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SEMIOLOGIA ABDOME

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EXAME FÍSICO – ABDOME 
 
 
❖ DIVISÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ ANAMNESE 
 
 Queixas comuns gastro-intestinais: diarreia, constipação intestinal, alteração no ritmo 
intestinal, sangue nas fezes, dor abdominal, pirose (azia), náuseas, vômitos, dificuldade na 
deglutição (disfagia) ou dor (odinofagia) perda de apetite e icterícia. 
 
 Queixas comuns geniurinário: Dificuldade de urinar, urgência e polaciúria (ir várias vezes 
no banheiro em pouco tempo), hesitação e redução do jato urinário em homens, grande 
volume de urina, micção durante a noite, incontinência, hematúria (sangue na urina), 
além de dor no flanco e cólicas provocadas por cálculos ou infecção renal. 
 
EXAME 
• Posição relaxada e confortável 
• Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo 
• Exposição total do abdome 
• Esvaziar bexiga 
• Aquecer mãos e estetoscópio 
• Examinar pelo lado direito do paciente 
• Deixar áreas dolorosas para final 
 
❖ INSPEÇÃO 
 
 PELE: cicatrizes (formato e localização), estrias, veias dilatadas, erupções, hematomas 
(equimoses), lesões e fístulas, herpes-zoster 
 HÉRNIAS 
 CONTORNO DO ABDOME – plano, escavado, em avental, globoso, batráquio 
 SIMETRIA 
 VISCEROMEGALIAS? 
 MASSAS ABDOMINAIS – pulsáteis? 
 PERISTEALSE VISÍVEL? 
 PULSAÇÃO DA AORTA VISÍVEL? 
 
❖ AUSCULTA – em todos os quadrantes (1 minuto em cada) 
 
 RUÍDOS INTESTINAIS (PERISTALSE) - observar frequência e características. 
- ESTALIDOS E GORGOLEJOS geralmente de 5 a 34 por minuto 
- BORBORIGMOS ‘’estômago roncando’’ 
 
 SOPROS: similares ao cardíaco e predominantes na sístole 
- Para auscultar a renal: dois dedos para a direita e esquerda na altura do umbigo 
- Para auscultar as ilíacas: dois dedos abaixo do umbigo e dois para direita e esquerda 
 
 
❖ PERCUSSÃO – em todos os quadrantes 
 
 NORMAL: som timpânico exceto no hipocôndrio direito (fígado – maciço) 
 Ver se há massas, líquido (som + maciço) ou mais ar do que o esperado (hipertimpânico). 
 
 FÍGADO: Auxilia na hepatimetria (geralmente de 6 a 12 cm começando do 5º EI e 
terminando no rebordo costal) quando o som passa de claro pulmonar a maciço. 
 
 BAÇO: geralmente não é percutível, porém quando aumenta de tamanho se torna 
percutível na região denominada ESPAÇO DE TRAUBE (área de formato semilunar abaixo 
do diafragma). Geralmente é um espaço livre – timpânico – e o achado de macicez é 
indicativo de esplenomegalia. 
- ESPAÇO DE TRAUBE: suas referências superficiais são respectivamente a sexta costela 
superiormente, a linha axilar anterior esquerda lateralmente e o rebordo costal esquerdo 
inferiormente. 
 
 PUNHOPERCUSSÃO (SINAL DE GIORDANO): paciente estando sentado e inclinado para a 
frente. Com a borda ulnar da mão ou com punho, na região da fossa lombar do 
paciente. Se a manobra evidenciar sinal de dor aguda, em pontada, no paciente, o sinal 
de Giordano é positivo, o que indica grande probabilidade doença renal. 
 
❖ PALPAÇÃO – esquentar mãos 
 
 Identifique órgãos ou massas superficiais, bem como qualquer região de maior 
sensibilidade ou resistência à sua mão. 
 
