Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 1 Suplementação Funcional Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki Para que o nutricionista possa realizar a prescrição de suplementos nutricionais, a Resolução CFN 390/2006 determina que sejam respeitados os níveis máximos de segurança determinados pela ANVISA (Portaria 40/1998). Na ausência desses valores, o profissional poderá se basear naqueles correspondentes à UL determinadas nas DRI’s. Suplementação Funcional O profissional deverá realizar a suplementação em três casos específicos (estados fisiológicos, estados patológicos e alterações metabólicas), sempre precedida de avaliação nutricional sistematizada que permita a identificação de deficiências nutricionais. A suplementação nunca poderá ser realizada de forma isolada, devendo sempre ser acompanhada de correção do hábito alimentar. Suplementação Funcional É obrigatória a definição do período de utilização dos suplementos nutricionais, bem como uma reavaliação do estado nutricional e do plano alimentar, com o objetivo de se analisar a necessidade de continuidade do uso. Suplementação Funcional Receituário Recipe: conjunto de indicações prescritas pelo médico, nutricionista ou veterinário ao farmacêutico, para preparação e entrega de um medicamento/suplemento. Usualmente, comporta também instruções para o paciente quanto ao modo de administração ou quanto ao uso do medicamento prescrito. • Deverá ser legível, sem rasuras ou emendas – Nome do paciente – Fármacos utilizados com respectivas quantidades – Forma farmacêutica – Indicação quanto a administração – Nome, endereço, assinatura e carimbo do profissional prescritor Exemplo de Receituário Paciente: Brad Pitt L-Triptofano 400mg Aspartato de magnésio 120mg Piridoxal fosfato 40mg Cianocobalamina 50mcg Nicotinamida 20mg Riboflavina 15 mg Posologia: Ingerir uma dose 30 minutos antes de deitar. Aviar para 30 dias em cápsulas no 00 de clorofila q.s.p. celulose microcristalina Assinatura e carimbo 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 2 Suplementação minerálica Minerais Os minerais são elementos inorgânicos amplamente distribuídos na natureza e que, no organismo, desempenham uma variedade expressiva de funções metabólicas. • Ocorrem no organismo e nos alimentos, principalmente em sua forma iônica; •Representam cerca de 4 a 5% do peso corpóreo 7 Macrominerais 14 Microminerais Macrominerais Cálcio Fósforo Potássio Enxofre Sódio Cloro Magnésio Microminerais Necessários em pequena quantidade diária (mg ou µg) Geralmente encontram-se associados a outros compostos orgânicos Definidos pela abundância no organismo Necessidade acima de 100 mg/dia Ferro Zinco Cobre Iodo Selênio Cobalto Cromo Manganês Flúor Molibidênio Estanho Níquel Vanádio Silício Macrominerais • Dosagem mais comum em adultos: 100 – 500 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: cálcio quelado, cálcio glicina, cálcio taste free, citrato de cálcio e aspartato de cálcio • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas *Maior absorção quando ingerido com alimentos (30 a 35%) Cálcio Cálcio Principais funções • Construção de osso e dentes • Estabilização das membranas celulares – Cálcio intracelular age como segundo mensageiro, permitindo que as células respondam a estimulações • Liberação inicial de neurotransmissores • Regulação dos batimentos cardíacos • Formação do coágulo sangüíneo • Auxílio na contração muscular – Cálcio como co-fator para a proteína troponina 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 3 Cálcio Fontes alimentares • Leite e derivados (!) • Vegetais verde-escuros • Peixes • Leguminosas (feijões) • Alimentos fortificados Cálcio Biodisponibilidade • Alimentos com fitatos e oxalatos fornecem cálcio com baixa capacidade de absorção Vegetais com baixo teor de oxalato Absorção de cálcio de 52-59% Leite: absorção de 32% Manutenção dos níveis séricos de Cálcio Tirocalcitonina Reabsorção óssea Absorção intestinal Reabsorção tubular Níveis séricos normais de Ca (~10 mg/100 mL) 1,25(OH)2D3 (calcitriol) + Calbindina Ca ↓ Ca ↑ Paratormônio (PTH) Sinais e sintomas da deficiência de Cálcio Irritabilidade Espasmos musculares Agitação Pele seca e descamativa Nervosismo Eczemas Humor lábil Alopécia Insônia Unhas quebradiças Diminuição da memória Dentes frágeis Convulsões Vômitos Cãibra Taquicardia Formigamento O cálcio intracelular age como segundo mensageiro, permitindo que as células respondam a estimulações, inclusive a da produção de insulina Cálcio x Obesidade Deficiência de magnésio Deficiência de cálcio ou ↑ do cálcio intracelular ↑ da produção de insulina Lipogênese Cálcio Toxicidade Os dados referente ao consumo excessivo de cálcio consideram principalmente o consumo de suplementos! • Há 3 efeitos adversos mais importantes decorrentes do consumo excessivo: – Nefrolitíase – Síndrome da hipercalcemia e insuficiência renal com ou sem alcalose – Interação de cálcio com outros minerais 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 4 Recomendações nutricionais Faixa etária AI (mg) 0-6 meses 210 7-12 meses 270 1-3 anos 500 4-8 anos 800 9-13 anos 1300 14-18 anos 1300 19-50 anos 1000 > 50 anos 1200 Gestantes 14-18 anos 1300 Gestantes 19-50 anos 1000 Lactantes 14-18 anos 1300 Lactantes 19-50 anos 1000 Faixa etária UL (mg) 0-12 meses - 1-13 anos 2500 14-18 anos 2500 ≥ 19 anos 2500 Gestantes 14-50 anos 2500 Lactantes 14-50 anos 2500 ANVISA 1500 Lactentes 150mg/Kg até o limite de 1200mg Crianças 80mg/Kg até o limite de 1500mg Fósforo Principais funções • Papel estrutural dos ossos e dentes • Componente essencial dos ácidos nucléicos e fosfolipídeos da membrana celular • Participa na fosforilação energética da glicose • Participa na formação de algumas proteínas (caseína) Fontes alimentares • Carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados, nozes, cereais e gãos Fósforo Deficiência • Hipofosfatemia (rara) – Síntese diminuída de ATP: desordens neuromusculares, esqueléticas, hematológicas e renais – Causas: NPT com níveis inadequados de P, uso exagerado de antiácidos, abuso de álcool e drogas • Calcificação óssea Toxicidade Piorréia Perda de apetite Dores articulares Fragilidade óssea Fraqueza muscular Faixa etária RDA (mg) 0-6 meses 100 7-12 meses 275 1-3 anos 460 4-8 anos 500 9-13 anos 1250 14-18 anos 1250 ≥19 anos 700 Gestantes 14-18 anos 1250 Gestantes 19-50 anos 700 Lactantes 14-18 anos 1250 Lactantes 19-50 anos 700 Faixa etária UL (mg) 0-12 meses - 1-13 anos 3000 14-18 anos 4000 ≥ 19 anos 4000 Gestantes 