdo. 
A alínea ‘c’ e seus incisos determinam a obrigatoriedade de algumas 
informações aos trabalhadores. De acordo com observações feitas em outras 
normas desse relatório, observou-se a NÃO CONFORMIDADE aos incisos I e II, que 
tratam respectivamente da informação aos riscos profissionais que possam originar- 
se nos locais de trabalho e os meios para prevenir e limitar tais riscos bem como as 
medidas adotadas pela empresa. Constatou-se que não existe nenhum tipo de 
32 
informação sobre os riscos, meios de prevenção e limitação dos mesmos. 
Por fim, a alínea ‘e’ preconiza a determinação de procedimentos a serem 
adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. Não consta 
registro destes procedimentos. 
3.1.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
Por estar enquadrada na obrigatoriedade de observância às Normas 
Regulamentadoras, a empresa Flare Engenharia deverá atender ao disposto nesta 
Norma e nas demais que couberem à empresa. Conforme item o 1.9 da presente 
Norma, o não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre 
segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das 
penalidades previstas na legislação pertinente. 
Como forma de orientação, anexo a este relatório encontra-se um modelo de 
Ordem de Serviço (Apêndice A). 
Em relação às dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na 
execução das Normas Regulamentadoras, estes serão decididos pela Secretaria de 
Segurança e Medicina do Trabalho – SSMT, conforme determina o item 1.10 da NR 
1. 
3.2. NORMA REGULAMENTADORA 2 - INSPEÇÃO PRÉVIA 
 
3.2.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
A norma regulamentadora de número 2, Inspeção Prévia, publicada em 08 de 
junho de 1978 e atualizada conforme a Portaria SSMT n.º 35, de 28 de dezembro de 
1983 e prevista pela CLT no Art.160, determina que nenhum estabelecimento inicie 
suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações pelo 
órgão regional do MTb. 
A realização da inspeção prévia do órgão regional do MTb deverá ocorrer 
com o intuito de assegurar que os novos estabelecimentos iniciem suas atividades 
livres de riscos de acidentes e/ou doenças do trabalho. 
A partir da inspeção prévia, realizada e aprovada, é então emitido o 
Certificado de Aprovação de Instalações – CAI. Quando não for possível a 
realização da inspeção prévia por parte do órgão regional a empresa poderá 
encaminhar ao MTb regional uma declaração das instalações do estabelecimento. 
A norma regulamentadora também determina que se deva comunicar e 
33 
solicitar nova aprovação do órgão regional caso ocorram modificações substanciais 
nas instalações e/ou nos equipamentos da empresa. 
 
3.2.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
A empresa Flare Engenharia informou que desde o início de suas atividades 
nunca foi realizada ou fez solicitação da inspeção prévia de seu estabelecimento ao 
órgão regional, assim como não realizou (por desconhecimento) a Declaração das 
Instalações. Sendo assim, a empresa não possui o Certificado de Aprovação de 
Instalações – CAI. 
3.2.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
Para cumprimento do item 2.3 da NR 2 que preconiza que “a empresa poderá 
encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das instalações do estabelecimento 
novo, (...), quando não for possível realizar a inspeção prévia antes de o estabelecimento 
iniciar suas atividades”, orienta-se que a empresa realize a Declaração das Instalações 
conforme modelo determinado em norma (Figura 9) e que o mesmo seja destinado ao 
órgão regional do MTb. 
 
Figura 11 - Modelo de Declaração de Instalação 
 
Fonte: Norma Regulamentadora 2, 1983. 
34 
 
 
De acordo com a Norma Regulamentadora 28 - Fiscalização e Penalidades, a norma 
regulamentadora que determina a inspeção prévia (NR 2) não institui nenhuma infração ao 
descumprimento de seus itens. Entretanto, para atendimento ao item 1.7a da NR 1 - 
Disposições Gerais, que determina “Cabe ao empregador cumprir e fazer cumprir as 
disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho”, entende-se 
que é de obrigatoriedade o atendimento de todos os itens das NR independente da geração 
de alguma penalidade ou não. 
 
3.3. NORMA REGULAMENTADORA 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO 
 
3.3.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
A norma regulamentadora de número 3, Embargo ou Interdição, publicada em 
08 de junho de 1978 com última atualização em 17 de janeiro de 2011 pela portaria 
nº199 da SIT, trata do Embargo ou Interdição quando constatada situação de 
trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. 
Além das definições pertinentes, a norma diz que a Superintendência 
Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) poderá interditar ou embargar o 
estabelecimento, as máquinas, setor de serviços ou obra se os mesmos 
demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico, 
e/ou exigir providências a serem adotadas para a regularização das irregularidades 
constatadas. 
Em caso de interdição ou embargo em um determinado setor, maquinário ou 
em toda a empresa, os empregados receberão os salários como se estivessem em 
efetivo serviço. 
 
