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RESUMO PRI – INT. PROCESSO DO CUIDAR AULA 1 – Apresentação da disciplina + exercícios Conceituar: Higienização: consiste em um conjunto de regras e técnicas referentes à preservação da saúde e prevenção de doenças no organismo do ser humano, através da limpeza, desinfecção e conservação de instrumentos, espaços e objetos. Desinfecção: destruição de agentes infecciosos que se encontram fora do corpo, por meio de exposição direta a agentes químicos ou físicos. Esterilização: é a destruição de todas as formas de vida microbiana (vírus, bactérias, esporos, fungos, protozoários e helmintos) por um processo que utiliza agentes químicos ou físicos. A prática da esterilização visa à incapacidade de reprodução de todos os organismos presentes no material a ser esterilizado, causando a morte microbiana até que a probabilidade de sobrevivência do agente contaminante seja menor que 1:1.000.000, quando um objeto pode então ser considerado estéril. O esporo bacteriano (forma mais resistente aos agentes esterilizantes) é o parâmetro utilizado para o estudo microbiológico da esterilização, ou seja, para se assegurar a esterilização de um artigo todos os esporos devem ser destruídos. Antissepsia: consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície. Assepsia: é o conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes patogênicos no organismo. Degermação: é a remoção de sujidades, detritos, impurezas e microbiota transitória da pele através do uso de sabão e detergentes sintéticos. Área crítica: área na qual existe um risco maior de desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência, seja pela execução de processos envolvendo artigos críticos ou material biológico, pela realização de procedimentos invasivos ou pela presença de pacientes com suscetibilidade aumentada aos agentes infecciosos ou portadores de patógenos de importância epidemiológica. Área Semicrítica: área de moderado a baixo risco para infecções relacionadas à assistência seja pela execução de processos envolvendo artigos semicríticos, ou pela realização de atividades assistenciais não invasivas em pacientes não críticos e que não apresentam infecção ou colonização por patógenos de importância epidemiológica. Área não crítica: área na qual o risco de desenvolvimento de infecções relacionadas à assistência é mínimo ou inexistente seja pela não realização de atividades assistenciais, ou pela ausência de processos envolvendo artigos críticos e semicríticos, exceto quando devidamente embalados e protegidos. Artigos críticos: entram em contato com tecidos estéreis ou com o sistema vascular e devem ser esterilizados para uso, pois possuem alto risco de causar infecção. Artigos semicríticos: são aqueles destinados ao contato com a pele não intacta ou com mucosas íntegras. Ex.: equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, etc. Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização. Artigos não críticos: são artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente. Ex.: comadres (aparadores), cubas, aparelhos de pressão, entre outros. Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível. Deve-se atentar para o risco de transmissão secundária por parte dos profissionais que lidam com o artigo e entrem em contato com o paciente. Unidade do paciente: é o conjunto de espaços e móveis destinados a cada paciente. Os componentes diferem de hospital para hospital, mas basicamente, são: cama com colchão, mesa de cabeceira equipada com os pertences do paciente, uma cadeira, campainha, mesa de refeições, escadinha, oxigênio. A disposição dos móveis deverá ser de maneira que permita boa circulação ao redor. Prontuário: é a soma de todas as informações a respeito do paciente. Tem por objetivo organizar todos os procedimentos relativos à sua terapia medicamentosa e/ou também inocentar no caso de algum processo judiciário. AULA 2: correção dos exercícios. AULA 3: Sinais vitais. Sinais vitais (SSVV): São aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença. São eles: Temperatura corpórea (T); Frequência cardíaca (FC) ou Pulso (P); Frequência respiratória (FR ou irpm); Pressão arterial (PA); Dor? Os SSVV fazem parte do HISTÓRICO DE ENFERMAGEM. O profissional de enfermagem deve saber: Ver, compreender, interpretar e comunicar os valores; Equipamento adequado; Conhecer faixa e valores de normalidade; Conhecer história clínica; Abordar com calma e cuidadosamente; Demonstrar habilidade. Diretrizes para aferição dos SSVV: Certifique-se de que os equipamentos estão funcionando corretamente e sejam adequados ao tamanho e a idade do cliente. Controle ou minimize fatores ambientais que afetam os SSVV. Utilize das medições para determinar indicações para administração de medicamentos. Temperatura corpórea (T): É a capacidade de o organismo manter sua temperatura central relativamente estável à variação climática ambiental, possibilitando o funcionamento corporal-metabólico e propiciando condições para a vida nas mais diversas condições ambientais. TERMORREGULAÇÃO são os mecanismos fisiológicos e comportamentais utilizados para a regulação da TEMPERATURA CORPÓREA (CALOR PRODUZIDO – CALOR PERDIDO). O equilíbrio entre a produção e perda de calor é controlado pelo hipotálamo: quando há necessidade de perda de calor, impulsos nervosos provocam vasodilatação periférica com aumento do fluxo sanguíneo na superfície corporal e estimulação das glândulas sudoríparas, promovendo a saída de calor. Também há a possibilidade de exposição ao meio ambiente: irradiação, condução, convecção, evaporação e diaforese. Quando há necessidade de retenção de calor, estímulos nervosos provocam vasoconstrição periférica com diminuição do fluxo de sangue circulante local, e, portanto, menor quantidade de calor é transportada e perdida na superfície corpórea. Quando há necessidade de produção de calor o corpo tende a aumentar seu metabolismo que é uma reação química em todas as células do corpo. Os alimentos são a fonte primária de combustível para o metabolismo. A produção de calor ocorre por meio de movimentos voluntários, involuntários e na termogênese sem tremores (em RN). Alterações fisiológicas da temperatura: Sono e repouso; Idade; Exercícios físicos; Emoções; Fator hormonal; Desnutrição; Agasalhos; Banhos a temperaturas muito quentes ou frias. Tipos de termômetros: Digital; Coluna de mercúrio. Locais para verificação da temperatura: Oral; Retal; Região frontal; Axilar; Auricular. A temperatura do corpo humano varia entre: Temperatura oral: 36 a 37, 4°C; Contraindicada nos casos de: pacientes inconscientes, desorientados ou propensos