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RESUMO PRI - Processo do cuidar

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RESUMO PRI – INT. PROCESSO DO CUIDAR 
 
AULA 1 – Apresentação da disciplina + exercícios 
Conceituar: 
 Higienização: consiste em um conjunto de regras e técnicas referentes à preservação 
da saúde e prevenção de doenças no organismo do ser humano, através da limpeza, 
desinfecção e conservação de instrumentos, espaços e objetos. 
 Desinfecção: destruição de agentes infecciosos que se encontram fora do corpo, por 
meio de exposição direta a agentes químicos ou físicos. 
 Esterilização: é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, 
esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes 
químicos ou físicos. A prática da esterilização visa à incapacidade de reprodução de 
todos os organismos presentes no material a ser esterilizado, causando a morte 
microbiana até que a probabilidade de sobrevivência do agente contaminante seja 
menor que 1:1.000.000, quando um objeto pode então ser considerado estéril. O 
esporo bacteriano (forma mais resistente aos agentes esterilizantes) é o parâmetro 
utilizado para o estudo microbiológico da esterilização, ou seja, para se assegurar a 
esterilização de um artigo todos os esporos devem ser destruídos. 
 Antissepsia: consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) 
sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua 
superfície. 
 Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes 
patogênicos no organismo. 
 Degermação: é a remoção de sujidades, detritos, impurezas e microbiota transitória da 
pele através do uso de sabão e detergentes sintéticos. 
 Área crítica: área na qual existe um risco maior de desenvolvimento de infecções 
relacionadas à assistência, seja pela execução de processos envolvendo artigos críticos 
ou material biológico, pela realização de procedimentos invasivos ou pela presença de 
pacientes com suscetibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de 
patógenos de importância epidemiológica. 
 Área Semicrítica: área de moderado a baixo risco para infecções relacionadas à 
assistência seja pela execução de processos envolvendo artigos semicríticos, ou pela 
realização de atividades assistenciais não invasivas em pacientes não críticos e que não 
apresentam infecção ou colonização por patógenos de importância epidemiológica. 
 Área não crítica: área na qual o risco de desenvolvimento de infecções relacionadas à 
assistência é mínimo ou inexistente seja pela não realização de atividades assistenciais, 
ou pela ausência de processos envolvendo artigos críticos e semicríticos, exceto 
quando devidamente embalados e protegidos. 
 Artigos críticos: entram em contato com tecidos estéreis ou com o sistema vascular e 
devem ser esterilizados para uso, pois possuem alto risco de causar infecção. 
 Artigos semicríticos: são aqueles destinados ao contato com a pele não intacta ou com 
mucosas íntegras. Ex.: equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, etc. 
Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização. 
 Artigos não críticos: são artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente. 
Ex.: comadres (aparadores), cubas, aparelhos de pressão, entre outros. Requerem 
limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível. Deve-se atentar para o risco de 
transmissão secundária por parte dos profissionais que lidam com o artigo e entrem 
em contato com o paciente. 
 Unidade do paciente: é o conjunto de espaços e móveis destinados a cada paciente. Os 
componentes diferem de hospital para hospital, mas basicamente, são: cama com 
colchão, mesa de cabeceira equipada com os pertences do paciente, uma cadeira, 
campainha, mesa de refeições, escadinha, oxigênio. A disposição dos móveis deverá 
ser de maneira que permita boa circulação ao redor. 
 Prontuário: é a soma de todas as informações a respeito do paciente. Tem por objetivo 
organizar todos os procedimentos relativos à sua terapia medicamentosa e/ou 
também inocentar no caso de algum processo judiciário. 
 
AULA 2: correção dos exercícios. 
 
AULA 3: Sinais vitais. 
 
 Sinais vitais (SSVV): 
São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. 
Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico 
que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do 
organismo e uma determinada doença. São eles: 
 Temperatura corpórea (T); 
 Frequência cardíaca (FC) ou Pulso (P); 
 Frequência respiratória (FR ou irpm); 
 Pressão arterial (PA); 
 Dor? 
 
Os SSVV fazem parte do HISTÓRICO DE ENFERMAGEM. O profissional de enfermagem deve 
saber: 
 
 Ver, compreender, interpretar e comunicar os valores; 
 Equipamento adequado; 
 Conhecer faixa e valores de normalidade; 
 Conhecer história clínica; 
 Abordar com calma e cuidadosamente; 
 Demonstrar habilidade. 
 
 Diretrizes para aferição dos SSVV: 
Certifique-se de que os equipamentos estão funcionando corretamente e sejam 
adequados ao tamanho e a idade do cliente. Controle ou minimize fatores ambientais que 
afetam os SSVV. Utilize das medições para determinar indicações para administração de 
medicamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Temperatura corpórea (T): 
É a capacidade de o organismo manter sua temperatura central relativamente estável 
à variação climática ambiental, possibilitando o funcionamento corporal-metabólico e 
propiciando condições para a vida nas mais diversas condições ambientais. 
TERMORREGULAÇÃO são os mecanismos fisiológicos e comportamentais utilizados para a 
regulação da TEMPERATURA CORPÓREA (CALOR PRODUZIDO – CALOR PERDIDO). O equilíbrio 
entre a produção e perda de calor é controlado pelo hipotálamo: quando há necessidade de 
perda de calor, impulsos nervosos provocam vasodilatação periférica com aumento do fluxo 
sanguíneo na superfície corporal e estimulação das glândulas sudoríparas, promovendo a saída 
de calor. Também há a possibilidade de exposição ao meio ambiente: irradiação, condução, 
convecção, evaporação e diaforese. 
Quando há necessidade de retenção de calor, estímulos nervosos provocam 
vasoconstrição periférica com diminuição do fluxo de sangue circulante local, e, portanto, 
menor quantidade de calor é transportada e perdida na superfície corpórea. Quando há 
necessidade de produção de calor o corpo tende a aumentar seu metabolismo que é uma 
reação química em todas as células do corpo. Os alimentos são a fonte primária de 
combustível para o metabolismo. A produção de calor ocorre por meio de movimentos 
voluntários, involuntários e na termogênese sem tremores (em RN). 
 
Alterações fisiológicas da temperatura: 
 Sono e repouso; 
 Idade; 
 Exercícios físicos; 
 Emoções; 
 Fator hormonal; 
 Desnutrição; 
 Agasalhos; 
 Banhos a temperaturas muito 
quentes ou frias. 
 
Tipos de termômetros: 
 Digital; 
 Coluna de mercúrio. 
 
Locais para verificação da temperatura: 
 Oral; 
 Retal; 
 Região frontal; 
 Axilar; 
 Auricular. 
 
