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UNIVERSIDADE PARANAENSE-UNIPAR CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA UNIDADE UNIVERSITÁRIA – CIANORTE Prof. Esp. Ana Paula Bordin Fernandes dos Reis Disciplina: Cirurgia Plástica Estética e Reparadora Ementa: Procedimentos Básicos da cirurgia plástica e reparadora. Tratamento médico. Fisiologia da cicatrização. 1. CIRURGIA PLÁSTICA A cirurgia plástica, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é a especialidade cirúrgica encarregada de reconstruir o tecido corporal e facial, que devido a doenças, defeitos ou transtornos, requeiram remodelação para tentar proporcionar ao paciente uma aparência o mais aproximada possível do normal, seja reparando sua capacidade de funcionamento ou esteticamente. Etimologicamente ambas as palavras procedem do grego e significam, Cirurgia: "obra da mão", Plástica: "capacidade de dar ou modificar a forma". Assim, podemos dizer que Cirurgia Plástica é a terapia que, mediante atividade manual, e ajudada por instrumentos, modifica ou da forma aos tecidos. A Cirurgia Plástica abrange dois tipos de intervenções complementarias: Cirurgia Plástica Reparadora e Cirurgia Plásticas Estética; diferentes em suas finalidades, mas cujos limites são difíceis de estabelecer. 1.1 CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA A Cirurgia Plástica Reparadora ocupa-se tanto das deformidades congênitas, como das ocasionadas por queimaduras, traumatismos, infecções, tumores e intervenções cirúrgicas mutiladoras. Procura devolver às pessoas vítimas de acidente, um aspecto mas próximo do considerado dentro dos padrões de normalidade; reconstruir as partes do corpo que ficaram destruídas após uma cirurgia para retirada de um câncer de mama ou no rosto; recobrir a pele de quem sofreu queimaduras graves; fechar as feridas dos paraplégicos; tratar as cicatrizes que impedem o movimento do braço ou da mão, fechar as pálpebras; retificar um rosto contorcido por uma paralisia facial, por exemplo. As cirurgias plásticas reparadoras e reconstrutivas mais freqüentes incluem: - cirurgia de mão, - reconstruções de regiões afetadas pelo câncer, como as reconstruções de mamas e de face, - tratamento da paralisia facial, - reconstruções de orelha, - cirurgia crânio-maxilo-facial, que incluem as síndromes congênitas e as fissuras faciais e lábio-palatinas (conhecido como lábio leporino), - - reconstruções pós-traumas diversos, - tratamentos de tumores de pele e - tratamento de pacientes vítimas de queimaduras (tratamento agudo e de seqüelas da queimadura), - tratamento de cicatrizes patológicas (quelóides e cicatrizes hipertróficas). 1.2 CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA A Cirurgia Plástica Estética trata a causa do mal estar que toda alteração ou deformação física original, devolvendo a satisfação e equilíbrio do individuo com seu próprio corpo. Em outras palavras, essa intervenção objetiva melhorar, embelezar ou rejuvenescer a forma natural do corpo. 2. TIPOS DE CIRURGIAS ESTÉTICAS: FACIAIS E CORPORAIS 2.1 CIRURGIAS ESTÉTICAS FACIAIS a) OTOPLASTIA Orelha em abano representa uma deformidade congênita, ou seja, é uma deformidade adquirida até o primeiro mês de vida. Podem vir de características familiares, geralmente bilaterais, cujas alterações consistem em um aumento do ângulo (abertura da orelha) em relação à cabeça e alterações nos relevos e contorno da orelha. A Otoplastia é uma intervenção cirúrgica destinada a corrigir as orelhas de abano, ou seja destinada a corrigir defeitos congênitos ou adquiridos do pavilhão auricular. Pode ser realizada em homens e mulheres em diferentes faixas etárias, visando a corrigir defeitos congênitos ou outro tipo de deformidades. Pode melhorar a forma, a posição ou as proporções das orelhas. A cirurgia corrige um defeito na estrutura das orelhas presente desde o nascimento, que se torna aparente com o desenvolvimento, ou trata orelhas deformadas causadas por lesão. Criando uma forma natural, dando equilíbrio e proporção às orelhas e à face. Correção de deformidades menores pode beneficiar a aparência e a autoestima. INDICAÇÕES DA CIRURGIA: - Orelhas muito grandes – uma condição rara chamada macrotia, - Orelhas salientes que ocorrem em um ou ambos os lados em diferentes graus – não associados à perda auditiva, - Insatisfação do adulto com a cirurgia prévia da