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II_Teorico

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Psicologia Positiva
Florescimento
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Esp. Evelin Cristine
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin 
Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:
• Florescimento;
• O Modelo Perma;
• P – Positive Emotions (Emoções Positivas);
• Estresse e Resiliência;
• E – Engagement (Engajamento);
• R – Relationship (Relacionamentos Positivos);
• M – Meaning (Significado);
• A – Accomplishment (Realizações).
Fonte: Getty Im
ages
Objetivo
• Apresentar a Teoria do Florescimento humano e seus elementos. 
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material 
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você 
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns 
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões 
de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e 
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de 
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de 
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de 
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
Florescimento
UNIDADE 
Florescimento
Contextualização 
Em Felicidade Autêntica, teoria de Martin Seligman, felicidade pode ser analisada 
segundo três elementos diferentes que escolhemos por eles mesmos: emoção positiva, 
engajamento e sentido. 
Alertado por uma colega de trabalho sobre sua Teoria ser falha, Seligman a desenvol-
veu um pouco mais. Na teoria da Felicidade Autêntica, que fala sobre as escolhas do ser 
humano, havia a omissão dos temas “sucesso e domínio”, que são elementos de busca 
das pessoas para obter vitória apenas pela vitória, ainda que esta não esteja atrelada à 
algum sentido maior.
Em sua primeira Teoria, Seligman acreditava que a mensuração da felicidade era 
baseada na satisfação com a vida declarada pelo indivíduo e que o objetivo principal da 
Psicologia Positiva era aumentar essa satisfação. 
O foco estava no sentimento do indivíduo, mas, engajamento e sentido não são ele-
mentos que provocam necessariamente um sentimento. Segundo ele, apenas as emo-
ções positivas provocam sentimentos. Dessa forma, as pesquisas realizadas para medir 
a felicidade em alguém dependiam muito de como esse alguém se sentia ou o seu estado 
de ânimo no momento de respondê-las. 
Como resultado, poderia ocorrer a caracterização como infelizes para pessoas que, 
embora não sejam bem-humoradas ou lhes falte alegria, têm bastante engajamento e 
sentido na vida.
Em sua nova obra, a qual denominou Florescer, o autor redefine o tema da Psicologia 
Positiva, que passa a ser o bem-estar, e o principal critério de mensuração do bem-estar 
é o florescimento. 
Florescimento é a expansão do potencial humano e a visão da felicidade e bem-estar 
por meio do desenvolvimento de cinco elementos: emoções positivas, engajamento, 
relacionamentos positivos, propósito de vida e realizações.
E é sobre os elementos do Florescimento que se trata esta Unidade. Nela, vamos 
percorrer a definição, a contextualização e a utilização de todos eles para a expansão e 
a potencialização de indivíduos e instituições.
6
7
Florescimento
Florescimento, conforme Martin Seligman, é a expansão do potencial humano e a 
visão da felicidade e bem-estar por meio do desenvolvimento de cinco elementos: emo-
ções positivas, engajamento, relacionamentos positivos, propósito de vida e realizações. 
Esses cinco elementos foram designados por ele como o modelo PERMA, sen-
do P (Positive Emotions – Emoções Positivas), E (Engagement – Engajamen-
to), R (Relationship – Relacionamentos Positivos), M (Meaning – Significado) e A 
(Accomplishment – Realização).
De acordo com Barbara Fredrickson (2009), pessoas que florescem não apenas se 
sentem bem, pois florescer vai além da felicidade ou satisfação com a vida; essas pessoas 
fazem o bem, agregam valor ao mundo e estão altamente engajadas com suas famílias, 
trabalho e comunidade. 
A autora afirma que pessoas que florescem são guiadas por um senso de propósito, 
não se tratando apenas de ser feliz e sim de fazer algo de valor com o seu dia e com sua 
vida, transcendendo o interesse pessoal. 
Florescer, segundo a autora, representa o melhor futuro possível ao indivíduo.
O Modelo Perma
Para Seligman (2011), a Teoria do bem-estar é, essencialmente, a Teoria da livre 
escolha e seus cinco elementos – PERMA – abrangem as coisas que as pessoas livres 
escolherão pelas coisas em si mesmas, o que significa que, com atitudes direcionadas, 
podemos provocar cada um dos elementos do bem-estar em nossas vidas. 
Para Seligman (2011), cada elemento do bem-estar deve possuir três propriedades:
• Ele contribui para a formação do bem-estar;
• Muitas pessoas o buscam por ele próprio, e não para obter algum dos outros elementos;
• É definido e mensurado independentemente dos outros elementos.
Todos os cinco elementos do bem-estar têm essas três propriedades. São eles: emo-
ção positiva, engajamento, sentido, relacionamentos positivos e realização. 
Vamos conhecer com um pouco mais dos detalhes do modelo PERMA? Veja como nasceu a 
Teoria no vídeo Modelo PERMA (versão reduzida, legendada em PT) – Semeando Valores, 
com o idealizador do Florescimento, Martin Seligman. 
Disponível em: https://youtu.be/JwbQLN9AC2A
A seguir, vamos conhecer, analisar e trazer alguns conceitos relacionados à cada um 
destes elementos. 
7
UNIDADE 
Florescimento
P – Positive Emotions (Emoções Positivas)
O primeiro elemento na Teoria do bem-estar de Martin Seligman é a emoção positiva 
(a vida agradável). Esse elemento é também o primeiro na Teoria da felicidade autêntica. 
Segundo o autor, as emoções positivas continuam a ser pedra angular da Teoria do 
bem-estar, com duas mudanças cruciais: a felicidade e a satisfação com a vida, como 
medidas subjetivas, deixam de ser o objetivo de toda a Teoria para apenas ser um dos 
fatores incluídos sob o elemento da emoção positiva (SELIGMAN, 2011).
