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PRATICA VI TATIANE

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OFICINA COMO METODOLOGIA DO ENSINO DA LIBRAS
Bethânia Praes de Matos
Claúdia Maria de Carvalho Oliva Campos
Rosemary de Souza Almeida
Tatiane Gonçalves Silva¹
Bruno Lutianny Fagundes Monção
RESUMO
O presente paper tem como tema “Oficina como metodologia do ensino da Libras”, tema de extrema relevância. O desenvolvimento deste Paper tem como objetivo promover uma maior conscientização docente sobre a eficiência das oficinas pedagógicas como metodologia do ensino da Libras. Os objetivos específicos a serem alcançados são ressaltar a importância do papel do professor diante do aluno com DA em sala de aula, bem como a importância da formação docente diante da diversidade de alunos e salientar sobre a necessidade da aprendizagem da língua de sinais a todos os alunos. O procedimento metodológico utilizado no decorrer da pesquisa foi através de pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Para a construção do referencial teórico utilizou-se autores como: Lima (2007), Pereira (2014), Lacerda (2014), Silva (2015), Sander, (2008), Lobato (2016) entre outros que puderam validar e enriquecer a pesquisa.
Palavras-chave: Metodologia de ensino. Libras. Inclusão. 
1. INTRODUÇÃO
O presente paper tem como tema “Oficina como metodologia do ensino da Libras”, tema de extrema relevância, justifica-se a escolha do tema, pois gradativamente as pessoas com surdez vêm ganhando espaço na sociedade, haja vista que, são estudadas novas políticas públicas voltadas para estas pessoas, nascendo, portanto, um novo paradigma e novos conceitos.
 Permitindo assim, que a comunidade de pessoas surdas conquiste seu espaço no meio social como cidadã numa cultura em que há uma língua própria que está arraigada e sedimentada há séculos. Diante disso, a busca por metodologias pedagógicas específicas para esse público se torna de muita relevância, para que os alunos surdos tenham um ensino de qualidade.
As oficinas se trabalhadas de forma correta pode ser uma ferramenta de auxílio ao ensino aprendizagem dos alunos surdos, através das oficinas a aprendizagem se torna mais eficiente e significativa para os alunos em questão.
O desenvolvimento deste Paper tem como objetivo promover uma maior conscientização docente sobre a eficiência das oficinas pedagógicas como metodologia do ensino da Libras.
Os objetivos específicos a serem alcançados são ressaltar a importância do papel do professor diante do aluno com DA em sala de aula, bem como a importância da formação docente diante da diversidade de alunos e salientar sobre a necessidade da aprendizagem da língua de sinais a todos os alunos.
O procedimento metodológico utilizado no decorrer da pesquisa foi através de pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Para a construção do referencial teórico utilizou-se autores como: Lima (2007), Pereira (2014), Lacerda (2014), Silva (2015), Sander, (2008), Lobato (2016) entre outros que puderam validar e enriquecer a pesquisa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É muito importante que a escola e os professores estejam preparados para atender a diversidade de alunos com a eficiência que a inclusão propõe. De acordo com Lima (2009, p.87) “pensar sobre a diversidade no contexto escolar é uma necessidade no momento atual, essa temática é alvo constante de debate e reflexões pelos profissionais da educação.”
Os alunos surdos quando inseridos na escola regular precisam de metodologias pedagógicas que promovam a sua aprendizagem, diante disso é de extrema necessidade a construção de projetos educacionais que possam atender as necessidades dos alunos Surdos, permitindo o acesso, de direito, a uma educação de qualidade e de direitos iguais.
No Brasil, como em muitos outros países, a experiência com educação bilíngue ainda se encontram restritas. Um dos motivos para este quadro é, sem dúvida, a resistência de muitos a considerar a língua de sinais como uma língua verdadeira ou aceitar a sua adequação ao trabalho com o surdo. (LACERDA, 1996, p.79)
Os saberes docentes devem atender a todos os alunos respeitando e valorizando cada um como ser único, porém muitos professores não se esforçam para aprender a ensinar e trabalhar com alunos público alvo da educação especial e insistem em metodologias tradicionais e ultrapassadas que promovem a exclusão de muitos.
