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Diabetes controlada: você no comando - Volume 7 © 2019 Copyright by Jolivi Editor: Carlos Schlischka Supervisão editorial: Mirela Leme Edição de texto: Fernanda Aranda | Fernanda Mariana Santos | Mariane Zendron | Mirela Leme | Nivia Corrêa Capa: Thiago Carvalho Design interno: Thiago Carvalho Ilustração: Fernando Cruz | Thiago Carvalho Colaboração: Camila Arakaki Agradecimento: Toda a nossa equipe Impresso no Brasil 1ª edição – São Paulo, outubro de 2019 Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida sem a prévia autorização do autor, por escrito, sobre pena de constituir violação do copyright (Lei 5.988) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Índice para catálogo sistemático: 1. Diabetes : Doença 616.462 Todos os direitos reservados à © Jolivi Rua Joaquim Floriano, 913 – cj. 22 – Itaim Bibi – São Paulo/SP CEP 04534-013 – Fone (11) 4020-6720 contato@jolivi.com.br - www.jolivi.com.br Diabetes controlada: você no comando / elaborado por Jolivi Publicações. – São Paulo : Jolivi Publicações, 2019. (Cura Universal; v.7) 48 p. ISBN: 978-65-80308-11-8 ISBN: 978-65-80308-05-7 (Obra completa) 1.Diabetes 2. Doença I. Título II. Série CDD-616.462 Sumário Capítulo 1 A verdade sobre os antidiabéticos ..........................5 Capítulo 2 Dentro do corpo: por que essas drogas são tão prejudiciais? .........................11 Capítulo 3 As substâncias naturais mais poderosas para tratar o diabetes .........................19 Capítulo 4 Guia de uso: aplique as soluções na sua rotina ...............43 Capítulo 1 A verdade sobre os antidiabéticos 7 Olá, caro leitor O diabetes já foi considerado pelos especialistas do mundo como o maior assassino silencioso que existe na face da terra. Está entre as principais causas de morte do Brasil e do planeta; provoca mais amputações do que guerras e acidentes de trânsito; lidera as causas de cegueira, de falência renal e de motivos para o infarto. Mas talvez a face mais perigosa deste terrível problema é que, quando é do tipo 2 (o mais incidente entre os adultos) trata- se de uma doença de hábitos. De péssimos hábitos. E tão grave como não nos responsabilizarmos pelas mortes colecionadas pelo diabetes tipo 2, é acreditar que um remédio sintético conseguirá “Não há maior sinal de loucura do que fazer uma coisa repetidamente e esperar um resultado diferente” Albert Einstein 8 controlar uma patologia que está enraizada em nosso comportamento. O fato é que não é preciso ir tão longe para descobrir as consequências que o uso de remédios prescritos traz à sua saúde. Por isso, estas drogas estão entre as mais perigosas que existem. Se você duvida, basta escolher qualquer uma delas e ler a bula. A ciência também está preocupada com a lista de efeitos colaterais que estão na fatura destes químicos. Não é para menos. 9 Remédios para o diabetes estão envolvidos em mais casos de insuficiência cardíaca, câncer de mama, de infecções urinárias, de pancreatite e de outros tantos efeitos adversos. Esses são apenas alguns riscos projetados nos medicamentos mais conhecidos para tratar diabetes no Brasil. E, lamentavelmente, posso afirmar com segurança: nenhum deles chega perto de solucionar a causa do que realmente te adoeceu. Você não ficou diabético do dia para a noite. Essa doença é resultado de uma série de agressões que você vem praticando contra o seu organismo ao longo de anos e anos. Décadas, talvez. Sendo assim, como acreditar que um medicamento vai apagar tantos estragos? Não estou aqui apenas para te alertar sobre os perigos destas medicações. Meu propósito também, com este material, é te aproximar do caminho natural que tem o potencial de te tirar do alvo do diabetes. 10 Convido você a mudar de rota. Boa leitura. Capítulo 2 Dentro do corpo: por que essas drogas são tão prejudiciais? 