A Teoria das Emoções
De acordo com Daniel Goleman (1995), criador da Teoria da Inteligência Emocional, 
todas as emoções são, em essência, impulsos, legados pela evolução para uma ação 
imediata e para planejamentos instantâneos que visam a lidar com a vida. 
Segundo o autor, a raiz da palavra emoção é o latim movere – mover – acrescida do 
prefixo “e”, que denota “afastar-se”, o que indica que, em qualquer emoção, está implí-
cita uma propensão para um agir imediato. 
Para Goleman, essa relação entre emoção e ação imediata fica clara quando obser-
vamos animais e crianças, mas em adultos “civilizados” podemos detectar algo que o 
autor nomeia como sendo uma grande anomalia no reino animal, em que as emoções 
– impulsos arraigados para agir – aparecem divorciadas de uma razão óbvia. 
De acordo com seus estudos, ele constatou que em nosso repertório emocional cada emo-
ção desempenha uma função específica e que são seis as emoções básicas do ser humano. 
Figura 1 – Expressando as emoções
Fonte: Getty Images
8
9
Para Daniel Goleman, são elas:
• Raiva: na raiva, o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil golpear o inimigo, 
os batimentos cardíacos aceleram e uma onda de hormônios, como a adrenalina e 
outros, gera uma pulsação, energia suficientemente forte para uma ação vigorosa;
• Medo: no medo, o sangue corre para os músculos do esqueleto, como o das pernas, 
facilitando a fuga. O rosto fica pálido, já que o sangue lhe foi subtraído. Ao mesmo 
tempo, o corpo imobiliza-se, ainda que por um breve momento,talvez para permi-
tir que a pessoa considere a possibilidade de, em vez de agir, fugir e se esconder. 
São disparados hormônios que põe o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto 
e pronto para agir. A atenção se fixa na ameaça imediata, para melhor calcular a 
resposta a ser dada;
• Felicidade: a sensação de felicidade causa uma das principais alterações bioló-
gicas. A atividade do centro cerebral é incrementada, o que inibe sentimentos 
negativos e favorece o aumento de energia existente, silenciando aqueles que ge-
ram pensamentos de preocupação. Mas não ocorre nenhuma mudança particular 
na fisiologia, a não ser uma tranquilidade, que faz com que o corpo se recupere 
rapidamente do estímulo causado por emoções perturbadoras. Essa configuração 
dá ao corpo um total relaxamento, assim como disposição e entusiasmo para a 
execução de qualquer tarefa que surja para seguir em direção a uma grande va-
riedade de metas;
• Amor: o amor, os sentimentos de afeição e a satisfação sexual implicam estimulação 
parassimpática, o que se constitui no oposto fisiológico que mobiliza para “lutar ou 
fugir”, que ocorre quando o sentimento é medo ou ira. O padrão parassimpático, 
chamado de “resposta de relaxamento”, é um conjunto de ações que percorre todo o 
corpo, provocando um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperação;
• Surpresa: o erguer das sobrancelhas, na surpresa, proporciona uma varredura visual 
mais ampla, e também mais luz para a retina. Isso permite que obtenhamos mais in-
formação sobre o acontecimento que se deu de forma inesperada, tornando mais fácil 
perceber exatamente o que está acontecendo e conceber o melhor plano de ação;
• Repugnância ou nojo: em todo o mundo, a expressão de repugnância se asse-
melha e envia a mesma mensagem: alguma coisa desagradou ao gosto e ao olfato, 
real ou metaforicamente. A expressão facial de repugnância – o lábio superior se 
retorcendo para o lado e o nariz se enrugando ligeiramente – sugere, como obser-
vou Darwin, uma tentativa primeira de tapar as narinas para evitar um odor nocivo 
ou cuspir fora uma comida estragada;
• Tristeza: uma das principais funções da tristeza é a de propiciar um ajustamento 
a uma grande perda, como a morte de alguém ou uma decepção significativa. 
A tristeza acarreta uma perda de energia e de entusiasmo pelas atividades da 
vida, em especial por diversões e prazeres. Quando a tristeza é profunda, apro-
ximando-se da depressão, a velocidade metabólica do corpo fica reduzida. Esse 
retraimento introspectivo cria a oportunidade para que seja amentada uma perda 
ou frustração, para captar suas consequências para a vida e para planejar um 
recomeço quando a energia retorna. É possível que essa perda de energia tenha 
9
UNIDADE 
Florescimento
tido como objetivo manter os seres humanos vulneráveis em estado de tristeza 
para que permanecessem perto de casa, onde estariam em maior segurança 
(GOLEMAN, 1995).
Conheça em mais detalhes a Teoria de Daniel Goleman sobre Inteligência Emocional no ví-
deo Resenha do Livro Inteligência Emocional – 400 páginas em 10 minutos – Daniel 
Goleman, do canal Seja Uma Pessoa Melhor. Disponível em: https://youtu.be/xrQl9D2jVw4
Positividade
Para a autora Barbara Fredrickson (2009), a positividade pode fazer uma diferença 
enorme na vida de um indivíduo. 
Com positividade, segundo a autora, uma pessoa vê novas possibilidades, recupera-
-se de reveses, conecta-se às pessoas, torna-se a melhor versão de si mesma e pode ser 
até mesmo que durma melhor. 
Por essa razão, Barbara estudou as emoções positivas por meio de pesquisas men-
suráveis para compreender seus efeitos em nós, seres humanos, visando tanto à nossa 
evolução quanto à vida moderna. Para ela: “Positividade apresenta uma oportunidade 
de dar um passo ao próximo nível de existência: expandir a sua mente e construir o seu 
melhor futuro” (FREDRICKSON, 2009).