Quando se trata da inclusão de alunos surdos é muito importante que o professor compreenda que a “Libras deve ser priorizada em todo e qualquer espaço educativo, pois a Libras deve servir de base à apreensão de conhecimentos” (LOBATO, 2016, p. 29)
Sobre o preparo docente para atuar junto ao aluno com DA (Deficiência auditiva) Silva et al. (2015, p. 09) afirma que “os professores não são e nem recebem treinamentos para serem capacitados a ministrar aulas para alunos surdos. A realidade é que os alunos com DA acabam ficando frustrados por não compreenderem o que está sendo repassado”.
Fazendo assim urgente a conscientização docente quanto a necessidade de aperfeiçoamento profissional no ensino da Libras, pois “a língua de sinais pode ser considerada a grande saída para evitar os atrasos de linguagem, cognitivo e escolar das crianças surdas.” (SANDER, 2008, p. 11)
A inclusão precisa alcançar cada aluno, indiferente de sua peculiaridade e o aluno surdo precisa ser incluído na prática, tendo sua condição considerada e valorizada, visto que, “se nos estabelecimentos de ensino, porventura, tais aspectos forem desprezados [...] pode gerar conflitos de ordens psicológicas, pedagógicas e sociais, gerando o fracasso escolar desses sujeitos”. (SILVA, 2016, p. 34) 
Cabendo assim ao professor buscar meios de capacitação docente, de forma que o ensino aprendizagem seja significativo para todos os alunos.
O professor deve ser capaz de conceber-se como agente de mudanças do contexto social, já que seu papel extrapola o mero repasse de conhecimentos, sendo, sobretudo, o de formar de cidadãos [...] sua atuação está comprometida com as condições da escola e com a qualidade de sua formação acadêmica. É ele, o professor, a autoridade responsável pelo processo de ensinoaprendizagem se seus alunos (PIRES, 2005, p. 15). 
De acordo com Brasil (2010, p. 17), “o professor deve planejar o ensino dessa língua a partir dos diversos aspectos que envolvem sua aprendizagem, como: referencias visuais, anotação em língua portuguesa, [...]”. Outra metodologia que pode ser utilizada no ensino da Libras é a oficina pedagógica.
Pois se a língua de sinais é estranha aos alunos que utilizam a língua oral, a língua oral também é estranha a comunidade de surdos, diante disso, a inclusão se faria verdadeiramente se todos aprendessem a língua de sinais. Pois se aprender uma segunda língua como o inglês é importante, a língua de sinais deveria constar nos currículos educacionais do Brasil.
As escolas precisam se organizar para ter um ambiente com um contexto linguístico adequado para os Surdos, buscando um êxito na sua educação, para isso as escolas devem perceber que a língua de sinais, sendo a língua oficial da comunidade surda, seja uma garantia de direito do Surdo usar sua língua natural. (LOBATO, 2016, p. 35)
Ainda há um caminho longo para que os alunos surdos possam receber atendimento escolar adequado como a Lei prevê na teoria, mas o professor deve possuir atualização profissional constante para que se possa atuar diante das particularidades de cada aluno com competência. 
É necessário refletir sobre (...) em relação à construção de uma pedagogia visual, campo desconhecido pela maioria, levando em consideração a realidade do ensino, principalmente quanto à aquisição da linguagem e dos recursos didáticos do ensino às pessoas surdas no âmbito escolar. (CAMPELLO, 2000, p.128)
O professor interprete de libras desempenha um papel importante para o processo inclusivo e de aprendizagem do aluno surdo, Segundo Lacerda (2014, p.34)
Na ausência desses profissionais, a interação entre surdos e ouvintes fica muito prejudicada. Os surdos ficam limitados a participar apenas parcialmente de várias atividades (pelo não acesso à língua oral), desmotivados pela faltade acesso ou total exclusão das informações.
