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FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUSA PÓS GRADUAÇÃO ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO DIEGO DE ALMEIDA RIBEIRO ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO EM UMA EMPRESA COM SERVIÇOS DE ENGENHARIA RIO DE JANEIRO 2019 DIEGO DE ALMEIDA RIBEIRO ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO EM UMA EMPRESA COM SERVIÇOS DE ENGENHARIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO À FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA COMO REQUISITO PARCIAL Á OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO. ORIENTADOR: PROFESSOR XXXXX ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO EM UMA EMPRESA DE SERVIÇOS ENGENHARIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO À FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA COMO REQUISITO PARCIAL Á OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO. ORIENTADOR: PROFESSOR XXXXX Aprovada em Rio de Janeiro, _____ de _____________ de 2019. BANCA EXAMINADORA: ______________________________________________ Professor <Incluir Título e Nome Professor Orientador>. FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA ______________________________________________ Professor <Incluir Título e Nome Professor Orientador>. FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA ______________________________________________ Professor <Incluir Título e Nome Professor Convidado>. FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA ______________________________________________ Professor <Incluir Título e Nome Professor Convidado>. FACULDADES INTEGRADAS SILVA E SOUZA AGRADECIMENTOS A Deus por ter nos dado saúde e força para superar as dificuldades. Agradeço as pessoas que diretamente e indiretamente contribuíram tecnicamente e emocionalmente para a conclusão desse trabalho. Ao Robson Fidelis e Fátima Pacheco por contribuírem tecnicamente mesmo que informalmente e por sempre me apoiarem. Marcelo Bento grande amigo e companheiro acadêmico e profissional, que foi fundamental para a conclusão de todo o curso. E por fim agradeço as pessoas que são o motivo de eu ter passado por tudo isso, e que com certeza sem eles nada disso teria acontecido. Meus pais, em especial a minha mãe Lucia Ferreira que trabalhou muito para isso acontecer, me deu apoio emocional, financeiro e logístico. Patricia Fidelis minha esposa pela paciência e apoio durante essa jornada. Caleb Ribeiro meu filho que me deu um fôlego a mais para continuar, a vocês o meu muito obrigado. DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a todos os profissionais da área de saúde e segurança do trabalho, engenheiros, arquitetos e técnicos. “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo a levantar-se. Mas pobre do homem que cai e não tem quem o ajude a levantar- se!” (Eclesiastes 4:9-10). RESUMO O trabalho, quando realizado sem as devidas condições de segurança e conforto, pode gerar doenças, danos à integridade física e até mesmo a morte dos colaboradores. Assim, faz-se necessário a implantação de técnicas para o controle e prevenção de acidentes advindos do processo produtivo, através da segurança do trabalho, as quais vêm sendo o centro das atenções e preocupações de muitos empresários, governos, sindicatos e trabalhadores. Nesse trabalho foi feita uma abordagem dos riscos existentes na atividade produtiva de uma empresa do ramo de engenharia, voltada para instalação e manutenção de sistemas de combate a incêndio. O objetivo proposto foi avaliar as conformidades da empresa em relação à legislação trabalhista, mais especificamente às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho em concordância com demais legislações. Para isto foram realizadas inspeções na empresa, entrevistas com funcionários e análise de documentos. Como resultados finais desse trabalho, gerou-se um relatório detalhado das não conformidades encontradas. Palavras-chave: Engenharia de Segurança, Normas Regulamentadoras, Serviços de Engenharia. ABSTRACT The work, when performed without the necessary conditions of safety and comfort, can generate illnesses, damages to the physical integrity and even the death of the collaborators. Thus, it is necessary to implement techniques for the control and prevention of accidents arising from the productive process, through work safety, which have been the focus of attention and concern of many entrepreneurs, governments, unions and workers. In this work an approach was taken to the existing risks in the productive activity of an engineering company, focused on the installation and maintenance of fire fighting systems. The objective of this study was to evaluate the company's compliance with labor legislation, specifically to the Labor Market Regulatory Norms in accordance with other legislation. Inspections were carried out at the company, interviews with employees and analysis of documents. As final results of this work, a detailed report of the nonconformities found was generated Keywords: Safety Engineering, Regulatory Standards, Engineering Services . LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Instalações da Empresa flare Engenharia .............................................................. 23 Figura 2 - Organograma da Empresa Flare Engenharia ......................................................... 23 Figura 3 - Sala da Engenharia / Gerência ............................................................................... 24 Figura 4 - Sala do Setor Comercial .......................................................................................... 25 Figura 5 - Banheiro do Setor de Engenharia/Comercial.......................................................... 26 Figura 6 - Banheiro do Setor de Engenharia/ Comercial - Box ............................................... 26 Figura 7 - Elaboração da documentação Para a Liberação da Instalação/Manutenção ........ 27 Figura 8 - Separação do Material Para a Manuteção/Instalação ............................................ 28 Figura 9 - Execução da Instalação/Manutenção ..................................................................... 29 Figura 10 - Teste Do Sistema De Combate a Incêndio ........................................................... 29 Figura 11 - Modelo de Declaração de Instalação .................................................................... 33 Figura 12 - Cartão de CNPJ da empresa Flare Engenharia ................................................... 36 Figura 13 - Cronograma PPRA ................................................................................................ 52 Figura 14 - Identificação das instalações sanitárias ................................................................ 70 Figura 15 - Higienização das instalações sanitárias ............................................................... 71 Figura 16 - Higienização das instalações Sanitárias ............................................................... 71 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Quadro II da norma regulamentadora 4 ................................................................. 37 Tabela 2 - Tabela de dias debitados ........................................................................................ 39 Tabela 3 - Relação do CNAE para dimensionamento da CIPA .............................................. 41 Tabela 4 - Dimensionamento da CIPA .................................................................................... 42 Tabela 5 - Tipo de exame e periodicidade da empresa Flare Engenharia ............................. 47 Tabela6 - Gradação de Multas ................................................................................................ 76 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1 - Taxa de Frequência ............................................................................................. 38 Equação 2 - Taxa de gravidade ............................................................................................... 