 SUPERFICIAL: 
 Usando as mãos e fazendo movimentos de ‘’ondinha’’ no sentido horário 
 Deve ser flácido e oferecer pouca resistência 
 Pode haver uma forma de “defesa muscular”, uma rigidez da parede associada ao 
reflexo visceromotor, indicando que pode haver uma peritonite 
 
 PROFUNDA: 
 Mãos sobrepostas, a primeira empurrando a segunda de forma mais profunda 
 Sentido horário. 
 Observar rosto do paciente e perguntar se existe dor 
 
 FÍGADO: 
 Pode ser útil para verificar textura, que costuma ser lisa, mas pode ser arredondada em 
fígados congestos, ser granulosa na cirrose ou apresentar massas no caso de neoplasias 
 
 TÉCNICA DE MATHIEU (MÃOS EM GARRA): no rebordo costal direito associado com 
movimento respiratório (pedir para paciente inspirar profundamente, durante EXPIRAÇÃO 
afundar dedos. Pedir para inspirar novamente e nesse momento pode ser sentido a ponta 
do fígado) 
 
 BAÇO: 
 Pedir para inspirar, na EXPIRAÇÃO 
afundar os dedos e pedir para 
inspirar novamente. Caso haja 
esplenomegalia será possível 
palpar baço. 
 
❖ MANOBRAS ESPECIAIS 
 
 ASCITE 
 Região inferiores do abdome evidencia macicez (presença de líquido) 
 Pedir para paciente ficar de lado e percutir novamente, se a macicez estiver mais na 
parte de baixo (devido gravidade) indica ascite – macicez móvel 
 TESTE DA ONDA LÍQUIDA (piparote): solicitar paciente para comprimir linha média do 
abdome com firmeza, que ajudará a interromper transmissão de ondas pelo tecido 
adiposo. Percutir de um lado e observar se sente do outro lado. 
 
 COLECISTITE 
 
 SINAL DE MURPHY: dor espontânea à palpação no quadrante superior direito. 
- Mãos em garra no rebordo costal direito. 
- Inspirar, expirar (afundar dedos) e durante próxima inspiração paciente tem parada 
brusca devido dor. 
 
 HÉRNIAS 
 Pedir para paciente elevar cabeça e ombros apenas (abaulamento da hérnia) 
 Pedir para paciente tapar nariz e soprar com boca fechada 
 APENDICITE 
 Pedir paciente para determinar local onde iniciou dor. 
 Pedir para tossir e relatar caso haja dor. 
 
 SINAL DE BLUMBERG: dor na descompressão brusca do 
sinal de McBurney 
 
 SINAL DE ROVSING: dor no quadrante inferior direito 
pela compressão da fossa ilíaca esquerda. 
 
 
 SINAL DE PSOAS: intensificação da dor abdominal nas manobras (vai contrair o músculo 
psoas devido apêndice inflamado) 
- Com a mão acima do joelho direito do paciente, pedir para que eleve a perna 
- Pedir para ficar do lado esquerdo e esticar perna direito do paciente para trás 
 
 SINAL DO OBTURADOR: flexionar perna direito do paciente em 90 graus (joelhos dobrados) 
e efetuar rotação da perna para fora – estirando o músculo obturador interno 
 
 
❖ RESUMO DA DESCRIÇÃO DE EXAME DO ABDOME NORMAL 
 
 Abdome plano, sem lesões de pele, cicatrizes, circulação colateral ou hérniações. 
Pulsações arteriais e peristalse não identificáveis à inspeção. Peristalse normal presente nos 
quatro quadrantes e ausência de sopros em focos arteriais abdominais. Hepatimetria 
medindo cerca de 12 cm (lobo direito). Traube livre. Ausência de hipertimpanismo difuso 
ou macicez em flancos. Fígado e baço impalpáveis. Abdome indolor à palpação 
superficial e profunda (colocar: “sem sinais de irritação peritoneal” em casos de queixas 
agudas importantes). Ausência de massas.