3.3.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
Se tratando de um empresa de obras de engenharia foram analisados riscos 
que se enquadrariam na NR3, foram constatadas situações de trabalho que podem 
vir a caracterizar risco grave e iminente ao trabalhador e que, no caso de uma 
inspeção trabalhista pelo órgão competente, seria motivo para uma situação de 
interdição, a qual implicaria a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor 
de serviço. 
35 
3.3.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
Por se tratar de uma empresa de pequeno porte, uma interdição poderia 
comprometer a sua produtividade, acarretando sérios prejuízos comerciais à 
empresa. Portanto, é importante que a empresa busque adequar, principalmente, 
seus equipamentos, em relação aos itens normativos. Tais situações são abordadas 
no decorrer deste trabalho. 
 
3.4. NORMA REGULAMENTADORA 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO 
 
3.4.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
A norma regulamentadora de número 4, Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), publicada em 08 de 
junho de 1978 com última atualização pela Portaria MTPS n.º 510, de 29 de abril de 
2016, e prevista pelaCLT no Art.162, determina que todas as empresas privadas e 
públicas da administração direta e indireta e dos poderes legislativos e judiciários 
que possuam empregados regidos pela CLT deverão manter obrigatoriamente o 
SESMT. 
Conforme item 4.4 da NR4, o SESMT pode ser composto por Médico do 
Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do 
Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do 
Trabalho. A necessidade de ter-se um desses profissionais no quadro técnico da 
empresa ocorre em função da gradação do risco da atividade principal e ao número 
de empregados do estabelecimento, observado as exceções previstas na NR. 
O SESMT deve aplicar seus conhecimentos de engenharia de segurança e de 
medicina do trabalho de modo a reduzir até eliminar os riscos existentes à saúde do 
trabalhador, conscientizar os empregados sobre acidentes e doenças ocupacionais, 
manter entrosamento com os membros da Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes (CIPA) entre outras atribuições que possuem a finalidade de promover a 
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. 
 
 
36 
 
3.4.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
Conforme o item 4.2 da NR4, o SESMT deve ser dimensionado segundo a 
gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do 
estabelecimento. 
Uma das informações necessárias para determinação da gradação do risco é 
a atividade principal do estabelecimento que é determinada a partir do Cadastro 
Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Essa informação pode ser encontrada 
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ da empresa (Figura 30). 
 
Figura 12 - Cartão de CNPJ da empresa Flare Engenharia 
 
Fonte: Receita Federal, 2019. 
37 
A empresa Flare Engenharia, como pode ser visto em seu Cartão do CNPJ 
(Figura 30), possui o CNAE de número 72.12-0-00 – Serviços de Engenharia. 
De posse dessa informação determinou-se o grau de risco da empresa Flare 
Engenharia. 
Sendo assim, verifica-se que o Grau de Risco da empresa Flare Engenharia é 
classificado como de número 3 (três). 
Para o dimensionamento do SESMT ainda necessita-se do número total de 
empregados. Na empresa possuem 120 trabalhadores. 
 
Tabela 1 - Quadro II da norma regulamentadora 4 
 
Fonte: Norma Regulamentadora 4, 2019. 
Conforme o Quadro II da NR 4, tendo a empresa Flare engenharia um número 
de empregados acima de 101 empregados irá contar com 1 (um) Técnico de 
segurança em seu SESMT. 
 
3.4.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
A empresa Flare Engenharia não atende às exigências do item 4.12, alíneas 
“a” até “l” da NR 4, em específico ao item 4.12 alínea “i” que determina: 
 
38 
4.12 (i) Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do 
trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, 
preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de 
mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI (...). 
 
Portanto a empresa precisa registrar os eventos que ocorrerem em seu 
estabelecimento, conforme os Quadros da NR4 (Anexo 2). 
Importante atentar para o Quadro III da NR4 para cálculo da Taxa de 
Frequência e a Taxa de Gravidade do risco de acidentes a qual os seus empregados 
estão expostos. 
A taxa de frequência (Equação 1), conforme a ABNT NBR 14280:2001, é o 
número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco em 
determinado período. 
 
