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IMUNO resumo

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​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 Resumos Imunologia 
 CARLA - 2 PERÍODO 
 
→ PROPRIEDADES DA RESPOSTA IMUNE 
→ CÉLULAS E TECIDOS DO SISTEMA IMUNE 
→ CIRCULAÇÃO DE LEUCÓCITOS E MIGRAÇÃO PARA OS TECIDOS 
→ IMUNIDADE INATA 
→ ANTICORPOS E ANTÍGENOS 
→ MHC - COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE 
→ RECEPTORES IMUNOLÓGICOS E TRANSDUÇÃO DE SINAIS 
→ RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
 
 
 
 
 
1 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Resposta Imune 
O termo imunidade significa proteção contra doenças, mais especificamente as infecciosas. As 
células e as moléculas responsáveis pela imunidade constituem o Sistema Imunológico, e a sua 
resposta coletiva e coordenada a substâncias estranhas é denominada resposta imunológica. 
→​ Resposta imune:​ todo o antígeno, sendo ele do próprio corpo ou dos microorganismos 
→ Resposta inata:​ todo mundo tem, herdada 
→ ​Resposta adaptativa:​ adaptável diante de uma situação especializada 
 
Obs: A imunização ativa → como a vacina, por exemplo, pode ser passada por gerações como 
também pode ser utilizada como resposta adaptativa. Logo, a vacina pode ser considerada como 
uma resposta adaptativa como uma resposta inata. 
 
São interdependes, uma ativando a outra até que a redução do número de antígenos vai diminuindo a 
resposta até inativa-la 
 
MECANISMOS INESPECÍFICOS: 
1. Primeira linha de defesa: 
1.1 ​→ Pele: Epiderme/ Células/ Suor 
1.2​ → Membranas mucosas: Revest Respiratório/ Digestório/ Urogenital 
2. Segunda linha de defesa: 
2.1​ → Fagócitos 
- Glóbulos Brancos (leucócitos)​: capacidade de fagocitar ou destruir os parasitas 
- Neutrófilos:​ fagocitam bactéria 
- Macrófagos:​ fagocitam vírus e bactérias 
- Eosinófilos:​ destroem agentes pluricelulares (libera mediadores químicos que 
reduzem a inflamação) 
2.2 ​→ Proteínas Microbianas 
Ex: Saliva, lágrimas, suor e secreções mucosas 
 
MECANISMOS ESPECÍFICOS: 
2 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
→ Mais demorado de ativação 
→ Mais eficientes no combate dos antígenos 
→ Formam células de memória: reconhecer novamente o antígeno e agir mais rápido 
 ​ ANTÍGENO ​ → ​ ANTICORPO ​ → 
CORPO ESTRANHO RESPOSTA ESPECÍFICA IMUNOGLOBULINA 
 
→ Tipos de Imunoglobulina: 
1. Imunoglobulina A 
- Atuam sobre antígenos presentes nas superfícies de mucosas 
- Presente no colostro 
2. Imunoglobulina D 
- Estimula os linfócitos B 
3. Imunoglobulina E 
- Importante no processo alérgico 
- Parasita protistas e helmintos 
4. Imunoglobulina G 
- A única que atravessa a placenta protegendo o feto, facilitando a fagocitose 
5. Imunoglobulina H 
- Uma das primeiras a serem produzidas na resposta imune 
 
PRIMEIRA RESPOSTA: 
→ Quando o corpo tem contato com um patógeno ele cria uma memória imunológica adaptativa, se 
tornando imune à ele. 
● Ao tomar vacina, por exemplo, o corpo faz esse contato, gerando uma memória, tendo uma 
maior chance de eliminar o patógeno, chegando a não ter sinais clínicos. Contudo, o 
microrganismo sofre mutações em alguns casos, por isso as vacinas como a da gripe, 
devem ser tomadas todo ano. 
→ Ao ser exposto a uma doença o primeiro sistema imune a responder é o sistema imune inato. 
● O sistema imune inato expõe uma característica do microrganismo para que o sistema 
imune adaptativo possa agir com uma especificidade maior sobre o microorganismo e 
destruí-lo. 
● O macrófago, ao fagocitar a bactéria, através de um receptor rudimentar e comum, expõe 
um segmento de proteína da bactéria, que é específico daquela espécie de bactéria. Com 
isso, os linfócitos, com seus receptores altamente especializados, são capazes de 
reconhecer qual bactéria é aquela, e com isso combatê-la. 
 
TIPOS DE IMUNIZAÇÃO: 
Passiva:​ O corpo não produz nada, apenas recebe os anticorpos prontos. 
 Ex: Soro antiofídico (picada de cobra). 
 ​Esse tipo de imunização não gera memória imunológica. 
Ativa: ​O corpo recebe os patógenos mortos ou inativos (sem a capacidade para de reproduzir), 
sendo levado a produzir uma resposta imunológica para aqueles patógenos, logo esse tipo de 
imunização gera a formação de células de memória imunológica. 
 
 
 
 
3 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Obs:​ ​Os patógenos têm tamanhos diferentes, desencadeando respostas diferentes. Não são todos 
que os macrófagos conseguem fagocitar (helmintos = não) 
Vírus < Bactérias < Fungos < Protozoários < Helmintos (vermes) 
Cada microrganismo tem sua proteína de superfície que é identificada pelo corpo 
- Vírus:​ parasita intracelular obrigatório 
- Bactérias:​ Intracelular (afeta as células) ou extracelular (por meio de toxinas - ex: botulismo: 
intoxicação alimentar) 
- Helmintos:​ Não conseguem ser fagocitados, logo são produzidas substâncias (antibióticos 
naturais) para destruir essas proteínas de superfície 
 
Obs:​ Algumas vezes , nem mesmo os indivíduos competentes conseguem eliminar o 
microrganismo, pois esse “foge” da resposta imunológica, mutando a proteína de membrana, por 
exemplo (verme). 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO: 
Função: 
● Reconhecimento das substâncias e dos microorganismos estranhos que 
conseguiram entrar no corpo → ANTÍGENO 
● Remoção de elementos estranhos utilizando um conjunto de células e moléculas que 
atuam simultaneamente de forma eliminar o risco. 
- Formado por um conjunto de células (macrófagos) e moléculas (anticorpos) que cooperam 
para nos proteger dos agentes infecciosos e também nos oferecer um sistema de vigilância 
capaz de monitorar ou manter a integridade dos nossos tecidos 
- Enfraquece com a idade pelo envelhecimento das células 
● Ex. Quando a bactéria produz toxinas os anticorpos se ligam às toxinas 
inativando-as e fazendo com que os macrófagos consigam fagocitá-las a partir dessa 
marcação. 
Obs: ​Paciente doente = imunodeprimido 
 
Microbiana/ Microbiota “flora intestinal” 
- Microrganismos que colonizam o corpo humano de forma benéfica, ajudando na resposta 
inata. 
Self e Non-Self: 
- Se o organismo não reconhece o que é do próprio corpo, pode acabar gerando uma doença 
autoimune (lúpus, artrite, reumatoide, doença inflamatória do intestino, esclerose múltipla e 
diabetes tipo I), em que o sistema imune ataca erroneamente as células/ tecido do próprio 
corpo 
Alergia e Asma: 
- Nesses casos o organismo reconhece o que é do próprio ou não, mas há um excesso de 
resposta imune 
Quando o sistema imunológico não funciona como deveria: 
- Distúrbios de imunodeficiência primária:​ geneticamente herdados (penfigóide bolhoso) 
- Distúrbios de imunodeficiência secundária:​ geneticamente o sistema imune é perfeito, 
porém ele fica comprometido por fatores ambientais (HIV, queimaduras graves ou 
quimioterapia) 
Atividades essenciais do sistema imune: 
- Reconhecimento → antígenos (substâncias ou microorganismos estranhos) no corpo. 
4 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
- Remoção → dos elementos estranhos por um conjunto de células e moléculas que atuam 
juntas eliminando o risco potencial 
Conceito: 
● ANTÍGENO: “Formas” ou moléculas reconhecidas como “estranhas” pelo sistema imune 
 
 SISTEMA IMUNE INATO: 
→ Herdado, as respostas inatas são mediatas, inespecíficas (receptores), difere um vírus de 
bactérias, mas não difere os tipos de de vírus. 
● As vezes não é suficiente porque o agente infeccioso pode estar bem adaptado para evitar o 
ataque. 
→ Atores principais da respostas imuneinata: 
● Macrófago, neutrófilos e proteínas bactericidas. Esses possuem em sua superfície 
receptores inespecíficos 
→ As respostas imunes inatas são semelhantes entre os indivíduos de mesma espécie, pois não 
são codificados pelas células de linhagem germinativas (pouca diversidade) 
→ Dentro do sistema imune inato são encontrados dois tipos de resposta: 
1. Resposta celular: Macrófago, eosinófilo.. 
2. Resposta humoral: Fígado produzindo proteínas para destruir os microorganismos 
 
