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[Administração Farmacêutica] Apostila

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1 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS
2 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Este  material  é  parte  integrante  da  disciplina  “Administração  de  Farmácias  e 
Drogarias” oferecido pela UNINOVE. O acesso às atividades, as leituras interativas, 
os exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem 
ser feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.
3 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Sumário 
AULA 01 • HISTÓRIA DA FARMÁCIA.............................................................................................7 
Introdução ...................................................................................................................................7 
Breve História da Medicina..........................................................................................................8 
Medicina Egípcia .........................................................................................................................9 
Medicina Grega ...........................................................................................................................9 
Medicina Romana......................................................................................................................10 
Medicina Islâmica......................................................................................................................10 
Medicina no Renascimento .......................................................................................................11 
A Química na Medicina..............................................................................................................11 
A separação da Farmácia da Medicina......................................................................................12 
A História da Farmácia no Brasil – da botica à farmácia............................................................12 
Novo Ciclo da Farmácia – Do Boticário ao Farmacêutico ..........................................................13 
Exercícios..................................................................................................................................15 
AULA 02 • ADMINISTRAÇÃO .......................................................................................................16 
Histórico ....................................................................................................................................16 
A Necessidade da Administração ..............................................................................................17 
Processo Administrativo ............................................................................................................17 
Planejamento ............................................................................................................................18 
Organização..............................................................................................................................19 
Direção......................................................................................................................................20 
Controle.....................................................................................................................................21 
Exercícios..................................................................................................................................21 
AULA 03 • ADMINISTRAÇÃO ­ HABILIDADES DO ADMINISTRADOR / FILOSOFIAS 
ADMINISTRATIVAS......................................................................................................................23 
Introdução .................................................................................................................................23 
Habilidades Administrativas.......................................................................................................23 
Habilidades Administrativas...................................................................................................23 
Filosofias Administrativas ..........................................................................................................25 
Administração Flexível...............................................................................................................27 
Exercícios..................................................................................................................................28 
AULA 04 • RAMOS DE ATIVIDADE E TIPOS DE NEGÓCIO........................................................30 
Introdução .................................................................................................................................30 
Ramos de Atividade ..................................................................................................................30 
As empresas podem ser divididas em: ..................................................................................30 
Tipos de Negócios.....................................................................................................................31 
Franquia ....................................................................................................................................31 
Vantagens e desvantagens ...................................................................................................32 
Empresa Familiar ......................................................................................................................33 
Principais características .......................................................................................................33 
Pontos fortes .........................................................................................................................34 
Pontos fracos (na fase de transição para a 2ª geração).........................................................34 
Sucessão: Variáveis que afetam o processo de sucessão.....................................................35 
Exercícios..................................................................................................................................36 
AULA 05 • CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR E COMEÇANDO A MONTAR UMA 
FARMÁCIA....................................................................................................................................38 
Introdução .................................................................................................................................38 
Características do empreendedor..............................................................................................38
4 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Conjunto de realização..............................................................................................................39 
Conjunto de planejamento.........................................................................................................40 
Conjunto de poder.....................................................................................................................40 
Começando a Montar uma Farmácia/ Drogaria .........................................................................41 
• Legislação específica ..............................................................................................................44 
Algumas leis que o futuro empreendedor deve conhecer: .....................................................45 
Registros Necessários:..........................................................................................................45 
Exercícios..................................................................................................................................46 
AULA 06 • INVESTIMENTO INICIAL, CUSTOS E DESPESAS.....................................................48 
Investimento ..............................................................................................................................48 
Investimento inicial....................................................................................................................49 
Custos.......................................................................................................................................50 
Exercícios..................................................................................................................................53 
AULA 07 PREÇO DE VENDA, LUCRO, MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E PONTO DE 
EQUILÍBRIO..................................................................................................................................54 
Preço de venda .........................................................................................................................54 
Qual a diferença? ......................................................................................................................55 
Lucro é o que sobra...................................................................................................................55 
Margem de contribuição ............................................................................................................56 
Ponto de equilíbrio.....................................................................................................................58 
Exercícios..................................................................................................................................59 
AULA 08 • GESTÃO DE COMPRAS E ESTOQUES .....................................................................61 
Compras....................................................................................................................................61 
Controle de Estoque..................................................................................................................62 
Exercícios..................................................................................................................................65 
AULA 09 • GESTÃO DE COMPRAS E ESTOQUES • CURVA ABC..............................................66 
Itens de Farmácia e Drogaria ....................................................................................................66 
Grupo de medicamentos ...........................................................................................................66 
Grupo de produtos de perfumarias ............................................................................................66 
O uso da curva ABC..................................................................................................................68 
A Técnica ABC..........................................................................................................................69 
Classificando os Estoques e Determinando Prioridades............................................................71 
Exercícios..................................................................................................................................73 
AULA 10 • FLUXO DE CAIXA .......................................................................................................75 
E o que é o Fluxo de Caixa?......................................................................................................75 
Para que serve o relatório de Fluxo de Caixa? ..........................................................................76 
Modelo de Relatório para Fluxo de Caixa ..............................................................................77 
Como posso Interpretar esse Relatório? ...................................................................................78 
Por que há colunas de Previsto e Realizado? ...........................................................................79 
Como começar a Montar e Gerenciar o Relatório de Fluxo de Caixa? ......................................80 
Exercícios..................................................................................................................................81 
AULA 11 • ASPECTOS LEGAIS • NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO FARMACÊUTICA .......................82 
Farmácia Homeopática..............................................................................................................84 
No que a Drogaria Difere da Farmácia? ....................................................................................85 
Algumas Exigências Legais.......................................................................................................85 
Licença de Funcionamento........................................................................................................87 
Fiscalização...............................................................................................................................87 
Substâncias e Medicamentos Sujeitos a Controle Especial.......................................................88 
Exercícios..................................................................................................................................89 
AULA 12 • CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA: EMPRESÁRIO & SOCIEDADE EMPRESÁRIA .......91 
Empresário e sociedade empresária .........................................................................................92 
Empresário ............................................................................................................................92
5 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Sociedade Empresária ..........................................................................................................92 
Idade mínima para ser empresário ............................................................................................92 
Código de defesa do consumidor ..............................................................................................93 
A escolha do ponto para instalação da empresa .......................................................................93 
Corpo de bombeiros ­ vistoria do imóvel....................................................................................94 
Contrato de locação comercial ..................................................................................................95 
Exercícios..................................................................................................................................96 
AULA 13 • PROCESSO DE ABERTURA DE EMPRESA ..............................................................97 
Constituição de sociedade empresária ......................................................................................97 
Registro de empresário ...........................................................................................................101 
Contratação de empregado .....................................................................................................101 
Terceirização de serviços........................................................................................................102 
Exercícios................................................................................................................................103 
