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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS NECESSIDADES DE OXIGENIOTERAPIA Prof.ª Enf.ª Débora Carla de Assunção Machado Oxigenioterapia: Consiste na administração de oxigênio medicinal com finalidade terapêutica. Trata-se de uma intervenção mais comum para melhorar as trocas gasosas entre alvéolos e sangue, aumentando a concentração de oxigênio no sangue, enquanto diminui o trabalho da respiração e o estresse do miocárdio. O oxigênio é uma droga terapêutica e deve ser usado com cautela. Indicações: Hipoxemia de qualquer origem; Reanimação cardiorrespiratória; Manutenção da integridade capilar; Infarto agudo do miocárdio; Pós-operatório imediato; Doenças pulmonares agudas, infecciosas e crônicas; Pacientes com DPOC; Oxigenioterapia e Aspiração de Secreções; Respiração; Troca de oxigênio e dióxido de carbono entre a atmosfera e as células do organismo; O ar passa através das fossas nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares; Envolve os sistemas pulmonar e cardiovascular. MEIOS PARA ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DE OXIGÊNIO Ventilação: Depende da coordenação muscular, da elasticidade do pulmão e tórax e da inervação intacta. Difusão: Passagem do oxigênio dos alvéolos para o sangue. Perfusão: Transporte do oxigênio para cada uma das células onde ocorre a respiração celular. Processos fisiológicos que afetam a respiração o Anemia; o Inalante tóxico; o Obstrução das vias aéreas; o Altitude elevada; o Febre; o Diminuição do movimento da parede torácica; o Hipovolemia; o Aumento da taxa; o Metabólica; o Gestação; o Obesidade; o Anormalidades musculoesqueléticas; Alterações no SNC; o Fatores comportamentais (nutrição, exercício, tabagismo, ansiedade, abuso de substâncias). Fatores que interferem nas necessidades de O2: Problemas relacionados com a ventilação; Obstrução; Problemas físicos (tórax e pulmões); Problemas de difusão dos gases entre alvéolos e sangue; Hipoxemia (baixa de oxigênio no sangue); Hipercapnia (aumento de gás carbônico no sangue); Consolidação pulmonar (pneumonia, tumor, EAP) Níveis elevados de O2 (hiperoxia) Consolidação pulmonar (pneumonia, tumor, EAP) Níveis elevados de O2 (hiperoxia) Problemas comuns o Dispneia; o Obstrução das vias; aéreas; o Ventilação inadequada; dos pulmões; o Insuficiente teor de oxigênio na atmosfera; o Eficiência circulatória alterada; o Aumento das exigências de oxigênio; no organismo; o Ansiedade; o Fortes emoções; o Tosse; o Espiro; o Sibilo; o Soluço, o Expectoração; o Fadiga e fraqueza muscular; o Vertigem; o Dor torácica; o Cianose; o Hemoptise; o Epstaxe; o Insuficiência respiratória. CUIDADOS COM O O2 E COM SUA ADMINISTRAÇÃO Não administrá-lo sem o redutor de pressão e o fluxômetro; Colocar umidificador com água destilada ou esterilizada até o nível indicado; Colocar aviso de "Não Fumar" na porta do quarto do paciente; Controlar a quantidade de litros por minutos; Observar se a máscara ou cateter estão bem adaptados e em bom funcionamento; Dar apoio psicológico ao paciente; Trocar diariamente a cânula, os umidificadores, o tubo e outros equipamentos expostos à umidade; Avaliar o funcionamento do aparelho constantemente observando o volume de água do umidificador e a quantidade de litros por minuto; Explicar as condutas e as necessidades da oxigenoterapia ao paciente e acompanhantes e pedir para não fumar; Observar e palpar o epigástro para constatar o aparecimento de distensão; Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada; Fazer revezamento das narinas a cada 8 horas (cateter); Avaliar com frequência as condições do paciente, sinais de hipóxia e anotar e dar assistência adequada; Manter vias aéreas desobstruídas; Manter vias aéreas desobstruídas; Manter os torpedos de O2 na vertical, longe de aparelhos elétricos e de fontes de calor; Controlar sinais vitais MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE O2 a) Cateter tipo binóculo - é empregado quando o paciente requer uma concentração média ou baixa de O2. É relativamente simples e permite que o paciente converse, alimente, sem interrupção de O2. 1- Vantagens: Conforto maior que no uso do cateter; Convivência - pode comer, falar, sem obstáculos; Facilidade de manter em posição. 2-Desvantagens: Não pode ser usada por pacientes com problemas nos condutos nasais; Concentração de O2 inspirada desconhecida; De pouca aceitação por crianças pequenas; CATETER NASAL Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. É de fácil aplicação, mas nem sempre é bem tolerada principalmente por crianças. 1- Vantagens: Método econômico e que utiliza dispositivos simples; Facilidade de aplicação. 