orelha. ANATOMIA DA ORELHA: Orelha é uma estrutura complexa composta principalmente por pele e cartilagem, formada por: - Concha auricular: A concavidade maior e mais profunda do ouvido externo. - Hélice: Dobra no exterior da borda da orelha - Antihélice: Dobra no interior da borda da orelha. - Trágus; proeminência em cima do conduto externo - Antitrágus: proeminência acima do lóbulo - Lóbulo: região inferior da orelha (sem cartilagem) PROCEDIMENTO CIRURGICO : Etapa 1 – Anestesia Medicamentos são administrados para o conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação local e intravenosa ou anestesia geral. O médico irá recomendar a melhor opção para cada paciente, verificando estado de saúde e idade. Quando a criança é de baixa idade e se apresenta muito agitada ou ansiosa com a cirurgia, recomendamos a anestesia geral para conseguirmos a devida imobilização do (a) paciente. A duração do procedimento é de aproximadamente duas horas e devemos lembrar que o tempo de bloco cirúrgico é maior devido à preparação e a recuperação pós-anestésica. Não há necessidade da internação hospitalar, ou seja, o (a) cliente pode ir para casa no mesmo dia, salvo se ocorrer alterações pós operatórias (recuperação anestésica, sangramentos). Etapa 2 – A incisão A correção de orelhas em abano usa técnicas cirúrgicas para: - criar ou aumentar o anti-hélice (apenas dentro da borda da orelha); - reduzir a cartilagem da concha (a concavidade maior e mais profunda do ouvido externo); As incisões para otoplastia são geralmente feitas atrás da orelha. Quando incisões são necessárias na parte da frente da orelha, as mesmas são feitas nas suas dobras para escondê-las. Internamente, sutura não removível é usada para criar e fixar a cartilagem recém moldada. Passo 3 – Fechando as incisões Pontos externos fecham as incisões. As técnicas são individualizadas, tomando cuidado para não deformar as demais estruturas. Etapa 4 – Resultados A otoplastia oferece resultados quase imediatos em casos de orelhas em abano, tão logo os curativos que sustentam o novo formato da orelha sejam removidos. Com a orelha permanentemente posicionada próxima à cabeça, as cicatrizes cirúrgicas são escondidas atrás da orelha ou em suas dobras naturais. ALGUNS CUIDADOS NO PRÉ OPERATÓRIO DE OTOPLASTIA: Na consulta com o cirurgião plástico, poderão ser questionados todos os dados sobre a sua saúde do paciente, como doenças prévias ou em tratamento, uso de medicamentos, tabagismo, alergias medicamentosas, alimentares, cirurgias prévias, história família. É necessário uma avaliação criteriosa sobre o paciente para evitar danos futuros. O limite de idade para realizar a cirurgia é de 5 anos, e este, deve ser respeitado afim de não se interferir no crescimento natural das orelhas. Além dos exames de rotina para qualquer procedimento cirúrgico, é solicitada uma avaliação clínico-cardiológica (risco cirúrgico). Não usar, por 10 dias antes da cirurgia, medicamentos à base de AAS (Melhoral, Aspirina, Doril, Coristina, Superist, Sonrisal, Sal de Frutas, Buferin), Ginko Biloba, corticóides de uso prolongado, medicamentos para emagrecer, anti depressivos, anti concepcionais orais, entre outros. Abstinência do fumo por 30 dias antes da operação. PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS NO PÓS OPERATÓRIO DA OTOPLASTIA: - Sangramento; - Hematoma; - Equimoses; - Assimetria; - Infecção; - Má cicatrização; - Deiscência; - Alteração na sensibilidade da pele; - Contornos irregularidades na pele; - Descoloração da pele;- Edema; - Riscos da anestesia, - Cicatrizes, - Alergias à fita, ao material de sutura, a colas, a produtos derivados do sangue, a preparos tópicos ou a agentes injetados, - Dor, que pode perdurar, - Possibilidade de novo procedimento cirúrgico. b) BLEFAROPLASTIA Também conhecida como levantamento de pálpebras, é o procedimento por meio do qual o cirurgião plástico elimina, cirurgicamente, o excesso de gordura, de músculo ou de pele da pálpebra superior ou inferior, a fim de redefinir a forma do olho. A cirurgia da pálpebra superior remove o excesso de depósito de gordura que aparece como inchaço nas pálpebras superiores. A pele frouxa ou flacidez que cria dobras ou incomoda o contorno natural da pálpebra superior, às vezes, prejudicando a visão A blefaroplastia da pálpebra inferior remove o excesso de pele e rugas finas na pálpebra inferior. As