38 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ART – Anotação de Responsabilidade Técnica Art. – Artigo ASO – Atestado de Saúde Ocupacional CA – Certificado de Aprovação CAEPI – Certificado de Aprovação de Equipamento de Proteção Individual CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados CAI – Certificado de Aprovação de Instalações CBMERJ – Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CLT – Consolidação das Leis do Trabalho CNAE – Cadastro Nacional de Atividades Econômicas CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica COSCIP – Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social dB – Decibéis DOU – Diário Oficial da União EPI – Equipamento de Proteção Individual FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat de Figueiredo de Segurança e Medicinado Trabalho GM – Gabinete do Ministro IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística kW – Kilowatt kWh – Kilowatt-hora MTb – Ministério do Trabalho MTE – Ministério do Trabalho e Emprego MTPS – Ministério do Trabalho e Previdência Social NBR – Norma Brasileira Regulamentadora NR – Norma Regulamentadora NRRsf – Nível de Redução do Ruído subject fit (Colocação subjetiva) ºC – Grau Celsius PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais QDLF – Quadro de Distribuição de Luz e Força RSE – Resíduos Sólidos Especiais RULA – Rapid Upper Limb Assessment SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho SIT – Secretaria de Inspeção do Trabalho SRTE – Superintendência Regional do Trabalho e Emprego SSMT – Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho SSST – Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SST – Segurança e Saúde do Trabalho UFIR – Unidade Fiscal de Referência SUMÁRIO AGRADECIMENTOS ............................................................................................... 4 RESUMO .................................................................................................................. 7 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................ 9 LISTA DE TABELAS ............................................................................................. 10 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................................................. 12 SUMÁRIO .............................................................................................................. 12 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 18 1. DADOS GERAIS DO TRABALHO .......................................................... 20 1.1. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO ........................................................ 20 1.2. OBJETIVOS DO TRABALHO ................................................................. 20 1.3. METODOLOGIA ...................................................................................... 21 1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................ 22 2. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA ...................................................... 22 2.1. HISTÓRICO ............................................................................................. 22 2.2. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA ................................ 24 2.3. PROCESSO PRODUTIVO DA EMPRESA .............................................. 27 3. AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE E DA CONFORMIDADE LEGAL .. 30 3.1. NORMA REGULAMENTADORA 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS ............... 30 3.1.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 30 3.1.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 31 3.1.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 32 3.2. NORMA REGULAMENTADORA 2 - INSPEÇÃO PRÉVIA ...................... 32 3.2.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 32 3.2.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 33 3.2.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 33 3.3. NORMA REGULAMENTADORA 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO ....... 34 3.3.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 34 3.3.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 34 3.3.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 35 3.4. NORMA REGULAMENTADORA 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO .... 35 3.4.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 35 3.4.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 36 3.4.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 37 3.5. NORMA REGULAMENTADORA 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES ............................................................... 40 3.5.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 40 3.5.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 40 3.5.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 43 3.6. NORMA REGULAMENTADORA 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ............................................................................................ 43 3.6.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS. .................................................... 43 3.6.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 44 3.6.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 45 3.7. NORMA REGULAMENTADORA 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL .................................................... 46 3.7.1. PRINCÍOS GERAIS E OBJETIVOS ........................................................ 46 3.7.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 46 3.7.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 48 3.8. NORMA REGULAMENTADORA 8 – EDIFICAÇÕES ............................. 49 3.8.1. PRINCÍPÍOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 49 3.8.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 49 3.8.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 50 3.9. NORMA REGULAMENTADORA 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ............................................................................ 50 3.9.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 50 3.9.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 50 3.9.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 55 3.10. NORMA REGULAMENTADORA 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE ......................................................... 57 3.10.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS..................................................... 57 3.10.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 57 3.10.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 57 3.11. NORMA REGULAMENTADORA 11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS ... 58 3.11.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 58 3.11.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 58 3.11.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 58 3.12. NORMA REGULAMENTADORA 12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ............................................................ 59 3.12.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 59 3.12.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 59 3.12.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 60 3.13. NORMA REGULAMENTADORA 13 –CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES .................................................................. 60 3.13.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 60 3.13.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 61 3.13.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 61 3.14. NORMA REGULAMENTADORA 14 – FORNOS .................................... 61 3.14.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 61 3.14.2. ANÁLISE DE APLICABILIDADE ............................................................ 61 3.14.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 61 3.15. NORMA REGULAMENTADORA 15 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ......................................................................................... 62 3.15.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 62 3.15.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 62 3.15.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 62 3.16. NORMA REGULAMENTADORA 16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS ........................................................................................... 62 3.16.1. PRINCÍOS GERAIS E OBJETIVOS ........................................................ 62 3.16.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 63 3.16.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 63 3.17. NORMA REGULAMENTADORA 17 – ERGONOMIA ............................. 63 3.17.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 63 3.17.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 64 3.17.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 65 3.18. NORMA REGULAMENTADORA 18 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO ............................ 65 3.18.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 65 3.18.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 65 3.18.3. ORIENTAÇOES GERAIS ........................................................................ 66 3.19. NORMA REGULAMENTADORA 19 – EXPLOXIVOS ............................. 66 3.19.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 66 3.19.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 66 3.19.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 66 3.20. NORMA REGULAMENTADORA 10 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO COM INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS ........................... 