Positividade, na visão da autora, é, ainda, o ingrediente que está à nossa disposição 
para tornar a nossa vida melhor, inclusive no enfrentamento de dias difíceis. 
Para Fredrickson, a positividade reina onde há emoções positivas, como amor, ale-
gria, gratidão, serenidade, inspiração, bastando apenas que a pessoa abra seu coração. 
A autora defende que sentimentos bons não duram muito, indo e voltando em nossas 
percepções e que nós humanos fomos “desenhados” assim, porque se não fosse assim 
levaríamos muito tempo para reagir às mudanças e não saberíamos a diferença entre 
boas e más notícias. 
Para Fredrickson, se queremos uma mudança de vida para melhor, não devemos 
tentar segurar a positividade, negando a sua natureza transitória, mas sim semear mais 
positividade em nossas vidas, aumentando a quantidade de momentos bons. 
Mais à frente, ainda nesta Unidade, falarei a você sobre a “razão da positividade,” ou seja, 
o ponto de inflexão – momento de mudança de direção – entre a quantidade de emoções 
negativas e de positivas vivenciadas em que nos sentimos mais positivos do que negativos.
Barbara defende que as pessoas que fazem uso da razão de positividade, entram em 
uma espiral ascendente positiva e energizante, em que seu comportamento se torna 
menos previsível e mais criativo, enfatizando os benefícios de provocarmos para nós as 
emoções positivas.
Ela defende que as pessoas que entram na espiral ascendente crescem e se sentem 
para cima e vivos, mas que também existe a espiral descendente e que nós escolhemos: 
10
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ou estamos na espiral ascendente, tornando-nos mais criativos e resilientes ou estaremos 
solidificando nossos maus hábitos, tornando-nos mais estáticos e rígidos.
Para a autora, se você experimenta positividade ou não depende de como você 
pensa, e a dependência do pensamento é o que torna a positividade tão frágil. Nossas 
mentes podem ser sobrecarregadas com preocupações, dúvidas e demandas.
E de que forma é bom se sentir bem? 
Para Barbara, parece meio óbvio que a resposta seja “porque nós gostamos da forma 
como nos sentimos” e é um sinal de que vai tudo bem em nossas vidas, já que do outro lado, de 
um lado psicológico ou médico, quando não estamos bem pode significar sofrimentos psicoló-
gicos ou físicos, tais como depressão, necessidade de monitoramento da saúde ou ainda riscos 
de ataques cardíacos, derrames, obesidade etc. O que indica, para a autora, que estar bem é 
valoroso porque significa que o indivíduo não está enfrentando esses riscos e problemas.
Mas, de acordo com Fredrickson (2009), positividade não é apenas a ausência de 
negatividade e riscos de saúde, sendo mais do que um sinal da presença de segurança e 
satisfação, sucesso ou boa saúde.
As últimas evidências científicas, conforme a autora, relata que positividade não sim-
plesmente reflete sucesso e saúde, como também produz sucesso e saúde, significan-
do que, mesmo após a positividade se esvanecer como sensação, ela ainda tem bons 
impactos na vida, trazendo boas consequências para a trajetória de uma pessoa. “A 
primeira verdade sobre as emoções positivas é que elas abrem nossos corações e men-
tes, fazendo-nos mais receptivos e criativos. A positividade nos deixa mais abertos!” 
(FREDRICKSON, 2009).
As 10 Emoções Positivas
Barbara Fredrickson, em seu livro Positividade, apresenta as dez emoções positivas 
nas quais focou seu estudo, pois cientificamente comprovou, por meio de suas pesquisas 
e observações, que essas são as emoções que mais “colorem” a vida do indivíduo. 
São elas: Alegria, Gratidão, Serenidade, Interesse, Esperança, Orgulho, Diver-
são, Inspiração, Admiração e Amor.
Figura 2 – Diversão
Fonte: Getty Images
Figura 3 – Serenidade
Fonte: Getty Images
11
UNIDADE 
Florescimento
Barbara ressalta que todos nós, em algum momento, já nos deparamos com a des-
crição dessas emoções e que a beleza das emoções é que elas são altamente individua-
lizadas, dependendo mais de sua interpretação interna do que circunstâncias externas. 
A autora defende que o que muito inspira uma pessoa pode ser totalmente neutro 
para outra,o que diverte uma pessoa pode ser ofensivo à outra e isso significa que cada 
pessoa tem seu caminho único para o florescimento. 
A autora sugere um exercício: enquanto você lê sobre as 10 emoções positivas, faça-
-se algumas perguntas: Quando foi a última vez que senti essa emoção? Onde foi? O que 
eu estava fazendo? O que mais me traz esse sentimento? Consigo pensar em outros 
gatilhos? O que posso fazer para cultivar esse sentimento? 
Dessa forma, ela afirma que você vai além da subjetividade e consegue nomear os 
seus estados emocionais, aplicando-os à medida que façam sentido para você, de uma 
forma gentil consigo mesmo, à sua forma.
O Quociente de Positividade 3:1
Barbara defende que não podemos eliminar as emoções negativas, uma vez que elas 
também são fundamentais e tiveram importante função evolutiva, permitindo a sobrevi-
vência de nossos ancestrais e, consequentemente, permitiu que estivéssemos vivos hoje. 
No entanto, a autora cita Hanson (2015), autor que defende que, nesse processo, 
nosso cérebro desenvolveu um viés negativista, que faz com que o cérebro funcione até 
hoje de forma comparada a um velcro para as emoções negativas e como teflon para as 
positivas, significando que retemos as experiências negativas e muitas vezes não valori-
zamos as coisas boas que nos acontecem, esquecendo-as com facilidade.