14-50 anos 3500 Lactantes 14-50 anos 4000 Recomendações nutricionais • Dosagem mais comum em adultos: 150 – 300 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: magnésio quelado, magnésio glicina, magnésio arginina, magnésio buffered, magnésio taste free, citrato de magnésio e aspartato de magnésio • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas, pó e líquidos Magnésio Magnésio Principais funções • Síntese de ácidos graxos • Ativação de aminoácidos para a síntese protéica • Fosforilação da glicose e seus metabólitos na via glicolítica • Formação do AMP cíclico (segundo mensageiro) • Estabilização da estrutura do ATP no músculo e tecidos moles • Complexo ATP-Mg: substrato para enzimas que utilizam ATP dependente da bomba Na/K • Modulação da secreção do hormônio da paratireóide, que é dependente do AMPc 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 5 Magnésio Importância clínica • O magnésio é conhecido como bloqueador dos canais de cálcio fisiológico – Na depleção de magnésio o cálcio intracelular aumenta. • Depleção de magnésio � depleção de cálcio: pode resultar em hipertensão, cãibras, alterações coronarianas e cerebrais. • O magnésio é fundamental para a síntese de serotonina. MA J. et al. J Clin Epidemiol 48:927–940, 1995. ISERI LT. FRENCH JH. Am Heart J 108: 188–193, 1984. Magnésio Importância clínica • A depleção de magnésio ocorreem diversas doenças como nas cardiovasculares e neuromusculares, nas síndromes de má absorção, no diabetes mellitus, nas síndromes renais e no alcoolismo. • São consideradas características da inflamação induzida pela deficiência de magnésio: hiperemia em membros inferiores e orelhas e esplenomegalia. Magnésio x saúde óssea Alimentos com resíduos ácidos Alimentos com resíduos alcalinos Sangue pH ácido Sangue pH alcalino Acidose metabólica Homeostase ↓↓↓↓ reabsorção óssea O consumo de alimentos alcalinos é eficaz para a saúde óssea !!! Ca Mg K Magnésio x Doenças cardiovasculares • Inibição da agregação plaquetária – Magnésio induz a produção de NO • Bloqueio da captação de cálcio • Relaxamento dos vasos sangüíneos • Redução dos níveis de triglicerídeos • Diminuição da pressão arterial Magnésio x Diabetes mellitus • Magnésio participa como co-fator para diversas enzimas envolvidas no metabolismo da glicose e nos receptores de insulina. • A depleção de magnésio diminui a ativação da tirosina quinase no receptor de insulina, influenciando a secreção deste hormônio pelas células β pancreáticas. • O aumento do cálcio intracelular ativa a fosfolipase A2, que aumenta a produção de eicosanóides pró- inflamatórios, induzindo a resistência periférica à insulina. Sinais e sintomas da deficiência de Magnésio Irritabilidade Mialgia Ansiedade Cãibra Confusão mental Tremores Insônia Zumbido ininterrupto Diminuição da memória Tontura Convulsões Náuseas Fraqueza muscular Constipação Formigamento Taquicardia 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 6 Fontes alimentares • Magnésio encontra-se incorporado à clorofila • Vegetais com folhas verdes são as maiores fontes 80% do Mg dos cereais é removido com o refinamento da farinha! Magnésio Toxicidade • O consumo excessivo de magnésio proveniente de fontes não alimentares (como sais de magnésio utilizados com propósito farmacológico) pode provocar efeitos adversos. • A absorção é mais eficiente quando o magnésio é proveniente da dieta, do que as altas doses das fontes não alimentares • Principal sintoma da hipermagnesemia: diarréia osmótica Recomendações nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0-6 meses AI 30 7-12 meses AI 75 1-3 anos 80 4-8 anos 130 9-13 anos 240 Meninos14-18 anos 410 Meninas 14-18 anos 360 Homens 19-30 anos 400 Mulheres 19-30 anos 310 Homens > 30 anos 420 Mulheres > 30 anos 320 Faixa etária UL (mg) 0-12 meses - 1-3 anos 65 4-8 anos 110 9-13 350 14-18 350 ≥ 19 anos 350 Gestantes 14-50 anos 350 Lactantes 14-50 anos 350 ANVISA 700 Lactentes 10mg/Kg até o limite de 80mg Crianças 10mg/Kg até o limite de 200mg Microminerais • Dosagem mais comum em adultos: 15 – 25 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: zinco quelado, zinco glicina, zinco arginina, zinco histidina, zinco taste free • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Zinco Zinco Principais funções • Participação em reações envolvendo a síntese e degradação de metabólitos dos macronutrientes • Estabilização das estruturas protéicas • Auxílio na função imunitária • Papel catalítico, estrutural e regulador das metaloenzimas • Participação em processos bioquímicos: respiração celular, reprodução do DNA, manutenção da integridade da membrana celular, regulação da expressão gênica • Função antioxidante: atuação na síntese da enzima superóxido dismutase • Co-fator para mais de 300 enzimas: – Pteroilpoliglutamato hidrolase (enzima que converte o folato para sua forma monoglutamato) – Retinal redutase (conversão de β-caroteno a vitamina A) 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 7 Zinco Fontes alimentares • Carnes, peixes e aves • Leite e derivados • Ostras e crustáceos • Nozes • Cereais integrais Sinais e sintomas da deficiência de Zinco Irritabilidade Erupções cutâneas Hiperatividade Alopécia precoce Diminuição da memória Cabelos secos Dificuldade de concentração Unhas frágeis e com manchas Fadiga Diminuição de olfação Pele seca Diminuição do apetite Aparecimento de acnes Zinco Toxicidade • Uma ingestão oral excessiva que leve a uma toxicicidade é rara • A suplementação contínua com excesso de Zn interfere na absorção de cobre • Sintomas: - dores epigástricas - vômitos - tontura - letargia Doses de 50 a 450mg podem desencadear esses sintomas Zinco Toxicidade � Zinco � Cobre � atividade da superóxido dismutase dependente de cobre-zinco Estresse oxidativo Recomendações nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0-6 meses AI 2 7-12 meses 3 1-3 anos 3 4-8 anos 5 9-13 anos 8 Meninos14-18 anos 11 Meninas 14-18 anos 9 Homens > 18 anos 11 Mulheres > 18 anos 8 Gestantes 14-18 anos 12 Gestantes 19-50 anos 11 Lactantes 14-18 anos 13 Lactantes 19-50 anos 12 Faixa etária UL (mg) 0-6 meses 4 7-12 meses 5 1-3 anos 7 4-8 anos 12 9-13 23 14-18 34 ≥ 19 anos 40 Gestantes 14-18 anos 34 Gestantes 19-50 anos 40 Lactantes 14-50 anos 34 Lactantes 19-50 anos 40 ANVISA 30 Lactentes Crianças 0,5mg/Kg até o limite de 10mg • Dosagem mais comum em adultos: 15 – 200 µg/dia • Formas ativas mais prescritas: iodo quelado, iodeto de potássio • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Iodo 