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Plano de Aula: Iniciação nos Esportes Coletivos ou Jogos Esportivos Coletivos(JECs) METODOLOGIA DOS ESPORTES COLETIVOS - SDE4083


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Plano	de	Aula:	Iniciação	nos	Esportes	Coletivos	ou	Jogos
Esportivos	Coletivos(JECs)
METODOLOGIA	DOS	ESPORTES	COLETIVOS
-	SDE4083
Título
Iniciação	nos	Esportes	Coletivos	ou	Jogos	Esportivos	Coletivos(JECs)
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
10
Tema
A	Iniciação	nos	Esportes	Coletivos	ou	Jogos	Esportivos	Coletivos
Objetivos
Conhecer	os	conceitos	básicos	relativos	a	iniciação	nos	esportes	coletivos	ou
jogos	esportivos	coletivos
Estrutura	do	Conteúdo
Iniciação	esportiva
A	 iniciação	 esportiva	 é	 reconhecida	 mundialmente	 como	 um	 processo
cronológico	 no	 transcurso	 do	 qual	 um	 sujeito	 toma	 contato	 com	 novas
experiências	 regradas	 sobre	 uma	 atividade	 físico-esportiva	 (Ramos	 e	 Neves,
2008).	É	um	período	em	que	a	criança	começa	a	aprender,	de	forma	específica
e	planejada,	a	prática	esportiva	(Santana,	2005).	
A	iniciação	é	o	primeiro	passo	na	formação	esportiva,	onde	se	procura	ensinar
os	 aspectos	 básicos	 de	 uma	 ou	 mais	 modalidades	 e	 promover	 as	 primeiras
adaptações	 no	 indivíduo	 para	 que	 ele	 possa	 responder	 aos	 novos	 estímulos
(Tsukamoto	e	Nunomura,	2005).	
Para	Oliveira	e	Paes	 (2004)	é	um	período	que	abrange	desde	o	momento	em
que	 as	 crianças	 iniciam-se	 nos	 esportes	 até	 a	 decisão	 por	 praticarem	 uma
modalidade.	 Na	 teoria	 do	 treinamento,	 essa	 temática	 tem	 sido	 abordada	 a
partir	 de	 dois	 conceitos:	 treinabilidade	 e	 período	 crítico	 ou	 sensível	 (Silva,
Fernandes	 e	 Celani,	 2001).	 O	 primeiro	 consiste	 em	 definir	 se	 um	 gesto	 se
encontra	no	estágio	 ideal	para	ser	desenvolvido.	Nesse	sentido,	a	criança	ou
adolescente,	dependendo	do	estágio	que	se	encontra,	deveria	ter	um	variado
repertório	 motor	 e	 uma	 atitude	 positiva	 para	 aprender	 e/ou	 utilizar	 suas
habilidades.
Conforme	 Lopes	 e	 Maia	 (2000),	 o	 grau	 de	 treinabilidade	 é	 influenciado	 pelo
genótipo,	havendo	forte	interação	entre	os	efeitos	do	genótipo	e	os	efeitos	do
envolvimento,	 o	 que	 ocasiona	 grande	 variação	 no	 grau	 de	 sensibilidade	 ao
treino	e	instrução	entre	os	indivíduos.	Quanto	ao	segundo	conceito,	esse	está
vinculado	 ao	 momento	 adequado	 à	 produção	 de	 determinados	 efeitos	 de
treino.
O	período	crítico	ou	sensível	é	o	período	de	tempo	durante	o	qual	um	indivíduo
é	mais	suscetível	a	determinada	influência	externa	.	É	o	período	de	tempo	em
que	 a	 aprendizagem	 de	 habilidades	 ou	 desenvolvimento	 de	 aptidões	 e
competências	 se	 faz	 de	 forma	 mais	 facilitada	 .	 Todavia,	 Philippaerts	 et	 al.