Equação 1 - Taxa de Frequência 
 
𝑇𝐹 =
N x 1.000.000
𝐻𝐻𝐸𝑅
 
Onde: 
TF = Taxa de Frequência; 
N = Número de Afastamentos; 
HHER = Horas-Homem de Exposição ao Risco (Somatório das horas durante as 
quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período). 
A taxa de gravidade (Equação 2), conforme a ABNT NBR 14280:2001, é o tempo 
computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco em determinado período. 
 
Equação 2 - Taxa de gravidade 
TG =
𝑇𝐶 𝑥 1.000.000
𝐻𝐻𝐸𝑅
 
 
39 
Onde: 
TG = Taxa de Gravidade 
TC= Tempo Computado (Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com 
incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte 
ou incapacidade permanente, total ou parcial (Tabela 2) ”); 
HHER = Horas-Homem de Exposição ao Risco (Somatório das horas durante as 
quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período). 
 
Tabela 2 - Tabela de dias debitados 
Fonte: ABNT NBR 14280:2001 
Com o controle desses indicadores a empresa poderá determinar a 
frequência com que seus empregados têm sofrido acidente e a quantidade de dias 
perdidos com cada um desses acidentes. 
40 
De acordo com relatos prestados pela empresa, desde a fundação até o 
presente momento não houve nenhum acidente. 
 
3.5. NORMA REGULAMENTADORA 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO 
DE ACIDENTES 
3.5.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
A norma regulamentadora número 5, publicada em 08 de junho de 1978 com 
última atualização em 12 de julho de 2011 pela portaria nº 247 da SIT e prevista pela 
CLT Art. 163 a 165, determina que todas as empresas privadas, públicas, 
sociedades de economia mista, instituições beneficentes, cooperativas, clubes, 
desde que possuam empregados “celetistas” (Regidos pela CLT – Consolidação das 
Leis do Trabalho) devem possuir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
(CIPA). 
O dimensionamento da CIPA depende da Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas (CNAE) pertinentes à instituição e ao número de 
empregados do estabelecimento. 
O objetivo desta Norma Regulamentadora é a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, tornando compatível o trabalho com a preservação 
da saúde do trabalhador. 
A CIPA é composta de um representante da empresa – Presidente 
(designado) e representantes dos empregados, eleitos em escrutínio secreto, com 
mandato de um ano, com direito a uma reeleição e mais um ano de estabilidade. 
Mesmo quando a empresa não precisar ter membros eleitos, de acordo com o 
dimensionamento previsto, esta deverá ter um membro designado pelo empregador. 
Esse designado responderá pelas ações da CIPA na empresa. 
3.5.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
De acordo com o CNPJ da empresa o CNAE é 43.29-1 (obras de instalação 
em construção não especifícados anteriormente) e constatou-se que em relação ao 
Quadro III da NR 5 - Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
(CNAE), correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA, a empresa 
se enquadra no Grupo C-18 .
41 
 
 
Tabela 3 - Relação do CNAE para dimensionamento da CIPA
 
Fonte: Norma Regulamentadora 5, 2011. 
 A empresa deverá eleger os membros da CIPA de acordo com o 
quadro I da NR 5 (Tabela 4), que trata do dimensionamento, a empresa 
deverá cumprir o Processo Eleitoral (intens 5.38 a 5.45 da NR 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
Tabela 4 - Dimensionamento da CIPA 
 
 
Fonte: Norma Regulamentadora 5, 2011. 
 
43 
 
 
Verificou-se que a empresa não possui CIPA constituída. Mesmo a NR 5 
obrigando a empresa dispor de membros da CIPA pelo número de funcionários, a 
empresa não tinha membros da CIPA por desconhecer a obrigatoriedade de se ter 
um membros eleitos, sendo assim, constituindo NÃO CONFORMIDADE aos itens 
5.2 e 5.6.4. 
De acordo com o item 5.2 da norma, que trata da Constituição da CIPA: 
 
5.2. Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la 
em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, 
sociedades de economia mista, órgãos da administração 
direta e indireta, instituições beneficentes, associações 
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que 
admitam trabalhadores como empregados. 
 
3.5.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
A empresa, por se enquadrar no Quadro I da norma, deverá eleger membros 
para a CIPA dentre os seus funcionários de acordo com o Processo eleitoral 
disposto na NR 5 nos (intens 5.38 a 5.45). 
 
3.6. NORMA REGULAMENTADORA 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOINDIVIDUAL 
 
3.6.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS. 
A norma regulamentadora de número 6, Equipamento de Proteção Individual 
– EPI, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização conforme Portaria 
MTE n.º 877, de 24 de outubro de 2018 e prevista pela CLT no Art.166 e 167, tem 
por objetivo relacionar as obrigatoriedades da utilização, liberação e controle dos 
Equipamentos de Proteção Individual. 
 