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 8 Iodo Funções A maior função conhecida do iodo é na participação dos hormônios tireoideanos Papel dos hormônios: catalisador das reações celulares, ↑ TMB, aumento do consumo de O2, reprodução, conversão do caroteno em retinol Iodo Fontes alimentares • Alimentos marinhos, leite e ovos Sal iodado: enriquecimento do sal de cozinha (20 a 60mg de iodo/Kg de sal) Biodisponibilidade • Glicosinolatos: ação bociogênica por inibir a iodação da tirosina • Mandioca, milho, batata-doce, couve-flor e soja: importante conteúdo de substâncias bociogênicas (glicosídeos cianogênicos) OMS: � 50% na recomendação da ingestão de iodo em dietas ricas em alimentos bociogênicos Iodo Toxicidade • A ingestão de Iodo tem uma boa margem de segurança • Toxicicidade é rara • Doses superiores a 1g: dor abdominal, náuseas, vômito e diarréia • Consumo crônico: aumento do risco de tumor de tireóide Recomendações nutricionais Faixa etária RDA (µµµµg) 0-6 meses AI 110 7-12 meses AI 130 1-3 anos 90 4-8 anos 90 9-13 anos 120 14-18 anos 150 ≥ 19 anos 150 Gestantes 14-50 anos 220 Lactantes 14-50 anos 290 Faixa etária UL (µµµµg) 0-12meses - 1-3 anos 200 4-8 anos 300 9-13 600 14-18 900 ≥ 19 anos 1100 Gestantes 14-18 anos 900 Gestantes 19-50 anos 1100 Lactantes 14-50 anos 900 Lactantes 19-50 anos 1100 ANVISA 600 Lactantes 10µg/Kg até o limite de 100µg Crianças 10µg/Kg até o limite de 300µg • Dosagem mais comum em adultos: 10 – 45 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: ferro quelado, ferro glicina, ferro taste free • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Ferro Ferro Principais funções • Transporte de O2 e CO2 • Transferência de elétrons no metabolismo energético • Participação em reações de oxidação e redução (formação de radicais livres) • Função imunológica (linfócito T, NK) • Integrante da ferritina e lactoferrina (protetoras imunológicas por negarem ferro aos microorganismos ferro-dependentes) • Co-fator a diversas enzimas (hidroxilases, catalases, oxigenases) • Síntese de purinas, carnitina, colágeno, neurotransmissores (serotonina, dopamina, norepinefrina) • Conversão do β-caroteno na forma ativa da vitamina A 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 9 Ferro Fontes alimentares • Vísceras, carnes, peixes, alimentos fortificados, feijão e vegetais. • Gema de ovo, frutas (baixa biodisponibilidade) Ferro heme • Presente em alimentos de origem animal – 40% Ferro heme – 60% Ferro não-heme • Absorvidos em sua forma intacta • Absorção pode chegar a 25% • Absorção independente da composição da refeição • Pouco afetado por inibidores e facilitadores • Pouco influenciado pelo estado nutricional Ferro não-heme • Presente em alimentos de origem vegetale animal • Precisa estar na forma solúvel para ser absorvido • Absorção de apenas 5% Palidez Tontura Astenia Falta de atenção Glossite atrófica Disfagia intensa Irritabilidade Cefaléia Debilidade física Dispnéia aos esforços Depressão imunológica Amenorréia Diminuição da libido Queda do rendimento intelectual Sinais e sintomas da deficiência de Ferro Ferro Toxicidade • Aumento na produção de radicais livres, aumentando o risco a doenças cardiovasculares e retardo no crescimento de crianças. • Quando há excesso crônico de oferta de Fe que ultrapasse a capacidade de armazenamento: – Hemossiderose ( hemossiderina) – Hemocromatose Recomendações nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0-6 meses AI 0,27 7-12 meses 11 1-3 anos 7 4-8 anos 10 9-13 anos 8 Meninos14-18 anos 11 Meninas 14-18 anos 15 Homens > 18 anos 8 Mulheres 19-50 anos 18 Mulheres > 50 anos 8 Gestantes 14-18 anos 27 Gestantes 19-50 anos 27 Lactantes 14-18 anos 10 Lactantes 19-50 anos 9 Faixa etária UL (mg) 0-12 meses 40 1-3 anos 40 4-8 anos 40 9-13 40 14-18 40 ≥ 19 anos 45 Gestantes 14-18 anos 45 Gestantes 19-50 anos 45 Lactantes 14-18 anos 45 Lactantes 19-50 anos 45 ANVISA 65 Lactentes 2mg/Kg até o limite de 15mg Crianças 2mg/Kg até o limite de 50mg 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 10 • Dosagem mais comum em adultos: 50 – 100 µg/dia • Formas ativas mais prescritas: selênio aa complex • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Selênio Selênio Importância clínica Neoplasia Doença de Parkinson Aterosclerose Lesão de DNA Oxidação de lipoproteínas Artrite reumatóide Lesão de articulações Fadiga muscular e exercício físico Lesão neuronal Lesão de muscular GSH-Px + outros antioxidantes: ↓ formação de radicais livres ↓ peróxido celular � água e álcoois • Se x tireóide (enzima 5´desiodinase) • Se x fertilidade masculina • Se x gestação • Se x câncer Clark et al. (1996): Suplementação com 200 µg Se/dia ↓ incidência Ca próstata (63%), cólon (58%) e pulmão (46%) • Se x função cognitiva Rayman (2000): dosagem de Se em pacientes com Alzheimer é 60% inferior ao controle Selênio Importância clínica Selênio Fontes alimentares [ ] de Se nos alimentos depende de sua [ ] no solo e na água • Castanha-do-brasil • Alho • Cebola • Brócolis • Cereais integrais • Gema de ovo • Alimentos marinhos • Vísceras Sinais e sintomas da deficiência de Selênio Fraqueza muscular Mialgia Unhas frágeis e com manchas Toxicidade • Pouco observada (↑ 1.500 µg/dia) • Caracteriza-se por alopécia, alteração na morfologia das unhas das mãos, lesões na derme e anormalidades no sistema nervoso (parestesia, hemiplegia), fadiga muscular, edema de pulmão e congestão hemorrágica Recomendações nutricionais Faixa etária RDA (µµµµg) 0-6 meses AI 15 7-12 meses AI 20 1-3 anos 20 4-8 anos 30 9-13 anos 40 14-18 anos 55 > 18 anos 55 Gestantes 14-50 anos 60 Lactantes 14-50 anos 70 Faixa etária UL (µµµµg) 0-6 meses 45 7-12 meses 60 1-3 anos 90 4-8 anos 150 9-13 280 14-18 400 ≥ 19 anos 400 Gestantes 14-50 anos 400 Lactantes 14-50 anos 400 ANVISA 150 Lactentes 5µg/Kg até o limite de 50µg Crianças 5µg/Kg até o limite de 100µg 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 11 • Dosagem mais comum em adultos: 1 – 3 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: cobre quelado, cobre chelazome, cobre lisina e cobre tirosina • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Cobre Cobre Principais funções • Co-fator de diversas enzimas: – ferroxidase (carreia o Fe2+ armazenado para o local de síntese de Hb) – dopamina β- hidroxilase (catalisa a conversão da dopamina em norepinefrina no cérebro e supra- renal) – superóxido dismutase (converte o íon superóxido em peróxido de hidrogênio) – monoaminooxidase (catabolismo de dopamina, noradrenalina e serotonina) – tirosinase (promove a síntese da melanina a partir da tirosina) Consumo excessivo de Zn (acima de 50mg) Diminui a absorção de Cu Anemia microcítica e hipocrômica Deficiência De Cu Suplementação de Vitamina C (diminui a atividade da ceruloplasmina) Excesso de sais de Fe inorgânico Intoxicação por Mo Cobre Fontes alimentares • Frutos do mar • Castanhas • Cacau • Cereais integrais Cobre Deficiência • A deficiência de Cu é indicada pela diminuição do seu nível sérico, e em seguida pela redução de ferro, levando à anemia ferropriva • Desmineralização óssea com hemorragias subperiósteas • Despigmentação dos cabelos e pele • Formação defeituosa da elastina • Deficiência grave pode levar à degeneração cerebral e cerebelar, e morte! Cobre Toxicidade • Doença de Wilson: • Resulta de um distúrbio do metabolismo do cobre que provoca sua retenção no organismo, seja por maior absorção intestinal, seja, o que é mais provável, por excreção diminuída nas fezes. 