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PAGE 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................5
3 CONCLUSÃO.........................................................................................................16
4 REFERENCIAS ......................................................................................................18
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho tem como objetivo uma reflexão crítica acerca dos conteúdos desenvolvidos pelas disciplinas: Direito e Legislação, Serviço Social de Curso I Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social.
O trabalho social com famílias tem a finalidade de fortalecer a função protetiva da família, prevenir a ruptura de seus vínculos, promover seu acesso aos direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo.
O serviço PAIF integra o nível de proteção social básica do SUAS. O PAIF foi concebido a partir do reconhecimento que as vulnerabilidades e riscos sociais, atingem as famílias, extrapolam a dimensão econômica, exigindo intervenções que trabalhem aspectos objetivos e subjetivos relacionados á função protetiva da família e ao direito à convivência familiar. 
Nessa direção, o PAIF concretiza a presença e responsabilidade do poder público e reafirma a perspectiva dos direitos sociais, constituindo-se em um dos principais serviços que compõem a rede de proteção social de assistência social, que vem consolidando no país de modo descentralizado e universalizado, permitindo o enfrentamento da pobreza, da fome e da desigualdade, assim como, a redução de riscos e vulnerabilidades sociais que afetam famílias e seus membros.
A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado, instituído pela Constituição Federal de 1988. A partir de 1993, com a publicação da Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, é definida como Política de Seguridade Social, compondo o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e Previdência Social, com caráter de Política Social articulada a outras políticas do campo social.
A Assistência Social, diferentemente da previdência social, tem o dever de atender a todos os cidadãos que dela necessitarem. Realiza-se a partir de ações integradas entre a iniciativa pública, privada e da sociedade civil, tendo por objetivo garantir a proteção social à família, à infância, à adolescência, à velhice; 
Vise a proteção, promoção e prevenção das famílias, atendendo suas demandas amparo a crianças e adolescentes carentes; à promoção da integração ao mercado de trabalho e à reabilitação e promoção de integração à comunidade para as pessoas com deficiência e o pagamento de benefícios aos idosos e às pessoas com deficiência.
Todas as atividades desenvolvidas devem ter como base o respeito a heterogeneidade dos arranjos familiares, aos ciclos de vida, as questões étnicas, raciais, de orientação sexual, crenças, valores, etc. O cultivo do combate a todas as formas de violência, preconceito, discriminação do indivíduo/família deve ser predominante.
Para se alcançar tais objetivos, o assistente social possui como ferramenta o PAIF, que possibilita uma intervenção, que está fortalecendo seus vínculos.
A implantação do Suas e sua rápida expansão por todo o território nacional vem ampliando consideravelmente o mercado de trabalho para os assistentes sociais e demais profissionais atuantes nessa área. Ao mesmo tempo e no mesmo processo, contraditoriamente, aprofundam a precarização das condições em que este trabalho se realiza, considerando o estatuto de trabalhador assalariado do assistente social, subordinado a processos de alienação, restrição de sua autonomia técnica e intensificação do trabalho a que estão sujeitos os trabalhadores assalariados em seu conjunto.
Analisar os espaços sócio ocupacionais do assistente social exige inscrever a reflexão no movimento histórico da sociedade brasileira e mundial, considerando os processos sociopolíticos que condicionam o modo como o Serviço Social se insere na sociedade capitalista madura, como um tipo de especialização do trabalho inscrito na divisão sócio técnica do trabalho, articulado aos processos de produção e reprodução das relações sociais.
Ao mesmo tempo, para além das dimensões objetivas que conferem materialidade ao fazer profissional, é preciso considerar também, e de forma nem sempre convergente, o modo pelo qual o profissional incorpora na sua consciência o significado do seu trabalho, as representações que faz da profissão, a intencionalidade de suas ações, as justificativas que elabora para legitimar sua atividade que orientam a direção social do exercício profissional.
DESENVOLVIMENTO
O Assistente Social é um profissional crítico capaz de intervir na realidade social. Tem como objetivo combater as várias expressões da questão social. Esse profissional é apto para trabalhar em diversas áreas, porém as ações devem possuir centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. Para se alcançar tais objetivos, através do CRAS, o assistente social possui como ferramenta o PAIF, que possibilita uma intervenção, que vise a proteção, promoção e prevenção das famílias, atendendo suas demandas e fortalecendo seus vínculos.