(2006)	alertam	para	a	 importância	de	 individualizar	a	carga	de	treino	durante
estes	períodos	sensíveis,	a	fim	de	não	acarretar	prejuízos	ao	desenvolvimento
motor,	emocional	e	moral	dos	iniciantes	(Cavichiolli	et	al.,	2011).	Desta	forma,
se	puderem	ser	estabelecidos	com	precisão,	podem	representar	momentos	de
maior	 prontidão	 e	 elevada	 sensibilidade	 aos	 estímulos	 do	 treino	 e	 instrução.
Nesse	 mesmo	 sentido,	 Côté	 et	 al.	 (2005)	 relatam	 a	 existência	 de	 períodos
chave	 no	 desenvolvimento	 desportivo	 e	 enfatizam	 que	 a	 participação	 numa
ampla	 variedade	 de	 atividades	 esportivas	 colabora	 com	 o	 enriquecimento	 do
repertório	 motor.	 Essa	 diversificação	 das	 práticas	 permite	 fomentar
habilidades,	 providenciando	 uma	 contribuição	 ativa	 no	 que	 diz	 respeito	 ao
desenvolvimento	psicomotor	e	multilateral	dos	aprendizes	 (Leite	et	al.,	2009).
Este	 tipo	 de	 abordagem	multilateral	 facilita	 o	 desenvolvimento	 da	 motivação
intrínseca,	 a	 qual	 está	 relacionada	 com	 a	 longevidade	 desportiva	 e
proporciona	 estímulos	 diversos	 que	 permitem	 uma	 aquisição	 motora	 geral
(Baker	et	al.,	2003;	Baker	et	al.,	2006).	
Para	Ré	(2011),	a	existência	de	períodos	críticos	é	defendida	devido	ao	rápido
desenvolvimento	neurológico	e	maior	plasticidade	neural	durante	a	infância,	o
que	 facilitaria	 a	 aquisição	das	habilidades	motoras.	 Essa	 argumentação	está
baseada	no	 fato	de	que	as	diferentes	 experiências	durante	a	 infância	 causa
alterações	 na	 arquitetura	 dos	 circuitos	 neurais,	 facilitado	 pela	 maior
plasticidade	 do	mesmo,	 fazendo	 com	 que	 os	 padrões	 de	 conexão	 tornem-se
mais	estáveis	e	 fortalecidos	 (Hernandez	e	Li,	2007;	Yarrow,	Brown	e	Krakauer,
2009).	 Desta	 forma,	 torna-se	 imperioso	 que	 até	 os	 10	 anos	 de	 idade
aproximadamente,	 a	 criança	 apresente	 um	 amplo	 domínio	 das	 habilidades
motoras	fundamentais.	
Quando	nos	 reportamos	 à	 iniciação	esportiva,	 devemos	 considerar	 a	 fase	 na
qual	 o	 aprendiz	 se	 encontra	 e	 também	 viabilizar	 o	 ensino	 dos	 conteúdos	 da
modalidade	a	partir	 de	 jogos	e	brincadeiras	que	motivem	a	 sua	continuidade
no	esporte	(Menezes,	Marques	e	Nunomura,	2014).
Os	jogos	esportivos	coletivos
Os	 jogos	 desportivos	 coletivos	 são	 constituídos	 por	 várias	 modalidades
esportivas	 -	 voleibol,	 futsal,	 futebol,	 handebol,	 pólo	 aquático,	 basquetebol	 -
entre	 outros	 e,	 desde	 sua	 origem,	 têm	 sido	 praticados	 por	 crianças	 e
adolescentes	dos	mais	diferentes	povos	e	nações.	Sua	evolução	é	constante,
ficando	 cada	 vez	mais	 evidente	 seu	 caráter	 competitivo,	 regido	 por	 regras	 e
regulamentos	(Teodorescu,	1984).	Por	outro	lado,	os	autores	da	pedagogia	do
esporte	também	têm	constatado	a	importância	dos	jogos	desportivos	coletivos
para	 a	 educação	 de	 crianças	 e	 adolescentes	 de	 todos	 os	 segmentos	 da
sociedade	 brasileira,	 uma	 vez	 que	 sua	 prática	 pode	 promover	 intervenções
quanto	à	cooperação,	convivência,	participação,	inclusão,	entre	outros.