 ​SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO: 
→ As respostas adaptativas são lentas, altamentes específicas (receptor), grande diversidade, gera 
células de memória. 
→ Atores principais da resposta imune adaptativa: linfócitos (T e B) 
● T - reconhecem antígenos na superfície APC 
● B - Plasmócitos: produzem anticorpos → reconhecem antígenos solúveis 
→ Dentro do sistema imune adaptativo também são encontrados dois tipos de resposta: 
1. Celular: Linfócito 
2. Humoral: Anticorpo 
 
 ​ TIPOS DE IMUNIDADE: 
1. IMUNIDADE HUMORAL: 
- Mediada por moléculas denominadas anticorpo produzidas pelo ​linfócito B 
(Responsáveis pela produção de anticorpos)​. ​Dessa forma elas marcam o 
microorganismo para a células destruir 
- A imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa contra microorganismos 
extracelulares, visto que os anticorpos secretados podem ligar-se a esses 
microorganismos e ajudar na sua eliminação 
- Ao ter contato com o antígenos os linfócitos sofrem diversas mitoses e 
transformam-se em plasmócitos. 
2. IMUNIDADE CELULAR: 
- Mediada por célula, mediadas por ​linfócito T​. A própria célula já reconhece e destrói 
o microorganismo 
- Tipos de linfócitos T: 
a) Citotóxico: reconhecem e destroem através de perforinas (HELP ou CD4) 
b) Auxiliares: Função de reconhecer macrófagos ou ativá-los 
c) Supressores: Modulam a resposta imune através da inibição da mesma. 
Também participam de intolerância imunológica 
d) De memória: Reconhece o mesmo antígeno 
5 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
3. IMUNIDADE ATIVA E PASSIVA: 
- As duas são específicas, porém a ativa gera células de memória imunológica e a 
passiva não. 
 
Obs:​ Padrões moleculares = padrão de moléculas que estão na superfície dos microorganismos ou 
em alguma célula que tem que ser eliminada 
1. Padrões moleculares associados à patógenos (PAMP)​ = Padrão de reconhecimento da 
resposta inata. 
2. Padrão molecular associado à dano (DAMP)​ = É de resposta inata, porém referente a algo 
do próprio corpo - Ex. células em apoptose. A célula do sistema imune inato tem o 
reconhecimento de padrão (PRR) 
Obs:​ Imunopatogênese = efeito colateral de uma resposta imune e intensa, causada pelo próprio 
sistema imune (ex: septicemia) 
As células do sistema imune liberam proteínas mensageiras que amplificam as respostas imunes, 
que são as citocinas. 
- A citocina e as quimiocinas fazem a sinalização para aumentar ou suprimir a resposta para 
destruir o patógeno. 
- As quimiocinas são um subtipo de citocina ao foco infeccioso 
As células apresentadoras de antígenos “profissionais” = são intermediárias, parte inata e parte 
adaptativa, pois após identificar e fagocitar o patógeno elas colocam a sinalização do patógeno na 
sua superfície e levam para ativar a resposta adaptativa. Ou seja, quando o receptor do macrófago 
reconhece o PAMP do microorganismo tem-se resposta inata, mas quando as APC’s apresentam 
prolinfócito tem-se resposta imune adaptativa 
- Outras células podem apresentar o antígeno porém não são profissionais por não serem do 
SI. E as são infectadas e expressam na sua superfície parte dele (Ex: Tecido muscular) 
TIPOS DE RESPOSTA: 
1. RESPOSTA PRIMÁRIA: 
- Primeiro contato com o microorganismo; fraca 
2. RESPOSTA SECUNDÁRIA: 
- Contato subsequente com o mesmo microorganismo, memória imunológica já criada, 
mais rápida e eficaz. 
Obs: ​O reconhecimento do antígeno (pelos receptores) e funções efetoras variam 
- A imunidade inata em contato com PAMP. Pode gerar uma resposta inflamatória (local ou 
sistêmica), que é a formação de edema, eritema (dilatação capilar), dor e aumento da 
6 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
temperatura local. Isso devido à liberação de citocinas e quimiocinas, fragmentos do 
complemento e aminas vaso ativas depois do primeiro encontro com o patógeno. 
- Na inata a defesa antiviral se dá por células natural Killer, ativado por interferon. 
 
A imunidade adaptativa se da por: 
- Anticorpos (imunoglobulinas M) 
- Linfócito T auxiliares 
- Linfócitos T citotóxicos 
 
Todo linfócito B é uma célula produtora de anticorpo e os linfócitos T não produzem 
A expansão clonal é feita na multiplicação de Linfócitos T e B. Os linfócitos B produzidos, parte vira 
células efetoras, parte vira células de memória 
 
FASES DA RESPOSTA IMUNE: 
1. Reconhecimento do Antígeno 
2. Ativação do linfócito 
3. Eliminação do antígeno 
4. Contração (homeostase) 
5. Memória 
Obs: ​Depois da eliminação do patógeno as células efetoras entram em apoptose. 
Os clones ficam em quantidade mínima espalhadas pelo corpo, quando encontra o patógeno 
correspondente ele tem sua produção ativada. 
 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
1. LUPUS 
- Desenvolvem anticorpos que reagem contra as próprias células podendo afetar a 
pele 
2. AIDS 
- O vírus da AIDS afeta as células CD4 
 
O QUE É ALERGIA? 
É uma hipersensibilidade do sistema imune de defesa a certos antígenos (alergênicos) 
- Os tipos mais comuns de alergia estão relacionados com as Imunoglobulinas E 
- O choque anafilático é uma violenta reação alérgica, causada por hipersensibilidade 
● Nesse caso ocorre uma rápida eliminação de histaminas pelos mastócitos e 
consequente queda repentina da pressão sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Células e Tecidos do 
Sistema Imune 
Essas células podem ser circulantes no sangue ou linfa ou se acumular em alguns locais do corpo 
(órgão linfóides) 
- Formadas no desenvolvimento embrionário ou ao longo da vida 
Primeiramente, o sistema imune deve ser capaz de responder rapidamente a pequeno número de 
muitos microrganismos diferentes que podem ser introduzidos em qualquer lugar do corpo. 
Segundo, na resposta adaptativa, muito poucos linfócitos imaturos reconhecem especificamente e 
respondem a qualquer antígeno. Terceiro, os mecanismos efetores do sistema imune adaptativo 
(anticorpos e células T efetoras) podem ter que localizar e destruir microrganismos em locais que 
são distantes da região onde a resposta imune foi induzida 
 
→ TEORIA MONOFILÉTICA: 
Afirma que todas as células do sangue são derivadas de 1 única célula em comum, chamada de 
tronco pluripotente. Essa célula gera 2 células progenitoras multipotentes. 
- A progenitora linfóide comum → origina linfócitos T e B 
- A progenitora mielóide comum → origina as demais: neutrófilos, célula dendrítica, 
monócitos, eosinófilos, etc. 
1. Fagócitos: ​incluindo os neutrófilos e macrófagos, são as células cuja função primária é 
ingerir e destruir microrganismos e se livrar de tecidos danificados. 
A) Neutrófilos ou Leucócitos polimorfonucleares:​ constituem a população mais 
abundante de células brancas sanguíneas circulantes e medeiam as fases iniciais 
das reações inflamatórias. 
B) Fagócitos Mononucleares:​ inclui as células circulantes denominadas monócitos e 
células resistentes teciduais denominadas macrófagos, sua principal função é ingerir 
e matar microrganismos. 
2. Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos:​ 3 células adicionais que têm papel nas respostas 
imunes inatas e adaptativas. Ambas, contém vários mediadores inflamatórios e 
antimicrobianos.A) Mastócitos:​ são células presentes na pele e mucosa epitelial, contendo abundantes 
grânulos citoplasmáticos cheios de histamina e outros mediadores. 
● Normalmente os mastócitos maduros não são encontrados na circulação, 
mas são encontrados nos tecidos. 
B) Basófilos:​ são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades estruturais e 
funcionais com os mastócitos. 
● Possui uma linhagem diferente da dos mastócitos 
● Amadurecem já na medula óssea e são liberados para a circulação. 
C) Eosinófilos:​ são granulócitos sanguíneos que expressam grânulos citoplasmáticos 
contendo enzimas que são danosas às paredes celulares de parasitas, mas também 
podem danificar os tecidos do hospedeiro. 
8 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
3. Células Apresentadoras de Antígenos:​ Capturam microrganismos e outros antígenos, 
apresentam-nos aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e 
diferenciação dos linfócitos 
A) Células dendríticas:​ são as APCs mais importantes para a ativação das células T 
imaturas e têm papel principal nas respostas inatas às infecções e na ligação das 
respostas imunes inata e adaptativa. Fazem parte da linhagem mielóide. 
B) Células dendríticas foliculares:​ são células com projeções membranosas 
encontradas entremeadas em coleções de células B ativadas nos folículos linfóides 
de linfonodos, baço e tecidos linfóides mucosos. 
C) Outras células APCs:​ macrófagos e linfócitos B são importantes células 
apresentadoras de antígenos para as células T auxiliares CD4+. 
4. Linfócitos: ​as únicas células da imunidade adaptativa, são as células exclusivas no corpo 
que expressam receptores de antígenos clonalmente expressos, cada um específico para 
um determinante antigênico diferente. 
Os 
linfócitos consistem em subgrupos distintos que são diferentes em suas funções e produtos 
proteicos: 
A) Linfócitos B:​ as células que produzem os anticorpos e são derivados da medula 
óssea. 
● Foliculares:​ produção de anticorpo (imunidade humoral) 
● Da zona marginal:​ produção de anticorpos (imunidade humoral) - mais restrita 
a um determinado grupo de moléculas 
B) Linfócitos T:​ são os mediadores da imunidade celular, surgem na medula óssea e 
migram para o timo para amadurecerem, são considerados como derivados do timo. 
● Auxiliares:​ diferenciação de células B (imunidade humoral); ativação de 
macrófagos (imunidade celular); estimulação de inflamação 
● Citotóxicos:​ morte das células infectadas com vírus ou bactérias 
intracelulares 
● Regulatórios:​ supre a função de outras células T (regulação da resposta 
imune, manutenção de autotolerância) 
● Células NKT:​ suprime ou ativa as respostas imunes inata e adaptativa. 
9 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
→ ANATOMIA E FUNÇÃO DOS TECIDOS LINFÓIDES: 
Os tecidos linfóides são classificados como órgãos geradores, também denominados de órgãos 
linfóides primários ou centrais → onde os linfócitos primeiro expressam os receptores de antígenos 
e atingem a maturidade fenotípica e funcional. 
● Medula (maturação de células B) e Timo (maturação de célula T) 
Os órgãos periféricos, também chamados de órgãos linfóides secundários → onde as respostas 
dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e se desenvolvem 
● Linfonodos, baço, sistema imune cutâneo e sistema imune mucoso. 
 