AULA 14 • PROCESSO DE ABERTURA DE EMPRESA • TRIBUTAÇÃO E ENCARGOS SOCIAIS 
....................................................................................................................................................105 
IRPJ ­ Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas ....................................................................106 
CSLL • 0149 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido..........................................................106 
Outros encargos e taxas devidos pelas empresas em geral....................................................108 
Contribuição sindical patronal..................................................................................................108 
Contribuição sindical dos empregados ....................................................................................108 
Obrigações acessórias ............................................................................................................108Encerramento da empresa ......................................................................................................109 
A importância do contabilista (contador)..................................................................................110 
Exercícios................................................................................................................................111 
AULA 15 • MATEMÁTICA FINANCEIRA ­ JUROS E CAPITALIZAÇÃO SIMPLES......................113 
Conceito de juro, capital e taxa de juros ..................................................................................113 
Juros....................................................................................................................................113 
Capital .....................................................................................................................................114 
Taxa de Juros..........................................................................................................................115 
Capitalização simples..............................................................................................................116 
Conceito: .............................................................................................................................116 
Cálculo dos Juros....................................................................................................................116 
Montante e Valor Atual ........................................................................................................118 
Exercícios................................................................................................................................120 
AULA 16 • MATEMÁTICA FINANCEIRA • CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA.................................121 
Capitalização composta: montante (valor futuro) e capital inicial (valor presente) para 
pagamento único.....................................................................................................................121 
Exercícios................................................................................................................................126 
AULA 17 • SÉRIE DE PAGAMENTOS ­ INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS ....................127 
Situação 1 ...............................................................................................................................127 
Situação 2 ...............................................................................................................................127 
Séries de Pagamentos Noções sobre Fluxo de Caixa em Matemática Financeira...................128 
Série de Pagamentos ..............................................................................................................131 
Calculando a Prestação a partir do Valor Futuro .....................................................................137 
Calculando Financiamentos ....................................................................................................138 
Cálculo da Prestação a partir do Valor Presente .....................................................................140 
Exercícios................................................................................................................................142 
AULA 18 • CATEGORIAS DE MEDICAMENTOS COMERCIALIZADAS EM FARMÁCIAS E 
DROGARIAS...............................................................................................................................143 
Retrato do Mercado de medicamentos no Brasil .....................................................................143 
Correlatos................................................................................................................................143 
Categorias de medicamentos industrializados comercializados em Farmácias e Drogarias ....144
6 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Comercialização de Medicamentos quanto à Prescrição Médica ............................................144 
Comercialização de Medicamentos quanto ao Registro ..........................................................146 
Homeopáticos .........................................................................................................................146 
Fitoterápicos............................................................................................................................147 
Substâncias quimicamente definidas.......................................................................................147 
Medicamento de Referência ................................................................................................147 
Medicamentos Genéricos ....................................................................................................148 
Medicamento similar............................................................................................................148 
Exercícios................................................................................................................................149 
AULA 19 • ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA INTEGRAL............................................................150 
Saúde como Direito .................................................................................................................150 
Assistência Farmacêutica........................................................................................................151 
Assistência Farmacêutica na Prática .......................................................................................151 
Assistência Farmacêutica na rede privada de farmácias e drogarias.......................................152 
Farmácias: espaços de atendimento à saúde..........................................................................152 
Não custa lembrar ...................................................................................................................153 
Atenção Farmacêutica.................................................................................................................153 
Uma prática exclusiva da profissão farmacêutica ....................................................................154 
Atenção Farmacêutica e a necessidade da permanência do Farmacêutico nos estabelecimentos 
................................................................................................................................................154 
Exercícios................................................................................................................................155 
AULA 20 • FARMACOVIGILÂNCIA .............................................................................................156 
Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos ..............................................................156 
A Pesquisa e o Desenvolvimento ............................................................................................157 
Pesquisa Básica......................................................................................................................157 
Pesquisa Pré­Clínica ...........................................................................................................157 
Pesquisa Clínica..................................................................................................................158 
Farmacovigilância....................................................................................................................158 
Reações Adversas a Fármacos (RAF) ....................................................................................159 
O Farmacêutico e a Farmacovigilância....................................................................................159 
A Importância das Comunicações das RAF.............................................................................160 
Meios de Comunicação das RAF ............................................................................................160 
Exercícios................................................................................................................................161BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................................162
7 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
AULA 01 • HISTÓRIA DA FARMÁCIA 
Introdução 
A disciplina de Administração de Farmácias e Drogarias tem por objetivo capacitar o aluno 
a  entender  as  ferramentas  básicas  para  gerir  (algumas pessoas preferem  o  termo  administrar) 
uma Farmácia ou uma Drogaria. 
Segundo  Korolkovas  (1988),  à  Farmácia  (como  ramo  do  conhecimento)  compete  criar, 
fabricar e dispensar medicamentos. Nisso, ela assemelha­se a uma oliveira. As raízes e o tronco 
representam a atividade científica; os  ramos, o desenvolvimento e a  fabricação;  e as olivas,  as 
receitas  individuais. O  farmacêutico  não  pode nem  deve  abandonar nenhuma  dessas  áreas  de 
seu exercício profissional. 
Ainda  segundo  o  autor,  as  cinco  disciplinas  básicas  do  currículo  farmacêutico  são:  a 
Química Farmacêutica, a Farmacognosia, a Farmacologia, a Farmacotécnica e a Administração 
Farmacêutica. As três primeiras, que se assemelham a raízes e tronco da oliveira, despertam sua 
criatividade  científica.  Na  Farmacotécnica,  representada  pelos  ramos,  aprendem  o 
desenvolvimento  e  a  fabricação  de  medicamentos.  E  na  Administração  Farmacêutica,  que  é 
comparada a olivas, adquirem conhecimentos referentes à dispensação de medicamentos. 
Entendemos,  portanto,  que  a  Administração  de  Farmácias  e  Drogarias  é  um  capítulo 
dentro  da  Administração  Farmacêutica  que  irá  abordar  temas  como  teorias  de  administração, 
técnicas de fluxo de caixa, gestão de estoque, custos e ponto de equilíbrio, noções de matemática 
financeira,  e  noções  de  contabilidade.  Não  devemos  esquecer,  contudo,  que  Farmácias  e 
Drogarias,  apesar  de  poder  ser  consideradas  como  estabelecimentos  comerciais,  vendem 
medicamentos, que são produtos com características especiais, pois são utilizados para curar as 
pessoas, ou seja, estão relacionadas com a saúde da população. 
Portanto estes estabelecimentos não devem ser encarados apenas como mais um tipo de 
comércio, e sim como locais onde se pratica a saúde, e devido a essa relação com a promoção 
da saúde, as Farmácias e Drogarias  irão possuir uma série de características próprias, estando 
sujeitas a regras especiais e legislação específica. 
Por  isso  uma  atenção  especial  será  dada  a  temas  como  Assistência  e  Atenção 
Farmacêutica,  Noções  de  Legislação  Farmacêutica,  Farmacovigilância,  Categorias  de
8 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Medicamentos,  Produtos  Controlados,  para  poder  apresentar  a  você  toda  a  nomenclatura  e 
definições próprias da área farmacêutica. 
Antes  de  iniciarmos  os  temas  específicos  desta  disciplina,  devemos  lembrar  que 
anteriormente ao surgimento do modelo que conhecemos atualmente de Farmácias e Drogarias, 
muita  história  aconteceu.  Desde  o  desenvolvimento  do  atual  conceito  de  saúde,  até  o  próprio 
surgimento de estabelecimentos comerciais, pois no início da civilização não existia dinheiro, mas 
nem por isso as pessoas deixavam de ficar doentes e procurar alguma forma de se curar. Vamos 
ver um pouco desta história. 
Breve História da Medicina 
Nos  tempos  pré­históricos,  as  pessoas  acreditavam  que  a  doença  era  causada  pelos 
deuses quando zangados ou por espíritos maus. Para curar os enfermos, os deuses tinham de ser 
apaziguados ou  tinham que expulsar os espíritos diabólicos do corpo do doente. Com o  tempo, 
essa  tarefa  tornou­se  competência  dos  primeiros  “médicos”  –  os  sacerdotes  das  tribos  –,  que 
procuravam conciliar os deuses ou expulsar os demônios. 
Provavelmente o homem pré­histórico  também descobriu que muitas plantas podiam ser 
usadas  como  remédios.  Por  exemplo,  o  uso  da  casca  de  salgueiro  para  aliviar  dores  data 
possivelmente de milhares de anos. 
Esses sacerdotes deram início às Ciências da Saúde; obviamente ainda não existia uma 
divisão  de  “tarefas”  por  especialidades,  ou  seja,  não  existia  o  conceito  claro  de  profissionais 
especializados.  Na  pessoa  do  sacerdote  estavam  embutidos  o  médico,  o  farmacêutico  e  o 
psicólogo,  entre  outros.  Com  a  evolução  do  conhecimento,  surge  a  necessidade  da 
especialização, e a separação das atividades específicas da cada profissão começa a ficar mais 
clara. 
O  termo Medicina  acaba  se  tornando  sinônimo  de  Saúde,  mas  ele  deve  ser  entendido 
muito mais  como o guarda­chuva que engloba  todas as atividades  relacionadas  às  práticas  de 
saúde. 
Vamos ver agora, dentro desta visão, um pouco da evolução da história da Medicina nos 
diversos povos que contribuíram decisivamente na formação de nossa civilização.
9 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Medicina Egípcia 
Cerca  de  3000  a.C.,  os  egípcios  desenvolveram  uma  das  primeiras  civilizações  e 
inventaram um dos primeiros sistemas de escrita. 
Pouco  depois  do  ano  3000  a.C.,  também  começaram  a  fazer  importantes  progressos 
médicos.  Grande  parte  desses  progressos  chega  até  os  dias  atuais  através  de  antigos 
manuscritos (chamados de papiros) egípcios. 
O primeiro médico do mundo de que se tem notícia  foi o egípcio  Imhotep, que viveu em 
torno de 2000 a.C. Os egípcios adoraram­no depois como o deus da saúde. 
Medicina Grega 
A civilização da Grécia antiga atingiu seu auge no século V a.C., quando Empédocles de 
Agrigento  começou  a  ensinar que a  vida provinha  de quatro  elementos:  terra,  ar,  fogo  e  água. 
Também defendia que estes elementos correspondiam a quatro humores do corpo – bílis negra, 
sangue, bílis amarela e fleuma. Os médicos gregos começaram a  trabalhar no princípio de que 
uma boa saúde dependia do equilíbrio certo entre estes quatro humores. Portanto esta teoria foi o 
primeiro conceito real, de que a causa da doença é natural mais do que sobrenatural, e dominou a 
medicina no Oriente por cerca de dois mil anos. Hoje, ainda falamos de alguém estar bem ou mal­ 
humorado. 