a convulsões, em crianças muito novas ou bebês, após ingerir líquidos quentes ou gelados, mascar chicletes ou fumar, pacientes submetidos a cirurgias de boca, extrações dentárias e portadores de inflamação orofaríngea. Temperatura axilar: 0,5°C mais baixa que a oral (35,5 a 37°C); - Hipotermia: temperatura abaixo de 36ºC. - Normotermia: temperatura entre 36 e 36,8ºC. - Febrícula: temperatura entre 36,9ºC e 37,4ºC. - Estado febril: temperatura entre 37,5ºC e 38ºC - Febre: temperatura entre 38ºC e 39ºC. - Pirexia: temperatura entre 39,1ºC e 40ºC. - Hiperpirexia: temperatura entre 40º e 41º. Contraindicada nos casos de: queimaduras do tórax, furúnculos axilares, fraturas dos membros superiores. Temperatura retal: 36 a 37,6°C. Representa uma leitura mais precisa, é geralmente0,5ºC mais alta que a axilar e oral, em geral 37,0ºC a 38,0ºC. Contraindicada: pacientes com diarreia, cirurgias (ou ferimentos) retais ou próstata recente, porque podem ocorrer danos nos tecidos inflamados. Temperatura central (realizada com sensor, no conduto auditivo) variável em 0,5°. Mecanismo da febre: a febre geralmente ocorre em resposta a substância pirogênicas (o mais conhecido é a interleucina 1), que são secretados pelas células como resposta inflamatória. Essas substâncias pirogênicas agem no hipotálamo (o termostato do corpo), reconfigurando para uma temperatura mais alta, e ao fazê-lo, evoca os mecanismos de aumento de temperatura do corpo, fazendo-o aumentar a temperatura a níveis acima do normal. O corpo tem várias técnicas para aumentar a temperatura: tremores, que envolvem movimentos físicos e que produzem calor, vasoconstrição, ou seja, a diminuição do fluxo sanguíneo da pele, reduzindo a quantidade de calor perdido pelo corpo. A temperatura do corpo é mantida nestes níveis até que os efeitos dos pirógenos cessem. PROCEDIMENTOS PARA A VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL: 1. Higienize as mãos; 2. Providencie o material necessário: bandeja, algodão, termômetro, bloco de papel e caneta, frasco com álcool, relógio com ponteiro de segundos; 3. Leve o material para o quarto e explique ao cliente o que será feito; 4. Faça a desinfecção do termômetro utilizando o algodão; 5. Agite o termômetro para baixo com firmeza, para que a coluna de mercúrio desça ao bulbo (somente para termômetro de mercúrio); 6. Coloque o termômetro na região axilar do cliente, posicionando o membro sobre o tórax; 7. Mantenha o termômetro por 3 a 5 minutos (se digital, até apitar); 8. Retire o termômetro e verifique o valor obtido, anotando em seu bloco de papel; 9. Agite novamente o termômetro para que o mercúrio desça ao bulbo (se termômetro de mercúrio); 10. Limpe novamente o termômetro utilizando o algodão; 11. Guarde o material e deixe o cliente confortável; 12. Lave as mãos; 13. Proceda à anotação dos dados, conforme a rotina da instituição. Pulso (P): É a onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial em cada batimento cardíaco (Guyton, 2002). É a delimitação palpável da circulação sanguínea percebida em pontos do corpo (Potter & Perry, 2013). É necessário contar sempre o número de pulsações durante um minuto. O pulso é tomado onde uma artéria possa ser comprimida levemente contra um osso, com as pontas de dois dedos (indicador e dedo médio, NUNCA COM O POLEGAR!!! O examinador poderá sentir seu próprio pulso digital). A avaliação do pulso apical de ser quanto: frequência, ritmo e volume. Locais de verificação do pulso: Limites de normalidade: Homem 60 - 70 batimentos por minuto (bpm); Mulher 65 - 80 bpm; Criança (2 anos – 12 anos) 110 - 115 bpm; Lactente (29d – 2 anos) 115 - 130 bpm; Recém-nascidos (até 28d) 130 - 140 bpm Características do Pulso: Frequência: refere-se ao número de pulsações por minuto. Volume: o volume de cada batimento cardíaco é igual em condições normais. Quando se exerce uma pressão moderada sobre a artéria e há certa dificuldade de obliterar a artéria, o pulso é denominado cheio, porém se o volume é pequeno e a artéria fácil de ser obliterada tem-se o pulso fraco e fino. Significa maior ou menor enchimento da artéria. Ritmo: é a regularidade entre uma batida e outra. Pode ser: rítmica, quando bate com regularidade, e arrítmica, quando bate sem regularidade. Igualdade: observar se o pulso é igual, por exemplo, nas duas artérias radiais, ou poplíteas. A desigualdade pode ser indicação de algum acometimento como trombose. Fatores que influenciam o pulso: Ritmo circadiano: manhã, final do dia ↑. Gênero: mulheres 7 a 8 batimentos a mais por minutos. Composição física: pessoas altas apresentam frequência mais lenta. Exercício: exercício de curta duração ↑. Febre, calor: ↑ F.C. devido aumento do ritmo metabólico. Dor: ↑F.C. devido à estimulação simpática. Drogas: determinadas drogas podem desacelerar ou acelerar a taxa de contrações cardíacas. Terminologia básica: Normocardia: frequência normal: 60-100 bpm; Bradicardia: frequência abaixo do normal: < 60 bpm Taquicardia: frequência acima do normal: > 100 bpm. Varia de acordo com a idade e o sexo; Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico. Procedimentos para verificação do pulso: 1. Lave as mãos; 2. Explique ao cliente o que será feito 3. Coloque os dedos médio e indicador sobre uma das artérias do cliente, comprimindo-a levemente; 4. Conte os batimentos durante 1 minuto; 5. Anote o valor obtido no bloco de papel; 6. Lave as mãos; 7. Proceda à anotação dos dados conforme a rotina da instituição. Obs.: evite a verificação do pulso com as mãos frias. Em caso de dúvidas, repita a contagem. Mantenha o cliente em posição confortável, com o braço apoiado. Não se deve verificar pulso no braço em que foi feito cateterismo cardíaco. Frequência respiratória: Respiração: é a troca de gases (oxigênio e gás carbônico) efetuada entre o organismo e o meio externo, que é verificada pelos movimentos respiratórios de inspiração expiração, nota-se a respiração pelo arfar (movimento de sobe e desce do peito). Fatores que influenciam a respiração: Doença ou indisposição: Ex. enfisema ou bronquite altera o estímulo natural. Estresse: ansiedade causa hiperventilação. Idade: frequência e capacidade pulmonar. Sexo: sexo masculino maior capacidade. Posição corpórea: posição curvada ou abaixada reduz a amplitude respiratória. Drogas: narcóticos deprimem a habilidade de respiração, outras podem aumentar ou diminuir ou afetar o ritmo. Exercícios: o exercício aumenta a frequência e a amplitude respiratória. Avaliação da respiração: Frequência: movimentos respiratórios por minuto. Controle voluntário e involuntário. O paciente sentado ou deitado, em repouso e descansado. Conte o número