→ MEDULA ÓSSEA: 
É o local de geração da maioria das células sanguíneas maduras circulantes, incluindo hemácias, 
granulócitos e monócitos. 
É o local dos eventos iniciais na maturação da célula B 
A proliferação e maturação das células precursoras na medula são estimuladas pelas citocinas, 
conhecidas como estimuladores de colônia. 
Obs:​ Conferir os processos de hematopoiese no resumo de histologia 
 
→ TIMO: 
Local de maturação da célula T. 
As células epiteliais corticais tímicas produzem IL-7, que é necessária na fase inicial do 
desenvolvimento da célula T. 
Obs:​ Conferir a morfologia e o funcionamento do timo no resumo de histologia. 
 
→ ORGANIZAÇÃO ANATÔMICA DOS LINFÓCITOS B e T: 
São sequestrados em regiões distintas do córtex dos linfonodos, cada região com sua própria 
arquitetura de fibras reticulares e células estromais. 
● Os linfócitos T estão localizados principalmente sob a região central dos folículos, nas 
cordas paracorticais. Essas zonas denominadas paracorticais, contêm uma rede de células 
reticulares fibroblásticas. 
● Os folículos são as zonas de células B. Estão localizados no córtex do linfonodo e 
organizam-se em torno das FCs 
10 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
A segregação anatômica dos linfócitos B e T nas áreas distintas do nódulo é dependente de 
citocinas (quimiocinas) que são secretadas pelas células estromais do linfonodo em cada área e 
que direcionam a migração dos linfócitos. 
Essa segregação também garante que cada população de linfócitos esteja em contato com as 
APCs apropriadas, que são células B com FDCs e células T com células dendríticas 
 
→ TRANSPORTE DE ANTÍGENO ATRAVÉS DOS LINFONODOS: 
As substâncias que se originam na linfa que entram no sino subcapsular do linfonodo são 
separadas por tamanho molecular e distribuídas para diferentes tipos celulares para iniciar várias 
respostas imunes. 
● Antígenos solúveis de baixo peso molecular são transportados para fora do sino através dos 
conduítes FRC e passam a células dendríticas corticais. 
● As células dendríticas residentes estendem processos entre as células que recobrem os 
conduítes e capturam por pinocitose os antígenos solúveis dentro dos conduítes 
 
Obs:​ Conferir os demais órgãos linfáticos e o sistema no resumo de histologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Migração de Leucócitos 
para os Tecidos  
A propriedade do sistema imune que o difere dos demais sistemas, é a constante movimento 
altamente regulado de seus principais componentes celulares através do sangue, para os tecidos e 
frequentemente de volta para o sangue. 
✸ ​Importância da migração dos leucócitos: 
- Eliminar patógenos​, limpando tecidos mortos e reparando danos 
- Reconhecer antígenos ​e se diferenciam em linfócitos efetores 
- Funções protetoras:​ distribuição de linfócitos efetores dos órgãos linfóides secundários 
para locais de infecção 
✸ ​Este movimento tem 3 funções principais: 
 
Distribuição de leucócitos de linhagem mieloide (principalmente neutrófilos e monócitos) da 
circulação para os tecidos e locais de infecção ou lesão, onde as células realizam suas funções 
protetoras de eliminar patógenos infecciosos, limpando tecidos mortos e reparando o dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
Distribuição de linfócitos (naive) dos seus locais de maturação (medula óssea ou timo) para órgãos 
linfóides secundários (linfonodo ou baço), onde eles reconhecem antígenos e se diferenciam em 
linfócitos efetores 
 
Distribuição de linfócitos efetores dos órgãos linfóides secundários nos quais eles são produzidos 
para locais de infecção em qualquer tecido, onde eles realizam suas funções protetoras 
 
→ TERMOS: 
HOMING →​ Migração de um leucócito para fora do sangue e em direção a um tecido em particular, 
ou para um local de uma infecção ou lesão. 
MIGRAÇÃO ou RECRUTAMENTO → ​Movimento do leucócito do sangue para os tecidos 
RECIRCULAÇÃO →​ Habilidade dos linfócitos em chegarem repetidamente aos órgãos linfoides 
secundários e retornarem ao sangueINFLAMAÇÃO →​ O recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas do sangue para locais de 
infecção e lesão tecidual 
● Necessita da adesão dos leucócitos para a cobertura endotelial das vênulas pós-capilares e, 
então o movimento através do endotélio e parede do vaso para o tecido extravascular. 
É disparada pelo reconhecimento de microrganismos e tecidos mortos nas respostas imunes 
inatas, sendo refinada e prolongada durante as respostas imunes adaptativas. A resposta 
inflamatória distribui as células e moléculas de defesa do hospedeiro para os locais onde os 
agentes agressores necessitam ser combatidos. O mesmo processo é responsável por causar 
dano tecidual e a ele são atribuídas muitas doenças importantes. 
 
→ MOLÉCULAS DE ADESÃO NOS LEUCÓCITOS E CÉLULAS ENDOTELIAIS ENVOLVIDAS 
NO RECRUTAMENTO DE LEUCÓCITOS 
✸Essa adesão é mediada por duas classes de moléculas: 
- Selectinas:​ são moléculas de adesão ligadas a carboidratos de membrana plasmática que 
medeiam um passo inicial de adesão de baixa afinidade dos leucócitos circulantes nas 
células endoteliais que recobrem as vênulas pós-capilares 
● P-selectina: é armazenada nos grânulos citoplasmáticos das células endoteliais. 
● E-selectina: é sintetizada e expressa na superfície da célula endotelial. 
13 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
- Integrinas:​ são proteínas heterodiméricas da superfície celular compostas de duas cadeias 
polipeptídicas ligadas não covalentemente que medeiam a adesão de células a outras 
células ou à matriz extracelular, por meio de interações específicas de ligação com vários 
ligantes. 
● Habilidade de responder a sinais intercelulares com aumento rápido em suas 
afinidades por seus ligantes. 
- Quimiocinas:​ são uma grande família de citocinas estruturalmente homólogas que 
estimulam o movimento dos leucócitos e regulam a migração dos leucócitos do sangue para 
os tecidos 
● São produzidas por leucócitos e por vários tipos de células teciduais, tais como 
células endoteliais, epiteliais e fibroblastos. 
● Os receptores para as quimiocinas pertencem à família de receptores acoplados à 
proteína G e ligados ao trifosfato de guanosina (GTP) (GPCR) 
● Ações biológicas 
- Podem estar envolvidas em reações inflamatórias 
- Papel na organização tecidual 
- Adesão aumentada dos leucócitos circulantes ao endotélio através da 
ativação da integrina e estimulação direta do movimento dos leucócitos nos 
tecidos, pela quimioatração 
- Migração dos leucócitos para locais de infecção ou tecido danificado 
- Desenvolvimento dos órgãos linfóides e regulam o tráfego dos linfócitos e 
outros leucócitos através das diferentes regiões dos tecidos linfóides 
periféricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 Imunidade Inata  
❑​ Antes da resposta imune inata ser ativada, o corpo possui as barreiras físicas (primeira linha de 
defesa do corpo), se os microrganismos conseguirem passar pelas barreiras físicas o corpo ativa as 
respostas imune inata. 
→ FUNÇÕES: 
1. Resposta inicial aos microrganismos que previne, controla ou elimina a infecção do 
hospedeiro 
2. Os mecanismos imunes inatos eliminam células danificadas e iniciam o processo do reparo 
tecidual 
3. Estimula as respostas imunes adaptativas e pode influenciar a natureza das respostas 
adaptativas para torná-las otimamente efetivos contra diferentes tipos de microrganismos 
Obs:​ O sistema imune inato inclui defesas físicas e químicas em barreiras epiteliais tais como a 
pele e cobertura dos tratos gastrointestinal e respiratório 
 
Os receptores do inato são codificados por genes herdados, enquanto os genes que codificam receptor da 
imunidade adaptativa são gerados por recombinação somática de segmentos de genes precursores de 
linfócitos maduros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ RECONHECIMENTO DE MICRORGANISMOS 
✸ Reconhece estruturas moleculares que são produzidas pelos patógenos microbianos 
✸ As substâncias microbianas, são compartilhadas por classes de microrganismos e são 
chamadas de PAMP’s (Padrões Moleculares Associados ao Patógeno) - específicos para cada tipo 
de microrganismos 
✸Também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas de células 
danificadas ou mortas (DAMP’s) padrões moleculares associados aos danos. 
 