A temperatura do corpo humano varia entre: 
 Temperatura oral: 36 a 37, 4°C; 
Contraindicada nos casos de: pacientes inconscientes, desorientados ou propensos a 
convulsões, em crianças muito novas ou bebês, após ingerir líquidos quentes ou 
gelados, mascar chicletes ou fumar, pacientes submetidos a cirurgias de boca, 
extrações dentárias e portadores de inflamação orofaríngea. 
 Temperatura axilar: 0,5°C mais baixa que a oral (35,5 a 37°C); 
- Hipotermia: temperatura abaixo de 36ºC. 
- Normotermia: temperatura entre 36 e 36,8ºC. 
- Febrícula: temperatura entre 36,9ºC e 37,4ºC. 
- Estado febril: temperatura entre 37,5ºC e 38ºC 
- Febre: temperatura entre 38ºC e 39ºC. 
- Pirexia: temperatura entre 39,1ºC e 40ºC. 
- Hiperpirexia: temperatura entre 40º e 41º. 
Contraindicada nos casos de: queimaduras do tórax, furúnculos axilares, fraturas dos 
membros superiores. 
 Temperatura retal: 36 a 37,6°C. 
Representa uma leitura mais precisa, é geralmente0,5ºC mais alta que a axilar e oral, 
em geral 37,0ºC a 38,0ºC. Contraindicada: pacientes com diarreia, cirurgias (ou 
ferimentos) retais ou próstata recente, porque podem ocorrer danos nos tecidos 
inflamados. 
 Temperatura central (realizada com sensor, no conduto auditivo) variável em 0,5°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecanismo da febre: a febre geralmente ocorre em resposta a substância pirogênicas (o mais 
conhecido é a interleucina 1), que são secretados pelas células como resposta inflamatória. 
Essas substâncias pirogênicas agem no hipotálamo (o termostato do corpo), reconfigurando 
para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, evoca os mecanismos de aumento de 
temperatura do corpo, fazendo-o aumentar a temperatura a níveis acima do normal. O corpo 
tem várias técnicas para aumentar a temperatura: tremores, que envolvem movimentos físicos 
e que produzem calor, vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo da pele, 
reduzindo a quantidade de calor perdido pelo corpo. A temperatura do corpo é mantida nestes 
níveis até que os efeitos dos pirógenos cessem. 
 
PROCEDIMENTOS PARA A VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: 
1. Higienize as mãos; 
2. Providencie o material necessário: bandeja, algodão, termômetro, bloco de papel e 
caneta, frasco com álcool, relógio com ponteiro de segundos; 
3. Leve o material para o quarto e explique ao cliente o que será feito; 
4. Faça a desinfecção do termômetro utilizando o algodão; 
5. Agite o termômetro para baixo com firmeza, para que a coluna de mercúrio desça ao 
bulbo (somente para termômetro de mercúrio); 
6. Coloque o termômetro na região axilar do cliente, posicionando o membro sobre o 
tórax; 
7. Mantenha o termômetro por 3 a 5 minutos (se digital, até apitar); 
8. Retire o termômetro e verifique o valor obtido, anotando em seu bloco de papel; 
9. Agite novamente o termômetro para que o mercúrio desça ao bulbo (se termômetro 
de mercúrio); 
10. Limpe novamente o termômetro utilizando o algodão; 
11. Guarde o material e deixe o cliente confortável; 
12. Lave as mãos; 
13. Proceda à anotação dos dados, conforme a rotina da instituição. 
 
 Pulso (P): 
É a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada 
batimento cardíaco (Guyton, 2002). É a delimitação palpável da circulação sanguínea 
percebida em pontos do corpo (Potter & Perry, 2013). É necessário contar sempre o 
número de pulsações durante um minuto. O pulso é tomado onde uma artéria possa ser 
comprimida levemente contra um osso, com as pontas de dois dedos (indicador e dedo 
médio, NUNCA COM O POLEGAR!!! O examinador poderá sentir seu próprio pulso digital). 
A avaliação do pulso apical de ser quanto: frequência, ritmo e volume. 
 
Locais de verificação do pulso: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limites de normalidade: 
Homem 60 - 70 batimentos por minuto (bpm); 
Mulher 65 - 80 bpm; 
Criança (2 anos – 12 anos) 110 - 115 bpm; 
Lactente (29d – 2 anos) 115 - 130 bpm; 
Recém-nascidos (até 28d) 130 - 140 bpm 
 
 
 
 
 
Características do Pulso: 
 
 Frequência: refere-se ao número de pulsações por minuto. 
 Volume: o volume de cada batimento cardíaco é igual em condições normais. Quando 
se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a 
artéria, o pulso é denominado cheio, porém se o volume é pequeno e a artéria fácil de 
ser obliterada tem-se o pulso fraco e fino. 
Significa maior ou menor enchimento da artéria. 
 Ritmo: é a regularidade entre uma batida e outra. Pode ser: rítmica, quando bate com 
regularidade, e arrítmica, quando bate sem regularidade. 
 Igualdade: observar se o pulso é igual, por exemplo, nas duas artérias radiais, ou 
poplíteas. A desigualdade pode ser indicação de algum acometimento como trombose. 
 
Fatores que influenciam o pulso: 
 Ritmo circadiano: manhã, final do dia ↑. 
 Gênero: mulheres 7 a 8 batimentos a mais por minutos. 
 Composição física: pessoas altas apresentam frequência mais lenta. 
 Exercício: exercício de curta duração ↑. 
 Febre, calor: ↑ F.C. devido aumento do ritmo metabólico. 
 Dor: ↑F.C. devido à estimulação simpática. 
 Drogas: determinadas drogas podem desacelerar ou acelerar a taxa de contrações 
cardíacas. 
 
Terminologia básica: 
 Normocardia: frequência normal: 60-100 bpm; 
 Bradicardia: frequência abaixo do normal: < 60 bpm 
 Taquicardia: frequência acima do normal: > 100 bpm. Varia de acordo com a idade e o 
sexo; 
 Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; 
 Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico. 
 
Procedimentos para verificação do pulso: 
1. Lave as mãos; 
2. Explique ao cliente o que será feito 
3. Coloque os dedos médio e indicador sobre uma das artérias do cliente, comprimindo-a 
levemente; 
4. Conte os batimentos durante 1 minuto; 
5. Anote o valor obtido no bloco de papel; 
6. Lave as mãos; 
7. Proceda à anotação dos dados conforme a rotina da instituição. 
 
Obs.: evite a verificação do pulso com as mãos frias. Em caso de dúvidas, repita a contagem. 
Mantenha o cliente em posição confortável, com o braço apoiado. Não se deve verificar pulso 
no braço em que foi feito cateterismo cardíaco. 
 
 Frequência respiratória: 
Respiração: é a troca de gases (oxigênio e gás carbônico) efetuada entre o organismo e o meio 
externo, que é verificada pelos movimentos respiratórios de inspiração expiração, nota-se a 
respiração pelo arfar (movimento de sobe e desce do peito). 
 
Fatores que influenciam a respiração: 
 Doença ou indisposição: Ex. enfisema ou bronquite altera o estímulo natural. 
 Estresse: ansiedade causa hiperventilação. 
 Idade: frequência e capacidade pulmonar. 
 Sexo: sexo masculino maior capacidade. 
 Posição corpórea: posição curvada ou abaixada reduz a amplitude respiratória. 
 Drogas: narcóticos deprimem a habilidade de respiração, outras podem aumentar ou 
diminuir ou afetar o ritmo. 
 Exercícios: o exercício aumenta a frequência e a amplitude respiratória. 
 
 
Avaliação da respiração: 
 Frequência: movimentos respiratórios por minuto. Controle voluntário e involuntário. 
O paciente sentado ou deitado, em repouso e descansado. Conte o número de 
expansões da caixa torácica; 
 Profundidade respiratória: superficial, normal ou profundo; 
 Ritmo: regular ou irregular. 
 