de expansões da caixa torácica; Profundidade respiratória: superficial, normal ou profundo; Ritmo: regular ou irregular. Limites da Normalidade da FR Homens 16 a 20 irpm Mulheres 18 a 20 irpm Criança (2 anos-12anos) 20 a 30 irpm Lactente (29d-2anos) 30 a 40 irpm Recém-nascidos (até 28d) 30 a 60 irpm Terminologia da respiração: Eupnéia: respiração normal; Bradipnéia: frequência respiratória abaixo do normal; Taquipnéia: frequência respiratória acima do normal; Dispnéia: dificuldades respiratórias; Apnéia: ausência de movimentos respiratórios; Ortopnéia: respiração facilitada em posição vertical; Respiração de Cheyne Stocks: caracteriza-se por aumento gradual na profundidade, seguido por decréscimo gradual na profundidade das respirações e, após, segue-se um período de apnéia; Procedimentos para a verificação da respiração: 1. Providencie o material necessário: relógio com ponteiro de segundos, bloco de papel e caneta; 2. Lave as mãos; 3. Coloque o cliente em posição confortável, sentado ou deitado; 4. Coloque a mão do cliente sobre o peito*, simule um controle de pulso e observe os movimentos respiratórios; 5. Conte o número de respirações durante 1 minuto; 6. Anote o valor obtido no bloco de papel; 7. Lave as mãos; 8. Proceda à anotação dos dados conforme a rotina da instituição. Pressão Arterial (PA): É a força exercida pelo sangue circulante sobre as paredes das artérias, que depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante e da resistência das paredes dos vasos. A pressão arterial é determinada por fatores hormonais e neurológicos que interagem entre si em uma complexa relação. A força do coração para bombear o sangue é chamada de pressão máxima, ou sistólica. A resistência que a artéria oferece à passagemdo sangue é chamada de pressão mínima, ou diastólica. Unidade padrão milímetros de mercúrio (mmHg). O pico de pressão máxima ocorre durante a sístole. A pressão diastólica é sempre a pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais. → Sons de Korotkoff: são sons são produzidos pela passagem turbilhonar do sangue através da artéria estenosada pela compreensão do manguito e se divide em cinco fases. → Fatores de risco para PA: - Idade; - Gênero e etnia; - Excesso de peso e obesidade; - Ingesta de sal; - Ingesta de álcool; - Sedentarismo; - Genética; Normotensão: pressão normal Ex: 110 / 76 mmHg (milímetros de mercúrio); Hipertensão arterial: quando há elevação da pressão; Ex: 210 / 130 mmHg; Hipotensão arterial: pressão arterial abaixo da normal Exemplo: 70 / 40 mmHg (Choque hipovolêmico causado por sangramento extenso). Locais para verificação da Pressão Arterial: - Nos membros superiores pela artéria braquial; - Nos membros inferiores pela artéria poplítea. Esfigmomanômetro: Equipamento padrão usado para mensurar a pressão sanguínea. Estetoscópio: auscuta. Dor: Dor é definida pela International Association for the Study of Pain (IASP), como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada ou descrita em termos de lesão tissular real ou potencial. Dor aguda: início súbito costuma apresenta causa definida, duração variada, pode variar de leve a severa, elevação dos Sinais Vitais, tratamento é focado na eliminação da causa. Dor crônica: não apresenta propósito biológico ou função, não é prolongamento da dor aguda. Pode não responder ao tratamento da cura da lesão, respostas físicas, emocionais e comportamentais, intensidade de dor variada. Avaliando a dor: Padrão: avaliado de acordo com o seu ritmo. O paciente é questionado se a dor é constante, intermitente ou breve, e ainda sobre a data e horário do seu início e quando foi o último episódio. Localização: a determinação do local pode auxiliar na determinação da etiologia. Poderá ser utilizado um diagrama corpóreo assinalando as áreas afetadas. Novos locais dolorosos que aparecem devem ser registrados, porque podem sinalizar uma complicação. Natureza: Utilização dos descritores verbais. Ao paciente será solicitado que defina as palavras que melhor caracterize sua dor. Essas podem descrever as diversas qualidades sensoriais e emocionais e auxiliar na definição do tipo da dor. Intensidade: utilização de escalas. Alívio obtido pela terapia: prescrições farmacológicas e não farmacológicas. Registro da Dor: registrar a dor é fundamental, pois tais informações permitem que os dados sejam compartilhados entre os diversos plantões e equipe multidisciplinar. A avaliação da queixa dolorosa deve ser realizada durante toda a internação, incluindo a caracterização do local, da intensidade, da frequência, da duração e da qualidade do sintoma. AULA 4 – Medidas Antropométricas: ALTURA: medida planta-vértice. Utilizar haste milimetrada. Posição: - Pés juntos; - Corpo ereto; - Encostar calcanhares, nádegas e dorso na haste; - Medir pelo topo da cabeça (remover enfeites). PESO: utilizar balança comum. Paciente com o mínimo de vestimenta possível (sem sapato); Retire objetos dos bolsos (calça, saia, camisa). Peso ideal: são valores estatisticamente estabelecidos a partir dos dados obtidos em grandes grupos da população. Regra simples de Broca: Assim, um homem de 1,70 m terá peso ideal ao redor de 70 kg. Para o sexo feminino, subtraem-se 5% ao valor encontrado. Exemplo: uma mulher de 1,60 m terá peso ideal em torno de 57 kg, isto é, 60- 5% de 60kg. Índice de Massa Corporal (IMC): Índice útil na classificação do peso. Pode haver diferenças na composição corporal em função do sexo, idade, etnia, no cálculo de indivíduos sedentários quando comparados a atletas, na presença de perda de estatura em idosos devido a cifose, em edemaciados, etc. Aplicável à maioria dos pacientes. Cuidado em musculosos (falsamente elevado). Cuidado em pessoas pequenas (falsamente baixo). Circunferência Abdominal: medida importante que detecta adiposidade central e obesidade abdominal. Quando aumentada há maior risco de: doença cardíaca, diabetes, hipertensão e dislipidemia. Como medir: - Paciente em pé, abdome relaxado; - Medida deve ser realizada do lado direito; - Fita flexível; - Plano horizontal; - Entre o nível superior da crista ilíaca e a borda inferior da última costela Geralmente passando pela cicatriz umbilical. Medida normal Homem < 102 cm Mulher < 88 cm AULA 5 – Processo de enfermagem A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do enfermeiro segundo a Lei do Exercício Profissional nº 7.498/86 e a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem nº 358/2009 e a sua implantação deve ser realizada em toda a instituição de saúde pública e privada. Esta sistematização organiza o trabalho profissional no que se refere ao método, pessoal e instrumentos, o que possibilita