“[...] É importante que este intérprete tenha preparo para atuar no espaço educacional como educador atento as dificuldades, mediando e favorecendo a construção dos conhecimentos.” (LACERDA, 2014, p.34) A função docente tanto do professor interprete da língua de sinais quanto o professor regente de turma vai muito mais além de ensinar conteúdos, cabe a eles a promoção da verdadeira inclusão de todos.
Pereira (2014, p. 149), ressalta que “o professor deixa de ocupar o papel principal no processo de ensino-aprendizagem, de detentor do conhecimento, para assumir o papel de parceiro, ajudando cada aluno a progredir na aprendizagem.”
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O procedimento metodológico utilizado no decorrer da pesquisa foi através de pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo. Para a construção do referencial teórico utilizou-se autores como: Lima (2007), Pereira (2014), Lacerda (2014), Silva (2015), Sander, (2008), Lobato (2016) entre outros que puderam validar e enriquecer a pesquisa.
Para compreender melhor o assunto abordado foi feita a leitura de alguns livros, artigos e revistas sobre as oficinas como metodologia do ensino da Libras. Esse tipo de pesquisa pode tornar o problema pesquisado mais claro ou levar a descoberta de intuição sobre o tema citado fundamentando em estudos bibliográficos. 
Segundo Pádua (1996, p. 33); 
A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, textos legais, mapas, fotos, etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, servirão à fundamentação teórica do estudo.
O que se espera com o desenvolvimento da presente pesquisa é promover uma maior conscientização docente sobre a eficiência das oficinas pedagógicas como metodologia do ensino da Libras.
Além de ressaltar a importância do papel do professor diante do aluno com DA em sala de aula, bem como a importância da formação docente diante da diversidade de alunos e salientar sobre a necessidade da aprendizagem da língua de sinais a todos os alunos.
 Registro fotográfico 
Figura: crianças aprendendo Libras 
Fonte: Revista Educação Pública. foto retirada do artigo “O lúdico como facilitador do ensino da Libras na educação infantil” da autora Gertrudes Erundina Dantas Neta, Licenciada em Letras – Libras (UFPB)
Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/17/13/o-ldico-como-facilitador-no-ensino-da-libras-na-educao-infantil. Acesso em 30 de Junho de 2020.
Uma vez que as escolas se encontram fechadas devido ao contexto da pandemia co Covid-19 (corona vírus) a imagem em questão foi retirada do artigo mencionado, com o objetivo de mostrar que os alunos podem aprender a linguagem de sinais com facilidade, porém para isso é preciso uma maior conscientização docente sobre a necessidade desse aprendizado para todos os alunos.
De acordo com Bregonci e Machado (2010, p. 68) “Pensar em LIBRAS para os sujeitos surdos é mais que pensar simplesmente em acessibilidade, é pensar em um mecanismo no qual os seus usuários poderão exercer seus direitos de cidadão”.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os objetivos propostos puderam ser alcançados com êxito, visto que foi possível com o desenvolvimento do paper promover uma maior conscientização docente sobre a eficiência das oficinas pedagógicas como metodologia do ensino da Libras.
Além de ressaltar a importância do papel do professor diante do aluno com DA em sala de aula, bem como a importância da formação docente diante da diversidade de alunos e salientar sobre a necessidade da aprendizagem da língua de sinais a todos os alunos.
Os alunos surdos quando inseridos na escola regular precisam de metodologias pedagógicas que promovam a sua aprendizagem, diante disso é de extrema necessidade a construção de projetos educacionais que possam atender as necessidades dos alunos Surdos, permitindo o acesso, de direito, a uma educação de qualidade e de direitos iguais.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que é preciso uma maior compreensão de que o ensino de LIBRAS é a esperança para uma comunidade de pessoas surdas que em sua maioria são desrespeitadas em seus direitos, além de também ser a forma de relacionar- se e viver em sociedade. 