Hipócrates  (460­370  a.C.),  que  é  considerado  o  “Pai  da  Medicina”,  deu  um  excelente 
exemplo com os seus métodos, os quais envolviam o estudo de relação individual do paciente a 
uma  doença,  e  a  utilização  dos  poderes  curativos  do  próprio  paciente  para  corrigir  algum 
desequilíbrio.  O  tratamento  era  ajustado  ao  indivíduo  e  envolvia  dieta,  massagens,  tratamento 
com água e repouso. 
Por volta do século III a.C. foi feita por Teofrasto uma descrição de 455 plantas medicinais. 
Trata­se  provavelmente  de  primeira  flora  ocidental,  e  incluía  muitas  plantas  medicinais  ainda 
utilizadas nos dias de hoje.
10 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Medicina Romana 
A medicina romana combinou os tratamentos de Hipócrates com uma mistura de magia e 
religião. 
Ao construir uma rede de esgotos por volta do século VI a.C. e estabelecer a  limpeza da 
água, os romanos imprimiram um avanço surpreendente nos cuidados preventivos de saúde. 
Três homens dominaram a medicina  romana nos primeiros duzentos anos da era  cristã. 
Celso, Dioscórides e Galeno. 
Celso escreveu um guia prático de medicina, que incluía minerais usados pelos egípcios, 
tais como mercúrio, arsênio e chumbo. 
Dioscórides  catalogou  600  plantas,  com  descrições  de  como  escolher  e  armazenar  as 
mesmas. Nas suas citações, descreve como aplicar o salgueiro­branco (uma das primeiras fontes 
da aspirina) para a dor. 
Galeno  usou  nos  seus  tratamentos  misturas  que  foram  consideradas  abençoadas. 
Inventou complicadas misturas de ervas conhecidas por galênicas, que eram vendidas a um preço 
elevado  como  cura­tudo  (até  hoje  o  termo  Farmácia  Galênica  é  utilizado  como  sinônimo  de 
Manipulação Farmacêutica). 
Medicina Islâmica 
Do  ano 400  d.C.,  aproximadamente,até o  final do  século  XV,  o  império muçulmano do 
sudeste e centro da Ásia trouxe grandes contribuições à medicina. 
Razes, um médico persa do final do século IX e início do século X, escreveu as primeiras 
observações sobre o sarampo e a varíola. 
Avicena,  médico  árabe  do  final  do  século  X  e  começo  do  século  XI,  escreveu  uma 
enciclopédia  médica,  intitulada  Cânon  da  Medicina,  que  resumia  o  conhecimento  médico  da 
época  e  descrevia  cuidadosamente  a meningite,  o  tétano  e muitas  doenças.  A  obra  tornou­se 
popular na Europa, onde influenciou a educação por mais de 600 anos. 
Uma série de epidemias assolou a Europa durante a Idade Média. Em meados do século 
IV, um terrível surto de peste bubônica, a que se deu o nome de peste negra, matou mais de ¼ da 
população  da Europa.  Surtos de  lepra  começaram  no  século  VI  e  alcançaram  seu máximo  no 
século XIII.
11 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Na  Índia,  a  medicina  de  Avicena,  baseada  no  sistema  grego  dos  humores,  é  ainda 
praticada sob o nome de Unani Tibb. 
Medicina no Renascimento 
O  renascimento  foi  o  movimento  cultural  dos  séculos  XV  e  XVI,  expressão  das 
transformações  sócio­econômicas  e  políticas  da  baixa  idade  média  européia.  Esse  movimento 
buscava  inspiração  na  antiguidade  clássica,  objetivando  assim  negar  os  valores  medievais 
incompatíveis com a nova realidade existente na Europa. 
A  chegada  do  conhecimento  bizantino,  a  recuperação  da  população  européia  da  peste 
bubônica,  as  viagens  de  Cristóvão  Colombo,  e  a  invenção  da  imprensa  estão  entre  os 
acontecimentos que contribuíram para novos estudos no Ocidente, da tradição médica que tinha 
sido mantida viva pelos curandeiros islâmicos. 
Aureolius  Philippus  Theophrastus  Bombastus  Von  Hoheenheim  (1493–1541),  que  se 
chamou a si próprio Paracelso, o que quer dizer “melhor do que Celso” (o médico romano), previu 
a descoberta de substâncias ativas nas plantas e considerou a doença como um acontecimento 
externo e não como um desequilíbrio de humores. 
A Química na Medicina 
Durante o século XVI, alguns médicos começaram a aplicar os conhecimentos de química 
no  tratamento  de  doenças.  Desde  os  primeiros  tempos,  existia  uma  das  formas  primitivas  da 
química chamada Alquimia. Esta prática antiga desenvolveu­se enquanto as pessoas aplicavam 
as teorias sobre a natureza para trabalhar o metal, na medicina e em outros ofícios. 
A química médica dos séculos XVI e XVII é chamada Iatroquímica. Os iatroquímicos foram 
os primeiros a estudar os efeitos químicos dos medicamentos no organismo. 
O  médico  suíço  Paracelso  pode  ser  considerado  o  primeiro  na  Iatroquímica.  Paracelso 
aceitava a crença de que o ar, a terra, o fogo e a água eram as quatro substâncias básicas. 
Os  iatroquímicos  não  entendiam  inteiramente  como  os  medicamentos  afetavam  o 
organismo, mas seu trabalho desenvolveu o interesse pela química do organismo. À medida que 
os  cientistas  aprendiam  mais  sobre  medicina,  gradualmente  iam  perdendo  o  interesse  pelas 
teorias nada práticas, até mesmo um pouco sobrenaturais, da alquimia.
12 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
A separação da Farmácia da Medicina 
Pelo que pudemos observar até agora, os médicos antigos englobavam várias atividades, 
notadamente eles não apenas atendiam os pacientes, mas também descobriam e preparavam as 
substâncias de propriedades curativas. Inclusive sendo os responsáveis pela sua venda. 
Essa situação começou a gerar conflitos de interesse econômico e conflitos éticos, pois o 
mesmo profissional que indicava a substância de propriedade curativa era quem preparava (nessa 
época ainda não existia a Indústria) e fazia a venda. 
Como  tentativa de  se  resolver esse  conflito,  encontrou­se  uma  solução  que  perdura até 
hoje  na  maioria  dos  países  –  o  profissional  médico  é  responsável  pelo  diagnóstico  e  pela 
prescrição,  e  o  profissional  farmacêutico  é  o  responsável  pela  preparação  (produção)  e  pela 
venda  (dispensação).  O  primeiro  registro  dessa  separação  data  de  1240  d.C.,  quando  por  um 
edital  de  Frederico  II,  imperador  da  Prússia,  A  Farmácia  foi  separada  da  Medicina,  que 
estabeleceu na mesma época um código de ética profissional. 
A História da Farmácia no Brasil – da botica à farmácia 
A casa comercial, ou  loja,  onde o público  se abastecia das drogas e medicamentos nos 
tempos coloniais, denominava­se “botica”. Também eram destinadas ao preparo e à distribuição 
de medicamentos aos doentes internados. 
“Botica” era ainda uma caixa de madeira ou de folha de flandres, de tamanho variado, que 
continha  as  drogas  e  medicamentos  mais  necessários  e  urgentes.  Ela  podia  ser  transportada 
facilmente  de  um  local  para  o  outro.  Com  boticas  dessas,  em  lombos  de  burro,  curandeiros 
ambulantes percorriam  as povoações  e  fazendas mascateando  “específicos”  para  o  tratamento 
dos animais. 
Antes disso,  porém,  junto  com o Primeiro Governador Geral do Brasil,  Tomé  de Souza, 
veio o primeiro boticário do Brasil, Diogo de Castro, então formado pela já festejada Universidade 
de  Coimbra.  No  Brasil,  os  jesuítas  costumavam  manter  em  seus  acampamentos,  em  regiões 
distantes, uma botica, dando lugar, com o tempo, às tradicionais boticas anexas aos colégios, que 
inicialmente serviram somente para atender aos membros das companhias e aos estudantes. Aos 
poucos,  as  boticas  jesuítas  passaram  ao  povo  em  geral,  que  as  preferia,  ao  invés  daquelas 
dirigidas por meros comerciantes que costumavam errar no aviamento das receitas e não tinham 
escrúpulos em substituir as drogas prescritas.
13 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
A utilização da expressão botica para farmácia e boticário para o farmacêutico vem desde 
o  descobrimento  do  Brasil,  perdurando  até  a  terceira  década  do  século  XIX;  nessa  época  o 
profissional,  à  vista  do  doente,  manipulava  e  produzia  os  medicamentos,  de  acordo  com  a 
farmacopéia e a prescrição dos médicos. 