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 12 Recomendações nutricionais Faixa etária RDA (µµµµg) 0-6 meses AI 200 7-12 meses AI 220 1-3 anos 340 4-8 anos 440 9-13 anos 700 Meninos14-18 anos 890 Meninas 14-18 anos 890 ≥ 19 anos 900 Gestantes 14-18 anos 1000 Gestantes 19-50 anos 1000 Lactantes 14-18 anos 1300 Lactantes 19-50 anos 1300 Faixa etária UL (µµµµg) 0-12 meses - 1-3 anos 1000 4-8 anos 3000 9-13 5000 14-18 8000 ≥ 19 anos 10000 Gestantes 14-18 anos 8000 Gestantes 19-50 anos 10000 Lactantes 14-18 anos 8000 Lactantes 19-50 anos 10000 ANVISA 9000 Lactentes 0,1mg/Kg até o limite de 1mg Crianças 0,1mg/Kg até o limite de 2mg • Dosagem mais comum em adultos: 50 – 400 µg/dia • Formas ativas mais prescritas: cromo quelado, cromo glicina, picolinato de cromo • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Cromo • Cromo é essencial para a manutenção da glicose sanguínea pois potencializa a ação da insulina Ligação com a molécula CROMODULINA Ativa a tirosina quinase nos receptores insulínicos Ativa a fosfatase fosfotirosina na membrana dos adipócitos Cromo x Resistência à insulina Cromo Fontes alimentares • Carne vermelha • Ovo • Ostras • Cereais integrais • Oleaginosas • Cogumelos • Levedo de cerveja • Cr+3 apresenta baixa toxicidade em função da baixa absorção • Cr+4 é carcinogênico, mutagênico e clastogênico – Há poucas evidências referentes à carcinogenicidade da ingestão oral de cromo • Elevado consumo de cromo pode desencadear o aparecimento de rabdomiólise Cromo Toxicidade Recomendações nutricionais Faixa etária AI (µµµµg) 0-6 meses 0,2 7-12 meses 5,5 1-3 anos 11 4-8 anos 15 Meninos 9-18 anos 25 Homens 19-50 anos 35 Homens > 50 anos 30 Meninas 9-18 anos 21 Mulheres 19-50 anos 25 Mulheres > 50 anos 20 Gestantes ≤ 18 anos 29 Gestantes > 18 anos 30 Lactantes ≤ 18 anos 44 Faixa etária UL (µµµµg) ANVISA 1000 Lactentes 10µg/Kg até o limite de 100µg Crianças 10µg/Kg até o limite de 500µg 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 13 • Dosagem mais comum em adultos: 10 – 25 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: silício quelado e silício orgânico • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquidos Silício Silício • As maiores concentrações de silício são encontradas na pele e cartilagem, tecido conectivo, ossos e tendões • Atua como componente dos mucopolissacarídeos e do colágeno de tecidos conectivos, fortalecendo ossos, dentes, ligamentos, unhas e pele • As melhores fontes alimentares são: aveia, centeio e demais cereais integrais Suplementação vitamínica Vitaminas Hidrossolúveis Vitaminas Lipossolúveis Colina Tiamina Riboflavina Niacina Ácido pantotênico Piridoxina Ácido fólico Cobalamina Biotina Vitamina C Vitamina A Vitamina D Vitamina E Vitamina K Vitaminas Vitaminas Lipossolúveis • Dosagem mais comum em adultos: 1.500 – 5.000 UI/dia (450 – 1.500 µg/dia) • Formas ativas mais prescritas: acetato de retinila, palmitato de retinila • Formas farmacêuticas: pastilhas e cápsulas de gel Vitamina A 1 UI corresponde: – 0,3 µg de retinol – 0,34 µg de acetato de retinila – 0,6 µg de β-caroteno 14/03/2011Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 14 • Existem 3 formas da vitamina A no organismo: – Retinol (álcool) – Retinaldeído (aldeído) – Ácido retinóico (ácido) Os carotenóides pró-vitamínicos são convertidos em vitamina A no organismo, em diferentes graus de eficiência, sendo o mais ativo, o β-caroteno. RETINOL RETINALDEÍDO ÁCIDO RETINÓICO oxidação reversível oxidação irreversível Vitamina A Vitamina A Principais funções Importância: – Processo visual – Crescimento e desenvolvimento ósseo – Manutenção do tecido epitelial – Reprodução – Sistema imunitário – Expressão gênica • Fígado • Gema de ovo • Leite e derivados • Vegetais verde-escuros • Vegetais amarelo-alaranjados • Frutas A vitamina A é relativamente estável ao calor e luminosidade, porém, é destruída por oxidação. Sua biodisponibilidade é aumentada pela presença de vitamina E e outros antioxidantes. A cocção aumenta a disponibilidade dos carotenóides. Vitamina A Fontes alimentares • Xeroftalmia Manchas de Bitot Xerose corneal Ulceração corneal Ceratomalácea Vitamina A Deficiência • Alterações cutâneas Hiperceratose folicular (pele seca, escamosa e áspera) Sinais e sintomas da deficiência de Vitamina A Infecções recorrentes Queratinização do tecido epitelial Alterações nervosas Retardo no crescimento Anorexia Acne Má formação fetal Nefrite Vitamina A Toxicidade • Excesso de retinol causa alterações nas membranas biológicas quando a ingestão excede a capacidade de ligação da PFR • Sintomas: – Náuseas – Vômitos – Fadiga – Fraqueza – Cefaléia – Anorexia – Alopécia 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 15 Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (µg) 0 a 6 meses AI 400 7 a 12 meses AI 500 1 a 3 anos 300 4 a 8 anos 400 Meninos 9 a 13 anos 600 Meninas 9 a 13 anos 600 Meninas 14 a 19 anos 900 Meninos 14 a 19 anos 700 Homens >18 anos 900 Mulheres >18 anos 700 Gestantes 14 a 18 anos 750 Gestantes 19 a 50 anos 770 Lactantes 14 a 18 anos 1200 Lactantes 19 a 50 anos 1300 Faixa etária UL (µg) 0 a 3 anos 600 4 a 8 anos 900 9 a 13 anos 1700 14 a 18 anos 2800 >18 anos 3000 Gestantes 14 a 18 anos 2800 Gestantes 19 a 50 anos 3000 Lactantes 14 a 18 anos 2800 Lactantes 19 a 50 anos 3000 ANVISA 10000UI Lactentes 500UI/Kg até o limite de 5000UI Crianças 500UI/Kg até o limite de 10000UI • Dosagem mais comum em adultos: 40 – 200 UI/dia (1 – 5 µg/dia) • Formas ativas mais prescritas: vitamina D2 (ergocalciferol), vitamina D3 (colecalciferol), colecalcitrol • Formas farmacêuticas: pastilhas, cápsulas e líquido Vitamina D • Existem duas formas fisiologicamente ativas da vitamina D: Vitamina D2 (ergocalciferol) – alimentos de origem vegetal Vitamina D3 (colecalciferol) – alimentos de origem animal Vitamina D Vitamina D Vitamina D Fontes alimentares • Fígado • Gema de ovo • Manteiga • Pescados Vitamina D Toxicidade • Hipercalcemia • Hipercalciúria • Sintomas: – Anorexia – Fraqueza – Letargia – Náuseas – Vômitos – Constipação intestinal – Dores articulares 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 16 Necessidades nutricionais Faixa etária AI (µg) 0 a 6 meses 5 7 a 12 meses 5 1 a 3 anos 5 4 a 8 anos 5 9 a 13 anos 5 14 a 18 anos 5 19 a 50 anos 5 51 a 70 anos 10 > 70 anos 15 Gestantes 14 a 50 anos 5 Lactantes 14 a 50 anos 5 Faixa etária UL (µg) 0 a 12 meses 25 1 a 18 anos 50 >18 anos 50 Gestantes 14 a 50 anos 50 Lactantes 14 a 50 anos 50 ANVISA 800UI (25µg) Lactentes 40UI/Kg até o limite de 400UI (0,5µg/Kg até o limite de 10µg) Crianças 40UI/Kg até o limite de 800UI (0,5µg/Kg até o limite de 20µg) • Dosagem mais comum em adultos: 100 – 400 UI/dia (67 – 268 mg/dia) • Formas ativas mais prescritas: vitamina E natural (d-α- tocoferol), vitamina E sintética (d1-α-tocoferol) • Formas farmacêuticas: cápsulas, cápsulas em gel, gotas líquidas emulsificadas e gotas líquidas micelizadas Vitamina E Vitamina E Principais funções • Ação protetora às membranas celulares contra a destruição oxidativa, neutralizando radicais peroxil e alcoxil (principalmente no tecido nervoso) • Evita a peroxidação de ácidos poliinsaturados (PUFA) • Acentua a atividade da vitamina A • Inibe a atividade da proteína quinase C, reduzindo a incidência de neoplasias Vitamina E Fontes alimentares • Leite e derivados • Ovos • Óleos: algodão, milho, soja, girassol, dendê, amendoim • Germe de trigo • Amêndoa • Avelã • Sintomas: Disfunções neurológicas Miopatias Atividade anormal das plaquetas • Nos recém-nascidos pode causar anemia hemolítica (PUFA dos eritrócitos sensíveis à ação dos radicais livres) • Maior incidência de neoplasias Vitamina E Deficiência Vitamina E Toxicidade • Toxicidade é rara pois o organismo tolera grandes quantidades de vitamina E. 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 17 Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0 a 6 meses AI 4 7 a 12 meses AI 5 1 a 3 anos 6 4 a 8 anos 7 9 a 13 anos 11 14 a 18 anos 15 > 18 anos 15 Gestantes 14 a 50 anos 15 Lactantes 14 a 50 anos 19 Faixa etária UL (mg) 0 a 12 meses - 1 a 3 anos 200 4 a 8 anos 300 9 a 13 anos 600 14 a 18 anos 800 >18 anos 800 Gestantes 14 a 18 anos 800 Gestantes 19 a 50 anos 1000 Lactantes 14 a 18 anos 800 Lactantes 19 a 50 anos 1000 ANVISA 1200UI Lactentes 20UI/Kg até o limite de 200UI Crianças 20UI/Kg até o limite de 400UI • Dosagem mais comum em adultos: 20 – 90 µg/dia • Formas ativas mais prescritas: vitamina K1 (filoquinona), vitamina K2 (menaquinona), vitamina K3 (menadiona) • Formas farmacêuticas: cápsulas e pastilhas Vitamina K Vitamina K • Constituída por um grupo de substâncias com propriedades anti-hemorrágicas, derivadas da naftoquinona: – alimentos de origem vegetal � filoquinonas ou vitamina K1 – produzidas por bactérias intestinais � menoquinonas ou vitamina K2 • O derivado sintético menadiona ou vitamina K3 é duas vezes mais potente que as naturais O O CH3 CH2 CH C CH3 CH2 CH2 CH2 CH CH2 CH3 H3 Vitamina K Principais funções • Importante na coagulação sanguínea: necessária para a produção do ácido γ-carboxiglutâmico (Gla), presente nos fatores – Protrombina (fator II) – Pro-convertina (fator VII) – Fator anti-hemofílico B (fator IX) – Fator Stuart (fator X) • Saúde óssea: necessária para a carboxilação da osteocalcina que modula a deposição de cálcio no osso • Saúde cardiovascular: o Gla evita o enrijecimento do endotélio vascular Vitamina K Fontes alimentares • Vegetais verde-escuros • Gema de ovo • Aveia • Trigo integral Vitamina K Deficiência • Aumento no tempo de coagulação sangüínea • Deficiência associada com má-absorção de lipídeos ou destruição da flora bacteriana (uso crônico de antibióticos) • Sintomas: sangramentos de mucosas, manchas roxas na pele, hematúria Recém-nascidos devem receber administração intramuscular de vitamina K após o parto 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 18 Necessidades nutricionais Faixa etária AI (µg) 0 a 6 meses 2 7 a 12 meses 2,5 1 a 3 anos 30 4 a 8 anos 55 9 a 13 anos 60 14 a 18 anos 75 Homens > 18 anos 120 Mulheres > 18 anos 90 Gestantes 14 a 18 anos 75 Gestantes 19 a 50 anos 90 Lactantes 14 a 18 anos 75 Lactantes 19 a 50 anos 90 Faixa etária UL (µg) ANVISA 25 Lactentes 1µg/Kg até o limite de 10mg Crianças 1µg/Kg até o limite de 25mg Vitaminas Hidrossolúveis Metabolismo energético Lipídeos Carboidratos Proteínas Ácidos graxos+glicerol Glicose/Glicogênio Aminoácidos Ácido pantotênico Tiamina Biotina Niacina Ácido pantotênico Tiamina Biotina Niacina Vitamina C, Folacina B6, B12, NiacinaNiacina B6 Vitamina C, Folato, B6, B12 , Niacina B6 Desaminação ENERGIA Niacina Folato B6 B12Acetil CoA Folato CK Niacina Riboflavina Ácido pantotênico B12 Ácido pirúvico Ácido pantotênico Tiamina Biotina Niacina Riboflavina Niacina Életron transporte B6 Niacina Ácido lático Amônia Uréia Urina • Dosagem maiscomum em adultos: 150 – 300 mg (3 vezes ao dia) • Formas ativas mais prescritas: fosfatidilcolina • Formas farmacêuticas: cápsulas, líquidos e pós Colina Colina Principais funções • Precursora e componente do neurotransmissor acetilcolina (coordenação, movimento) • Atua na alta função cerebrocortical de pensamentos, memória e intelectualidade • Doa grupos metil para rotas bioquímicas • Componente da fosfatidilcolina, fosfolipídeo presente nas membranas celulares • Convertida a betaína para a síntese de aminoácidos e proteínas Colina Fontes alimentares • Ovo • Semente de mostarda • Germe de trigo tostado • Soja • Molho de tomate • Brócolis • Couve-flor • Milho • Salmão Encontrada nos alimentos na forma livre ou esterificada como fosfocolina, glicerofosfocolina, esfingomielina e fosfatidilcolina – liberadas pela ação das enzimas pancreáticas • Lecitina: rica em fosfatidilcolina 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 19 Colina Deficiência • Associada a danos hepáticos por aumento da alanina aminotransferase – Esteatose – Cirrose – Carcinoma • Aumento dos níveis de homocisteína: não conversão à metionina pela doação de um grupo metil pela betaína Colina Toxicidade • Transpiração excessiva