Conforme o item 6.1 da NR 6, o EPI “é todo dispositivo ou 
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, 
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a 
segurança e a saúde no trabalho”. 
A utilização do EPI é uma medida administrativa quando a empresa não 
44 
 
conseguiu eliminar ou oferecer proteção completa contra os riscos de acidentes do 
trabalho ou de doenças ocupacionais. Para garantir a eficácia do EPI, em seu 
determinado propósito, todos os equipamentos listados no Anexo I da NR 6, 
atualizado pela Portaria n° 194 de 07 de dezembro de 2010, devem passar por 
inspeções de avaliação de conformidade do EPI, conforme determina a Portaria nº 
32 de 08 de janeiro de 2009, sendo assim gerado um número de identificação 
chamado de Certificado de Aprovação (CA), que é um código de informações como 
validade e informações técnicas do equipamento. 
Sem a presença do CA e do Lote de Fabricação no EPI, torna-se ineficaz a 
confiabilidade na qualidade e a possibilidade de rastreabilidade do EPI. 
A determinação dos tipos de EPI que devem ser utilizados no 
estabelecimento, segundo cada circunstância, é etapa de avaliação de outra norma, 
a saber, Norma Regulamentadora 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(PPRA). A NR 6 somente trás, como já comentado, as diretrizes para o controle, 
utilização e liberação do uso de EPI. 
 
3.6.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
 
Durante as inspeções na empresa Flare Engenharia foi constatada a 
utilização de EPI em determinadas etapas das manutenções e instalações para 
minimizar ou eliminar os riscos à segurança e à saúde do trabalhador. Porém na 
grande maioria das das etapas boa parte dos Equipamentos de Proteção Individual 
(EPI), foram dispensadas de maneira voluntária pelos colaboradores. 
A empresa apresenta setores administrativos e setores operacionais como já mencionado 
anteriormente. 
Verificou-se que é exigida pela empresa a utilização de calçados nos moldes 
da NR 6 (item G.1 – a) Calçados para a proteção contra impactos de quedas de 
objetos sobre artelhos, para os colaboradores que trabalham nos setores de 
entregas, instaladores e motoristas. 
Verificou – se também que os entregadores não utilizam o cinturão abdominal 
45 
 
com suspensório com objetivo obter maior estabilidade do colaborador no transporte 
manual de cargas. Os instaladores não utilizam protetores auditivos nos moldes da 
NR 6 (item C.1 – a) nas manutenção e instalações de casas de máquinas de 
incêndio, protetores esses que forneceriam ao colaborador conforto auditivo por se 
encontrarem em ambientes com altos ruidos provocados por bombas de 
pressurização no ato de testes, os instaladores também não utilizam luvas de 
proteção nos moldes da NR 6 (item F.1 - a) Luvas para a prteção das mãos contra 
agentes abrasivos e escoriantes, não utilizam óculos de proteção contra impactos e 
particulas volantes nos moldes da NR 6 (item B.1 a), e não utilizam capacete de 
proteção nos moldes da NR 6 (item A.1 a). 
 Com Base nessas informações a empresa encontra-se NÃO CONFORME 
com o item 6.2 da NR 6. A empresa não forneceu ou não fiscalizou corretamente o 
uso dos Equipamentos de Proteção individual. 
 
3.6.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
A empresa Flare Engenharia apresenta conforme comentado na análise 
acima, a ausencia de utilização de EPI em algumas etapas e também precisa se 
adequar os EPI utilizados para que não estejam em desacordo com a Norma. 
A empresa Flare Engenharia desconhecia a validade de seus EPI, não 
registra a entrega dos mesmos e não orienta os colaboradores quanto a importancia 
e conservação. 
A Flare engenharia deve orientar e registrar a entrega de seus equipamentos 
de proteção individual. 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
 
3.7. NORMA REGULAMENTADORA 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO 
DE SAÚDE OCUPACIONAL 
 
3.7.1. PRINCÍOS GERAIS E OBJETIVOS 
 
A norma regulamentadora de número 7, publicada em 08 de junho de 1978 
com última atualização em 06 de dezembro de 2018 pela Portaria nº 1.031 do MTE 
(Ministério do Trabalho e Emprego), trata do Programa de Controle Médico de 
Saúde Ocupacional (PCMSO). 
Esta norma estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem 
observados na execução do PCMSO assim como a obrigatoriedade e 
responsabilidade do médico coordenador do trabalho, a realização e periodicidade 
de realização dos exames médicos (exame admissional, exame periódico, retorno ao 
trabalho, mudança de função e demissional), a emissão do ASO e os registros das 
informações obtidas a partir das avaliações clínicas. 
 