A	 pedagogia	 do	 esporte	 busca	 estudar	 esse	 processo,	 e	 as	 ciências	 do
esporte,	 em	 suas	 diferentes	 dimensões,	 identificaram	 vários	 problemas,	 os
quais	 serão	 balizadores	 deste	 estudo:	 busca	 de	 resultados	 em	 curto	 prazo;
especialização	 precoce;	 carência	 de	 planejamento;	 fragmentação	 do	 ensino
dos	 conteúdos;	 e	 aspectos	 relevantes,	 que	 tratam	 da	 compreensão	 do
fenômeno	na	sua	função	social.	Assim	sendo,	o	ensino	dos	 jogos	desportivos
coletivos	 deve	 ser	 concebido	 como	 um	processo	 na	 busca	 da	 aprendizagem.
Esse	 pensamento	 faz-nos	 refletir	 acerca	 da	 procura	 por	 pedagogias	 que
possam	 transcender	 as	 metodologias	 já	 existentes,	 a	 fim	 de	 inserir,	 no
processo	 de	 iniciação	 esportiva,	 métodos	 científicos	 pouco	 experimentados.
Dessa	 forma,	 é	 de	 fundamental	 importância	 discutirmos	 a	 pedagogia	 da
iniciação	esportiva,	com	o	respaldo	teórico	de	estudiosos	do	assunto.
O	ensino	dos	jogos	desportivos	coletivos
Mertens	&	Musch	 (1990)	 apresentam	uma	proposta	para	o	 ensino	dos	 jogos
coletivos,	 tomando	 como	 referência	 a	 ideia	 do	 jogo,	 no	qual	 as	 situações	de
exercícios	 da	 técnica	 aparecem	 claramente	 nas	 situações	 táticas,
simplificando	o	 jogo	 formal	para	 jogos	 reduzidos	e	 relacionando	 situações	de
jogo	 com	 o	 jogo	 propriamente	 dito.	 Essa	 forma	 de	 jogo	 deve	 preservar	 a
autenticidade	 e	 a	 autonomia	 dos	 praticantes,	 respeitando-se	 o	 jogo	 formal.
Sendo	assim,	deve-se	manter	as	estruturas	específicas	de	cada	modalidade;	a
finalização,	 a	 criação	 de	 oportunidades	 para	 o	 drible,	 passe,	 e	 lançamentos
nas	 ações	 ofensivas.	O	 posicionamento	 defensivo	 é	 generalizado	 e	 almeja-se
dificultar	 a	 organização	 ofensiva	 dos	 adversários,	 principalmente	 nas
interceptações	 dos	 passes,	 estabelecendo	 uma	 dinâmica	 entre	 as	 fases	 de
defesa-transição-ataque.
Bayer	 (1994)	 afirma	 coexistir	 duas	 correntes	 pedagógicas	 de	 ensino	 para	 os
jogos	 desportivos	 coletivos:	 uma	 utiliza	 os	métodos	 tradicionais	 ou	 didáticos,
decompondo	 os	 elementos	 (fragmentação),	 na	 qual	 a	 memorização	 e	 a
repetição	 permitem	 moldar	 a	 criança	 e	 o	 adolescente	 ao	 modelo	 adulto.	 A
outra	corrente	destaca	os	métodos	ativos,	que	levam	em	conta	os	interesses
dos	 jovens	 e	 que,	 a	 partir	 de	 situações	 vivenciadas,	 iniciativa,	 imaginação	 e
reflexão	 possam	 favorecer	 a	 aquisição	 de	 um	 saber	 adaptado	 às	 situações
causadas	 pela	 imprevisibilidade.Essa	 abordagem	 pedagógica,	 chamada	 de
pedagogia	 das	 situações,	 deve	 promover	 aos	 indivíduos	 a	 cooperação	 com
seus	 companheiros,	 a	 integração	 ao	 coletivo,	 opondo-se	 aos	 adversários,
mostrando,	 ao	 aprendiz,	 as	 possibilidades	 de	 percepção	 das	 "situação	 de
jogo",	 interferindo	 na	 tomada	 de	 decisão,	 elaborando	 uma	 "solução	mental",
buscando	 resolver	 os	 problemas	 que	 surgem	 com	 respostas	 motoras	 mais
rápidas,	principalmente	nas	interceptações	e	antecipações,	frente	às	atividade
dos	adversários.
