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Apostila_Módulo I

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FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA POSITIVA E IE 
 
“Diga-me, e eu esqueço. Ensine-me, e eu me lembro. Envolva-me, e eu 
aprendo.” 
(Benjamin Franklin) 
 
 
Seja bem-vindo a essa formação que vai mexer com você e com suas 
emoções, já que para o aprendizado ocorrer nós precisamos ir ao encontro 
dele com movimento, provando e experimentando, usando todos os nossos 
sentidos e nos emocionando juntos. A Psicologia Positiva unida a Inteligência 
emocional, a neurociência, ao Coaching e a PNL possibilita uma maior 
consciência de como o ser humano funciona, reage e de como podemos 
potencializar os nossos resultados e autodesenvolvimento. Os limites não são 
rígidos e a multidisciplinariedade é fundamental para o crescimento e 
florescimento do ser humano. 
 
 
MÓDULO 1 
 
A PSICOLOGIA POSITIVA 
 
As pesquisas da Psicologia positiva foram iniciadas no final da década de 1990 
pelo Dr. Martin E. P. Sligman, grande líder, psicólogo, ex-presidente da APA 
(American Phsychological Association) e professor da Universidade da 
Pensilvânia, que decidiu resgatar uma das missões da Psicologia que havia 
ficado em segundo plano após a segunda guerra mundial, voltando o foco 
assim no bem estar e florescimento humano. 
 
A Psicologia positiva distingue-se de outras áreas da Psicologia pois em vez de 
focar em síndromes e distúrbios, seu foco é tudo aquilo que contribui para 
tornar uma pessoa emocionalmente saudável e feliz e quando aplicada, 
 
 
enfatiza a identificação e a aplicação das forças e talentos do ser humano para 
gerar bem-estar, realização e a manutenção de estados emocionais positivos e 
consequentemente mais felicidade e conquistas. 
 
Em 2002, Seligman tornou públicas suas primeiras pesquisas ao lançar o livro 
Authentic Happiness, traduzido para o português, em 2004, como Felicidade 
Autêntica. A partir daí um grande movimento levou pesquisadores, professores, 
psicólogos a realizar pesquisas e desenvolver técnicas que estão sendo 
testados no mundo todo, com o apoio de diversas universidades e instituições. 
As descobertas das pesquisas vêm sendo utilizadas para: 
 
- Aumento da satisfação de vida; 
- Gerenciamento de emoções positivas; 
- Florescimento humano; 
- Funcionamento otimizado; 
- Produtividade, vitalidade e saúde; 
- Desenvolvimento pleno na família e no trabalho... 
 
Os estudos tratam de toda a gama de assuntos relevantes para a elevação do 
nível de felicidade e bem-estar. 
 
 
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
 
Inteligência Emocional é um conceito da Psicologia que descreve a capacidade 
de reconhecer e avaliar as suas próprias emoções a as dos outros, assim como 
a capacidade de lidar com elas. Ou seja, é a competência responsável por boa 
parte do sucesso e da capacidade de liderança de um ser humano. Presente 
na Psicologia e criado pelo psicólogo americano Daniel Goleman. Um indivíduo 
emocionalmente inteligente é aquele que consegue identificar as suas 
emoções com mais facilidade. 
Uma das grandes vantagens das pessoas com inteligência emocional é a 
capacidade de se automotivar e seguir em frente, mesmo diante de frustrações 
 
 
e desilusões. Entre as características da inteligência emocional está a 
capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações 
adequadas, praticar a gratidão e motivar as pessoas, além de outras 
qualidades que possam ajudar a encorajar outros indivíduos. 
 
