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4/23/2020 1 SDE3853 – FARMACOLOGIA APLICADA À SAÚDE Aula 12: Medicamentos que atuam no sistema cardiovascular: diuréticos e antitrombóticos. • Diuréticos são substâncias que reforçam a diurese, ou seja, aumentam o volume urinário. O mecanismo de ação geral se dá, com exceções, por inibição de algum transportador e, assim, diminui a reabsorção de sais e, dessa forma, aumenta a perda de água. • Independentemente da classe, o mecanismo de ação inicial dos diuréticos é baseado na redução do volume, o que leva à diminuição da pressão arterial. • O tratamento com doses baixas de diuréticos é seguro, barato e eficaz na prevenção de derrame, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca. • Devem-se monitorar os eletrólitos séricos rotineiramente em todos os pacientes que recebem diuréticos. Diuréticos 4/23/2020 2 1 = glomérulo; 2 = túbulo proximal convoluto; 3 = túbulo proximal reto; 4 = ramo fino descendente da alça de Henle; 5 = ramo fino ascendente da alça de Henle; 6 = ramo grosso ascendente da alça de Henle; 7 = mácula densa; 8 = túbulo distal convoluto; 9 = túbulo de conexão; 10 = ducto coletor cortical; 11 = ducto coletor medular externo; 12 = ducto coletor medular interno e 13 = ducto de Belline. Néfron Néfron 4/23/2020 3 Diuréticos • São os mais amplamente utilizados. • Os diuréticos tiazídicos e tipo tiazídicos atuam principalmente na região cortical da alça ascendente de Henle e no túbulo contorcido distal, diminuindo a reabsorção de Na+, aparentemente pela inibição de um cotransportador de Na+/ Cl– na membrana luminal dos túbulos • Eles diminuem a pressão arterial inicialmente por aumentar a excreção de sódio e água. Isso causa uma redução do volume extracelular, resultando em diminuição do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo renal. • Com exceção da metolazona, os diuréticos tiazídicos não são eficazes em pacientes com função renal inadequada. Nesses pacientes, podem ser necessários diuréticos de alça. Tiazídicos 4/23/2020 4 • A clorotiazida foi o primeiro diurético ativo por via oral capaz de tratar o edema grave da cirrose e da insuficiência cardíaca com efeitos adversos mínimos. Suas propriedades são representativas do grupo dos tiazídicos, embora a hidroclorotiazida e a clortalidona sejam usadas mais comumente agora. A hidroclorotiazida é mais potente. • Obs: clorotiazida, indapamida e metolazona são referidas como diuréticos do tipo tiazídico, pois contêm resíduos sulfonamidas na sua estrutura química, e seu mecanismo de ação é semelhante. Todavia, esses fármacos não são tiazídicos verdadeiros. • Ocorre também aumento da eliminação de K+ e Mg+ na urina e aumento da reabsorção de cálcio. • Utilizados na hipertensão, insuficiência cardíaca, hipercalciúria e diabetes insípido. Tiazídicos Tiazídicos Frequentemente, o K+ pode ser suprido por medidas dietéticas, como o aumento da ingestão de frutas cítricas, bananas e ameixas. O tratamento com tiazídicos pode causar intolerância à glicose, possivelmente devido ao impedimento de liberação de insulina e de captação da glicose pelos tecidos. 4/23/2020 5 • Os diuréticos de alça (furosemida, torsemida, bumetanida e ácido etacrínico) atuam rapidamente, bloqueando a reabsorção de sódio e cloreto nos rins, mesmo em pacientes com ma ́ função renal ou naqueles que não responderam ao diurético tiazídico. • Os diuréticos de alça inibem o cotransporte de Na+/K+/2Cl– na membrana luminal, no ramo ascendente da alça de Henle. Dessa forma, a reabsorção desses íons diminui. Esses fármacos têm o maior efeito diurético entre todos os diuréticos, pois o ramo ascendente é responsável pela reabsorção de 25 a 30% do NaCl filtrado. • Eles produzem quantidade de urina abundante. • A furosemida é a mais usada do grupo e o ácido etacrínico é raramente usado. Diuréticos de alça Diuréticos de alça NKCC 4/23/2020 6 • Aumentam a excreção na urina de sódio, potássio e cálcio. • São os fármacos de escolha para reduzir edema pulmonar agudo e edema