66 3.20.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 66 3.20.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 67 3.20.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 67 3.21. NORMA REGULAMENTADORA 21 – TRABALHO A CÉU ABERTO .... 67 3.21.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 67 3.21.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 67 3.21.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 67 3.22. NORMA REGULAMENTADORA 22 – SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO ......................................................... 68 3.22.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 68 3.22.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 68 3.22.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 68 3.23. NORMA REGULAMENTADORA 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ................................................................................................................ 68 3.23.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 68 3.23.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 69 3.23.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 69 3.24. NORMA REGULAMENTADORA 24 – CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO........................................... 69 3.24.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 69 3.24.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 69 3.24.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 72 3.25. NORMA REGULAMENTADORA 25 – RESÍDUOS INDUSTRIAIS ......... 72 3.25.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 72 3.25.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 73 3.25.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 73 3.26. NORMA REGULAMENTADORA 26 – SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ................................................................................................................ 73 3.26.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 73 3.26.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE ............................................................... 74 3.26.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 74 3.27. NORMA REGULAMENTADORA 27 – REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................ 74 3.27.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 74 3.27.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 74 3.27.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 75 3.28. NORMA REGULAMENTADORA 28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES ................................................................................................................ 75 3.28.1. PRINCIPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 75 3.28.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 75 3.28.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 76 3.29. NORMA REGULAMENTADORA 29 – NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO .................. 76 3.29.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 76 3.29.2.ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 77 3.29.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 77 3.30. NORMA REGULAMENTADORA 30 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO AQUAVIÁRIO ..................................................................... 77 3.30.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 77 3.30.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 77 3.30.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 77 3.31. NORMA REGULAMENTADORA 31 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQUICULTURA ................................... 78 3.31.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 78 3.31.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 78 3.31.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 78 3.32. NORMA REGULAMENTADORA 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOI EM SERVIÇOS DE SAÚDE ............................................... 78 3.32.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 78 3.32.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 79 3.32.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 79 3.33. NORMA REGULAMENTADORA 33 – SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS ......................................... 79 3.33.1. PRINCÍPIOS GFERAIS E OBJETIVOS ................................................... 79 3.33.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 80 3.33.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 80 3.34. NORMA REGULAMENTADORA 34 – CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO E REPARAÇÃO NAVAL .................................................................................................... 80 3.34.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 80 3.34.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 80 3.34.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 80 3.35. NORMA REGULAMENTADORA 35 – TRABALHO EM ALTURA .......... 81 3.35.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 81 3.35.2. ANÁLISE DE APLICABILIDADE NA EMPRESA .................................... 81 3.35.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 81 3.36. NORMA REGULAMENTADORA 36 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS ........................................................................ 81 3.36.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 81 3.36.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 82 3.36.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 82 3.37. NORMA REGULAMENTADORA 37 – SEGURANÇA E SAÚDE EM PLATAFORMAS DE PETRÓLEO ........................................................... 82 3.37.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS ..................................................... 82 3.37.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA ...................................... 83 3.37.3. ORIENTAÇÕES GERAIS ........................................................................ 83 4. CONCLUSÃO .......................................................................................... 83 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 84 18 INTRODUÇÃO A Revolução Industrial foi o acontecimento histórico que desencadeou o aumento dos problemas de saúde relacionados com as atividades no trabalho. Os riscos nas atividades de trabalho, cresceram com a utilização das máquinas a vapor, tendo como consequência a produção em larga escala e o aumento da jornada de trabalho que chegava até 16 horas. Consequentemente os lucros aumentaram e cada vez mais vários empresários passaram a investir em indústrias em todo o mundo. Como é de se imaginar, as indústrias possuíam condições de trabalhos péssimas e eram localizadas em ambientes impróprios. Além disso, a utilização de mão de obra infantil e de mulheres era comum. O resultado desse cenário foi o enorme número de doenças, acidentes de trabalho, mutilações e mortes. Com isso, foram surgindo os primeiros movimentos operários contra as péssimas condições de trabalho e ambientes insalubres. Os trabalhadores passaram a se organizar em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses. Após muitas revoltas, começaram então a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho, que inicialmente se voltavam apenas para crianças e mulheres. É possível perceber, com isso, que a motivação para todas as leis foram os trabalhadores que através da não aceitação do que era imposto, lutaram para conseguir melhorias e qualidade de vida. No Brasil, a evolução da segurança do trabalho aconteceu mais tarde do que na Europa, uma vez que a nossa revolução industrial começou por volta de 1930. O país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de agrária para industrial. Nessa época, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, iniciou o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos com a criação da CLT, em 1943. A partir daí, outras medidas foram realizadas em benefício dos Trabalhadores, como a criação da Lei 8213, que regulamentou os planos de benefícios da Previdência Social, incluindo os benefícios dos Trabalhadores vítimas de Acidentes do Trabalho. 19 Mediante a isso, é importante que as empresas verifiquem como se encontram suas instalações, adequem-se e regularizem-se para atendimento às exigências das normas regulamentadoras, não só para que não venham a sofrer multas ou paralisação de suas atividades pelo MTPS, mas também, e principalmente, para poder dar as condições de trabalho, com saúde e segurança, a todos os seus trabalhadores. 20 1. DADOS GERAIS DO TRABALHO 1.1. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO O trabalho apresentado a seguir foi desenvolvido a partir das avaliações realizadas na empresa Flare Engenharia que atua no setor de engenharia de Sistema de combate a incêndio e pânico, com o intuito de verificar a sua aderência às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e demais órgãos envolvidos em sua atividade principal. 1.2. OBJETIVOS DO TRABALHO 1.2.1. OBJETIVO GERAL O presente trabalho tem como objetivo geral a aplicação dos conhecimentos adquiridos no Curso de Pós-Graduação de Engenharia de Segurança do Trabalho, de forma a realizar uma avaliação do estabelecimento em relação ao cumprimento das normas de segurança e saúde do trabalho, com o intuito de gerar um ambiente mais seguro aos empregados. 1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Dentre os objetivos específicos destacam-se: Localizar as possíveis não conformidades em relação às normas regulamentadoras e leis aplicáveis; Realizar a avaliação dos documentos legais existentes, como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) entre outros; Orientações e/ou recomendações a serem feitas para a empresa de modo a atender aos requisitos legais Gerar uma amostra das possíveis multas oriundas da avaliação realizada no atual cenário da empresa. 21 1.3. METODOLOGIA A metodologia adotada para elaboração do presente trabalho foi conduzida, em primeira instância, a partir da verificaçãode todos os documentos da empresa que estivessem relacionados às normas ou leis aplicáveis para que então, e posteriormente, fossem feitas inspeções das instalações, avaliação da rotina produtiva da empresa e entrevistas com os empregados de forma a verificar as informações pertinentes. Durante o processo, todas as inspeções foram registradas através de fotografias buscando sempre resguardar a privacidade e a identidade não só dos empregados como também da própria empresa. Ao final de cada avaliação, as informações coletadas eram repassadas ao gerente da empresa de forma a não haver nenhuma discordância do aqui registrado em relação à percepção da empresa. Por fim, foi gerado relatório de não conformidades com sugestões para que a empresa se regularize. 22 1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO O trabalho é composto pela seguinte estrutura: No Capítulo 1 é apresentada a estrutura, objetivo e metodologia utilizados na realização desse trabalho; No Capítulo 2 é apresentado um breve histórico da empresa e as suas características de forma a descrever suas instalações e seu processo produtivo; No Capítulo 3 é apresentado o estudo de verificação da aplicação das normas regulamentadoras no estabelecimento; O Capítulo 4 é destinado ao plano de ação para tratativa dos itens não conformes apontados durante as inspeções; O Capítulo 5 dedica-se as conclusões realizadas a partir das avaliações feitas; E por fim, encontra-se a lista das referências bibliográficas utilizadas para conteúdo técnico do trabalho, os anexos pertinentes e os apêndices, que seriam os materiais elaborados para utilização da empresa. 2. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA 2.1. HISTÓRICO A empresa Flare Engenharia, que foi o objeto de estudo em relação à aplicação das normas regulamentadoras, é uma empresa do ramo de engenharia que possui mais de 2 anos de mercado e é voltada, para os ramos de engenharia elétrica e engenharia de incêndio. As instalações da empresa (Figura 1) se encontram em localidade de fácil acesso em um bairro industrial do Rio de Janeiro. 23 Figura 1 - Instalações da Empresa flare Engenharia Fonte: O Autor, 2019. A Empresa conta com um efetivo de 122 funcionários, sendo 10 no setor de vendas, 10 no setor projetos, 5 auxiliares administrativos, 4 no setor financeiro, 2 setor de RH, 2 no setor juridico/contratos, 2 na logística, 3 na gerência e 84 funcionários em operações entre instaladores, entregadores e motoristas. Figura 2 - Organograma da Empresa Flare Engenharia Fonte: O Autor, 2019 (10) 24 2.2. DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA EMPRESA A empresa Flare possui uma instalação de aproximadamente 211m2 (duzentos e onze metros quadrados) de área construída, com dois pavimentos. No 1º Pavimento concentra-se a área de operação e estocagem de materiais maiores. No 2º Pavimento encontra-se a Administração da empresa. As principais áreas que constituem as instalações são a Área Engenharia, Área comercial. Para Área engenharia/comercial se dispoem de um banheiro para ambos os sexos, ambas as salas as dispõe também de condicionador de ar. O piso cerâmico é de fácil limpeza e manutenção. Figura 3 - Sala da Engenharia / Gerência Fonte: O Autor, 2019. 25 A sala do Setor de Engenharia (Figura 3) possui 3 mesas de trabalho. Assim como a sala do setor comercial, também possui iluminação e ventilação naturais disponíveis pela janela existente na lateral do prédio e dispõe também de condicionador de ar. O piso cerâmico é o mesmo da sala do comercial. A iluminação de ambas as salas é adequada às atividades exercidas. Figura 4 - Sala do Setor Comercial Fonte: O Autor, 2019. O banheiro dos setores Engenharia/Comercial (Figura 5), de utilização por ambos os sexos, dispõe de vaso sanitário, lavatório e equipamentos adequados à boa higiene, papeleiras protegidas tanto para o vaso sanitário quanto para o enxugo de mãos e rosto e saboneteira a lixeira não dispoe de padaleira algo que Segundo a gerencia sera alterado. Possui ventilação e iluminação naturais e revestimentos adequados à limpeza e manutenção. 26 Figura 5 - Banheiro do Setor de Engenharia/Comercial Fonte: O Autor, 2019 Figura 6 - Banheiro do Setor de Engenharia/ Comercial - Box Fonte: O Autor, 2019. 27 2.3. PROCESSO PRODUTIVO DA EMPRESA A empresa Flare Engenharia começa suas atividades produtivas a partir das 08h30min da manhã. Segue o inicio do processo para atendimento do cliente, é relizado um visita técnica previamente agendada e documentada via ordem de serviço, apos aceite da proposta seguimos o processo de preenchimento da documentação necessaria para realização do serviço, são essas ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) devidamente fornecida pela Engenheiro de Segurança do quadro da empresa e CRG (certificado de responsabilidade e garantia) Figura 7 - Elaboração da documentação Para a Liberação da Instalação/Manutenção Fonte: O Autor, 2019. Apos elaboraçao de documentação e dado sequencia no processo de separação de material para realização da obra. 28 Figura 8 - Separação do Material Para a Manuteção/Instalação Fonte: O Autor, 2019. Apos separação de todo material o tecnico responsavel pela OS irá ate o local de instalçao para realização dos serviços e fechamento da OS. 29 Figura 9 - Execução da Instalação/Manutenção Fonte: O Autor, 2019. Figura 10 - Teste Do Sistema De Combate a Incêndio Fonte: O Autor, 2019. 30 3. AVALIAÇÃO DA APLICABILIDADE E DA CONFORMIDADE LEGAL O objetivo dessa seção é apresentar a análise realizada na empresa Flare Engenharia a partir das inspeções realizadas, dentre os meses de janeiro a maio de 2019, com a finalidade de identificar a aderência das normas regulamentadoras aplicáveis em função das respectivas atividades da empresa. Para tanto, foram analisados os itens de cada norma regulamentadora, as quais estão basicamente divididas em: Princípios Gerais e Objetivos; Análise e Aplicabilidade na Empresa; e Orientações Gerais. No item Princípios Gerais e Objetivos é apresentado um breve resumo do que se trata a norma analisada e seu embasamento legal. Além de descrever, quando for o caso, quais itens serão vistos durante a análise. No item seguinte, Análise e Aplicabilidade na Empresa, é realizada a verificação da CONFORMIDADE (atendimento aos requisitos) e NÃO CONFORMIDADE (descumprimento aos requisitos) em relação aos itens normativos. Por fim, no item Orientações Gerais é feita uma análise geral em relação aos itens normativos analisados anteriormente de forma a dar orientações ou traçar planos de ação para a empresa conseguir atender aos itens que não estejam sendo atendidos. 3.1. NORMA REGULAMENTADORA 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS 3.1.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 1, Disposições Gerais, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização em 04 de março de 2009 pela portaria nº 84 da SIT, determina que as Normas Regulamentadoras (NR), relativas à segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam empregados regidos de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A NR 1 determina que a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades relacionadas à Segurança do Trabalho, dá competência às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) e determina as responsabilidades do empregador e a dos empregados. 31 3.1.