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Fundamentos e Métodos do Ensino das Ciências Humanas (1)

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PEDAGOGIA
FUNDAMENTOS E MÉTODOS 
DO ENSINO DAS CIÊNCIAS 
HUMANAS
Angélica Cristina de Freitas Sabbadin
Maria de Lourdes Cardoso Silva Santos
Maria Helena Quaiati 
Fundamentos e Métodos do Ensino das Ciências Humanas. 
 
 
Angélica Cristina de Freitas Sabbadin 
Maria de Lourdes C. S. Santos 
Maria Helena Quaiati 
 
SUMÁRIO 
Apresentação. ................................................................................................................................................. 3 
Programa da Disciplina ................................................................................................................................ 4 
Unidade 01 - Estudo da História e da Geografia .................................................................................. 7 
Unidade 02 – O papel da escola ............................................................................................................. 12 
Unidade 03 – O que dizem os PCNs de História e da Geografia sobre a importância 
dessas disciplinas na formação do aluno ............................................................................................. 17 
Unidade 04 – Inferências sobre o ensino de História e de Geografia na Educação Infantil e 
no Ensino Fundamental ............................................................................................................................. 22 
Unidade 05 - Presença das Ciências Humanas na Educação Infantil - objetivos e 
conteúdos de ensino .................................................................................................................................. 27 
Unidade 06 - Presença das Ciências Humanas na Educação Infantil - orientações didáticas
 ........................................................................................................................................................................... 32 
Unidade 07 – Como Iniciar as crianças no estudo da Geografia e da História. ...................... 37 
Unidade 08 - Estratégias metodológicas para o trabalho na Educação Infantil. .................... 42 
Unidade 09 - Currículo prescrito ............................................................................................................ 46 
Unidade 10 - Currículo apresentado aos professores: Livro didático ......................................... 50 
Unidade 11 – A desprofissionalização do trabalho docente .......................................................... 56 
Unidade 12 - O currículo modelado pelos Professores ................................................................... 60 
Unidade 13 - Currículo em ação ............................................................................................................. 64 
Unidade 14 - O currículo avaliado ........................................................................................................... 71 
Unidade 15 - Trabalhando com documentos históricos e mapas. .............................................. 75 
Unidade 16. Abordagens historiográficas e conteúdos escolares: o local e o regional ...... 79 
Unidade 17. Diversidade de linguagens e fontes para ensinar história. .................................... 84 
Unidade 18. A fotografia e os filmes como recursos didáticos .................................................... 88 
Unidade 19. Canções, Poemas e Poesias como recursos didáticos ............................................. 92 
Unidade 20. A Imprensa Periódica como recurso didático ........................................................... 97 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação. 
 “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade 
 tampouco sem ela a sociedade muda.” 
Paulo Freire 
 
 Nessa apostila temos a pretensão de auxiliar na formação do 
professor dos anos iniciais do ensino fundamental a conquistar conhecimentos 
relevantes e necessário para conquista da qualidade da sua formação docente. 
Assim, possa contribuir como cidadão com o seu aluno a enfrentar as questões 
sociais do mundo atual e torná-lo um conhecedor de seus direitos e deveres. 
 Para reverter o perfil da educação brasileira o MEC (Ministério da 
Educação e do Desporto) elaborou o documento PCN (Parâmetro Curricular 
Nacional) para contribuir com o professor e a escola no planejamento da proposta 
pedagógica, na execução dos planos de ensino e na análise do material didático. 
 Além disso, o documento estabeleceu um currículo mínimo a todas as 
escolas e, uma parte diversificada respeitando a regionalidade e a localidade de 
cada casa de ensino. Ainda apresenta e fundamenta conceitos e fatos essenciais 
que possibilitam aos professores melhorarem a qualidade do ensino e 
compreenderem as dificuldades de cada aluno. 
 No entanto é difícil um professor trabalhar em sala de aula se não 
recebeu na sua formação docente uma aprendizagem compatível com a exigência 
da realidade do aluno. 
 Nesse sentido, essa apostila procura sugerir questões conceituais 
didáticas e metodológicas para as disciplinas de História e Geografia. Cada 
unidade de estudo tem por meta a preocupação da melhoria da competência 
profissional dos docentes na efetivação do compromisso ensino/aprendizagem 
dos futuros profissionais da educação. 
 
Prof.ª Maria Helena Quaiati 
Programa da Disciplina 
 
Ementa: Os conteúdos da História: fatos, conceitos, procedimentos e valores. 
Objetos de estudo da História e da Geografia. Orientações didáticas, estratégias, 
metodológicas e sequências didáticas. Documentos históricos. Mapas. Elaboração 
de projetos didáticos. A questão do livro didático. 
 
Objetivo 
 Refletir sobre o ensino das Ciências Humanas na Educação Infantil e nos 
anos iniciais do Ensino Fundamental. 
 
Conteúdos 
 Estudo da História e da Geografia. 
Presença das Ciências Humanas na Educação Infantil. 
Currículo prescrito 
Currículo apresentado aos professores: Livro Didático 
Currículo modelo pelos professores 
Currículo em ação 
Currículo avaliado 
Trabalhando com documentos históricos e mapas 
Recursos didáticos para o ensino de história e geografia 
 
Metodologia 
Será adotada uma metodologia que alia a teoria à prática reflexiva, 
proporcionada por meio de atividades e questionamentos que permitam ao aluno 
enriquecer os seus conhecimentos necessários à sua formação de profissional da 
educação. 
 
 
Avaliação 
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem, 
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na 
avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e 
espaço pré-determinados, diferentemente, a avaliação a distância permite que o 
aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente, a 
necessidade de estabelecimento de prazos. 
A avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os seguintes 
instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem: 
1) Trabalhos individuais ou a partir da interatividade com seus pares; 
2) Provas bimestrais realizadas presencialmente; 
3) Trabalhos de pesquisa. 
 
As estratégias de recuperação incluirão: 
1) Retomada eventual dos conteúdos abordados nas unidades, quando não 
satisfatoriamente dominados pelo aluno; 
2) Elaboração de trabalhos com o objetivo de auxiliar a vivência dos 
conteúdos. 
 
Bibliografia Básica 
BARRETTO, E. S. S. (org) Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. 
Campinas: Autores Associados, 2003 
BITTENCOURT, C. (Org.). O Saber histórico na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 
2007. 
BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Parâmetros Curriculares Nacionais: História e 
Geografia. Vol. 4, 2002. 
_______MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil. Vol. 3. Brasília:MEC/SEF, 1998. 
NIDELCOFF, M. T. A Escola e a Compreensão da Realidade. São Paulo: Brasiliense, 1991. 
 
Bibliografia Complementar 
BITTENCOURT, C. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1997. 
DALLARI, D. de A. Direitos humanos e cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. 
PENTEADO, H. D. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 01 - Estudo da História e da Geografia 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: situar dentro da proposta de trabalho pedagógico a importância e qual 
a contribuição que as Ciências Humanas têm a dar na formação dos alunos, para 
que compreendam as permanências e mudanças do homem através dos tempos 
e a transformação do meio. 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 Estudar História e Geografia na Educação Infantil e no Ensino Fundamental 
é dar ao aluno subsídios para que ele conheça e compreenda a história do 
homem no meio em que ele está inserido. 
 Segundo, Nidelcoff 
o papel do professor é ajudar a criança a ver e compreender a 
realidade; expressar a realidade e expressar-se, descobrir, assumir 
a responsabilidade de ser elemento de mudança na realidade. 
(1998, p.6). 
 
 De acordo com o pensamento de Nidelcoff (1998) a escola deve ter a 
preocupação de ajudar o professor a refletir sobre o ensino, o conteúdo e as 
estratégias que pode contribuir para a compreensão do mundo. Enfim, deve 
elucidar o papel e a importância das disciplinas de Historia e Geografia. 
 Para Penteado (1994) o ensino de História e Geografia faz parte do curso 
de formação de professores para as séries iniciais do Ensino Fundamental com a 
hipótese de ser construído na proposta interdisciplinar. Pois compreende que esse 
profissional não deve ter uma conduta inadequada. Ex: na sala de aula quando 
está alfabetizando ou ensinando a ler e escrever, num outro momento está 
ensinando História e Geografia, num terceiro momento está ensinando Ciências e 
assim por diante. (p. 11) 
 Para ele essa proposta de trabalho requer que o aluno tenha uma postura 
de aprendizagem em todos os outros momentos de ensino, ou seja, em todas as 
disciplinas pode ser ensinando História e Geografia, como veremos em outros 
momentos. 
 Nessa perspectiva, a Geografia estuda como disciplina isolada deve 
privilegiar as relações do homem com o espaço em que está situado. Enquanto, a 
História procura estudar o homem através dos tempos, nos diferentes lugares em 
que tem vivido. 
 Com a alteração da LDB n.9394/96 e da Lei n. 11274/2006 ao Ensino 
fundamental acrescenta-se uma série, passa de oito anos para nove anos de 
duração, assim, o dever do estado com a Educação de crianças e adolescentes 
brasileiros foi antecipado em um ano. 
 O fato é que a sociedade ganha com isso, pois garante o ensino da História 
e da Geografia desde as séries iniciais do Ensino Fundamental, pois, os conteúdos 
podem ser melhores distribuídos visando uma metodologia que melhor se ajuste 
ás condições de aprendizagem da criança de seis anos, quando se inicia o Ensino 
Fundamental. 
 Assim o ensino da História e da Geografia deve ter o caráter transformador, 
despertar o aluno para a condição de sujeito que faz História e localiza-se no 
tempo e espaço, como também, ter a compreensão do meio ambiente e social. 
 Nesse contexto, sociocultural e educacional processam-se os níveis de 
conhecimento, as concepções de educação e a formação do sujeito. Por esta 
razão, Penteado, 2011 diz: 
“... adeus ao ensino de História e Geografia como “disciplinas 
decorativas” e estar dando início ao ensino das Ciências 
Humanas, História e Geografia, como instrumento de 
compreensão da realidade, desde as séries iniciais do Ensino 
Fundamental”. 
 