periférico agudo ou crônico causado por insuficiência cardíaca ou renal. • São úteis no tratamento da hipercalcemia e hiperpotassemia. • Raramente são usados isoladamente para tratar a hipertensão. • São administrados por via oral ou parenteral. Sua duração de ação é relativamente curta (2-4 horas), permitindo aos pacientes prever a janela da diurese. Diuréticos de alça Diuréticos de alça 4/23/2020 7 • Atuam no túbulo coletor inibindo a reabsorção de Na+ e a excreção de K+. • O principal uso é no tratamento da hipertensão (mais frequente em associação com um tiazídico) e da insuficiência cardíaca (antagonistas da aldosterona). • É extremamente importante que os níveis de potássio sejam monitorados atentamente em pacientes tratados com diuréticos poupadores de potássio. • Os diuréticos poupadores de potássio são usados algumas vezes associados aos diuréticos de alça e aos tiazídicos para reduzir a espoliação do potássio causada por esses diuréticos. • Esses diuréticos devem ser evitados em pacientes com disfunção renal devido ao aumento do risco de hiperpotassemia. • Nesta classe, há fármacos com dois mecanismos de ação distintos: os antagonistas da aldosterona e os bloqueadores dos canais de sódio. Diuréticos poupadores de potássio Antagonistas da aldosterona • Espironolactona e eplerenona • Resulta em retenção de K+ e excreção de Na+. • Usos terapêuticos: Diurético, Hiperaldosteronismo secundário (espironolactona), insuficiência cardíaca, hipertensão resistente, ascites (espironolactona), síndrome do ovário policístico (espironolactona). • A espironolactona pode causar distúrbios gástricos. Como a espironolactona se parece quimicamente com os esteroides sexuais, ela pode causar ginecomastia em pacientes homens e irregularidades menstruais em mulheres. Podem ocorrer hiperpotassemia, náuseas, letargia e confusão mental. Diuréticos poupadores de potássio 4/23/2020 8 Bloqueadores de canais de sódio • O triantereno e a amilorida bloqueiam os canais de transporte de Na+, re- sultando em diminuição na troca Na+/K+. • Assim como os antagonistas da aldosterona, estes fármacos não são diuréticos muito eficazes. • Tanto o triantereno quanto a amilorida são comumente usados em associação a outros diuréticos, em geral devido à sua propriedade poupadora de potássio. • Os efeitos adversos do triantereno incluem aumento do ácido úrico, cálculos renais e retenção de K+. Diuréticos poupadores de potássio • A acetazolamida e outros inibidores da anidrase carbônica são usados com mais frequência por suas outras ações farmacológicas do que por seu efeito diurético, pois são muito menos eficazes. • A diminuição na capacidade de troca Na+/H+ na presença de acetazolamida resulta em uma diurese leve. • Acetazolamida é muito usado no glaucoma. Inibidores de anidrase carbônica 4/23/2020 9 4/23/2020 10 Vasopressina (ADH) Neurohipófise urina concentrada e volume reduzido urina diluída e volume aumentado água corporal água corporal osmolaridade do sangue sede Hormônio Antidiurético reabsorção de água reabsorção de água osmolaridade do sangue Hipotálamo Vasopressina (ADH) 4/23/2020 11 Mecanismo de ação ADH Vasopressina (ADH) • Os antagonistas de vasopressina são verdadeiros aquaréticos, embora não sejam tão utilizados na clínica. • As vaptanas (ex. tolvaptan e conivaptan) podem ser utilizadas na insuficiência cardíaca, principalmente quando crônica, em estados hiponatrêmicos e na síndrome da secreção inapropriada de ADH. • Mecanismo de ação é o bloqueio do receptor V2 de ADH. • Principal efeito colateralé lesão hepática, principalmente se a droga for utilizada por mais de 30 dias (no caso do tolvaptan). Antagonistas de vasopressina 4/23/2020 12 • Tem efeito antidiurético e vasopressor. • Nos rins, ela se liga ao receptor V2 aumentando a permeabilidade e a reabsorção de água nos túbulos coletores. Assim, o principal uso da vasopressina é tratamento do diabetes insípido. • Ela também tem uso na parada cardíaca e no controle do sangramento devido a varizes esofágicas. • Outros efeitos