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA Conforme o item 1.6 da presente Norma cabe ressaltar algumas definições para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras pertinentesà empresa Flare Engenharia: 1.6. a) empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços; b) empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário; c) empresa, o estabelecimento, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos; d) estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório; e) setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento; (...) h) local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos. A empresa Flare Engenharia é uma empresa privada que possui empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sendo assim torna-se obrigatória a observância às Normas Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho conforme estabelece o item 1.1 da presente norma. Observou-se que a empresa desconhece grande parte das Normas Regulamentadoras bem como seus conteúdos. No que cabe ao empregador, conforme item 1.7, constatou-se NÃO CONFORMIDADE a algumas alíneas do referido item. A alínea ‘a’ determina que o empregador deve “cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho”; Conforme já mencionado, a empresa desconhece algumas normas e/ou seu conteúdo. A alínea ‘c’ e seus incisos determinam a obrigatoriedade de algumas informações aos trabalhadores. De acordo com observações feitas em outras normas desse relatório, observou-se a NÃO CONFORMIDADE aos incisos I e II, que tratam respectivamente da informação aos riscos profissionais que possam originar- se nos locais de trabalho e os meios para prevenir e limitar tais riscos bem como as medidas adotadas pela empresa. Constatou-se que não existe nenhum tipo de 32 informação sobre os riscos, meios de prevenção e limitação dos mesmos. Por fim, a alínea ‘e’ preconiza a determinação de procedimentos a serem adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. Não consta registro destes procedimentos. 3.1.3. ORIENTAÇÕES GERAIS Por estar enquadrada na obrigatoriedade de observância às Normas Regulamentadoras, a empresa Flare Engenharia deverá atender ao disposto nesta Norma e nas demais que couberem à empresa. Conforme item o 1.9 da presente Norma, o não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. Como forma de orientação, anexo a este relatório encontra-se um modelo de Ordem de Serviço (Apêndice A). Em relação às dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das Normas Regulamentadoras, estes serão decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho – SSMT, conforme determina o item 1.10 da NR 1. 3.2. NORMA REGULAMENTADORA 2 - INSPEÇÃO PRÉVIA 3.2.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 2, Inspeção Prévia, publicada em 08 de junho de 1978 e atualizada conforme a Portaria SSMT n.º 35, de 28 de dezembro de 1983 e prevista pela CLT no Art.160, determina que nenhum estabelecimento inicie suas atividades sem prévia inspeção e aprovação das respectivas instalações pelo órgão regional do MTb. A realização da inspeção prévia do órgão regional do MTb deverá ocorrer com o intuito de assegurar que os novos estabelecimentos iniciem suas atividades livres de riscos de acidentes e/ou doenças do trabalho. A partir da inspeção prévia, realizada e aprovada, é então emitido o Certificado de Aprovação de Instalações – CAI. Quando não for possível a realização da inspeção prévia por parte do órgão regional a empresa poderá encaminhar ao MTb regional uma declaração das instalações do estabelecimento. A norma regulamentadora também determina que se deva comunicar e 33 solicitar nova aprovação do órgão regional caso ocorram modificações substanciais nas instalações e/ou nos equipamentos da empresa. 3.2.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA A empresa Flare Engenharia informou que desde o início de suas atividades nunca foi realizada ou fez solicitação da inspeção prévia de seu estabelecimento ao órgão regional, assim como não realizou (por desconhecimento) a Declaração das Instalações. Sendo assim, a empresa não possui o Certificado de Aprovação de Instalações – CAI. 3.2.3. ORIENTAÇÕES GERAIS Para cumprimento do item 2.3 da NR 2 que preconiza que “a empresa poderá encaminhar ao órgão regional do MTb uma declaração das instalações do estabelecimento novo, (...), quando não for possível realizar a inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar suas atividades”, orienta-se que a empresa realize a Declaração das Instalações conforme modelo determinado em norma (Figura 9) e que o mesmo seja destinado ao órgão regional do MTb. Figura 11 - Modelo de Declaração de Instalação Fonte: Norma Regulamentadora 2, 1983. 34 De acordo com a Norma Regulamentadora 28 - Fiscalização e Penalidades, a norma regulamentadora que determina a inspeção prévia (NR 2) não institui nenhuma infração ao descumprimento de seus itens. Entretanto, para atendimento ao item 1.7a da NR 1 - Disposições Gerais, que determina “Cabe ao empregador cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho”, entende-se que é de obrigatoriedade o atendimento de todos os itens das NR independente da geração de alguma penalidade ou não. 3.3. NORMA REGULAMENTADORA 3 - EMBARGO OU INTERDIÇÃO 3.3.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 3, Embargo ou Interdição, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização em 17 de janeiro de 2011 pela portaria nº199 da SIT, trata do Embargo ou Interdição quando constatada situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. Além das definições pertinentes, a norma diz que a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) poderá interditar ou embargar o estabelecimento, as máquinas, setor de serviços ou obra se os mesmos demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para a regularização das irregularidades constatadas. Em caso de interdição ou embargo em um determinado setor, maquinário ou em toda a empresa, os empregados receberão os salários como se estivessem em efetivo serviço. 3.3.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA Se tratando de um empresa de obras de engenharia foram analisados riscos que se enquadrariam na NR3, foram constatadas situações de trabalho que podem vir a caracterizar risco grave e iminente ao trabalhador e que, no caso de uma inspeção trabalhista pelo órgão competente, seria motivo para uma situação de interdição, a qual implicaria a paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de serviço. 35 3.3.3. ORIENTAÇÕES GERAIS Por se tratar de uma empresa de pequeno porte, uma interdição poderia comprometer a sua produtividade, acarretando sérios prejuízos comerciais à empresa. Portanto, é importante que a empresa busque adequar, principalmente, seus equipamentos, em relação aos itens normativos. Tais situações são abordadas no decorrer deste trabalho. 3.4. NORMA REGULAMENTADORA 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM MEDICINA DO TRABALHO 3.4.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 4, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização pela Portaria MTPS n.º 510, de 29 de abril de 2016, e prevista pelaCLT no Art.162, determina que todas as empresas privadas e públicas da administração direta e indireta e dos poderes legislativos e judiciários que possuam empregados regidos pela CLT deverão manter obrigatoriamente o SESMT. Conforme item 4.4 da NR4, o SESMT pode ser composto por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho. A necessidade de ter-se um desses profissionais no quadro técnico da empresa ocorre em função da gradação do risco da atividade principal e ao número de empregados do estabelecimento, observado as exceções previstas na NR. O SESMT deve aplicar seus conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho de modo a reduzir até eliminar os riscos existentes à saúde do trabalhador, conscientizar os empregados sobre acidentes e doenças ocupacionais, manter entrosamento com os membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) entre outras atribuições que possuem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. 36 3.4.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA Conforme o item 4.2 da NR4, o SESMT deve ser dimensionado segundo a gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento. Uma das informações necessárias para determinação da gradação do risco é a atividade principal do estabelecimento que é determinada a partir do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. Essa informação pode ser encontrada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ da empresa (Figura 30). Figura 12 - Cartão de CNPJ da empresa Flare Engenharia Fonte: Receita Federal, 2019. 