Ainda há um caminho longo para que os alunos surdos possam receber atendimento escolar adequado como a Lei prevê na teoria, mas o professor deve possuir atualização profissional constante para que se possa atuar diante das particularidades de cada aluno com competência. 
Sendo assim, o professor precisa assumir o seu papel, buscar recursos e qualificações para atender a diversidade de seus alunos com ou sem NEE, o processo inclusivo precisa de seus personagens principais que são: aluno, conhecimento e professor.
A promoção da conscientização docente e escolar quanto à necessidade de se pensar e estudar metodologias e práticas pedagógicas para o ensino de Libras, além de mudança de atitudes preconceituosas se faz de extrema urgência. Esse processo inclusivo requer boa vontade, planejamento e principalmente conscientização docente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez. Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. 2010. 
BREGONCI, A. M; MACHADO, L. L. V. A Língua de Sinais e a Aquisição do Português Escrito: Ferramentas Necessárias Para o Letramento e a Emancipação dos Sujeitos Surdos. In: Victor, S. L. Práticas Bilíngües: Caminhos Possíveis na Educação de Surdos. Vitória: GM, p. 55-69. 2010.
CAMPELLO, A.R de S. Pedagogia Visual/Sinal na Educação dos Surdos. In: QUADROS, R.M. PERLIN, G.(organizadoras). Estudos Surdos II. Rio de Janeiro, Petrópolis: Arara Azul, 2007.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. São Paulo, Campinas. Cadernos Cedes, vol. 26, n. 69, p. 163-184, 2006.
LIMA, Michelle Fernandes. A escola como Lócus da Diversidade. In: SILVA, Adnilson José da; [et.al]. Fundamentos da diversidade e cidadania: percursos conceituais, históricos e escolares. Guarapuava: Editora da Premier/ Unicentro, 2009.
LOBATO, Huber Kline Guedes; AMARAL, Helen Nazaré Silva; SILVA Lucival Fábio Rodrigues da. Análises e reflexões sobre a inclusão escolar de alunos surdos no ensino regular. In: Diálogos sobre inclusão escolar e ensino-aprendizagem da libras e língua portuguesa como segunda língua para surdos. 2016. 
MIRANDA, Ana Patrícia e Silva de; FIGUEIREDO, Daiane Pinheiro; LOBATO, Huber Kline Guedes. A tecnologia da informação e comunicação e ensinoaprendizagem de alunos surdos: relato sobre a experiência de uma professora da sala de informática. In: diálogos sobre inclusão escolar e ensino-aprendizagem da libras e língua portuguesa como segunda língua para surdos. 2016.
PÁDUA, E. M. M. Metodologia de pesquisa: abordagem teórica prática. Campinas: Papirus, 1996. 
PEREIRA, Maria Cristina da Cunha. O ensino de português como segunda língua para surdos: princípios teóricos e metodológicos. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição Especial n. 2/, p. 143-157. Editora UFPR. 2014.
PIRES, Daniela Fernandes Vieira Guimarães. A CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES PARA TRABALHAR COM CRIANÇAS SURDAS. 2005. 55f. (Trabalho de Conclusão de Curso) Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2005.
SANDER, Marieuza Endrissi. Libras, formação de conceitos em alunos surdos: A importância da mediação. Secretaria de Estado da Educação-PR. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. 2008.
SILVA, Carine Mendes da; SILVA, Daniele Nunes Henrique. Libras na educação de surdos: o que dizem os profissionais da escola? In: Psicologia Escolar e Educacional. v. 20, n.1, 2016.
1 Bethânia Praes de Matos, Claúdia Maria de Carvalhos Oliva Campos, Rosemary de Souza Almeida, Tatiane GonçalvesSilva
2 Bruno Lutianny Fagundes Monção
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Turma Flex) – Prática do Módulo VI – 10/07/2020

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