O trabalho social realizado no PAIF com as famílias deve ser pautado na ética profissional, através do conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo, com a finalidade de garantir seus direitos e contribuir para uma boa convivência familiar. As famílias a serem atendidas prioritariamente pelo serviço devem encontrar-se em situações de vulnerabilidade social e que se enquadrem no perfil para participação de outros programas, como por exemplo, o de transferência de renda (Bolsa Família). Todos os usuários devem estar inscritos no CADÚNICO (Cadastro Único).
Ao trabalhar com as famílias o assistente social precisa adquirir uma postura diferenciada frente a essa demanda, buscando conhecer a totalidade da realidade e uma transformação da mesma, adquirindo como princípio, segundo a NOBRH SUAS, a desburocratização da relação, a privacidade do usuário, o sigilo profissional, entre outros, com o objetivo de garantir um atendimento mais próximo dos usuários e uma relação de confiança, para que o real problema seja identificado. No primeiro momento, o profissional deve realizar a acolhida, onde ocorre o primeiro contato com o usuário, que possibilita o conhecimento da realidade onde ele está inserido. Deve-se manter um diálogo aberto e uma escuta qualificada. A partir desse conhecimento, o profissional traçará planos acerca de quais serão as próximas ações a serem tomadas, podendo inseri-lo em oficinas com famílias, ações comunitárias, ações particularizadas ou encaminhamentos de acordo com suas necessidades.
O Suas foi criado em 2005 com o compromisso de romper com a lógica tradicional do assistencialismo e da fragmentação de ações. Instituído como lei em 2011, o sistema promove o acesso a benefícios, programas, projetos e serviços sócio assistenciais de proteção social básica e especial.
Em todo o país, são 7.511 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). Neles, trabalham equipes de assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais que fazem a inclusão das famílias no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e as orientam para receber benefícios como o Bolsa Família, participar de cursos de qualificação profissional e desenvolver atividades que promovam o vínculo familiar e acesso a direitos.
A assistência social assumiu novos contornos após ser inserida, pelo constituinte de 1988, no âmbito da Seguridade Social. Com isso, o assistencialismo foi reconhecido como uma política pública, integrando, juntamentecom as políticas de saúde e previdência, um sistema de proteção social. Houve um alargamento dos direitos sociais e do campo da proteção social no país, com a expansão da responsabilidade pública no enfrentamento de problemas até então deixados sob responsabilidade da iniciativa privada. Portanto à miséria e à desigualdade existente em nosso país, reconheceu a assistência como um direito social, inserindo-a no bojo da Carta, passando a ser mais um dos direitos a ser provido pelo estado de bem estar-social, novo modelo de Estado, oriundo da Constituição Federal de 1988, que, embora não o tenha previsto expressamente, inseriu em seu corpo inúmeros direitos sociais que não deixam dúvida de sua adoção. Pode-se afirmar, ainda, que o reconhecimento do princípio da solidariedade no âmbito do Supremo Tribunal Federal, pautado na ideia de um esforço público em financiar determinadas necessidades sociais, representou um fortalecimento à assistência social. Diante dessa responsabilidade imputada ao Estado, a população necessitada passou a ter acesso a serviços e a uma renda considerada mínima e os idosos e os deficientes a uma renda de solidariedade, concedida independentemente de contribuição.
O SUAS é um sistema público brasileiro que tem, como objetivo organizar os serviços sócio assistenciais prestados no país, de forma descentralizada e valorizando suas articulações nas três esferas do governo. Porém, como qualquer sistema político-social no país, o SUAS encontra dificuldades e desafios que devem ser ultrapassados, não somente por sua equipe de gestão, mas também por sua equipe técnica que é responsável pelo relacionamento direto com as famílias e indivíduos que recebem os cuidados de cada serviço.
No texto de hoje vamos falar um pouco sobre alguns dos desafios comumente encontrados por estes profissionais e o que pode ser feito para que eles possam ser resolvidos sem grandes prejuízos aos objetivos do SUAS.
As equipes profissionais das várias esferas de atuação do Sistema Único de Assistência Social são organizadas de acordo com os equipamentos e serviços em que estão alocados. A composição completa desta equipe é essencial para a manutenção da qualidade e da prestação de serviços sócio assistenciais nas regiões que contam com a ajuda destes programas, e a falta destes profissionais é um dos maiores problemas dos municípios, já que a demanda de atendimento das populações brasileiras é alta.