37 A empresa Flare Engenharia, como pode ser visto em seu Cartão do CNPJ (Figura 30), possui o CNAE de número 72.12-0-00 – Serviços de Engenharia. De posse dessa informação determinou-se o grau de risco da empresa Flare Engenharia. Sendo assim, verifica-se que o Grau de Risco da empresa Flare Engenharia é classificado como de número 3 (três). Para o dimensionamento do SESMT ainda necessita-se do número total de empregados. Na empresa possuem 120 trabalhadores. Tabela 1 - Quadro II da norma regulamentadora 4 Fonte: Norma Regulamentadora 4, 2019. Conforme o Quadro II da NR 4, tendo a empresa Flare engenharia um número de empregados acima de 101 empregados irá contar com 1 (um) Técnico de segurança em seu SESMT. 3.4.3. ORIENTAÇÕES GERAIS A empresa Flare Engenharia não atende às exigências do item 4.12, alíneas “a” até “l” da NR 4, em específico ao item 4.12 alínea “i” que determina: 38 4.12 (i) Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI (...). Portanto a empresa precisa registrar os eventos que ocorrerem em seu estabelecimento, conforme os Quadros da NR4 (Anexo 2). Importante atentar para o Quadro III da NR4 para cálculo da Taxa de Frequência e a Taxa de Gravidade do risco de acidentes a qual os seus empregados estão expostos. A taxa de frequência (Equação 1), conforme a ABNT NBR 14280:2001, é o número de acidentes por milhão de horas-homem de exposição ao risco em determinado período. Equação 1 - Taxa de Frequência 𝑇𝐹 = N x 1.000.000 𝐻𝐻𝐸𝑅 Onde: TF = Taxa de Frequência; N = Número de Afastamentos; HHER = Horas-Homem de Exposição ao Risco (Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período). A taxa de gravidade (Equação 2), conforme a ABNT NBR 14280:2001, é o tempo computado por milhão de horas-homem de exposição ao risco em determinado período. Equação 2 - Taxa de gravidade TG = 𝑇𝐶 𝑥 1.000.000 𝐻𝐻𝐸𝑅 39 Onde: TG = Taxa de Gravidade TC= Tempo Computado (Tempo contado em “dias perdidos, pelos acidentados, com incapacidade temporária total” mais os “dias debitados pelos acidentados vítimas de morte ou incapacidade permanente, total ou parcial (Tabela 2) ”); HHER = Horas-Homem de Exposição ao Risco (Somatório das horas durante as quais os empregados ficam à disposição do empregador, em determinado período). Tabela 2 - Tabela de dias debitados Fonte: ABNT NBR 14280:2001 Com o controle desses indicadores a empresa poderá determinar a frequência com que seus empregados têm sofrido acidente e a quantidade de dias perdidos com cada um desses acidentes. 40 De acordo com relatos prestados pela empresa, desde a fundação até o presente momento não houve nenhum acidente. 3.5. NORMA REGULAMENTADORA 5 - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 3.5.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora número 5, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização em 12 de julho de 2011 pela portaria nº 247 da SIT e prevista pela CLT Art. 163 a 165, determina que todas as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados “celetistas” (Regidos pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho) devem possuir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). O dimensionamento da CIPA depende da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) pertinentes à instituição e ao número de empregados do estabelecimento. O objetivo desta Norma Regulamentadora é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, tornando compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador. A CIPA é composta de um representante da empresa – Presidente (designado) e representantes dos empregados, eleitos em escrutínio secreto, com mandato de um ano, com direito a uma reeleição e mais um ano de estabilidade. Mesmo quando a empresa não precisar ter membros eleitos, de acordo com o dimensionamento previsto, esta deverá ter um membro designado pelo empregador. Esse designado responderá pelas ações da CIPA na empresa. 3.5.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA De acordo com o CNPJ da empresa o CNAE é 43.29-1 (obras de instalação em construção não especifícados anteriormente) e constatou-se que em relação ao Quadro III da NR 5 - Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA, a empresa se enquadra no Grupo C-18 . 41 Tabela 3 - Relação do CNAE para dimensionamento da CIPA Fonte: Norma Regulamentadora 5, 2011. A empresa deverá eleger os membros da CIPA de acordo com o quadro I da NR 5 (Tabela 4), que trata do dimensionamento, a empresa deverá cumprir o Processo Eleitoral (intens 5.38 a 5.45 da NR 5). 42 Tabela 4 - Dimensionamento da CIPA Fonte: Norma Regulamentadora 5, 2011. 43 Verificou-se que a empresa não possui CIPA constituída. Mesmo a NR 5 obrigando a empresa dispor de membros da CIPA pelo número de funcionários, a empresa não tinha membros da CIPA por desconhecer a obrigatoriedade de se ter um membros eleitos, sendo assim, constituindo NÃO CONFORMIDADE aos itens 5.2 e 5.6.4. De acordo com o item 5.2 da norma, que trata da Constituição da CIPA: 5.2. Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. 3.5.3. ORIENTAÇÕES GERAIS A empresa, por se enquadrar no Quadro I da norma, deverá eleger membros para a CIPA dentre os seus funcionários de acordo com o Processo eleitoral disposto na NR 5 nos (intens 5.38 a 5.45). 3.6. NORMA REGULAMENTADORA 6 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOINDIVIDUAL 3.6.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS. A norma regulamentadora de número 6, Equipamento de Proteção Individual – EPI, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização conforme Portaria MTE n.º 877, de 24 de outubro de 2018 e prevista pela CLT no Art.166 e 167, tem por objetivo relacionar as obrigatoriedades da utilização, liberação e controle dos Equipamentos de Proteção Individual. Conforme o item 6.1 da NR 6, o EPI “é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. A utilização do EPI é uma medida administrativa quando a empresa não 44 conseguiu eliminar ou oferecer proteção completa contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais. Para garantir a eficácia do EPI, em seu determinado propósito, todos os equipamentos listados no Anexo I da NR 6, atualizado pela Portaria n° 194 de 07 de dezembro de 2010, devem passar por inspeções de avaliação de conformidade do EPI, conforme determina a Portaria nº 32 de 08 de janeiro de 2009, sendo assim gerado um número de identificação chamado de Certificado de Aprovação (CA), que é um código de informações como validade e informações técnicas do equipamento. Sem a presença do CA e do Lote de Fabricação no EPI, torna-se ineficaz a confiabilidade na qualidade e a possibilidade de rastreabilidade do EPI. A determinação dos tipos de EPI que devem ser utilizados no estabelecimento, segundo cada circunstância, é etapa de avaliação de outra norma, a saber, Norma Regulamentadora 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). A NR 6 somente trás, como já comentado, as diretrizes para o controle, utilização e liberação do uso de EPI. 3.6.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA Durante as inspeções na empresa Flare Engenharia foi constatada a utilização de EPI em determinadas etapas das manutenções e instalações para minimizar ou eliminar os riscos à segurança e à saúde do trabalhador. Porém na grande maioria das das etapas boa parte dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), foram dispensadas de maneira voluntária pelos colaboradores. A empresa apresenta setores administrativos e setores operacionais como já mencionado anteriormente. Verificou-se que é exigida pela empresa a utilização de calçados nos moldes da NR 6 (item G.1 – a) Calçados para a proteção contra impactos de quedas de objetos sobre artelhos, para os colaboradores que trabalham nos setores de entregas, instaladores e motoristas. Verificou – se também que os entregadores não utilizam o cinturão abdominal 45 com suspensório com objetivo obter maior estabilidade do colaborador no transporte manual de cargas. Os instaladores não utilizam protetores auditivos nos moldes da NR 6 (item C.1 – a) nas manutenção e instalações de casas de máquinas de incêndio, protetores esses que forneceriam ao colaborador conforto auditivo por se encontrarem em ambientes com altos ruidos provocados por bombas de pressurização no ato de testes, os instaladores também não utilizam luvas de proteção nos moldes da NR 6 (item F.1 - a) Luvas para a prteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes, não utilizam óculos de proteção contra impactos e particulas volantes nos moldes da NR 6 (item B.1 a), e não utilizam capacete de proteção nos moldes da NR 6 (item A.1 a). Com Base nessas informações a empresa encontra-se NÃO CONFORME com o item 6.2 da NR 6. A empresa não forneceu ou não fiscalizou corretamente o uso dos Equipamentos de Proteção individual. 