com cheiro de peixe (excreção excessiva de trimetilamina, produzida pela microflora) • Salivação excessiva • Hipotensão • Hepatotoxicidade 10g– 16g/dia Necessidades nutricionais Faixa etária UL (mg) 0 a 12 meses - 1 a 8 anos 1000 9 a 13 anos 2000 14 a 18 anos 3000 >18 anos 3500 Gestantes 14 a 18 anos 3000 Gestantes 19 a 50 anos 3500 Lactantes 14 a 18 anos 3000 Lactantes 19 a 50 anos 3500 Faixa etária AI (mg) 0 a 6 meses 125 7 a 12 meses 150 1 a 3 anos 200 4 a 8 anos 250 9 a 13 anos 375 14 a 18 anos 375 Homens > 18 anos 550 Mulheres > 18 anos 400 Gestantes 14 a 18 anos 550 Gestantes 19 a 50 anos 425 Lactantes 14 a 18 anos 450 Lactantes 19 a 50 anos 550 • Dosagem mais comum em adultos: 10 – 15 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: cloridrato de tiamina, bentiamina • Formas farmacêuticas: cápsulas, pastilhas e líquidos Tiamina (Vitamina B1) Tiamina • Papel essencial na transformação energética e condução de membranas e nervos • Participa na síntese de pentoses TPP (pirofosfato) TTP (trifosfato) Tiamina Principais funções • Coenzima vital para a respiração tecidual • Participa na descarboxilação oxidativa de piruvato em acetil Co-A, permitindo a entrada de substrato oxidante no ciclo de Krebs • Participa na descarboxilação de outros α-cetoácidos derivados de aminoácidos (metionina, leucina, isoleucina e valina) • Coenzima na derivação de pentoses-fosfato (via alternativa para a oxidação da glicose) 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 20 Tiamina Fontes alimentares • Carnes magras • Vísceras • Aves • Peixes • Germe de trigo • Grãos integrais • Gema de ovo Tiamina Deficiência • Mais comum em alcoólatras (ingestão insuficiente, absorção e armazenamento diminuídos): Síndrome de Wernicke-Korsakoff • Incidência maior em países orientais (consumo de peixe cru – enzima tiaminase microbiana) • O cozimento dos alimentos facilmente destrói a tiamina!!! • Beribéri Sinais e sintomas da deficiência de Tiamina Agitação/Hiperatividade Nervosismo Irritabilidade Ansiedade/Apreensão Humor Inchaço tornozelos e pulsos Retenção hídrica Febre de origem desconhecida Sudorese noturna SNC Convulsões ���� Sensibilidade a dor Dificuldade de aprendizado ���� Memória Desequilíbrio Insônia Sonolência Desorientação Confusão mental Sinais e sintomas da deficiência de Tiamina Neuro-muscular Gastrintestinal Cárdio-pulmonar Fraqueza muscular Dificuldade de deglutição Taquicardia Fadiga Falta de apetite Dificuldade de respirar Cãibra noturna Vômitos Respiração curta Mialgia Dor abdominal Dor no peito Formigamento Indigestão � Sensibilidade no pés Diarréia Constipação Renal � Micção Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0 a 6 meses AI 0,2 7 a 12 meses AI 0,3 1 a 3 anos 0,5 4 a 8 anos 0,6 9 a 13 anos 0,9 14 a 18 anos 1,2 Homens > 18 anos 1,2 Mulheres > 18 anos 1,0 Gestantes 14 a 18 anos 1,4 Gestantes 19 a 50 anos 1,4 Lactantes 14 a 18 anos 1,4 Lactantes 19 a 50 anos 1,4 Faixa etária UL (mg) ANVISA 200 Lactentes 10mg/Kg até o limite de 100mg Crianças 10mg/Kg até o limite de 200mg • Dosagem mais comum em adultos: 15 – 30 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: riboflavina • Formas farmacêuticas: cápsulas, pastilhas e líquidos Riboflavina (Vitamina B2) 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 21 Riboflavina • Componente das coenzimas: • Componente essencial de produção de energia através da cadeia respiratória FAD (flavina adenina dinucleotídeo) FMN (flavida adenina mononucleotídeo) Riboflavina Principais funções • Formação dos eritrócitos • Necessária para a ocorrência da gliconeogênese • Regulação de enzimas tireoideanas • Participação no processo de oxirredução nas células, como tranportadoras de H+ • Catálise na oxidação de alguns intermediários do metabolismo dos ácidos graxos e da glicose Riboflavina Fontes alimentares • Vísceras • Carnes magras • Ovos • Vegetais verde-escuros • Inespecífica, associada à deficiência de outras vitaminas hidrossolúveis • Sintomas: Fotofobia Lacrimejamento Queimação e coceira nos olhos Inflamação e rachadura dos lábios, boca e língua Dermatite seborréica na pele dos sulcos nasolabiais, escroto ou vulva Tontura/Vertigem Prurido anal Riboflavina Deficiência Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0 a 6 meses AI 0,3 7 a 12 meses AI 0,4 1 a 3 anos 0,5 4 a 8 anos 0,6 9 a 13 anos 0,9 14 a 18 anos 1,3 Homens > 18 anos 1,3 Mulheres > 18 anos 1,1 Gestantes 14 a 18 anos 1,4 Gestantes 19 a 50 anos 1,4 Lactantes 14 a 18 anos 1,6 Lactantes 19 a 50 anos 1,6 Faixa etária UL (mg) ANVISA 200 Lactentes 10mg/Kg até o limite de 100mg Crianças 10mg/Kg até o limite de 200mg • Dosagem mais comum em adultos: 20 – 35 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: nicotinamida, ácido nicotínico, hexaniaciato de inositol • Formas farmacêuticas: cápsulas, pastilhas e líquidos Niacina (vitamina B3) 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 22 Niacina • Termo genérico para: – Nicotinamida – Ácido nicotínico • Componente das coenzimas: NAD (dinucleotídeo de nicotinamida-adenina) NADP (dinucleotídeo de nicotinamida-adenina-fosfato) Niacina Principais funções • No mínimo 200 enzimas são dependentes de NAD e NADP, que atuam como aceptadores ou doadores de H+ • Importante para a glicólise, glicogênese, respiração tecidual e síntese de lipídeos • Ação antioxidante: prevenção da depleção do NAD durante o reparo do DNA • Ação antiinflamatória: promove quimiotaxia de neutrófilos Niacina Fontes alimentares • Levedo de cerveja • Vísceras • Carnes magras • Aves • Peixes • Amendoim Niacina x Doenças cardiovasculares • Em doses farmacológicas o ácido nicotínico reduz LDL e triglicerídeos, bem como aumenta a meia- vida do HDL – Inibe a diacilglicerol aciltransferase, enzima chave para a síntese hepática de triglicerídeos • Diminui os níveis de lipoproteína (a) e fibrinogênio Niacina Deficiência • Pelagra: 3 D´s (dermatite, demência e diarréia), tremores, língua amarga – Alcoólatras – Síndrome de má-absorção Niacina Toxicidade • Não se conhece nenhuma toxicidade associada com o uso da niacina. • O uso de altas doses de niacinamida pode causar náuseas e vômitos, flatulência e diarréia. • O uso de altas doses de ácido nicotínico pode causar flushing cutâneo com hiperemia, pele esfoliada e cefaléia (ação vasodilatadora). 