Os profissionais mais comumente encontrados nestes serviços são psicólogos (especialmente aqueles com conhecimento e prática com indivíduos atendidos por políticas sociais), pedagogos, assistentes sociais e técnicos. Todos estes têm participação ativa no funcionamento correto dos serviços, e são corresponsáveis, assim como seus gestores, pelo bom resultado final destas ações.
O PAIF é pedra fundamental e se caracteriza como eixo basilar para a “nova” política de assistência social que vem sendo construída no Brasil desde a publicação da PNAS em 2004, ou seja, como política pública, dever do Estado e direito de cidadania. Política que se propõe a superar a tradição histórica assistencialista, clientelista, segmentada, de modo a ultrapassar a lógica dos “favores ou afilhados” para alcançar o entendimento da prestação de serviços públicos no campo dos direitos socioassistenciais. Ao contrário, garante direitos aos cidadãos. Política que além de enfrentar riscos sociais, propõe-se a prevenir as situações de vulnerabilidade social.
Nesse contexto, o PAIF inova ao materializar a centralidade do Estado no atendimento e acompanhamento das famílias, de modo proativo, protetivo, preventivo e territorialidade, assegurando o acesso a direitos e a melhoria da qualidade de vida. Lançar esta publicação sobre o trabalho social com famílias no âmbito do PAIF não é fazer apelo para a ideologia de culpabilização ou de responsabilização natural das famílias. É, sim, reafirmar a adoção das ações de caráter estatal destinadas à sua proteção social, previstas constitucionalmente no art. 203, I, e no art. 226 caputs e § 8º, como dever do Estado junto às famílias, no âmbito da política de assistência social, assim como o reconhecimento da equipe de referência do CRAS enquanto viabilizadora de direitos e do exercício da cidadania de milhões de pessoas ainda invisíveis ao poder público e ao conjunto das ofertas para a sociedade.
No Brasil, a partir dos dados do Censo SUAS/CRAS 2010, observa-se um quantitativo de 6.801 CRAS, em um total de 4.720 municípios. Estima-se que em 2011(fonte: Cad SUAS - relatório extraído em 16/09/2011) este número passe para 7.562 CRAS. Os dados do Censo SUAS/CRAS 2010 apontam que 1.976.243 famílias são atendidas pelo Serviço PAIF. O primeiro Censo SUAS/CRAS, realizado em 2007, indicava um número de 4.195 CRAS em território brasileiro.
Quais são os objetivos do PAIF?
*Ofertar ações sócio assistenciais de prestação continuada, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social e tem como objetivos:
*Fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida;
*Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas;
*Promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidades;
*Promover o acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços sócio assistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social;
*Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos;
*Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.
Apesar de a assistência social ser uma das mediações mais tradicionais e persistentes do exercício profissional, considera que a implantação do Suas amplia as possibilidades de trabalho profissional nos novos espaços ocupacionais, como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), além de demandar o desenvolvimento de novas habilidades e competências para a gestão pública nos âmbitos da assessoria, planejamento, avaliação, monitoramento, entre outras. Trata-se, pois, de demandas profissionais que desafiam os assistentes sociais a formular mediações teóricas, técnicas, éticas e políticas, na perspectiva da competência crítica diante das exigências burocráticas e administrativas que lhe são requeridas, de modo a não sucumbir ao discurso competente (Chauí, 1989) autorizado e requisitado pelas instâncias burocráticas das instituições empregadoras.
Descartando, portanto, qualquer visão unilateral e buscando romper com os conhecidos pares dicotômicos na reflexão sobre o trabalho do assistente social - voluntarismo, conservadorismo/transformação, entre outros, e com base em Yamamoto (1982), partimos do suposto que apreender os espaços sócio ocupacionais que se abrem ao exercício profissional para capturar a lógica de retração ou intensificação de demandas em determinadas áreas, como a que ocorre atualmente com a política de assistência social, bem como as respostas individuais e coletivas dos assistentes sociais às novas exigências institucionais, exige desvelar o caráter contraditório do Serviço Social como prática polarizada pelos interesses das classes sociais, que tanto participa dos mecanismos de manutenção quanto de mudança, respondendo a interesses do capital e também do trabalho, participando dos processos de dominação e de resistência, continuidade e ruptura da ordem social, como bem analisou Yamamoto em sua ampla e significativa produção bibliográfica sobre o Serviço Social na sociedade capitalista madura.