As ordenações do Reino, primeiro contexto legislativo a vigorar no Brasil, já no século XVI, 
impunham regulamentos à matéria, estabelecendo que a distribuição de drogas era privativa de 
“boticários”,  mas  tal  regulamentação  não  podia  surtir  efeitos,  porque  qualquer  pessoa,  mesmo 
analfabeta ou imbuída de interesses puramente lucrativos, podia, com relativa facilidade, obter do 
Comissário  Físico­Mor  a  “carta  de  aprovação”  como  boticário,  ficando,  portanto,  habilitado  a 
exercer o comércio de drogas e medicamentos. Tal comércio era exercido juntamente com outras 
atividades  num  mesmo  estabelecimento.  Em  1774,  foi  outorgado  o  regimento  chamado 
historicamente de  “Regimento 1774”, o qual proibia  terminantemente a distribuição de drogas e 
medicamentos  por  estabelecimentos  não  habilitados,  fixando  multas  e  apreensão  de  estoques 
para o caso de descumprimento; criava a figura do profissional responsável; exigia a existência de 
balanças,  pesos,  medidas,  medicamentos  galênicos,  produtos  químicos,  vasilhames  e  livros 
elementares nas boticas, e criava a fiscalização sobre o estado de conservação das drogas e dos 
vegetais medicinais. Apesar de o regimento, baixado em 16 de maio de 1744, ser um modelo de 
legislação médico­farmacêutica, ele não foi cumprido. 
Novo Ciclo da Farmácia – Do Boticário ao Farmacêutico 
Com  a  mudança  da  sede  da  Monarquia  de  Portugal  para  o  Brasil,  os  panoramas  da 
medicina e da farmácia melhoraram bastante. 
Estando  na  Bahia,  o  príncipe  regente  D.  João  criou,  através  da  carta­régia  de  18  de 
fevereiro de 1808 e por sugestão do cirurgião­mor do reino, Dr. José Correia Picanço, a “Escola 
de Cirurgia” no Hospital Real Militar, que funcionava no antigocolégio dos jesuítas. Chegando ao 
Rio de Janeiro em 7 de março,  já aos 2 de Abril de 1808, o príncipe nomeia Joaquim da Rocha 
Mazaréu Primeiro cirurgião da nau “Príncipe Real” em sua fuga para o Brasil. 
Os  jesuítas  sempre  que  instalavam  um  Colégio  escolhiam  um  “Irmão”  que  seria 
responsável em preparar os remédios. Dentre os Irmãos destinados ao sul do país, um 
se chamava José de Anchieta, futuro apóstolo e santo do Brasil. José da Anchieta foi o 
responsável  pela  botica  em  São  Paulo,  sendo  considerado  o  primeiro  boticário  de 
Piratininga.
14 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Essas  incipientes  “cadeiras”  de  anatomia  e  cirurgia  seriam  os  núcleos  das  academias 
médico­cirúrgicas  da  Bahia  e  do  Rio  de  Janeiro  e  dariam  origem  em  1832  às  faculdades  de 
medicina.
Neste último ano foi que se criou oficialmente o curso da farmácia, com duração de três 
anos, anexo às faculdades de medicina, recebendo os diplomados o título de farmacêutico. 
Em 4 de abril de 1839, o governo provincial de Minas Gerais fundava em sua capital Ouro 
Preto uma escola de farmácia, pioneira para o ensino exclusivo da profissão no país. Decorrida 
pouco  mais  da  metade  do  século,  surgiram  mais  duas  escolas  para  o  ensino  autônomo  de 
farmácia: a escola de Porto Alegre, em 1896 e, logo a seguir, a de São Paulo, em 11 de fevereiro 
de 1898. 
O surgimento destas e de novas escolas de farmácia no país com currículos atualizados foi 
o  primeiro  passo  concreto  para  se  criar  uma  indústria  farmacêutica  nacional,  uma  vez  que  a 
indústria farmacêutica moderna nasceu dos laboratórios de manipulação das farmácias nas quais 
atuava essa nova leva de profissionais formados no país. 
Desde  então,  com  o  advento  dos  farmacêuticos  formados  pelas  escolas  oficiais,  a 
legislação sanitária tem atribuído invariavelmente somente aos farmacêuticos diplomados o direito 
de  exercer  a  profissão  no  país,  tendo  por  escopo  a  preservação  da  saúde  e  o  bem­estar  da 
sociedade.  Dessa  forma  as  figuras  às  vezes  românticas  da  botica  e  do  boticário  foram 
substituídas  pela  Farmácia,  no  sentido  de  estabelecimento  comercial,  e  pelo  Farmacêutico  no 
sentido profissional. 
Já estamos no século XX (de 1901 a 2000), e a evolução da sociedade brasileira  traz à 
profissão  farmacêutica  novas  e  mais  rigorosas  legislações  específicas,  as  indústrias 
multinacionais  começam  a  se  instalar  no  país  principalmente  a  partir  da  década  de  30,  os 
medicamentos de origem vegetal perdem importância e os “remédios industrializados” começam a 
tomar  conta  das  prateleiras.  Novas  tecnologias  são  descobertas,  surgem  os  antibióticos...  A 
tradicional botica cede espaço às farmácias e drogarias. 
A realidade agora é outra, o comércio de remédios que sempre esteve diretamente ligado 
ao  exercício  da  profissão  farmacêutica,  no  século  XX,  com  o  surgimento  da  indústria  das 
farmácias, drogarias, passa então a exigir do farmacêutico conhecimentos outros além da parte 
técnica da profissão. O Farmacêutico precisa agora, principalmente para quem opta por atuar no 
comércio,  familiarizar­se  com  não  só  com  legislação  sanitária,  mas  também  com  legislação 
trabalhista, legislação tributária, gestão de pessoas, movimentação financeira, etc.
15 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Exercícios 
1. Leia atentamente as afirmações: 
I Com o aumento do conhecimento científico ocorreu um afastamento das ciências da saúde da 
religião. 
II  Com  a  divisão  da  Farmácia  da  Medicina,  a  dispensação  e  a  Produção  ficaram  sob  a 
responsabilidade de Farmacêutico e o Diagnóstico e a Prescrição  sob a  responsabilidade do 
Médico. 
III  No  início  das Ciências  da Saúde,  houve  época  em que na pessoa  do  sacerdote estavam 
embutidos o médico, o farmacêutico e o psicólogo, entre outros. 
Quanto às afirmativas acima podemos afirmar que: 
a) I, II e III estão corretas. 
b) I, II e III estão incorretas. 
c) Apenas I está correta. 
d) Apenas II está correta. 
e) Apenas III está correta. 
2.  “Com  o  surgimento  de  Faculdades  de  Farmácia  no  Brasil  a  partir  de  1839,  uma  série  de 
transformações ocorreram no exercício da profissão farmacêutica no país.” 
Com base na frase acima, qual a falsa? 
a) Esse foi o primeiro passo concreto para se criar uma indústria farmacêutica nacional. 
b)  Começou  a  desaparecer  no  Brasil  a  figura  do  Boticário,  sendo  substituído  pelo 
Farmacêutico formado. 
c) A  indústria  farmacêutica pôde utilizar  como mão­de­obra  farmacêuticos que atuavam em 
laboratórios de manipulação. 
d) Com o advento da  Industrialização e do Marketing, as drogas de origem vegetal ganham 
mais espaço nas prateleiras das Farmácias. 
e)  Desde  então,  com  o  advento  dos  farmacêuticos  formados  pelas  escolas  oficiais,  a 
legislação sanitária tem atribuído invariavelmente somente aos farmacêuticos diplomados 
o direito de exercer a profissão no país. 
Respostas dos Exercícios 
1. Leia atentamente as afirmações: 
RESPOSTA CORRETA: A 
2.  “Com o surgimento de Faculdades de Farmácia no Brasil a partir de 1839, uma série de transformações ocorreram no exercício da 
profissão farmacêutica no país.” 
Com base na frase acima, qual a falsa? 
RESPOSTA CORRETA: D
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
AULA 02 • ADMINISTRAÇÃO 
Histórico 
Como  vimos  na  evolução  da  história  da  medicina,  o  desenvolvimento  intelectual, 
econômico, político e social do ser humano proporcionou uma estruturação adequada dos grupos. 
Os indivíduos, desde o início da civilização, buscavam a preservação dos grupos, a racionalização 
e o aperfeiçoamento das ações e a melhoria das condições de vida. Assim, a sociedade se reuniu 
dando origem às organizações, cujas atividades se voltavam para a produção de bens e serviços. 