da vasopressina são mediados pelo receptor V1, encontrado no fígado, no músculo liso vascular (onde causa constrição) e em outros tecidos. • As principais toxicidades da vasopressina são intoxicação aquosa e hiponatremia. Também pode ocorrer dor abdominal, tremor e vertigem. Vasopressina (ADH) • A desmopressina, um análogo da vasopressina, tem atividade mínima no receptor V1, tornando-a praticamente livre de efeitos pressóricos. Este análogo tem ação mais longa do que a vasopressina e é preferido no tratamento do diabetes insípido e da enurese (incontinência urinária) noturna. • Para essas indicações, a desmopressina pode ser administrada por via nasal ou oral. • A forma nasal não deve ser usada contra a enurese devido aos relatos de convulsões em crianças que receberam essa formulação. • Pode ocorrer irritação local com a formulac ̧ão nasal. Vasopressina (ADH) 4/23/2020 13 • No diabetes insípido há poliúria e polidipsia. • Há duas formas básicas: central e nefrogênica. • Na central, há deficiência na secreção de ADH e ela pode ser facilmente tratada com análogos de ADH (p.ex., desmopressina). • Na nefrogênica, embora haja ADH suficiente, ele é incapaz de exercer seu efeito no nefrón. • Embora paradoxal, usa-se diurético tiazídico para controlar a poliúria – a explicação seria a contração do volume extracelular que levaria a uma adaptação com consequente redução da filtração glomerular, reduzindo, assim, a diurese. Entretanto, atualmente, acredita-se em um mecanismo independente de inserção de aquaporinas mediado por diuréticos tiazídicos. Diabetes insípido Diabetes insípido 4/23/2020 14 Anticoagulantes, antiplaquetários e agentes fibrinolíticos • A hemostasia é uma complexa série de fenômenos biológicos que ocorre como resposta imediata à lesão de um vaso sanguíneo, e seu objetivo é justamente deter a hemorragia. A hemostasia inclui três processos: hemostasia primária, hemostasia secundária (coagulação) e fibrinólise. • Esse processo é fundamental para a vida, pois impede hemorragias graves ou maior repercussão de lesões pequenas. • No entanto, a formação de trombos em certos locais é extremamente prejudicial, como nas artérias coronárias. • Dessa forma, é necessário realizar uma intervenção para evitar a formação do trombo ou dissolvê-lo, sem que haja isquemia ou necrose de áreas importantes. Hemostasia 4/23/2020 15 • A hemostasia primária está relacionada ao processo de formação do tampão plaquetário no tecido lesado. • Esta ação acontece poucos segundos após a lesão tecidual e é essencial para a interrupção do extravasamento de sangue. • Nesta fase ocorre uma vasoconstrição tecidual, diminuindo assim o fluxo sanguíneo, enquanto ocorre a aderência plaquetária sobre o endotélio lesado. • As plaquetas em princípio se aderem ao tecido conjuntivo do anel de abertura do vaso (esta adesão é mediada pelo fator de von Willebrand, um estimulador de adesão plaquetária) e em minutos é visível uma massa plaquetária frouxa (agregado plaquetário) que preenche a abertura do vaso como se fosse uma rolha. Hemostasia Hemostasia 4/23/2020 16 • Os antitrombóticos (ou antiplaquetários) agem na primeira etapa da coagulação, impedindo a formação do tampão hemostático primário. • Os principais antitrombóticos são ácido acetilsacilicílico (AAS), bloqueadores de receptores purinérgicos P2Y1, antagonistas de receptor de trombina e inibidores de glicoproteína IIb/IIIa. Antitrombóticos • O AAS, um anti-inflamatório, é muito utilizado como agente antiplaquetário e como profilático na formação de trombos em pacientes de alto risco cardiovascular. • Como essa droga inibe a COX, a formação de Tramboxano A2 (TXA2) está prejudicada e, assim, seu efeito vasoconstritor e agregador de plaquetas também está prejudicado. • TXA2 -> via de sinalização -> ativação do receptor que se ligará ao fibrinogênio -> agregação das plaquetas. AAS 4/23/2020 17 • A inibição da COX é irreversível e, como as plaquetas são anucleadas, mesmo que o tempo de meia-vida da droga seja de apenas 20 a 30 