 Porém, Karnal (2004) entende o exercício profissional da História como 
“diálogo entre o passado e o presente.”. Enquanto Castrogiovanni, A. C., 2010 
elucida o estudo da Geografia como: Ampliação do “conhecimento do aluno 
sobre o mundo, sobre as relações entre a sociedade e a natureza.”. 
 Corroborando com o pensamento destes autores, encontra-se nos PCNs 
(Parâmetros Curriculares Nacionais) de História e de Geografia que a criança 
brasileira alcançará a cidadania plena, se, a escola e a sociedade oferecer pleno 
acesso aos recursos culturais relevantes para a conquista da sua cidadania. 
É uma representação de um ponto da terra. Duas importantes fontes que 
auxiliam na leitura do mapa: o título e o uso de cores. Exemplo azul para os rios, 
marrom para montanhas, verde para o relevo, etc. 
Vale ressaltar que, o mapa representa informações históricas, políticas, 
econômicas, físicas e biológicas de diferentes lugares do mundo. A importância 
dos mapas na sala de aula justifica-se pelo papel que a categoria tem no mundo 
de hoje, mas sabe-se que é um desafio para os professores ensinarem cartografia. 
A educação no século XXI não pode negar a importância dos mapas no 
cotidiano do mundo atual, pois ler, interpretar e saber montar um mapa de acordo 
com as necessidades de cada um. Exemplo, essa necessidade pode ser desde o 
Office-boy á autoridade maior do estado. 
Para as crianças pequenas pode-se ensinar a leitura de mapas usando 
brincadeiras, pois essas chamam a atenção e a curiosidade das crianças. Uma 
brincadeira interessante é a “caça ao tesouro”. Além de a brincadeira ser divertida 
é uma atividade que pode ser feita em família. Com essa experiência a criança 
pequena aprende desde cedo a decodificar a leitura de mapas. 
Como possibilitar ao aluno ser um leitor de mapas? 
Segundo Piaget (1993, P. 35) 
“… afirma que todo conhecimento é construído pelos seres humanos 
através de suas interações com o meio. O pensamento é uma “ação” 
que transforma as coisas do meio a fim de construí-la em objetos do 
meio próprio pensamento. Através da interação entre sujeito e objeto o 
conhecimento é abstraído do real e transformado em algo humano, 
interiorizando-se.”. 
 
 
 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO. 
O artigo a seguir propõe uma reflexão sobre o estudo das ciências humanas no 
currículo escolar e sua contribuição para a formação das crianças. Leia-o com 
atenção. 
História e Geografia: uma visão crítica sobre o mundo 
Os estudantes dos anos iniciais precisam aprender a observar e interpretar a realidade para, assim, 
interferir nela. Saiba o que fazer para que eles cheguem lá 
Anna Rachel Ferreira 
 
Nos anos iniciais, é recorrente e legítima 
a preocupação em garantir que os 
alunos sejam devidamente apresentados 
ao mundo das letras e dos números. Por 
isso, muitos professores investem mais 
tempo nas aulas de Língua Portuguesa e 
Matemática. Porém, ignorar ou 
minimizar a importância das Ciências 
Humanas, traduzidas pelas disciplinas de 
História e Geografia, faz com que as 
crianças não explorem todas as 
possibilidades de interpretar o mundo e 
se inserir nele de maneira consciente e 
atuante. O trabalho com as duas áreas 
desenvolve competências importantes, 
que vão muito além da capacidade de decorar datas ou nomes de capitais, rios ou heróis, como 
ainda se vê. 
 
Os estudos geográficos focam nas mudanças do espaço e em suas representações. "O raciocínio 
espacial possibilita que a criança estabeleça uma relação descentralizada com o ambiente e 
perceba que não é o centro do Universo. "A minha relação com o país depende da parte dele em 
que eu vivo, por exemplo", diz Rafael Straforini, docente da Universidade Estadual de Campinas 
(Unicamp) e autor do livro Ensinar Geografia: O Desafio da Totalidade-mundo nas Séries Iniciais 
(190 págs., Ed. Annablume, tel. 11/3031-1754, 25,50 reais). 
 
Já no caso da História, o recorte é sobre o tempo, considerando acontecimentos, seus agentes e 
suas consequências. "O aluno precisa entender as permanências de elementos históricos, comoconstruções e hábitos que se iniciaram no passado, e as influências deles na atualidade. Além de 
identificar quais são eles, é necessário enxergar quem os causou e perceber-se como um agente 
histórico", diz João do Prado Ferraz de Carvalho, professor de Ensino de História da Universidade 
Federal de São Paulo (Unifesp). 
 
O cruzamento entre as duas disciplinas é inevitável, visto que as mudanças físicas se dão ao longo 
do tempo, também por influência humana. Logo, as boas aulas permitem ao estudante comparar 
o passado com o presente para compreender o que vive hoje e oferecem ferramentas para que 
projete o futuro. Isso não só no que diz respeito aos limites do bairro ou da história pessoal de 
cada um. Hoje, graças aos meios de comunicação, é possível fazer ligações entre o que os alunos 
presenciam e o que acontece em todo o mundo. 
 
Para iniciar um trabalho nesses moldes, deve-se estabelecer o tema a ser tratado e ouvir 
atentamente o que os estudantes têm a dizer. Aqui, cabe investigar a lógica do pensamento deles 
para ampliar conceitos e contrapor ideias. No livro Terra dos Homens (144 págs., Ed. Contexto, tel. 
11/3832-5838, 29,90 reais), o geógrafo francês Paul Claval afirma: "(...) a geografia fala de situações 
que são de tal forma parte integrante da vida das pessoas e do destino dos grupos que todo 
mundo as conhece". O mesmo raciocínio se aplica à História. No livro Ensino de História: 
Fundamentos e Métodos (408 págs., Cortez Editora, tel. 11/ 3611 9616, 52,20 reais), Circe Bittencourt 
explica que uma das tarefas do pesquisador é usar os conceitos da História, de temporalidade e 
análise de fontes, para organizar e sistematizar o conhecimento comum. 
 
Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/historia-geografia-visao-critica-mundo-anos-iniciais-782800.shtml 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade 02 – O papel da escola 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Identificar o papel da instituição escolar na promoção das condições e 
instrumentos para que a criança possa conhecer e compreender as diferentes 
realidades, compará-las e construir conceitos. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Assim, o papel da escola é uma questão de fazer o aluno desde cedo a 
compreender como se dá o processo de construção do conhecimento. Portanto, a 
escola precisa encontrar a forma de fazer isso nas aulas de história e geografia, 
considerando a leitura de mapas como uma prática para a compreensão do 
concreto e do abstrato, bem como que está perto ou longe da criança. 
Essa preocupação da escola deve oportunizar as condições e os 
instrumentos para que a criança possa conhecer e compreender a realidade em 
que vive e aquela que está distante dela. Ao construir os conceitos, o aluno 
aprende e não fica apenas na memorização. 
Vale ressaltar que, o ensino da geografia e mapas deve estar adequado ao 
contexto histórico em que vive o homem. Assim, é de grande valia para exercitar a 
cidadania. O professor precisa entender que exercícios de memorização ou 
reprodução não constroem conceitos, nem desenvolve a habilidade de ler mapas 
para compreender a aprendizagem que ele traz através das representações 
gráficas nele expressas. 
Penteado (1994) traz uma série de atividades que podem ser desenvolvidas 
em sala de aula, partindo da leitura através do globo, mapa-múndi, do continente 
ao município, incluindo desde a zona urbana á zona rural, tendo como objeto de 
estudo a natureza, cultura e tempo. 
Com base nessas atividades a autora propõe conceitos específicos de cada 
série, com ampliação dos conteúdos á medida que a criança avança os estudos, 
sempre otimizando um ensino produtivo, no qual o aluno seja capaz de construir 
eu conhecimento. 
 
A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação 
política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia 
exercer. Dallari, 1998.p.10. 
 
Esse pensamento dos romanos era porque a sociedade romana fazia 
distinção e separava as pessoas por classes sociais. As pessoas não sabiam quais 
eram os seus direitos, nem participavam das atividades políticas e administrativas 
do Estado. Essa participação era dada ás classes consideradas nobres. 
No Brasil foi a partir da Constituição de 1988 que os brasileiros ampliam os 
direitos da cidadania. Assim, os brasileiros além de terem seus direitos 
assegurados ganham o direito de votarem em elegerem seus representantes; o 
direito de se candidatar para os cargos governamentais; o direito de apresentar 
projetos de lei; o direito de participar de plebiscito ou referendo; o direito de 
propor ações judiciais, como Ação Popular e o Mandato de Segurança. 
 Essa Constituição prevê a participação obrigatória de representantes da 
comunidade em órgãos sobre os “Direitos da Criança e do Adolescente.”. Tudo 
isso, configura o exercício de direitos da cidadania. Vale ressaltar que, os direitos 
da cidadania são, ao mesmo tempo, deveres. 
Entretanto é preciso saber que o homem não vive só, ele vive em 
sociedade, por isso, é importante conhecer seus direitos e deveres para que seja 
possível, a convivência benéfica e necessária entre as pessoas e grupos. Antes de 
tudo, o homem precisa ser reconhecido e tratar o outro com respeito á sua vida. 
Na realidade, quando alguém vai exercer o direito de cidadania não pode 
esquecer que todas as pessoas têm o mesmo direito. Assim, é evidente que as 
pessoas nascem desiguais fisicamente, mas nascem iguais á respeito do “Direito a 
Igualdade”, a moradia, a saúde, a educação... Para justificar as diferenças e 
igualdade, vale ressaltar que apesar das leis preverem esse apoio, a sociedade se 
encarrega em provocar as situações de diferenciação. 
 