13 A maioria das pessoas que é identificada como próxima do diabetes acaba apresentada a um medicamento que, de tão prescrito, tornou-se popular. Falo da metformina. O problema é que estudos concluíram que esse remédio só encurta o caminho do pré- diabético ao diagnóstico final de diabético. Sabe por que a metformina pode transformar você mais rapidamente em um diabético? Porque, segundo estudo publicado na Journal of Research in Medical Sciences, a metformina é capaz de reduzir significativamente os níveis de TSH (hormônio estimulador da tireoide) no nosso organismo. Outros estudos, como o “Thyroid function and risk of type 2 diabetes: a population- based prospective cohort study”, publicado pelo grupo BMC Medicine, confirma que a desregulação desse hormônio (para mais ou para menos) é fator de risco para diabetes. Principalmente em pré-diabéticos. Ou seja, para que você me entenda é mais ou menos assim: se você for um pré-diabético, meu caro, a metformina é praticamente um veneno que lhe deram para adoecer mais rapidamente. 14 Além de diminuir suas reservas de TSH, outro risco da metformina é que ela baixa os seus níveis de vitamina B12. A deficiência de vitamina B12, nutriente fundamental para a geração de energia, está associada a problemas neurológicos e a anemia. Em qualquer ser-humano, a ausência de B12 é extremamente custosa. Mas entre os diabéticos, a deficiência é ainda mais sentida. Isso porque, o nutriente é responsável por “alimentar” cérebro, nervos e sangue, ações fundamentais para quem tem diabetes. Uma das preocupações em relação à deficiência de vitamina B12 - causada pela metformina - é que, afetando os nervos, o paciente pode ser diagnosticado também com neuropatia periférica, uma condição incapacitante e que pode ser letal. Os sintomas são: fraqueza, formigamento, dor e dormência nas mãos e nos pés. Mesmo sabendo que esse medicamento tem causado a doença que ele é indicado para combater, a metformina continua lá. Imune aos estudos que já comprovaram seu impacto negativo no TSH e na absorção de 15 B12. Por vezes, eu me pergunto: o que precisa acontecer para que estas verdades venham à tona e que mais caminhos - além do remédio - sejam apresentados a quem está na linha de tiro do diabetes? Será que precisaremos de mais um caso Avandia? Bom, se você não se lembra deste episódio, eu trago aqui o que foi este capítulo na história da medicalização do ocidente. Na ponta do lápis, as autoridades contabilizaram: 47.000 pessoas sofreram ataques cardíacos, AVC, insuficiência cardíaca ou, tristemente, morreram em decorrência também do uso deste remédio. Só então, após 10 anos de análise, o remédio foi banido. 16 Dez anos de adoecimento e mortes. Em 2007, publicações científicas importantes como o New England Journal of Medicine e o Journal of the American Medical Association publicaram artigos sobre os efeitos colaterais do remédio, mas foram insuficientes para uma medida mais drástica e protetora dos consumidores. E agora, será que outros alertas estão passando batido? Eu temo que sim. Em 2016, a FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador de medicamentos nos Estados Unidos, divulgou um alerta sobre medicamentos que têm, como princípio ativo saxagliptina e alogliptina. Segundo o comunicado, medicamentos como esses podem aumentar o risco de insuficiência cardíaca, com risco maior para pacientes com problemas cardíacos e renais. Aqui no Brasil, você pode conhecer esses 17 medicamentos pelos nomes: Nesina, Onglyza e Kombiglyze XR. Outro medicamento também conhecido como XigDuo XR é a mistura de metformina com dapaglifozina. Entre os efeitos colaterais desses medicamentos, estão: hipoglicemia, infecções do trato urinário, dor ao urinar, redução da pressão arterial e até mesmo aumento da incidência de câncer de mama e de bexiga. Esses efeitos colaterais já foram apontados tanto pelo portal britânico Diabetes.co.uk e também em estudo grego publicado na Therapeutic Advancesin Endocrinology and Metabolism no ano de 2015. Um outro achado do mesmo estudo é que a dapaglifozina tem eficácia reduzida em pacientes que têm mais de 65 anos. Ou seja, qualquer investigação um pouco mais profunda mostra que os remédios não parecem ser a opção