3.7.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
 
A empresa Flare Engenharia “garante a elaboração e efetiva implementação 
do PCMSO, bem como zela pela sua eficácia” (item 7.3.1 alínea “a” da NR 7) e 
“custeia, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao 
PCMSO” (item 7.3.1 alínea “b” da NR7), estando em CONFORMIDADE com estes 
itens. Sendo o efetivo total de 122 colaboradores e seu grau de risco de número 3, 
conforme verificado na Norma Regulamentadora 4 – SESMT, a empresa está 
desobrigada de possuir um médico do trabalho, conforme Tabela 2 (NR 4) e, 
segundo o item 7.3.1.1.2 da NR 7, fica desobrigada de possuir médico coordenador 
do trabalho, podendo o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não 
da empresa, conforme item 7.3.1.d da NR 7, para coordenar o PCMSO. 
A Tabela 5 apresenta os tipos de exames e a periodicidade de realização dos 
mesmos segundo o PCMSO elaborado pela empresa especializada para a empresa 
47 
 
Flare Engenharia. 
 
Tabela 5 - Tipo de exame e periodicidade da empresa Flare Engenharia 
 
Fonte: adaptação do PCMSO, 2016 
Em relação aos riscos especificados na tabela 5, estes segem os mesmos da 
Norma regulamentadora 9 – Programa de prevenção de Riscos Ambientais. 
A empresa está em CONFORMIDADE com relação à realização periódica dos 
exames médicos, conforme o item 7.4.3 da NR 7 e segundo o cronograma do 
PCMSO pois todos os seus empregados realizam seus exames médicos de acordo 
com o tipo de exame e periodicidade definida pela empresa especializada. Não foi 
constatado, na empresa Flare Engenharia, nenhum caso recente de desligamento, 
mudança de função ou retorno ao trabalho dentre seus empregados, sendo assim os 
48 
 
item 7.4.3.3 ao 7.4.3.5.3 não se aplicam a verificação. 
Para todos os exames médicos realizados pelos empregados da empresa 
Flare Engenharia é gerado o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), sendo 
arquivada a primeira via no local de trabalho e entregue a segunda via ao 
trabalhador mediante recibo na primeira via. Estando em CONFORMIDADE com os 
itens 7.4.4, 7.4.4.1 e 7.4.4.2 da NR 7. O ASO está CONFORME os itens exigidos no 
item 7.4.4.3. 
7.4.4.3 O ASO deverá conter no mínimo: 
a) nome completo do trabalhador, o número de registro de 
sua identidade e sua função; 
b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a 
ausência deles, na atividade do empregado, conforme 
instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança 
e Saúde no Trabalho - SSST; 
c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido 
o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data 
em que foram realizados; 
d) o nome do médico coordenador, quando houver, com 
respectivo CRM; 
e) definição de apto ou inapto para a função específica que o 
trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; 
f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou 
forma de contato; 
g) data e assinatura do médico encarregado doexame e 
carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho 
Regional de Medicina. 
Devido à empresa estar desobrigada de indicar médico coordenador, fica 
dispensada de elaborar o relatório anual. 
A empresa está NÃO CONFORME ao item 7.5.1 da norma, por não possuir 
material destinado a primeiros socorros. 
 
7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com 
material necessário à prestação dos primeiros socorros, (...); 
manter esse material guardado em local adequado e aos 
cuidados de pessoa treinada para esse fim. 
 
3.7.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
A empresa Flare Engenharia tem realizado o controle médico através de 
orientação de empresa especializada, entretanto existem alguns detalhes que 
precisam ser revistos no PCMSO. 
49 
 
Não consta nos exames a necessidade de realização de exames de 
Audiometria (para os riscos de ruído), de Hemograma (para verificação da existência 
de doenças contagiosas como Hepatite, AIDS ou Sífilis) ou de raios-X (para 
verificação de doenças cardíacas). Foi constatado, segundo informações do 
PCMSO, que as atividades de escritório realizam os exames médicos periódicos 
anualmente. Sendo esses sem riscos ou sem situações de trabalho que impliquem 
no desencadeamento ou agravamento de doenças ocupacionais, poderiam ser 
realizados bienalmente para os trabalhadores entre dezoito e quarenta e cinco anos 
de idade, conforme item 7.5.3.2 alínea “b.2” da NR 7. 
A empresa Flare Engenharia também deve manter um prontuário clínico 
médico (item 7.4.5) com os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação 
clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas. Esses 
prontuários devem ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o 
desligamento do trabalhador (item 7.4.5.1). A empresa também deverá adquirir um 
kit de primeiros socorros para casos de emergência. 
 