BUSCANDO O CONHECIMENTO 
A educação no Brasil na atualidade 
Por: André Michel dos Santos 
Segundo Meksenas (2002), a educação nasce quando se transmite e se assegura as outras pessoas 
o conhecimento de crenças, técnicas e hábitos que um grupo social já desenvolveu, a partir de 
suas experiências de sobrevivência. Neste sentido, pode-se afirmar que o nascimento da educação 
surge quando o ser humano sente a necessidade de converter as suas práticas cotidianas ao seu 
semelhante. 
A educação é uma das dimensões essenciais na evolução do ser humano, pois em cada conquista 
rumo à civilização, faz-se presente junto a esta, a necessidade de transmissão aos semelhantes. 
Assim, pode-se dizer que a educação nasce como meio de garantir às outras pessoas àquilo que 
um determinado grupo aprendeu. 
Meksenas (2002), ainda afirma que, em uma visão funcionalista, a educação nas sociedades tem a 
tarefa de mostrar que os interesses individuais só se realizam plenamente através dos interesses 
sociais. Sendo assim, a educação ao socializar o indivíduo, mostra a este que sozinho, o ser 
humano não sobrevive, e que ele só pode desenvolver as suas potencialidades estando em 
contato com o meio social, ou seja, com as outras pessoas. 
Com a educação, o homem pode se instrumentalizar culturalmente, capacitando-se para 
transformações tanto materiais, quanto espirituais. A educação é o cerne do desenvolvimento 
social. Sem ela, até mesmo as sociedades mais avançadas retornariam ao estado primitivo em 
pouco tempo. Ela oferece uma base de conhecimento para todas as pessoas. 
A educação reproduz a sociedade, pois a contradição e o conflito não são tão manifestos na 
sociedade, porque a reprodução é dominante, observando-se que a educação acaba por fazer o 
que a classe dominante lhes pede. Como a sociedade, a educação é um campo de luta entre várias 
tendências e grupos. Ela não pode fazer sozinha a transformação social, pois ela não se consolida 
e efetiva-se sem a participação da própria sociedade (GADOTTI, 1995). 
Segundo Pinto (1986), a educação acaba transmitindo e reproduzindo os mecanismos dedominação impostos pelo capitalismo. Por outro lado, o setor educacional deve estar em busca da 
conscientização e da libertação, através da qual se resgatam caminhos para uma ação 
transformadora. 
Conforme Gerhardt (2001), a educação libertadora ou transformadora, é aquela que trabalha com 
uma visão de sujeitos potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, instruindo-
se de forma a promover a auto-reflexão. Neste sentido, a educação é entendida como uma prática 
de libertação, que desperta no sujeito a sua capacidade de promover a humanização, esforçando-
se em uma perspectiva conjunta para mudar o sistema escolar, social e político. Para Steinberg, 
Paulo Freire aponta dois estágios da pedagogia, como prática de libertação: 
[...] o primeiro permite ao oprimido que perceba a condição de opressão em 
que se encontra e engajar-se em sua transformação, o segundo, reconhece que 
uma vez transformada a opressão, todas as pessoas tornar-se-ão libertas, 
estarão permanentemente livres [...] (STEINBERG, 2001, p.271). 
Desta forma Steinberg (2001), afirma que dentro desta perspectiva libertadora, Paulo Freire 
considera o poder político como essencial para a libertação, a qual está fora do alcance do 
oprimido. Nesse contexto, observa-se que as respostas a este dilema podem ser encontradas na 
educação, a qual deve ser realizada por e com o oprimido. 
Pode-se dizer, ainda, que educação coincide com a própria existência humana e suas origens se 
confundem com a origem do próprio homem. Estudar a educação é, também, poder compreender 
que a escola, como instituição, muitas vezes, não tem poder de modificar o que está estabelecido 
- a estrutura social. Para Gadotti (1995, p.83), “a força da educação está no seu poder de mudar 
comportamentos. Mudar comportamentos significa romper com certas posturas, superar dogmas, 
desinstalar-se, contradizer-se”. Nesse sentido, a força da educação está na ideologia. 
Portanto, um dos desafios encontrados atualmente no setor educacional é a mudança de 
ideologia impregnada na sociedade, uma alteração da concepção de ensino e do papel da escola 
enquanto instituição social. Busca-se uma escola democrática, pluralista, que venha valorizar a 
diversidade frente às problemáticas sociais perpassadas pelo educador e educando. 
Diante dos vários problemas da sociedade contemporânea, como: desvalorização profissional, 
desemprego, violência, modificações das relações familiares, etc, tem-se como papel fundamental 
da área educacional, o de fornecer o conhecimento, para que as pessoas possam ter 
possibilidades e autonomia de participar efetivamente das políticas, continuando assim, a lutar por 
igualdade de direitos. Nesse sentido, a educação, em termos de Brasil, deve ser tratada como uma 
política social, que tem como compromisso fundamental à garantia dos direitos do cidadão, ou, 
ainda a escola deve assumir um novo papel frente à sociedade, que é o de propiciar ações para a 
efetivação dos direitos sociais. 
No Brasil, têm-se várias legislações como a Constituição Federal de 1988, a atual Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação – LDB de 1996 e o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA de 1990, que 
garantem o direito à educação a criança e ao adolescente, direitos estes que precisam ser 
perseguidos por todos os profissionais que atuam no contexto escolar. 
Porém, ao se deparar com o atual contexto brasileiro, percebe-se que o ensino tem se mostrado 
insuficiente, no que se refere à quantidade de vagas para o atendimento dos alunos, tendo como 
grande desafio a melhoria de sua qualidade. E, esta qualidade é perpassada por várias questões, 
tais como baixos salários dos professores, escolas públicas sucateadas, ensino formalista e 
autoritário, o que gera, conseqüentemente, desestimulo por parte dos professores e alunos. 
No que se refere à melhoria da qualidade na escola brasileira, principalmente no final do século 
XX, Nosella (2002), ressalta quanto à necessidade de superação da política educacional populista e 
corporativista introduzida no ensino brasileiro. A escola brasileira precisaria rever questões como: 
o resgate da qualidade de formação do profissional da educação, a expansão da escolarização 
pelo sistema supletivo, especialmente aqueles em horários noturnos, dentre outros, tendo a 
obrigação de, simultaneamente, fazer uma constante avaliação que certamente garantirá a 
qualidade do ensino. 
Uma outra questão pertinente a esta discussão, diz respeito à leitura social do fracasso escolar, 
que segundo Amaro (1997), é uma questão de classe social, que acaba por ser agravada na falta 
de uma política educacional que seja comprometida com os interesses e necessidades dos pobres. 
A escola não está sintonizada com a realidade social de seus alunos, conseqüentemente de suas 
famílias, causando desestímulo por parte do aluno e relações frias entre educador e educando. 
Abordando ainda sobre o fracasso escolar, Esteban (1999), afirma que este se configura dentro de 
um quadro de múltiplas negações, dentre as quais se coloca a negação da legitimidade de 
conhecimentos, de forma de vida, formulados à margem dos limites socialmente definidos como 
válidos. Tem-se, assim, a inexistência de um processo escolar que possa atender as necessidades e 
particularidades das classes populares, permitindo que estas possam fazer parte na construção do 
processo de ensino. 
Martins (1999), afirma que nos últimos anos, apesar do esforço, de investimento técnico 
pedagógico nas escolas, a incidência dos fatos tem revelado a violência existente no interior das 
escolas, que se apresenta nos reflexos das questões sociais, as quais estão cada dia mais presentes 
na escola. Todos esses fatores vêm dificultando o cumprimento da sua finalidade maior enquanto 
escola, que é a de contribuir na formação da cidadania dos brasileiros. 
A escola tradicional de concepção positivista neoliberal, enraizada na sociedade é entendida como 
aquela que é voltada para o mercado, em que existe o tempo de ensinar e o tempo de avaliar, 
enquanto momentos estanques, separados entre si. Os seus conteúdos escolares são organizados 
de maneira linear, hierárquica e, previamente determinado por bimestre, série, disciplina, etc, 
sendo justificados como pré-requisito de outros. Nesta visão conservadora, a educação sempre é 
planejada de cima para baixo, em que existe uma escola burocrática e uniformizadora. Essa visão é 
excludente, e acaba por tornar a escola incompetente em seus vários aspectos, como não ter 
vagas para quem mais dela precisa, e estar desconectada da realidade social do aluno. 
A escola hoje, mais do que nunca, tem como papel diante da sociedade, propiciar ações para a 
efetivação dos direitos sociais. Neste contexto, o setor educacional tem o papel de possibilitar e de 
oferecer alternativas para que as pessoas que estejam excluídas do sistema possam ter 
oportunidade de se reintegrar através da participação, bem como da luta pela universalidade de 
direitos sociais e do resgate da cidadania. 
Um dos maiores desafios apresentados à escola atual é trabalhar com a reelaboração crítica e 
reflexiva do educando, a fim de prepará-lo para a luta e o enfrentamento das desigualdades 
sociais presentes na sociedade capitalista. Nesta ótica, a escola deve transcender o sentido de 
ascensão material, que é dado à educação, transformando-a não em só um meio de retorno 
financeiro, mas também em um instrumento de crescimento pessoal. Neste sentido, afirma-se: 
No tocante a educação, os pais reproduzem os valores ideológicos presentes no discurso da 
sociedade, valorizando o estudo como a única forma de obter ascensão social. Mas por não 
compreenderem a dimensão e a complexidade da educação, atribuem aos filhos a culpa pelo 
fracasso escolar, desmotivando-os para o estudo (MARTINS, 1999, p.62). 
A escola que se deseja, deve estar pautada na lógica de um espaço ideal para aconstrução de 
uma sociedade sadia, uma escola democrática com formação para a cidadania. Aquela que 
combata de todas as formas a exclusão social e que entenda o aluno como ser integral. E que 
possa, ao mesmo tempo, trabalhar a relação escola-aluno-família, tendo-se assim a necessidade 
de incluir a família em suas ações. 
Para isso, devemos romper com as visões tradicionais, funcionalistas ou sistêmico-mecanicistas da 
escola, superando a visão desta como um depósito do saber, buscando assim uma escola 
includente, libertadora e que valorize a diversidade. 
REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMARO, Sarita Teresinha Alves. Serviço Social na escola: o encontro da realidade com a educação. 
Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997. 
BRASIL. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. 
BRASIL. Lei 8.069/90. Estatuto da Criança e do Adolescente. ECA. Porto Alegre: CRESS, 2000. 
BRASIL. Constituição Federativa do Brasil. 1988. São Paulo: 2005. 
ESTEBAN, Maria Teresa (org). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Editora DP&A. 
Rio de Janeiro, 1999. 
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo: Cortez, 1995. 
GERHARDT, Heinz Peter. Educação libertadora e globalização. In: A pedagogia da libertação em 
Paulo Freire. São Paulo: Unesp, 2001. 
MARTINS, Eliana Bolorino Canteiro. O Serviço Social na área da Educação. In: Revista Serviço Social 
& Realidade. V 8 Nº 1. UNESP, Franca: São Paulo, 1999. 
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da educação: introdução ao estudo da escola no processo de 
transformação social. 10 ed. São Paulo: Loyola, 2002. 
NOSELLA, Paolo.Gaudêncio Frigotto (org). Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de 
século. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 
PINTO, Rosa Maria Ferreiro. Política educacional e Serviço Social. São Paulo: Ed. Cortez, 1986. 
STEINBERG, Shirley R. Uma análise da Pedagogia do Oprimido. In: A pedagogia da libertação em 
Paulo Freire. São Paulo: Unesp, 2001. 
 