Ainda	nesse	 raciocínio,	Gallahue	e	Osmum	 (1995)	apregoam	uma	abordagem
desenvolvimentista,	que,	ao	ensinar	as	habilidades	motoras	(técnicas)	para	a
faixa	 etária	 de	 7-	 10	 anos,	 a	 aprendizagem	 deve	 ser	 totalmente	 aberta,	 ou
seja,	os	conteúdos	do	ensino	são	aplicados	pelo	professor	e	praticados	pelos
alunos,	sem	interferência	e	correções	dos	gestos	motores.	Para	a	faixa	etária
de	11-	12	anos,	o	ensino	é	parcialmente	aberto,	isto	é,	há	breves	correções	na
técnica	 dos	 movimentos.	 Na	 faixa	 de	 13-	 14	 anos,	 o	 ensino	 é	 parcialmente
fechado,	 pois	 inicia-se	 o	 processo	 de	 especificidade	 dos	 gestos	 de	 cada
modalidade	 na	 procura	 da	 especialização	 desportiva,	 e	 somente	 após	 os	 14
anos	 de	 idade	 deve	 acontecer	 o	 ensino	 totalmente	 fechado,	 específico	 de
cada	modalidade	coletiva,	e	 também	o	aperfeiçoamento	dos	sistemas	 táticos
que	 cada	 modalidade	 necessita.	 Entendemos	 que,	 nessa	 forma	 de	 ensino-
aprendizagem,	 a	 técnica	 (habilidade	 motora)	 estará	 sendo	 desenvolvida	 em
situações	 que	 acontecem	na	maior	 parte	 do	 tempo	 nos	 jogos	 coletivos.	 Isso
nos	faz	crer	que	a	assimilação	por	parte	dos	alunos/atletas	seja	beneficiada,	e,
posteriormente,	 a	 prática	 constante	 poderá	 predispor	 a	 especialização	 dos
gestos	motores	que	permanecerão	para	o	resto	da	vida.
Nesse	contexto,	Greco	(1998)	sugere	o	ensino	através	do	método	situacional,
em	situações	de	1x0-1x1-2	x	1,	em	que	as	situações	1,	isoladas	dos	jogos,	são
aprendidas	 com	 números	 reduzidos	 de	 praticantes.	 Este	 autor	 também
defende	 que	 a	 técnica	 desportiva	 é	 praticada	 na	 iniciação	 aos	 conceitos	 da
tática,	 ou	 seja,	 aliando	 o	 "como	 fazer"	 à	 "razão	 de	 fazer".	 Não	 se	 trata	 de
trabalhar	os	conteúdos	da	técnica	apenas	pelo	método	situacional,
mas	sim	de	utilizá-lo	como	um	importante	recurso,	evitando	o	ensino	somente
pelos	 exercícios	 analíticos,	 os	 quais,	 como	 vimos	 anteriormente,	 podem	 não
garantir	sucesso	nas	tomadas	de	decisão	frente	às	situações,	por	exemplo,	de
antecipação,	 que	 ocorrem	 de	 forma	 imprevisível	 nos	 jogos	 desportivos
coletivos.
Garganta	 (1998),	 nos	 estudos	 sobre	 pedagogia	 do	 esporte,	 enumera	 duas
abordagens	 pedagógicas	 de	 ensino:	 a	 primeira	 é	 mecanicista,	 centrada	 na
técnica,	 na	 qual	 o	 jogo	 é	 decomposto	 em	elementos	 técnicos:	 passe,	 drible,
recepção,	 arremesso.	 Os	 gestos	 são	 aprimorados,	 especializados,	 e	 suas
conseqüências	 mostram	 o	 jogo	 pouco	 criativo,	 com	 comportamentos
estereotipados	e	problemas	na	compreensão	do	jogo,	com	leituras	deficientes
do	 ponto	 de	 vista	 tático.	 As	 situações	 problema	 ocasionadas	 pelas	 reais
situações	 de	 jogo,	 são	 pobres	 e	 podem	 provocar	 desvios	 na	 evolução	 do
aluno/atleta.
