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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS UNIEVANGÉLICA BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA FERNANDA VIEIRA CARDOSO KAROLINA DE SOUZA GONÇALVES ROMÁRIO RODRIGUES AMORIM SISTEMAS AMORTECIDOS E NÃO-AMORTECIDOS REPRESENTADOS NO SOFTWARE OCTAVE ANÁPOLIS 2020 FERNANDA VIEIRA CARDOSO KAROLINA DE SOUZA GONÇALVES ROMÁRIO RODRIGUES AMORIM SISTEMAS AMORTECIDOS E NÃO-AMORTECIDOS REPRESENTADOS NO SOFTWARE OCTAVE Relatório apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário de Anápolis UniEVANGÉLICA como requisito para complementação da nota da aula prática da 1ªV.A. da disciplina de Vibrações de Sistemas Mecânicos, sob orientação do Prof. Me. Gino Bertollucci Colherinhas. ANÁPOLIS 2020 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Situações no cotidiano onde há presença de vibrações ............................. 4 Figura 2 - Tipos de amortecimento .............................................................................. 5 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Comportamento de um Sistema não amortecido ...................................... 7 Gráfico 2 - Comportamento de um Sistema Sub-amortecido ...................................... 8 Gráfico 3 - Comportamento de um Sistema Superamortecido .................................... 8 Gráfico 4 - Comportamento de um Sistema Criticamente amortecido ........................ 9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 1.1 Sistema não amortecido ( = 𝟎) ................................................................. 5 1.2 Sistema amortecido ..................................................................................... 5 1.2.1 Sub-amortecido ( < 1) ........................................................................... 6 1.2.2 Superamortecido ( > 1) ......................................................................... 6 1.2.3 Criticamente amortecido ( = 1) ............................................................ 6 2. OBJETIVO ........................................................................................................... 7 3. RESULTADOS .................................................................................................... 7 3.1 Sistema não amortecido .............................................................................. 7 3.2 Sistema amortecido ..................................................................................... 7 3.2.1 Sub-amortecido ....................................................................................... 7 3.2.2 Superamortecido ..................................................................................... 8 3.2.3 Criticamente amortecido .......................................................................... 9 4. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9 4 1. INTRODUÇÃO Vibração ou oscilação é qualquer movimento que se repete, regular ou irregularmente, depois de um intervalo de tempo. Assim, para o perfeito entendimento deste tipo de movimento, torna-se necessário o estudo do movimento de oscilação de um corpo em torno de uma posição de equilíbrio, bem como das forças e/o momentos a ele associadas. Em engenharia estes movimentos ocorrem em elementos de máquinas e nas estruturas em geral, quando submetidas a ações dinâmicas. A vibração pode ser utilizada com proveito em várias aplicações industriais, testes de materiais, processos de usinagem e soldagem. Nas aplicações industriais destacam-se as esteiras transportadoras, as peneiras, os compactadores, os misturadores, as máquinas de lavar, que utilizam a vibração em seu princípio de funcionamento. A figura 1 a seguir mostra a gama de situações onde a presença de vibração é um fato. Figura 1 - Situações no cotidiano onde há presença de vibrações Fonte: [1] As vibrações podem ser classificadas quanto à existência ou não de excitação, quanto à existência ou não de amortecimento e quanto à linearidade, neste relatório daremos ênfase a classificação relacionada ao amortecimento, sendo eles sistema não amortecido, sub-amortecido, superamortecido e criticamente amortecido. 5 1.1 Sistema não amortecido ( = 𝟎) Neste tipo de sistema nenhuma energia é perdida ou dissipada por atrito ou outra resistência durante a oscilação, dessa forma o fator de amortecimento é nulo. [2] A frequência que um corpo possui em vibração livre é chamada de frequência natural e é calculada por: 𝜔𝑛 = √ 𝐾 𝑚 (1) A amplitude é a magnitude da oscilação, calculada por: 𝐴 = √𝑥𝑜2 + �̇�𝑜 2 𝜔𝑛 (2) O ângulo de fase é o deslocamento sofrido pela onda, calculado por: 𝜙 = 𝑡𝑔−1 ( �̇�𝑜 𝑥𝑜 ∙ 𝜔𝑛 ) (3) Com esses conceitos definidos temos a equação do movimento oscilatório dada por: 𝑥(𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑛𝑡 ∙ −𝜙) (4) Onde o 𝑡 representa o intervalo de tempo da oscilação. 