A autora afirma que podemos ter um melhor balanço entre emoções positivas e 
negativas, haja vista que a segunda verdade sobre as emoções positivas é que elas nos 
transformam para melhor, ajudando-nos a construir habilidades para o futuro quando 
nos sentimos bem, e cita como exemplo o fato de aprendemos melhor quando estamos 
otimistas e interessados.
Figura 4 – Como está a sua balança de positividade? 
Fonte: Getty Images
12
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Fredrickson (2009), baseada num modelo matemático de Marcial Losada, propõe 
que procuremos desenvolver uma relação de 3:1, isto é, vivenciarmos três emoções posi-
tivas para cada emoção negativa vivenciada e que esse seria o quociente de positividade 
a partir do qual as pessoas começariam a florescer.
A autora ressalta, ainda, que no caso de relacionamentos de casais, a proporção é 
mais desafiadora, chegando a 5:1 e exigindo um esforço adicional dos casais para neu-
tralizarem as experiências negativas.
Gostou da teoria da Positividade e está curioso para conhecer a fonte dessa ciência? Veja e 
explore o vídeo Emoções Positivas – Drª Barbara L Fredrickson, do canal Humano Mais, 
disponível em: https://youtu.be/UU5TxqRQv58
Estresse e Resiliência
Martin Seligman desenvolveu trabalhos de Psicologia Positiva com o Exército ame-
ricano, principalmente, no que tange às questões de estresse decorrente da profissão e 
estresses pós-traumáticos. 
Em seu Treinamento de Resiliência para os soldados americanos, o Exército aplicou 
diversas intervenções positivas a fim de trazer o foco do indivíduo à consciência quan-
to aos gatilhos do stress, autoconhecimento e regulação das emoções, bem como o 
exercício do pensamento otimista e os fatores PERMA como geradores de bem-estar e 
florescimento pessoal.
Para Seligman (2011), a Psicologia Positiva se baseia justamente no entendimento 
de que a nossa vida e, consequentemente, nossa felicidade, é construída a partir de 
nossas percepções e das interpretações que escolhemos dar aos acontecimentos, o foco 
no positivo permite ao indivíduo sair do pensamento de estresse pós-traumático para a 
consciência do crescimento pós- traumático. 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Resiliência, a resiliência é um termo que foi 
“emprestado da física” e, na área das Ciências Humanas, é definida como a capacidade 
de desenvolver estratégias para lidar com o alto impacto causado pelo estresse. 
Para Seligman, os dois conceitos (Resiliência e Psicologia Positiva) se relacionam di-
retamente por acreditarem ser de grande importância ter como foco as potencialidades 
das pessoas. 
O indivíduo é direcionado para visualizar o seu futuro com esperança, alegria, otimis-
mo e encontrando um significado positivo para a vida.
O autor ressalta que Resiliência, nas Ciências Humanas, relaciona-se aos processos 
psicossociais e que favorecem o desenvolvimento equilibrado do indivíduo, mesmo que 
diante das adversidades, e que seu principal benefício é a busca da compreensão das 
características individuais e ambientais que podem ser modificadas para que o indivíduo 
tenha recursos para enfrentar o estresse e a adversidade. 
13
UNIDADE 
Florescimento
Para Seligman, as pessoas, quando buscam identificar o que elas precisam para 
desenvolver uma “vida boa e saudável”, acabam descobrindo que possuem forças e 
virtudes, como a capacidade de amar, de ser original, criativo(a), esperto(a), de perdoar, 
de ter coragem, de ser perseverante, de ser sábio(a), de ser sensato(a) e de que possuem 
habilidades para desenvolver relações interpessoais saudáveis.
Seligman afirma que tanto a Resiliência quanto a Psicologia Positiva trabalham com o 
nosso Sistema de Crenças e que desenvolver a resiliência pode ser um fator chave para 
impulsionar o pensamento positivo e vice-versa, mas salienta que a resiliência não pode 
ser vista como uma armadura de proteção, em que nada irá atingir o indivíduo, mas 
que, pelo contrário, o indivíduo está totalmente vulnerável às consequências do estresse, 
porém, aquele que consegue desenvolver a resiliência tem a capacidade de elaborar es-
tratégias para ter a melhor atitude a ser tomada no momento da adversidade.
Por esse motivo, Seligman afirma que a Resiliência é um excelente recurso para se 
trabalhar com a Psicologia Positiva, já que busca entender não apenas os aspectos pato-
lógicos do indivíduo, mas também seus aspectos saudáveis e adaptativos, indo além das 
queixas e dos problemas.
Barbara Fredrickson (2009) afirma que podemos ser resilientes e que já temos o 
que é preciso para nos recuperarmos das adversidades, que são as reservas internas de 
positividade. A autora afirma que a positividade está no coração da resiliência humana.
E – Engagement (Engajamento)
Na Teoria do Florescimento, o engajamento também continua a ser um elemento do 
bem-estar. 
Para Seligman (2011), assim como a emoção positiva, o engajamento é avaliado e men-
surado apenas subjetivamente, com questões como “você teve a sensação de que o tempo 
parou? Ficou completamente absorvido pela tarefa?; Perdeu a consciência de si mesmo?” 
Para Seligman, a emoção positiva abrange todas as variáveis subjetivas do bem-estar, como: 
prazer, êxtase, conforto, afeição e outras, trazendo um estado subjetivo no momento presente. 
O autor nos alerta para o fato de que o pensamento e o sentimento estão, geral-
mente, ausentes durante o estado de engajamento e só podemos dizer que a tarefa foi 
divertida ou maravilhosa em retrospectiva. Então, ele conclui que enquanto o estado 
subjetivo para o prazer (emoções positivas) está no presente, o estado subjetivo para o 
engajamento é apenas retrospectivo.