O trabalho do assistente social é, pois, a expressão de um movimento que articula conhecimentos e luta por espaços no mercado de trabalho, competências e atribuições privativas que têm reconhecimento legalnos seus estatutos normativos e reguladores (regulamentação profissional, código de ética, diretrizes curriculares da formação profissional), projeto ético político que confere direção social ao trabalho profissional. Ao mesmo tempo, os sujeitos que a exercem, individual e coletivamente, se subordinam às normas de enquadramento institucional, mas também se organizam e se mobilizam no interior de um coletivo de trabalhadores que repensam a si mesmos e a sua intervenção no campo da ação profissional.
O Assistente Social é um profissional crítico capaz de intervir na realidade social. Tem como objetivo combater as várias expressões da questão social. Esse profissional é apto para trabalhar em diversas áreas, porém ‘’ suas ações devem possuir centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. '' (PNAS, 2004). Para se alcançar tais objetivos, através do CRAS, o assistente social possui como ferramenta o PAIF, que possibilita uma intervenção, que vise a proteção, promoção e prevenção das famílias, atendendo suas demandas e fortalecendo seus vínculos. O trabalho social realizado no PAIF com as famílias deve ser pautado na ética profissional, através do conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo, com a finalidade de garantir seus direitos e contribuir para uma boa convivência familiar. As famílias a serem atendidas prioritariamente pelo serviço devem encontrar-se em situações de vulnerabilidade social e que se enquadrem no perfil para participação de outros programas, como por exemplo, o de transferência de renda (Bolsa Família). Todos os usuários devem estar inscritos no CADÚNICO (Cadastro Único). Ao trabalhar com as famílias o assistente social precisa adquirir uma postura diferenciada frente a essa demanda, buscando conhecer a totalidade da realidade e uma transformação da mesma, adquirindo como princípio, segundo a NOBRH SUAS, a desburocratização da relação, a privacidade do usuário, o sigilo profissional, entre outros, com o objetivo de garantir um atendimento mais próximo dos usuários e uma relação de confiança, para que o real problema seja identificado. No primeiro momento, o profissional deve realizar a acolhida, onde ocorre o primeiro contato com o usuário, que possibilita o conhecimento da realidade onde ele está inserido. Deve-se manter um diálogo aberto e uma escuta qualificada. A partir desse conhecimento, o profissional traçará planos acerca de quais serão as próximas ações a serem tomadas, podendo inseri-lo em oficinas com famílias, ações comunitárias, ações particularizadas ou encaminhamentos de acordo com suas necessidades.
As transformações contemporâneas que afetam o mundo do trabalho, seus processos e sujeitos provocam redefinições profundas no Estado e nas políticas sociais, desencadeando novas requisições, demandas e possibilidades ao trabalho do assistente social no âmbito das políticas sociais.
A implantação do Suas e sua rápida expansão por todo o território nacional vem ampliando consideravelmente o mercado de trabalho para os assistentes sociais e demais profissionais atuantes nessa área. Ao mesmo tempo e no mesmo processo, contraditoriamente, aprofundam a precarização das condições em que este trabalho se realiza, considerando o estatuto de trabalhador assalariado do assistente social, subordinado a processos de alienação, restrição de sua autonomia técnica e intensificação do trabalho a que estão sujeitos os trabalhadores assalariados em seu conjunto.
Nesse contexto, o PAIF inova ao materializar a centralidade do Estado no atendimento e acompanhamento das famílias, de modo proativo, protetivo, preventivo e territorialidade, assegurando o acesso a direitos e a melhoria da qualidade de vida. Lançar esta publicação sobre o trabalho social com famílias no âmbito do PAIF não é fazer apelo para a ideologia de culpabilização ou de responsabilização natural das famílias. É, sim, reafirmar a adoção das ações de caráter estatal destinadas à sua proteção social, previstas constitucionalmente no art. 203, I, e no art. 226 caput e § 8º, como dever do Estado junto às famílias, no âmbito da política de assistência social, assim como o reconhecimento da equipe de referência do CRAS enquanto viabilizadora de direitos e do exercício da cidadania de milhões de pessoas ainda invisíveis ao poder público e ao conjunto das ofertas para a sociedade.