Hoje é fácil identificar essas organizações; as indústrias, por exemplo, produzem bens (ex.: 
vestuário, eletrodomésticos, etc.), e supermercados, hotéis, hospitais prestam serviços. Devemos 
imaginar,  entretanto,  que  o  formato  que  conhecemos  hoje  foi  sendo  aprimorado  através  dos 
tempos. No  início, a produção de bens era totalmente artesanal. Na Idade Média, um sapateiro, 
por  exemplo,  era  responsável  pelo  corte,  tratamento,  moldagem  do  couro  e  assim 
sucessivamente,  até  a  fabricação  completa de  um  sapato. E ainda se encarregava da  venda... 
Atualmente,  a  indústria  produz  sapatos  em  larga  escala  e  sua  venda  é  feita  por  lojas 
especializadas. Os tênis, por exemplo, são desenhados nos Estados Unidos, produzidos na Ásia e 
vendidos no mundo inteiro. 
As organizações são representações sociais que possuem objetivos conhecidos (missão, 
direção),  onde atuam pessoas  (grupamento  social)  utilizando  recursos,  incluindo  tecnologias de 
acordo com uma certa estrutura e organização para realizar tarefas específicas. 
Uma farmácia, por exemplo, é uma organização de natureza social e comercial que tem 
por finalidade prover produtos e serviços de saúde à população. 
Para  uma  organização  se  estabelecer  e  alcançar  seu  objetivo  é  essencial  uma 
administração eficaz. 
Como  já  estudamos,  as  farmácias  (estabelecimentos  comerciais)  evoluíram  desde  a 
separação da Farmácia da Medicina (profissão). O início se deu com os boticários, que viajavam 
levando seus produtos, passando pelas boticas, até chegar às farmácias e drogarias atuais. Elas 
evoluíram  desde  pequenos  grupos  (às  vezes  até  apenas  um  indivíduo)  estruturados 
informalmente  até  as  grandes  e  complexas  organizações  dos  dias  atuais.  As  modificações 
observadas  buscaram  sempre  a  adequação  dos  esforços  humanos,  procurando  atingir  os 
objetivos definidos  inicialmente. Para  tanto, a  farmácia deve ser administrada segundo critérios
17 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIASabsolutamente  adequados,  essencialmente  baseados  nos  pressupostos  que  caracterizam  a 
moderna administração empresarial. 
A Necessidade da Administração 
A administração é uma atividade complexa  imprescindível às organizações modernas. É 
uma técnica que trata de conduzir as organizações aos objetivos visados. 
A palavra administração é de origem  latina e  significa  “função que se desenvolve  sob o 
comando  de  outro,  um  serviço  que  se  presta  ao  outro”  (GOMES  e  REIS,  2000).  Portanto,  a 
administração  é  um  processo  de  planejar,  organizar,  liderar  e  controlar  os  esforços  realizados 
pelos membros da organização e o uso de todos os recursos organizacionais (materiais, humanos 
e financeiros) para alcançar os objetivos estabelecidos. 
Atualmente  se  verifica  uma  tendência  de  substituição  da  palavra  administração  por 
“gerência”  ou  “gestão”.  No  fundo,  elas  têm  o mesmo  significado,  ficando  seu  uso  vinculado  ao 
costume ou modismos. 
O termo “gerente”, tradicionalmente, está relacionado com posição e poder; nesta visão, o 
gerente é  responsável pelo  trabalho dos  subordinados. Com a evolução do  conceito,  o gerente 
passa a ser considerado o responsável pelo desempenho de pessoas. A definição mais adequada 
e  atual  de  gerente  está  vinculada  à  sua  responsabilidade  pela  aplicação  e  desempenho  do 
conhecimento. 
A gerência é a arte de pensar, de decidir e de agir; é a arte de fazer acontecer, de obter 
resultados. Resultados que podem ser definidos, previstos, analisados e avaliados, mas que têm 
de ser alcançados através de pessoas e numa interação humana constante. 
Processo Administrativo 
Um processo é um modo sistemático de fazer as coisas. A administração é um processo 
pelo  qual  todos  os  administradores,  independentemente  de  suas  aptidões  ou  habilidades 
particulares, participam de certas atividades inter­relacionadas visando a alcançar seus objetivos. 
Basicamente  as  funções  do  administrador  são:  planejamento,  organização,  direção  e 
controle. Quando consideradas como um todo, formam o processo administrativo. Estas funções 
estão presentes em todas as áreas funcionais e compõem o conjunto básico de atividades a ser 
desempenhadas por qualquer administrador.
18 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Pela análise de  cada uma dessas  funções, pode­se  ter  a  impressão de que o processo 
administrativo consiste em uma série de funções estanques. Na prática, elas tendem a se fundir, 
tornando o processo uma linha contínua de atividades. 
Existe  uma  inter­relação  constante  entre  as  funções  administrativas.  Portanto,  a 
organização,  a  direção e o  controle  não  têm  razão  de  ser  se  não  existir  um planejamento que 
estabeleça  para  quê  e  como  organizar,  em  que  direção  se  deve  caminhar,  e  o  que  se  deve 
controlar. 
Planejamento 
O Planejamento é uma função fundamental do administrador, pois abrange a escolha das 
alternativas  de  ação  e  determina,  também,  como  as  outras  funções  serão  executadas  para 
alcançar as metas estabelecidas. 
Planejar é a arte de elaborar o plano de um processo de mudança. É a forma de viabilizar 
uma idéia. Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados de modo a 
possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e ações necessárias, e tudo o mais 
que delas seja decorrente, no sentido de tornar possível alcançar os objetivos e metas desejados 
e nele preestabelecidos. 
O  planejamento  introduz  ordem  e  método  nas  atividades  e  transforma  em  rotinas 
disciplinadas a ação administrativa. Ele dirige e reduz o custo operacional, diminui o desperdício e 
a  improvisação,  prevê  os  elementos  necessários,  permite  a  conclusão  do  trabalho  no  tempo 
previsto e o aproveitamento eficaz dos recursos, eleva o moral do grupo e melhora a qualidade de 
produtos e  serviços. O planejamento  se  realiza apoiado em projetos. É a  forma de estabelecer 
objetivos  e  linhas  de  ação  adequadas  para  alcançá­los.  O  projeto  é  o  modelo  técnico  do 
planejamento. 
Assim,  a avaliação de um administrador pode ser  realizada de  forma contínua por meio 
dos critérios de eficácia e eficiência. 
A eficiência é a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar os objetivos da 
organização: “fazer as coisas de maneira certa”. Um administrador eficiente é aquele que obtém 
produtos, ou resultados compatíveis com o trabalho, material e tempo empregados. 
A eficácia, por sua vez, consiste em determinar os objetivos adequados: “fazer as coisas 
certas”.  Um  administrador  que  seleciona  um  objetivo  inadequado  é  um  profissional  ineficaz 
mesmo  que  os  produtos  ou  resultados  sejam  obtidos  com  o  máximo  de  eficiência.  “Nenhuma
19 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
quantidade de eficiência pode substituir a falta de eficácia”. A eficácia é a chave para o sucesso 
da organização. Assim, antes de podermos focalizar a eficiência, precisamos descobrir quais são 
as coisas certas a fazer. 
Organização 
Com a  finalidade de atingir objetivos, executar planos e possibilitar às pessoas  trabalhar 
eficientemente, as atividades precisam ser agrupadas de forma lógica e concessões de autoridade 
precisam  ser  feitas  de  modo  que  haja  desenvolvimento  do  trabalho.  Assim,  quando  surgir 
dificuldades ou conflitos, estes poderão ser entendidos e resolvidos. Portanto, a organização visa 
a arrumar e alocar o trabalho, de maneira a alcançar, eficientemente, os objetivos. 
A estrutura é o reflexo de como as atividades de uma instituição são divididas, organizadas 
e  coordenadas.  Proporciona  um  arcabouço  estável  que  ajuda  seus  membros  a  trabalhar  em 
conjunto para alcançar objetivos organizacionais. 
A  divisão  do  trabalho  é  a  decomposição  de  uma  tarefa  complexa  em  componentes,  de 
modo que os indivíduos sejam responsáveis por um subconjunto de atividades e não pela tarefa 
como  um  todo.  No  comércio,  por  exemplo,  podemos  ver  como  as  funções  foram  se 
especializando. No  início, uma pessoa atendia o  cliente desde o  começo até  cobrar  sua conta. 
Atualmente,  existem  recepcionistas,  atendentes,  vendedores,  caixas,  pacoteiros,  cada  um 
realizando uma etapa de uma tarefa única e complexa que é atender ao cliente. 