3.8. NORMA REGULAMENTADORA 8 – EDIFICAÇÕES 
 
3.8.1. PRINCÍPÍOS GERAIS E OBJETIVOS 
 
A norma regulamentadora de número 8, Edificações, publicada em 08 de 
junho de 1978 com última atualização conforme Portaria SIT n.º 222, de 06 de maio 
de 2011 e prevista pela CLT no Art.170 ao Art.174, dispõe sobre os requisitos 
mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e 
conforto aos que nelas trabalham. 
 
3.8.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
 
A empresa Flare Engenharia encontra-se em CONFORMIDADE com os itens 
da NR 8. 
 
50 
 
 
3.8.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
Não há a nessecidade de intervenções no layout bem como na arquitetura, 
pela edificação estar em conformidade com a NR 8. 
 
3.9. NORMA REGULAMENTADORA 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE 
RISCOS AMBIENTAIS 
 
3.9.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
 
A norma regulamentadora de número 9, publicada em 08 de junho de 1978 
com última atualização em 06 de julho de 2017 pela portaria nº 871 do MTb 
(Ministério do Trabalho), trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
(PPRA). Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) a todas as empresas que admitam 
trabalhadores como empregados. 
O PPRA objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, 
através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais 
existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a 
proteção ao meio ambiente e até dos recursos naturais. 
O PPRA é um programa dinâmico e, sendo levado a sério desde sua 
elaboração até a execução das medidas preventivas, pode contribuir de forma bem 
significativa para a organização das ações de prevenção de acidentes e doenças do 
trabalho dentro de cada empresa. 
3.9.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA 
 
Atualmente a empresa Flare Engenharia conhece a obrigatoriedade de 
elaboração e implementação do PPRA. O PPRA analisado na empresa refere-se ao 
período de Setembro de 2017 a Agosto de 2018, já estando vencido o prazo para 
renovação e atualização do mesmo. O item 9.1.3 da NR 09 preconiza que: 
51 
 
 
9.1.3. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo 
das iniciativas da empresa no campo da preservação da 
saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar 
articulado com o disposto nas demais NR, em especial 
com o Programa de Controle Médico de Saúde 
Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7. 
Constatou-se algumas divergências entre o PPRA e o PCMSO, 
principalmente no que diz respeito à identificação dos riscos existentes, em especial 
ao risco físico ruído, esforço e físico. Dessa forma configura-se uma NÃO 
CONFORMIDADE ao disposto no item pela falta de articulação entre os dois 
documentos analisados. 
No que diz respeito ao item 9.2.1, o qual determina a estrutura mínima do 
PPRA, não observou-se não conformidade pois o documento analisado apresenta, 
ainda que de forma simplória, a estrutura requerida pela norma. Observou-se NÃO 
CONFORMIDADE ao item 9.2.1.1 que preconiza que o PPRA deve ser anualmente, 
ou sempre que necessário, analisado, avaliado e ajustado, tendo estabelecidas 
novas metas e prioridades. Cabe ressaltar que o mesmo deveria ter sido atualizado 
no mês de setembro de 2016. Além disso, não consta informação de análises, 
avaliações e ajustes no decorrer do período. 
Constatou-se NÃO CONFORMIDADE ao item 9.2.3 que determina que no 
cronograma deve-se indicar explicitamente os prazos para o desenvolvimento das 
etapas e cumprimento das metas do PPRA. Observou-se que o cronograma (figura 
13) apresentado à empresa estipula o mês para execução de certas atividades, mas 
não deixa claro o prazo para execução e cumprimento das metas. 
 
 
 
 
 
52 
 
 
Figura 13 - Cronograma PPRA 
 
Fonte: PPRA Flare Engenharia, 2018 
Em relação às etapas do PPRA (item 9.3.1) observou-se que a empresa 
contratada para elaboração do mesmo basicamente limitou-se a definições 
constantes na norma e determinações de como seriam ou deveriam ser feitas as 
análises, não desenvolvendo de forma objetiva ou não desenvolvendo o disposto 
nas alíneas ‘a’ a ‘f’ do referido item. Constituindo, dessa forma, uma NÃO 
CONFORMIDADE ao disposto no item e em suas alíneas. 
Não consta no PPRA, durante a fase de antecipação, a análise dos métodos e 
processos de trabalho de modo a identificar os riscos potenciais e as medidas de 
proteção para sua redução ou eliminação contrariamente ao que dispõe o item 9.3.2 
da norma, configurando uma NÃO CONFORMIDADE. Apesar de a empresa Flare 
Engenharia pagar insalubridade em decorrência do risco físico frio e do uso de EPI 
por parte dos funcionários tanto em relação ao risco físico quanto ao ruído, a 
empresa contratada para elaboração do PPRA não 
reconheceu tais riscos. Sendo assim, constitui-se NÃO CONFORMIDADE ao 
item: 
53 
 
