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MODELO AÇÃO DECLARATORIA INEXISTENCIA DE DÉBITO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL ADJUNTO CÍVEL
NOME e QUALIFICAÇÃO, vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência, através de seus advogados, propor a presente
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em face de NOME e QUALIFICAÇÃO, pelos fatos e razões que a seguir aduz:
DOS FATOS
O requerente é cidadão idôneo que sempre honrou com seus compromissos, efetuado os pagamentos de suas dívidas.
Ocorre que o mesmo possui cartão de crédito do requerido, cartão de n° XXXXX, sendo que, sempre efetuou o pagamento de suas faturas. Ocorre que após receber a fatura com vencimento em XXX por problemas financeiros o requerido acabou por efetuar o pagamento tão somente em XXXX, no valor total da fatura, qual seja R$ XXXX. 
No mês seguinte ao receber sua fatura o autor surpreendeu-se pois ao analisar os gastos, constatou que a requerida não fez a compensação do seu pagamento anterior, cobrando integralmente o valor de XXX e os juros, mais as compras mensais que o autor efetuou no mês.
O autor entrou em contato via SAC atendimento ao consumidor, no entanto, a única informação que obteve é que sua fatura estava correta e que tal valor se referia aos juros.
Inconformado com tal informação se dirigiu ao Procon Municipal para tentar a resolução de seu problema, porém, obteve resposta da empresa na qual dizia que por ter efetuado o pagamento após a data estipulada havia entrado no rotativo e que o pagamento era devido.
Analisando a fatura do mês seguinte com vencimento em XX, vê-se que o pagamento do valor de XX, foi faturado como pagamento mínimo, no entanto, constou como transportado para o mês seguinte valor de XX, valor este que o autor não reconhece e nem mesmo é referente a juros, deixando a fatura do autor totalmente descabida, como o autor ainda estava aguardando a resposta do Procon não efetuou o pagamento, sendo a fatura gerada no valor de XX.
Surpresa maior quando se vê que dentro do mesmo mês a requerida gerou outra fatura, desta vez zerada, ou seja, compensando o valor pago pela autora, pois conforme se vê o valor pago de XXX, encontra-se no campo de crédito da fatura e não débito.
Demonstrando o descaso com o consumido na fatura com vencimento de XX o valor total da fatura foi de XX, valor este que não corresponde aos gastos do autor, reconhecendo tão somente o valor de XXX, valores referentes a gastos com mercado supremo, parcelamento no valor de XX o qual o autor reconhece que fez, bem como as taxas normais cobradas pela utilização do cartão.
A requerida enviou posteriormente resposta ao Procon Municipal desta urbe, sendo totalmente descabida a alegação da mesma, pois imputou a consumidora de seus serviços uma dívida de XXX, alegando que são valores devidos com a devida incidência de juros.
Insta salientar que o requerido nunca questionou a incidência de juros pelo pagamento efetuado em atraso, no entanto, questiona-se a não compensação dos valores pagos por ele, os quais em uma simples analise contabiliza-se que não foi efetuado, pois quando do ocorrido o autor ficou um mês sem utilizar o cartão devido ao esclarecimentos a serem feitos, no entanto, por não ter outra forma de efetuar sua compra mensal no mercado procedeu novamente ao uso, reconhecendo o valor utilizado conforme já delineado acima.
Assim, não tendo o autor obtido sucesso na via administrativa, não resta outra alternativa senão a propositura da presente ação, visando resguardar a imagem do autor enquanto consumidor no comércio.
DO DIREITO
A requerida agiu com manifesta negligência e evidente descaso com o requerente, pois colocou o autor em situação vexatória, tendo em vista não compensar o pagamento em sua fatura.
O requerente busca tutela ao direito subjetivo, disposto no art. 186, do Código Civil Brasileiro, o qual dispõe:
ARTIGO 186 - AQUELE QUE POR AÇÃO OU OMISSÃO
VOLUNTÁRIA, NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA, VIOLAR DIREITO E CAUSAR DANO A OUTREM, AINDA QUE EXCLUSIVAMENTE MORAL, COMETE ATO ILÍCITO.