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é uma unidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) que oferece serviços socioassistenciais de caráter protetivo, preventivo e proativo a fim de fortalecer os vínculos familiares e comunitários e ampliando o acesso dos usuários aos direitos de cidadania. O CRAS é a única unidade de proteção básica que oferece o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF que tem por objetivo o fortalecimento dos vínculos, a democratização dos direitos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos usuários. Diante do exposto, o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família, um dos principais programas desenvolvidos pelo CRAS e preconizados na Política Nacional de Assistência Social, visa contribuir com o fortalecimento e a materialização da assistência social enquanto uma política social que tem como princípios a matricialidade sociofamiliar, descentralização e territorialização. 
A Política Nacional de Assistência Social – PNAS visa incorporar as demandas presentes na sociedade no que se refere à responsabilidade política na busca pela efetivação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado. A PNAS refere-se à importância da “matricialidade sociofamiliar”, ou seja, a centralidade da família1 como núcleo fundamental para efetividade dos serviços oferecidos. Além disso, a rede socioassistencial deve estar voltada para atender às necessidades da família.
 A família tem grande importância no contexto da vida social como está também explícito no artigo 226 da Constituição Federal do Brasil quando estabelece que a “família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado” e o artigo 16, da Declaração dos Direitos Humanos, indica a família como sendo o núcleo natural e fundamental da sociedade. O trabalho do assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF com famílias requer uma escuta qualificada e cuidadosa, buscando entender as reais demandas dos usuários e as características do território a fim de identificar os pontos de vulnerabilidade, mas também a existência de recursos disponíveis. 
Cada território é permeado por suas especificidades históricas, culturais e sociais e por isso é necessário um estudo mais aprofundado de suas características para efetivar a atuação profissional. Segundo Bourdieu (2007:164) “as condições diferentes de existência produzem hábitos diferentes, sistemas de esquemas geradores suscetíveis de serem aplicados, por simples transferência as mais diferentes áreas da prática” A família precisa se sentir compreendida e confortável para expor suas vulnerabilidades, seus hábitos, seus costumes, suas necessidades, por isso o primeiro atendimento é muito relevante. Nesse momento, a família é ouvida pelo assistente social do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), são apresentados os programas e serviços oferecidos e realizados os primeiros encaminhamentos e orientações.
 Os usuários devem ter conhecimento da sua inserção no PAIF sendo necessário explicar o programa e a importância da sua participação. O desafio, muitas vezes, está no comparecimento da família aos próximos atendimentos e reuniões propostos pelos profissionais do CRAS, por isso é importante criar estratégias para o fortalecimento de vínculos entre a instituição e a família. Segundo a Política Nacional de Assistência Social, a intervenção no grupo familiar requer considerar sua “singularidade, sua vulnerabilidade no contexto social, além de seus recursos simbólicos e afetivos, bem como sua disponibilidadepara se transformar e dar conta de suas atribuições” (Brasil, 2004:35). 
Nesse sentido, o assistente social pode desenvolver um trabalho em conjunto com as famílias potencializando-as para serem proativas nas discussões da transformação de suas próprias realidades através de reflexões críticas sobre as vulnerabilidades vivenciadas e as estratégias de superação. O Assistente Social é um profissional crítico capaz de intervir na realidade social. Tem como objetivo combater as várias expressões da questão social. Esse profissional é apto para trabalhar em diversas áreas, porém ‘’ suas ações devem possuir centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. '' (PNAS, 2004).
 Para se alcançar tais objetivos, através do CRAS, o assistente social possui como ferramenta o PAIF, que possibilita uma intervenção, que vise a proteção, promoção e prevenção das famílias, atendendo suas demandas e fortalecendo seus vínculos. O trabalho social realizado no PAIF com as famílias deve ser pautado na ética profissional, através do conhecimento teórico-metodológico e técnico-operativo, com a finalidade de garantir seus direitos e contribuir para uma boa convivência familiar. As famílias a serem atendidas prioritariamente pelo serviço devem encontrar-se em situações de vulnerabilidade social e que se enquadrem no perfil para participação de outros programas, como por exemplo, o de transferência de renda (Bolsa Família).