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 23 Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0 a 6 meses AI 2 7 a 12 meses AI 4 1 a 3 anos 6 4 a 8 anos 8 9 a 13 anos 12 14 a 18 anos 16 Homens > 18 anos 16 Mulheres > 18 anos 14 Gestantes 14 a 18 anos 18 Gestantes 19 a 50 anos 18 Lactantes 14 a 18 anos 17 Lactantes 19 a 50 anos 17 Faixa etáriaUL (mg) 0 a 12 meses - 1 a 3 anos 10 4 a 8 anos 15 9 a 13 anos 20 14 a 18 anos 30 >18 anos 35 Gestantes 14 a 18 anos 30 Gestantes 19 a 50 anos 35 Lactantes 14 a 18 anos 30 Lactantes 19 a 50 anos 35 ANVISA 400 Lactentes 20mg/Kg até o limite de 200mg Crianças 20mg/Kg até o limite de 400mg • Dosagem mais comum em adultos: 15 – 45 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: pantotenato de cálcio • Formas farmacêuticas: cápsulas e pastilhas Ácido pantotênico (vitamina B5) Ácido pantotênico Principais funções • Participação especial no metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas • Convertido em coenzima A, participa das reações de liberação energética • Síntese de hormônios esteróides, colesterol e fosfolipídeos • Ação antioxidante (panteteína) Ácido pantotênico Fontes alimentares • Ovo • Fígado • Rins • Levedo de cerveja • Couve-flor • Brócolis • Batata-doce • Melado Ácido pantotênico Deficiência • Sintomas: Fadiga Apatia Mal-estar Mialgia Parestesia Depressão Distúrbios do sono Necessidades nutricionais Faixa etária AI (mg) 0 a 6 meses 1,7 7 a 12 meses 1,8 1 a 3 anos 2 4 a 8 anos 3 9 a 13 anos 4 14 a 18 anos 5 Homens > 18 anos 5 Mulheres > 18 anos 5 Gestantes 14 a 18 anos 6 Gestantes 19 a 50 anos 6 Lactantes 14 a 18 anos 7 Lactantes 19 a 50 anos 7 Faixa etária UL (mg) ANVISA 1000 Lactentes 50mg/Kg até o limite de 500mg Crianças 50mg/Kg até o limite de 1000mg 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 24 • Dosagem mais comum em adultos: 20 – 100 mg/dia para piridoxina e 5 – 10 mg/dia para piridoxal-5-fosfato • Formas ativas mais prescritas: hidrocloreto de piridoxina e piridoxal-5-fosfato • Formas farmacêuticas: cápsulas, tabletes e líquidos Piridoxina (vitamina B6) Piridoxina • Apresenta-se em 3 formas: Piridoxina - álcool PLP (fosfato piridoxal) - aldeído PMP (fosfato piridoxamina) - amina Piridoxina Principais funções • Atua nas reações de degradação não-oxidativa de aminoácidos como a transaminação, desaminação, dessulfuração e descarboxilação • Formação de compostos porfirínicos, partes essenciais da hemoglobina • Conversão do triptofano em niacina • Atua na liberação de glicose-1-fosfato e glicogênio hepático • Formação de colágeno e elastina Piridoxina Fontes alimentares • Levedo de cerveja • Germe de trigo • Cereais integrais • Leguminosas • Batata • Banana • Carne de porco • Vísceras • Alterações dermatológicas, circulatórias e neurológicas • Sintomas: Depressão Distúrbios do sono Neurite TPM Letargia Diminuição da concentração Queilose Estomatite angular Piridoxina Deficiência Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0 a 6 meses AI 0,1 7 a 12 meses AI 0,3 1 a 3 anos 0,5 4 a 8 anos 0,6 9 a 13 anos 1,0 14 a 18 anos 1,3 Homens > 18 anos 1,3 Mulheres > 18 anos 1,1 Gestantes 14 a 18 anos 1,6 Gestantes 19 a 50 anos 1,6 Lactantes 14 a 18 anos 1,7 Lactantes 19 a 50 anos 1,7 Faixa etária UL (mg) 0 a 12 meses - 1 a 3 anos 30 4 a 8 anos 30 9 a 13 anos 60 14 a 18 anos 100 >18 anos 100 Gestantes 14 a 18 anos 100 Gestantes 19 a 50 anos 100 Lactantes 14 a 18 anos 100 Lactantes 19 a 50 anos 100 ANVISA 200 Lactentes 10mg/Kg até o limite de 100mg Crianças 10mg/Kg até o limite de 200mg 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 25 • Dosagem mais comum em adultos: 100 – 1000 µg/dia • Formas ativas mais prescritas: ácido fólico (folato) • Formas farmacêuticas: cápsulas, pastilhas e líquidos Folato (vitamina B9) Folato • Folacina e folato são uma classe genérica que inclui um grupo de compostos químicos nutricionalmente similares ao ácido fólico. Folato Principais funções • Síntese de purinas para a formação do DNA e RNA • Formação e maturação de hemácias e leucócitos na medula óssea • Fundamental para o metabolismo protéico Folato Fontes alimentares • Carnes magras • Feijões roxos • Fava • Trigo integral • Vegetais verde-escuros • Levedo de cerveja • Ovo • Laranja • A principal conseqüência metabólica da deficiência de ácido fólico é a alteração do metabolismo do DNA – Alterações na morfologia nuclear (hemácias, leucócitos, células epiteliais do estômago, vagina e cérvix uterino) Folato Deficiência A deficiência de folato parece desempenhar um papel importante na formação do tubo neural do feto (espinha bífida ou anencefalia) Recomenda-se uma compensação de folato durante a gravidez Sinais e sintomas da deficiência de Folato Anemia macrocítica Fadiga Cefaléia Alopécia Irritabilidade Neuropatia periférica Diarréia Perda de peso Insônia Depressão Homocisteinemia 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 26 Necessidades nutricionais Faixa etária RDA(µg) 0 a 6 meses AI 65 7 a 12 meses AI 80 1 a 3 anos 150 4 a 8 anos 200 9 a 13 anos 300 14 a 18 anos 400 Homens > 18 anos 400 Mulheres > 18 anos 300 Gestantes 14 a 18 anos 600 Gestantes 19 a 50 anos 600 Lactantes 14 a 18 anos 500 Lactantes 19 a 50 anos 500 Faixa etária UL (µg) 0 a 12 meses - 1 a 3 anos 300 4 a 8 anos 400 9 a 13 anos 600 14 a 18 anos 800 >18 anos 1000 Gestantes 14 a 18 anos 800 Gestantes 19 a 50 anos 1000 Lactantes 14 a 18 anos 800 Lactantes 19 a 50 anos 1000 ANVISA 1000 Lactentes 50µg/Kg até o limite de 500µg Crianças 50µg/Kg até o limite de 1000µg • Dosagem mais comum em adultos: 10 – 30 µg/dia via oral, 40 – 200 µg/dia via sublingual • Formas ativas mais prescritas: vitamina B12 e cianocobalamina • Formas farmacêuticas: cápsulas, pastilhas, pastilhas efervescentes, líquidos e sprays lipossomais Cobalamina (vitamina B12) Sempre suplementar B12 + ácido fólico!!! Cobalamina • Nome genérico da vitamina B12 que engloba várias substâncias: Cianocobalamina Hidroxicobalamina Aquocobalamina Cobalamina Principais funções • Essencial para o funcionamento normal do metabolismo celular, principalmente as do trato gastrintestinal, medula óssea e tecido nervoso • Participa na transferência dos grupamentos metila na síntese de ácidos nucléicos • Afeta a formação da bainha de mielina • Atua na maturação dos eritrócitos Cobalamina Fontes alimentares • Vísceras • Leite e derivados • Ovo * Vegans necessitam obter vitamina B12 de fonte não- dietética Cobalamina Deficiência Anemia megaloblástica ou perniciosa – Diminuição da síntese de DNA com proliferação defeituosa e acelerada das células sangüíneas. Observa-se macrocitose e neutrofilia *Também causada pela deficiência de ácido fólico • Problemas neurológicos, dermatites, anorexia, diarréia, glossite e hipospermia. * A manifestação clínica é tardia! 