3.6.3. ORIENTAÇÕES GERAIS A empresa Flare Engenharia apresenta conforme comentado na análise acima, a ausencia de utilização de EPI em algumas etapas e também precisa se adequar os EPI utilizados para que não estejam em desacordo com a Norma. A empresa Flare Engenharia desconhecia a validade de seus EPI, não registra a entrega dos mesmos e não orienta os colaboradores quanto a importancia e conservação. A Flare engenharia deve orientar e registrar a entrega de seus equipamentos de proteção individual. 46 3.7. NORMA REGULAMENTADORA 7 – PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL 3.7.1. PRINCÍOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 7, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização em 06 de dezembro de 2018 pela Portaria nº 1.031 do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), trata do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Esta norma estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execução do PCMSO assim como a obrigatoriedade e responsabilidade do médico coordenador do trabalho, a realização e periodicidade de realização dos exames médicos (exame admissional, exame periódico, retorno ao trabalho, mudança de função e demissional), a emissão do ASO e os registros das informações obtidas a partir das avaliações clínicas. 3.7.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA A empresa Flare Engenharia “garante a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zela pela sua eficácia” (item 7.3.1 alínea “a” da NR 7) e “custeia, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO” (item 7.3.1 alínea “b” da NR7), estando em CONFORMIDADE com estes itens. Sendo o efetivo total de 122 colaboradores e seu grau de risco de número 3, conforme verificado na Norma Regulamentadora 4 – SESMT, a empresa está desobrigada de possuir um médico do trabalho, conforme Tabela 2 (NR 4) e, segundo o item 7.3.1.1.2 da NR 7, fica desobrigada de possuir médico coordenador do trabalho, podendo o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, conforme item 7.3.1.d da NR 7, para coordenar o PCMSO. A Tabela 5 apresenta os tipos de exames e a periodicidade de realização dos mesmos segundo o PCMSO elaborado pela empresa especializada para a empresa 47 Flare Engenharia. Tabela 5 - Tipo de exame e periodicidade da empresa Flare Engenharia Fonte: adaptação do PCMSO, 2016 Em relação aos riscos especificados na tabela 5, estes segem os mesmos da Norma regulamentadora 9 – Programa de prevenção de Riscos Ambientais. A empresa está em CONFORMIDADE com relação à realização periódica dos exames médicos, conforme o item 7.4.3 da NR 7 e segundo o cronograma do PCMSO pois todos os seus empregados realizam seus exames médicos de acordo com o tipo de exame e periodicidade definida pela empresa especializada. Não foi constatado, na empresa Flare Engenharia, nenhum caso recente de desligamento, mudança de função ou retorno ao trabalho dentre seus empregados, sendo assim os 48 item 7.4.3.3 ao 7.4.3.5.3 não se aplicam a verificação. Para todos os exames médicos realizados pelos empregados da empresa Flare Engenharia é gerado o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), sendo arquivada a primeira via no local de trabalho e entregue a segunda via ao trabalhador mediante recibo na primeira via. Estando em CONFORMIDADE com os itens 7.4.4, 7.4.4.1 e 7.4.4.2 da NR 7. O ASO está CONFORME os itens exigidos no item 7.4.4.3. 7.4.4.3 O ASO deverá conter no mínimo: a) nome completo do trabalhador, o número de registro de sua identidade e sua função; b) os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST; c) indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os exames complementares e a data em que foram realizados; d) o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo CRM; e) definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou exerceu; f) nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato; g) data e assinatura do médico encarregado doexame e carimbo contendo seu número de inscrição no Conselho Regional de Medicina. Devido à empresa estar desobrigada de indicar médico coordenador, fica dispensada de elaborar o relatório anual. A empresa está NÃO CONFORME ao item 7.5.1 da norma, por não possuir material destinado a primeiros socorros. 7.5.1. Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, (...); manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. 3.7.3. ORIENTAÇÕES GERAIS A empresa Flare Engenharia tem realizado o controle médico através de orientação de empresa especializada, entretanto existem alguns detalhes que precisam ser revistos no PCMSO. 49 Não consta nos exames a necessidade de realização de exames de Audiometria (para os riscos de ruído), de Hemograma (para verificação da existência de doenças contagiosas como Hepatite, AIDS ou Sífilis) ou de raios-X (para verificação de doenças cardíacas). Foi constatado, segundo informações do PCMSO, que as atividades de escritório realizam os exames médicos periódicos anualmente. Sendo esses sem riscos ou sem situações de trabalho que impliquem no desencadeamento ou agravamento de doenças ocupacionais, poderiam ser realizados bienalmente para os trabalhadores entre dezoito e quarenta e cinco anos de idade, conforme item 7.5.3.2 alínea “b.2” da NR 7. A empresa Flare Engenharia também deve manter um prontuário clínico médico (item 7.4.5) com os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas. Esses prontuários devem ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador (item 7.4.5.1). A empresa também deverá adquirir um kit de primeiros socorros para casos de emergência. 3.8. NORMA REGULAMENTADORA 8 – EDIFICAÇÕES 3.8.1. PRINCÍPÍOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 8, Edificações, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização conforme Portaria SIT n.º 222, de 06 de maio de 2011 e prevista pela CLT no Art.170 ao Art.174, dispõe sobre os requisitos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. 3.8.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA A empresa Flare Engenharia encontra-se em CONFORMIDADE com os itens da NR 8. 50 3.8.3. ORIENTAÇÕES GERAIS Não há a nessecidade de intervenções no layout bem como na arquitetura, pela edificação estar em conformidade com a NR 8. 3.9. NORMA REGULAMENTADORA 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 3.9.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 9, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização em 06 de julho de 2017 pela portaria nº 871 do MTb (Ministério do Trabalho), trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) a todas as empresas que admitam trabalhadores como empregados. O PPRA objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes, ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao meio ambiente e até dos recursos naturais. O PPRA é um programa dinâmico e, sendo levado a sério desde sua elaboração até a execução das medidas preventivas, pode contribuir de forma bem significativa para a organização das ações de prevenção de acidentes e doenças do trabalho dentro de cada empresa. 3.9.2. ANÁLISE E APLICABILIDADE NA EMPRESA Atualmente a empresa Flare Engenharia conhece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do PPRA. O PPRA analisado na empresa refere-se ao período de Setembro de 2017 a Agosto de 2018, já estando vencido o prazo para renovação e atualização do mesmo. O item 9.1.3 da NR 09 preconiza que: 51 9.1.3. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7. Constatou-se algumas divergências entre o PPRA e o PCMSO, principalmente no que diz respeito à identificação dos riscos existentes, em especial ao risco físico ruído, esforço e físico. Dessa forma configura-se uma NÃO CONFORMIDADE ao disposto no item pela falta de articulação entre os dois documentos analisados. No que diz respeito ao item 9.2.1, o qual determina a estrutura mínima do PPRA, não observou-se não conformidade pois o documento analisado apresenta, ainda que de forma simplória, a estrutura requerida pela norma. Observou-se NÃO CONFORMIDADE ao item 9.2.1.1 que preconiza que o PPRA deve ser anualmente, ou sempre que necessário, analisado, avaliado e ajustado, tendo estabelecidas novas metas e prioridades. Cabe ressaltar que o mesmo deveria ter sido atualizado no mês de setembro de 2016. Além disso, não consta informação de análises, avaliações e ajustes no decorrer do período. Constatou-se NÃO CONFORMIDADE ao item 9.2.3 que determina que no cronograma deve-se indicar explicitamente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimento das metas do PPRA. Observou-se que o cronograma (figura 13) apresentado à empresa estipula o mês para execução de certas atividades, mas não deixa claro o prazo para execução e cumprimento das metas. 