com segurança absoluta para os usuários. O que resta como alternativa? Aqui quero apontar as substâncias e nutrientes que podem efetivamente ajudar na 18 reversão dessa doença, ainda mais se forem acompanhadas pelas mudanças de hábitos tão necessárias para quem desenvolveu o diabetes. E mais: estes mesmos nutrientes tão efetivos para a doença metabólica também são essenciais para evitar a doença mais temida dentro de todos os lares: a Doença de Alzheimer, também conhecida como diabetes tipo 3. Para que você compreenda, eu explico: A ciência mostra, cada vez mais, que diabetes e Alzheimer têm uma ligação muito íntima. A ciência mostra, cada vez mais, que diabetes e Alzheimer têm uma ligação muito íntima. Aqui, neste material, vou mostrar como essas doenças estão interligadas dentro do corpo e como as recomendações em saúde natural podem te tirar do alvo de ambas. É simples e é efetivo. Eu só preciso do seu compromisso e comprometimento. Vamos lá? Capítulo 3 As substâncias naturais mais poderosas para tratar o diabetes 21 Eu preparei para você uma seleção de cinco “medicamentos naturais” para afastar o diabetes e prevenir o Alzheimer. Eles figuram como uma boa opção porque, diferentemente dos remédios químicos, não projetam efeitos colaterais aos usuários. Antes de apontar quais são essas soluções de apoio, quero que você foque primeiramente seus esforços na mudança número um que você precisa adotar. Falo da alimentação. Uma pesquisa publicada pela revista científica The Lancet comprovou reversão de diabetes em pacientes que tiveram como único tratamento uma mudança alimentar. Isso mesmo, sem cirurgias e sem medicamentos. O estudo acompanhou 298 pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2 há mais de seis anos na Escócia e na Inglaterra. Entre as pessoas acompanhadas pela pesquisa, 149 delas fizeram um tratamento apenas com base em uma mudança alimentar e outros 149 continuaram o tratamento com base em medicamentos. No período de um ano, os 149 pacientes que 22 apenas mudaram a alimentação emagreceram, na média, 10 quilos cada um. Dos pacientes que emagreceram entre 10 e 15 quilos, 57% deles apresentaram remissão da diabetes. O resultado mais surpreendente foi detectado entre os pacientes que emagreceram 15 quilos ou mais. Destes, 86% tiveram remissão da diabetes tipo 2. O que mostra que, quanto mais a pessoa emagrece, maior é a chance de redução e reversão do quadro. Você sabe o que aconteceu com os pacientes que mantiveram o uso de remédios? O estudo apontou que não houve redução de peso nesses pacientes e que apenas 4% teve redução de diabetes tipo 2. Por que você está falhando ao se alimentar? Primeiro, eu queria desmistificar a alimentação que resulta em diabetes e obesidade. Porque de alguma forma, quando as revistas, os jornais ou os programas de televisão falam em alimentação nociva, qual imagem eles usam? 23 Um hambúrguer e uma batata frita, não é mesmo? Não que a dupla seja isenta de todos os pecados alimentares. Mas nem só de “fast food” tradicional se alimenta um país de diabéticos. Por exemplo, sabe aquele suco de caixinha integral feito do mais puro “néctar” da fruta? Lembra daquela lasanha congelada que fica pronta em 12 minutos e já salvou tantos jantares? Sabe o caldo de galinha, rápido e fácil, que dá um sabor extra ao cozimento e, dizem, traz até uma pitada de amor para a refeição? Sim, a combinação danosa de diabetes e obesidade. Há algum tempo, as pessoas aprenderam a temer a carne com gordura e o torresmo, mas comem tudo que vem nas caixinhas sem nem imaginar sobre o que se trata. E, pior: nem se importam com isso. Estes alimentos que passam por um processo industrial utilizam algumas substâncias em excesso e isso é muito ruim. 24 Excesso de açúcares - escondidos e mascarados até nos produtos de sabor salgado - são os maiores problemas. Fora que todos estes alimentos ultraprocessados e refinados são representantes da turma dos carboidratos simples. Ou seja, alimentos que têm pouca qualidade nutricional e servem apenas para liberar muito açúcar na corrente sanguínea. Este excesso de açúcar agrega uma sobrecarga para o funcionamento dos órgãos. Veja como se dá o processo dentro do corpo: Toda vez que você ingere um carboidrato, ele vira glicose dentro do organismo. Com isso, o açúcar produzido precisa ser levado para dentro da corrente sanguínea. Quem faz este trabalho de transporte é um hormônio chamado insulina. Cada refeição cheia de carboidratos e de açúcares significa carga extra de serviço para o pobre pâncreas, que vai precisar produzir muita insulina para carregar todo este açúcar no corpo. 