Disponível em: http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/a-educacao-no-brasil-na-atualidade.htm 
 
Unidade 03 – O que dizem os PCNs de História e da Geografia sobre a 
importância dessas disciplinas na formação do aluno 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Analisar os objetivos dos PCNs para o ensino da história e da geografia 
nos anos iniciais do ensino fundamental. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
O PCNs para o ensino da História e da Geografia traz uma proposta de 
trabalho que ressalta a importância dessas disciplinas na formação do aluno. 
A constituição da História como disciplina escolar ocorreu em 1837, com a 
criação do Colégio Pedro Segundo, o primeiro colégio secundário criado no Brasil, 
que apesar de público era pago e destinado ás elites. Por volta de 1855, a História 
como disciplina foi introduzida no ensino secundário do país. 
O modelo de métodos de ensino aplicados nas aulas de História era 
baseado na memorização e na repetição oral dos textos escritos. Os materiais 
didáticos eram poucos, restringiam-se a fala do professor e aos poucos livros 
didáticos que seguiam o modelo dos catecismos com perguntas e respostas. 
Portanto, ensinar História era transmitir o estabelecido nos livros, que 
estava dentro do programa oficial, mais tarde, livros didáticos ou livros textos. 
Logo, o conteúdo era “ingressado” igual para todos e em todos os locais e regiões 
do país. 
Nesse contexto, a situação da escola pública apontava a necessidade de se 
buscar programas de ensino que propunha um novo modelo de pedagogia, com 
métodos renovados. Assim, surge à introdução dos chamados Estudos Sociais no 
currículo escolar em substituição a História e a Geografia, isto ocorreu por volta de 
1930, houve a integração das disciplinas em um único currículo. 
Entre o período da Segunda Guerra Mundial até o final da década de 70, 
Estudos Sociais teve um avanço no currículo escolar. Nesse período pode registrar 
dois momentos significativos: o contexto da democracia com o final da ditadura 
de Getúlio Vargas e o outro durante o governo militar. 
O Pós Guerra, a História passou a ser considerada uma disciplina 
significativa no âmbito internacional, ganhou força política, era relevante na 
formação de uma cidadania. Portanto, a UNESCO passava interferir na elaboração 
do livro didático e nas propostas curriculares, assim, indicava um discurso 
homogêneo e de preparo voltado para o trabalho, com o advento do mundo 
urbano e industrial enfatizava as transformações econômicas. 
Nas séries iniciais (antiga escola primária) para ensinar Estudos Sociais 
adotava-se a proposta baseada nas datas e festividades cívicas, somente nas séries 
finais, preparavam os alunos com a História Colonial, Imperial e Republicana. Com 
essa proposta de trabalho os conteúdos da História e da Geografia foram diluídos. 
A Lei n. 5692/71 foi à lei que consolidou a disciplina de Estudos Sociais, 
durante o governo militar. Paralelamente a disciplina de Estudos Sociais constitui-
se a disciplina de Educação Moral e Cívica. 
A proposta Curricular de Estudos Sociais propunha que o estudo sobre a 
sociedade deveria partir do concreto ao abstrato em etapas sucessivas a partir da 
parte para o todo. Ex: do bairro para o município, do município para o estado, do 
estado para o país, do país para o mundo, mas a história do mundo não deveria 
ser ensinada na escola primária por ser considerada distante e abstrata. 
Na organização da disciplina de história gerou os chamados pré-requisitos 
de aprendizagem, exigindo a aquisição de conceitos e o domínio do tempo 
histórico. 
Com essa nova nomenclatura “Estudos Sociais” a demanda de profissionais 
na área da educação ficou escassa, logo, o governo permitiu que se criassem os 
cursos de Licenciatura Curta para suprir a necessidade que a disciplina gerou. 
Ocorreu grande demanda a procura dos cursos, mas uma desqualificação 
profissional do docente e também ocasionou um distanciamento entre a pesquisa 
acadêmica e o saber escolar. 
Insatisfeitos os profissionais, desde a sala de aula até a universidade 
lutaram para que as associações de historiadores e Geógrafos unissem as forças e 
almejassem a volta de História e Geografia aos currículos escolares e acabassem 
com os cursos de Licenciatura de Estudos Sociais. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Decorrência dos processos de transformação os PCNs que orientam atualmente 
os componentes curriculares de História e Geografia para o Ensino fundamental 
anunciam os seguintes objetivos: 
 
 
 
 
 