Na visão de Martin Seligman, a emoção positiva e o engajamento atendem facilmen-
te aos três critérios para serem considerados elementos do bem estar: (1) a emoção posi-
tiva e o engajamento contribuem para a formação do bem estar; (2) as pessoas buscam 
essas coisas por elas mesmas e não necessariamente para obter qualquer um dos outros 
elementos, como o exemplo do autor “Eu quero essa massagem nas costas mesmo que 
ela não traga nenhum sentido, nenhuma realização e nenhum relacionamento”; (3) são 
mensurados independentemente do restante dos elementos.
Vamos agora falar de um importante aspecto de engajamento, o Flow.
14
15
Flow
O que é a Teoria do Flow? 
Baseada nas colocações do psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, parceiro de trabalho 
de Martin Seligman e desenvolvedor da Teoria, descrevo Flow como um estado de 
êxtase alcançado quando o indivíduo está realizando algo de que goste – que também 
pode ser no âmbito profissional, com motivação intrínseca, foco, concentração, e na 
combinação perfeita de habilidade Xdesafio. 
Segundo Csikszentmihalyi (1988), há elementos comuns que caracterizam o estado 
de flow:
• Indivíduo completamente envolvido no que se está fazendo: com foco e concentração;
• Sentimento de êxtase, de estar fora da realidade do dia a dia;
• Clareza interna, sabendo o que deve ser feito com feedback interno imediato de que 
está sendo bem feito;
• Ter certeza da possibilidade de execução da tarefa por meio das habilidades possuídas;
• Sentimento de serenidade, em que há ausência de preocupação e ego;
• Sensação de atemporalidade, foco no momento presente;
• Motivação intrínseca em que sentir o flow é a própria recompensa.
Figura 5 – Casal dançando em Flow
Fonte: Getty Images
Figura 6 – Pintor em Flow
Fonte: Getty Images
Quer saber mais sobre o que é Flow?
O Vídeo Flow How To Be So Happy Time Stops Mihaly Csikszentmihalyi – Flow – Como 
ser feliz e parar o tempo Mihaly Csikszentmihalyi – Practical Psychology explica em 
conceito animado e com exemplos o que é o estado de fluxo. Acione a legenda do vídeo e 
vem fluir: https://youtu.be/Ox8zn8eEi1s
Csikszentmihalyi também aponta que a relação habilidade X desafio, se desequilibra-
da, pode causar apatia ou stress no executor da tarefa, sendo a relação alta habilidade 
para pouco desafio a causa da apatia e desmotivação e baixa habilidade e alto desafio a 
causa para o estresse. 
15
UNIDADE 
Florescimento
A fluidez acontece na zona de equilíbrio.
Ansiedade
Apatia
Canal de
Flow
Alto/a
Alto/a
A2
A4A3
A1
Baixo/a
Baixo/a Habilidades
De
sa
�o
s
Figura 7 – Fluxo: a psicologia das experiências ótimas
Fonte: Adaptado de Mihaly Csikszentmihalyi
Foco no Presente – Atenção Plena
De acordo com Grant e Leigh (2015), atenção é o processo de focar nossas mentes 
em aspectos específicos de nossa experiência enquanto ignoramos outros. 
Os autores a definem como um radar que durante o dia varre o meio ambiente, re-
colhendo pistas ou sinais que podem ser importantes para nós, e programando o nosso 
cérebro a fim de que o nosso foco seja atraído para fatores específicos. 
Grant e Leigh ressaltam que isso acontece automaticamente, não sendo necessário 
que nós paremos para pensar o tempo todo, dispendendo energia com o intuito de des-
cobrirmos onde deveríamos focar a nossa atenção.
Para os autores, esse mecanismo automático é útil, pois minimiza a quantidade de 
esforço consciente que precisamos exercer e também tem implicações importantes para 
a ciência da felicidade, ressaltando que há muito se sabe que as pessoas com alto nível 
de ansiedade tendem a ter um viés cognitivo para a ameaça, ou seja, indivíduos ansiosos 
automaticamente tendem a focar em eventos que podem ser perigosos ou ameaçadores 
de alguma forma e, além disso, também interpretam informações ambíguas como ame-
açadoras (GRANT; LEIGH, 2015).
Os autores nos ensinam, ainda, que nosso viés cognitivo pode ser tão forte que, ao 
precisamos encontrar uma solução, tendemos a nos prender à primeira que vier à nossa 
mente e, em seguida, dirigir nossa atenção para encontrar nova informação para apoiar 
essa primeira decisão e nos afastar de informações novas ou inconsistentes e que esse viés 
ocorre mesmo quando acreditamos que estamos à procura de alternativas e novas ideias. 
Os autores ressaltam que aquilo que atrai a nossa atenção pode ser uma influência 
importante para o nosso bem-estar e que podemos fazer escolhas que mudam os nossos 
vieses cognitivos ao longo do tempo, ajustando o nosso foco intencionalmente. 