A	 segunda	 abordagem	 de	 Garganta	 (1998)	 é	 a	 das	 combinações	 de	 jogo
contidas	 na	 tática	 por	 intermédio	 dos	 jogos	 condicionados,	 voltados	 para	 o
todo,	nos	quais	as	relações	das	partes	são	fundamentais	para	a	compreensão
do	 jogo,	 facilitando	 o	 processo	 de	 aprendizagem	 da	 técnica.	 O	 jogo	 é
decomposto	em	unidades	funcionais	sistemáticas	de	complexidade	crescente,
nas	 quais	 os	 princípios	 do	 jogo	 regulam	 a	 aprendizagem.	 As	 ações	 técnicas
são	 desenvolvidas	 com	 base	 nas	 ações	 táticas,	 de	 forma	 orientada	 e
provocada.
Cabe-nos	ressaltar	que,	nesse	contexto,	o	objetivo	principal	é	a	 iniciação	aos
jogos	 desportivos	 coletivos,	 nos	 quais	 acontecem	 os	 primeiros	 contatos	 das
crianças	e	adolescentes	com	as	atividades	desportivas.	Dessa	forma,	as	fases
seguintes	 não	 devem	 limitar-se	 exclusivamente	 a	 esse	 método,	 ou	 seja,
tornam-se	necessárias	 outras	 possibilidades	 de	 ensino,	 que	 contemplaremos
mais	adiante.
Em	 relação	 à	 pedagogia	 da	 iniciação	 esportiva,	 Paes	 (2001)	 arrola
experiências	práticas	em	situações	de	jogo,	também	em	1x1-2x2-3x3,	e	ainda	o
"jogo	possível"	como	uma	possibilidade	de	ensinar	jogos	desportivos	coletivos,
pois	 o	 mesmo	 pode	 propiciar	 aos	 alunos	 o	 conhecimento	 e	 a	 aprendizagem
dos	 fundamentos	 básicos	 das	 modalidades	 coletivas,	 considerando	 seus
valores	 relativos	 e	 absolutos,	 e	 também	 aprenderem	 de	 acordo	 com	 suas
possibilidades	 materiais	 (locais	 de	 aprendizagem).	 Almeja-se,	 nesse
procedimento,	a	motivação	por	parte	dos	alunos	ou	praticantes,	para	que	os
mesmos	tomem	gosto	e	possam	usufruir	a	prática	desportiva,	como	beneficio
para	melhor	qualidade	de	vida,	caso	seus	talentos	pessoais	não	despertem	o
sucesso	atlético.
Cabe-nos	ressaltar	que,	desde	que	a	criança	inicia	a	prática	sistematizada	de
treinamento	 na	 escola	 ou	 no	 clube,	 não	 é	 garantida	 sua	 formação	 atlética
simplesmente	 por	 seus	 domínios	 técnico-táticos.	 Deve-se	 levar	 em
consideração	sua	totalidade,	sua	vida;	física,	social,	mental	e	espiritual.	Caso	a
criança	 opte	 pela	 especialização	 em	 uma	 determinada	 modalidade,	 pode
utilizar-se	de	 tais	conhecimentos,	 fortalecendo	o	direcionamento	na	busca	de
rendimentos	 superiores.	 Torna-se	 valioso	 também,	 o	 cuidado	 do	 técnico	 em
diagnosticar,	 durante	 a	 prática,	 quais	 crianças	 e	 adolescentes	 necessitam
mais	 de	 um	 ou	 outro	 estímulo,	 a	 fim	 de	 promover	 um	 melhor	 ambiente	 de
aprendizagem.
Aplicação	Prática	Teórica
Texto	integrante	do	material	didático	do	aluno.