De acordo com Goleman, a inteligência emocional pode ser subdivida em cinco 
habilidades específicas: 
 
 Autoconhecimento emocional; 
 Controle emocional; 
 Automotivação; 
 Empatia; 
 Desenvolver relacionamentos interpessoais (habilidades sociais) 
 
 
PSICOLOGIA POSITIVA E INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
 
Enquanto o foco da Psicologia Positiva é estudar e compreender tudo o que 
leva o ser humano a sentir bem estar e a florescer, o foco da IE é levar o ser 
humano através da compreensão de suas emoções a aprender a lidar melhor 
com elas e consequentemente com as pessoas ao seu redor. E é aqui que elas 
se interligam. Está em ambas a preocupação em: 
 
 Entender as emoções (positivas e negativas) 
 Compreender o que leva o ser humano a se engajar (automotivação) 
 Encontrar sentido e propósito (conexão com valores e forças) 
 Melhoria e saúde dos relacionamentos positivos (empatia, habilidades 
sociais) 
 O que leva o ser humano a sentir-se realizado (autoconhecimento) 
 
 
 
 
 
 
1) Entendendo as 4 emoções básicas 
 
MEDO - O Medo é uma das emoções mais primitivas e é disparado na parte do 
Cérebro Límbico, onde se localizam as emoções. Quando a pessoa se depara 
com um evento perigoso, a Amígdala dispara o comando para as glândulas 
supra-renais liberarem no organismo a Adrenalina. O corpo recebe energia 
para obter força para lutar ou fugir em alta velocidade. Os animais também têm 
medo, sendo que um réptil, por exemplo, é dotado das emoções do medo e 
raiva. 
 
 A primeira emoção sentida por um ser humano no útero materno; 
 Garante a preservação do ser humano; 
 Nos protege de situações de ameaça ou perigo; 
 Nos impulsiona a fugir ou paralisar diante de uma situação de risco; 
 Ajuda a liberar a energia criativa; 
 Em situações de risco ou pressão, gera uma intensa força que nos faz 
agir instintivamente para preservar a vida. 
 
MEDOS IMPORTANTES PARA A VIDA - São aqueles associados a situações 
que oferecem riscos reais. Esses medos são agentes protetores, pois, quando 
se manifestam, o organismo se prepara para uma possível e importante 
reação. 
 
MEDOS QUE NÃO FAZEM SENTIDO PARA A VIDA - Despertam insegurança 
e geralmente estão relacionados a um sentimento de incapacidade, 
inferioridade e não merecimento. Medo de passar por alguma situação que 
possa provocar prejuízos emocionais, como fracasso, frustração, crítica ou 
abandono, ou seja: o medo de ser rejeitado. Medo de falar em público, medo 
de ficar sozinho, medo da velhice, medo de não ser capaz, medo de receber 
um não, medo de ser rejeitado em uma venda, etc. 
 
RAIVA - A Raiva, assim como o Medo, também é uma das emoções mais 
primitivas e é disparada na parte do Cérebro Límbico, onde se localizam as 
 
 
emoções. Quando a pessoa se depara com um evento perigoso, a Amígdala 
dispara o comando para as glândulas suprarrenais liberarem no organismo a 
Adrenalina. Além deste hormônio, os homens produzem a Testosterona que 
potencializará a decisão de lutar em vez de fugir. As mulheres também têm 
este hormônio, mas aproximadamente 20 vezes menos. A união, então, da 
Adrenalina com a Testosterona gerará o impulso para o combate. 
 
 Nos impulsiona às mudanças e nos coloca em um estado defensivo; 
 Nos coloca em movimento para alterar uma situação de frustração; 
 Em situações de perigo, impulsiona o ser humano a enfrentar, lutar e se 
defender; 
 Nos faz estabelecer limites e nos dá energia para mudar uma situação 
em que nos sentimos injustiçados. 
 
A RAIVA PRODUTIVA - Nos coloca em movimento para mudar uma situação 
ou para nos defender/proteger. Não perdemos o controle, nem machucamos 
alguém ao expressá-la. Utilizamos para provar a nós mesmos e ao mundo que 
somos capazes de fazer algo. Nos permite fazer mais, realizar mais, executar 
mais as coisas importantes da nossa vida. 
 
A RAIVA NEGATIVA - Se manifesta por meio da agressividade, com o outro 
ou com nós mesmos. O calor das emoções afeta significativamente a função 
racional, e agimos de forma primitiva agredindo verbalmente ou até 
fisicamente. 
 