→ RECEPTORES DE RECONHECIMENTO ASSOCIADOS À CÉLULA 
✸ São ligados às vias de transdução intracelular de sinal que ativam várias respostas celulares, 
incluindo a produção de moléculas que promovem inflamação e destruição dos microrganismos 
 
1. Receptores citosólicos para PAMPs e DAMPs:​ Padrão de reconhecimento que detectam 
infecção ou células danificadas no citosol: 
 
 
 
15 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
❑​ ​PAMP’S 
Quando a imunidade inata reconhece cada grupo de antígeno (bactérias, vírus, helmintos…) pois 
cada um desses grupos possui um PAMP’s que o diferencia dos demais grupos, contudo apresenta 
o mesmo PAMP para os integrantes de um mesmo grupo. 
- Ex:​ duas bactérias possuem o mesmo PAMP mesmo sendo diferentes, porém apresentam 
um PAMP diferente do vírus. 
❑​ ​DAMP’S 
Quando as células reconhecem algum dano no corpo e ativam a resposta imune inata para 
identificar o antígeno responsável por causar aquele dano 
- Ex:​ helmintos geralmente provocam danos na mucosa intestinal, logo, quando o intestino 
apresentar algum dano na mucosa intestinal o sistema imune irá reconhecer esse DAMP e 
ativará próximas respostas para combater o antígeno. 
 
Como reconhecer o PAMP e o DAMP? 
✠ ​Ambas as moléculas apresentam um receptor chamado de PRR (esse receptor está contido nas 
células do organismo que são capazes de reconhecer o PAMP e o DAMP) 
✠ ​Existem 2 tipos de PRR 
→​ PRR solúvel ​= encontrado no plasma sanguíneo, circulante pelo corpo 
→ ​PRR transmembrana​ = ligado a membrana das células. 
Comparativo de receptores imunidade inata x imunidade adaptativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
2. Receptores do tipo TOLL:​ reconhecimento padrão em muitos tipos celulares que 
reconhecem produtos de uma grande variedade de microrganismos. 
O reconhecimento dos ligantes microbianos pelo TLR resulta na ativação de várias vias de 
sinalização e por fim, nos fatores de transcrição que induzem a expressão de genes que 
desencadeiam respostas inflamatórias e antivirais. 
 
3. Receptores associados às células: 
❑​ ​PARA CARBOIDRATOS:​ reconhecem 
carboidratos na superfície dos microrganismos. 
Facilitam a fagocitose dos microrganismos e a 
secreção de citocinas que promovem 
subsequentes respostas imunes e adaptativas. 
❑​ ​SCAVENGER: ​coleção de proteínas da 
superfície celular estrutural 
❑​ ​FORMIL-PEPTÍDEO: ​expresso em 
leucócitos, reconhece peptídeos bacterianos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
→ INFLAMOSSOMA 
Formado por um complexo de proteínas 
que ficam no citosol. 
Quando a célula recebe um estímulo, 
seja de uma bactéria ou uma substância tóxica, 
essas proteínas que estão soltas no citosol vão 
se juntar dando origem ao inflamossoma 
● Uma dessas proteínas é a CASPASE 
+ A caspase possui uma função de 
consertar outras proteínas as 
deixando funcional. 
No desenho ao lado a CASPASE é 
responsável por modificar a forma da 
interleucina para que ela consiga sair da célula 
e realizar sua função. 
Obs:​ as caspases não podem estar sempre 
ativadas, porqueelas vão acabar mexendo em 
proteínas que não precisam ser alteradas. 
Logo, ela só é ativada depois que ela se junta 
as outras proteínas do complexo 
(inflamossoma). 
 
 
→ COMPONENTES CELULARES DO 
SISTEMA INATO: 
✸ As células do sistema imune inato servem como sentinelas para detectar microrganismos e 
células danificadas nos tecidos e realizar várias 
funções. 
1. Barreiras epiteliais: 
A)​ Formam barreiras físicas entre os 
microrganismos no meio ambiente externo e o 
tecido do hospedeiro e células epiteliais produzem 
agentes químicos antimicrobianos que impedem a 
entrada dos microrganismos 
B)​ As células formam junções próximas 
umas às outras bloqueando passagem entre as 
células. 
C)​ A camada de queratina servem para 
bloquear a penetração microbiana em camadas 
mais profundas da epiderme 
D)​ Contém certos tipos de linfócitos 
 
2. Células 
❑​ ​DENDRÍTICAS: ​São as principais apresentadoras de antígenos 
● Possuem PRR e TLR 
● Subtipo: ​Células dendríticas plasmocitóides 
+ Possuem muito TLR endossomal e é muito boa no​ reconhecimento de vírus 
 
18 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
❑​ ​NK: ​ Principais responsáveis pela morte das células infectadas 
● Reconhecem MHC-1 
+ Quando ela nao reconhece o MHC - 1, ela automaticamente promove a apoptose da 
célula (morte celular) 
Obs:​ Toda célula nucleada possui MHC - 1 
● + abundantes no fígado e no útero gravídico 
● Ativa macrófagos por meio da produção IFN-y ( interferon tipo I) 
● Funções: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVADORES X INIBIDORES - DA NK 
 
 
 
 
 
✸​ Ativadores:​ se ligam aos 
reconhecedores de antígenos 
 
✸​ Inibidores:​ Reconhecem o MHC-1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
❑​ ​CÉLULAS LINFÓIDES INATAS: ​Realizam respostas inatas 
● Assim como os linfócitos (sistema imune adaptativo), as linfóides inatas tem origem no que 
chamamos de precursor linfóide. 
● Essas células não possuem PCR nem BCR (receptores do sistema imune adaptativo) 
 
❑​ ​MASTÓCITOS: ​Ativam a resposta imune adaptativa 
● Liberam/ secretam citocinas pró inflamatórias e mediadores lipídicos 
● São encontrados nos epitélios e muco 
 
 
→ RECONHECIMENTO SOLÚVEL: 
✸ São receptores responsáveis por reconhecer os 
antígenos presentes no plasma 
 
 
 
→ SISTEMA COMPLEMENTO OU MOLÉCULAS 
EFETORAS SOLÚVEIS 
✸ Consiste em várias proteínas plasmáticas que 
trabalham juntos para aprisionar os microrganismos e promover o recrutamento de fagócitos para o 
local de infecção e, em alguns casos, matar diretamente esses microrganismos 
✸ PRR solúveis - ver no slide 
✸ ​Podem atuar de dois jeitos: 
 
 
 
❑​ ​ANTES DA LIGAÇÃO COM O ANTÍGENO 
Olhar a definição no slide 
Fixar as opsoninas na células fagocitárias 
 
 
 
 
❑​ ​DEPOIS DA LIGAÇÃO COM O ANTÍGENO 
Atraem + células fagocíticas para o local da 
infecção 
 
✸​ 3 tipos de ativação do sistema imune 
complemento 
 
 
20 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❑​ ​VIA ALTERNATIVA: 
- Essa via se difere das outras duas porque o complexo C3 consegue se ligar diretamente ao 
microrganismo 
- A partir do momento que o C3 se liga ao microrganismo ele irá sofrer um processo de 
clivagem, se separando em C3 - a (vai para o plasma produzir citocina e quimiocina) e C3 - 
b (continua ligada ao microrganismo) 
- O C3 - b vai atrair uma nova C3 completa, formando um complexo com 2 C3. 
- Esse complexo irá sofrer novamente uma clivagem, originando mais um C3 - a e mais um 
C3 - b. 
- Esse segundo C3 - b que permanecerá ligado ao complexo com o microrganismo é capaz 
de atrair um C5. 
- A partir do momento que o C5 se liga ao complexo ele também irá sofrer uma clivagem 
- O resultado da clivagem do C5 promove a liberação do C5 - a (responsável por promover 
uma vasodilatação) 
 
❑​ ​VIA CLÁSSICA: 
- Essa via, diferente da via alternativa, não consegue estabelecer uma ligação do C3 
diretamente ao microrganismo, logo ela precisa criar mecanismos que possibilitem essa 
ligação. 
- Essa via já possui antes de qualquer coisa um anticorpo ligado ao microrganismo, mas 
precisa ativar o mecanismo do sistema imune completo como forma de complemento para 
combater aquele patógeno. 
- Para que essa via possa promover a ligação do complexo C3, ela precisa da união de um 
complexo C4 com um complexo C2. 
- O complexo C4 sofre clivagem de forma que o C4 - a (pequeno) - sai e o complexo C4 - b 
fica ligado ao anticorpo. 
- O complexo C2 o mecanismo ocorre de forma contrária, de modo que o complexo C2 - a 
(grande) - fica ligado ao complexo C4 - b; e o C2 - b (pequeno) - sai. 
- O complexo C3 agora consegue se ligar ao C4 - b com C2 - a 
 
A partir do momento que C3 se liga ao microrganismo o processo passa a ser o mesmo citado na 
via alternativa. 
 