Unidade 04 – Inferências sobre o ensino de História e de Geografia na 
Educação Infantil e no Ensino Fundamental 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Identificar abordagens conceituais sobre a importância do ensino da História e da 
Geografia na Educação infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Iniciou-se o debate sobre a volta da História e da Geografia ao currículo 
escolar. Em 1980 os conhecimentos escolares dessas duas disciplinas passavam a 
ser questionados e redefinidos propondo uma reforma curricular. Ocorre ainda, 
uma transformação na clientela escolar provocada pelo processo de 
democratização. As novas gerações que chegavam ás escolas estavam habituadas 
ás novas tecnologias de comunicação, o rádio e a televisão. 
Assim, com essas exigências para atender a nova demanda escolar, volta a 
História e a Geografia dando origem a criação das escolas de educação infantil 
com a introdução desse ensino. Em decorrência desse fato os professores 
perceberam as dificuldades que enfrentariam, pois os conteúdos ficaram 
simplificados, e eles precisaram buscar alternativas para as práticas de ensino. 
 Nessa perspectiva as escolas preocupavam-se “o que e como ensinar”, 
essa, grande preocupação dos professores era para atender um público 
culturalmente diversificado, com informaçõesdifundidas pelos meios de 
comunicação. A essência do fazer pedagógico consiste em: “reflexão, conflitos e 
desafios”. 
Por volta da década de 40 do século XX a Geografia estudada apesar de 
valorizar o papel do homem como sujeito histórico, propunha-se a estudar a 
relação do homem com a natureza sem priorizar as relações sociais. Ex: estudava-
se a população, mas não a sociedade. 
Os procedimentos didáticos eram na base da descrição e a memorização. 
Pretendia-se ensinar uma Geografia neutra. Essa tendência inferia na produção 
dos livros didáticos. O pós-guerra, a urbanização e a industrialização deram 
origem a modificações, tanto na cidade, quanto no espaço agrário. Cada lugar já 
não era mais o mesmo. Os métodos e as teorias da Geografia não são mais 
suficientes para explicarem tamanha complexidade. 
Nessa perspectiva, não bastava explicar, era preciso entender e 
compreender as relações do homem com a natureza. Assim, a Geografia ganha 
conteúdos significativos de grande influencia na formação do cidadão, mas o 
professor continua com a sua prática na linha tradicional, descritiva e 
descontextualizada do espaço geográfico, é um ensino apoiado no livro didático. 
 Mediante essa postura metodológica apresentada, fica a preocupação 
com os conteúdos que deveriam ser ensinado e aprendido, para que, o sujeito 
tivesse sua participação na construção do território e do espaço. O objetivo da 
Geografia era explicar e compreender as relações entre a sociedade e a natureza. 
Com relação ao ensino da Geografia nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental, é importante respeitar a faixa etária do aluno e, o momento da 
escolaridade que ele se encontra. A maneira mais comum de se ensinar Geografia 
tem sido através do discurso do professor, ou do livro didático. 
É possível aprender Geografia através da leitura de autores como: 
Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, entre outros, cujas obras 
apresentam diferentes paisagens do Brasil. Eles trazem em suas obras aspectos 
sociais, culturais e naturais. Vale ressaltar que as produções musicais e o cinema 
também podem proporcionar ao aluno leituras geográficas através das imagens, 
sons e linguagem cartográfica. 
Considerando a Educação Infantil uma etapa da Educação Básica que 
antecede o Ensino Fundamental, o objetivo da 1ª etapa do ensino Básico, é 
propiciar um ambiente socializado que possa oferecer a criança pequena, o 
acesso e a ampliação dos conhecimentos da realidade social e cultural. 
Antes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) que 
estabeleceu que a Educação Infantil irá compor as modalidades de ensino da 
Educação Básica para acabar com a Educação tradição assistencialista. 
Em 1998 o MEC produziu o Referencial Curricular Nacional para a Educação 
Infantil, com o interesse em auxiliar o professor na realização de seu trabalho 
educativo diário junto ás crianças pequenas. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil traz conteúdos e 
orientações didáticas para o trabalho do professor. Apresenta um texto 
introdutório com reflexões sobre creches e pré-escolas, um texto que trata da 
construção da Identidade e da Autonomia da criança, um texto relativo no âmbito 
de experiências e conhecimento de mundo. 
No que diz respeito a construção da identidade, área potencialmente 
vinculada ao ensino de história e geografia, O RCNEI anuncia como concepção: 
 
CONCEPÇÃO 
A construção da identidade e da autonomia diz respeito ao conhecimento, desenvolvimento e uso 
dos recursos pessoais para fazer frente às diferentes situações da vida. 
 
A identidade é um conceito do qual faz parte a idéia de distinção, de uma marca de diferença 
entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de 
agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se dá por meio de interações 
sociais estabelecidas pela criança, nas quais ela, alternadamente, imita e se funde com o outro 
para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da oposição. 
 
A fonte original da identidade está naquele círculo de pessoas com quem a criança interage no 
início da vida. Em geral a família é a primeira matriz de socialização. Ali, cada um possui traços que 
o distingue dos demais elementos, ligados à posição que ocupa (filho mais velho, caçula etc.), ao 
papel que desempenha, às suas características físicas, ao seu temperamento, às relações 
específicas com pai, mãe e outros membros etc. 
 
A criança participa, também, de outros universos sociais, como festas populares de sua cidade ou 
bairro, igreja, feira ou clube, ou seja, pode ter as mais diversas vivências, das quais resultam um 
repertório de valores, crenças e conhecimentos. 
 
Uma das particularidades da sociedade brasileira é a diversidade étnica e cultural. 
 
Essa diversidade apresenta-se com características próprias segundo a região e a localidade; faz-se 
presente nas crianças que freqüentam as instituições de educação infantil, e também em seus 
professores. 
 
O ingresso na instituição de educação infantil pode alargar o universo inicial das crianças, em vista 
da possibilidade de conviverem com outras crianças e com adultos de origens e hábitos culturais 
diversos, de aprender novas brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades distantes. 
 
Dependendo da maneira como é tratada a questão da diversidade, a instituição pode auxiliar as 
crianças a valorizarem suas características étnicas e culturais, ou pelo contrário, favorecer a 
discriminação quando é conivente com preconceitos. 
 
A maneira como cada um vê a si próprio depende também do modo como é visto pelos outros. O 
modo como os traços particulares de cada criança são recebidos pelo professor, e pelo grupo em 
que se insere tem um grande impacto na formação de sua personalidade e de sua auto-estima, já 
que sua identidade está em construção. Um exemplo particular é o caso das crianças com 
necessidades especiais. Quando o grupo a aceita em sua diferença está aceitando-a também em 
sua semelhança, pois, embora com recursos diferenciados, possui, como qualquer criança, 
competências próprias para interagir com o meio. Vale destacar que, nesse caso, a atitude de 
aceitação é positiva para todas as crianças, pois muito estarão aprendendo sobre a diferença e a 
diversidade que constituem o ser humano e a sociedade. 
 
As crianças vão, gradualmente, percebendo-se e percebendo os outros como diferentes, 
permitindo que possam acionar seus próprios recursos, o que representa uma condição essencial 
para o desenvolvimento da autonomia. 
 
A autonomia, definida como a capacidade de se conduzir e tomar decisões por si próprio, levando 
em conta regras, valores, sua perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro, é, nessa faixa 
etária, mais do que um objetivo a ser alcançado com as crianças, um princípio das ações 
educativas. Conceber uma educação em direção à autonomia significa considerar as crianças 
como seres com vontade própria, capazes e competentes para construir conhecimentos, e, dentro 
de suas possibilidades, interferir no meio em que vivem. 
 
Exercitando o autogoverno em questões situadas no plano das ações concretas, poderão 
gradualmente fazê-lo no plano das idéias e dos valores. 
 
Do ponto de vista do juízo moral, nessa faixa etária, a criança encontra-se numa fase denominada 
de heteronomia, em que dá legitimidade a regras e valores porque provêm de fora, em geral de 
um adulto a quem ela atribui força e prestígio. Na moral autônoma, ao contrário, a maturidade da 
criança lhe permite compreender que as regras são passíveis de discussão e reformulação, desde 
que haja acordo entre os elementos do grupo. Além disso, vê a igualdade e reciprocidade como 
componentes necessários da justiça e torna-se capaz de coordenar seus pontos de vista e açõescom os de outros, em interações de cooperação. 
 
Este conceito está sendo usado na perspectiva proposta pelo psicólogo suíço Jean Piaget (1896-
1980). 
 
A passagem da heteronomia para a autonomia supõe recursos internos (afetivos e cognitivos) e 
externos (sociais e culturais). Para que as crianças possam aprender a gerenciar suas ações e 
julgamentos conforme princípios outros que não o da simples obediência, e para que possam ter 
noção da importância da reciprocidade e da cooperação numa sociedade que se propõe a 
atender o bem comum, é preciso que exercitem o autogoverno, usufruindo de gradativa 
independência para agir, tendo condições de escolher e tomar decisões, participando do 
estabelecimento de regras e sanções. 
 
Assim, é preciso planejar oportunidades em que as crianças dirijam suas próprias ações, tendo em 
vista seus recursos individuais e os limites inerentes ao ambiente. 
 
Um projeto de educação que almeja cidadãos solidários e cooperativos deve cultivar a 
preocupação com a dimensão ética, traduzindo-a em elementos concretos do cotidiano na 
instituição. 
 
O complexo processo de construção da identidade e da autonomia depende tanto das interações 
socioculturais como da vivência de algumas experiências consideradas essenciais associadas à 
fusão e diferenciação, construção de vínculos e expressão da sexualidade. 
 