Limites da Normalidade da FR 
Homens 16 a 20 irpm 
Mulheres 18 a 20 irpm 
Criança (2 anos-12anos) 20 a 30 irpm 
Lactente (29d-2anos) 30 a 40 irpm 
Recém-nascidos (até 28d) 30 a 60 irpm 
 
Terminologia da respiração: 
 Eupnéia: respiração normal; 
 Bradipnéia: frequência respiratória abaixo do normal; 
 Taquipnéia: frequência respiratória acima do normal; 
 Dispnéia: dificuldades respiratórias; 
 Apnéia: ausência de movimentos respiratórios; 
 Ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical; 
 Respiração de Cheyne Stocks: caracteriza-se por aumento gradual na profundidade, 
seguido por decréscimo gradual na profundidade das respirações e, após, segue-se um 
período de apnéia; 
 
Procedimentos para a verificação da respiração: 
1. Providencie o material necessário: relógio com ponteiro de segundos, bloco de papel e 
caneta; 
2. Lave as mãos; 
3. Coloque o cliente em posição confortável, sentado ou deitado; 
4. Coloque a mão do cliente sobre o peito*, simule um controle de pulso e observe os 
movimentos respiratórios; 
5. Conte o número de respirações durante 1 minuto; 
6. Anote o valor obtido no bloco de papel; 
7. Lave as mãos; 
8. Proceda à anotação dos dados conforme a rotina da instituição. 
 
 Pressão Arterial (PA): 
É a força exercida pelo sangue circulante sobre as paredes das artérias, que depende 
da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência das 
paredes dos vasos. A pressão arterial é determinada por fatores hormonais e neurológicos que 
interagem entre si em uma complexa relação. A força do coração para bombear o sangue é 
chamada de pressão máxima, ou sistólica. A resistência que a artéria oferece à passagemdo 
sangue é chamada de pressão mínima, ou diastólica. Unidade padrão milímetros de mercúrio 
(mmHg). O pico de pressão máxima ocorre durante a sístole. A pressão diastólica é sempre a 
pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais. 
→ Sons de Korotkoff: são sons são produzidos pela 
passagem turbilhonar do sangue através da 
artéria estenosada pela compreensão do 
manguito e se divide em cinco fases. 
→ Fatores de risco para PA: 
- Idade; 
- Gênero e etnia; 
- Excesso de peso e obesidade; 
- Ingesta de sal; 
- Ingesta de álcool; 
- Sedentarismo; 
- Genética; 
 
Normotensão: pressão normal 
Ex: 110 / 76 mmHg (milímetros de mercúrio); 
 
Hipertensão arterial: quando há elevação da pressão; 
Ex: 210 / 130 mmHg; 
 
Hipotensão arterial: pressão arterial abaixo da normal 
Exemplo: 70 / 40 mmHg (Choque hipovolêmico causado por 
sangramento extenso). 
 
Locais para verificação da Pressão Arterial: 
- Nos membros superiores pela artéria braquial; 
- Nos membros inferiores pela artéria poplítea. 
 
Esfigmomanômetro: Equipamento padrão usado para mensurar a 
pressão sanguínea. 
Estetoscópio: auscuta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dor: 
Dor é definida pela International Association for the Study of Pain (IASP), como uma 
experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou descrita em termos de lesão 
tissular real ou potencial. 
 
Dor aguda: início súbito costuma apresenta causa definida, duração variada, pode variar de 
leve a severa, elevação dos Sinais Vitais, tratamento é focado na eliminação da causa. 
 
Dor crônica: não apresenta propósito biológico ou função, não é prolongamento da dor aguda. 
Pode não responder ao tratamento da cura da lesão, respostas físicas, emocionais e 
comportamentais, intensidade de dor variada. 
 
Avaliando a dor: 
 Padrão: avaliado de acordo com o seu ritmo. O paciente é questionado se a dor é 
constante, intermitente ou breve, e ainda sobre a data e horário do seu início e 
quando foi o último episódio. 
 
 Localização: a determinação do local pode auxiliar na determinação da etiologia. 
Poderá ser utilizado um diagrama corpóreo assinalando as áreas afetadas. Novos locais 
dolorosos que aparecem devem ser registrados, porque podem sinalizar uma 
complicação. 
 
 Natureza: Utilização dos descritores verbais. Ao paciente será solicitado que defina as 
palavras que melhor caracterize sua dor. Essas podem descrever as diversas 
qualidades sensoriais e emocionais e auxiliar na definição do tipo da dor. 
 
 Intensidade: utilização de escalas. 
 
 Alívio obtido pela terapia: prescrições farmacológicas e não farmacológicas. 
 
 
Registro da Dor: registrar a dor é fundamental, pois tais informações permitem que os dados 
sejam compartilhados entre os diversos plantões e equipe multidisciplinar. A avaliação da 
queixa dolorosa deve ser realizada durante toda a internação, incluindo a caracterização do 
local, da intensidade, da frequência, da duração e da qualidade do sintoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 4 – Medidas Antropométricas: 
 
ALTURA: medida planta-vértice. Utilizar haste milimetrada. 
 Posição: 
- Pés juntos; 
- Corpo ereto; 
- Encostar calcanhares, nádegas e dorso na haste; 
- Medir pelo topo da cabeça (remover enfeites). 
 
PESO: utilizar balança comum. 
 Paciente com o mínimo de vestimenta possível (sem sapato); 
 Retire objetos dos bolsos (calça, saia, camisa). 
 Peso ideal: são valores estatisticamente estabelecidos a partir dos dados obtidos em 
grandes grupos da população. 
 
Regra simples de Broca: 
Assim, um homem de 1,70 m terá peso ideal ao redor de 70 kg. Para o sexo feminino, 
subtraem-se 5% ao valor encontrado. Exemplo: uma mulher de 1,60 m terá peso ideal em 
torno de 57 kg, isto é, 60- 5% de 60kg. 
 
Índice de Massa Corporal (IMC): Índice útil na classificação do peso. Pode haver diferenças na 
composição corporal em função do sexo, idade, etnia, no cálculo de indivíduos sedentários 
quando comparados a atletas, na presença de perda de estatura em idosos devido a cifose, em 
edemaciados, etc. Aplicável à maioria dos pacientes. Cuidado em musculosos (falsamente 
elevado). Cuidado em pessoas pequenas (falsamente baixo). 
 
Circunferência Abdominal: medida importante que detecta adiposidade central e obesidade 
abdominal. Quando aumentada há maior risco de: doença cardíaca, diabetes, hipertensão e 
dislipidemia. 
 
 Como medir: 
- Paciente em pé, abdome relaxado; 
- Medida deve ser realizada do lado direito; 
- Fita flexível; 
- Plano horizontal; 
- Entre o nível superior da crista ilíaca e a borda inferior da última costela 
Geralmente passando pela cicatriz umbilical. 
 