À medida que cresce a especialização dentro da divisão de trabalho, surge a necessidade 
de  departamentalização  ou  setorialização.  A  departamentalização,  ou  agrupamento  de  tarefas 
semelhantes e  logicamente conectadas, pode ser facilmente representada num organograma. O 
organograma  é  o  diagrama  da  estrutura  de  uma  organização,  e  como  estes  elementos  se 
relacionam.  A  especialização  de  um  mesmo  nível  hierárquico  é  demonstrada  por  meio  do 
crescimento horizontal do organograma.
20 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Direção 
A direção envolve a necessidade de conseguir que os membros da organização atuem de 
forma a ajudar a atingir os objetivos estabelecidos. Liderança é o processo de dirigir e influenciar 
nas atividades relativas às tarefas do grupo 
A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana e é essencial em todas 
as funções da administração. Porém, a  liderança é mais relevante na função de direção, aquela 
que toca mais de perto as pessoas. 
Liderança  não  deve  ser  confundida  com  direção.  Liderança  é  a  influência  interpessoal 
exercida numa situação e dirigida através de processo da comunicação humana à consecução de 
um ou de diversos objetivos específicos. Um bom dirigente deve ser um bom líder e, nem sempre, 
um bom líder é um bom dirigente. Os líderes devem estar presentes não apenas no institucional, 
mas em todos os níveis da organização e nos grupos informais de trabalho. 
A liderança pode ser estudada sob a ótica de três grupos de teorias: teorias de traçosde 
personalidade, teorias sobre estilos de liderança e teorias situacionais de estilos de liderança. 
A teoria de traços de personalidade nos diz que o líder é aquele que possui alguns traços 
específicos  de  personalidade  que  o  distinguem  das  demais  pessoas.  Assim,  o  líder  apresenta 
características marcantes de personalidade por meio das quais pode influenciar o comportamento 
das  demais  pessoas.  Como  as  teorias  não  apresentam  um  consenso  sobre  exatamente  quais 
traços são os que caracterizam um líder, elas são muito questionadas. Outro ponto vulnerável é o 
fato  de  não  considerar  outros  aspectos  da  liderança  como  postura  dos  liderados  ou  as 
circunstâncias que levam à liderança.
21 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
As  teorias  sobre  estilos  de  liderança  estudam  a  liderança  em  termos  de  estilos  de 
comportamento do líder em relação aos seus subordinados,  isto é, maneiras pelas quais o  líder 
orienta sua conduta, e essas podem ser: autoritária, liberal ou democrática. Os estudos apontam 
para  o  estilo  democrático  como  sendo  aquele  que  melhor  satisfaz  às  necessidades  da 
organização e dos indivíduos; no entanto, os três estilos são empregados pelo  líder, a depender 
das circunstâncias, das pessoas envolvidas e do serviço a ser desenvolvido. 
As abordagens das teorias de liderança situacional partem do princípio de que não existe 
um  único  estilo  de  liderança  apropriado  para  toda  e  qualquer  situação.  O  líder,  liderados  e  a 
situação  são  as  variáveis  norteadoras  do  processo  de  liderança;  entretanto,  neste  modelo,  a 
ênfase  recai  sobre  o  comportamento  do  líder  em  relação  aos  liderados  diante  de  uma  tarefa 
específica. 
Controle 
O  Controle  se  encarrega  de  assegurar  o  êxito  dos  planos  elaborados,  por  meio  do 
acompanhamento e da medida do progresso rumo às metas estabelecidas o que torna possível 
descobrir desvios e fazer as alterações necessárias. 
A  função  controle  está  intimamente  relacionada  com  as  demais  funções  do  processo 
administrativo:  o  planejamento,  a  organização  e  a  direção  repercutem  intensamente  nas 
atividades de controle. Muitas vezes se torna necessário modificar o planejamento, a organização 
ou a direção, para que os sistemas de controle possam ser mais eficazes. 
O controle deve ser objetivo, permitindo detectar falhas e produzir informações úteis. Outra 
característica importante do controle é a instantaneidade. O mesmo deve acusar prontamente os 
desvios em relação ao padrão ou ao planejado. 
Exercícios 
1. Podemos dizer que as principais funções do administrador são: 
a) Planejamento, Alinhamento, Controle e Autopromoção 
b) Organização, Execução, Distanciamento e Controle 
c) Planejamento, Organização, Direção e Controle 
d) Autopromoção, Punição, Inter­relacionamento e Auto­satisfação 
e) Organização, Autopromoção, Execução e Punição
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
2.  I. A  teoria  de  traços  personalidade preconiza  que o  líder  é  aquele  que possui alguns  traços 
específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas. 
II.  As  teorias  sobre  estilos  de  liderança  estudam  a  liderança  em  termos  de  estilos  de 
comportamento em relação aos seus subordinados. 
III. As abordagens das teorias de  liderança situacional partem do princípio de que não existe 
um único estilo de liderança apropriado para toda e qualquer situação. 
Quanto às afirmativas acima podemos afirmar que: 
a) I, II e III estão corretas. 
b) I, II e III estão incorretas. 
c) Apenas I está correta. 
d) Apenas II está correta. 
e) Apenas III está correta. 
Respostas dos Exercícios 
1. Podemos dizer que as principais funções do administrador são: 
RESPOSTA CORRETA: C 
2.  I.  A  teoria  de  traços  personalidade  preconiza  que  o  líder  é  aquele  que  possui  alguns  traços  específicos  de  personalidade  que  o 
distinguem das demais pessoas. 
II.  As  teorias  sobre  estilos  de  liderança  estudam  a  liderança  em  termos  de  estilos  de  comportamento  em  relação  aos  seus 
subordinados. 
III. As abordagens das teorias de liderança situacional partem do princípio de que não existe um único estilo de liderança apropriado 
para toda e qualquer situação. 
Quanto às afirmativas acima podemos afirmar que: 
RESPOSTA CORRETA: A
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
AULA  03  •  ADMINISTRAÇÃO  ­  HABILIDADES  DO 
ADMINISTRADOR / FILOSOFIAS ADMINISTRATIVAS 
Introdução 
Estudamos  na  aula  anterior  que  as  funções  do  administrador  basicamente  são: 
planejamento,  organização,  direção  e  controle.  Porém  existem  diversas  maneiras  e  diversos 
estilos  para  executar  essas  funções.  Também  existem  várias  teorias  administrativas,  várias 
escolas que apresentam soluções distintas para problemas diferentes. Por isso, vamos estudar as 
principais  habilidades  necessárias  ao  administrador  e  algumas  das  principais  filosofias 
administrativas da nossa história para entender a evolução desta ciência e sua aplicação. 
Devemos  destacar  também  que  o  administrador  atua  tanto  em  uma  grande  empresa 
multinacional  presente  em  vários  países,  como  quando  gere  um  pequeno  negócio  de  sua 
propriedade.  No  caso  da  Administração  de  Farmácias  e  Drogarias,  o  mercado  apresenta 
atualmente  tanto grandes  redes de Drogarias,  como Farmácias de Manipulação pertencentes a 
um único dono ou a uma família. 
Por isso, além das habilidades do Administrador, iremos abordar também na próxima aula 
o perfil do Empreendedor e algumas características de Ramos de Atividades e Tipos de Negócios, 
como Franquias e Empresas Familiares. 
Habilidades Administrativas 
O  desempenho  administrativo  é  fortemente  dependente  de  habilidades  que  os 
administradores devem ter e dos papéis que assumem em função das contingências. 
Habilidades Administrativas 
As habilidades são necessárias, para um bom desempenho em qualquer tipo de atividade, 
em qualquer situação. 
Habilidades são as destrezas específicas para transformar conhecimento em ação, que 
resulte no desempenho desejado para alcance dos objetivos. 
Fonte: (SILVA, R.O., 2004)
24 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Segundo  Robert  L.  Katz  (apud  SILVA,  2004),  há  basicamente  três  tipos  de  habilidades 
necessárias para que o administrador possa atuar eficazmente no processo das suas atividades. 
São elas:
• Habilidades técnicas – aquelas relacionadas ao desempenho de funções ou trabalhos 
especializados dentro da organização; consistem no conhecimento, métodos  técnicos e 
equipamentos para a realização de tarefas específicas; 
• Habilidades humanas – aquelas relacionadas ao tratamento com pessoas; consistem na 
capacidade e discernimento para trabalhar com pessoas, compreendendo suas atitudes e 
motivações, exercendo a liderança; 
• Habilidades conceituais – as relacionadas à capacidade de ver a empresa de maneira 
total;  consistem  na  capacidade de  compreender  as  complexidades da organização,  de 
modo  global,  e  promover  o  ajustamento  do  comportamento  dos  participantes  da 
organização. 
Os administradores, além destas habilidades, devem desenvolver o conhecimento aplicado 
dentro de cada uma delas, para que se tornem eficazes. 
Um administrador deve ser alguém que dirija as atividades de outras pessoas e assuma 
a responsabilidade de alcançar determinados objetivos por meio da soma de esforços. 