25 O órgão, então, fica cansado, exausto e começa a falhar na produção deste hormônio. Esta falha é o início do diabetes do tipo 2. Fora que, em organismos já com excesso de peso, a insulina também tem mais dificuldade para transportar a glicose, devido ao estado de “inflamação” gerado pelos quilos a mais. Este açúcar que não é transportado vira gordura branca e é estocado, especialmente na região da barriga, em volta do fígado e do coração. Olhando este ciclo dentro do corpo, fica claro que para interromper este processo você precisa escolher alimentos que dão uma folga para o pâncreas. 26 E o ideal é fazer isso antes que o órgão entre em falência absoluta e pare definitivamente de produzir um hormônio vital como a insulina. E, sim, acredite: existem alimentos que exigem menos do nosso pâncreas. Falo da alimentação cetogênica, pilar conhecido mundialmente para a reversão do diabetes. A alimentação cetogênica foi desenvolvida em 1924 pelo Dr. Russell Wilder, da renomada Clínica Mayo. O objetivo inicial foi o tratamento de pessoas 27 com epilepsia. Hoje em dia, tem sido utilizada com altos índices de sucesso para o tratamento de diabetes, Alzheimer a câncer. Essa alimentação se baseia, como pilar da alimentação, nas gorduras saturadas. A dieta cetogênica, ao contrário da alimentação mais comum, que retira energia da glicose, influencia a cetose, que é quando o seu corpo passa a utilizar as gorduras como principal fonte de energia. Basicamente, acontece quando se come mais gordura, seguido de proteínas e baixíssimos níveis de carboidratos – mas principalmente os bons carboidratos. Quando você se alimenta prioritariamente a partir das gorduras, a geração de energia a partir delas produz os corpos cetônicos. Este “combustível” tem demonstrado potência na perda de peso, em baixar os níveis de glicose no sangue e a dependência de remédios. Também é neuroprotetor e serve até para a regressão de casos de Alzheimer. Outros benefícios já reconhecidos da dieta cetogênica, são: • A melhora do desempenho mental; 28 • Redução da pressão alta; • Redução de triglicérides; • Melhora dos índices de HDL (o bom colesterol). O estudo “The effect of a low-carbohydrate, ketogenic diet versus a low-glycemic index diet on glycemic control in type 2 diabetes mellitus” chegou à conclusão: a dieta cetogênica pode reduzir o uso de medicamentos em 95,2% dos casos. Para você ter ideia, o efeito foi quase duas vezes superior quando comparado com o grupo que só fez dieta tradicional. Os alimentos cetogênicos: Sempre quando falamos de dieta, pensamos: terei que me privar das melhores coisas da vida. Mas eu digo o contrário. A partir de agora, sua alimentação será deliciosa, e você voltará a incluir alimentos que antes foram proibidos pelo seu médico. Baseie sua alimentação principalmente nas gorduras boas e nestes alimentos: • Ovos; • Peixes; • Abacate; • Banha de porco; 29 • Óleode coco extravirgem; • Azeite de oliva extravirgem; • Manteiga; • Bacon; • Oleaginosas (castanhas, nozes, macadâmia, pistache, etc); • Azeitonas; • Carne de vaca; • Carne de porco; • Frango; • Queijos gordos; • Legumes e verduras, de preferência os verde-escuros (brócolis, espinafre, couve de Bruxelas, couve, etc); • Sementes de linhaça; • Farinha de linhaça, farinha de aveia; • Frutos azuis (mirtilo, amora, morango). Para você visualizar como deve ser a sua alimentação diária, inspire-se nessa pirâmide (o topo, o que você deve comer menos, a base, o que deve comer mais). Aqui também estão os alimentos que estão proibidos. 