TRISTEZA - A Tristeza não tem neurotransmissores, não tem hormônios. A 
Tristeza é ausência de Alegria, Prazer, Satisfação, Motivação, Ação, Amor, 
Carinho, Paz, Perseverança, etc. Essa emoção é menos primitiva, ou seja, 
podemos encontrá-la nos animais mais desenvolvidos como as aves e 
mamíferos, por exemplo. É possível ver nos olhos de um cachorrinho a 
tristeza?! É possível entender que um pássaro quando para de cantarsignifica 
que está em estado de tristeza?! Na maior parte das vezes ela se manifesta 
 
 
por perdas e prisões do passado. Surge quando perdemos pessoas ou coisas 
com o qual mantínhamos um forte vínculo emocional; 
 
 Aparece também quando agimos de forma incongruente no passado 
infringindo nossos valores, trazendo sentimento de culpa, angústia; 
 Eventos que nos fizeram sentir decepções, humilhações, abandono, 
críticas, injustiças, traições, agressões, rejeições através das ações de 
outras pessoas; 
 Nos ensina a lidar com as perdas e decepções da vida; 
 Propicia um ajustamento a uma perda, permite-nos descansar, 
recuperar as energias e nos ajuda a deixar ir o que já perdemos, abrindo 
espaço para novas experiências. Fechando ciclos antigos e abrindo 
novos; 
 Quando a tristeza é profunda, aproximando-se da depressão, a 
velocidade metabólica do corpo fica reduzida; 
 Quando compartilhada, traz alivio. 
 
Muitas pessoas acabam camuflando essa emoção, querendo que ela acabe 
rapidamente. Mas as pessoas que passam por cima da tristeza acabam 
reprimindo sua dor e fazendo que ela cresça ainda mais em seu interior, se 
transformando em doenças como depressão. 
 
TRISTEZA PASSAGEIRA - Surge por algum fato específico, como o fim de um 
relacionamento, um problema de família, um erro cometido no trabalho, que 
dura por um tempo relativamente curto. 
 
TRISTEZA DURADOURA - Frustrações não superadas que trazem um estado 
permanente de tristeza, de maneira intensa, consumindo a pessoa, fazendo 
com que ela perca o prazer nas coisas que gostava de fazer e impedindo que 
viva sua rotina. Na maioria das vezes, mesmo se algo positivo acontece, a 
pessoa continua triste. A tristeza permanente é um dos principais sintomas da 
Depressão, especialmente quando surge ou se mantém sem um motivo 
aparente. 
 
 
 
ALEGRIA E PRAZER- A Alegria, assim como a Tristeza são emoções mais 
“novas” e a encontramos nos animais mais desenvolvidos. Quando nos 
sentimos alegres, o cérebro executa o seguinte processo: a Área Tegmental 
Ventral dispara o comando para o Núcleo Accumbens liberar o 
neurotransmissor Dopamina. Em conjunto, o Núcleo de Rafe libera Serotonina, 
o Hipotálamo libera a Ocitocina, a Hipófise libera a Endorfina e o sistema do 
ser viverá a expansão desta emoção. Um cachorrinho abanará seu rabo, o 
pássaro começará a cantar, um gato ronronará e o golfinho saltará da água. 
 
 Funciona como um combustível que nos ajuda a superar as dificuldades 
da vida; 
 Emoção reguladora e que torna a vida agradável; 
 Equilibra as experiências de frustração, desilusão e afetos negativos em 
geral; 
 Permite a preservação do bem-estar emocional diante dos 
acontecimentos estressantes; 
 Gera a gratidão genuína da vida; 
 Nos reconecta com nossa essência; 
 A alegria compartilhada tem o poder de multiplicar e contagiar a todos 
ao nosso redor. 
 
2) Compreendendo o que leva o ser humano a se engajar 
(automotivação) 
 
Para entender o engajamento, Seligman considera o significado do flow, 
estudado por seu colega de pesquisas Mihalyi Csikszentmihalyi que 
estudaremos mais para frente em conjunto com a teoria da motivação interna 
ou automotivação. O engajamento diz respeito ao envolvimento total 
consciente de um indivíduo em alguma ocupação ou trabalho, na qual utiliza 
todos os sentidos em uma experiência de imersão onde sua essência e a 
experiência se fundem. 
 