Medida normal 
Homem < 102 cm 
Mulher < 88 cm 
 
 
 
 
AULA 5 – Processo de enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do 
enfermeiro segundo a Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86 e a Resolução do Conselho 
Federal de Enfermagem nº 358/2009 e a sua implantação deve ser realizada em toda a 
instituição de saúde pública e privada. Esta sistematização organiza o trabalho profissional no 
que se refere ao método, pessoal e instrumentos, o que possibilita a operacionalização do 
Processo de Enfermagem (PE). 
A SAE é uma metodologia científica de que o profissional enfermeiro dispõe par aplicar 
para aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência aos pacientes. 
Pode oferecer respaldo científico, segurança e direcionamento para as atividades realizadas, 
contribuindo para maior credibilidade, competência e visibilidade da enfermagem e, em 
consequência, para maior autonomia e satisfação profissional. Em síntese, o COFEN, por meio 
da Resolução nº 358/2009, tem preconizado que a assistência de enfermagem deve ser 
sistematizada a partir da implantação do processo de enfermagem (PE). 
O PE é o modo sistemático e dinâmico que visa à prestação de cuidados humanizados 
e eficientes. Desenvolve-se por meio de atividades direcionadas ao cuidado individualizado, 
orientando resultados e baixo custo. Impulsiona os enfermeiros a analisar constantemente sua 
prática e discutir como poderiam desenvolvê-la com eficácia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As ações da equipe de enfermagem devem ser pautadas nos domínios da Enfermagem 
que visa manter, prevenir e recuperar a saúde da pessoa, família e coletividade, entendendo a 
pessoa de modo ampliado. Nessa perspectiva reconhecemos o atendimento das 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS, como elementos norteadores da prática da equipe de 
enfermagem e que se relacionam aos cuidados de enfermagem, em seus três níveis: 
necessidades psicobiológicas, necessidades psicossociais e necessidade psicoespirituais. 
 
Processo de Enfermagem: 
É um método sistematizado para avaliar o estado de saúde do cliente, diagnosticar 
suas necessidades de cuidados, formular um plano de cuidados, implementá-lo e avaliá-lo 
quanto à sua efetividade.” (NANDA, 2001). Fornece estrutura para a tomada de decisão 
durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.” (Jesus, 
2002). O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, 
interdependentes e recorrentes: 
 
I. Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem/Investigação); 
II. Diagnóstico de Enfermagem; 
III. Planejamento de Enfermagem; 
IV. Implementação; 
V. Avaliação de Enfermagem. 
 
I. Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem/Investigação): 
Na investigação você realiza a coleta de dados e examina informações sobre a situação de 
saúde; Buscando evidências de funcionamento anormal ou fatores de risco que possam estar 
contribuindo para os problemas de saúde. Processo deliberado, sistemático e contínuo, 
realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de 
informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um 
dado momento do processo saúde e doença. Colete e registre toda informação necessáriapara: 
 Prevenir/detecta e controlar os problemas de saúde potenciais ou reais, visando à 
promoção da saúde, a independência e o bem estar da pessoa, família e coletividade; 
 Utilize as técnicas da entrevista e exame físico. 
 
Os dados podem ser obtidos de maneira direta ou indireta: 
 Dados diretos: coletados a partir de informações do próprio cliente/paciente; 
 Dados indiretos: obtidos a partir de outras fontes, como por exemplo, familiares e / ou 
acompanhantes; prontuário. 
 
Os dados ainda podem ser de natureza subjetiva (entrevista com o paciente) e objetiva 
(exame físico, sinais vitais). 
 
 Natureza subjetiva: identificação do paciente, queixa principal, histórico de saúde, 
familiar, social, padrão de vida cotidiana e impressão do entrevistador. 
 Natureza objetivo: SSVV, exame físico, medida antropométricas, exames laboratoriais 
e outros. 
 
II. Diagnóstico de Enfermagem: 
Os diagnósticos de enfermagem são julgamentos clínicos sobre as respostas do 
individuo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais e 
proporcionam as bases para as seleções de intervenções de enfermagem para alcançar 
resultados pelos quais a enfermeira é responsável. Processo de interpretação e agrupamento 
dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os 
conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da 
pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e 
que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva 
alcançar os resultados esperados. O uso dos diagnósticos de enfermagem proporciona ao 
enfermeiro uma linguagem comum para a identificação dos problemas do cliente e os auxilia 
na escolha das prescrições de enfermagem, bem como a avaliação de tal prescrição. 
 
III. Planejamento: 
Determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de 
enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana 
em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de 
Enfermagem. É nesta etapa que a enfermeira (o) define metas e traçam objetivos a serem 
alcançados. 
 
IV. Implementação: 
Realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de 
Enfermagem. É de incumbência privativa do enfermeiro a liderança na execução e avaliação do 
Processo de Enfermagem, bem como o diagnóstico de enfermagem, a prescrição das ações e 
as intervenções de enfermagem. 
 
V. Avaliação de Enfermagem: 
Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas 
da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, 
para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado 
esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo 
de Enfermagem. A avaliação de estrutura está relacionada com a adequação dos recursos 
físicos e materiais, bem como os modelos organizacionais. A avaliação do processo centraliza o 
foco nas atividades do enfermeiro que são observadas e julgadas. A evolução baseada em 
mudanças comportamentais é denominada de avaliação de resultados. 
 
Investigação Diagnóstico Planejamento Implementação Avaliação 
Coleta pela 
anamnese e 
exame físico, 
todos os dados 
subjetivos e 
objetivos sobre 
o estado de 
saúde do cliente. 
Analisar os dados 
obtidos e 
identificar os 
possíveis 
diagnósticos e 
listá-los por 
prioridade 
Desenvolver um 
plano de ação 
estabelecendo os 
resultados 
esperados 
Prescrever 
cuidados de 
enfermagem que 
poderão levar ao 
alcance dos 
resultados 
esperados. 
A avaliação não se 
concluiu, pois deve 
levar à reavaliação, 
que resulta em 
reiniciar o 
processo. 
 
 
AULA 6 – Exame físico 
 
Exame físico: é o levantamento das condições globais do cliente para buscar informações para 
subsidiar a assistência. Sentido: Céfalo-podal. 
 
Técnicas (propedêuticas) do exame físico: 
 
Inspeção: utiliza a visão e o olfato. Neste caso, essa avaliação pode ser de forma estática 
(observando o paciente em repouso) ou dinâmica, (observando os movimentos corporais), é 
importante analisar o estado nutricional, higienização do paciente, locomoção, postura, dados 
antropométricos, cor da pele, expressão facial, SSVV, etc. A avaliação da pele deve ser feita de 
forma minuciosa e bem rigorosa, pois ela pode identificar o aparecimento de alterações no 
organismo ou mesmo patologias graves numa simples inspeção. A inspeção é o ato de 
observar e inspecionar, sendo o método em que se utiliza o sentido da visão na avaliação do 
aspecto, cor, forma, tamanho e movimento das diversas áreas corporais. No primeiro contato 
com o paciente faz-se uma inspeção geral em que o enfermeiro observa o estado aparente de 
saúde, nível de consciência, estado nutricional, hidratação, humor e tipo de fala. O 
conhecimento das características da superfície corporal, assim como a anatomia topográfica, 
permitirão ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante a inspeção. Por este 
motivo, e com a finalidade de educar a visão, deve ser dada ênfase ao estudo das lesões 
elementares da pele. 
 