Unidade 05 - Presença das Ciências Humanas na Educação Infantil - 
objetivos e conteúdos de ensino 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE. 
Objetivo: Compreender por que é importante ensinar Ciências Humanas a partir 
da Educação Infantil. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
A presença das Ciências Humanas na Educação Infantil. 
A presença das Ciências Humanas na composição do currículo e programas 
de Educação Infantil, os conteúdos estão relacionados á preparação da criança 
para dar entrada na 2ª etapa da Educação Básica, que é o Ensino Fundamental. 
Atualmente o Referencial ainda consta da pré-escola como parte da Educação 
Infantil, mas com a mudança de oito pra nove anos, a série inicial corresponde à 
pré-escola. 
No trabalho referente aos conteúdos das Ciências Humanas algumas 
práticas valorizam atividades referentes ás datas comemorativas do calendário 
nacional e, outras, as atividades voltadas para o desenvolvimento da noção de 
tempo e espaço. 
O ensino da História na Educação Infantil não pode e não deve partir da 
divisão do saber, como se estivesse tudo pronto e acabado. Ensinar História é 
associá-la ao conceito de historicidade, mas o que se percebe é que a prática está 
diante da teoria, pois a História é a ciência que nos permite conhecer o passado, 
entender o presente e transformar tudo num futuro melhor. 
Entretanto os conteúdos de História segundo o Referencial Curricular 
Nacional são contemplados nas questões de diversidade e socialização. Logo, 
deve-se iniciar o estudo dessa disciplina pela história do aluno. Portanto, o 
desenvolvimento da identidade e da autonomia está relacionado com os 
processos de socialização, pois através da relação social se dá a valorização e o 
reconhecimento do outro. 
No âmbito das Ciências Humanas, não só a História nem só a Geografia 
deveriam fazer parte da formação da criança, mas a filosofia e a sociologia 
também deveriam estar presentes na Educação Infantil, pois as duas últimas 
disciplinas são auxiliares da área das Ciências Humanas. 
Ao estudar Geografia, estudam-se os aspectos físicos do homem e da terra. 
Ela deu origem á criação da cartografia, devido ás exigências requeridas pelas 
guerras e comércio. 
Pensando na História e na Geografia, no âmbito das Ciências Humanas, 
voltados para o ensino infantil, este conhecimento se torna essencial na formação 
de indivíduos críticos contribuindo com a construção da cidadania. 
Objetos de Estudos: a criança, a natureza e a sociedade. 
À medida que as crianças crescem se deparam com objetos, fatos e 
fenômenos do mundo que aos poucos elas vão tomando conhecimento do seu 
redor. Assim, gradativamente toma consciência das diferentes situações em cada 
etapa do seu desenvolvimento. 
Nos primeiros anos de vida ela é capaz de perceber objetos, seres, formas, 
cores, sons, odores, movimentar-se nos espaços e manusear objetos. Aos poucos 
vai construindo seu vocabulário e ampliando no contato com outras pessoas ou 
crianças mais velhas. Quanto menor for à criança, mais ela precisa vivenciar 
objetos concretos da realidade conhecida, observada e sentida. 
Em relação ao pensamento que faz ao tocar um objeto, ela é capaz de 
construir uma lógica própria de interpretação. Exemplo- brincar de fazer de conta. 
Nesse processo ela constrói sua linguagem e comunicação diferente do concreto. 
Portanto, para formar seus conceitos não significa que comece sempre do 
concreto, isso se dá porque à medida que elas crescem a aprendizagem de fatos, 
conceitos, procedimentos, atitudes e valores não se dão de forma 
descontextualizada. 
O conhecimento contextualizado para as crianças acontece com as 
questões presentes no cotidiano, como: relato oral, livros, jornais, revistas, 
televisão, rádio, fotografias e filmes. Assim, para a construção da aprendizagem 
contextualizada é interessante provocar a criança para que ela faça relatos de 
situações, de fenômenos, de fatos e seja capaz de colocá-los no tempo e no 
espaço. 
Nesse sentido, o professor precisa ter claro que esse conhecimento se dá 
gradativamente, ao longo do processo educacional, pois á medida que a criança 
desenvolve sua curiosidade crítica o conhecimento vai se consolidando. 
 
Objetivos 
Crianças de zero a três anos 
 Explorar o ambiente, 
 Relacionar com pessoas; 
 Estabelecer contato com animais, plantas e objetos; 
 Despertar a curiosidade e o interesse. 
 
Crianças de quatro a seis anos 
 Interessar-se e demonstrar curiosidade pelo mundo social e natural 
 Formular perguntas 
 Imaginar soluções e compreender; 
 Manifestar opiniões próprias; 
 Buscar informações; 
 Confrontar ideias; 
 Estabelecer relações entre o modo de vida e do ambiente; 
 Valorizar a qualidade de vida; 
 Preservar as espécies; 
Nessa etapa de vida, além desses objetivos a criança deve aprofundar e ampliar os 
objetivos da fase zero a três anos. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
Conteúdos 
Os conteúdos devem ser organizados de forma significativa com a metodologia 
de projetos, pois eles integram diversas dimensões do mundo social e natural. 
 
Crianças de zero a três anos 
Nessa faixa etária os conteúdos estão relacionados com o cotidiano da criança 
 Participação em atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e 
canções que digam respeito ás tradições culturais de sua comunidade e de 
outros grupos; 
 Exploração de diferentes objetos, de suas propriedades e de relações simples 
de causa e efeito. 
 Contato com pequenos animais e plantas; 
 Conhecimento do próprio corpo por meio do uso e da exploração de suas 
habilidades físicas, motoras e perspectivas. 
 
Crianças de quatro a seis anos. 
Nessa faixa etária os conteúdos indicados para as crianças de zero a três anos 
devem ser aprofundados e outros serão acrescentados. 
 Formulação de perguntas; 
 Participação ativa na resolução de problemas; 
 Estabelecimento de algumas relações simples na comparação de dados; 
 Confronto entre suas ideias e das outras crianças; 
 Formulação coletiva e individual de conclusões e explicações sobre o tema em 
questão; 
 Utilização, com ajuda do professor, de diferentes fontes para buscar 
informações como objetos, fotografias, documentários, relatos de pessoas, 
livros, mapas etc.; 
 Utilização da observação direta e com uso de instrumentos, como binóculos, 
lupas, microscópio etc., para a obtenção de dados e informações; 
 Conhecimento de locais que guardam informações, como bibliotecas, museus, 
etc.; Leitura e interpretação de registros, como desenhos, fotografias, maquetes; 
 Registros das informações, utilizando diferentes formas: desenho, textos orais 
ditados ao professor, comunicação oral registrada em gravador etc. 
 
 
Unidade 06 - Presença das Ciências Humanas na Educação Infantil - 
orientações didáticas 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Conhecer as orientações didáticas anunciadas nos Referenciais 
Curriculares para a educação Infantil 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Orientações didáticas 
Crianças de zero a três anos 
 Nessa faixa etária a didática deve ser na forma da observação e exploração 
do meio. 
Exemplos: 
 A interação com os adultos e outras crianças, pode ser da mesma idade ou 
idade diferente; 
 As brincadeiras de rua (roda cantada); 
 A exploração do espaço 
 O contato com a natureza 
 O contato com pequenos animais (formiga); 
 Troca de ideias entre as crianças 
 Pequenas excursões com objetivo de identificar e observar a diversidade; 
 Criação de animais pela própria instituição; (peixes, pássaros). 
 Noções básicas de higiene; 
 Cultivar pequenas plantas em vasos; 
 Valorização da cultura de seu grupo (através das brincadeiras, músicas, jogos 
e danças); 
 Elaborar receitas culinárias 
 Oferecer diversos materiais que misturados entre si ou com diferentes meios, 
passam por processo de transformação. Materiais que podem ser oferecidos: 
terra, areia, farinha, água, leite, óleo, etc.; 
 Ensinar a criança conhecer e perceber seu próprio corpo por meio de ações 
realizado por ela; 
 Aprender o nome das partes do corpo e suas funções de forma 
contextualizada. 
Todas essas atividades apresentadas o professor deve explorar, pois a 
criança tem potencial para aprender se ela for estimulada á participação da 
atividade. Embora na idade média a criança fosse considerada um adulto em 
miniatura, atualmente não se pode pensar assim, criança deve ser criança e 
aprender através do lúdico. 
Foi necessária uma longa caminhada da histórica para que se pensasse na 
criança como uma figura diferente do adulto. Portanto, cabe ressaltar que na 
sociedade contemporânea, a infância ganhou resignificado dos seus direitos como 
cidadã, ou seja, o direito a melhor qualidade de vida, o direito de pertencer a uma 
família, o direito de ter moradia, alimentação, de receber educação de qualidade, 
o direito de viver e ser criança. 
Nesse sentido a criança deve ter o direito de brincar, criar, imaginar e de 
sonhar. De acordo com os RCNs a educação infantil deve estar nos princípios: da 
dignidade e do respeito. 
 
Crianças de quatro a seis anos. 
Nessa faixa etária o trabalho didático deve incluir o respeito às diferenças 
existentes entre os costumes, valores e hábitos das diversas famílias e grupos e, o 
reconhecimento de semelhanças. 
De acordo com o MEC em 1998 foi lançado um documento “Referencial 
Curricular Nacional” que estabelecia as diretrizes para a Educação Infantil. 
No entanto, o Congresso Nacional, por meio da Lei n. 11.114/2005, altera os 
artigos 6º, 30, 32 e 87 da Lei n. 9394/96, com o objetivo de tornar obrigatório o 
início do ensino fundamental aos seis anos de idade. Veja a íntegra da redação do 
artigo 30 da LDB: 
Artigo 30- A educação infantil será oferecida em: 
I.Creches ou equivalentes, para crianças de até três anos de idade; 
II.Pré-escolas para crianças de quatro a cinco anos de idade. 
Artigo 32- O ensino fundamental obrigatório com duração de nove 
anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos, terá por 
objetivo a formação básica do cidadão, mediante [.…]. Brasil, 2006. 
 
 
Etapa de Ensino Faixa etária prevista Duração 
Educação Infantil 
Creche 
Pré-escola 
até cinco anos de idade 
até 3 anos de idade 
4 e 5 anos de idade 
--------- 
--------- 
--------- 
Ensino Fundamental 
Anos iniciais 
Anos finais 
 Até 14 anos de idade 
de seis até 10 anos 
de 11 a 14 anos 
9 anos 
5 anos 
4 anos 
Fonte: Brasil, 2006. - Quadro demonstrativo sobre a ampliação do ensino fundamental para nove anos de 
duração. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO. 
Como ficam as crianças de 6 anos Pós-LDB? 
A reorganização institucional e legal iniciada a partir da redemocratização 
do país inclui decisivas mudanças na educação brasileira. A nova LDB prescreve 
que: 
A educação infantil é um direito das crianças, embora não seja 
obrigatória, e a creche faz parte da educação básica, assim como a pré-
escola, o ensino fundamental e o médio.” 
Goulart; Palhares (orgs). 2007. 
 