a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE). A SAE é uma metodologia científica de que o profissional enfermeiro dispõe par aplicar para aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência aos pacientes. Pode oferecer respaldo científico, segurança e direcionamento para as atividades realizadas, contribuindo para maior credibilidade, competência e visibilidade da enfermagem e, em consequência, para maior autonomia e satisfação profissional. Em síntese, o COFEN, por meio da Resolução nº 358/2009, tem preconizado que a assistência de enfermagem deve ser sistematizada a partir da implantação do processo de enfermagem (PE). O PE é o modo sistemático e dinâmico que visa à prestação de cuidados humanizados e eficientes. Desenvolve-se por meio de atividades direcionadas ao cuidado individualizado, orientando resultados e baixo custo. Impulsiona os enfermeiros a analisar constantemente sua prática e discutir como poderiam desenvolvê-la com eficácia As ações da equipe de enfermagem devem ser pautadas nos domínios da Enfermagem que visa manter, prevenir e recuperar a saúde da pessoa, família e coletividade, entendendo a pessoa de modo ampliado. Nessa perspectiva reconhecemos o atendimento das NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS, como elementos norteadores da prática da equipe de enfermagem e que se relacionam aos cuidados de enfermagem, em seus três níveis: necessidades psicobiológicas, necessidades psicossociais e necessidade psicoespirituais. Processo de Enfermagem: É um método sistematizado para avaliar o estado de saúde do cliente, diagnosticar suas necessidades de cuidados, formular um plano de cuidados, implementá-lo e avaliá-lo quanto à sua efetividade.” (NANDA, 2001). Fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.” (Jesus, 2002). O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes: I. Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem/Investigação); II. Diagnóstico de Enfermagem; III. Planejamento de Enfermagem; IV. Implementação; V. Avaliação de Enfermagem. I. Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem/Investigação): Na investigação você realiza a coleta de dados e examina informações sobre a situação de saúde; Buscando evidências de funcionamento anormal ou fatores de risco que possam estar contribuindo para os problemas de saúde. Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. Colete e registre toda informação necessáriapara: Prevenir/detecta e controlar os problemas de saúde potenciais ou reais, visando à promoção da saúde, a independência e o bem estar da pessoa, família e coletividade; Utilize as técnicas da entrevista e exame físico. Os dados podem ser obtidos de maneira direta ou indireta: Dados diretos: coletados a partir de informações do próprio cliente/paciente; Dados indiretos: obtidos a partir de outras fontes, como por exemplo, familiares e / ou acompanhantes; prontuário. Os dados ainda podem ser de natureza subjetiva (entrevista com o paciente) e objetiva (exame físico, sinais vitais). Natureza subjetiva: identificação do paciente, queixa principal, histórico de saúde, familiar, social, padrão de vida cotidiana e impressão do entrevistador. Natureza objetivo: SSVV, exame físico, medida antropométricas, exames laboratoriais e outros. II. Diagnóstico de Enfermagem: Os diagnósticos de enfermagem são julgamentos clínicos sobre as respostas do individuo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais e proporcionam as bases para as seleções de intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais a enfermeira é responsável. Processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. O uso dos diagnósticos de enfermagem proporciona ao enfermeiro uma linguagem comum para a identificação dos problemas do cliente e os auxilia na escolha das prescrições de enfermagem, bem como a avaliação de tal prescrição. III. Planejamento: Determinação dos resultados que se espera alcançar; e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. É nesta etapa que a enfermeira (o) define metas e traçam objetivos a serem alcançados. IV. Implementação: Realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. É de incumbência privativa do enfermeiro a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, bem como o diagnóstico de enfermagem, a prescrição das ações e as intervenções de enfermagem. V. Avaliação de Enfermagem: Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. A avaliação de estrutura está relacionada com a adequação dos recursos físicos e materiais, bem como os modelos organizacionais. A avaliação do processo centraliza o foco nas atividades do enfermeiro que são observadas e julgadas. A evolução baseada em mudanças comportamentais é denominada de avaliação de resultados. Investigação Diagnóstico Planejamento Implementação Avaliação Coleta pela anamnese e exame físico, todos os dados subjetivos e objetivos sobre o estado de saúde do cliente. Analisar os dados obtidos e identificar os possíveis diagnósticos e listá-los por prioridade Desenvolver um plano de ação estabelecendo os resultados esperados Prescrever cuidados de enfermagem que poderão levar ao alcance dos resultados esperados. A avaliação não se concluiu, pois deve levar à reavaliação, que resulta em reiniciar o processo. AULA 6 – Exame físico Exame físico: é o levantamento das condições globais do cliente para buscar informações para subsidiar a assistência. Sentido: Céfalo-podal. Técnicas (propedêuticas) do exame físico: Inspeção: utiliza a visão e o olfato. Neste caso, essa avaliação pode ser de forma estática (observando o paciente em repouso) ou dinâmica, (observando os movimentos corporais), é importante analisar o estado nutricional, higienização do paciente, locomoção, postura, dados antropométricos, cor da pele, expressão facial, SSVV, etc. A avaliação da pele deve ser feita de forma minuciosa e bem rigorosa, pois ela pode identificar o aparecimento de alterações no organismo ou mesmo patologias graves numa simples inspeção. A inspeção é o ato de observar e inspecionar, sendo o método em que se utiliza o sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e movimento das diversas áreas corporais. No primeiro contato com o paciente faz-se uma inspeção geral em que o enfermeiro observa o estado aparente de saúde, nível de consciência, estado nutricional, hidratação, humor e tipo de fala. O conhecimento das características da superfície corporal, assim como a anatomia topográfica, permitirão ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante a inspeção. Por este motivo, e com a finalidade de educar a visão, deve ser dada ênfase ao estudo das lesões