Palpação: o tato e a audição são os sentidos a ser utilizados. Essa avaliação segue de encontro 
com a inspeção, confirmando o que havia sido observado. Várias são as técnicas utilizadas para 
a avaliação e suas realizações dependem muito do local de atuação. As principais são: 
palpação com mão espalmada, palpação com o dorso da mão, fricção com algodão, palpação 
bimanual, em pinça, digito pressão, etc., podendo ser de forma profunda ou superficial. 
Através dessa avaliação podemos perceber a presença de nódulos, alterações na textura da 
pele, temperatura, presença de corpos estranhos. Em superfícies ósseas, através da 
compressão digital é possível detectar a presença do Sinal de Gorget, que ocasiona uma 
depressão na região comprimida, mostrando um comprometimento da circulação naquela 
região. Consiste na utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície 
corporal - palpação superficial - e os órgãos internos – palpação profunda. A palpação confirma 
dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração de textura, 
tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil térmica e dolorosa), elasticidade, 
temperatura, posição e característica do órgão, resistência muscular, presença de massas e 
outros. 
Percussão: o golpeamento é utilizado para delimitar órgãos, observar as características do som 
(intensidade, timbre e tonalidade) e perceber a presença de líquidos em cavidades. O som 
estabelecido pela percussão é influenciado pela espessura da parede, onde a presença de uma 
parede espessa de gordura pode dificultar a avaliação. Os sons podem ser timpânicos (regiões 
fechadas e com ar), maciço (estruturas sem ar) e submaciço (regiões densas, com pouco ar), 
sendo que a percussão se dá de forma direta (diretamente na região a ser percutida) ou 
indireta (onde o dedo médio de uma das mãos pressiona a região e dedo médio da outra mão 
golpeia a falange distal). O som gerado na percussão tem característica própria quanto a 
intensidade, timbre e tonalidade, refletindo a densidade da superfície subjacente. Quanto 
mais densa a área percutida, maior, menos discernível e mais breve será o som. 
Ausculta: utiliza a audição com intuito de avaliar os sons e ruídos produzidos pelos órgãos e 
observando o aparecimento de alterações. Esses sons são provenientes da vibração das 
estruturas entre sua origem e a superfície corporal um exemplo desses sons são as bulhas 
cardíacas, ruídos respiratórios e ruídos hidroaéreos. Ausculta consiste na aplicação do sentido 
da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. A vibração sonora pode ser 
captada diretamente pelo ouvido do examinador – ausculta direta – ou com o auxílio do 
estetoscópio - ausculta indireta. Ostipos de som variam de acordo com o órgão auscultado 
(por ex.pulmão: murmúrios vesiculares; coração: bulhas cardíacas; intestino: ruídos 
hidroaéreos). Os sons não-fisiológicos decorrentes de condições patológicas (secreções 
pulmonares, esteatose, de válvulas cardíacas) ou produzidos por interferências extremas 
(atrito de roupas) são denominados ruídos adventícios. 
 
Exame físico geral: é a primeira etapa do exame clínico e além de complementar a anamnese 
(entrevista clínica), fornece uma visão do paciente como um todo, não segmentada. É dividido 
em duas partes: qualitativo e quantitativo. 
 
 Exame clínico geral qualitativo: nessa etapa são avaliados aspectos mais subjetivos do 
paciente. Geralmente graduamos as qualidades em graus, medidos de uma a quatro 
cruzes (Como por exemplo: “desidratado +/4+”. Isso significa que do máximo que uma 
pessoa pode ficar desidratada, 4 cruzes, o paciente se encontra com uma cruz). São 
avaliados: estado geral, grau de palidez, grau de hidratação, presença de icterícia, 
presença de cianose e padrão respiratório. 
 
 Exame clínico geral quantitativo: nessa etapa são avaliados aspectos mensuráveis do 
paciente. Como medidas de pressão arterial, peso, altura, IMC, circunferência 
abdominal, frequência cardíaca, pulsação e frequência respiratória. 
 
Posições para exame físico: 
 Decúbito dorsal horizontal: o paciente fica deitado na maca com ventre para cima , 
membros superiores e inferiores relaxados , o paciente deve ser colocado deitado de 
costas com as pernas estendidas ou ligeiramente fletidas para provocar o relaxamento 
dos músculos abdominais , os braços devem estar estendidos ao longo do corpo. 
Exemplo: cesariana, tireoidectomia. 
 
 Decúbito ventral: o paciente fica deitado com o ventre para baixo, braços fletidos e 
mãos sob a testa. Exemplo: laminectomia, cirurgias tórax posterior. 
 
 Decúbito lateral direito: o paciente fica deitado com o lado direito voltado para baixo, 
pernas levemente fletidas, braço direito em abdução, o lado esquerdo para cima e o 
braço repousando sobre a face lateral da coxa. Exemplo: cirurgias renais, massagens 
nas costas. 
 Decúbito lateral esquerdo: o paciente fica deitado com o lado esquerdo para baixo, 
pernas levemente fletidas, braço esquerdo em abdução, o lado direito para cima e o 
braço repousando sobre a face lateral da coxa. 
 
 Semi-decúbito de fowler: paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, 
alimentação e patologias respiratórias. 
 
 Posição de sims: colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça 
apoiada no travesseiro, o corpo deve está ligeiramente inclinado para frente com o 
braço esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo 
apoie sobre o peito, o braço direito deve está posicionado de acordo com a vontade 
do paciente e os MMII devem está flexionados, o direito, mais para o lado esquerdo. 
Finalidade (exames retais, lavagem intestinal, exames vaginais, clister). 
 
 Posição sentado: o paciente deve está sentado com as mãos repousando sobre as 
coxas . 
 
 Ginecológica: colocar a paciente em decúbito dorsal; Joelhos flexionados e bem 
separados, com os pés sobre a cama; Proteger a paciente com lençol até o momento 
do exame. Exemplo: (exame vaginal, exame vulvo, lavagem vaginal, sondagem vesical, 
tricotomia). 
 Litotomia: posição que se assemelha a ginecológica. Colocar o paciente em decúbito 
dorsal com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados. As coxas devem está bem 
flexionadas sob o abdômen, afastadas uma das outras e as pernas sob o abdômen. 
Exemplo: cirurgia ou exames de períneo, reto, vagina e bexiga. 
 
 Genu-peitoral: o paciente deve ser colocado ajoelhado sobre a cama, com os joelhos 
afastados as pernas estendidas, e o peito apoiado sobre a cama, à cabeça deve esta 
lateralizada apoiada sobre os braços. Exemplo: exames vaginais e retais. 
 
 Trendelemburg: o paciente é colocado em decúbito dorsal horizontal, com o corpo 
num campo inclinado, de forma que a cabeça fique mais baixa em relação ao corpo. 
Exemplo: cirurgia da região pélvica, estados de choque tromboflebites. 
 
 Ereta ou ortostática: o paciente fica em pé com os pés um pouco afastados um do 
outro e os membros superiores estendidos naturalmente junto ao corpo, o peso fica 
distribuído equitativamente nos MMII. 
 
 Posição supina: Paciente fica deitado em decúbito dorsal com travesseiros sobre a 
cabeça, braços estendidos ao longo do corpo, pernas estendidas ou ligeiramente 
fletidas. 
 