1.2 Sistema amortecido O amortecimento representa a capacidade do sistema em dissipar energia. [3] Na figura 2 temos a representação dos tipos de amortecimentos. Figura 2 - Tipos de amortecimento Fonte: [4] 6 1.2.1 Sub-amortecido ( < 1) Neste sistema a relação entre a frequência natural e este fator de amortecimento resulta na frequência natural amortecida, dada por: 𝜔𝑑 = 𝜔𝑛√1 − 2 (5) Este é o único caso amortecido onde existe oscilação, assim a amplitude desta é calculada por: 𝐴 = √( �̇�𝑜 2 + ∙ 𝜔𝑛 ∙ 𝑥𝑜 𝜔𝑑 ) 2 + 𝑥𝑜2 (6) E seu ângulo de fase é dado por: 𝜙 = 𝑡𝑔−1 ( 𝑥𝑜 ∙ 𝜔𝑑 �̇�𝑜 + ∙ 𝜔𝑛 ∙ 𝑥𝑜 ) (7) Sendo possível calcular a equação do movimento oscilatório, da seguinte forma: 𝑥(𝑡) = 𝐴𝑒− ∙𝜔𝑛∙𝑡 ∙ 𝑐𝑜𝑠(𝜔_𝑑 ∙ 𝑡 − 𝜙𝑑) (8) 1.2.2 Superamortecido ( > 1) Neste sistema sua equação do movimento oscilatório é dada por: 𝑥(𝑡) = 𝑒− ∙𝜔𝑛∙𝑡 [𝐶1 ∙ 𝑐𝑜𝑠ℎ (𝜔𝑛√ 2 − 1 ∙ 𝑡) + 𝐶2 ∙ 𝑠𝑒𝑛ℎ (𝜔𝑛√ 2 − 1 ∙ 𝑡)] (9) Esta é dependente das variáveis 𝐶1 e 𝐶2, que se relacionam com o deslocamento 𝑥𝑜, velocidade �̇�𝑜, fator de amortecimento e frequência natural 𝜔𝑛, como mostrado abaixo: 𝐶1 = 𝑥𝑜 (10) 𝐶2 = �̇�𝑜 + 𝑥𝑜 ∙ ∙ 𝜔𝑛 𝜔𝑛√ 2 − 1 (11) As respostas de sistemas superamortecidos não envolvem oscilação, assim quando este é perturbado, este retorna a sua posição de equilíbrio de forma exponencial, dessa forma não é necessário calcular amplitude e ângulo de fase. 1.2.3 Criticamente amortecido ( = 1) Neste tipo de sistema a equação do movimento oscilatório é definida como: 𝑥(𝑡) = 𝑒−𝜔𝑛∙𝑡[𝑥𝑜 + (�̇�𝑜 + 𝑥𝑜 ∙ 𝜔𝑛) ∙ 𝑡] (12) Um sistema amortecido criticamente quando perturbado por certas condições iniciais, retorna à posição do equilíbrio no tempo mais rápido sem 7 oscilar. Sendo assim também não é necessário calcular amplitude e ângulo de fase. 2. OBJETIVO O objetivo deste relatório é demonstrar, com o uso do software Octave GNU, os gráficos dos diferentes comportamentos, em situações distintas, de um sistema oscilatório, seja ele amortecido ou não. 3. RESULTADOS 3.1 Sistema não amortecido As condições utilizadas foram: rigidez 𝐾 = 10 𝑁/𝑚, massa 𝑚 = 5 𝐾𝑔, deslocamento inicial 𝑥𝑜 = 1 𝑚, velocidade inicial �̇�𝑜 = 10 𝑚/𝑠, intervalo de tempo 𝑡 = 0: 0.01: 20 e as equações usadas foram as 1, 2, 3 e 4. O resultado está representado no gráfico 1 abaixo. Gráfico 1 - Comportamento de um Sistema não amortecido Fonte: [5] 3.2 Sistema amortecido 3.2.1 Sub-amortecido As condições utilizadas foram: fator de amortecimento = 0,1, rigidez 𝐾 = 55 𝑁/𝑚, massa 𝑚 = 10 𝐾𝑔, deslocamento inicial𝑥𝑜 = 1 𝑚, velocidade inicial �̇�𝑜 = 10 𝑚/𝑠, intervalo de tempo 𝑡 = 0: 0.01: 10 e as equações usadas foram as 1, 5, 6, 7 e 8. O resultado está representado no gráfico 2 abaixo. 8 Gráfico 2 - Comportamento de um Sistema Sub-amortecido Fonte: [5] 3.2.2 Superamortecido As condições utilizadas foram: fator de amortecimento = 1,2, deslocamento inicial 𝑥𝑜 = 1 𝑚𝑚, velocidades iniciais �̇�𝑜1 = 9 𝑚𝑚/𝑠, �̇�𝑜2 = −9 𝑚𝑚/𝑠, frequência natural 𝜔𝑛 = 3 𝑟𝑎𝑑/𝑠, intervalo de tempo 𝑡 = 0: 0.01: 4 e as equações usadas foram as 9, 10 e 11 para cada um dos dois casos. O resultado está representado no gráfico 3 abaixo. Gráfico 3 - Comportamento de um Sistema Superamortecido Fonte: [5] 9 3.2.3 Criticamente amortecido As condições utilizadas foram: fator de amortecimento = 1,0, deslocamento inicial 𝑥𝑜 = 1 𝑚𝑚, velocidades iniciais �̇�𝑜1 = 1 𝑚𝑚/𝑠, �̇�𝑜2 = 10 𝑚𝑚/𝑠, �̇�𝑜3 = −15 𝑚𝑚/𝑠, frequência natural 𝜔𝑛 = 2 𝑟𝑎𝑑/𝑠, intervalo de tempo 𝑡 = 0: 0.01: 4 e a equação usada foi a 12 para cada um dos três casos. O resultado está representado no gráfico 4 abaixo. Gráfico 4 - Comportamento de um Sistema Criticamente amortecido Fonte: [5] 4 CONCLUSÃO Considerando os argumentos apresentados e os resultados obtidos podemos concluir que o tipo de amortecimento impacta diretamente na vibração de um sistema e a escolha da utilização de um desses tipos depende da aplicação solicitada. Os gráficos resultantes da simulação no Octave são semelhantes aos modelos presentes na introdução teórica. REFERÊNCIAS 1. SOEIRO, N. S. Curso de Fundamentos de Vibrações e Balanceamento de Rotores. Belém: [s.n.], 2008. 10 2. RAO, S. Vibrações Mecânicas. 4ª. ed. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2008. 3. WALKER, H. R. Fundamentos de Física 1 - Mecânica. [S.l.]: LTC, 2006. 4. ROQUE, A. Física II – Ondas, Fluidos e Termodinâmica. São Paulo: USP. 5. EATON, J. W. GNU Octave. [S.l.]: [s.n.], 2020.
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