elementares da pele. Palpação: o tato e a audição são os sentidos a ser utilizados. Essa avaliação segue de encontro com a inspeção, confirmando o que havia sido observado. Várias são as técnicas utilizadas para a avaliação e suas realizações dependem muito do local de atuação. As principais são: palpação com mão espalmada, palpação com o dorso da mão, fricção com algodão, palpação bimanual, em pinça, digito pressão, etc., podendo ser de forma profunda ou superficial. Através dessa avaliação podemos perceber a presença de nódulos, alterações na textura da pele, temperatura, presença de corpos estranhos. Em superfícies ósseas, através da compressão digital é possível detectar a presença do Sinal de Gorget, que ocasiona uma depressão na região comprimida, mostrando um comprometimento da circulação naquela região. Consiste na utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície corporal - palpação superficial - e os órgãos internos – palpação profunda. A palpação confirma dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração de textura, tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil térmica e dolorosa), elasticidade, temperatura, posição e característica do órgão, resistência muscular, presença de massas e outros. Percussão: o golpeamento é utilizado para delimitar órgãos, observar as características do som (intensidade, timbre e tonalidade) e perceber a presença de líquidos em cavidades. O som estabelecido pela percussão é influenciado pela espessura da parede, onde a presença de uma parede espessa de gordura pode dificultar a avaliação. Os sons podem ser timpânicos (regiões fechadas e com ar), maciço (estruturas sem ar) e submaciço (regiões densas, com pouco ar), sendo que a percussão se dá de forma direta (diretamente na região a ser percutida) ou indireta (onde o dedo médio de uma das mãos pressiona a região e dedo médio da outra mão golpeia a falange distal). O som gerado na percussão tem característica própria quanto a intensidade, timbre e tonalidade, refletindo a densidade da superfície subjacente. Quanto mais densa a área percutida, maior, menos discernível e mais breve será o som. Ausculta: utiliza a audição com intuito de avaliar os sons e ruídos produzidos pelos órgãos e observando o aparecimento de alterações. Esses sons são provenientes da vibração das estruturas entre sua origem e a superfície corporal um exemplo desses sons são as bulhas cardíacas, ruídos respiratórios e ruídos hidroaéreos. Ausculta consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos. A vibração sonora pode ser captada diretamente pelo ouvido do examinador – ausculta direta – ou com o auxílio do estetoscópio - ausculta indireta. Ostipos de som variam de acordo com o órgão auscultado (por ex.pulmão: murmúrios vesiculares; coração: bulhas cardíacas; intestino: ruídos hidroaéreos). Os sons não-fisiológicos decorrentes de condições patológicas (secreções pulmonares, esteatose, de válvulas cardíacas) ou produzidos por interferências extremas (atrito de roupas) são denominados ruídos adventícios. Exame físico geral: é a primeira etapa do exame clínico e além de complementar a anamnese (entrevista clínica), fornece uma visão do paciente como um todo, não segmentada. É dividido em duas partes: qualitativo e quantitativo. Exame clínico geral qualitativo: nessa etapa são avaliados aspectos mais subjetivos do paciente. Geralmente graduamos as qualidades em graus, medidos de uma a quatro cruzes (Como por exemplo: “desidratado +/4+”. Isso significa que do máximo que uma pessoa pode ficar desidratada, 4 cruzes, o paciente se encontra com uma cruz). São avaliados: estado geral, grau de palidez, grau de hidratação, presença de icterícia, presença de cianose e padrão respiratório. Exame clínico geral quantitativo: nessa etapa são avaliados aspectos mensuráveis do paciente. Como medidas de pressão arterial, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, frequência cardíaca, pulsação e frequência respiratória. Posições para exame físico: Decúbito dorsal horizontal: o paciente fica deitado na maca com ventre para cima , membros superiores e inferiores relaxados , o paciente deve ser colocado deitado de costas com as pernas estendidas ou ligeiramente fletidas para provocar o relaxamento dos músculos abdominais , os braços devem estar estendidos ao longo do corpo. Exemplo: cesariana, tireoidectomia. Decúbito ventral: o paciente fica deitado com o ventre para baixo, braços fletidos e mãos sob a testa. Exemplo: laminectomia, cirurgias tórax posterior. Decúbito lateral direito: o paciente fica deitado com o lado direito voltado para baixo, pernas levemente fletidas, braço direito em abdução, o lado esquerdo para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa. Exemplo: cirurgias renais, massagens nas costas. Decúbito lateral esquerdo: o paciente fica deitado com o lado esquerdo para baixo, pernas levemente fletidas, braço esquerdo em abdução, o lado direito para cima e o braço repousando sobre a face lateral da coxa. Semi-decúbito de fowler: paciente fica semi sentado. Usado para descanso, conforto, alimentação e patologias respiratórias. Posição de sims: colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça apoiada no travesseiro, o corpo deve está ligeiramente inclinado para frente com o braço esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que parte do peso do corpo apoie sobre o peito, o braço direito deve está posicionado de acordo com a vontade do paciente e os MMII devem está flexionados, o direito, mais para o lado esquerdo. Finalidade (exames retais, lavagem intestinal, exames vaginais, clister). Posição sentado: o paciente deve está sentado com as mãos repousando sobre as coxas . Ginecológica: colocar a paciente em decúbito dorsal; Joelhos flexionados e bem separados, com os pés sobre a cama; Proteger a paciente com lençol até o momento do exame. Exemplo: (exame vaginal, exame vulvo, lavagem vaginal, sondagem vesical, tricotomia). Litotomia: posição que se assemelha a ginecológica. Colocar o paciente em decúbito dorsal com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados. As coxas devem está bem flexionadas sob o abdômen, afastadas uma das outras e as pernas sob o abdômen. Exemplo: cirurgia ou exames de períneo, reto, vagina e bexiga. Genu-peitoral: o paciente deve ser colocado ajoelhado sobre a cama, com os joelhos afastados as pernas estendidas, e o peito apoiado sobre a cama, à cabeça deve esta lateralizada apoiada sobre os braços. Exemplo: exames vaginais e retais. Trendelemburg: o paciente é colocado em decúbito dorsal horizontal, com o corpo num campo inclinado, de forma que a cabeça fique mais baixa em relação ao corpo. Exemplo: cirurgia da região pélvica, estados de choque tromboflebites. Ereta ou ortostática: o paciente fica em pé com os pés um pouco afastados um do outro e os membros superiores estendidos naturalmente junto ao corpo, o peso fica distribuído equitativamente nos MMII. Posição supina: Paciente fica deitado em decúbito dorsal com travesseiros sobre a cabeça, braços estendidos ao longo do corpo, pernas estendidas ou ligeiramente fletidas. Posição prona: Paciente fica em decúbito ventral com a cabeça virada para um dos lados, braços abduzidos para cima, com cotovelos fletidos e pernas estendidas. AULA 7 – Exame físico da Cabeça e Pescoço. Avaliação do nível de consciência: CONSCIÊNCIA: conhecimento de si mesmo e do ambiente. Nível de Consciência: avaliada pela Escala de Coma de Glasgow. AVALIAÇÃO PUPILAR: observar diâmetro, forma e reação à luz. Observar midríase e miose. Anisocoria, isocoria. Reflexo foto-motor. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA: tem finalidade de avaliar grau de dependência para as atividades diárias. Paresias, plegias, parestesias. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO SENSITIVA: inclui tato, dor e temperatura. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO CEREBELAR: avalia coordenação motora, da fala, da movimentação do olhar e instabilidade da marcha (Teste de marcha e Teste de Romberg). Exame físico da cabeça e do pescoço: Posição: de preferência, sentado, com cabeça ereta e em equilíbrio. Técnicas: inspeção e palpação. Técnicas que se aplicam: inspeção e palpação. Crânio: observar: proporção, presença de lesões, cistos, características dos cabelos, pontos dolorosos e tumorações. Face: observar: alterações na coloração da pele, manchas, fáscies. Tipos de fácies: Imprimir PDF: https://semioclin.files.wordpress.com/2017/05/fc3a1cies.pdf Olhos: observar: pálpebras (fissura, ptose), globos oculares (exoftalmia, enoftalmia, estrabismo, nistagmo), córnea, esclerótica, acuidade visual, pupilas (midríase, miose). Fossas nasais: observar: forma e tamanho, seios paranasais. Ouvidos: forma, tamanho, conduto auditivo, otorragia, otorréia. Boca: coloração, lábios, gengiva, dentes, língua, amígdalas. Pescoço: observar: contraturas, glândula tireoide, presença de linfonodos palpáveis → pré-auricular, sub-mentoniano, supra-clavicular, cervical anterior, cervical posterior e palpação da tireoide. AULA 8 – Exame físico do tórax: Sistema cardiovascular: manifestações mais comuns das doenças cardiovasculares → dispneia, fadiga, precordialgia, palpitações, desmaio, edema, cianose, alterações periféricas. Posição: sentado ou deitado. Técnicas que se aplicam: inspeção, palpação e auscuta. Linhas imaginárias importantes: Linha axilar direita; Linha hemiclavicular direita; Linha paraesternal direita; Linha esternal; Linha paraeternal esquerda; Linha hemiclavicular esquerda; Linha axilar esquerda. INSPEÇÃO/ PALPAÇÃO - Verificar: Ictus Cordis, frêmitos, pulsação epigástrica e supra-esternal - Tipo de tórax, pontos dolorosos, massas. AUSCULTA (bulhas cardíacas APTM) - Foco Mitral: 5º espaço intercostal esquerdo com linha hemiclavicular - Foco Tricúspide: base do apêndice xifóide - Foco Aórtico: 2º espaço intercostal direito junto ao externo - Foco Pulmonar: 2º espaço intercostal esquerdo junto ao externo https://semioclin.files.wordpress.com/2017/05/fc3a1cies.pdf Bulhas cardíacas: -B1: fechamento das valvas tricúspide e mitral (“tum”) -B2: fechamento das valvas pulmonar e aórtica (“ta”) Sistema respiratório: o exame pulmonar é dividido em inspeção (estática e dinâmica), palpação, percussão e ausculta. INSPEÇÃO: A inspeção pode ser dividida em duas partes: estática e dinâmica. Estática: Basicamente devemos olhar a aparência do tórax (tórax em tonel, Tórax em funil, Peito de pombo, cifoescoliose torácica). Se o paciente possui desvios da coluna(escoliose – uma espécie de S; cifose – uma espécie de corcunda; e lordose – uma entrada aprofundada na coluna lombar). Além disso, no exame estático, deve-se observar a estrutura do esterno, das costelas e das vértebras, pois isso pode ser indicativo de certas alterações estruturais como: o pectus excavatum (tórax escavado ou “tórax de sapateiro”), no qual há a inversão da concavidade do esterno, ou o tórax em barril, que apresenta uma retificação das colunas vertebrais e elevação do esterno (tórax comum em enfisematosos). Dinâmica: a inspeção dinâmica visa a definir o padrão respiratório do paciente, podendo apresentar os seguintes padrões: 1. Eupneico: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal. 2. Taquipnéia: respiração com frequência aumentada. 3. Bradipnéia: respiração com frequência diminuída. Há ainda alguns outros padrões que você não irá precisar por enquanto. PALPAÇÃO: A realização da palpação pode ser dividida em duas fases, sendo elas: Expansibilidade: Deve ser realizada no ápice, na base e entre elas. Para ser realizada no ápice, deve-se colocar as mãos na base do pescoço, com os polegares juntos na região da proeminência das vértebras cervicais na pele (processo espinhoso) e os dedos sobre a região acima da escápula de cada lado. Peça para o paciente realizar movimentos inspiratórios e expiratórios profundos, devendo ambos lados estarem com expansibilidade simétrica (as duas mãos devem fazer a mesma amplitude de movimento). Deve-se repetir o processo mais duas vezes até a base (aproximadamente até a vértebra T12). Procura-se com isso encontrar assimetrias entre os campos pulmonares (direito ou esquerdo) e entre os terços pulmonares (superior, médio e inferior). Frêmito Toracovocal (FTV): É como se define a vibração sentida quando o paciente emite um som estridente, como quando requisitado a falar “33”. Isso é importante, pois auxilia diagnóstico de processos patológicos, tais como derrame pleural ou consolidações pulmonares. Nos derrames, o frêmito se encontra diminuído devido ao fato de haver líquido entre a pleura e o pulmão, dificultando a propagação do som até a parede torácica, enquanto que, nas consolidações (uma espécie de “massa”), ex.: pneumonia ou tumor, o som encontra-se aumentado, posto que o meio sólido da consolidação permite maior transmissibilidade por meio da árvore brônquica. PERCUSSÃO: A percussão deve ser realizada com a mão dominante, usando-se a falange distal (ponta do dedo) do terceiro dedo sobre o segundo ou terceiro dedo da outra mão, que deve estar inteiramente em contato com a pele e com os dedos bem separados. Você irá prosseguir batendo a falange contra o outros dedos realizando-se sempre a comparação entre os sons produzidos na porção de um hemitórax com a do outro