30 Conheça os três tipos de diabetes: todos eles podem ser regredidos com a alimentação cetogênica Hoje, o diabetes mais numeroso que existe no Brasil e o no mundo é o diabetes tipo 2. É ele que é muito ligado à obesidade e recebeu o apelido “Diabesidade”. Segundo as pesquisas, este tipo de diabetes costuma ser diagnosticado a partir dos 50 anos. Já o tipo 1 do diabetes dá as caras logo na infância ou início da adolescência. Este primeiro tipo é considerado um problema 31 autoimune, ou seja, o organismo por algum motivo entende que o pâncreas precisa parar de produzir insulina e manda esta mensagem para o órgão. Alguns ensaios científicos já começam a desvendar a origem do diabetes tipo 1 e, mais uma vez, os hábitos nada saudáveis vão para a berlinda. O diabetes tipo 1 é, ainda, reconhecida pela medicina como doença incurável, mas, com a alimentação cetogênica e a suplementação já é possível reduzir a dependência de medicamentos e insulina. Existem hipóteses de que o padrão alimentar das mães na gravidez pode influenciar no nascimento de crianças que terão diabetes tipo 1. Sabendo disso, você percebe que apesar das diferenças entre o primeiro tipo e a diabesidade, as escolhas alimentares são ponto em comum entre ambos. Bom, se o que você coloca no prato e a forma como você mexe o corpo são tão efetivas para os diabetes 1 e 2, por que seria diferente para o tipo 3? Pois é. Por mais que te pareça estranho está cada 32 mais evidente que ele, o temido Alzheimer, também é uma sequela de uma disfunção nutricional. Vamos às explicações. O diabetes tipo 3 A doença de Alzheimer foi descrita pela primeira vez em 1906. De lá para cá, o Alzheimer pairou como um mistério para a medicina. A expectativa de vida cresceu e as famílias começaram a conviver cada vez mais com pessoas que iam perdendo a sua capacidade de lembrar e a sua identidade. Mas, ainda que o acúmulo de casos mostrasse ser bem possível que a doença tinha um fator hereditário importante, não eram claras as evidências sobre o que ocorria no cérebro das pessoas que tinham a doença. Mais do que isso. Até bem pouco tempo, faltavam indicadores sobre o que potencializava o risco de desenvolver Alzheimer. E quando a gente não sabe o que causa, é muito difícil falar sobre prevenção. Além disso, quando a indústria farmacêutica não consegue desenvolver medicamentos para tratar as sequelas de qualquer doença, o discurso disseminado é que tal problema não 33 tem solução. Essa foi a história do Alzheimer, problema de saúde que rouba a nossa memória. A boa notícia é que este enredo começa a mudar. E para isso você precisa tomar atitudes hoje. O Alzheimer acomete inicialmente a parte do cérebro que controla a memória, o raciocínio e a linguagem. Pesquisadores já identificaram que no cérebro dos doentes há maior concentração da proteína beta-amiloide, sendo ela o indicador de que a sua capacidade de lembrar está em situação de destruição. É esta proteína que apresentou um elo importante entre Alzheimer e diabetes. As pesquisas mais recentes indicam que a glicose elevada no sangue pode aumentar rapidamente os níveis de beta-amiloide, abrindo o caminho para todos os fenômenos cerebrais que resultam na perda de memória e funções cognitivas. Além disso, os ensaios científicos também mostraram outras conexões entre as doenças. Partículas tóxicas típicas da doença de Alzheimer (as ADDLs) deixam os neurônios resistentes à insulina e isso prejudica a 34 transmissão de dados entre eles. Tantas semelhanças entre excesso de glicose e resistência à insulina deram ao Alzheimer o codinome de diabetes tipo 3. Mais do que isso. Estes ensaios permitiram a abertura de uma estrada única. O que protege as sequelas mais desastrosas do diabetes também vai prevenir o adoecimento cerebral. Incrível, não? Vamos, então, às recomendações para além da alimentação… Os cinco “medicamentos naturais” para os três tipos de diabetes Se você adotar uma dieta cetogênica, não tenho dúvida, você irá saborear melhoras em suas chances de prevenir e até reverter o diabetes. Mas também é sabido que, para estimular e potencializar a mudança alimentar é preciso investir na suplementação otimizada. Por este motivo, listei os “medicamentos naturais” mais essenciais para quem quer vencer o diabetes. 