Outrossim também neste sentido o art. 927 do CC preceitua:
ART.927 – AQUELE QUE, POR ATO ILÍCITO (ARTS. 186 E 187) CAUSAR DANO A OUTREM FICA OBRIGADO A
REPARÁ-LO. § 1º - haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
Ademais a não compensação do pagamento do autor em sua fatura em si, gera danos conforme jurisprudência a seguir:
APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS DE CARTÃO DE CRÉDITO. AÇÃO DE DECONTITUIÇÃO DE DÉBITO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PAGAMENTO DE FATURA NÃO COMPUTADO, COBRANÇA INDEVIDA. INSCRIÇÃO NEGATIVA NOS CADASTROS INADIMPLENTES. RESPONSABILIDADE CIVIL DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. OCORRÊNCIA. Hipótese na qual a falha na prestação do serviço restou suficientemente demonstrada, porquanto a administradora do cartão de crédito não computou o pagamento de fatura efetuado e, por tal razão, cobrou o consumidor por débito que já havia sido adimplido, assim como procedeu ao cadastro negativo de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito. Eventual equivoco por parte do estabelecimento comercial autorizado a receber o pagamento não afasta a responsabilidade comercial autorizado a receber o pagamento não afasta a responsabilidade da administradora do cartão de crédito pelos danos causados ao consumidor, pois, a partir do momento em que oferece a seus clientes a possibilidade de efetuar o pagamento de faturas em estabelecimentos de terceiro, torna-se responsável pelas falhas verificadas ao longo do processo. Nesse contexto, comprovada a falha na prestação de serviços, de rigor o acolhimento dos pedidos de declaração de inexistência de débito dele decorrente. (TJRS – AC. 70078635125 RS, RELATOR: FERNANDO FLORES CABRAL JUNIOR, DATA DE JULGAMENT: 12/12/2018, Vigésima Quarta Câmara Cível, data da publicação: Diário de Justiça do dia 14/12/2018).
Em que pese o nome do autor ainda não tenha sido incluso nos órgãos de proteção ao crédito sua inclusão é iminente, tendo em vista que, a requerida se nega a retificar a fatura do autor para que o mesmo possa efetuar o pagamento do valor realmente devido, estando assim o consumidor a mercê da boa vontade da requerida que trata o caso do autor com tamanho descaso.
DO DIREITO DA RELAÇÃO DE CONSUMO
As rés enquadram-se no conceito de fornecedora (art. 3º do Código de Defesa do Consumidor), visto que trata-se de prestadora de cartão de crédito. Aqueles que utilizam de seus serviços pagam posteriormente a fatura do cartão, mediante contraprestação pecuniária, adequando-se no art. 2º do mesmo diploma legal. Isto é, são todos legalmente consumidores.
Por consequência, aplicam-se a tais relações as normas de ordem pública e de interesse social previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), principalmente aquelas que reconhecem a vulnerabilidade do consumidor (art. 4º, I, CDC), que facilitam a defesa dos direitos do consumidor com a inversão do ônus da prova (art. 6º, VIII, CDC), que coíbem e tornam nulas de pleno direito as práticas e cláusulas contratuais abusivas impostas pela ré (art. 39 e incisos, e art. 51 e incisos, todos do CDC), sem contar o reconhecimento da boa-fé objetiva, com todas as suas consequências jurídicas, como princípio e norma impositiva presente em toda e qualquer relação de consumo (art. 4º, III, e art. 51, IV, todos do CDC).
No caso em comento, evidente a desproporcionalidade e ilegalidade do modus operandi da ré, vulnerando o sistema nacional de defesa do consumidor e demais princípios norteadores do Estado Humanitário Constitucional de Direito.
DA DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO
Pela narrativa dos fatos se percebe que o requerente está supostamente em débito com a parte demandada, o que é inverídico, haja vista que o débito constante na fatura de cartão foi devidamente pago e não computado.
Ademais vê-se que apóso pagamento a requerida veio transportando o valor mês a mês, como pode-se observar na fatura do mês de maio, restando ainda débito indevido no valor de R$ 366,47 (trezentos e sessenta e seis reais e quarenta e sete centavos), valor este que o requerente não reconhece, e sobre o qual vem sendo gerado cada vez mais juros.
Desse modo, requer-se a Vossa Excelência a exclusão do débito de XX, efetuando a retificação da fatura do autor com o valor de XXX, prosseguindo outrossim, zerando a fatura do mês de maio de 2019, e consequentemente regularizando a situação de débito do autor que não nega este último valor, julgando totalmente procedente a ação.
DA NECESSIDADE DE TUTELA PROVISÓRIA
Como já declinado, há verossimilhança das alegações declinadas, máxime pelo motivo dos fatos narrados serem provados de plano pelos inclusos documentos. Existe prova de todas as alegações. O procedimento ora contestado é público e de conhecimento notórios dos particulares e dos que administram justiça.
Presente o fumus boni iuris. Quanto ao periculum in mora, este se encontra consubstanciado no fato do autor encontrar-se na iminência de ter seu nome incluso nos órgãos de proteção ao crédito, impossibilitado de utilizar seu credito de compra perante a qualquer comércio desta cidade.