9.3.3 e ao disposto em suas alíneas de ‘a’ a ‘h’ que preconiza sobre o 
reconhecimento dos riscos ambientais. 
A avaliação quantitativa foi realizada, segundo consta no PPRA elaborado, 
utilizando-se um Termo/Higro/Decibelímetro/Luxímetro modelo THDL 400, marca 
Instrutherm, com certificado de calibração nº3023/14 emitido em 06/08/2014 que 
apesar de mencionado no PPRA, não consta arquivada a cópia do certificado. O 
único dado que consta no PPRA é o valor obtido pela exposição ao ruído, não 
constando as medições referentes ao frio. Observou-se que não há coerência entre 
os dados obtidos nas medições de ruído na área produtiva e na área administrativa 
uma vez que os valores são praticamente iguais. Nas inspeções realizadas, 
constatou-se que o nível de ruído na área administrativa encontra-se dentro dos 
valores recomendados pela ABNT NBR 10152:1987 (35-45 dB(A)) ao contrário do 
que está registrado no PPRA. Devido à insuficiência e incoerência dos dados 
registrados, observou-se NÃO CONFORMIDADE ao item 9.3.4 e suas alíneas no 
que diz respeito à avaliação quantitativa. 
Em relação às medidas de controle, o PPRA apresenta incoerências 
significativasconforme, sendo que chama a atenção os extintores de incêndio 
determinados como medidas de proteção coletiva. 
Apesar de não reconhecer os riscos, o PPRA sugere como medida de 
controle o uso de EPI. Desconsiderando, inclusive, que o seu uso é uma medida 
administrativa de última instância a ser tomada pela empresa sempre que, segundo 
o item 6.3 da NR 6, houver as seguintes circunstâncias: 
 
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, 
gratuitamente, EPI adequado ao risco, (...), nas seguintes 
circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho 
ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas; e, 
c) para atender a situações de emergência. 
E, em concordância com o disposto no item 6.3 da NR 6, a NR 9 ratifica no 
item 9.3.5.4 que: 
54 
 
9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a 
inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção 
coletiva ou quando estas não forem suficientes ou 
encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou 
implantação, ou ainda em caráter complementar ou 
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, 
obedecendo-se à seguinte hierarquia: 
a) medidas de caráter administrativo ou de organização do 
trabalho; 
b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI”. 
Em decorrência do exposto acima, constatou-se NÃO CONFORMIDADE ao 
item 9.3.5.1 da NR 9 pela falta de adoção de medidas para a eliminação, 
minimização ou o controle dos riscos ambientais que não foram identificados e 
reconhecidos apesar de constatados. Em consequência há NÃO CONFORMIDADE 
aos itens 9.3.5.2, 9.3.5.3 e 9.3.5.4 que tratam da implantação de medidas de 
controle coletivas; ao item 9.3.5.5 e alíneas que preconizam sobre a utilização dos 
EPI que, conforme já mencionado, os empregados possuem disponibilizados e 
fazem uso sem a observância do disposto nas alíneas “a” a “d” do referido item que 
tratam, respectivamente, da seleção do EPI adequado tecnicamente; do programa 
de treinamento dos trabalhadores para uso correto do EPI; do estabelecimento de 
normas ou procedimentos para fornecimento, uso, guarda, higienização, 
conservação, manutenção e reposição do EPI; e da caracterização das funções ou 
atividades dos trabalhadores com a respectiva identificação do EPI a ser utilizado 
em cada uma delas. Observou-se, ainda, NÃO CONFORMIDADE ao item 9.3.5.6 
que determina sobre o estabelecimento de “critérios e mecanismos de avaliação da 
eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas 
avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-7”, uma vez 
que não há avaliação e os dados obtidos são inexistentes ou insuficientes. 
 O item 9.3.6 da NR 9 preconiza sobre o Nível de ação. Em relação a esse 
item, o PPRA analisado limita-se a definições (constantes na norma) uma vez que 
não houve identificação da exposição a agentes ambientais acima dos limites de 
exposição, especificamente ao agente físico ruído. Não se considerou na análise 
feita pela empresa contratada a exposição ao frio. Quanto ao monitoramento (Item 
9.3.7 da NR 9), apesar do PPRA recomendar o uso de EPI, ao invés de medidas de 
proteção coletiva, constatou-se que não há o monitoramento da exposição como 
uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição aos riscos, de modo a introduzir 
ou modificar as medidas de controle. Em entrevistas realizadas com os funcionários 
55 
 