21 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
❑​ ​VIA DA LECTINA: 
- Assim como a via clássica, essa via não consegue promover o ligamento de C3 diretamente 
ao microrganismo. 
- Contudo, diferente da via clássica, na via da lectina esse fato decorre devido a presença de 
uma lectina ligante de manose ligada ao antígeno e não um anticorpo (como é na via 
clássica) 
- A partir desse momento, o processo que ocorre nessa via é o mesmo que ocorre na via 
clássica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ REAÇÕES: 
1. Inflamatória: 
Leucócitos circulantes e proteínas plasmáticas são trazidas para os locais de infecção e são 
ativados para destruir os agressores. 
2. Antiviral: 
Alteração nas células que previnem a replicação viral e aumentam a suscetibilidade à morte pelos 
linfócitos, eliminando assim, os reservatórios de infecção 
 
 
 
 
 
 
22 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
Antígenos e Anticorpos 
→ Qual a diferença entre um antígeno e um anticorpo? 
Os anticorpos são produzidos pelos linfócitos B. Esses linfócitos são “ativados” quando algum 
antígeno entra no organismo. Os antígenos são qualquer substância, normalmente proteínas, que 
são capazes de iniciar uma resposta do sistema imunológico. 
Cada antígeno estimula a produção de um tipo de anticorpo diferente, dessa forma o anticorpo só é 
capaz de inibir e neutralizar um antígeno específico. 
- Hapteno:​ ​são moléculas que podem reagir com anticorpo, mas não são capazes de, por si 
mesmas, induzir uma resposta imune adaptativa. Os haptenos devem ser quimicamente 
unidos a portadores proteicos para poderem evocar resposta em anticorpos e em células T 
Obs:​ ​quando o anticorpo não consegue reconhecer o antígeno, o hapteno se liga ao antígeno para que o 
anticorpo consiga reconhecer 
 
Quando os antígenos são macromoléculas estas possuem regiões especícas de ligação ao 
anticorpo denominadas de determinantes antigênicos ou epítopos. 
A maioria dos linfócitos T reconhecem antígenos peptídicos que estão ligados e são apresentados 
pelas moléculas do complexo de Histocompatibilidade maior (MHC). 
Os linfócitos B usam os anticorpos ligados à membrana para reconhecer uma ampla variedade de 
antígenos, incluindo proteínas, polissacarídeos, lipídios. 
 
→ ANTÍGENOS: 
✸ ​O termo antígeno ou imunógeno, significa toda espécie molecular de origem biológica isolada ou 
constituída por uma célula, vírus, líquidos biológicos que quando introduzida em um organismo 
vertebrado (hospedeiro) é capaz de produzir uma reação imune. Se o organismo for 
imunocompetente ele pode manifestaruma resposta imune ou uma tolerância. 
✸ ​Os antígenos são essencialmente macromoléculas não obrigatoriamente imunogênicas. As 
macromoléculas antigênicas (imunogênicas) são basicamente proteínas (vários polipeptídeos) e 
polissacarídeos. É importante lembrar que por definição é uma molécula, assim como o termo 
antígeno também é aplicado a uma suspensão ou extratos celulares que apresentam um complexo 
de antígenos, ou seja várias moléculas diferentes. 
 
Qualquer substância que possa desencadear uma resposta imune é considerada imunogênica sendo 
chamada de imunógeno. 
Embora todo imunógeno seja um antígeno, nem todo antígeno é imunógeno. Por isso precisa ser 
associado a um imunógeno para desencadear uma resposta imune. 
 
 
 
23 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
✸ ​Determinantes antigênicos ou epítopos: 
- Uma propriedade fundamental do antígeno é a natureza química da estrutura multi ectópica 
de suas moléculas 
- A molécula antigênica é um edifício complexo apresentando em sua superfície uma variável 
estrutura distinta, chamada determinante antigênicos ou epítopo. 
- O epítopo é constituído por um grupo de átomos, formando configurações específicas de 
tamanho limitado, na superfície da molécula imunogênica. 
- Ele pode ser imunodominante em razão da sua exposição privilegiada na superfície da 
molécula ou imuno silencioso se ele se apresentar escondido. 
- As moléculas de reconhecimento sintetizadas serão distintas para cada epítopo homólogo. 
✸​ Ligação antígeno - anticorpo 
 
Determinante antigênico (epítopo) representa uma pequena configuração estrutural de uma molécula do 
antígeno capaz de se combinar com um local estereoespecífico complementar de uma imunoglobulina, ou 
de se combinar com um receptor funcional análogo na superfície de um linfócito. 
 
 
Apresentar antígeno para linfócito T → Pela proteína 
Apresentar para a imunoglobulina → qualquer um dos 3 
 
→ ANTICORPOS: 
✸ ​Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas (Ig) ou gamaglobulinas, são 
glicoproteínas sintetizadas pelos linfócitos B, utilizadas pelo sistema imunológico para identificar e 
neutralizar os antígenos. Eles podem se apresentar em duas formas: secretados pelos plasmócitos 
(B maduro), estando solúvel na corrente sanguínea; ou ligados à membrana de B, conferindo 
especificidade antigênica à célula. 
24 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
✸ ​Localização: 
- No plasma 
- Interior dos compartimentos citoplasmáticos 
- Ligados à membrana na superfície de linfócitos B 
- No líquido intersticial dos tecidos 
- Presentes na superfície de certas células que apesar de não secretarem anticorpos 
possuem receptores para eles (fagóctios, células NK, mastócitos). 
- Também presentes em secreções como o muco e leite 
✸ ​Tipos: 
- Secretados:​ IMUNOGLOBULINAS 
● Quando precisam reconhecer algum antígeno na corrente sanguínea 
- Ligados à membrana:​ ​RECEPTORES DAS CÉLULAS B 
● Sua porção efetora fica ligada a membrana da célula B, logo ela não tem muita 
função a não ser produzir estímulos que aumentem a liberação de imunoglobulinas. 
✸​ Estrutura: 
 
São compostos por 4 cadeias 
polipeptídicas: 
- 2 cadeias leves idênticas 
- 2 cadeias pesadas idênticas. 
As cadeias leves se ligam às cadeias 
pesadas através de pontes dissulfetos, que 
variam em quantidade e posições entre as 
diferentes classes de anticorpos. 
Além disso, ambas as cadeias possuem 
uma região variável e outra constante. O 
domínio variável confere especificidade ao 
anticorpo. 
 
 CDR’s 
❐​ São uma parte dos domínios variáveis da cadeia leve e da 
pesada. 
- Existente também nos receptores da célula T 
❐​ Possui a função de se ligar ao antígeno 
 
✸​Classificação dos Anticorpos: 
As moléculas de anticorpo são subdivididas em classes de imunoglobulinas: 
- As cadeias pesadas são representadas pelas letras gregas μ, γ, α, δ, ε 
- As imunoglobulinas são denominadas de IgM, IgG, IgA, IgD e IgE respectivamente. 
As diferentes classes se diferenciam-se entre si também por suas propriedades biológicas, 
localizações funcionais e mecanismos diferentes para a retirada de antígenos do organismo. 
 
IMUNOGLOBULINA CARACTERÍSTICAS 
IgM 
Principal da resposta primária 
Tem baixa afinidade com os antígenos. 
→ Pode ser expressa na membrana dos linfócitos B durante o 
desenvolvimento deste, apresentando-se na forma monomérica e 
funcionando como receptor. 
25 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
IgG 
+ abundante no sangue e nos espaços 
extravasculares. ​Obs:​ Em humanos, as 
moléculas de IgG de todas as 
subclasses atravessam a barreira 
placentária e conferem um alto grau de 
imunidade passiva ao feto e ao 
recém-nascido. 
→ É o anticorpo mais importante da resposta imune secundária. 
Possui alta afinidade para ligação antígeno-específico. 
→ Seus mecanismos efetores são a aglutinação; opsonização 
(revestimento da superfície do antígeno permitindo o seu 
reconhecimento e fagositose pelas células do sistema imune) 
 
IgA 
encontrada nas secreções exócrinas 
como saliva, lágrima e mucos 
→ Confere a imunidade passiva da mãe para o filho, através da 
amamentação. 
→ Previnem a invasão de microrganismos e a penetração de toxinas 
nas células epiteliais. 
IgD 
É co-expressa com a IgM na superfície 
dos linfócitos B maduros. 
→ A presença desta imunoglobulina na membrana dos linfócitos B 
sinaliza que estes migraram da medula óssea para os tecidos 
linfóides periféricos e estão ativos. 
IgE 
Resposta imune secundária relacionada 
à defesa contra verminoses e 
protozooses. 
→ A resposta alérgica mediada por IgE acontece através de sua 
ligação aos receptores presentes nas superfícies de mastócitos e 
basófilos. 
→ Fenômenos alérgicos e reações anafiláticas. 
 