Ademais, a cada dia ultrapassado o autor passa a dever mais juros e correção monetária, sendo que o mesmo tão somente deseja efetuar o pagamento do que realmente é devido por ele.
Com tudo isso, delineada e esmiuçada a situação jurídica e fática, É IMPERIOSO CONCEDER MEDIDA LIMINAR PARA QUE SEJA EFETUADA A RETIFICAÇÃO DA FATURA PELA EMPRESA para que o autor possa efetuar o pagamento, sem prejuízo posterior, sendo que, caso a demanda seja julgada improcedente tão somente basta gerar novamente o debito ao consumidor.
DO DANO MORAL
Enfatiza-se que não há de se suscitar a carência de prova do dano moral haja vista a sua natureza imaterial, pois a ofensa atinge estritamente a esfera psicológica do ser humano, obstando que o prejuízo seja suscetível de ser apreciado por um conjunto de elementos probatórios.
É uníssono nos âmbitos jurisprudencial e doutrinário que o dano moral se presume, tratando-se de presunção absoluta. Desse modo, não precisa a mãe comprovar que sentiu a morte do filho; ou o agravado em sua honra demonstrar em juízo que sentiu a lesão; ou que o indivíduo se sentiu constrangido pelo fato do seu nome ter sido lançado indevidamente no sistema de cadastro de devedores.
Inicialmente, cumpre salientar que a reparação por danos morais apresenta um duplo caráter: um de natureza sancionatória, sendo uma forma de punir o praticante do ato ensejador do dano e de demonstrar a reprovabilidade da sua conduta; outra de natureza compensatória, ou seja, uma maneira encontrada pelo legislador de se compensar, amenizar a dor proveniente da ofensa.
Faz-se mister invocar a lição do jurista Caio Mário Pereira, a qual retrata de forma eficiente essa orientação, senão vejamos: “Quando se cuida de reparar o dano moral, o fulcro do conceito ressarcitório acha-se deslocado para a convergência de duas forças: o caráter punitivo para que o causador do dano, pelo fato da condenação, se veja castigado pela ofensa que praticou; e o caráter compensatório para a vítima, que receberá uma soma que lhe proporcione prazeres como contrapartida do mal sofrido.”
Outrossim temos, atualmente aplicada nestes casos os seguintes entendimentos, que versam sobre a teoria do desvio produtivo do consumidor: “Especialmente no Brasil é notório que incontáveis profissionais, empresas e o próprio Estado, em vez de atender ao cidadão consumidor em observância à sua missão, acabam fornecendo-lhe cotidianamente produtos e serviços defeituosos, ou exercendo práticas abusivas no mercado, contrariando a lei", diz o ministro Marco Aurélio Bellizze.
"Para evitar maiores prejuízos, o consumidor se vê então compelido a desperdiçar o seu valioso tempo e a desviar as suas custosas competências – de atividades como o trabalho, o estudo, o descanso, o lazer – para tentar resolver esses problemas de consumo, que o fornecedor tem o dever de não causar”, votou Bellize, em decisão monocrática.
Assim o requerente como consumidor tem se desgastado diariamente com a possibilidade de seu nome ser incluído nos órgãos de proteção ao crédito, pois é um bom pagador.
Ante as considerações desses critérios, pleiteia-se a condenação da Requerida ao pagamento da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por ser um valor justo que guarnece a proporcionalidade entre o dano sofrido pelo Requerente e a conduta das Requeridas.
DOS PEDIDOS
Assim, em face ao exposto, requer:
a) Requer a concessão tutela provisória para que determine a retificação da fatura de cartão de crédito do autor do mês 05/19, emitindo a mesmo com o valor de XXXX, referente aos valores realmente devidos pelo autor, sob pena de astreintes, por dia, tudo mediante a expedição do competente mandado.
b) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do
art. 319, VII, do CPC/2015;
c) A citação do requerido por meio postal, nos termos do art. 246, inciso I, do CPC/2015;
d) Seja o requerido condenado ao pagamento de danos morais, no valor de XXX;
e) Ao final, seja dado provimento a presente ação, no intuito de declarar inexistente os débitos de XXXX;
f) Requer que todos os atos e publicações alusivos ao feito sejam feitas em nome dos patronos XXXXX, sob pena de nulidade.
Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos, em especial pelo depoimento pessoal do representante da requerida, pelos documentos acostados à inicial, por testemunhas a serem arroladas em momento oportuno e novos documentos que se mostrarem necessários.
Dá-se o valor da causa de XXXX.
Termos em que,
Pede deferimento.
DATA
ADVOGADOS

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