 Todos os usuários devem estar inscritos no CADÚNICO (Cadastro Único). Ao trabalhar com as famílias o assistente social precisa adquirir uma postura diferenciada frente a essa demanda, buscando conhecer a totalidade da realidade e uma transformação da mesma, adquirindo como princípio, segundo a NOBRH SUAS, a desburocratização da relação, a privacidade do usuário, o sigilo profissional, entre outros, com o objetivo de garantir um atendimento mais próximo dos usuários e uma relação de confiança, para que o real problema seja identificado. 
No primeiro momento, o profissional deve realizar a acolhida, onde ocorre o primeiro contato com o usuário, que possibilita o conhecimento da realidade onde ele está inserido. Deve-se manter um diálogo aberto e uma escuta qualificada. A partir desse conhecimento, o profissional traçará planos acerca de quais serão as próximas ações a serem tomadas, podendo inseri-lo em oficinas com famílias, ações comunitárias, ações particularizadas ou encaminhamentos de acordo com suas necessidades.
 O Assistente Social deverá acompanhar as famílias atendidas, não apenas buscar uma ação imediata, mas ações que modifiquem realmente a situação em que elas vivem, buscando amenizar as raízes das vulnerabilidades encontradas, impedindo que estas se alastrem causando rompimentos dos vínculos. Esse acompanhamento deve ter como objetivo potencializar as famílias, tornando-as protagonistas de suas histórias. Sendo assim, é necessário que o profissional tenha em mente que cada família atendida possui sua particularidade e sua própria organização e que suas ações devem ser pautadas no seu projeto ético político, buscando práticas que não sejam baseadas no senso comum e carregadas de preconceitos.
 É necessária a formação de um profissional crítico, que não aja segundo princípios assistencialistas e clientelistas, mas que reconheça suas ações como frutos de políticas públicas pautadas em leis. As ações realizadas devem ser planejadas, buscando mudanças efetivas na realidade, prevenindo ações improvisadas e sem direção, que podem acarretar uma prática focalizada e assistencialista. 
As ações do Assistente Social em torno da família são de total importância para a sociedade, que muitas vezes necessita de uma política que fortaleça seus vínculos e proporcione oportunidades para que sua função seja executada de maneira plena. Quando esse trabalho não é executado de uma maneira eficaz, as famílias podem continuar em vulnerabilidade e seus vínculos podem ser rompidos. A atuação do Assistente Social é de suma importância no trabalho com as famílias, pois ele é um profissional que possui, através de sua formação, um acervo de informações capazes de auxiliar o usuário a romper com a realidade vulnerável em que ele se encontra.
Tal aproximação com a população usuária da política de assistência social e com as situações encontradas no contexto familiar e no território permitiu amplo reconhecimento da legitimidade do CRAS e do serviço PAIF. Isto ocorre por configurar-se em espaço de convívios, de informações, de trocas de experiências, de esclarecimentos, de aquisições, de fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a construção de leituras e releituras das situações vivenciadas, além da organização e disposição de alternativas para o enfrentamento de questões adversas que se impõem no espectro da família e na relação com o território.
 Desta forma, volta-se o olhar técnico para o mapeamento dos indicadores de vulnerabilidades e de suas causas geradoras, bem como para a prevenção de situações de risco social e pessoal. A importância de compreensão do envolvimento e comprometimento dos gestores desta política na consolidação do PAIF define-se como fundamental. O direcionamento do referenciamento da rede socioassistencial ao CRAS e a articulação dos gestores municipais, e do DF, de assistência social (ou congênere) com as demais políticas públicas, criando espaço permanente de discussão e ajustes, estabelecendo fluxos de informação e encaminhamento entre as políticas, assinala a incompletude dos diversos serviços e a necessidade de interlocução permanente para a efetividade das suas ações. Aliás, a participação ativa e ininterrupta das três esferas de governo, de forma integrada com os respectivos conselhos de assistência social, é elemento para a construção contínua e a operacionalização deste serviço, seja por meio da oferta de financiamento, de assessoramento técnico ou de capacitações dos profissionais, entre outros. A atuação dos profissionais junto às famílias corresponde ao alicerce no qual o serviço PAIF se sustenta, o que exige constante atualização das informações, conceitos e metodologias de trabalho. 