 
 
3) Encontrando sentido e propósito (conexão com valores e forças) 
 
O significado ou propósito de vida trata da conexão do indivíduo com "algo 
maior que ele mesmo". Em suas pesquisas, Seligman ele descobriu que as 
pessoas ligadas a algum tipo de espiritualidade aparecem nas pesquisas 
sempre como mais felizes e com maior bem-estar. O outro lado dessa conexão 
com 'algo maior" também pode estar relacionado à vida e a algum tipo 
específico de trabalho, o voluntário, por exemplo. Um indivíduo que realiza 
trabalho voluntário muitas vezes o identifica como estar conectado a "algo 
maior", ou seja, a doação de seu tempo e de suas habilidades em prol de uma 
causa. Contudo, há muitas outras formas de atuação que podem proporcionar 
significado e propósito — inclusive em sua rotina diária. Tudo depende de você 
saber quais são suas forças e valores, e de que forma você pode expressá-las 
visando um propósito maior. 
 
4) Melhorando a saúde dos relacionamentos 
 
Relacionamentos positivos com familiares, companheiros, amigos, parceiros, 
colegas de trabalho e com as pessoas em geral nos dão a sensação de apoio e 
de conexão. Segundo as pesquisas de Seligman, as pessoas mais felizes 
costumam ser as mais sociáveis. Além disso, relacionamentos positivos são as 
bases de instituições positivas, sejam elas famílias, empresas ou comunidades. 
Para ressaltar a importância dos relacionamentos, o psicólogo lembra que os 
nossos momentos de intensa emoção geralmente acontecem quando estamos 
junto de outras pessoas. 
 
5) Encontrando a realização 
 
A realização refere-se a atingir os objetivos que estabelecemos para nós. Ela 
pode ser: 
➔ Momentânea, quando não está relacionada a um propósito maior; 
➔ Um marco de vida, quando é imbuída de significado. 
 
 
De acordo com Seligman, os dois tipos de realização podem contribuir para o 
aumento do bem-estar. 
 
 
FELICIDADE AUTÊNTICA 
 
A felicidade vem sendo objeto de estudos desde a Antiguidade e, no século 
XXI, passou a ser assunto de pesquisadores que descobriram sua importância 
para a construção do desenvolvimento humano positivo. O termo felicidade 
sempre teve muitos significados. A apreciação subjetiva da vida, também 
chamada de bem-estar psicológico ou satisfação com a vida, foi definida como: 
“O grau em que um indivíduo julga a qualidade global de sua vida de modo 
geral”. Em outras palavras: o quanto a pessoa gosta da vida que leva. 
 
Quando dizemos que uma pessoa está feliz, queremos dizer que ela julga sua 
vida favoravelmente, em vez de desfavoravelmente. Resumindo: a felicidade é 
um estado mental de bem-estar caracterizado por emoções positivas ou 
agradáveis que vão desde o contentamento até a intensa alegria. Mas como 
saber e medir a felicidade de um indivíduo? 
 
Teorias da felicidade 
 
O psicólogo Martin Seligman, um dos líderes da Psicologia positiva, aborda em 
seu livro Felicidade Autêntica (2004) diferentes visões sobre o assunto. Para 
Seligman existem três tipos distintos de felicidade: 
 
- A vida agradável (com foco nos prazeres): ter tantos prazeres quanto 
possível e possuir as habilidades para amplificar cada um deles. 
- A vida boa (com foco no engajamento): descobrir quais são as forças que 
representam sua “assinatura”, sua personalidade, seu jeito de ser e de 
posicionar-se no mundo. 
 
 
 
- A vida significativa (medida pelo seu valor): utilizar suas forças de 
assinatura a serviço de algo que você acredita ser maior do que você e que 
torne sua vida plena. 
 
Vale a pena ser feliz? 
 