bolsas sob os olhos podem ser corrigidas bem como a queda das pálpebras inferiores. PROCEDIMENTO CIRURGICO : Etapa 1 – Anestesia Os medicamentos são administrados para o conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação local e intravenosa ou anestesia geral. O médico irá recomendar a melhor opção para cada paciente. Etapa 2 – Incisão As linhas de incisão da cirurgia de pálpebra são planejadas para deixar as cicatrizes bem escondidas dentro das estruturas naturais da região das pálpebras. A queda da pálpebra superior pode ser corrigida através de uma incisão na prega da pálpebra superior, permitindo o reposicionamento dos depósitos de gordura, a contração dos músculos e dos tecidos, e/ou a remoção do excesso de pele. A pálpebra inferior pode ser corrigida com uma incisão logo abaixo da linha inferior do cílio. Através desta incisão, o excesso de pele nas pálpebras inferiores é removido. Uma incisão transconjuntival, ocultada dentro da pálpebra inferior, é uma técnica alternativa para corrigir imperfeições da pálpebra inferior e redistribuir ou remover o excesso de gordura. O cirurgião pode usar um peeling químico ou laser para remover a coloração escura das pálpebras inferiores ( olheiras). Etapa 3 – Fechando as incisões Incisões na pálpebra normalmente são fechadas com: - Suturas removíveis ou absorvíveis, - Adesivos de pele, Passo 4 – Resultados Os resultados da cirurgia de pálpebras irão aparecer gradualmente à medida que o edema e os hematomas diminuem, aparecendo dentro de algumas semanas, mas, pode levar até um ano para as linhas de incisão refinarem totalmente. Embora a cirurgia da pálpebra possa corrigir determinadas condições permanentemente, há o envelhecimento natural. Ao longo da vida, é preciso que haja proteção solar adequada para ajudar a manter os resultados. PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS NO PÓS OPERATÓRIO DE BLEFAROPLASTIA: - Cicatrizes desfavoráveis; - Visão embaçada ou temporariamente prejudicada; - Olhos secos; - Dificuldade de fechar seus olhos; - Sangramento; - Hematoma; - Equimose; - Seroma; - Edema; - Má cicatrização; - Infecção; - Dormência e outras alterações na sensibilidade da pele; - Riscos anestésicos - Hifema: hemorragia subconjuntival - Disfunção na pálpebra envolvendo posição anormal das pálpebras superiores (ptose palpebral), pele solta da pálpebra, ou frouxidão anormal da pálpebra inferior (ectrópio), podendo coexistir com flacidez da testa e das estruturas da sobrancelha; - Dor; - Descoloração da pele; - Fios de suturas podem, espontaneamente, emergir na pele, tornam-se visíveis ou produzir irritação que exijam sua remoção, - Trombose venosa profunda, complicações cardíacas e pulmonares, - Possibilidade de cirurgia revisional, - Perda de visão. c) RINOPLASTIA É a reparação cirúrgica de um defeito no nariz, incluindo remodelação ou mudanças no tamanho e na forma: estreita as fossas nasais, muda o ângulo entre o nariz e os lábios, ou seja, realçando a harmonia facial e melhorando a autoestima, esculpindo o osso e a cartilagem o cirurgião cria um novo nariz. A cirurgia do nariz também pode corrigir dificuldade respiratória causada por anormalidades estruturais no nariz. A rinoplastia pode mudar: - O tamanho do nariz, em relação a demais estruturas faciais; - A largura do dorso nasal; - O perfil do nariz; - A ponta do nariz, que pode ser grande, caída ou muito arrebitada; - Narinas grandes, largas ou arrebitadas; - Assimetria nasal e desvio; - Corrigir dificuldade respiratória causada por anormalidades estruturais no nariz. Quando o objetivo da rinoplastia é puramente estético, há uma busca por um resultado harmônico e natural, adequado aos traços e ao perfil do rosto de cada pessoa. O benefício da cirurgia funcional simultânea é melhorar a capacidade respiratória ao mesmo tempo em que se corrigem as imperfeições anatômicas. ANATOMIA DO NARIZ: A estrutura do nariz é muito complexa. Incluindo, numa área relativamente pequena: cartilagens de diversos formatos e espessuras, ossos, músculos, mucosa, gordura, pele, diversos sulcos, contornos, irregularidades, depressões, ângulos. Varia intensamente de acordo com a raça, sexo, idade, carga hormonal, constituição óssea da face e tipo de pele. Desta forma, pode-se entender a complexidade e a delicadeza desta cirurgia, assim como as limitações técnicas que às vezes são impostas. Em determinados