hemitórax. É possível identificar quatro sons pulmonares (fique calmo, você só conseguirá diferenciar com clareza quando tiver ouvido um som alterado e comparado com o normal): Som claro pulmonar: som da percussão do pulmão normal. Entre a macicez e o timpanismo. Som timpânico: som de característico de estruturas mais "ocas", ou seja, com grande quantidade de ar no parênquima pulmonar ou na cavidade torácica, é encontrado em casos de enfisema pulmonar e de pneumotórax. Som submaciço: ocorre quando há líquido interposto entre o parênquima pulmonar e a parede torácica, como em derrames pleurais (uma espécie de líquido na camada que reveste o pulmão). Som maciço: obtido quando se percute regiões mais "densas", ou seja, quando há uma diminuição da quantidade de ar no pulmão ou em suas proximidades. Isto está presente em tumores periféricos e em pneumonias (consolidação). Você irá sentir que está percutindo algo sólido. A percussão pode apresentar certas alterações que não determinam estados patológicos. É importante ressaltar que abaixo do sexto espaço intercostal direito é possível encontrar um som maciço que corresponde ao fígado (principalmente quando a percussão é executada na porção anterior do tórax). AUSCUTA: Para a ausculta, devemos pedir ao paciente que realize inspirações e expirações profundas com a boca entreaberta, sem realizar barulho, uma vez que isso pode gerar alguns ruídos adventícios (sons anormais e não esperados num exame normal). Assim como na percussão, deve-se realizar uma comparação entre duas regiões simétricas do hemitórax, indo do ápice até a base, em pelo menos 4 pontos. Os sons respiratórios normais podem ser classificados como: som traqueal, respiração brônquica e murmúrios vesiculares. Os murmúrios vesiculares são o som normal escutado no pulmão. Representa o som causado pela entrada e saída de ar dos pulmões. Pode estar ausente ou diminuído (se houver algo que obstrua seu caminho, ou ainda impeça que o ar entre e saia do pulmão). Em situações patológicas é possível auscultar ruídos adventícios (sons anormais), indicativos, cada um deles, de certas alterações. AULA 9 – Exame físico do abdome Aparelho digestório: o exame do abdômen possibilita que sejam retiradas informações referentes às estruturas abdominais, utilizando todas as etapas de exame do paciente, tal como inspeção, percussão, palpação e ausculta. Todavia, cabe a ressalva de que, nesse exame, é preferível que a ausculta se realize antes da palpação e da percussão, podendo essas etapas, caso realizadas previamente, atrapalhar a ausculta. Técnica de Exame Físico: obedece-se a sequência: INSPEÇÃO → AUSCULTA → PERCUSSÃO → PALPAÇÃO. Posição relaxada e confortável: • Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo; • Exposição total do abdome (genitália coberta); • Esvaziar bexiga; • Aquecer mãos e estetoscópio, unhas curtas; • Examinar pelo lado direito do paciente; • Deixar o exame de áreas dolorosas para o final. Divisões: A fim de facilitar o processo de examinar o abdômen e de permitir localização mais específica de suas regiões, ele pode ser dividido em quatros quadrantes, formados por duas linhas que atravessam a cicatriz umbilical longitudinalmente e transversalmente, gerando assim quatro setores com dois andares, sendo eles denominados de andar superior (quadrante superior direito e quadrante superior esquerdo) e de andar inferior (quadrante inferior esquerdo e quadrante inferior direito). Todavia, além dessa divisão, há outra que utiliza como referência dois planos que atravessam os pontos medioclaviculares (ponto médio da clavícula – linhas hemiclaviculares) de cada lado e dois planos transversos, sendo que um deles é denominado plano subcostal (uma linha horizantal abaixo da 10º costela) e o outro de plano intertubercular (uma linha que liga os tubérculos ilíacos – o topo do osso da bacia). Isso permite a divisão em três andares com três regiões cada, sendo elas: abdômen superior (hipocôndrio direito, epigástrio e hipocôndrio esquerdo), abdômen médio (flanco direito, mesogástrio e flanco esquerdo) e abdômen inferior (fossa ilíaca esquerda, hipogástrio, fossa ilíaca direita). Essa divisão é importante para localizar a anormalidade e correlaciona-la com o possível órgão acometido. Por exemplo: região epigástrica (estômago), hipocôndrio direito (fígado ou vesícula biliar), hipocôndrio esquerdo (baço), flanco direito (cólon ascendente), região umbilical ou mesogástrio (cólon transverso), fossa ilíaca direita (ceco e apêndice), fossa ilíaca esquerda (sigmoide) e no hipogástrio (bexiga ou útero). Para executar o exame, o paciente deve ser posicionado deitado em decúbito dorsal (deitado de “barriga para cima”), enquanto que o médico deve ser posicionado preferencialmente do lado direito do paciente, embora seja aceitável que ele mude a sua posição para inspecionar outras estruturas do abdômen. INSPEÇÃO: Nessa etapa, deseja-se averiguar observar o paciente, buscando na região abdominal: lesões, distribuição anormal de pêlos, estrias, circulação colateral venosa (veias ao redor da cicatrizumbilical), cicatrizes, dentre outras características que podem ser visualizadas no abdômen. O formato do abdômen também deve ser observado na inspeção, podendo ser: Plano: formato normal do abdômen; Globoso: abdômen aumentado de maneira uniforme com predomínio na região anterior. Batráquio: abdômen aumentado com predomínio transversal (parece barriga de sapo). Ocorre nos pacientes que tem ascite (presença de líquido na cavidade abdominal). Avental: parede abdominal cai sobre as pernas do paciente, comum em obesos. Pendular: quando apenas a porção inferior do abdome protrui com o aumento do volume abdominal. Escavado: aspecto visto nas pessoas muito emagrecidas. Observar a superfície quanto a forma (massas, herniações, visceromegalias), contorno (plano, arredondado, protuberante, escavado), simetria, características da pele. Verificar circunferência abdominal se distensão abdominal, ascite ou gestação. AUSCUTA: Na ausculta, deseja-se avaliar a motilidade intestinal principalmente e identificar sopros vasculares na aorta. Os sons intestinais normais são denominados de ruídos hidroaéreos e são caracterizados por estalidos e gorgolejos (sons de água) e, para a sua averiguação, deve ser feita a ausculta em ambos os hemiabdomes (se quiser, ausculte nos quatro quadrantes) por 1 minuto em cada região. Os sons intestinais podem ser alterados quando há mudanças na motilidade intestinal como em diarreias, obstruções, dentre outros. Os sopros abdominais podem ser pesquisados seguindo-se a trajetória da aorta, lembrando-se que ela gera transversalmente as duas