Nas últimas três décadas, psicólogos e pesquisadores desenvolveram 
centenas de estudos, e todos chegaram a uma mesma conclusão: nossos 
antepassados estavam certo. Vale a pena preocupar-se com a felicidade 
porque (ADALIKWU, 2012): 
 
 Pessoas felizes são mais saudáveis 
 Pessoas felizes lidam melhor com a doença 
 Trabalhadores felizes são mais produtivos 
 Pessoas felizes são mais persistentes para resolver problemas e mais 
solidárias 
 Pessoas felizes vivem mais 
 Pessoas felizes são muito mais positivas. Estudos em continentes 
diversos coincidem neste ponto: um estado de espírito positivo faz o 
indivíduo ser mais criativo, generoso e construtivo. Ele vê mais 
oportunidades e potenciais quando pensa de forma positiva. 
 
Interpretando os acontecimentos – Percepção 
 
O filósofo grego Epiteto, que viveu como escravo em Roma, já dizia: “O que 
perturba os homens não são as situações, mas omodo como eles as 
interpretam”. Ou seja: as nossas interpretações dos acontecimentos 
determinam nossa reação, que, por sua vez, está diretamente relacionada com 
o que sentimos e com o nível de stress que isso causa. Você já deve ter 
observado que duas pessoas diferentes reagem de forma diversas à mesma 
situação. Enquanto o otimista vê o copo meio cheio, o pessimista o vê meio 
vazio. Enquanto uma pessoa fica estimulada ao perceber determinada situação 
 
 
como um desafio a vencer, outra, diante da mesma situação, pode sentir-se 
ameaçada e ficar estressada. 
A analogia do copo mostra que nossas emoções e nossos comportamentos 
não são desencadeados pelos fatos, e sim pela forma como pensamos e 
avaliamos os acontecimentos. As formas repetitivas e padronizadas de pensar 
e avaliar revelam nossos padrões e crenças. 
 
Medindo a felicidade 
 
A felicidade pode ser medida? De acordo com pesquisadores e estudiosos, 
sim. As pessoas, em geral, sabem quando se sentem ou não felizes. Contudo, 
a felicidade não é um estado estático. Até mesmo as pessoas mais felizes 
relatam sentir emoções negativas, de tempos em tempos. 
Uma das medidas mais utilizadas pelos cientistas é a Escala de Satisfação 
Com a Vida (ESCV), do pesquisador norte-americano Ed Diener. A escala 
avalia o bem-estar do indivíduo, ou seja, a satisfação dele com a vida. O 
próprio entrevistado pode eleger o que é fundamental para sua satisfação. O 
questionário tem apenas cinco itens, que perguntam aos entrevistados a 
classificação de sua satisfação com a vida, em uma escala de 1 a 7. Extensas 
pesquisas foram realizadas em todo o mundo, e a escala já foi validade no 
Brasil por psiquiatras e psicólogos. 
 
 
Vamos lá então? 
 
1. Na maioria dos aspectos, minha vida aproxima-se dos meus ideais. ( ) 
2. As condições da minha vida são excelentes. ( ) 
3. Estou satisfeito com a minha vida. ( ) 
4. Até agora eu tenho conseguido alcançar as coisas importantes que 
quero para minha vida. ( ) 
5. Se eu pudesse viver a minha vida de novo, não mudaria praticamente 
nada. ( ) 
 
 
 
Dê uma nota de 1 a 7, sendo: 
1 = Concordo totalmente. 
2 = Concordo. 
3 = Concordo parcialmente. 
4 = Nem concordo, nem discordo. 
5 = Discordo parcialmente. 
6 = Discordo. 
7 = Discordo totalmente. 
 
As respostas para cada item devem, então, ser tiradas da fórmula de Diener, 
segundo a qual cada valor pontuado é subtraído de 8. Por exemplo: suponha 
que na primeira afirmação você tenha marcado 2. Subtraindo 2 de 8, o 
resultado é 6. Na segunda afirmação, caso você tenha marcado 4 (8 – 4 = 4), o 
resultado será 4. Continue fazendo as subtrações e depois some os resultados. 
 