casos, a modelagem do nariz exige técnicas reconstrutivas, como o uso de enxertos de cartilagem (retirados geralmente do septo nasal ou das orelhas), de ossos ou confecção de pequenos retalhos muco-cutâneos. O nariz humano cresce durante toda a vida pois é formado por uma espécie de cartilagem que não se ossifica. A formação, por outro lado, diz respeito ao formato do nariz e à constituição de suas cartilagens. Uma vez formado, as cartilagens não se desenvolvem mais, apenas crescem. Formação do nariz: - Nariz externo: formado de raiz, dorso, ápice (ponta) e base (narinas); - Osso nasal, giba dorsal, cartilagem septal, cartilagem nasal lateral, cartilagem alar maior e tecido adiposo; - Cavidade nasal:formado de septo nasal, conchas nasais superiores e inferiores meatos nasais superiores, médios e inferiores e vestíbulo. - Músculos: Músculo nasal (porção transversa), músculo nasal (porção alar), músculo prócerus (fascículo medial, lateral), músculos nasal anômalo, músculo dilatador do interior da narina, músculo compressor menor da narina, músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz, músculo depressor do septo nasal e músculo orbicular da boca (parte marginal). - Vasos sanguíneos: Angular, lateral nasal, septal, superior labial e inferior labial. - Seios paranasais: Seio frontal, esfenoidal, etmoidal e maxilares. Etapa 1 – Anestesia Os medicamentos são administrados para o conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação local e intravenosa ou anestesia geral. O médico irá recomendar a melhor opção para cada paciente. Etapa 2 – Incisão A cirurgia do nariz é realizada ou por procedimento fechado, em que as incisões são escondidos no interior do nariz, ou por procedimento aberto, onde é feita uma incisão através da columela, faixa estreita de tecido que separa as narinas. Através destas incisões, os tecidos moles que cobrem o nariz são cuidadosamente levantados, permitindo o acesso para remodelar a estrutura do nariz. Rinoplastia Aberta: No procedimento de rinoplastia aberta, o cirurgião faz pequenas incisões através da columela (tecido que se encontra entre as narinas na base do nariz) e na parte interna de cada narina. Ao fazê-lo, o médico pode examinar com clareza a estrutura nasal e fazer os ajustes precisos na sua forma e estrutura. O médico irá remodelar o nariz, removendo ou acrescentando ossos, cartilagens e tecidos para a obtenção da aparência desejada. A técnica aberta permite uma melhor avaliação dos ossos e das cartilagens nasais e a cirurgia dura de duas aquatro horas. Em geral, para iniciar o procedimento, o médico realiza duas incisões. Uma pequena incisão é feita através da columela, que é o tecido que se encontra entre as narinas, na base do nariz. Utilizando um retrator para expor o interior do nariz, o médico fará uma segunda incisão, conhecida como incisão marginal, que se estende da incisão da columela à cada narina. Utilizando um par de tesouras cirúrgicas, o médico disseca cuidadosamente a pele ao longo da incisão da columela para começar a erguer a pele da estrutura que está oculta. O levantando a pele é realizado utilizando tesouras cirúrgicas e uma série de retratores, onde médico continua a dissecar cuidadosamente a pele da estrutura de cartilagem que está oculta. A pele também é dissecada do osso nasal, a fim de expor completamente a estrutura do nariz. Isto permite ao médico realizar ajustes precisos no formato do nariz. Remodelando a ponta nasal: Muitas vezes, a rinoplastia aberta permite ao médico alterar o formato da ponta do nariz. Em pacientes cuja ponta do nariz é larga ou bulbosa, o médico pode optar por remover uma porção da cartilagem alar da ponta do nariz. Dependendo da sua anatomia e da extensão da intervenção necessária, o médico pode optar por utilizar suturas para curvar ou retrair as cartilagens alares para criar uma ponta mais estreita ou ajustar a sua posição. Removendo a giba dorsal: Muitas vezes, um dos objetivos principais da remodelagem nasal é reduzir a aparência da giba dorsal. Em geral, a giba dorsal consiste, sobretudo, de cartilagem e algum osso. A fim de remover a giba dorsal, o médico pode optar por utilizar um osteótomo, um instrumento semelhante a um cinzel, utilizado para cortar o osso. Utilizando o osteótomo, o médico vai esculpindo as áreas de cartilagem e osso. Após a remoção da giba dorsal, seu nariz pode ter