As crianças, pequenas passam a ter seus direitos assegurados como sujeitos 
cidadãos a partir da Constituição de 88 e do ECA (Estatuto da Criança e do 
Adolescente). Além desses documentos, o Plano Nacional de Educação, a lei n. 
9394/96, o Referencial Pedagógico Curricular para formação de professores de 
educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental e atualmente RCNEI - 
Referenciais Curriculares Nacionais de Educação Infantil também tiveram 
participação na política de inclusão numa política integrada e coerente para a 
infância no Brasil. 
Entretanto, á medida que, se passam os anos pós LDB, percebe-se que o 
RCNEI é rico de anseios e desejos a infância, mas na realidade a pouca adequação 
do seu uso nas instituições de educação infantil. Algumas questões que 
influenciam na aplicação do documento são o pouco espaço para o cuidar e 
brincar; o número de crianças acima do permitido; a rotatividade de profissionais 
e governos; a falta de material didático pedagógico; a família desestruturada, 
entre outras. Na realidade o RCNEI ainda está distante da sua concretude. 
Nessa perspectiva, o uso do Referencial só tem sentido se traduzir o que 
nela está prescrito com a disponibilidade de realização das ações envolvendo os 
sujeitos, quer sejas os profissionais, os pais, as crianças e os governantes. 
Vale ressaltar que, o RCNEI não tem uma redação clara quanto à linguagem 
do texto se é dirigida aos técnicos e especialistas da área ou, aos educadores. Essa 
dicotomia pode resultar numa inviabilização de uso, sendo apenas teoria. 
Com relação ao desenvolvimento da criança, uma questão que merece 
referência é a infância, período que a educação deve ser prioridade, desde a 
família todos os governos, com as políticas sociais e educacionais que têm o dever 
de manter um sistema de Ensino Infantil de qualidade, quer no ensino público ou 
privado. 
Outra exigência para essa modalidade da Educação Básica é que todos têm 
o mesmo direito de ir á escola com a mesma possibilidade de ensino. Portanto, 
quanto mais educação a população receber, maior será a possibilidade de 
independência do país. É cada vez mais necessário o bom preparo para exercer o 
exercício da cidadania. A educação é indispensável para que o povo. As pessoas 
devem ser bem informadas e formadas para serem livres nas manifestações e 
decisões críticas sobre o comportamento do governo. 
Assim, as disciplinas de História e Geografia colaboram com a criação de 
pensamentos livres para realizarem suas ideias e satisfazerem suas necessidades e 
melhorar suas condições de vida. 
Antigamente a educação para a convivência, sobre tudo a transmissão dos 
valores, era prerrogativa da família, mas atualmente com a saída dos pais para o 
trabalho fora de casa, as crianças ficaram mais tempo em contato com os meios 
de comunicação de massa. 
O cotidiano de muitas instituições de Educação Infantil ainda demonstra 
uma dicotomia entre o cuidar e o educar. Essas instituições têm revelado um 
trabalho mecânico e rotineiro, as atividades não incluem o caráter pedagógico 
que possibilita a criança tornar-se autônoma constituindo a sua identidade. 
O processo de construção da identidade deve ser analisado no interior da 
sala de Educação Infantil, a relação do professor coma criança e as 
especificidades da sua pratica, seus valores e seus modos de estar na profissão de 
docente. 
 
Unidade 07 – Como Iniciar as crianças no estudo da Geografia e da 
História. 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Identificar algumas etapas para a realização de estudos no campo da Geografia e 
da História na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
1º passo: fazer o “estudo do meio” 
 Segundo Nidelcoff (1991. p.15) o “estudo do meio” pode ser utilizado em 
todas as séries do ensino de 1º grau, levando em conta a gradação já assinalada, 
de acordo com a idade das crianças. 
De acordo com essa autora será apresentado um modelo de atividade para 
o “estudo do meio”, ou seja, o estudo da Geografia. 
Exemplo: observação. 
Atividade: observar no caminho que percorre todos os dias para ir á escola, o que 
encontra: relatar o que descobriu. 
 Um rio 
 Um prédio 
 Casas 
 Com são as ruas 
 Fábrica 
 Posto de saúde 
 Banco 
 Lojas 
 Supermercado 
 Padaria 
 Igreja 
 Sorveteria 
Após, recolher os dados é importante que se leve em consideração, se, o 
que foi observado ajuda ou não o desenvolvimento da pessoa.·. 
Objetivo 
 Estimular a curiosidade e o interesse pela descoberta. 
 
2º passo: “o estudo do homem” 
“É importante que certos temas estejam fora dos interesses e das 
possibilidades de compreensão das crianças pequenas.”, mas o importante é 
encontrar a forma de como estimular a criança com um tema que lhe interessa e 
ao mesmo tempo seja componente do estudo da História. 
Exemplo: Pesquisa 
Atividade: que lugar a pesquisa ocupa na vida da criança quando o tem é 
atualidade. Há algumas coisas que ajudam nesse sentido, são os questionários 
abertos ou fechados. 
Como na Educação Infantil as crianças não são alfabetizadas na escrita, os 
relatos só podem ser orais. A sequência das perguntas é apenas e tão somente 
para organizar a atividade e, o professor transcrever a resposta dada pelas 
crianças, se ele considerar importante ter o registro. Nesse caso seria vantajoso o 
questionário aberto, pois as respostas não seriam classificadas. Após essa 
informação elaborar as questões. Vamos imaginar que o tema escolhido é 
“Presente do papai Noel” 
 O que vocês acham do papai Noel? 
 Ele existe? 
 Qual a época que ele aparece? 
 Vocês sabem onde ele mora? 
Nesse momento aproveitar a empolgação das crianças e iniciar o estudo da 
História e também da Geografia. Utilizar o mapa-múndi e mostrar ás crianças o 
polo norte e o polo sul. Falar do gelo, do frio, da roupa que deve ser usada nas 
regiões frias, fazer comparação entre os dois polos. Aproveitar a ocasião e fazer a 
leitura cartográfica do todo para as partes: o mundo, país, estado, município, 
bairro. 
A discussão sobre papai Noel é um tema que pode ser explorado até 
mesmo para se fazer um projeto interdisciplinar com crianças maiores, aquelas 
que já estão no Ensino Fundamental. Essa questão de “conhecer e compreender” 
a história do papai Noel, implica na realidade das condições de vida dos homens 
dos diferentes lugares, fazendo a descrição e a comparação entre um e o outro. 
Nesse sentido 
À medida que, as crianças são maiores, a explicação das características 
tem mais possibilidades e torna-se, também, mais importante. Isto não 
significa deixar de lado a explicação com as pequenas, como esta é feita 
nos aspectos mais simples. (Nidelcoff, 1991.p.51) 
 
De acordo com Nidelcoff a integração entre os cuidados e a educação é 
relevante no desenvolvimento à formação do profissional que está com a criança 
todos os dias. Sobre o educar é propiciar situações, cuidados, brincadeiras e 
aprendizagem orientadas de forma integrada. Enquanto que, cuidar é a 
cooperação de profissionais de diferentes áreas, corroborando um com o outro, 
fazendo a integração das ações e das crianças. 
 
BUSCANDO CONHECIMENTO 
O professor de Educação Infantil. 
A realidade dos cursos de formação do profissional para a educação 
infantil demonstra certa fragilidade e superficialidade no modelo de formação 
inicial, quanto o de formação continuada. A formação continuada não deve ficar 
restrita a cursos de rápida duração, seminários, oficinas e outros eventos que, à 
maioria das vezes, não atinge as dificuldades e necessidades educativas mais 
urgentes dos professores. Aquelas situações que acontecem todos os dias em sala 
de aula. 
Na verdade, existe uma variedade de cursos que formam professores, ora 
de maneira metodológica, ora de maneira teórica, são dois extremos, ambos não 
esclarecem o perfil do professor de Educação Infantil. Na maioria desses cursos 
não colocam o lúdico como objeto de estudo, portanto, aquela tese que a criança 
aprende em contato com o mundo que cerca, caí. 
A criança contemporânea deve frequentar instituições de ensino infantil 
que garantam uma base sólida e de qualidade para que possa desenvolver nela 
conhecimentos diversificados, como apresenta o momento histórico que ela vive. 
Atualmente não é mais admissível à reprodução de cuidados relacionados com 
 o corpo: banho, sono, banho de sol alimentação etc. 
Nesse sentido, ao dirigir os serviços para a criança, como sujeito de 
educação, o professor deve ficar atento com as necessidades da criança (cuidar) e 
as atividades intelectuais (ensinar). 
O enfoque principal é como organizar o cotidiano das crianças, desde a sua 
chegada até a sua saída. A criança pequena precisa de rotinas (como tomar 
banho, higiene bucal, hora do descanso ou dormir, hora da brincadeira, esta pode 
ser dirigida pelo professor, como pode ser livre, brincar de fazer de conta, etc.) 
esses hábitos são momentos de trocas afetivas, diálogos e de interação entre o 
professor e a criança. 
Dessa maneira, o professor precisa e deve saber que ele é um formador de 
identidade, a criança pequena tem o professor como espelho. Exemplo: quantas 
vezes a criança brinca em casa de escolinha, desde que ela seja a professora e a 
amiga ou irmão mais novo é o aluno. Outras situações, ela é a “tia” e a boneca é a 
amiga. Segue o modelo da cozinheira servindo o lanche, etc. 
Considerando que a infância é o período da formação inicial da criança, as 
instituições de Educação Infantil devem organizar o espaço e o tempo nesses 
ambientes, de forma agradável e prazerosa para o convívio ser um processo de 
construção de aprendizagem. Logo, a criança vai desenvolver sua formação 
integral, mas deve ser respeitada a faixa etária de cada “pequeno”. 
Ser Educador Infantil é ter consciência da sua ação, pois é uma atividade 
intencional, planejada e executada, por isso precisa ser estruturada e ordenada. De 
modo geral, os professores consideram o planejamento um trabalho burocrático, 
que não contribui com o trabalho docente em sala de aula. 
A questão é que o professor precisa e deve resgatar a imagem do 
planejamento como um ponto negativo do trabalho docente. 
 