35 #1: Do sol para reduzir a sua doença Não há mais dúvidas de que vivemos uma verdadeira pandemia de deficiência de vitamina D3. Mesmo no Brasil, onde a luz e a intensidade da radiação do Sol são abundantes, a estimativa dos especialistas é de que 80% da população esteja em risco de apresentar níveis insuficientes da substância. E para os portadores de diabetes a D3 é ainda mais fundamental. Primeiro porque a sua interação com todas as células do organismo e reforço do sistema imunológico. Pesquisadores também estão convencidos de que a vitamina D ajuda no controle das taxas 36 de açúcar do sangue e faz parte do processo de reorganizar a distribuição de cálcio no organismo. Por isso, especialmente se você já tem mais de 45 anos, converse com o seu médico sobre a reposição. Os praticantes da medicina integrativa costumam indicar entre 5 e 10 mil unidades de vitamina D por dia, sempre associadas a 100 mcg de vitamina K2 para evitar que o cálcio se deposite nas artérias. As dosagens são sempre individualizadas e precisam ser discutidas com o profissional de saúde. #2: Invista no ômega 3 37 de açúcar do sangue e faz parte do processo de reorganizar a distribuição de cálcio no organismo. Por isso, especialmente se você já tem mais de 45 anos, converse com o seu médico sobre a reposição. Os praticantes da medicina integrativa costumam indicar entre 5 e 10 mil unidades de vitamina D por dia, sempre associadas a 100 mcg de vitamina K2 para evitar que o cálcio se deposite nas artérias. As dosagens são sempre individualizadas e precisam ser discutidas com o profissional de saúde. #2: Invista no ômega 3 Este ácido graxo se faz necessário na alimentação pois, além da ação anti- inflamatória, ele age na comunicação neuronal, diminuindo a resistência à insulina. Para você ter uma ideia de sua eficácia, uma pesquisa realizada pela Universidade de Valência, na Espanha, analisou o consumo de peixe em 945 pessoas entre 55 e 80 anos com alto risco cardiovascular. Foi descoberto que o consumo de peixe, rico em ômega 3, está associado a menor incidência de diabetes tipo 2 e a diminuição da concentração de glicose. Outro estudo publicado pela Universidade de Harvard notou que o ômega 3 previne o diabetes tipo 2, uma vez que aumenta os níveis de um hormônio chamado adiponectina que atua na regulação do açúcar no sangue e em processos inflamatórios. Boa parte dos especialistas defende como segura uma porção que varia de 2 a 4 gramas de ômega 3 por dia. 38 #3: Amplie a ingestão de magnésio Este nutriente tem papel central na secreção e na ação da insulina. No livro “Magnésio, o que ele pode fazer por você”, escrito por Arnoldo Velloso da Costa, está a seguinte explicação: “O sódio (consumido em muito excesso em nossa alimentação atual) diminui o nível celular do magnésio. A glicose diminui o nível celular do magnésio. A gravidez diminui o nível celular do magnésio(um dos motivos do diabetes gestacional ser desencadeado). 39 O envelhecimento diminui o nível celular do magnésio. A insulina aumenta o magnésio no sangue, mas causa perda aumentada de magnésio na urina, levando à posterior deficiência de magnésio e aumento de cálcio no meio intracelular. O captopril (popular medicamento usado pelas pessoas com pressão alta) aumenta o magnésio intracelular… …Infelizmente, todos os conceitos clínicos sobre síndrome metabólica, se tornaram correntes sem levar em conta o fundamento nutricional de déficit de magnésio celular. Este sim é um denominador comum de todas as variantes da síndrome metabólica”. Trocando em miúdos, o que indico é que você aumente o seu consumo de magnésio. E isso só é viável por meio da suplementação (mais uma vez, é importante você discutir com o médico que te acompanha a