o que se chama telhado aberto, que é o espaço aberto entre os ossos nasais. O médico pode utilizar um raspador cirúrgico fino para suavizar os cavaletes dos ossos nasais. Além disso, eles realizarão uma osteotomia para reposicionar os ossos nasais e fechar o telhado aberto. Fechamento: Uma vez que o médico tenha terminado a remodelagem nasal, as incisões na parte interna do nariz são fechadas com fios absorvíveis. O médico pode colocar splints nasais para as vias aéreas dentro das narinas para proporcionar sustentação e estabilizar o nariz durante a cicatrização. Steri-strips serão aplicadas do lado de fora do nariz. Se os ossos nasais foram quebrados durante o procedimento, um splint nasal também será utilizado. As bandagens e o splint auxiliam os tecidos a cicatrizar e se ajustar à nova cartilagem e estrutura óssea. Rinoplastia fechada: Na rinoplastia fechada pequenas incisões são feitas no interior da narina para ter acesso à cartilagem e aos ossos. Nessa técnica, a pele não é levantada e a cirurgia é realizada sem a visão do cirurgião, sendo assim um procedimento que exige grande qualificação do cirurgião. No entanto, a técnica fechada é mais rápida (dura de uma a duas horas) e o seu processo de recuperação também é menor se comparado com a técnica aberta, além de não gerar qualquer tipo de cicatriz aparente. O remodelamento da ponta nasal e remoção da giba dorsal se dão da mesma forma que a rinoplastia aberta, porém sem a visibilidade médica. Fechamento: Uma vez que o médico tenha terminado a remodelagem nasal, as incisões na parte interna do nariz são fechadas com fios absorvíveis. Steri-strips serão aplicadas do lado de fora do nariz para proporcionar sustentação e estabilizar o nariz durante a cicatrização. Se os ossos nasais foram quebrados durante o procedimento, um splint nasal também será utilizado. As bandagens e o splint auxiliam os tecidos a cicatrizar e se ajustar à nova cartilagem e estrutura óssea. Etapa 3 – Remodelação da estrutura do nariz A cirurgia do nariz pode reduzir ou aumentar as estruturas nasais com o uso de cartilagem enxertada de outras áreas de seu corpo. Mais comumente, partes de cartilagem do septo, a partição no meio do nariz, são usadas para este propósito. Algumas vezes, parte de cartilagem da orelha e, raras vezes, parte da cartilagem da costela pode ser usada. Etapa 4 – Correção de desvio de septo A correcção de desvio do septo e a redução das saliências no interior do nariz melhoram a respiração. Etapa 5 – Fechando as incisões Uma vez que a estrutura subjacente do nariz é esculpida na forma desejada, a pele e o tecido nasal são acomodados e as incisões fechadas. Incisões adicionais podem ser feitas nos sulcos naturais das narinas para alterar o seu tamanho. PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS NO PÓS OPERATÓRIO DE RINOPLASTIA: - Ruptura de pequenos vasos no nariz; - Assimetria do nariz; - Cicatrizes desfavoráveis; - Sangramento; - Hematoma; - Equimose; - Seroma; - Edema; - Má cicatrização; - Infecção; - Dormência e outras alterações na sensibilidade da pele; - Riscos anestésicos - Podem ocorrer alterações na via aérea nasal após a rinoplastia e a septoplastia, podendo interferir na passagem normal de ar pelo nariz; - Perfuração do septo nasal (um orifício no septo nasal) pode desenvolver, no entanto, não é comum e tratamento cirúrgico adicional pode ser necessário para reparar o septo. Em alguns casos, pode ser impossível corrigir esta complicação; - Dor; - Complicações cardíacas e pulmonares; - Fios de suturas podem espontaneamente emergir na pele, tornando-se visíveis ou produzir irritação que exijam sua remoção; - Possibilidade de novo procedimento cirúrgico; d) MENTOPLASTIA / IMPLANTES FACIAIS / TRANSFERENCIA DE GORDURA A aparência do rosto é determinada por três componentes básicos: pele, tecidos moles e ossos. Se a estrutura do rosto é desproporcional – o queixo/mento é rebaixado, a mandíbula indefinida ou as bochechas são planas – estas características podem afetar significativamente a autoimagem do paciente. Características faciais definidas, contornos visíveis e ângulos naturais que sejam proporcionais criam um equilíbrio estrutural do rosto e uma aparência mais atraente. Embora qualquer área do seu rosto possa ser aumentada com implantes, as maçãs do rosto, o queixo e a mandíbula são os locais mais comuns para receber implantes