minutos, o efeito é duradouro, ao redor de 10 dias (tempo para formar novas plaquetas). • Apresenta baixa biodisponibilidade via oral, por isso, no episódio isquêmico, devem-se colocar rapidamente os comprimidos na boca e mastigá-los, sem engolir, para que ocorra absorção sublingual. • O tempo de sangramento é alongado com o tratamento com AAS, causando complicações que incluem aumento da incidência de acidente cerebral hemorrágico e sangramento gastrintestinal (GI), especialmente com dosagens mais elevadas. AAS • O ADP participa de outra via de ativação e agregação plaquetária independentemente da via do TXA2. • O ADP age no receptor purinérgico P2Y1, promovendo aumento dos níveis de cAMP e redução dos níveis de PKA, que estimula a ativação das plaquetas. • Os principais exemplos são ticlopidina, clopidogrel, prasugrel e cangrelor. • O clopidogrel é metabolizado pela CYP2C19, que é inibida pelo omeprazol. Dessa forma, a associação de clopidogrel e omeprazol aumenta o risco de eventos tromboembólicos. Bloqueadores de receptores purinérgicos P2Y1 4/23/2020 18 • A trombina (fator IIa) age no PAR-1 ativando plaquetas, além de seu efeito na formação de fibrina. • As drogas atopaxar e vorapaxar são antagonistas reversíveis do PAR-1. Antagonistas de receptor de trombina PAR-1 • A glicoproteína IIb/IIIa é uma integrina e, em geral, está inativa nas plaquetas, mas sofre alteração conformacional quando elas ficam ativadas. Essa alteração faz com que essa glicoproteína ligue-se ao fibrinogênio e ao Fator de von Willebrand, ancorando plaquetas umas nas outras e nas superfícies. • Dessa forma, a inibição da GPIIb/IIIa é muito eficaz em diminuir a formação do tampão hemostático primário. Inibidores de glicoproteína IIb/IIIa 4/23/2020 19 • O principal evento colateral é hemorragia. • Há três drogas dentro dessa classe: 1) abciximabe, anticorpo monoclonal geralmente administrado de forma intra-arterial; 2) eptifibatide, administrado de forma endovenosa; 3) tirofibana, que é similar ao eptifibatide. • Esses fármacos são administrados por via IV, junto com heparina e AAS, como um auxiliar para a prevenç ̧ão de complicações cardíacas isquêmicas. Inibidores de glicoproteína IIb/IIIa • A hemostasia secundária é considerada a maior fase de todo o processo. Esta envolve várias reações enzimáticas, a qual se inicia com a formação da tromboplastina através da ação dos fatores do plasma, plaquetas ou do tecido. • A tromboplastina, juntamente com o íon cálcio e outros fatores plasmáticos converte a protrombina em trombina. A protrombina é formada no fígado, e é sintetizada na presença de vitamina K. • Esta trombina transforma o fibrinogênio em fibrina, que por ser uma proteína insolúvel precipita-se formando uma série de filamentos. Esta rede de fibrina depositada na região lesada do vaso retém as células sanguíneas, formando então o trombo, o qual é capaz de obstruir o vaso lesado e interromper o sangramento. Hemostasia 4/23/2020 20 Varfarina • Anticoagulante oral, a varfarina inibe a enzima vitamina K redutase. • Essa droga é um bom exemplo da importância da farmacogenética, pois tanto a enzima metabolizadora como seu alvo apresentam muitavariabilidade entre as pessoas e o índice terapêutico da varfarina é muito baixo. Dessa forma, uma dose ajustada e individual seria essencial. • Os fatores de coagulação II, VII, IX e X e as proteínas C e S de anticoagulação são dependentes de vitamina K. • Inicialmente desenvolvida como veneno para ratos, a varfarina altera o tempo de coagulação, requerendo que o médico monitore o INR (international normalized ratio). Até 2005, era a única alternativa de anticoagulante oral. Anticoagulantes 4/23/2020 21 Varfarina • É usada na prevenção e no tratamento da trombose venosa profunda e da embolia pulmonar, na prevenção do acidente vascular encefálico e também é usada para a prevenção do tromboembolismo venoso durante cirurgias ortopédicas ou ginecológicas. • A ingestão elevada de alimentos com vitamina K diminui o efeito da varfarina. • Está quase