Fonte: (SILVA, R.O., 2004)
25 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
No  ambiente  de  uma  farmácia,  ou drogaria,  ou  hospitalar  a  habilidade  conceitual  é  de 
grande importância para a obtenção dos resultados. Esta habilidade permite que o gerente atue 
de acordo com os objetivos globais da organização e não apenas de acordo com os objetivos e as 
necessidades  de  seu  grupo  de  trabalho.  Especialmente  em  farmáciase  drogarias  de  pequeno 
porte, a empresa pode se resumir a apenas um grupo de trabalho e o gestor acumular as funções 
de Supervisor, Gerente e Diretor. 
Katz sugere que, apesar de as três habilidades ser essenciais para um administrador, sua 
importância relativa depende principalmente do nível que o administrador ocupa na organização. 
Pela  figura  1  se  observa  que  no  nível  da  Diretoria  (alta  administração,  proprietário,  etc.)  é 
necessária  pouca  quantidade  de  habilidade  técnica,  mas  grande  quantidade  de  habilidade 
conceitual. 
A Diretoria deve se ocupar em resolver tarefas complexas e abstratas, tais como soluções 
de problemas, tomadas de decisão, criatividade, entre outras que envolvem estudos analíticos e 
quantitativos. 
As habilidades conceituais  também  incluem a habilidade de definir e entender situações, 
isto  é,  o  planejamento  organizacional.  Estes  sistemas  abstratos  são  os  mais  difíceis,  porque 
implicam analisar as mudanças no ambiente e desenvolver respostas complexas para elas. 
A  média  administração  (Gerência)  necessita  de  relativamente  menor  quantidade  de 
habilidade conceitual do que a alta administração para a sua eficácia funcional, porém a necessita 
em maior quantidade do que a supervisão. 
A administração operacional (Supervisão), por outro lado, necessita de grande quantidade 
de  habilidades  técnicas  (o  saber  fazer),  por  causa  da  necessidade  de  resolução  rápida  dos 
problemas  operacionais  (que  dependem  mais  do  conhecimento  técnico  do  que  qualquer  outra 
variável). 
À  medida  que  se  sobe  na  escala  hierárquica,  maior  é  a  necessidade  de  habilidades 
conceituais  e  menor  a  necessidade  de  habilidades  técnicas.  As  habilidades  humanas  são 
fortemente exigidas em todos os níveis hierárquicos da organização. 
Filosofias Administrativas 
Ainda  que  não  muito  claramente,  a  administração  é  uma  atividade  encontrada  em 
empreendimentos  de  qualquer  espécie,  de  todos  os  povos,  de  todos  os  tempos.  Na  verdade,
26 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
todos os grandes  líderes que a História  registra  foram administradores – administrando países, 
coordenando explorações, dirigindo guerras, gerindo os esforços de outros homens. 
Não  iremos  aqui  nos  aprofundar  na  história,  basta  acompanharmos  a  Cronologia  dos 
Eventos para percebermos que alguma forma de Organização, Planejamento, Direção e Controle 
esteve presente na evolução da nossa civilização. 
A  partir  de  1900,  com  o  que  se  convencionou  chamar  de  Administração  Científica,  as 
filosofias administrativas ganham destaque e começam a ser estudadas mais profundamente. 
Acompanhe um pouco da história até chegarmos em 1900. 
4.000 a.C.  Egípcios  Reconhecimento da necessidade de planejar, organizar e planejar. 
2.600 a.C.  Egípcios  Descentralização na organização . 
2.000 a.C.  Egípcios  Reconhecimento da necessidade de ordens escritas; uso do Staff. 
1.800 a.C.  Hamurabi (Babilônia)  Uso de controle escrito; estabelecimento do salário mínimo . 
1.491 a.C.  Hebreus  Conceitos de organização; príncipio escalar; princípio da exceção . 
600 a.C.  Nabucodonosor (Babilônia)  Controle de produção e incentivos salariais . 
500 a.C.  Mencius (China)  Reconhecimento da necessidade de sistemas e padrões. 
400 a.C.  Sócrates (Grécia) Ciro (Persia) 
Enunciado  da  universalidade  da  Administração  .  Reconhecimento  da 
necessidade  de  Relações  Humanas,  uso  do  estudo  do  movimentos, 
arranjo  físico  e  manuseio  de  materiais.  Enunciado  do  princípio  da 
Especialização. 
175 a.C.  Cato (Roma)  Uso de descrições de funções. 
20  Jesus (Judéia)  Unidade de comando; regulamentos; relações humanas. 
284  Dioclécio (Roma)  Delegação de autoridade. 
1.436  Arsenal de Veneza 
Contabilidade  de  custos;  verificações  e  balanço  para  cotrole; 
numeração de inventários; utilização da técnica de linha de montagem; 
uso da administração pessoal, estandardização  das partes; controle de 
inventário. 
1.525  Niccoló Machiavell i (Itália) 
Princípio do consenseo; reconhecimento da necessidade de coesão na 
organização; enunciado das qualidade de liderança; descrição de tático 
política . 
1.767  Sir James Stuart (Inglaterra) 
Teoria  da  fonte  da  autoridade;  impacto  da  automação;  diferenciação 
entre gerentes e trabalhadores baseado na especialização.. 
1.776  Adam Smith (Inglaterra)  Princípio da especialização dos trabalhadores, conceito de controle. 
1.779  Eli Whitney (Estados Unidos) 
Método  científico;  uso  da  contabilidade  de  custos  e  do  controlo  de 
qualidade; reconhecimento da amplitude administrativa. 
1.800 
James Watt/ Mathew Boulton 
(Inglaterra) 
Procedimentos  padronizados  de  operações,  especificações;  métodos 
de  trabalho;  planejamento;  incentivo  salarial;  tempos­padrões, 
gratificações natalinas; utilização de auditoria. 
1.832  Charles Babbage (Inglaterra) 
Ênfase  na  abordagem  científica  e  na  especialização;  divisão  do 
trabalho;  estudo  de  tempos  e  movimentos;  contabilidade  de  custos; 
efeito das cores na eficiência do operário. 
1.856  Daniel C. McCallum (Estados Unidos) 
Uso  de  organogramas  para  mostrar  a  estrutura  organizacional; 
aplicação da Administração sistemática em ferrovia . 
1.879  Henry Metcalfe (Estados Unidos) 
Arte e Ciência da Administração. 
1.900  Frederick w. Taylor (Estados Unidos) 
Administração  científica;  adminstração  pessoal  e  salário;  necessidade 
de  cooperação  entre  o  trabalho  e  a  gerência;  organização  funcional; 
princípo da exceção, sistema de custos; estudo de tempos e métodos; 
ênfase na pesquisa; planejamento e controle. 
Adaptado pelo autor de SILVA, R.O., 2004 e GOMES, M.J.V.M; REIS, A.M.M., 2000
27 
ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Em 1900 surge Frederick W. Taylor, que introduziu sistematicamente a divisão do trabalho, 
disciplina, racionalização das tarefas, especialização e padronização da produção, da tecnologia e 
do  processo  do  trabalho.  Taylor,  juntamente  com  Ford,  Fayol  e Weber  são  os  expoentes  da 
Escola Clássica da Administração. Veja abaixo as principais características de cada um: 
Freder ick Taylor  Henry Ford  Henri Fayol  Max Weber 
Administração Científica  Linha de Montagem  Processo de Administração  Teoria da Burocracia 
• Aplicação de métodos de  • Especialização do  • Administração da empresa  • Autoridade tem a 
pesquisa para identificar a  trabalhador.  é distinta das operações de  contrapartida da 
melhor maneira de  • Fixação do trabalhador  produção.  obediência. 
trabalhar.  no posto de trabalho.  • Administração é o  • Autoridade baseia­se 
• Seleção e treinamento  • Trabalho (produto em  processo de planejar,  nas tradições, no 
científicos de  processo de montagem) organizar, comandar,  carisma, e em normas 
trabalhadores.  passa pelo trabalhador.  coordenar e controlar.  racionais e impessoais. 
• Autoridade burocrática 
é base da organização 
moderna. 
Escola Clássica da Administração 
Adaptado pelo autor de SILVA, R.O., 2004 
As “Escolas de Administração” passam então a se suceder acompanhando o avanço da 
sociedade  do  século  XX.  Não  cabe  aqui  um  estudo  detalhado  de  cada  Escola,  algo  mais 
adequado para um curso completo de Administração. Para nós basta saber que esses modelos 
que  imperaram  no  início  do  século  XX  tinham  em  comum  disciplina,  hierarquia  e  pouca 
flexibilidade  nas  relações  com  os  trabalhadores.  A  despeito  do  surgimento  de  novas  teorias  e 
novas  “Escolas”,  a  Escola  Clássica  influenciou  a  administração  durante  todo  o  século  XX, 
fornecendo  subsídios  para  a  organização  das  empresas,  porém  o  mundo  começa  a  mudar  e 
novas formas de se administrar começam a surgir. 