Os valores finais variam de 5 a 35, sendo: 
 De 5 a 9 = extremamente insatisfeito; 
 De 10 a 14 = insatisfeito; 
 De 15 a 19 = pouco insatisfeito; 
 De 20 a 24 = medianamente satisfeito; 
 De 25 a 29 = satisfeito; 
 De 30 a 35 = extremamente satisfeito. 
 
 
30 A 35 – EXTREMAMENTE SATISFEITO 
Pessoas nesta faixa de pontuação amam suas vidas e sentem que as coisas 
vão muito bem. Contudo, o fato de estarem satisfeitos não significa que sejam 
complacentes. Na verdade, o crescimento e o desafio podem ser parte da 
razão pela qual elas se sentem satisfeitas. Para a maioria dos indivíduos nesta 
faixa, a vida é prazerosa e os principais domínios de suas existências 
funcionam a contento; trabalho, família, relacionamentos, lazer e 
desenvolvimento pessoal. 
 
 
 
 
25 A 29 – SATISFEITO 
As características acima também se aplicam às pessoas nesta faixa de 
pontuação. A diferença é que elas podem extrair motivação das áreas de suas 
vidas nas quais a satisfação é menor. 
 
20 A 24 – MEDIANAMENTE SATISFEITO 
A medida da satisfação com a vida nas nações economicamente desenvolvidas 
situa-se nesta faixa de pontuação. As pessoas que se encontram nesta faixa 
estão satisfeitas com a maioria das diferentes áreas de suas vidas, mas 
percebem a necessidade de algumas melhorias em todas as áreas – ou de 
grandes melhorias em uma ou duas áreas. É importante observar que, embora 
essa situação possa ser vista como “normal” – uma vez que se aplica à boa 
parte das pessoas – quem se posiciona nesta faixa em geral quer promover 
mudanças em sua vida a fim de mover-se para um nível mais elevado. 
 
15 A 19 – POUCO INSATISFEITO 
Pessoas que pontuam nesta faixa geralmente possuem pequenos, porém 
significativos, problemas em diversas áreas de suas vidas. Ou, então, estão 
bem em diversas áreas, mas possuem uma área que representa um problema 
substancial para elas. Se o indivíduo moveu-se temporariamente de um nível 
mais alto de satisfação para este por causa de um evento recente, as coisas 
tenderão a melhorar com o tempo e a satisfação voltará a subir – para algumas 
pessoas, um pouco de insatisfação pode funcionar como motivador. Por outro 
lado, se a pessoa se sentir cronicamente “um pouco insatisfeita” com muitas 
áreas de sua vida, reflexão e mudanças são necessárias. 
 
10 A 14 – INSATISFEITO 
Pessoas nesta faixa de pontuação sentem-se substancialmente insatisfeitas 
com suas vidas. Elas podem estar mal em diversas áreas, e muito mal em uma 
ou duas áreas. Se a insatisfação for uma resposta a um grave evento recente 
(divórcio, falecimento de um ente querido, demissão…), é provável que com o 
tempo, esses indivíduos retornem a seus níveis anteriores de satisfação. 
 
 
Entretanto, se a insatisfação for crônica, mudanças se fazem necessárias – 
tanto nas atitudes quanto nos padrões mentais e atividades diárias. Nesta 
faixa, a pessoa pode não estar funcionando bem porque a infelicidade atua 
como uma distração. Embora uma mudança positiva dependa sempre da 
pessoa, a ajuda de um especialista pode ser recomendável. 
 
5 A 9 – EXTREMAMENTE INSATISFEITO 
Pessoas nesta faixa de pontuação sentem-se substancialmente infelizes com 
suas vidas. Elas se inserem na descrição acima com as seguintes diferenças: 
este nível de insatisfação indica que a pessoa não está bem em múltiplas áreas 
de sua vida. E, em alguns casos (mas nem sempre), a insatisfação 
cronicamente extrema pode estar ligada ao alcoolismo ou ao abuso de 
substância tóxica. A pessoa precisa mudar e a ajuda de especialistas é 
necessária. 
O que você aprende com essa escala e com as pesquisas da mega sena e da 
diferença dos níveis de felicidade entre o sul e o Nordeste? 
 
Você pode aumentar a sua felicidade? 
 