 
Os anticorpos possuem flexibilidade, o que possibilita 
que eles consigam se ligar a mais de um antígeno ou 
as duas pernas de um mesmo antígeno → isso ocorre 
devido a presença de uma dobradiça que se forma 
apenas na cadeia pesada desse anticorpos 
 
 
 
 
→ EXPRESSÃO DO IG DURANTE A 
MATURAÇÃO DO LINFÓCITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
→ BASES ESTRUTURAIS E QUÍMICAS DA LIGAÇÃO DO ANTÍGENO 
 
1. Afinidade 
❐​ Corresponde ao formato do anticorpo em 
relação ao antígeno. 
Ex:​ suponha-se que o antígeno possua um formato 
de bolinha, enquanto o anticorpo possui um 
formato de quadrado. Esse anticorpo vai ser capaz 
de reconhecer e se ligar ao antígeno, contudo com 
uma baixa afinidade. No entanto, se o anticorpo 
também possuir um formato de bolinha, ele 
conseguirá se ligar ao antígeno com maior 
afinidade. 
2. Avidez 
❐​ Corresponde a intensidade com que o anticorpo 
se liga a determinado antígeno. 
3. Monovalentes e Polivalentes 
❐​ ​Monovalente​ é o nome dado quando apenas 
uma parte (perninha) do antígeno se liga ao 
anticorpo 
❐​ ​Polivalente​ já representa quando ambas as 
pernas do antígeno se ligam ao anticorpo. 
4. Junção de vários anticorpos 
❐​ A junção de vários anticorpos serve para aumentar a qualidade da ligação e esse processo é 
chamado de ​IMUNOCOMPLEXOS 
 
→ IMUNOCOMPLEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ CARACTERÍSTICAS RELACIONADAS COM O RECONHECIMENTO DO ANTÍGENO 
1. Especicidade 
2. Diversidade 
3. Maturação de Anidade 
 
27 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
 
→ FUNÇÕES ISOTIPO-ESPECÍFICAS DOS ANTICORPOS✸ ​Muitas das funções das moléculas de anticorpo são mediadas por sua porção Fc e são, portanto, 
específicas para cada tipo de isótipo ou subtipos. 
1. Ativação do complemento:​ cascata de proteína que desencadeia a formação de um 
complexo de ataque a membrana, promovendo a lise celular (IgG e IgM) 
2. Opsonização:​ Os fagócitos possuem receptores para as porções Fc da IgG potencializando 
a fagocitose. Quando uma molécula se liga a uma célula para aumentar a resposta 
imunológica dela. 
3. Neutralização:​ Se liga a agentes nocivos, como toxinas, vírus, bactérias neutralizando o 
processo tóxico ou infeccioso 
✸​ SWITCH IMUNOLÓGICO 
1. Permite a produção de anticorpos de diferentes classes e subclasses. 
2. Regiões de trocas localizadas nas regiões dos introns antecedendo cada sequência gênica. 
3. Não existe região de switch entre µ e δ, razão pela qual o linfócito B recém amadurecido é 
capaz de expressar essas duas imunoglobulinas. 
4. A mudança de classe das cadeias pesadas não é um processo aleatório, mas regulado 
pelas citocinas derivadas dos linfócitos T auxiliares. 
 
→ CITOTOXICIDADE MEDIADA POR CÉLULAS E DEPENDENTE DE ANTICORPO 
✸ ​ADCC- antibody dependent cell-mediated cytotoxicity 
- Células NK reconhecem porção Fc de anticorpo revestindo célula alvo. Com o 
reconhecimento as Nk lançam enzimas que irão destruir a célula-alvo 
✸ ​Parasitas (helmintos) são sensíveis a grânulos presentes no Citoplasma de eosinólos. Parasita 
revestido com IgE – eosinólos reconhecem a porção Fc do anticorpo e promovem a destruição da 
célula alvo 
→ HIPERSENSIBILIDADE IMEDIATA DESENCADEADA POR IGE 
✸ ​Aumento de IgE (indivíduo sensibilizado por alérgenos) 
✸ ​Ligação de anticorpos IgE nos receptores Fc presentes nos mastócitos e basólos. 
28 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
✸ ​Ligação do antígeno especíco a duas moléculas de IgE nos mastócitos e basólos. 
✸ ​Ativação celular 
 
→ IMUNIDADE DE MUCOSAS MEDIADA POR IGA 
✸ ​A síntese de IgA é muito intensa. 
✸ ​Ocorre principalmente nos tecidos linfóides associados a mucosa. 
✸ ​O transporte para a luz da mucosa é bastante eciente. 
✸ ​Sua concentração plasmática é baixa. 
✸ ​A IgA na mucosa neutraliza agentes nocivos. 
✸ ​A IgA possui um componente secretor (glicopeptídeo com alto conteúdo de carboidrato). 
✸ ​As células epiteliais ligam a IgA ao componente secretor e transportam este complexo através 
da barreira epitelial. 
 
→ IMUNIDADE NEONATAL 
✸ ​Os mamíferos no período neonatal não apresentam capacidade de montar uma resposta imune 
efetiva contra microorganismos. 
✸ ​Anticorpos maternos podem fornecer uma ação protetora. 
✸ ​A IgG materna é transportada através da placenta e entra na 
✸ ​IgA materna neutraliza microrganismo protegendo-a contra microrganismo patogênicos que 
tentam colonizar o intestino da criança. 
✸ ​A IgG materna também está presente no leite materno 
 
→ MATURAÇÃO DOS LINFÓCITOS B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Complexo Principal de 
Histocompatibilidade ​(MHC) 
✸Locus do genoma onde encontram-se genes extremamente importantes para o sistema imune, 
auto-imunidade e para o sucesso reprodutivo. 
 
✸​ Função:​ Codificar proteínas de superfície que 
reconhecem e apresentam antígenos próprios ou 
externos para o nosso sistema imune adaptativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✸ Três classes de moléculas usadas pelo sistema imune adaptativo para se ligar aos antígenos 
1. Anticorpos - linfócitos B 
2. Moléculas do complexo maior de histocompatibilidade (MHC) 
3. Receptores de antígeno da célula T 
 
→ RECONHECIMENTO DE ANTÍGENOS: 
✸ Para garantir que as células T interajam com outras células e não com os antígenos solúveis, os 
receptores de células T são desenhados de modo a enxergar antígenos apresentados por 
moléculas de superfície celular 
✸ Os anticorpos (receptores de antígeno e produtos de secreção dos linfócitos B) são capazes de 
reconhecer antígenos em superfícies microbianas e antígenos solúveis, bem como antígenos 
associados a células. 
 
→ Essa tarefa de apresentar os antígenos às células hospedeiras para reconhecimento por células 
T CD4+ (auxiliar) e TCD8+ (citotóxico) é realizado por proteínas especializadas denominadas 
complexo principal de histocompatibilidade (MHC), moléculas que são expressas na superfície das 
células hospedeiras ← 
 
 
 
 
 
30 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
→ CAPTURA DE ANTÍGENOS E FUNÇÕES DAS CÉLULAS APRESENTADORAS DE 
ANTÍGENOS 
 
✸ Célula dendrítica: O co-estimulador → serve para aumentar a intensidade da resposta 
(amplificação do sinal intracelular produzido pelo reconhecimento do linfócito T com o antígeno) 
✸ Macrófago: fagocitar o antígeno e apresentar ele em sua superfície, para que a célula T o 
reconheça. Para realizar a fagocitose o macrófago não precisa estar 100% ativado, mas para que 
ele consiga destruir o microrganismo ele precisa ser ativado e isso ocorre por meio da produção de 
citocinas. 
✸ Célula B: Reconhece o antígeno. Contudo, essa célula B só conseguirá se diferenciar em 
plasmócitos após a célula T reconhecer o antígeno e começar a liberar citocinas. 
 