16
17
Funcionaria assim: quanto mais dermos atenção ao positivo, mais tenderemos a notá-
-lo, pois a atenção muda nosso cérebro:
Prestar atenção propositadamente ao mundo a nossa volta é uma das 
formas mais poderosas de cultivar um estado de bem-estar. Não temos 
que ficar à mercê de uma mente inquieta e rebelde; podemos treinar 
nossa mente para focar no positivo por meio da atenção. A atenção 
plena é um estado mental de consciência que nos ajuda a abrir os sen-
tidos e focar no aqui e agora. Esse estado nos ajuda a reduzir a influ-
ência e efeito de pensamentos e sentimentos difíceis e improdutivos e 
também a como viver com eles enquanto nos engajamos no momento 
presente. (GRANT; LEIGH, 2015)
Os autores contam que a Medicina ocidental tem aceitado essa prática que os orien-
tais já praticam há milhares de anos: meditação e atenção plena, que podem melhorar 
não apenas nosso bem estar como reduzir dores físicas relacionadas ao estresse, dimi-
nuir a ansiedade e a depressão, melhorar a concentração, o funcionamento do Sistema 
Imunológico e até mesmo reduzir os sintomas resultantes do câncer. 
Com tantos benefícios, vale a pena experimentar, você não acha?
Grant e Leigh (2015) reforçam que a Medicina era cética a essa prática, mas, atual-
mente, os recursos tecnológicos das Técnicas de neuroimagem permitiram aos cientistas 
ver as imagens geradas no cérebro durante a meditação, quais as áreas impactadas e 
como essa prática influencia (positivamente) a mente. 
Interessou-se pela prática de meditação e atenção plena? No Vídeo Mindfulness o que é e 
como praticar, Gilberto de Souza – Especialista em Desenvolvimento de Líderes – conta-
-nos um pouco mais sobre essa prática e como inseri-la em nossas vidas. 
Disponível em: https://youtu.be/6COT6ESdaC8
R – Relationship (Relacionamentos Positivos)
Para Martin Seligman (2015), as outras pessoas são o melhor antídoto para os mo-
mentos ruins da vida e a fórmula mais confiável para os bons momentos e que não há 
como negar as influências profundas que os relacionamentos positivos ou sua falta tem 
sobre o bem-estar. 
De acordo com o autor, os relacionamentos positivos também se qualificam como ele-
mento do bem-estar e podem ser mensuráveis independentemente dos outros elementos. 
Nós, seres humanos, somos seres relacionais, criados para vivermos e crescermos uns com 
os outros. Os relacionamentos positivos são aqueles que nos trazem alegrias, segurança, 
amizades, gentiliza etc. Na minha visão, eles também geram emoção positiva, embora não 
há estudos ou testes que comprovem essa teoria. 
E você, o que pensa a respeito?
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UNIDADE 
Florescimento
Gentileza
De acordo com Helder Kamei, especialista brasileiro em Psicologia Positiva e presi-
dente da APPAL (Associação de Psicologia Positiva da América Latina), a gentileza é 
uma das virtudes humanas e se baseia em valores pessoais e culturais e esses valores 
podem ser de competição ou de cooperação.
Para o autor, se uma pessoa vive em uma cultura de competição e adota esses va-
lores, acredita que para uma pessoa ganhar, outra tem de perder, ou seja, se ela ajudar 
alguém, prejudica a si mesma, porque todas as pessoas são concorrentes e que, por 
outro lado, se os valores do indivíduo são de cooperação, ele acredita na relação ganha 
ganha, ou seja, se ajuda alguém, é ele mesmo quem se beneficia. Helder nos leva por 
essa reflexão para concluir que a Ciência tem demonstrado que isso é verdade. 
Antes do nascimento da Psicologia Positiva, Helder Kamei conta que a pesquisadora 
Alice Isen conduziu uma série de experimentos comprovando que quando as pessoas es-
tão felizes elas têm mais predisposição para serem gentis e generosas e que a Psicologia 
Positiva, resolveu verificar o inverso, questionando: Praticar atos de gentileza aumenta a 
felicidade de quem pratica?
A pesquisadora Sonja Lyubomirsky, vencedora do Prêmio Templeton de Psicologia 
Positiva, conduziu um experimento no qual pediu aos participantes que fizessem 5 gen-
tilezas em um dia da semana, durante um mês, e obteve como resultado um aumento 
significativo de seus níveis de felicidade, o que nos faz concluir que ser gentil nos torna 
mais felizes, e que quando estamos felizes, praticamos mais atos de gentileza, o que nos 
deixa ainda mais felizes, e mais gentis, e mais felizes, entrando em um ciclo que Helder 
Kamei chama de “Círculo virtuoso da Gentileza e Felicidade”. 
Quer descobrir mais benefícios da Gentileza? Leia o artigo Gentileza e Felicidade: Você é 
gentil porqueé feliz ou é feliz porque é gentil?, de Helder Kamei, na íntegra. 
Disponível em: http://bit.ly/2NjuW0b
Resposta Ativa e Construtiva
Martin Seligman (2011) afirma que a Psicologia Positiva está interessada em transfor-
mar um relacionamento bom em um relacionamento excelente. 
Ele nos conta que Shelly Gable, professora de Psicologia na Universidade da Califór-
nia, em Santa Bárbara, demonstrou que o modo como nós comemoramos com alguém 
é mais preditivo de relações de sucesso do que o modo como nós brigamos com alguém 
e que as pessoas com quem nos importamos com frequência nos contam sobre uma 
vitória, um triunfo e coisas menos significativas que aconteceram com elas, sendo que o 
modo como respondemos a essas conversas pode fortalecer ou minar o relacionamento. 
De acordo com o autor, existem quatro formas básicas de responder e apenas uma 
delas fortalece os relacionamentos. 
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Veja na tabela a seguir exemplos de cada um dos quatro tipos de resposta:
Quadro 1 – Resposta Ativa e Construtiva
SEU PARCEIRO CONTA UM 
ACONTECIMENTO POSITIVO
TIPO DE RESPOSTA SUA RESPOSTA
“Fui promovido no trabalho e 
ganhei um aumento!”