faciais. Os implantes faciais trazem equilíbrio e melhor proporção para a aparência estrutural do rosto. Eles definem o rosto, aumentam a projeção e criam características mais distintas. A Mentoplastia é a cirurgia destinada a correção de deformidades no mento, realizada por homens e mulheres. Podem ser de redução ou de aumento, mediante implante artificial no queixo (prótese) ou reposicionamento do mento. É um procedimento cirúrgico para remodelar o queixo utilizando-se implantes (aumento) ou o próprio osso, por intermédio de fraturas que podem avançar ou recuar o mento. Muitas vezes, o cirurgião plástico pode recomendar a cirurgia do queixo juntamente com a cirurgia do nariz, de modo a atingir proporções faciais equilibradas − isto porque o tamanho do queixo pode aumentar ou diminuir o tamanho percebido do nariz. Esta cirurgia ajuda a proporcionar equilíbrio harmonioso de suas características faciais para que se sinta melhor com a sua aparência. Os implantes faciais trazem equilíbrio e melhor proporção para a aparência estrutural do rosto. Se o paciente se sente incomodado por ter um queixo pequeno, mandíbula pouco marcada ou falta do contorno facial, a cirurgia plástica com implantes faciais pode beneficiá-lo. São confeccionados a partir de material biocompatível projetados para melhorar ou aumentar a estrutura física do seu rosto. O tipo e o tamanho precisos dos implantes mais adequados para cada paciente requerem avaliação de seus objetivos, das características que deseja corrigir e avaliação do seu cirurgião. IMPLANTES DE MENTO: Aumentam o tamanho e a projeção do mento que não se projeteem proporção com a testa e terço médio da face. Pessoas com queixo pequeno, muitas vezes, são definidas como aquelas que apresentam o queixo e o pescoço como uma só estrutura, sem definição, sendo um o prolongamento do outro. IMPLANTES DE MANDÍBULA: Aumentam a largura do terço inferior do rosto. Da mesma maneira que o queixo, uma mandíbula que não seja demarcada dá a mesma, impressão de continuidade estrutural com o pescoço. Em alguns casos, tanto o queixo quanto a mandíbula podem contribuir para o desequilíbrio facial. IMPLANTES DE BOCHECHA: Aumentam a projeção das maçãs do rosto, acrescentando volume. Cirurgia: 1 – Anestesia Os medicamentos são administrados para o conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação local e intravenosa ou anestesia geral. O médico irá recomendar a melhor opção para cada paciente. 2 – Incisão Mento: Para um implante de queixo, a incisão pode ser dentro da boca, ao longo da prega/vinco que une o lábio inferior e gengivas. Uma incisão logo abaixo do queixo é uma alternativa. Mandíbula: Estes implantes são geralmente colocados pela boca com incisões dentro da boca, mais atrás ao longo da linha do maxilar, no vinco/prega onde a parte interna da bochecha e a da gengiva se encontram. Bochecha: A área específica a ser aumentada na bochecha determina onde o implante irá ser posicionado na face. Implantes de bochecha são mais frequentemente colocados através de incisões na boca. Quando realizadas com demais procedimentos, as incisões alternativas podem ser recomendadas incluindo a colocação através de uma incisão dentro da pálpebra inferior ou no couro cabeludo. 3 – Fechando as incisões As incisões serão fechadas com suturas absorvíveis ou pontos que serão removidos dentro de 1-2 semanas após a cirurgia. 4 – Resultados Embora o resultado da cirurgia seja visível quase imediatamente, o mesmo é obscurecido pelo inchaço. Pode levar vários meses para o inchaço desaparecer completamente. e) BICHECTOMIA BOLA DE BICHAT: é uma estrutura anatômica formada por uma gordura especial localizada na bochecha e cujo o metabolismo é diferente da gordura normal. Quando aumentada, essa gordura pode alterar o formato do rosto, deixando-o arredondado. A cirurgia para retirar o excesso da Bola de Bichat é chamada de Bichectomia e pode ser feita com anestesia local, com ou sem sedação. A incisão é por dentro da boca, sem cicatrizes aparentes, e o procedimento dura em torno de 40 minutos. f) LIFTING FACIAL / CIRURGIA TOTAL DA FACE LIFTING em inglês significa "levantamento". Palavra utilizada para designar a cirurgia plástica de levantamento ou estiramento da face. É o tratamento no rosto para alisá-lo (lifting facial). Pode ser: tradicional ou cutâneo, subaponeurótico, submuscular, endoscópico. Dependendo