 Posição prona: Paciente fica em decúbito ventral com a cabeça virada para um dos 
lados, braços abduzidos para cima, com cotovelos fletidos e pernas estendidas. 
 
 
 
 
 
 
AULA 7 – Exame físico da Cabeça e Pescoço. 
Avaliação do nível de consciência: 
 CONSCIÊNCIA: conhecimento de si mesmo e do ambiente. Nível de Consciência: 
avaliada pela Escala de Coma de Glasgow. 
 AVALIAÇÃO PUPILAR: observar diâmetro, forma e reação à luz. Observar midríase e 
miose. Anisocoria, isocoria. Reflexo foto-motor. 
 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA: tem finalidade de avaliar grau de dependência para 
as atividades diárias. Paresias, plegias, parestesias. 
 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO SENSITIVA: inclui tato, dor e temperatura. 
 AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBELAR: avalia coordenação motora, da fala, da 
movimentação do olhar e instabilidade da marcha (Teste de marcha e Teste de 
Romberg). 
 
Exame físico da cabeça e do pescoço: 
Posição: de preferência, sentado, com cabeça ereta e em equilíbrio. Técnicas: inspeção e 
palpação. 
Técnicas que se aplicam: inspeção e palpação. 
 Crânio: observar: proporção, presença de lesões, cistos, características dos cabelos, 
pontos dolorosos e tumorações. 
 Face: observar: alterações na coloração da pele, manchas, fáscies. 
Tipos de fácies: Imprimir PDF: 
https://semioclin.files.wordpress.com/2017/05/fc3a1cies.pdf 
 Olhos: observar: pálpebras (fissura, ptose), globos oculares (exoftalmia, enoftalmia, 
estrabismo, nistagmo), córnea, esclerótica, acuidade visual, pupilas (midríase, miose). 
 Fossas nasais: observar: forma e tamanho, seios paranasais. 
 Ouvidos: forma, tamanho, conduto auditivo, otorragia, otorréia. 
 Boca: coloração, lábios, gengiva, dentes, língua, amígdalas. 
 Pescoço: observar: contraturas, glândula tireoide, presença de linfonodos palpáveis → 
pré-auricular, sub-mentoniano, supra-clavicular, cervical anterior, cervical posterior e 
palpação da tireoide. 
 
AULA 8 – Exame físico do tórax: 
Sistema cardiovascular: manifestações mais comuns das doenças cardiovasculares → 
dispneia, fadiga, precordialgia, palpitações, desmaio, edema, cianose, alterações periféricas. 
Posição: sentado ou deitado. 
Técnicas que se aplicam: inspeção, palpação e auscuta. 
 
Linhas imaginárias importantes: 
 Linha axilar direita; 
 Linha hemiclavicular direita; 
 Linha paraesternal direita; 
 Linha esternal; 
 Linha paraeternal esquerda; 
 Linha hemiclavicular esquerda; 
 Linha axilar esquerda. 
 
INSPEÇÃO/ PALPAÇÃO 
- Verificar: Ictus Cordis, frêmitos, pulsação epigástrica e supra-esternal 
- Tipo de tórax, pontos dolorosos, massas. 
 
AUSCULTA (bulhas cardíacas APTM) 
- Foco Mitral: 5º espaço intercostal esquerdo com linha hemiclavicular 
- Foco Tricúspide: base do apêndice xifóide 
- Foco Aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao externo 
- Foco Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao externo 
 
 
 
https://semioclin.files.wordpress.com/2017/05/fc3a1cies.pdf
Bulhas cardíacas: 
-B1: fechamento das valvas tricúspide e mitral (“tum”) 
-B2: fechamento das valvas pulmonar e aórtica (“ta”) 
 
Sistema respiratório: o exame pulmonar é dividido em inspeção (estática e dinâmica), 
palpação, percussão e ausculta. 
 
INSPEÇÃO: 
A inspeção pode ser dividida em duas partes: estática e dinâmica. 
 Estática: Basicamente devemos olhar a aparência do tórax (tórax em tonel, Tórax em 
funil, Peito de pombo, cifoescoliose torácica). Se o paciente possui desvios da coluna(escoliose – uma espécie de S; cifose – uma espécie de corcunda; e lordose – uma 
entrada aprofundada na coluna lombar). 
Além disso, no exame estático, deve-se observar a estrutura do esterno, das costelas e 
das vértebras, pois isso pode ser indicativo de certas alterações estruturais como: o pectus 
excavatum (tórax escavado ou “tórax de sapateiro”), no qual há a inversão da concavidade do 
esterno, ou o tórax em barril, que apresenta uma retificação das colunas vertebrais e elevação 
do esterno (tórax comum em enfisematosos). 
 Dinâmica: a inspeção dinâmica visa a definir o padrão respiratório do paciente, 
podendo apresentar os seguintes padrões: 
1. Eupneico: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal. 
2. Taquipnéia: respiração com frequência aumentada. 
3. Bradipnéia: respiração com frequência diminuída. 
Há ainda alguns outros padrões que você não irá precisar por enquanto. 
 
PALPAÇÃO: 
A realização da palpação pode ser dividida em duas fases, sendo elas: 
 Expansibilidade: 
Deve ser realizada no ápice, na base e entre elas. Para ser realizada no ápice, deve-se 
colocar as mãos na base do pescoço, com os polegares juntos na região da proeminência das 
vértebras cervicais na pele (processo espinhoso) e os dedos sobre a região acima da escápula 
de cada lado. Peça para o paciente realizar movimentos inspiratórios e expiratórios profundos, 
devendo ambos lados estarem com expansibilidade simétrica (as duas mãos devem fazer a 
mesma amplitude de movimento). Deve-se repetir o processo mais duas vezes até a base 
(aproximadamente até a vértebra T12). Procura-se com isso encontrar assimetrias entre os 
campos pulmonares (direito ou esquerdo) e entre os terços pulmonares (superior, médio e 
inferior). 
 
 Frêmito Toracovocal (FTV): 
É como se define a vibração sentida quando o paciente emite um som estridente, 
como quando requisitado a falar “33”. Isso é importante, pois auxilia diagnóstico de processos 
patológicos, tais como derrame pleural ou consolidações pulmonares. Nos derrames, o frêmito 
se encontra diminuído devido ao fato de haver líquido entre a pleura e o pulmão, dificultando 
a propagação do som até a parede torácica, enquanto que, nas consolidações (uma espécie de 
“massa”), ex.: pneumonia ou tumor, o som encontra-se aumentado, posto que o meio sólido 
da consolidação permite maior transmissibilidade por meio da árvore brônquica. 
 