renais na altura do umbigo e se bifurca um centímetro abaixo da cicatriz umbilical, gerando as ilíacas externas. Esses sopros são similares aos cardíacos e predominam na sístole. Iniciada pelo QID, em sentido horário: - Ruídos intestinais = RUÍDOS HIDROAÉREOS (RHA) - RHA: frequência →: 5 a 35 /min Intensidade: hipoativos ou hiperativos. PERCUSSÃO: No abdômen, devido à grande predominância de alças de intestino, o som timpânico é predominante (conteúdo de gás das vísceras ocas), exceto na região do hipocôndrio direito, onde o som é maciço (órgãos sólidos ou preenchidos por líquidos ou fezes) devido ao fígado. Todo o abdome deve ser percutido com no máximo 2 grupos de golpes por ponto a ser examinado. Essa manobra nos permite inferir se há massas, líquido ascítico (cujo som será mais maciço) ou se há mais ar do que o esperado (hipertimpânico). A percussão também auxilia na definição dos limites do fígado e do baço, ao se verificar a extensão da região na qual há predomínio do som maciço no hipocôndrio/flanco direito, sendo o tamanho do fígado normalmente entre 6 e 12 cm (em média, começa a partir do 5º espaço intercostal direito e termina no rebordo costal). O baço, devido à sua localização (na porção posterior do abdome, protegido pelo gradeado costal), normalmente não é percutível. Quando ele aumenta de tamanho (crescendo da esquerda para a direita e de cima para baixo), porém, ele se torna percutível e ocupa uma região designada espaço de Traube, área de formato semilunar, abaixo do diafragma, entre o lobo esquerdo do fígado e a linha axilar anterior esquerda e acima do rebordo costal esquerdo. Esse espaço é normalmente livre, ou seja, seu som é timpânico, e o achado de submacicez/macicez à percussão deste espaço é indicativo de esplenomegalia (aumento das dimensões do baço). Há outras manobras usadas em casos específicos como o Sinal de Giordano (utilizado em caso de cálculos ou infecções renais), pesquisa de macicez móvel e do semicírculo de Skoda, sinal de Piparote (usados em caso de suspeita de ascite). Contudo, essas manobras não serão ensinadas agora, pois são pouco utilizadas no projeto (mas, caso fique curioso, pergunte à qualquer veterano do EMA que ele irá te ensinar com o maior prazer). PALPAÇÃO: A palpação tem como objetivos determinar se há alguma resistência na parede abdominal, determinar as condições físicas das vísceras abdominais e explorar a sensibilidade dolorosa do abdômen. Ela geralmente é dividida em duas: superficial ou profunda. Na superficial há pouca pressão exercida e é realizado empurrando suavemente, com uma mão apenas, a parede abdominal em movimentos circulares ou digitiformes ao longo de todos os quadrantes. Nessa palpação pode haver uma forma de “defesa muscular”, uma rigidez da parede associada ao reflexo víscero-motor, indicando que pode haver uma peritonite (inflamação da membrana que recobre os intestinos e a face interna do abdome), sendo esse reflexo uma forma de proteção contra a ação de agentes externos sobre áreas inflamadas do peritônio (a palpação normal deve ser flácida e oferecer pouca resistência). Já a profunda, é muito similar à primeira, mas deve ser realizada com as duas mãos sobrepostas e com uma maior pressão sobre a parede do abdome. Nas duas formas de palpação devemos procurar por cistos, massas ou abaulamentos (que podem ser hérnias, tumores, entre outras coisas). O fígado é um dos órgãos mais importantes no processo de palpação, sendo que ele pode ser palpado com as mãos em garra (com um formato similar ao de um gancho) no rebordo costal direito associado a um movimento respiratório. A técnica de palpação do fígado consiste em pedir ao paciente inspirar profundamente e depois expirar e durante a expiração, deve-se posicionar os dedos da mão abaixo do rebordo costal direito. Depois do fim da expiração, mantendo os dedos nessa posição, pede-se para o paciente repetir o movimento, podendo ser sentida a ponta do fígado contra os dedos. O fígado habitualmente não ultrapassa 2 cm do rebordo costal direito. Quando ultrapassa 2 cm, pode haver uma hepatomegalia (tamanho aumentado do fígado) ou uma ptose hepática (na qual o fígado não se encontra aumentado, mas está deslocado para baixo, por exemplo, devido a um enfisema pulmonar, o qual aumenta a área do pulmão e o desloca para baixo). A diferença entre um fígado aumentado e um em ptose pode ser determinada pela hepatimetria realizada na percussão. A palpação do fígado também é útil para verificar a sua textura, que costuma ser lisa, mas pode ser arredondado em fígados congestos, ser granulosa no caso da cirrose ou apresentar algumas massas no caso de neoplasias. RETO E ÂNUS: Técnica de Exame: Homem: decúbito lateral E, flexão de quadris e joelhos. Mulher: posição de litotomia. Inspeção: observar integridade da pele, edema, ulcerações, hemorroidas, abscessos, fissuras, prolapsos. APARELHO GÊNITO-URINÁRIO: Anamnese e exame físico: Investigar sinais e sintomas: poliúria, oligúria, anúria, nictúria, dor/cólica, febre, aumento de ureia e creatinina plasmáticas, alteração nos eletrólitos, náuseas e vômitos, incontinência urinária, hematúria, urgência miccional. INSPEÇÃO RENAL: observar abaulamentos. PERCUSSÃO RENAL: Sinal de Giordano. PALPAÇÃO RENAL: Método de Devoto e Método de Israel. PALPAÇÃO DA BEXIGA: após o cliente ter urinado, 2 cm acima da sínfise púbica PERCUSSÃO DA BEXIGA: som normalmente timpânico; a macicez pode indicar retenção urinária. EXAME FÍSICO FEMININO MAMAS: MAMILOS INSPEÇÃO: estática e dinâmica. PALPAÇÃO: palpar gânglios supra a infraclaviculares. EXPRESSÃO: secreção serosa, serossanguinolenta ou purulenta, colostro ou láctea. EXAME DA GENITÁLIA FEMININA POSIÇÃO: ginecológica INSPEÇÃO: observar presença de pedículos, dor, secreções, lesões, coloração, edema e sangramento. EXAME ESPECULAR: observar colo uterino. EXAME FÍSICO DA GENITÁLIA MASCULINA ANAMNESE E EXAME FÍSICO Observar distribuição dos pêlos, parasitas hiperemias ou escoriações, tamanho e forma do pênis, edemas, alterações na coloração, glande e meato uretral (secreções, lesões, vesículas, verrugas). AVALIAÇÃO DO APARELHO LOCOMOTOR INSPEÇÃO: verificar assimetria dos MMSS e MMII, da coluna, pélvis em diferentes posições. Observar capacidadede mudança de posição, força e coordenação motora. EXAME DA FORÇA MUSCULAR: observar aperto de mão, resistência contra MMSS e MMII. GRAU DE MOBILIDADE EXAME DE MARCHA: deve ser avaliado durante a deambulação normal ARTICULAÇÕES: observar volume articular, deformidades, rigidez e movimentos articulares. Avaliar queixas de dor, edema, temperatura, rigidez articular.
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