Ativa e construtiva
“Que ótimo! Estou orgulhosa de você! Sei o quanto essa pro-
moção era importante rapa você. Me fale como tudo aconte-
ceu. Onde você estava quand seu patrão lhe contou? O que ele 
disse? Como você reagiu? Devíamos sair para comemorar!”
Não verbal: mantém contato visual, dá demonstrações cir-
cunstanciais, como um sorriso sincero, um toque, uma risada.
Passiva e construtiva “Que boa notícia! Você merece!”Não verbal: Pouca ou nenhuma expressão emocional.
Ativa e destrutiva
“Parace muita responsabilidade para assumir. Você agora vai 
passar menos tempo em casa?”
Não verbal: dá demonstrações de emoções negativas, como 
testa franzida e semblante carrancudo.
Passiva e destrutiva
“O que tem para jantar?”
Não verbal: pouco ou nenhum contato visual, dá as costas e 
sai da sala.
“Acabei de ganhar quinhentos 
dólares numa rifa de caridade.”
Ativa e construtiva
“Nossa, que sorte! Vai comprar alguma coisa legal pra você? 
Como você comprou a rifa? É maravilhoso ganhar alguma coi-
sa, não é?”
Não verbal: mantém contato visual, mostra emoções circns-
tanciais.
Passiva e construtiva “Que bom!”Não verbal: pouca ou nenhuma expressão emocional.
Ativa e destrutiva
“Aposto que você vai precisar pagar imposto sobre isso! Eu 
nunca ganho nada.”
Não verbal: mostra emoções negativas.
Passiva e destrutiva “Tive um dia ruim no trabalho.”Não verbal: pouco contato visual; dá as costas.
Fonte: SELIGMAN, 2011
Seligman enfatiza que na resposta ativa e construtiva ouvimos a pessoa atentamente 
– e para isso precisamos estar focados no momento presente – e pedimos para que con-
te o fato em detalhes, sendo que quanto mais tempo a pessoa passar revivendo o fato, 
melhor, e conclui que não temos o costume de responder de forma ativa e construtiva 
naturalmente e, por esse motivo, precisamos praticar. Para isso, sugere um exercício. 
Exercício Prático
Relembre algum acontecimento positivo que foi contado a você e escreva como 
deveria ter respondido. Planeje suas respostas ativa e construtivas e as use ao longo 
desta semana.
Gostou de saber que podemos florescer as nossas relações com a resposta ativa construtiva? 
No vídeo Sua resposta é ativa e construtiva?, da coach Thais Verona, conheceremos mais 
a fundo a Teoria e exemplos de utilização da resposta ativa e construtiva. Disponível em: 
https://youtu.be/uDNOj99SN_Y
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UNIDADE 
Florescimento
Terapia do Abraço
Você sabia que um abraço pode ser terapêutico? 
A psiquiatra Karen Grewen conduziu um estudo pela Universidade da Carolina do 
Norte – Estados Unidos – com 28 casais, medindo a pressão arterial, os níveis de oxito-
cina (um hormônio importante para a sensação de felicidade) e os níveis de cortisol (hor-
mônio do estresse) antes e depois de conversarem sobre seus momentos felizes, assisti-
rem a um trecho de filme romântico e darem um abraço de pelo menos 20 segundos. 
A cientista concluiu que o toque pode aumentar a longevidade, a autoestima, a sen-
sação de ser amado, a produção de oxitocina e, até mesmo, proteger contra futuras 
doenças cardiovasculares. 
Para resumir: abraçar e ser abraçado traz muitos benefícios para a saúde e emoções, 
torna-nos mais felizes e é gratuito.
Que tal praticar? 
Sem esquecer de respeitar os limites e o grau de intimidade com a pessoa abraçada!
Conheça mais detalhes sobre a terapia do abraço no vídeo O poder de um abraço!, da Dra. 
Michele Cunha. Disponível em: https://youtu.be/HB1jMOiH4mM
Perdão
Para Martin Seligman (2002), as emoções são envolvidas por uma membrana alta-
mente permeável, que se chama adaptação, e reforça que as evidências demonstram 
uma temporária explosão de humor na direção certa quando vivemos eventos positivos 
e negativos, mas, que geralmente, depois de um curto período de tempo, o humor se 
acomoda em seus limites estabelecidos.
O autor conclui, então, que as emoções se dissipam por si mesmas, ou seja, sua 
energia atravessa a membrana e, por “osmose emocional”, a pessoa volta à sua condi-
ção básica. Ele reforça, no entanto, que quando insistimos em reviver uma emoção, ela 
permanece conosco, pois o cérebro não sabe a diferença entre o que é real e o que é 
imaginado, trazendo, novamente, as emoções do passado ao momento presente.
Para Seligman, a pouca apreciação de acontecimentos positivos do passado e a ênfa-
se excessiva dada aos negativos são as responsáveis pelo enfraquecimento da serenida-
de, do contentamento e da satisfação, mas existem duas maneiras de trazer esses senti-
mentos do passado para uma região de contentamento e satisfação: gratidão e perdão. 
Para o psicólogo, a gratidão aumenta a apreciação dos eventos positivos vividos, e 
ao perdoar – e ressignificar a história acontecida – diminuímos o poder que os acon-
tecimentos negativos têm de causar amargura, podendo até mesmo transformar más 
lembranças em boas.
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O autor comenta que são muitos os motivos que levam uma pessoa a não querer 
perdoar, tais como achar injusto deixar o culpado sem castigo, denotar falta de amor 
pela vítima ou mesmo amor pelo culpado e, ainda, deixar de exercer uma vingança que 
lhe parece justa. Mas neutralizar a memória por meio da ressignificação tira a vítima do 
sofrimento emocional, já que é impossível suprimir uma memória diretamente, o perdão 
traz a chance de reescrever um passado doloroso por meio da mudança de mentalidade 
a respeito do evento ocorrido.