dosagem ideal para você suplementar). O ideal é que o magnésio seja suplementado na forma quelada, ou seja, magnésio quelado com glicina. O consumo médio indicado é de 500 mg por dia, mas precisa sempre ter a dosagem avaliada em cada caso. 40 Além disso, existem as fontes naturais de magnésio que sempre devem fazer parte do seu cardápio diário, como os vegetais e as hortaliças verdes. Faça com que elas estejam presentes no seu almoço e jantar, religiosamente. #4: O cromo e seu efeito anti- diabético O cromo é outro nutriente importante na construção de um ex-diabético. Umas das principais funções do cromo é o de efetivar o efeito da insulina. O problema é que, de acordo com o artigo a Scientific Review: The Role Of Chromium In Insulin Resistance, pacientes portadores de diabetes tipo 2 apresentam deficiência desse nutriente. 41 A falta desse mineral pode levar a sérios danos aos sistemas dependentes de insulina, que é responsável por elevar os níveis de glicose no sangue. Por estes motivos, sua suplementação é indicada, ainda mais em que decidiu promover mudanças de hábitos alimentares. A literatura recomenda de 500 mcg, sempre alinhada e acertada com o profissional de saúde que acompanha o seu caso. #5: Uma dupla B de vitaminas essenciais Você já sabe que medicamentos como a metformina reduzem os seus níveis de vitamina 42 B12. Outro estudo, publicado pelo Journal of Internal Medicine no ano de 2003 verificou que o tratamento com metformina por 16 semanas reduziu tanto os níveis de vitamina B12, quanto de vitamina B9 (ácido fólico). De acordo com a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) 40% da população americana tem níveis marginais de vitamina B12 e 9% já está deficiente desta vitamina. A questão é que essas duas vitaminas também protegem o cérebro e a concentração da proteína beta-amiloide, sendo ideais para afastar o diabetes tipo 3, já conhecido por você. As fontes naturais de B12 são peixes de águas frias e profundas, fígado, queijos de animais criados a pasto, carne de porco e ostras. Já os alimentos ricos em B9 são, principalmente, os vegetais verdes: couve, salsinha, couve de Bruxelas, brócolis, espinafre. A suplementação, sempre individualiza, quando necessária fica entre 500 mcg de B12 ao dia e 50 mg de B9 ao dia para os diabéticos. Capítulo 4 Guia de uso: aplique as soluções na sua rotina 45 Aqui, compartilho com você a sugestão de suplementação para que você fale com o seu médico. Importante: eu não apoio a interrupção de qualquer tratamento sem o consentimento do seu médico. Todos os medicamentos, incluindo o de diabetes, precisam ser retirados com segurança e na avaliação caso a caso. Se você sente vontade de diminuir a sua dependência de medicamentos, converse com o profissional que te acompanha. Leve alguns dos estudos que teve acesso aqui e, junto com ele, trace o melhor caminho para você. Segue abaixo uma tabela sugestiva e representativa do que pode ser feito. Mas só adote se você tiver respaldo para o uso. 46 E não se esqueça de basear a sua alimentação nessa pirâmide: 47 Referências bibliográficas - Diabetes.co.uk https://www.diabetes.co.uk/diabetes- medication/forxiga-dapagliflozin.html - FDA.org https://www.fda.gov/drugs/drug- safety-and-availability/fda-drug-safety- communication-fda-adds-warnings- about-heart-failure-risk-labels-type-2- diabetes#targetText=Untreated%2C%20 type%202%20diabetes%20can,and%20 alogliptin%2Dcontaining%20Medicines). - Ther Adv Endocrinol Metab. 2015 Apr; 6(2): 61–67. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/ PMC4406879/ - Journal of Research in Medical Sciences : the Official Journal of Isfahan University of Medical Sciences [01 Nov 2014, 19(11):1019- 1026] https://europepmc.org/abstract/ med/25657744 - BMC Med. 2016 Sep 30;14(1):150. https://bmcmedicine.biomedcentral.com/ articles/10.1186/s12916-016-0693-4 - J Intern Med. 2003 Nov;254(5):455-63. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1046/ j.1365-2796.2003.01213.x 48
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