 
UNIDADE 08 - Estratégias metodológicas para o trabalho na Educação 
Infantil. 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Reconhecer os procedimentos didáticos como recursos que visam o 
desenvolvimento da criança em todos os ambientes: família, a escola ou creche, o 
bairro, o município. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Muitos são os métodos utilizados para trabalhar com a educação infantil. O 
método de ensino deve visar o desenvolvimento da criança, buscando trabalhar 
todos os ambientes que a envolve, como: a família, a escola ou creche, o bairro, o 
município. 
Sugestões de métodos, todos eles devem fazer parte da Proposta 
Pedagógica da instituição. 
 
1- organizar as ações com base nos jogos e brincadeiras (lúdico) ou centro de 
interesses. 
É através do brinquedo que a criança interage com o mundo, com sua 
imaginação, seu corpo, sua vida, sua totalidade. O brinquedocantando é 
indispensável, pois, as cantigas de roda ajudam a criança a se desenvolver a 
linguagem oral. 
 
2-conto de história. 
É através das histórias que a criança desenvolve a linguagem literária. 
 
3- jogos 
Os jogos ensinam as regras, são meios concretos que ajudam a linguagem 
matemática, mas não ensina o conceito. 
 
4- parque 
Espaço importante para ser utilizado no desenvolvimento motor da criança. 
 
5- imposição 
Este vigorou até 1950 em vários países, tudo era imposto ao aluno, ele fazia tudo 
o que o professor mandasse. 
 
6-construtivismo 
Tem como seu maior defensor Piaget, pois dizia que a criança é o centro do 
processo educativo, apenas precisa ser estimulado, papel que cabe ao professor. 
O professor se torna um intermedidor da aprendizagem. 
 
7- projeto 
 O que se pretende com essa metodologia é reconhecer a aplicabilidade de 
uma visão global e interdisciplinar na organização dos conteúdos escolares. Essa 
metodologia é tudo que se precisa para formar um aluno autônomo capaz de 
exercitar a democracia. Vale ressaltar que, a instituição de Educação Infantil deve 
por ocasião do planejamento anual, definir quais serão as estratégias que usarão 
como método de aprendizagem. 
 
Apresentação de um Projeto interdisciplinar a título de exemplo usando o “Tema 
Gerador”: Família, Segundo Kramer. S. (org.), 1992, p.71. Esse projeto destina-se a 
crianças de 4 e 6 anos. 
 
Tema Gerador: Família 
Conhecimento Social 
 Pessoas que fazem parte da família (componentes); 
 Diferentes modelos de famílias (composição, costumes, valores etc.); 
 Histórias de vida das famílias (origem, ocupação, moradia, tipos de vestimentas, 
alimentação); 
 Reconhecimento de seu próprio corpo como membro de uma família. 
 
Conhecimento Natural 
 Diferentes espécies de famílias (animal, vegetal); 
 Características físicas dos componentes da família Reprodução, crescimento e 
conhecimento das diferentes etapas da vida; 
 Diferentes tipos de materiais usados para a confecção do usuário (o que se usa 
no frio, no calor, objetos usados quando chove). 
 
Conhecimento lógico matemático 
 Relações de parentesco; 
 Número de irmãos; 
 Seriação (por tamanho, por idade.); 
 Classificação (objetos ou utensílios utilizados pelo bebê, pelo adulto, etc.); 
 Exploração e conhecimento do corpo (lateralidade, localização.). 
 
Conhecimento linguístico 
 Ampliação do vocabulário; 
 Descrição de pessoas, objetos e situações; 
 Conversas informais; 
 Músicas, adivinhações, piadas, histórias, provérbios, e rimas contadas e 
cantadas por pessoas da família; 
 Narração e produção de histórias; 
 Representação da família: dramatizações gráficas (desenho e escrita dos 
nomes), confecção de bonecos. 
Esse modelo de projeto apresenta três elementos fundamentais para a 
aprendizagem. 
a) O desenvolvimento infantil; 
b) O contexto da vida da criança 
c) Os conteúdos das quatro áreas do conhecimento. (linguístico, lógico-
matemático, natural e social.). 
 Embora essa unidade de estudo tenha como meta retratar a presença das 
Ciências Naturais da Educação Infantil, o modelo de projeto apresentado não foi 
restrito á essa área, pois faz parte da elaboração do livro: “Com a pré-escola nas 
mãos: uma alternativa curricular para a Educação Infantil.”. Portanto foi transcrito 
na íntegra. 
 Nesse sentido, a metodologia de projetos possibilita o ensino 
interdisciplinar, favorece uma estratégia metodológica que oportuniza a 
aprendizagem em todas as áreas. Desse modo, o educador deve compreender 
que as atividades não podem ser iguais em todos os projetos, elas se diversificam 
á medida que o “tema” proposto também muda. Assim, ele não é um modelo 
pronto e acabado, apenas uma sugestão para a elaboração. 
 Acredita-se que os professores para a Educação Infantil estejam preparados 
para desenvolverem essa metodologia. Ela não é nova, desde, Jean Piaget a W. H. 
Kilpratrick, bem como os outros educadores no inicio do século XX, defendiam-na 
em oposição á metodologia da tendência tradicional. 
 Finalizando, a avaliação nessa pedagogia é através da observação 
contemplando referências significativas. O professor não deve confundir a prática 
da avaliação como um momento de registros comportamentais não atingidos 
pela criança. Deve ser anotações que mostrem se a criança atingiu ou não os 
objetivos do conteúdo proposto naquela unidade de estudo. 
 
 
 
 
 
Unidade 09 - Currículo prescrito 
 
 
CONHECENDO A PROPOSTA DA UNIDADE 
Objetivo: Esclarecer o enfoque processual ou prático do currículo. 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
 
Currículo e seus significados. 
1. Currículo prescrito – (PCNS) 
2. Currículo apresentado aos professores – (propostas curriculares, livros 
textos ou livro didático). 
3. Currículo moldado pelos professores- (são os planos de ensino) 
4. Currículo em ação – (resultados da ação da prática) 
5. Currículo avaliado – (resultado das avaliações) 
 
ESTUDANDO E REFLETINDO 
Currículo prescrito 
 
 O currículo prescrito para o sistema educativo e para os professores, 
mais evidente no ensino obrigatório, é a sua própria definição, de seus 
conteúdos e demais orientações relativas aos códigos que o organizam, 
que obedecem a ás determinações que procedem do fato de ser um 
objeto regulado por instâncias políticas e administrativas. Sacristán, 
2000.p.109. 
 
Por ser um objeto regulado, a intervenção política administrativa tem força 
para decidir sobre “o que ensinar”, “como ensinar”, “quando ensinar” e para 
“quem ensinar”. Essa política curricular estabelece o mínimo a ser ensinado para 
todo o sistema educativo de cada nível de ensino. 
A partir dessa intervenção a autonomia do professor como especialista da 
atividade pedagógica e do desenvolvimento curricular, fica prejudicada, o 
professor não é mais o único detentor do saber. Essa é uma atividade retrograda, 
pois dentro e uma sociedade na qual o conhecimento é essencial a qualquer setor 
produtivo ou profissional, a regulação dos sistemas curriculares é um aspecto que 
impede uma prática coerente. 
Por isso, a ideia de um currículo mínimo comum como prevê o PCNs é 
pretender também uma escola comum. Determinar esse núcleo comum é 
complicado dentro de uma sociedade heterogênea, com culturas diferentes, 
valores e necessidades essenciais para a aprendizagem. 
Assim, o currículo comum é uma ideia unificada da educação obrigatória, 
ao mesmo tempo impondo aos professores que devem desenvolver na prática o 
currículo prescrito. A regulação do currículo é tão forte que pode ser realizada de 
forma direta ou indireta determinando os conteúdos, dá as orientações 
metodológicas decidindo em que momento se deve ensinar esse ou aquele saber. 
Essa intervenção, ao proporcionar sequências didáticas e conteúdos regula, 
não só o processo de ensino/aprendizagem, bem como a promoção dos alunos. 
Ao ordenar o tempo da aprendizagem, regula os meios e o material didático que 
considera necessário para a escola. Quanto ao espaço escolar determina que 
mobiliário seja necessário para o desenvolvimento do currículo. 
Assim, essa política de regulação e intervenção sobre o currículo mínimo 
resulta numa política ineficaz no exercício real da prática docente. Ás vezes por 
falta de qualificação dos professores pode ocorrer um desvio no desenvolvimento 
pedagógico provocando uma dependência desses materiais didáticos. 
Ordenar a prática curricular dentro do processo educativo é condicionar o 
ensino a uma intenção explícita de valor decisivo sobre a aprendizagem e os 
objetivos da educação obrigatória. 
Logo, a administração intervencionista acredita que regulando os 
conteúdos curriculares encontra uma forma de modificar e melhorar a prática 
escolar. Essa renovação pedagógica proposta pelo currículo prescrito não impede 
o professorado de fazer

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