Para Seligman, o perdão transforma tristeza em neutralidade, ou mesmo em lem-
branças tingidas de cores mais positivas, tornando possível uma satisfação muito mais 
intensa com a vida e que ao não perdoar, a pessoa não atinge o culpado, mas perdoan-
do, ela se liberta. 
Seligman afirma que a saúde física, especialmente em termos cadiovasculares, é em 
geral melhor nos indivíduos que perdoam do que nos que não perdoam e que quando o 
perdão é seguido pela reconciliação, poderá, inclusive, melhorar as relações com aquele 
que foi perdoado.
M – Meaning (Significado)
Seligman (2011) define o sentido (ou significado) como o pertencer e servir a algo que 
se acredita ser maior do que o eu. 
José Roberto Marques (2015) afirma que atingimos o nosso melhor quando nos dedi-
camos, servimos e pertencemos a algo maior do que a nós mesmos, podendo ser na fé, 
no ambiente de trabalho, familiar, político e até mesmo humanitário e que, tendo essas 
conexões com algo maior, estamos construindo uma barreira eficaz contra a depressão 
e quaisquer outros tipos de doenças. 
Para os autores, é também muito importante ao indivíduo sentir que o trabalho que 
desenvolve agrega aos seus valores e crenças pessoais e que, ao acreditar que nosso 
trabalho é útil, sentimos uma sensação geral de bem-estar e confiança de que estamos 
usando nosso tempo e habilidades para o bem e que somos os melhores para aplicar 
talentos e pontos fortes a serviço dessa missão.
A – Accomplishment (Realizações)Seligman (2011) defende que a realização (ou conquista) é buscada por ela própria, 
mesmo quando não produz uma emoção positiva, sentido ou relacionamentos positivos 
e que foi convencido ao ver seus amigos jogando bridge e perceber que buscavam a 
vitória no jogo por ela mesma. 
O autor também diz que a vitória pela vitória também pode ser percebida na busca 
pela riqueza, já que alguns magnatas buscam a riqueza e depois doam parte dela, em 
gestos filantrópicos. 
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UNIDADE 
Florescimento
Para José Roberto Marques (2015), ter objetivos na vida, mesmo que pequenos como 
se propor a ler por uma hora todos os dias e fazer esforço para alcançá-los são impor-
tantes para o bem-estar e a felicidade, pois a realização ajuda a construir a autoestima e 
proporciona uma sensação de plenitude, além de reforçar a autocrença positiva. 
Para o autor, as realizações podem acontecer também quando uma pessoa olha para 
trás e pensa: “Eu fiz isso, e fiz bem!”, tratando-se de um sentimento de sucesso e que, 
ao contemplarmos um passado de realizações e sucessos, temos mais otimismo e espe-
rança com o futuro.
Nesta Unidade, você conheceu a Teoria do Florescimento, que é a expansão do potencial 
humano e a visão da felicidade e do bem-estar por meio do desenvolvimento de cinco 
elementos: emoções positivas, engajamento, relacionamentos positivos, propósito de vida 
e realizações – ou Modelo PERMA e como cada um desses elementos pode ser trabalhado. 
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
A terapia do abraço 
KEATING, K. A terapia do abraço. São Paulo: Pensamento, 1983.
Florescer 
SELLINGMAN, M. Florescer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
 Vídeos
As 5 chaves para a felicidade
Canal da coach Bru Fioretti.
https://youtu.be/VjUIhq5hZnw
Flora Victoria À Istoé: “É Possível Desenvolver Felicidade”
https://youtu.be/QddQQFQLTRg
 Filmes
Divertidamente 
DOCTER, Pete. Filme: Divertidamente. Disney Pixar, EUA, 2015.
Documentário Happy
SAHDYAC, T. Documentário Happy – Wad Rum Films, 2011.
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UNIDADE 
Florescimento
Referências
ASSIS, P. Colaboração da resiliência para o profissional da Psicologia – SOBRARE 
– Sociedade Brasileira de Resiliência. Disponível em: http://sobrare.com.br/resiliencia-
-e-psicologia/. Acesso em: 24 mar. 2019.
CSIKSZENTMIHALYI, M.; CSIKSZENTMIHALYI, I. S. Optimal Experience: Psychological 
studies of flow in consciousness. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
FREDRICKSON, B. Positivity – groundbreaking research reveals how to embrace the 
hidden strength of positive emoticons, overcome negativity and thrive. Edição digital: 
Crown Publishing, 2009.
GOLEMAN, D. Inteligência Emocional – A teoria revolucionária que redefine o que é 
ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.
GRANT, A. M.; LEIGH, A. A ciência da Felicidade – E como isso pode funcionar para 
você. São Paulo: Fundamento, 2013.
HANSON, R. O cérebro e a felicidade: Como treinar sua mente para atrair serenida-
de, amor e autoconfiança. Editora WMF Martins Fontes, São Paulo, 2015.
KAMEI, H. Gentileza e Felicidade: Você é Gentil porque é Feliz ou é Feliz porque 
é Gentil?. Flow Psicologia Positiva. Disponível em: <http://www.flowpsicologiapositi-
va.com/gentileza-e-felicidade-voce-e-gentil-porque-e-feliz-ou-e-feliz-porque-e-gentil/>. 
Acesso em: 24 mar. 2019.
MARQUES, J. R. Coaching Positivo – Psicologia Positiva Aplicada ao Coaching. 2.ed. 
Goiânia: IBC, 2015.
SELLINGMAN, M. Felicidade Autêntica – Usando a nova Psicologia Positiva para a 
realização permanente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
______. Florescer. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
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