totalmente ligada a proteínas (99%), e distúrbios alterem sua ligação com proteínas podem ser letal. A interação medicamentosa é extremamente grande e preocupante. • O principal efeito colateral é hemorragia. Anticoagulantes NOAC (New oral anticoagulants) • Os novos anticoagulantes orais são independentes de vitamina K. • Há dois tipos de drogas: inibidores do fator Xa e inibidores específicos de trombina. • Apresentam tempo de meia-vida curto em relação à varfarina, o que diminui o risco de hemorragias. • Apresentam efeito imediato, diferente da varfarina, que demora alguns dias. • Além disso, apresentam pequena interação medicamentosa. Anticoagulantes 4/23/2020 22 Heparinas • As heparinas são glicosaminoglicanos encontrados em grânulos de mastócitos (função fisiológica desconhecida). • Seu peso molecular varia de 5 a 40 kDa, e as de baixo peso molecular (LMWH) configuram um tipo de heparina, e as não fracionadas, outro tipo. • O fondaparinux é um derivado sintético da heparina. • O mecanismo de ação das heparinas ocorre por ligação a antitrombina, acelerando a velocidade com que ela inibe as proteases de coagulação. Dessa forma, pode-se dizer que as heparinas são catalisadores da ligação de antitrombina aos fatores de coagulação. Anticoagulantes Heparinas Anticoagulantes 4/23/2020 23 Heparinas • Usos clínicos: prevenção da trombose venosa profunda, embolismo pulmonar, prevenção de trombos venosos na fase aguda de um IAM, redução da retrombose arterial coronariana após tratamento trombolítico, em aparelhos de circulação extracorpórea e em mulheres grávidas com válvula cardíaca prostética ou tromboembolismo venoso. • Os principais efeitos colaterais são hemorragias e trombocitopenia. • A diferença entre a heparina não fracionada e a de baixo peso molecular é basicamente a farmacocinética: é difícil calcular a dose a priori da heparina não fracionada e, assim, é necessário titular a dose. Ao contrário, a de baixo peso molecular (p.ex., enoxaparina) tem farmacocinética favorável e seu efeito é previsível. • A administração das heparinas é parenteral. Anticoagulantes • A terceira etapa da hemostasia é caracterizada pela fibrinólise. Esta é o processo de dissolução da fibrina pela plasmina, o que faz com que o fluxo sanguíneo seja reestabelecido Hemostasia 4/23/2020 24 • O equilíbrio entre o sistema fibrinolítico e o trombogênico é muito importante para gerar o trombo de maneira correta, sem haver isquemias em outras regiões, como para haver a formação de trombos sem hemorragias graves. • O intuito de utilizar agentes fibrinolíticos é dissolver o trombo. • No IAM, recomenda-se iniciar a terapia fibrinolítica em até 6 horas do início dos sintomas. • O principal efeito adverso é a hemorragia, que pode ser tanto no momento quanto após a administração. Fibrinolíticos Todos atuam direta ou indiretamente convertendo plasminogênio em plasmina, que, então, hidrolisa a fibrina, hidrolisando, assim, os trombos. Estreptoquinase Pouco utilizada atualmente. Alteplase – ativador do plasminogênio tecidual (t-PA) • Quando administrado, atinge níveis elevados e causa lise dos trombos. • Seu tempo de meia-vida é de 5 minutos e deve ser administrado de forma endovenosa. • Recentemente, formas recombinantes do t-PA foram desenvolvidas: reteplase e tenecteplase. A diferença se dá no tempo de meia-vida, que requer menor frequência de administração para dissolver o trombo. Fibrinolíticos 4/23/2020 25 Inibidores da fibrinólise • O ácido aminocaproico apresenta o mesmo sítio de clivagem da fibrina, sendo um importante inibidor da fibrinólise quando se utilizam doses elevadas de agentes fibrinolíticos. • É utilizado também para reduzir sangramento após cirurgias prostáticas ou após extração de dentes em pacientes hemofílicos. • O principal problema é que os trombos formados durante o tratamento com ácido aminocaproico não são lisados. Fibrinolíticos Inibidores da fibrinólise Fibrinolíticos 4/23/2020 26 Para próxima aula...
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