→ PAPEL DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS NA CAPTURA E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS 
 
As células dendríticas são encontradas na(o): 
 
 
 
 
 
 
 
← ✸ Pele 
● O microrganismo (marrom) está invadindo o 
epitélio. 
● A célula dendrítica (roxa) inativada presente no 
epitélio, está reconhecendo o microrganismo. 
● Existem 2 jeitos dos antígenos chegarem nos 
linfócitos T: 
- Antígeno associado à célula dendrítica → 
caem nos vasos linfáticos até chegarem nos linfonodos 
 
 
31 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
- Os antígenos livres podem cair na corrente sanguínea → vão circular pelo corpo até 
chegar no baço, onde tem uma grande quantidade de células dendríticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ CLASSIFICAÇÃO DO MHC: 
✸ ​MHC - Classe 1 
● Identidade da célula (toda célula do organismo possui uma molécula na superfície que 
indica que aquela célula é própria daquele organismo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● São chamadas de moléculas clássicas de histocompatibilidade, porque a partir do momento 
que o organismo reconhece uma célula que não pertence aquele organismo, será 
comandado a morte daquela célula. 
32 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
● Expressas em quase todas as células nucleadas dos vertebrados. 
● Encontrado no RE. 
● Apresentação de peptídeos antigênicos aos linfócitos T CD8+ (Citotóxicos - destroi a célula 
toda) → para ter uma alteração no MHC - I precisa ter alteração da célula e isso só acontece 
quando há infecção da própria célula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✸ ​MHC - Classe 2 
● Só é expresso em células apresentadoras de antígenos, como os linfócitos B, os 
macrófagos e células dendríticas 
- Ta mostrando pro linfócito T - está mostrando para o organismo que a célula está 
funcionando direitinho e que não precisa ser destruída, porque ela está conseguindo 
apresentar os antígenos. 
- Logo, uma célula dendrítica que apresente MHC-II não pode ser destruída, mas pode 
receber ajuda (função do linfócito TCD4+) 
● Produzido pelo RE, mas é direcionado para dentro do endossomo (extracelular) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e MayaraAguiar 
 
✸ ​MHC - Classe 3 
- Proteínas C4 e C2 da via clássica. 
- Fator B da via alternativa do complemento, Fatores de necrose tumoral (TNF-α e 
TNF-β). 
- Proteína do choque térmico (Hsp70), Enzimas 21- hidroxilase. 
- Citocinas: Responsáveis pelo aumento da expressão de moléculas do MHC 
→ 
PROCESSAMENTO DE PROTEÍNAS ANTIGÊNICAS 
 Via do MHC de classe I de apresentação antigênica. 
Esta figura representa a proteólise proteassômica de uma proteína sintetizada no interior da célula 
ou que é ingerida em um fagossomo e então transportada para o citosol. A apresentação de 
proteínas ingeridas por moléculas do MHC de classe I constitui a base da apresentação cruzada. 
ERAP, peptidase associada ao retículo endoplasmático; RE, retículo endoplasmático; β2m, 
β2-microglobulina; TAP, transportador associado ao processamento antigênico; Ub, ubiquitina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
 
A via do MHC de classe II de 
apresentação antigênica. 
Os estágios no processamento 
de antígenos extracelulares são 
descritos no texto. CLIP, 
peptídeo de cadeia invariante 
associado à classe II; RE, 
retículo endoplasmático; Ii, 
cadeia invariante. 
 
 
 
 
 
→ ANTÍGENOS EXTRACELULARES E CITOSÓLICOS 
 
 
 
→ IMUNODOMINÂNCIA DOS PEPTÍDEOS 
Os antígenos proteicos são processados para gerar múltiplos peptídeos 
Peptídeos imunodominantes são aqueles que se ligam melhor às moléculas do MHC de classes I e 
II disponíveis. A ilustração mostra um antígeno extracelular gerando um peptídeo de ligação à 
classe II, porém isso também se aplica aos peptídeos de antígenos citosólicos que são 
apresentados pelas moléculas do MHC de classe I. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Receptores Imunológicos e 
Transdução de Sinais 
✸​ As funções principais dos receptores de superfície celular são: 
- Ativar a sinalização intracelular 
- Estimular a adesão de uma célula a outra ou à matriz extracelular. 
✸​ Receptores sinalizadores:​ normalmente são proteínas estruturais localizadas quase sempre na 
membrana plasmática. 
- Em geral, a sinalização gerada por eles possui uma fase citosólica inicial (receptor ou 
proteínas que interagem podem sofrem mudanças pós-translacionais), que gera a ativação 
ou translocação nuclear dos fatores de transcrição, que estavam inativos; então, há a fase 
nuclear (fatores de transcrição coordenam as alterações da expressão dos genes 
SISTEMA IMUNE INATO Reconhece PAMPs e DAMPs 
SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO Reconhece antígenos 
MHC Reconhece antígenos, anticorpos e receptores de células T 
RECEPTORES BCR Reconhecem proteínas, lipídeos e polissacarídeos 
RECEPTORES DE SUPERFÍCIE Indução de uma sinalização intracelular 
 
→ FAMÍLIA DE RECEPTORES: 
- Família de antígenos das células B e células T 
- Receptor de Fc e IgE específico em mastócitos 
- Ativação IgG específica e inibitória de receptores Fc das células da imunidade inata e 
linfócitos M 
- Moléculas de sinalização associadas 
 
1- Receptor BCR (célula B) 
2- Receptor TCR (célula T) 
3- Receptor FC&RI (de alta afinidade 
para IgE) 
4- Receptor FcRIIB (encontra-se em 
células B e células mielóides) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
→ REVISÃO DA SINALIZAÇÃO CELULAR: 
✸​ Etapas da sinalização celular: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
✸​Princípios gerais da sinalização celular 
 
 
→ TRANSDUÇÃO DE SINAIS:​ convertem um evento extracelular em sinal intracelular 
 
 
- Respostas bioquímicas intracelulares 
que ocorrem nas células depois do 
acoplamento dos ligantes aos seus receptores 
específicos 
- Consequências possíveis da 
transdução em uma mesma célula: aquisição 
de novas funções, diferenciação, proteção 
contra apoptose, iniciação das respostas de 
proliferação e crescimento, indução do 
bloqueio do ciclo celular, comprometimento 
com uma linhagem específica 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
FASES DA VIA DE SINALIZAÇÃO: 
1. Citosólica: ​Ocorre no citosol da célula 
- Promove modificação do fator de transcrição, induzindo a expressão gênica 
2. Nuclear:​ Ocorre no núcleo da célula e sem indução do gene-alvo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECEPTOR DE CÉLULAS T COMPLEXO BCR 
→ CD4 - Transdução de sinal,ligantes MHC 
→ TCR - Reconhecimento do antígeno 
→ CD3 - Acessória ao TCR 
→ CD28 - Coestimulador da sinalização 
→ CTLA-4 - Função inibitória 
→ Não precisa de receptor para reconhecer 
MHC 
→ Ligação no complexo BCR 
→ Células B tem o BCR reconhecendo o 
antígeno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Resposta Inflamatória  
Faz parte da imunidade inata,​ logo a resposta inflamatória para um mesmo grupo de 
microrganismos é semelhante. 
A resposta inflamatória começa localmente e dentro de poucas horas após ao dano 
 
→ FUNÇÃO: 
✸ Combater a infecção 
● A resposta inflamatória aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos, para que as 
várias células da resposta inflamatória consigam sair do sangue e chegar no local onde 
ocorreu o dano. Para isso acontecer, inúmeros processos são desencadeados (por meio 
das citocinas) - possibilitando que essas moléculas efetoras saiam. 
● Contudo, essa permeabilidade não é seletiva → e isso seria um problema, pois poderia 
acontecer de passar sangue juntamente com as moléculas efetoras. Para que isso não 
aconteça a resposta inflamatória causa uma coagulação sanguínea local, para impedir que 
o sangue saia. 
● Essa coagulação, serve também para combater infecções, pois o coágulo vai “cobrir” o 
patógeno e isso impede, por exemplo, que o microrganismo circule para outros lugares do 
corpo, evitando portanto uma infecção generalizada. 
✸ Restabelecer a homeostasia 
● Promover o reparo do tecido danificado 
 
→ CARACTERÍSTICAS: 
✸ Calor (aquecimento) 
✸ Rubor (vermelhidão) 
✸ Edema (inchaço) 
✸ Dor 
✸ Perda de função 
Obs 1:​ a vasodilatação promove o aumento do fluxo sanguíneo no local da inflamação, resultando 
em calor e rubor 
Obs 2:​ o aumento da permeabilidade dos vasos - saída de plasma para os tecidos (edema) 
Obs 3:​ formação de fibrina (coágulo) e bradicinina (peptídeo vasoativo) - dolor 
 
→ TIPOS: 
A inflamação é uma resposta fisiológica do organismo ao dano tecidual local ou a uma infecção. A 
resposta inflamatória faz parte da resposta imune inata e, por isso, não é uma resposta específica, 
mas ocorre de maneira padronizada independente do estímulo. O processo inflamatório envolve 
várias células do sistema imune, mediadores moleculares e vasos sanguíneos. 
1. Aguda: ​Tem início imediato e dura pouco tempo. 
✸ Pode ser ocasionada por patógenos orgânicos, radiação ionizante, agentes químicos ou traumas 
mecânicos. 
✸ Os principais sinais da resposta inflamatória aguda estão relacionados à resposta vascular com 
vasodilatação gerando rubor e calor, aumento da permeabilidade vascular gerando edema, 
aumento da pressão tissular causando dor (tensão e compressão às terminações nervosas), 
seguindo-se a perda de função. 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
✸ A resposta celular na inflamação aguda é mediada por neutrófilos, basófilos, mastocitos, 
eosinófilos, macrófagos, células dendríticas e epiteliais. 
✸ Assim queocorre a lesão, as plaquetas liberam proteínas do complemento e os mastócitos 
degranulam liberando histamina e serotonina 
 
2. Crônica: ​Este processo pode durar vários dias, meses ou anos 
✸ Se o agente causador da inflamação aguda persistir dá-se início ao processo de inflamação 
crônica. 
✸ A inflamação crônica é caracterizada pela ativação imune persistente com presença dominante 
de macrófagos no tecido lesionado. 
✸ Os macrófagos liberam mediadores que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só para o 
agente causador da inflamação, mas também para os tecidos da pessoa. 
✸ Entre os processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite, asma e processos alérgicos, 
alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais, doença celíaca e 
diabetes. 
 