Administração Flexível 
Em virtude da crise econômica mundial que se instala a partir da década de 1970, surge a 
necessidadede novos estilos e práticas de gestão. Assim,  teve origem a administração flexível, 
que é compreendida como o processo de gestão que  leva a empresa a adquirir sensibilidade e 
capacidade de  resposta, no curto prazo, para as alterações no ambiente externo,  tais  como as 
demandas dos clientes, as inovações tecnológicas cada vez mais constantes e imprevisíveis e as 
novas  formas  de  concorrência  (MEDICI,  A.C.,  SILVA  P.L.B.A.,  1993  apud  GOMES,  M.J.V.M; 
REIS, A.M.M., 2000).
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
A administração flexível apresenta as seguintes características: 
• Trabalhador deve ser visto como um ente criativo e inteligente no cotidiano do trabalho e 
trazendo resultados positivos para a produtividade e a melhoria da qualidade do produto; 
• A  capacitação e o aperfeiçoamento de pessoal passam a  ser um processo contínuo e 
permanente; 
• Salários e condições de trabalho passam a ser negociados de forma flexível, em função 
da condição real específica e do momento de cada empresa; 
• As chefias deixam de ser entidades e passam a participar do cotidiano do  trabalhador, 
tendo  em  vista  discutir  e  aperfeiçoar,  permanentemente,  o  processo  de  trabalho  e  o 
produto final. 
•  A  empresa  é  mais  sensível  às  exigências  do  mercado,  buscando  e  captando  “as 
tendências” e corrigindo os rumos de sua produção diante delas; 
• A comunicação passa a ser essencial em todos os sentidos da hierarquia da empresa, e 
não apenas “de cima para baixo”. 
•  O  estímulo  à  produtividade  passa  a  ser  uma  filosofia  de  comportamento,  baseada  na 
quantificação detalhada de cada etapa do processo. 
Exercícios 
1. Assinale a alternativa incorreta: 
a)  À  medida  que  se  sobe  na  escala  hierárquica,  maior  é  a  necessidade  de  habilidades 
conceituais e menor a necessidade de habilidades técnicas. 
b)  As  habilidades  humanas  são  fortemente  exigidas  em  todos  os  níveis  hierárquicos  da 
organização. 
c)  A  administração operacional  (Supervisão),  necessita de grande  quantidade de habilidades 
técnicas  (o  saber  fazer),  por  causa  da  necessidade  de  resolução  rápida  dos  problemas 
operacionais. 
d)  O  trabalhador  ser  visto  como  um  ente  criativo  e  inteligente  no  cotidiano  do  trabalho  e 
trazendo  resultados positivos para a produtividade e a melhoria da qualidade do produto é 
uma característica da administração flexível. 
e) Na administração flexível as chefias são entidades inflexíveis e  imutáveis, sabem sempre o 
processo de trabalho e como deve ser o produto final. 
2.  I. Habilidades  técnicas –  são aquelas  relacionadas ao desempenho de  funções ou  trabalhos 
especializados  dentro  da  organização;  consistem  no  conhecimento,  métodos  técnicos  e 
equipamentos para a realização de tarefas específicas;
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
II. Habilidades humanas – são aquelas relacionadas ao tratamento com pessoas; consistem na 
capacidade  e  discernimento  para  trabalhar  com  pessoas,  compreendendo  suas  atitudes  e 
motivações, exercendo a liderança; 
III. Habilidades conceituais – são as relacionadas à capacidade de ver a empresa de maneira 
total;  consistem na  capacidade  de  compreender  as  complexidades da  organização,  de modo 
global, e promover o ajustamento do comportamento dos participantes da organização. 
Quanto às afirmativas acima, podemos afirmar que: 
a) I, II e III estão corretas. 
b) I, II e III estão incorretas. 
c) Apenas I está correta. 
d) Apenas II está correta. 
e) Apenas III está correta 
Respostas dos Exercícios 
1. Assinale a alternativa incorreta: 
RESPOSTA CORRETA: E 
2. I. Habilidades técnicas – são aquelas relacionadas ao desempenho de funções ou trabalhos especializados dentro da organização; 
consistem no conhecimento, métodos técnicos e equipamentos para a realização de tarefas específicas; 
II. Habilidades  humanas –  são  aquelas  relacionadas  ao  tratamento com pessoas; consistem na capacidade  e  discernimento para 
trabalhar com pessoas, compreendendo suas atitudes e motivações, exercendo a liderança; 
III. Habilidades conceituais –  são  as  relacionadas  à capacidade  de  ver  a  empresa de maneira  total; consistem na capacidade de 
compreender as complexidades da organização, de modo global, e promover o ajustamento do comportamento dos participantes da 
organização. 
Quanto às afirmativas acima, podemos afirmar que: 
RESPOSTA CORRETA: A
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
AULA 04 • RAMOS DE ATIVIDADE E TIPOS DE NEGÓCIO 
Introdução 
Na  aula  3  observamos  as Habilidades do Administrador  e passamos  rapidamente  pelas 
várias  Filosofias  (Escolas)  de Administração.  Nesta aula  vamos nos aprofundar  no  conceito  de 
Empresa  e  vamos  definir  Ramos  de  Atividade  e  Tipos  de  Negócios  para  verificar  em  quais 
Farmácias e Drogarias podem se enquadrar. 
Ramos de Atividade 
Segundo  a  definição  que  encontramos  na  wikipedia,  “uma  empresa  é  uma  atividade 
particular,  pública,  ou  de  economia  mista,  que  produz  e  oferece  bens  e/  ou  serviços,  com  o 
objetivo de atender a alguma necessidade humana. O lucro, na visão moderna das empresas, é 
conseqüência  do processo produtivo  e  o  retorno  esperado  pelos  investidores.  As empresas de 
titularidade do Poder Público têm a finalidade de obter rentabilidade social. As empresas podem 
ser individuais ou coletivas, dependendo do número de sócios que as compõem.” 
As empresas podem ser divididas em: 
• Empresas Industriais: 
São aquelas que transformam matérias­prima, manualmente ou com auxílio de máquinas e 
ferramentas, fabricando mercadorias. Abrangem desde o artesanato até a moderna produção de 
instrumentos eletrônicos. 
Exemplos:  fábrica  de  móveis,  fábrica  de  roupas,  fábrica  de  esquadrias,  fábrica  de 
computadores 
• Empresas comerciais: 
São aquelas que vendem mercadorias diretamente ao consumidor – no caso do comércio 
varejista – ou aquelas que compram do produtor para vender ao varejista – comércio atacadista.
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
Exemplos: restaurante, supermercado, atacado de laticínios, armarinho, lojas de ferragem 
• Empresas de prestação de serviços: 
São aquelas cujas atividades não resultam na entrega de mercadorias, mas da oferta do 
próprio trabalho ao consumidor. 
Exemplos: lavanderia, cinema, Hospital, Escola 
As Farmácias e Drogarias, portanto: 
• Pertencem ao Setor da Economia Terciário 
• Estão no Ramo de Atividade do Comércio 
• Seus principais produtos e serviços são: medicamentos em geral, compostos químicos, 
cosméticos, produtos de higiene pessoal, etc. 
Tipos de Negócios 
Quanto  aos  Tipos  de  Negócios,  temos  abaixo  seis  exemplos  de modelos  alternativos  à 
empresas já estabelecidas e profissionalizadas. São opções normalmente acessíveis para quem 
quer montar a sua primeira empresa. 
Dentro  destes  modelos  iremos  comentar  sobre  os  dois  primeiros,  nos  quais  podemos 
encontrar Farmácias e Drogarias. 
• Franquia 
• Empresa Familiar 
• Escritório em casa 
• Cooperativas 
• Comércio eletrônico 
• Associação 
Franquia 
Franquia ou franchising empresarial:
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ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
­ É o sistema pelo qual o franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou 
patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi­exclusiva de produtos ou 
serviços. 
­ Eventualmente, o franqueador também cede ao franqueado o direito de uso de tecnologia 
de  implantação e administração de negócio ou sistemas desenvolvidos ou detidos pelo 
franqueador,  mediante  remuneração  direta  ou  indireta,  sem  ficar  caracterizado  vínculo 
empregatício. 
No Brasil, as franquias encontram respaldo legal na Lei 8.955 de 14/02/94. 
Vantagens e desvantagens 
Para o Franqueador ­ Detentor da marca/ método de trabalho repassado a terceiros 
Vantagens  Desvantagens 
• Rapidez de expansão

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