52 Figura 13 - Cronograma PPRA Fonte: PPRA Flare Engenharia, 2018 Em relação às etapas do PPRA (item 9.3.1) observou-se que a empresa contratada para elaboração do mesmo basicamente limitou-se a definições constantes na norma e determinações de como seriam ou deveriam ser feitas as análises, não desenvolvendo de forma objetiva ou não desenvolvendo o disposto nas alíneas ‘a’ a ‘f’ do referido item. Constituindo, dessa forma, uma NÃO CONFORMIDADE ao disposto no item e em suas alíneas. Não consta no PPRA, durante a fase de antecipação, a análise dos métodos e processos de trabalho de modo a identificar os riscos potenciais e as medidas de proteção para sua redução ou eliminação contrariamente ao que dispõe o item 9.3.2 da norma, configurando uma NÃO CONFORMIDADE. Apesar de a empresa Flare Engenharia pagar insalubridade em decorrência do risco físico frio e do uso de EPI por parte dos funcionários tanto em relação ao risco físico quanto ao ruído, a empresa contratada para elaboração do PPRA não reconheceu tais riscos. Sendo assim, constitui-se NÃO CONFORMIDADE ao item: 53 9.3.3 e ao disposto em suas alíneas de ‘a’ a ‘h’ que preconiza sobre o reconhecimento dos riscos ambientais. A avaliação quantitativa foi realizada, segundo consta no PPRA elaborado, utilizando-se um Termo/Higro/Decibelímetro/Luxímetro modelo THDL 400, marca Instrutherm, com certificado de calibração nº3023/14 emitido em 06/08/2014 que apesar de mencionado no PPRA, não consta arquivada a cópia do certificado. O único dado que consta no PPRA é o valor obtido pela exposição ao ruído, não constando as medições referentes ao frio. Observou-se que não há coerência entre os dados obtidos nas medições de ruído na área produtiva e na área administrativa uma vez que os valores são praticamente iguais. Nas inspeções realizadas, constatou-se que o nível de ruído na área administrativa encontra-se dentro dos valores recomendados pela ABNT NBR 10152:1987 (35-45 dB(A)) ao contrário do que está registrado no PPRA. Devido à insuficiência e incoerência dos dados registrados, observou-se NÃO CONFORMIDADE ao item 9.3.4 e suas alíneas no que diz respeito à avaliação quantitativa. Em relação às medidas de controle, o PPRA apresenta incoerências significativasconforme, sendo que chama a atenção os extintores de incêndio determinados como medidas de proteção coletiva. Apesar de não reconhecer os riscos, o PPRA sugere como medida de controle o uso de EPI. Desconsiderando, inclusive, que o seu uso é uma medida administrativa de última instância a ser tomada pela empresa sempre que, segundo o item 6.3 da NR 6, houver as seguintes circunstâncias: 6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, (...), nas seguintes circunstâncias: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência. E, em concordância com o disposto no item 6.3 da NR 6, a NR 9 ratifica no item 9.3.5.4 que: 54 9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) utilização de equipamento de proteção individual – EPI”. Em decorrência do exposto acima, constatou-se NÃO CONFORMIDADE ao item 9.3.5.1 da NR 9 pela falta de adoção de medidas para a eliminação, minimização ou o controle dos riscos ambientais que não foram identificados e reconhecidos apesar de constatados. Em consequência há NÃO CONFORMIDADE aos itens 9.3.5.2, 9.3.5.3 e 9.3.5.4 que tratam da implantação de medidas de controle coletivas; ao item 9.3.5.5 e alíneas que preconizam sobre a utilização dos EPI que, conforme já mencionado, os empregados possuem disponibilizados e fazem uso sem a observância do disposto nas alíneas “a” a “d” do referido item que tratam, respectivamente, da seleção do EPI adequado tecnicamente; do programa de treinamento dos trabalhadores para uso correto do EPI; do estabelecimento de normas ou procedimentos para fornecimento, uso, guarda, higienização, conservação, manutenção e reposição do EPI; e da caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores com a respectiva identificação do EPI a ser utilizado em cada uma delas. Observou-se, ainda, NÃO CONFORMIDADE ao item 9.3.5.6 que determina sobre o estabelecimento de “critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas considerando os dados obtidos nas avaliações realizadas e no controle médico da saúde previsto na NR-7”, uma vez que não há avaliação e os dados obtidos são inexistentes ou insuficientes. O item 9.3.6 da NR 9 preconiza sobre o Nível de ação. Em relação a esse item, o PPRA analisado limita-se a definições (constantes na norma) uma vez que não houve identificação da exposição a agentes ambientais acima dos limites de exposição, especificamente ao agente físico ruído. Não se considerou na análise feita pela empresa contratada a exposição ao frio. Quanto ao monitoramento (Item 9.3.7 da NR 9), apesar do PPRA recomendar o uso de EPI, ao invés de medidas de proteção coletiva, constatou-se que não há o monitoramento da exposição como uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição aos riscos, de modo a introduzir ou modificar as medidas de controle. Em entrevistas realizadas com os funcionários 55 da empresa constatou-se que no decorrer do período do PPRA não há acompanhamento, avaliação e monitoramento. Sendo assim, observa-se NÃO CONFORMIDADE ao disposto no item 9.3.7.1 da NR 9. O registro dos dados, ainda que não estejam satisfatoriamente apresentados, está CONFORME o item 9.3.8. Estando arquivados e disponíveis a todos os mencionados na norma. Observou-se inconsistência na informação aos trabalhadores sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para protegê-los dos mesmos. Configurando NÃO CONFORMIDADE ao disposto no item 9.5.2 da NR 9. 3.9.3. ORIENTAÇÕES GERAIS Visando atender ao item 9.2.1.1 da norma e ao disposto no Capítulo XI do PPRA analisado na empresa, recomenda-se que se renove com urgência o PPRA para o próximo período anual (2018/2019). Ressaltando-se que, conforme preconiza o item 9.3.8.1 da norma, a empresa deverá manter “um registro de dados, estruturado de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA”. Esses dados deverão ser mantidos por no mínimo 20 (vinte) anos e estar sempre disponíveis aos trabalhadores, seus representantes e autoridades competentes. A norma, no item 9.1.3, menciona que: 9.1.3. O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO previsto na NR-7. Sendo assim, recomenda-se uma maior integração entre o PPRA e o PCMSO, haja vista que os mesmos possuem informações conflitantes 56 principalmente no que diz respeito aos riscos existentes na empresa. Para efeito de controle e monitoramento, deve-se manter arquivado junto com o PPRA todos os resultados quantitativos obtidos nas medições sejam para comprovar ou não a existência do risco. Tais resultados devem ser reavaliados quando das avaliações realizadas no decorrer do período a fim de verificar a alteração ou não na exposição de um eventual risco ambiental que exista ou que possa vir a existir. Recomenda-se que se arquive a cópia do certificado de calibração dos equipamentos utilizados e a metodologia detalhada que foi empregada. Recomenda-se que a empresa que por ventura venha a ser contratada para elaboração dos próximos PPRA seja mais criteriosa na antecipação e reconhecimento dos riscos, pois no período de realização das inspeções na empresa constatou-se a existência de riscos não reconhecidos pela empresa contratada na elaboração do PPRA vigente. Essa análise mais criteriosa visa, principalmente, no reconhecimento dos riscos procurar as medidas administrativas ou proteções coletivas ideais no intuito de minimizar ou eliminar os riscos sem que se faça necessário o uso de EPI, deixando o uso destes como última medida a ser adotada no caso da impossibilidade de outras medidas ou no caso destas serem insuficientes. A empresa Flare Engenharia deve acompanhar o disposto no PPRA e fazer cumprir o que lhe couber, cobrando dos responsáveis as ações necessárias para o cumprimento das etapas dispostas no cronograma. Como exemplo disto, nas Disposições Finais do PPRA analisado, a empresa contratada estipula uma avaliação trimestral do PPRA para verificar o andamento dos trabalhos e o cumprimento das metas estabelecidas no cronograma. Durante as inspeções e entrevistas realizadas com os funcionários, constatou-se que não ocorre essa avaliação. Por fim, recomenda-se também uma revisão cuidadosa do relatório desenvolvido no PPRA de modo a evitar informações incorretas como a encontrada no Capítulo IX, página 9, do PPRA analisado na empres, onde é descrita a atividade da empresa como sendo de comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios. 57 3.10. NORMA REGULAMENTADORA 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE 3.10.1. PRINCÍPIOS GERAIS E OBJETIVOS A norma regulamentadora de número 10, publicada em 08 de junho de 1978 com última atualização em 29 de abril de 2016 pela portaria nº508 do MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social), estabelece os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança
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