da empresa constatou-se que no decorrer do período do PPRA não há 
acompanhamento, avaliação e monitoramento. 
Sendo assim, observa-se NÃO CONFORMIDADE ao disposto no item 9.3.7.1 
da NR 9. 
O registro dos dados, ainda que não estejam satisfatoriamente apresentados, 
está CONFORME o item 9.3.8. Estando arquivados e disponíveis a todos os 
mencionados na norma. 
Observou-se inconsistência na informação aos trabalhadores sobre os riscos 
ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios 
disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para protegê-los dos mesmos. 
Configurando NÃO CONFORMIDADE ao disposto no item 9.5.2 da NR 9. 
 
3.9.3. ORIENTAÇÕES GERAIS 
 
Visando atender ao item 9.2.1.1 da norma e ao disposto no Capítulo XI do 
PPRA analisado na empresa, recomenda-se que se renove com urgência o PPRA 
para o próximo período anual (2018/2019). Ressaltando-se que, conforme preconiza 
o item 9.3.8.1 da norma, a empresa deverá manter “um registro de dados, 
estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do 
desenvolvimento do PPRA”. Esses dados deverão ser mantidos por no mínimo 20 
(vinte) anos e estar sempre disponíveis aos trabalhadores, seus representantes e 
autoridades competentes. A norma, no item 9.1.3, menciona que: 
 
9.1.3. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das 
iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e 
da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado 
com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO 
previsto na NR-7. 
Sendo assim, recomenda-se uma maior integração entre o PPRA e o 
PCMSO, haja vista que os mesmos possuem informações conflitantes 
56 
 
principalmente no que diz respeito aos riscos existentes na empresa. Para efeito de 
controle e monitoramento, deve-se manter arquivado junto com o PPRA todos os 
resultados quantitativos obtidos nas medições sejam para comprovar ou não a 
existência do risco. Tais resultados devem ser reavaliados quando das avaliações 
realizadas no decorrer do período a fim de verificar a alteração ou não na exposição 
de um eventual risco ambiental que exista ou que possa vir a existir. Recomenda-se 
que se arquive a cópia do certificado de calibração dos equipamentos utilizados e a 
metodologia detalhada que foi empregada. Recomenda-se que a empresa que por 
ventura venha a ser contratada para elaboração dos próximos PPRA seja mais 
criteriosa na antecipação e reconhecimento dos riscos, pois no período de realização 
das inspeções na empresa constatou-se a existência de riscos não reconhecidos 
pela empresa contratada na elaboração do PPRA vigente. Essa análise mais 
criteriosa visa, principalmente, no reconhecimento dos riscos procurar as medidas 
administrativas ou proteções coletivas ideais no intuito de minimizar ou eliminar os 
riscos sem que se faça necessário o uso de EPI, deixando o uso destes como última 
medida a ser adotada no caso da impossibilidade de outras medidas ou no caso 
destas serem insuficientes. 
A empresa Flare Engenharia deve acompanhar o disposto no PPRA e fazer 
cumprir o que lhe couber, cobrando dos responsáveis as ações necessárias para o 
cumprimento das etapas dispostas no cronograma. Como exemplo disto, nas 
Disposições Finais do PPRA analisado, a empresa contratada estipula uma 
avaliação trimestral do PPRA para verificar o andamento dos trabalhos e o 
cumprimento das metas estabelecidas no cronograma. Durante as inspeções e 
entrevistas realizadas com os funcionários, constatou-se que não ocorre essa 
avaliação. 
Por fim, recomenda-se também uma revisão cuidadosa do relatório 
desenvolvido no PPRA de modo a evitar informações incorretas como a encontrada 
no Capítulo IX, página 9, do PPRA analisado na empres, onde é descrita a atividade 
da empresa como sendo de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios. 
 
 
57 
 
3.10. NORMA REGULAMENTADORA 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E 
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 
 
3.10.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS 
 
A norma regulamentadora de número 10, publicada em 08 de junho de 1978 
com última atualização em 29 de abril de 2016 pela portaria nº508 do MTPS 
(Ministério do Trabalho e Previdência Social), estabelece os requisitos e condições 
mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas 
preventivos, de forma a garantir a segurança

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