2-Desvantagens: Desconforto para o paciente; Irritabilidade tecidual da nasofaringe; Facilidade no deslocamento do cateter; Necessidade de revezamento das narinas Indicada para pacientes com DPOC. ADMINISTRAÇÃO DE OXIGÊNIO POR MÁSCARA Desvantagens Terapia de curto prazo. Dificultam a comunicação. Interferem no ato de alimentar-se. Em muitos pacientes provoca ansiedade pela sensação de sufocamento (cautela em pacientes com possibilidade de vômitos e aspiração). Criam pressão e retém a umidade requerendo maior cuidado com a pele. A eficácia da máscara depende da forma como ela se adapta ao rosto. Contra indicado em portadores de DPOC. SIMPLES Fornece cerca de 40 a 60% de concentração de oxigênio (fluxo de 6 a 8l/min). COM RESERVATÓRIO (DE REINALAÇÃO PARCIAL) 1/3 do ar expirado que contém O2, por ser proveniente das VAS, fica retido na bolsa reserva sendo aspirado juntamente com o oxigênio fornecido. Isto permite que o paciente inale o ar ambiente se houver falha na fonte de oxigênio. Fornece cerca de 50 a 75% de concentração de oxigênio (fluxo acima e 6l/min). MÁSCARA DE VENTURI Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou freqüência da respiração. Varia a sua concentração de oxigênio com um código de cor: azul 4 l por min 24%, amarela 4 l por min e 28% branca 6l por mim e 31% verde 8 l por minuto e 40% (Timby,2001). VENTILAÇÃO MECÂNICA É um dispositivo de respiração com pressão positiva ou negativa, que pode manter a ventilação e liberação de oxigênio por um período prolongado. Ações de enfermagem: Assegurar adequado suprimento de oxigênio Drenagem postural Nebulização (simples / composta) Oxigenioterapia (cateter nasal / Venturi) Exercícios Respiratórios Reduzir demandas de oxigênio Manter repouso relativo Evitar esforços desnecessários Minimizar a ansiedade do paciente NEBULIZAÇÃO Conceito: É a administração de pequenas partículas de água em oxigênio ou ar comprimido, com ou sem medicação nas vias aéreas superiores. Finalidades Alívio de processos inflamatórios, congestivos e obstrutivos; Umidificação - para tratar ou evitar desidratação excessiva da mucosa das vias aéreas; Fluidificação - para facilitar a remoção das secreções viscosas e densas; Administração de mucolíticos - para obter a atenuação ou resolução de espasmos brônquicos; Administração de corticosteróides - ação antiinflamatória e anti-exsudativa; Administração dos agentes anti-espumantes - nos casos de edema agudo de pulmão. Indicações Obstrução inflamatória aguda subglótica ou laríngea; Afecções inflamatórias agudas e crônicas das vias aéreas; Sinusites, bronquites, asma brônquica, pneumonias, edema agudo de pulmão e outros; Pós-operatório. Cuidados na terapêutica de nebulização: Preparar o material necessário de forma asséptica; Anotar a freqüência cardíaca antes e após o tratamento (se uso de broncodilatador); Montar o aparelho regulando o fluxo de O2 ou ar comprimido com 4 a 5 litros por minuto. Colocar o paciente numa posição confortável, sentado ou semi Fowler (maior expansão diafragmática); Orientar o paciente que inspire lentae profundamente pela boca; Checar na papeleta e anotar o procedimento, reações do paciente e as características das secreções eliminadas; Orientar o paciente para manter os olhos fechados durante a nebulização se em uso de medicamentos; Orientar o paciente a lavar o rosto após a nebulização, SOS; Providenciar a limpeza e desinfecção dos materiais usados (aparelho); Usar solução nebulizador ou umidificador estéril. MASCARA DE OXIGÊNIO VENTURI fluxometro Máscara de Media Concentração Com Reservatório Infantil Cateter nasal tipo óculos VENTILADOR MECÂNICO REFERÊNCIAS NETTINA, S. M. Bruner práticas de enfermagem. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2014. FALCÃO, L. F. R. emergências, fundamentos e práticas. São Paulo. Martinari, 2010. Aspiração de secreções Prof.ª Enf.ª Débora Carla de Assunção Machado ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES FINALIDADE A finalidade de empregar a técnica de aspiração consiste em eliminar as secreções do paciente sempre que não conseguir eliminar as secreções das vias aéreas através da tosse. TIPOS: Existem três técnicas de aspiração de secreção quanto à localização da aspiração: aspiração orofaríngea e nasofaríngea, aspiração orotraqueal e nasotraqueal e a aspiração do tubo endotraqueal. A ordem de aspiração é primeiro o tubo endotraqueal, segundo a cavidade nasal e terceiro a cavidade oral, quando se trata de utilizar a mesma sonda de aspiração. Aspiração orofaríngea e nasofaríngea É indicada no paciente que consegue tossir, e não consegue eliminar as secreções por deglutição ou expectoração. A aspiração é realizada após tosse do paciente. ► A sonda é introduzida até a traquéia pela cavidade oral ou, através da narina preferencialmente. Este procedimento não deve ultrapassar 15 segundos ► É indicado nos casos de diminuição do estado de consciência, obstrução das vias aéreas, ventilação mecânica e remoção das secreções acumuladas na traquéia. ► A incidência de aspiração será determinada pela observação do paciente, sendo necessária sempre que a inspeção ou a ausculta revelarem a presença de secreções. Cânula de Guedel - Facilita a aspiração orotraqueal do paciente inconsciente, tornando mais fácil o acesso da sonda à traquéia. A retirada das secreções da traqueia precisa ser asséptica, atraumática e eficaz. A técnica de aspiração da traqueostomia também tem que ser asséptica. Aspirar inicialmente a traqueostomia a seguir cavidade nasal e oral. COMPLICAÇÕES Hipoxemia e dispneia, pela remoção de oxigênio com as secreções. Proporciona ansiedade e inquietação podendo alterar o padrão respiratório. As arritmias cardíacas podem resultar da hipóxia e do estímulo ao nervo vago na árvore traqueobrônquica. Traumatismo traqueal ou bronquial devido à aspiração traumática ou prolongada. Pacientes em uso de anticoagulantes ou com discrasia sanguínea podem apresentar sangramento como resultado da aspiração. Infecções sistêmicas e pulmonares. FIM
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