Conclusão
O trabalho se refere à importância do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Família (PAIF) no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de São João do Manhuaçu/MG. O PAIF é essencial para a proteção de assistência social, assegura espaços de convívio, informa e garante acesso aos direitos sócio assistenciais, para o desenvolvimento da autonomia familiar e a ampliação de sua capacidade protetiva. Fortalece, ainda, vínculos familiares e comunitários, favorecendo a ampliação de perspectivas de vida das famílias mais vulneráveis e o acesso a oportunidades. O projeto tem o intuito de desenvolver a participação das famílias em situação de risco social. Durante o desenvolvimento desse trabalho será analisada a articulação que o CRAS tem com o PAIF e assim, aprofundando no conhecimento familiar. Neste sentido, espera-se que todas as famílias atendidas pelo CRAS tenham um atendimento e o acompanhamento, demandado de forma que tenham participação dessas famílias, reconhecimento de direitos sociais, econômicos e políticos; ampliação de espaços e oportunidades de sociabilidade e protagonismo social; impacto quanto à melhoria das condições de vida das famílias referenciadas e indivíduos; resolutividade sobre a ocorrência de situações de vulnerabilidade social.
As ações do Assistente Social em torno da família são de total importância para a sociedade, que muitas vezes necessita de uma política que fortaleça seus vínculos e proporcione oportunidades para que sua função seja executada de maneira plena. Quando esse trabalho não é executado de uma maneira eficaz, as famílias podem continuar em vulnerabilidade e seus vínculos podem ser rompidos. A atuação do Assistente Social é de suma importância no trabalho com as famílias, pois ele é um profissional que possui, através de sua formação, um acervo de informaçõescapazes de auxiliar o usuário a romper com a realidade vulnerável em que ele se encontra.
Debater a prática dos assistentes sociais no campo da política social não se confunde com o debate da prática profissional travado no campo de conhecimento do Serviço Social. Embora a intervenção do assistente social no campo da política social seja determinada pelo ethos profissional, ela se recobre de características que vão exigir não somente um alinhamento a determinado projeto profissional. Traz, também, a exigência de como colocar este projeto em movimento, num espaço onde não se tem a direção do processo e onde a autonomia é relativa. O trabalho no campo da política social, sob a os auspícios do projeto crítico estratégico, nos termos de Netto (1996), requer a explicitação das mediações necessárias para que o profissional possa decidir sobre a sua prática.
Referencias
MAGALHÃES, E. P. Documento Técnico descritivo e analítico contendo subsídios para a construção de orientações técnicas e normatizações para o PAIF a partir de uma análise dos resultados do Estudo Quantitativo do PAIF. Serviços de Consultoria no âmbito do Projeto Unesco 914/BRA/3026.
DIONNE, Hugues. A Pesquisa-Ação para o Desenvolvimento Local. Brasília: Liber Livros Editora, 2007.
CARVALHO, M. C. B. Políticas Públicas e Trabalho Social: polêmicas em debate. In: Metodologias de Trabalho Social. São Paulo, IEE-PUC-SP, 2008.
CARVALHO, M. B. (org). Parâmetros socioeducativos: proteção social para crianças, adolescentes e jovens: Igualdade como direito, diferença como riqueza: Caderno 3: o trabalho socioeducativo com crianças e adolescentes – 6 a 15 anos. / CENPEC – São Paulo: SMADS; CENPEC; Fundação Itaú Social, 2007.
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Brasília, DF: Senado, 1988. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate á fome. Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Brasília, 2004. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome. Tipificação de Serviços Socioassistenciais. Brasília, DF. 2009. BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à fome. Orientações técnicas sobre o PAIF. Vol. 2. 1ª Ed. Brasília, DF. 2012.
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 ___. Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, 2004.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
Ana Carla Machado Pereira 
 ``O serviço de protecao e atendimento integral a familia (paif): direitos vinculados a politica de assistencia social e processos de trabalho do assistente social``.
 
Quixeramobim
2019
Ana Carla Machado Pereira
 ``O serviço de protecao e atendimento integral a familia (paif): direitos vinculados a politica de assistencia social e processos de trabalho do assistente social``.
 
Trabalho de grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Direito e Legislação, Serviço Social e Processo de Trabalho, Estágio em Serviço Social III, Trabalho de Conclusão de Curso I, Serviço Social na Área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social.
Professores: Amanda Boza Gonçalves Natalia Branco Lopes Krawczun Nelma A. Galli Paulo Sérgio Aragão.
Quixeramobim
2019

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