do tipo pode-se estirar somente a pele ou pele e músculo. Tecnicamente conhecida como ritidoplastia, a cirurgia da face é um procedimento cirúrgico para melhorar sinais visíveis de envelhecimento no rosto e no pescoço tais como: - Flacidez no terço médio da face, - Vincos profundos abaixo das pálpebras inferiores, - Vincos profundos ao longo do nariz que se estende ao canto da boca, - Gordura que tenha baixado ou tenha sido deslocada, - Perda de tônus muscular na face inferior, podendo causar papada, - Pele frouxa e excesso de depósitos de gordura sob o queixo e a mandíbula. Procedimentos de rejuvenescimento tipicamente executados juntamente com o lifting de face são o lifting de testa, para corrigir a flacidez ou testa franzida, e cirurgia de pálpebras, para rejuvenescer os olhos. Vários outros procedimentos podem melhorar, ainda mais, o resultado do facelift, incluindo: - Implantes faciais, - Aumento de tecido mole para remodelar a estrutura facial, - Técnicas de peeling, dermoabrasão ou laser para melhorar a tonalidade e a textura da pele da face, - Redução de rugas por preenchimento. Cirurgia: Etapa 1 – Anestesia Os medicamentos são administrados para o conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação local e intravenosa ou anestesia geral. O médico irá recomendar a melhor opção para cada paciente. Etapa 2 – Incisão Dependendo do grau de mudança que será necessário realizar, as opções de cirurgia de ritidoplastia incluem um lifting tradicional, lifting com incisão limitada ou Iifting de pescoço. Uma incisão delifting tradicional, muitas vezes, começa no couro cabeludo na região temporal, continua em torno da orelha e termina na parte inferior do couro cabeludo. A gordura pode ser esculpida ou redistribuída na face, na papada e no pescoço. O tecido subjacente é reposicionado, comumente nas camadas mais profundas da face, e os músculos são elevados. Uma segunda incisão, abaixo do queixo, pode ser necessária para melhorar o aspecto de envelhecimento no pescoço. Suturas ou adesivos de pele são usados para fechar as incisões. Facelift tradicional Uma alternativa ao facelift tradicional utiliza incisões menores na região temporal, continuando em torno da orelha e, possivelmente, dentro das pálpebras inferiores ou sob o lábio superior. Papada, pele flácida no pescoço e acúmulo de gordura sob o queixo podem ser corrigidos com lifting de pescoço. A incisão de lifting de pescoço começa, muitas vezes, na frente do lóbulo da orelha, passando por trás da orelha, terminando na parte inferior do couro cabeludo. Passo 3 – Fechando as incisões Uma vez cicatrizada, as linhas de incisão do lifting ficam bem escondidas no couro cabeludo e nos contornos naturais do rosto e do ouvido. Passo 4 – Resultados Os resultados do facelift aparecem com a diminuição do inchaço e dos hematomas. O resultado final não só restaura a aparência, deixando-a mais jovem e descansada, mas, também, pode ajudar na recuperação da autoestima. g) LIFTING DE SOBRANCELHAS / ELEVAÇÃO DA FRONTE / SUSPENSÃO SUPERCILIAR Consiste na elevação/reposicionamento dos supercílios, podendo ser realizada por diversas técnicas, que diferem nas vias de acesso (local, através das pálpebras, couro cabeludo, com auxílio de vídeo-endoscopia) e objetivos. CIRURGIA Etapa 1 – Anestesia Os medicamentos são administrados para o conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação local e intravenosa ou anestesia geral. O médico irá recomendar a melhor opção para cada paciente. Etapa 2 – Incisão O lifting frontal, às vezes, pode ser realizado através de um endoscópio (aparelho de vídeo cirúrgico) e instrumentos especiais colocados por intermédio de pequenas incisões feitas no couro cabeludo. Tal fato permite que o tecido muscular, localizado abaixo da pele, seja reposicionado ou removido, corrigindo as rugas e sulcos visíveis na testa. O procedimento pode ser realizado sem a utilização de um endoscópio, através de incisões na região temporal, no couro cabeludo, ou escondidas dentro da dobra natural das pálpebras superiores. Uma técnica alternativa de lifting frontal é a incisão coronal. Esta técnica envolve uma incisão de orelha a orelha, com a região frontal reposicionada após a remoção do excesso de pele e do couro cabeludo. O tempo de recuperação é, muitas vezes, maior que o da técnica endoscópica, devido ao tamanho da incisão. As linhas de