PERCUSSÃO: 
A percussão deve ser realizada com a mão dominante, usando-se a falange distal 
(ponta do dedo) do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra mão, que deve 
estar inteiramente em contato com a pele e com os dedos bem separados. Você irá prosseguir 
batendo a falange contra o outros dedos realizando-se sempre a comparação entre os sons 
produzidos na porção de um hemitórax com a do outro hemitórax. É possível identificar quatro 
sons pulmonares (fique calmo, você só conseguirá diferenciar com clareza quando tiver ouvido 
um som alterado e comparado com o normal): 
 Som claro pulmonar: som da percussão do pulmão normal. Entre a macicez e o 
timpanismo. 
 Som timpânico: som de característico de estruturas mais "ocas", ou seja, com grande 
quantidade de ar no parênquima pulmonar ou na cavidade torácica, é encontrado em 
casos de enfisema pulmonar e de pneumotórax. 
 Som submaciço: ocorre quando há líquido interposto entre o parênquima pulmonar e 
a parede torácica, como em derrames pleurais (uma espécie de líquido na camada que 
reveste o pulmão). 
 Som maciço: obtido quando se percute regiões mais "densas", ou seja, quando há uma 
diminuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas proximidades. Isto está 
presente em tumores periféricos e em pneumonias (consolidação). Você irá sentir que 
está percutindo algo sólido. A percussão pode apresentar certas alterações que não 
determinam estados patológicos. É importante ressaltar que abaixo do sexto espaço 
intercostal direito é possível encontrar um som maciço que corresponde ao fígado 
(principalmente quando a percussão é executada na porção anterior do tórax). 
 
 
 
AUSCUTA: 
Para a ausculta, devemos pedir ao paciente que realize inspirações e expirações 
profundas com a boca entreaberta, sem realizar barulho, uma vez que isso pode gerar alguns 
ruídos adventícios (sons anormais e não esperados num exame normal). Assim como na 
percussão, deve-se realizar uma comparação entre duas regiões simétricas do hemitórax, indo 
do ápice até a base, em pelo menos 4 pontos. Os sons respiratórios normais podem ser 
classificados como: som traqueal, respiração brônquica e murmúrios vesiculares. 
Os murmúrios vesiculares são o som normal escutado no pulmão. Representa o som 
causado pela entrada e saída de ar dos pulmões. Pode estar ausente ou diminuído (se houver 
algo que obstrua seu caminho, ou ainda impeça que o ar entre e saia do pulmão). Em situações 
patológicas é possível auscultar ruídos adventícios (sons anormais), indicativos, cada um deles, 
de certas alterações. 
 
 
 
AULA 9 – Exame físico do abdome 
 
Aparelho digestório: o exame do abdômen possibilita que sejam retiradas informações 
referentes às estruturas abdominais, utilizando todas as etapas de exame do paciente, tal 
como inspeção, percussão, palpação e ausculta. Todavia, cabe a ressalva de que, nesse exame, 
é preferível que a ausculta se realize antes da palpação e da percussão, podendo essas etapas, 
caso realizadas previamente, atrapalhar a ausculta. 
 
Técnica de Exame Físico: obedece-se a sequência: INSPEÇÃO → AUSCULTA → PERCUSSÃO →
PALPAÇÃO. 
 
Posição relaxada e confortável: 
• Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo; 
• Exposição total do abdome (genitália coberta); 
• Esvaziar bexiga; 
• Aquecer mãos e estetoscópio, unhas curtas; 
• Examinar pelo lado direito do paciente; 
• Deixar o exame de áreas dolorosas para o final. 
 
Divisões: 
A fim de facilitar o processo de examinar o abdômen e de permitir localização mais 
específica de suas regiões, ele pode ser dividido em quatros quadrantes, formados por duas 
linhas que atravessam a cicatriz umbilical longitudinalmente e transversalmente, gerando 
assim quatro setores com dois andares, sendo eles denominados de andar superior (quadrante 
superior direito e quadrante superior esquerdo) e de andar inferior (quadrante inferior 
esquerdo e quadrante inferior direito). Todavia, além dessa divisão, há outra que utiliza como 
referência dois planos que atravessam os pontos medioclaviculares (ponto médio da clavícula 
– linhas hemiclaviculares) de cada lado e dois planos transversos, sendo que um deles é 
denominado plano subcostal (uma linha horizantal abaixo da 10º costela) e o outro de plano 
intertubercular (uma linha que liga os tubérculos ilíacos – o topo do osso da bacia). 
Isso permite a divisão em três andares com três regiões cada, sendo elas: abdômen superior 
(hipocôndrio direito, epigástrio e hipocôndrio esquerdo), abdômen médio (flanco direito, 
mesogástrio e flanco esquerdo) e abdômen inferior (fossa ilíaca esquerda, hipogástrio, fossa 
ilíaca direita). 
Essa divisão é importante para localizar a anormalidade e correlaciona-la com o 
possível órgão acometido. Por exemplo: região epigástrica (estômago), hipocôndrio direito 
(fígado ou vesícula biliar), hipocôndrio esquerdo (baço), flanco direito (cólon ascendente), 
região umbilical ou mesogástrio (cólon transverso), fossa ilíaca direita (ceco e apêndice), fossa 
ilíaca esquerda (sigmoide) e no hipogástrio (bexiga ou útero). Para executar o exame, o 
paciente deve ser posicionado deitado em decúbito dorsal (deitado de “barriga para cima”), 
enquanto que o médico deve ser posicionado preferencialmente do lado direito do paciente, 
embora seja aceitável que ele mude a sua posição para inspecionar outras estruturas do 
abdômen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSPEÇÃO: 
Nessa etapa, deseja-se averiguar observar o paciente, buscando na região abdominal: 
lesões, distribuição anormal de pêlos, estrias, circulação colateral venosa (veias ao redor da 
cicatrizumbilical), cicatrizes, dentre outras características que podem ser visualizadas no 
abdômen. O formato do abdômen também deve ser observado na inspeção, podendo ser: 
 Plano: formato normal do abdômen; 
 Globoso: abdômen aumentado de maneira uniforme com predomínio na região 
anterior. Batráquio: abdômen aumentado com predomínio transversal (parece barriga 
de sapo). Ocorre nos pacientes que tem ascite (presença de líquido na cavidade 
abdominal). 
 Avental: parede abdominal cai sobre as pernas do paciente, comum em obesos. 
 Pendular: quando apenas a porção inferior do abdome protrui com o aumento do 
volume abdominal. 
 Escavado: aspecto visto nas pessoas muito emagrecidas. 
 
Observar a superfície quanto a forma (massas, herniações, visceromegalias), contorno 
(plano, arredondado, protuberante, escavado), simetria, características da pele. Verificar 
circunferência abdominal se distensão abdominal, ascite ou gestação. 
 
AUSCUTA: 
Na ausculta, deseja-se avaliar a motilidade intestinal principalmente e identificar 
sopros vasculares na aorta. Os sons intestinais normais são denominados de ruídos 
hidroaéreos e são caracterizados por estalidos e gorgolejos (sons de água) e, para a sua 
averiguação, deve ser feita a ausculta em ambos os hemiabdomes (se quiser, ausculte nos 
quatro quadrantes) por 1 minuto em cada região. Os sons intestinais podem ser alterados 
quando há mudanças na motilidade intestinal como em diarreias, obstruções, dentre outros. 
Os sopros abdominais podem ser pesquisados seguindo-se a trajetória da aorta, lembrando-se 
que ela gera transversalmente as duas renais na altura do umbigo e se bifurca um centímetro 
abaixo da cicatriz umbilical, gerando as ilíacas externas. Esses sopros são similares aos 
cardíacos e predominam na sístole. 
Iniciada pelo QID, em sentido horário: 
- Ruídos intestinais = RUÍDOS HIDROAÉREOS (RHA) 
- RHA: frequência →: 5 a 35 /min 
Intensidade: hipoativos ou hiperativos. 
 