Obs:​ Uma diferença importante entre os dois tipos de resposta está na forma de reparação tecidual. A 
resposta Aguda possui uma reparação tecidual completa, enquanto a crônica acontece o que chamamos de 
remodelamento tecidual. 
 
Principal meio usado pelo sistema imune para lidar com infecções e lesão tecidual é estimular 
a inflamação aguda, que consiste no acúmulo de leucócitos, proteínas plasmáticas e líquido 
derivado do sangue em um sítio de infecção ou lesão tecidual extravascular. 
 
➤ ​Principais Citocinas Pró-inflamatórias da Imunidade Inata 
● São produzidas antes da inflamação, principalmente por macrófagos e DCs teciduais, 
embora outros tipos celulares, como os mastócitos, células endoteliais e algumas células 
epiteliais, também possam produzi-las. 
● Essas citocinas podem ter duas atuações: 
+ Parácrina:​ quando as citocinas atuam em células próximas ao local de infecção 
+ Endócrina:​ quando a infecção é mais grave e com alta propagação pelo corpo, as 
citocinas podem atuar em diferentes locais por meio da via endócrina. 
Diferentes citocinas têm ações similares ou sobrepostas, ou são funcionalmente singulares. 
Uma citocina pode estimular a produção de outras, estabelecendo cascatas que amplificam a reação ou 
induzem novas reações. 
● As citocinas da imunidade inata exercem vários papéis: 
+ Indução de inflamação 
+ Inibição da replicação viral 
+ Promoção de respostas de célula T 
+ Limitação das respostas imunes inatas. 
➤ ​Recrutamento de Leucócitos para Sítios de Infecção 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
● A resposta inflamatória é originada pela ativação das células residentes no tecido 
infectado/lesado 
+ Essas células serão ativadas quando reconhecem o patógeno ou o dano. 
+ Após ser ativadas irão produzir citocinas, induzindo uma resposta inflamatória 
+ As células de defesa então irão sair dos vasos sanguíneos e vão ser redistribuídas 
no local de infecção. → aumento da permeabilidade (processo reversível) 
Ex: 
1. Quimiocinas CXCL8=IL-8 → recrutamento de neutrófilos 
2. CCL4=MIP1ß) → célula.T; célula. dendríticas; monócitos; NK 
 
Fator de necrose tumoral (TNF)​ → vai mediar resposta inflamatória aguda contra 
bactérias e microrganismos infecciosos 
São produzidos por macrófagos, linfócitos T e células dendríticas. 
 
IL-1​ → Também é resposta aguda e tem função similares do TNF, a diferença é 
que o IL-1 é produzida por neutrófilos e células epiteliais 
 
IL - 6​ → Resposta inflamatória aguda, com efeitos locais e sistêmicos, está 
envolvida na síntese de reagentes da fase aguda no fígado, é produzidas por 
fibroblastos, fagócitos e células endoteliais. 
Mediadores da Inflamação: 
 
Dilatação da artéria → aumenta o fluxo 
sanguíneo → aumenta a pressão dos capilares 
→ causa o aumento da filtração dos nutrientes 
VASODILATAÇÃO 
 
Vênulas → contração e abertura das junções 
intercelulares → aumenta a permeabilidade → 
passa muito plasma → edema 
AUMENTO DA PERMEABILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
Adesão e migração dos leucócitos: 
O Leucócito possui: 
- Integrina 
- Ligante de selectina 
- Receptores de quimiocina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na imagem, o espaço representado de azul é a matriz extracelular de algum ligante 
● Macrófago está sendo estimulado pelos microrganismos e produzindo citocinas e 
quimiocinas 
+ As quimiocinas vão ser expostas na superfície do endotélio 
+ Citocinas estimulam a produção de ligantes de integrina (indicam a região do corpo 
que está sendo afetada) 
● Ligante de selectina (no leucócito) e a selectina (no endotélio do vaso) possuem entre si 
uma ligação bem fraca, essa ligação é responsável pelo fato do leucócito conseguir se ligar 
ao epitélio do vaso, contudo, por ser uma ligação fraca, o leucócito consegue fazer um 
rolamento pela superfície do endotélio. 
+ Quando o leucócito encontra uma quimiocina a integrina que estava no estado de 
baixa afinidade, vai sofrer uma ativação, passando para o estado de alta afinidade. 
● Quanto maior a quantidade de quimiocina e de ligante de selectina, maior a vontade do 
leucócito continuar o rolamento pelo endotélio, mas a integrina fez uma ligação muito forte, 
por mais que o leucócito tente rola, uma parte sua permanece presa ao endotélio então a 
medida que ele rola ele fica cada vez mais achatado 
● Esse achatamento serve para que o leucócito consiga passar pelo buraco que se abriu no 
endotélio do vaso, chegando no tecido que está lesado. 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
➤ ​Ingestão e Killing de Microorganismos por Fagócitos Ativados 
 
A membrana vai fazer a fagocitose ingerindo o microrganismo. 
Vai ser formado um fagossomo que vai se fundir com um lisossomo 
→ promove a ativação do fagócito → faz com que seja produzido 
algumas substâncias que ajudam na destruição do mastócitos. 
 
 
 
Outra função dos 
macrófagos ativados 
↳ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➤​ Consequências Sistêmicas e Patológicas da Inflamação 
Inflamação pode ser: 
● Local:​ As citocinas em ação parácrina.. 
● Sistêmica:​ Quando outros órgãos ou tecidos são envolvidos na resposta inflamatória 
+ O microrganismo não precisa necessariamente estar espalhado em grande parte do 
corpo. 
A resposta inflamatória è originada pela ativação das células residentes no tecido infectado/leso 
(Mø, DC, mastócitos, células epiteliais) 
+ PAMPs/DAMPs – citocinas (IL-1ß, TNF, IL-6) - quimiocinas (IL-8, MIP1ß) - mediadores 
solúveis (prostaglandinas, histamina) 
 
Resolução da inflamação: 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
→ RESPOSTA ANTIVIRAL: 
Principal citocina produzida é o interferon do tipo 1, podendo ser do tipo alfa ou beta 
Ações biológicas do interferon tipo 1: 
 
Se liga em uma célula não infectada, capaz de 
produzir uma cascata de sinalização que vai 
impedir que o vírus se multiplique mais. → 
ESTADO ANTIVIRAL 
Isso gera tempo ao linfócito T citotóxico e as 
células NK, para que possam destruir a célula 
RNAse → ​Degrada o vírus que está sendo 
replicado, porque degrada o RNA viral 
S1P → ​É uma molécula que atrai linfócitos 
Encontrado no sangue, na linfa e na saída do 
linfonodo. 
S1PR1 ​→ Receptor para S1P 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
O linfócito só vai sofrer ação do S1P se ele possuir um S1PR1 
 
Célula T naive vai ter baixo S1PR1, por isso ela 
vai pra dentro do linfonodo e não vai ficar na 
corrente sanguínea. 
Chegando no linfonodo essa célula tem dois caminhos 
1. Reconhecer o antígeno: 
Continua não expressando o S1PR1 → porque ela vai precisarsofrer a replicação viral dentro do 
linfonodo → depois ela volta a expressar o S1PR1 dias após a ativação, para ser mandada 
novamente para fora do linfonodo → quando ela sai do linfonodo ela para novamente de expressar 
o S1PR1 
2. Não reconhecer o antígeno (no caso de não ter um): 
Ela ainda continua como célula T naive, então ela começa a expressar o S1PR1 para que ela volte 
a circular na corrente sanguínea em busca de reconhecer um antígeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
→ ESTÍMULO DA IMUNIDADE ADAPTATIVA: 
A resposta imune inata fornece sinais que atuam em conjunto com o antígeno para estimular a 
proliferação e diferenciação de linfócitos T e B específicas para antígenos 
 
 
 
Existe um receptor na célula B que reconhece 
moléculas que não são antígenos, esse receptor 
reconhece o coestimulador e se liga a ele. 
Essa ligação aumenta/ intensifica o sinal 1 = resposta 
de sinal ao antígeno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ​Júlia Souza e Mayara Aguiar 
 
 
 
 
 
 
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