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Lei Maria da Penha

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Lei Maria da Penha
Não é segredo que ainda vivemos em uma sociedade machista na qual instrumentaliza as mulheres, colocando-as como seres inferiores em relação aos homens, por essa diferença de gênero, segundo dados apurados em uma pesquisa realizada pelo G1, no ano de 2019 cerca de 3.739 mulheres foram vítimas de homicídio doloso. Um dos objetivos da Constituição de 1988 é promover o bem de todos, sem qualquer preconceito de origem, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Ainda, no caput do artigo 5° da lei major é reforçado que todos são iguais perante a lei, mas, será que a igualdade assegurada pela carta magna realmente é efetivada diante de tantos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher? 
A lei 11.340 de 2006 foi criada com o intuito de coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher bem como, dar assistência às vítimas. Conforme o dispositivo 5° da referida lei, “constitui violência doméstica e familiar qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher”. Tendo em vista a súmula 600 do STJ, não necessariamente a vítima e o agressor precisam viver juntos, portanto, essa lei, também, se aplica as relações afetivas. Ademais, existem vários tipo de violências que, quando praticadas a lei Maria da Penha é aplicada ao caso, são eles: 
Violência Psicológica: É aquela praticada por meio de palavras e atitudes que ferem a autoestima da mulher. 
Violência Moral: É baseada em condutas que se caracterizam como calúnia, difamação e injúria.
Violência Sexual: É aquela na qual a mulher é forçada a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada. 
Violência Patrimonial: Pautada na retenção, subtração, destruição parcial ou total de bens, documentos, valores e dentre outros que possuem caráter patrimonial. 
Tendo em vista os tipos de violência, quando praticados, muitas mulheres não têm coragem de denunciar seus agressores, pois, são ameaçadas, ou possuem medo de perder seus filhos e até mesmo de serem julgadas, mas, por se tratar de uma ação penal pública incondicionada, a proteção também pode ser requerida pelas pessoas próximas. Nesse ínterim, o Senado, neste ano de 2020, aprovou o projeto de lei no qual inclui denúncia de violência contra mulheres nas atribuições do síndico dos condomínios, caso haja omissão por parte deste, ocorrerá à perda da sua função e todos os condôminos poderão ter que pagar multa. 
Outrossim, a lei Maria da Penha, em seu capítulo II, elenca medidas protetivas de urgência, as quais poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida. Além disso, poderão ser concedidas de imediato, independentemente audiência das partes e de manifestação do Ministério Público e, podem ser aplicadas isoladas ou cumuladas como também, ser substituídas a qualquer tempo por outras de maior eficácia. Por conseguinte, o juiz pode encaminhar a vítima e seus dependentes a programas de proteção ou de atendimento, reconduzi-los ao respectivo domicílio quando determinado o afastamento do agressor e, também, pode determinar o afastamento do lar sem prejuízo dos direitos relativos a bens mas também, a separação de corpos.
Por fim, é pertinente inferir que essa lei também se aplica nas relações homoafetivas conforme seu artigo 2°, sendo assim, ela se aplica às mulheres trans. 
Em suma, com base no que foi apresentado, é dever de todos denunciar situações de violência contra as mulheres, para isso foi criada a central de atendimento à mulher – Ligue 180 que acolhe as vítimas de violência doméstica e familiar. Essa central registra e encaminha as denuncias aos órgãos competentes para que as medidas protetivas sejam aplicadas ao caso.

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