PERCUSSÃO: 
No abdômen, devido à grande predominância de alças de intestino, o som timpânico é 
predominante (conteúdo de gás das vísceras ocas), exceto na região do hipocôndrio direito, 
onde o som é maciço (órgãos sólidos ou preenchidos por líquidos ou fezes) devido ao fígado. 
Todo o abdome deve ser percutido com no máximo 2 grupos de golpes por ponto a ser 
examinado. Essa manobra nos permite inferir se há massas, líquido ascítico (cujo som será 
mais maciço) ou se há mais ar do que o esperado (hipertimpânico). 
A percussão também auxilia na definição dos limites do fígado e do baço, ao se 
verificar a extensão da região na qual há predomínio do som maciço no hipocôndrio/flanco 
direito, sendo o tamanho do fígado normalmente entre 6 e 12 cm (em média, começa a partir 
do 5º espaço intercostal direito e termina no rebordo costal). 
 O baço, devido à sua localização (na porção posterior do abdome, protegido pelo 
gradeado costal), normalmente não é percutível. Quando ele aumenta de tamanho (crescendo 
da esquerda para a direita e de cima para baixo), porém, ele se torna percutível e ocupa uma 
região designada espaço de Traube, área de formato semilunar, abaixo do diafragma, entre o 
lobo esquerdo do fígado e a linha axilar anterior esquerda e acima do rebordo costal esquerdo. 
Esse espaço é normalmente livre, ou seja, seu som é timpânico, e o achado de 
submacicez/macicez à percussão deste espaço é indicativo de esplenomegalia (aumento das 
dimensões do baço). 
Há outras manobras usadas em casos específicos como o Sinal de Giordano (utilizado 
em caso de cálculos ou infecções renais), pesquisa de macicez móvel e do semicírculo de 
Skoda, sinal de Piparote (usados em caso de suspeita de ascite). Contudo, essas manobras não 
serão ensinadas agora, pois são pouco utilizadas no projeto (mas, caso fique curioso, pergunte 
à qualquer veterano do EMA que ele irá te ensinar com o maior prazer). 
 
PALPAÇÃO: 
A palpação tem como objetivos determinar se há alguma resistência na parede 
abdominal, determinar as condições físicas das vísceras abdominais e explorar a sensibilidade 
dolorosa do abdômen. Ela geralmente é dividida em duas: superficial ou profunda. 
Na superficial há pouca pressão exercida e é realizado empurrando suavemente, com 
uma mão apenas, a parede abdominal em movimentos circulares ou digitiformes ao longo de 
todos os quadrantes. Nessa palpação pode haver uma forma de “defesa muscular”, uma 
rigidez da parede associada ao reflexo víscero-motor, indicando que pode haver uma 
peritonite (inflamação da membrana que recobre os intestinos e a face interna do abdome), 
sendo esse reflexo uma forma de proteção contra a ação de agentes externos sobre áreas 
inflamadas do peritônio (a palpação normal deve ser flácida e oferecer pouca resistência). Já a 
profunda, é muito similar à primeira, mas deve ser realizada com as duas mãos sobrepostas e 
com uma maior pressão sobre a parede do abdome. Nas duas formas de palpação devemos 
procurar por cistos, massas ou abaulamentos (que podem ser hérnias, tumores, entre outras 
coisas). 
O fígado é um dos órgãos mais importantes no processo de palpação, sendo que ele 
pode ser palpado com as mãos em garra (com um formato similar ao de um gancho) no 
rebordo costal direito associado a um movimento respiratório. A técnica de palpação do fígado 
consiste em pedir ao paciente inspirar profundamente e depois expirar e durante a expiração, 
deve-se posicionar os dedos da mão abaixo do rebordo costal direito. Depois do fim da 
expiração, mantendo os dedos nessa posição, pede-se para o paciente repetir o movimento, 
podendo ser sentida a ponta do fígado contra os dedos. 
O fígado habitualmente não ultrapassa 2 cm do rebordo costal direito. Quando 
ultrapassa 2 cm, pode haver uma hepatomegalia (tamanho aumentado do fígado) ou uma 
ptose hepática (na qual o fígado não se encontra aumentado, mas está deslocado para baixo, 
por exemplo, devido a um enfisema pulmonar, o qual aumenta a área do pulmão e o desloca 
para baixo). A diferença entre um fígado aumentado e um em ptose pode ser determinada 
pela hepatimetria realizada na percussão. A palpação do fígado também é útil para verificar a 
sua textura, que costuma ser lisa, mas pode ser arredondado em fígados congestos, ser 
granulosa no caso da cirrose ou apresentar algumas massas no caso de neoplasias. 
 
RETO E ÂNUS: 
Técnica de Exame: 
 Homem: decúbito lateral E, flexão de quadris e joelhos. 
 Mulher: posição de litotomia. 
 
Inspeção: observar integridade da pele, edema, ulcerações, hemorroidas, abscessos, fissuras, 
prolapsos. 
 
APARELHO GÊNITO-URINÁRIO: 
Anamnese e exame físico: 
 Investigar sinais e sintomas: poliúria, oligúria, anúria, nictúria, dor/cólica, febre, 
aumento de ureia e creatinina plasmáticas, alteração nos eletrólitos, náuseas e 
vômitos, incontinência urinária, hematúria, urgência miccional. 
 INSPEÇÃO RENAL: observar abaulamentos. 
 PERCUSSÃO RENAL: Sinal de Giordano. 
 PALPAÇÃO RENAL: Método de Devoto 
e Método de Israel. 
 PALPAÇÃO DA BEXIGA: após o cliente 
ter urinado, 2 cm acima da sínfise 
púbica 
 PERCUSSÃO DA BEXIGA: som 
normalmente timpânico; a macicez 
pode indicar retenção urinária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO FEMININO MAMAS: 
MAMILOS 
 INSPEÇÃO: estática e dinâmica. 
 PALPAÇÃO: palpar gânglios supra a infraclaviculares. 
 EXPRESSÃO: secreção serosa, serossanguinolenta ou purulenta, colostro ou láctea. 
 
EXAME DA GENITÁLIA FEMININA 
 POSIÇÃO: ginecológica 
 INSPEÇÃO: observar presença de pedículos, dor, secreções, lesões, coloração, edema e 
sangramento. 
 EXAME ESPECULAR: observar colo uterino. 
 
EXAME FÍSICO DA GENITÁLIA MASCULINA 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO 
Observar distribuição dos pêlos, parasitas hiperemias ou escoriações, tamanho e 
forma do pênis, edemas, alterações na coloração, glande e meato uretral (secreções, lesões, 
vesículas, verrugas). 
 
AVALIAÇÃO DO APARELHO LOCOMOTOR 
 INSPEÇÃO: verificar assimetria dos MMSS e MMII, da coluna, pélvis em diferentes 
posições. Observar capacidadede mudança de posição, força e coordenação motora. 
 EXAME DA FORÇA MUSCULAR: observar aperto de mão, resistência contra MMSS e 
MMII. 
 GRAU DE MOBILIDADE 
 EXAME DE MARCHA: deve ser avaliado durante a deambulação normal 
 ARTICULAÇÕES: observar volume articular, deformidades, rigidez e movimentos 
articulares. Avaliar queixas de dor, edema, temperatura, rigidez articular.

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