incisão são bem escondidas nos contornos naturais do cabelo ou do rosto, a menos que sejam colocadas na linha de implantação do cabelo para encurtar a testa. Os resultados aparecem gradualmente, com o desaparecimento do inchaço e de hematomas, revelando uma testa mais lisa, com pele mais jovem e aparência descansada. Etapa 3 – Fechando as incisões As incisões, normalmente, são fechadas com: - Suturas removíveis ou absorvíveis, - Adesivos de pele, - Fita cirúrgica, - Clipes especiais. Passo 4 – Resultados A elevação da testa pode sermantida através da utilização de: - Suturas permanentes, - Pequenos parafusos cirúrgicos, - Dispositivo absorvível de fixação colocado na região temporal. h) FACELIFTING DO TERÇO MÉDIO DA FACE / MINILIFTING O mini ou lifting do terço médio rejuvenesce a porção central da face, desde a pálpebra inferior até o lábio superior, reposicionando os tecidos flácidos e aumentando o volume que se perdeu com a idade, com exposição ao sol e também com a ação da gravidade. PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS NO PÓS OPERATÓRIO - Cicatrizes desfavoráveis; - Sangramento; - Hematoma; - Equimose; - Seroma; - Edema; - Má cicatrização; - Infecção; - Dormência e outras alterações na sensibilidade da pele; - Fraqueza nos músculos faciais; - Olho seco; - Riscos anestésicos - Dor; - Possibilidade de novo procedimento cirúrgico; i) LIFTING POR FIOS FARPADOS Fornece, um lifting temporário não-cirúrgico. PROCEDIMENTO Para um face lifting sem cirurgia, fios de suturas farpados são inseridos dentro da face para criar um efeito de elevação ou ou tração dos tecidos moles faciais. Este procedimento não-cirúrgico é útil para as pessoas com rostos flácidos ou envelhecimento do terço médio da face, bochechas, testa e pescoço. Elevação seletiva regional é possível. Esses fios vêm em várias configurações:, fios bi-direcionais curtos (APTOS, elevador Feather), ou estilingues bi-direcionais longos (elevador sutura farpado), ou longas linhas uni-direcionais (contorno threads). Diferentes fios criam diferentes efeitos (como firmeza ou levantamento). Esses fios podem ser utilizados em conjunto com o tradicional lifting aberto ou técnicas de cirurgia endoscópica. A duração da técnica é de aproximadamente de 30 a 40 minutos e a anestesia é local com ou sem sedação leve. Este é um procedimento ambulatorial simples. O paciente pode sair imediatamente. PRINCIPAIS INTERCORRÊNCIAS NO PÓS OPERATÓRIO - Desconforto temporário; - Dor nas têmporas ou atrás da orelha; - Edema; - Hematoma; - Alguns pacientes apresentam dificuldade em abrir a boca amplamente. - Franzidos ou ondulações na pele assim como pregas geralmente desaparecem dentro de duas a três semanas. - Sangramento na hora do procedimento causando um hematoma (acúmulo de sangue) na têmpora, - Infecção dos fios, - Granuloma (reação de sutura), - Tração dos fios, migração, extrusão, dor localizada quando a ponta da linha aponta contra o lado interno da pele. RECUPERAÇÃO Pacientes estão apresentáveis após 24 a 48 horas. Ocasionalmente, franzido ou pregas podem persistir por várias semanas. RESULTADOS Estas são excelentes técnicas para conseguir um efeito lifting temporário. Os resultados duram de um a dois anos , depois disso, novos fios precisam ser inseridos para manter ou melhorar os resultados. Estes fios devem ser vistos da mesma forma como outros procedimentos temporários, tais como BOTOX ® ou temporários preenchedores dérmicos, onde a perda de resultado depois de um período de tempo não é considerado um fracasso. Juntamente com outras técnicas não-cirúrgicos, como injeções de botox, ácido hialurônico preenchimentos faciais, tratamentos IPL (luz intensa pulsada), laser terapia, ou radiofreqüência, o rejuvenescimento pode ser poderoso, mas é temporário. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARCUSSI, S. Segredos em medicina estética. São Paulo: LMP, 2008. MAIO, M. Tratado de medicina estética. São Paulo: Roca, 2011. GUIRRO, E. C. O. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e patologias. Barueri: Manole, 2010. BORGES, F.S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2012. RAMOS, S. M. Fundamentos de dermatologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2009. 1,2v. CUZZI-MAYA, T. Dermatopatologia: bases para o diagnóstico morfológico. São Paulo: Roca, 2001. 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