A ciência indica que sim. Em 1996, o geneticista e psicólogo David Lykken e o 
psicólogo Auke Tellegen, ambos da Universidade de Minnesota, pesquisaram o 
papel dos nossos genes na formação de nossos níveis de satisfação com a 
vida. Estudaram 4 mil pares de gêmeos e concluíram que 50% da nossa 
satisfação com a vida vêm de nossos genes. Eles impactam a forma como 
lidamos com o stress, os nossos níveis de ansiedade, se temos disposição 
otimista ou se tendemos a focar o lado obscuro da vida. Lykken e Tellegen 
(1996), então, trabalharam com outros fatores que contribuem com cerca de 
8% para a nossa sensação de bem-estar, como nível de educação, religião, 
estado civil e renda. Sobraram 42% que são capazes de fazer a diferença. 
Segundo o geneticista, temos um nível ao qual tendemos a regressar depois de 
altos e baixos da vida. Esse nível chama-se set point. Por exemplo, estudos 
indicam que ganhadores de loteria ficam eufóricos por um tempo, mas em uma 
no voltam ao mesmo nível de felicidade, ou infelicidade, que tinham antes de 
 
 
enriquecer. Como todos nós, eles têm de lidar com os aborrecimentos da vida 
diária – do trânsito congestionado aos problemas de relacionamento, entre 
outros. Conclusão: os ganhadores da loteria acabam voltando ao seu set point 
de felicidade, só que em ambientes mais luxuosos. Diante dessa descoberta, 
os cientistas passaram a usar o set point em seus estudos e desenvolveram 
uma fórmula para aumentar a felicidade. 
 
A fórmulada felicidade 
 
Após um amplo estudo (não publicado), os pesquisadores britânicos 
especialistas em Psicologia positiva Peter Cohen e Carol Rothwell chegaram à 
seguinte “formula da felicidade”: 
 
H = S + C + V 
 
Sendo: 
H (Happinesse) = nível constante de felicidade – 100% 
S (Set Range) = limites preescritos.- 50% 
C (Circunstancer) = circunstâncias da vida – 8 a 10% 
V (Voluntary) = fatores que obedecem ao seu controle voluntário – 40 a 42% 
 
As variáveis S tendem a impedir que o nível de felicidade aumente. Elas são 
constituídas por fatores genéticos, rotina hedonista e limites preestabelecidos. 
O estudo das circunstâncias abrange dinheiro (que não teria grande influência 
no aumento do nível constante de felicidade), casamento (esse, sim, com forte 
influência na felicidade das pessoas) e também vida social, emoções 
negativas, saúde, educação, religião, dentre outras circunstâncias. 
De acordo com Seligman (2002), enquanto a felicidade que vem do prazer é 
transitória e difícil de melhorar, a felicidade duradoura pode ser aumentada por 
meio de exercícios simples, cujos efeitos foram comprovados por pesquisas. 
Isso inclui desde contar suas bênçãos até reservar um tempo para fazer o que 
você gosta ou ajudar alguém de modo desinteressado. 
 
 
 
VAMOS PRATICAR? 
 
Meu maior sonho... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEU EU IDEAL 
 
PASSO 1 - O que você gostaria de fazer, ter e ser? Em que você gostaria de 
ser bom? 
 
 
 
 
PASSO 2 - Quem você é? O que você faz? No que você é bom? 
 
 
 
 
PASSO 3 - O que é necessário fazer para atingir seu eu ideal? O que você 
precisa mudar, adquirir, aprender, tornar-se, acreditar? 
 
 
 
 
PASSO 4 - Que comportamentos e experiências você pode buscar para obter a 
mudança e resultados desejados? 
 
 
 
 
 
 
PASSO 5 - Quem pode ajudá-lo? Que tipo de relacionamento de apoio você 
pode usar? 
 
 
 
 
PASSO 6 - Quando você vai começar a escrever a sua história? 
 
 
 
 
PASSO 7 - Desenhe um símbolo que representa seu eu ideal? 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE VOCÊ É? 
 
Tarefa de casa: 
 
- O link do teste VIA: Explorando as Suas Forças, será enviado.

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