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 27 Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (µg) 0 a 6 meses AI 0,4 7 a 12 meses AI 0,5 1 a 3 anos 0,9 4 a 8 anos 1,2 9 a 13 anos 1,8 14 a 18 anos 2,4 Homens > 18 anos 1,8 Mulheres > 18 anos 2,4 Gestantes 14 a 18 anos 2,6 Gestantes 19 a 50 anos 2,6 Lactantes 14 a 18 anos 2,8 Lactantes 19 a 50 anos 2,8 Faixa etária UL (µg) ANVISA 1000 Lactentes 50µg/Kg até o limite de 500µg Crianças 50µg/Kg até o limite de 1000µg • Dosagem mais comum em adultos: 300 – 900 µg/dia • Formas ativas mais prescritas: biotina • Formas farmacêuticas: cápsulas e pastilhas Biotina Biotina • A biotina funciona no metabolismo via enzimas biotina-dependentes que estão envolvidas na gliconeogênese, síntese e oxidação de ácidos graxos, degradação de aminoácidos e síntese de purinas. Biotina Principais funções • Coenzima para as reações envolvidas na adição ou remoção de dióxido de carbono de ou para compostos ativos • Coenzima para a síntese e oxidação de ácidos graxos • Participa na desaminação de aminoácidos (ácido aspártico, treonina e serina) Biotina Fontes alimentares • Leite • Fígado • Gema de ovo • Cogumelos • Banana • Melancia • Morango • Amendoim • Levedo de cerveja *Grande parte fornecida pela síntese bacteriana no trato gastrintestinal • Descrita em pacientes com NPT crônica • Sintomas: Dermatite seca dascamativa Palidez Náuseas Vômitos Anorexia • Avidina (clarade ovo crua) � combina com a biotina no intestino, evitando sua absorção � desnaturada pela cocção Biotina Deficiência 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 28 Necessidades nutricionais Faixa etária AI (µg) 0 a 6 meses 5 7 a 12 meses 6 1 a 3 anos 8 4 a 8 anos 12 9 a 13 anos 20 14 a 18 anos 25 Homens > 18 anos 30 Mulheres > 18 anos 25 Gestantes 14 a 18 anos 30 Gestantes 19 a 50 anos 30 Lactantes 14 a 18 anos 35 Lactantes 19 a 50 anos 35 Faixa etária UL (mg) ANVISA 2,5 Lactentes 0,125mg/Kg até o limite de 1,25mg Crianças 0,125mg/Kg até o limite de 2,5mg • Dosagem mais comum em adultos: 100 – 300 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: inositol, nicotinato de inositol • Formas farmacêuticas: cápsulas e pastilhas Inositol Inositol Principais funções • Essencial componente dos fosfolipídeos de membrana celular • Auxilia na resposta celular a estímulos externos como componente da fosfatidilinositol • Facilita a produção de ácido araquidônico • Efetivo no tratamento de depressão, crises do pânico e transtorno obsessivo compulsivo Principal fonte enérgica para a germinação de plantas Inositol Fontes alimentares • Grãos integrais • Cereais • Leguminosas • Nozes • Sementes Inositol x Estresse oxidativo • O IP6 possui potente função antioxidante pela quelação de cátions bivalentes, como Cobre e Ferro, prevenindo a formação de EROs responsáveis pela lesão celular e carcinogênese. • O IP6 é uma chave intermediária do ciclo fosfatidilinositol, um sistema segundo mensageiro utilizado por muitos receptores noradrenérgicos, serotoninérgicos e colinérgicos. Inositol x Depressão • Aumento nos cristais de oxalato de cálcio na urina, o que resulta no aumento do risco para a formação de nefrolitíase • Aumento no risco de estresse oxidativo, o que resulta no aumento do risco de patologias cardiovasculares Inositol Deficiência 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 29 • Dosagem mais comum em adultos: 200 – 400 mg/dia • Formas ativas mais prescritas: vitamina C revestida, ascorbato • Formas farmacêuticas: cápsulas, pastilhas, pastilhas efervescentes, sprays lipossomais e pó Ácido ascórbico (vitamina C) Ácido ascórbico • Vitamina sintetizada por plantas e alguns mamíferos a partir de glicose e galactose • Os humanos não sintetizam esta vitamina pois não possuem a enzima L-gulonolactona oxidase Recicla a vitamina E αααα -tocoferil quinona pode atuar como pró-oxidante αααα-tocoferol radical tocoferil αααα -tocoferoxil Se não houver regeneração pelo ascorbato perda de H+ Ácido ascórbico Principais funções Função antioxidante: a vitamina C possui potente ação redutora • Essencial no metabolismo da serotonina, norepinefrina e tiroxina • Atua na síntese de colágeno e elastina • Assegura um suprimento mais disponível de ferro não-heme (evita a formação de hemossiderina) • Envolvida na cicatrização, fraturas, hemorragias e sangramentos gengivais • Ativa a conversão do colesterol à ácidos biliares para excreção Ácido ascórbico Principais funções Ácido ascórbico Fontes alimentares • Frutas cítricas • Vegetais frescos Ácido ascórbico Deficiência • Causas: − baixa ingestão − má-absorção − abuso de drogas e álcool Escorbuto: gengiva inchada, inflamada, perda dos dentes, secura da boca e olhos, alopécia, prurido − defeitos na síntese de colágeno, abertura de feridas antigas − infecções secundárias − distúrbios neuróticos, hipocondrias, histerias, depressão 14/03/2011 Profª Msc. Carolina Amâncio Louly Sasaki 30 Atenção!!! Pacientes com baixos estoques de ferro devem ingerir ferro não-heme e ácido ascórbico na mesma refeição, principalmente no almoço e jantar. Em pacientes com ferritina elevada, é interessante a administração de ácido ascórbico, uma vez que a ferritina desencadeia uma reação oxidativa formando radicais livres. Orienta-se a suplementação de ácido ascórbico nos intervalos das refeições ou no desjejum. Ácido ascórbico Toxicidade • Os principais efeitos adversos após oconsumo de elevadas doses (>3g/dia) são: − diarréia osmótica − distúrbios gastrintestinais − formação de cálculos renais (em indíviduos predisponentes) − aumento da excreção de ácido úrico Escorbuto de rebote em indivíduos que fazem suplementação maciça! Necessidades nutricionais Faixa etária RDA (mg) 0 a 6 meses AI 40 7 a 12 meses AI 50 1 a 3 anos 15 4 a 8 anos 25 9 a 13 anos 45 14 a 18 anos 75 Homens > 18 anos 90 Mulheres > 18 anos 75 Gestantes 14 a 18 anos 80 Gestantes 19 a 50 anos 85 Lactantes 14 a 18 anos 115 Lactantes 19 a 50 anos 120 Faixa etária UL (mg) 0 a 12 meses - 1 a 3 anos 400 4 a 8 anos 650 9 a 13 anos 1200 14 a 18 anos 1800 >18 anos 2000 Gestantes 14 a 18 anos 1800 Gestantes 19 a 50 anos 200 Lactantes 14 a 18 anos 1800 Lactantes 19 a 50 anos 2000 ANVISA 1000 Lactentes 25mg/Kg até o limite de 300mg Crianças 25mg/Kg até o limite de 1000mg Atenção!!! É importante lembrar que a suplementação não substitui uma alimentação equilibrada, mas têm um papel efetivo no preenchimento das falhas nutricionais que dificultam o bem- estar e a qualidade de vida.
Compartilhar