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Cartilha PeriodoSeco mar2020MILKCARE

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A IMPORTÂNCIA DO
PERÍODO SECO
PARA A CURA DA
MASTITE  
 
Olá pessoal!
Nessa nossa cartilha vamos abordar os
aspectos gerais relacionados ao período seco
e como ele pode influenciar na saúde da
glândula mamária.
 
Fique ligado para mais materias informativos!
 
Juntos Pela Qualidade!
 
Equipe MilkCare!
O período da vaca seca é o momento
em que há interrupção da produção
de leite o que permite a involução e
regeneração da glândula mamária.
 
Isso significa que ao realizar um
correto manejo de período seco
estaremos dando condição para que,
no momento do parto, o úbere e a
vaca estejam com boa condição para
uma lactação saudável e produtiva!
O período seco com duração de 60
dias permite que, além do úbere,
outras partes da vaca se regenere.
Nesse momento, com o manejo
adequado, podemos observar, por
exemplo, a regeneração de cascos,
rúmen.
 
O momento imediatamente após a
secagem é o período de maior risco
de aparecimento de infecções na
glândula mamária.
 
Objetivo do período de vaca seca:
descansar a glândula mamária e recarregar a capacidade leiteira
do animal!
Figura 1. Taxa de novas infecções intramamárias na lactação e no período seco (Naztke, 1981 - Adaptado).
Considerando todo o período seco e
lactação, os momentos de maior risco
para o aparecimento de novas
infecções da glândula mamária são o
início e final do período seco, e início
da lactação.
1- Não se faz mais desinfecção dos tetos -> aumento do
número de bactérias colonizando a pele do teto.
 2- Não há retirada das bactérias que estão no canal do teto porque
não há mais manejo de ordenha. 
3- Nos primeiros dias sem ordenha, pode ocorrer aumento da pressão
interna da cisterna da glândula e cisterna do teto -> pode ocorrer dilatação
da ponta do teto e entrada de bactérias pelo esfíncter do teto.
 
Na fase inicial do período seco, que dura em média
de três semanas, ocorrem algumas mudanças que
contribuem para esse aumento do risco, são elas:
Isso porque nesses momentos há alterações
fisiológicas no corpo do animal que causam estresse e
levam a diminuição do sistema imune, e abre porta
para a ocorrência de novas infecções.
As infecções desse período podem se
originar de contaminação durante o
período seco, normalmente por
bactérias ambientais ou advindas da
última lactação, da mastite
subclínica persistente, causada por
bactérias contagiosas.
 
De acordo com Ruegg (2011) a terapia
de vaca seca é muito importante
porque pode prevenir até 80% das
novas infecções e elimina até 80%
das infecções existentes. A taxa de
cura vai depender do microrganismo
envolvido.
 
Uma importante desvatagem da
aplicação do intramamário é que
durante a infusão, caso não seja feito
de forma correta pode levar
contaminação para dentro da
glândula mamária.
 
A grande vantagem dos
antimicrobianos de vaca seca é que
eles possuem liberação lenta, o que
permite que infecções subclínicas
tenham maior chance de cura nesse
período do que durante a lactação.
Figura 2. Forma correta de inserção do medicamento intramamário ou
do selante de teto - Inserção parcial deve sempre ser usada para
minimizar a contaminação bacteriana (Diagrama do NADIS) - Wonfor,
2016 - Adaptado.
 
 
Em alguns animais o canal do teto
permanece aberto por um período maior
do que se imaginava, chegando a
demorar até duas semanas para que a
formação do tampão de queratina. 
 
Esse plug de queratina é muito
importante pois funciona como uma
barreira natural contra a invasão de
patógenos.
Para agilizar a presença da barreira
tm se utilizado um selante interno de
teto. Esse selante é constituído de
um sal inorgânico pesado, e tem
como base o bismuto. Sua ação é
exatamente igual ao tampão natural
de queratina.
Figura 3. Selante interno de tetos localizado na base da cisterna do teto, 56 dias após a secagem. (imagem
radiográfica). (Filha et al., 2006)
Este gráfico, do estudo realizado em 2014, na Holanda, demonstra que a produção de
leite, na lactação futura, é menor quando não se faz o período seco (0d) ou quando
ele é de 30 dias. E a produção de leite após 60 dias de período seco é estatisticamente
maior quando comparada aos outros dois períodos.
Figura 4. Produção de leite de vacas leiteira com diferentes durações de período seco (0, 30 ou 60 dias secos. Os valores
representam LSM por duração de semana do período seco. (Knegsel et al., 2014 - Modificado)
Chegamos ao fim de mais uma cartilha!
Esperamos que o conteúdo aqui divulgado seja útil na sua
jornada para propagar o conhecimento sobre a qualidade do
leite!
 
Fique ligado para mais materias informativos!
 
Juntos Pela Qualidade!
 
Equipe MilkCare!
 
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REFERÊNCIAS
 
1- Natzke, R.P. Elements of mastitis control. Journal of Dairy Science. v.64, p.1431-1442. 1981.
2- Selective dry cow therapy ? what is it and should I use it on my farm?. Disponível em: Https://www.researchgate.net/publication/316984825
3- Filha et al., 2006. Efeito do uso de um selante interno de tetos na profilaxia de novas infecções intramamarias durante o período seco e no
pós-parto. Acta Scientiae Veterinariae. 34(2): 111-118, 2006.
4- Knegsel, A. T. M., G. J. Remmelink, S. Jorjong, V. Fievez, and B. Kemp. 2014. Effect of dry period length and dietary energy source on energy 
 balance, milk yield, and milk composition of dairy cows. J. Dairy Sci. 97:1499-1512

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