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RESUMO ECONOMIA E POLITICAS PUBLICAS

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RESUMO ECONOMIA E POLITICAS PUBLICAS
Maria Jacinta Correia de Souza
Não há como trabalhar politicas publica sem compreendermos os meandros da economia, essas interfaces entre politica e economia são um campo consagrado de estudos. No que diz a respeito de politica e economia e uma primeira determinação aparece claramente, trata- se do poder que a politica confere a fração de classe que detém as melhores condições para a reprodução do sistema. Porém esse poder não engendra uma independência da esfera econômica, os conflitos de classes as divergências nos seios dessas classes e a existência das reivindicações, que não provem da economia implica uma autonomia relativa da esfera estatal.
A associação Brasileira de ciências Politicas (ABCP) ressalta que a compreensão da dimensão politica na esfera econômica, desdobra ainda pela área politica publica, e todo campo da economia politica e social ordenando tanto da formulação das ações.
E via teórica econômica e suas aplicações para elaborar cenários e previsões sobre comportamento de variáveis com taxa de crescimento da economia, preços e quantidade de equilíbrio do mercado e a implementação dos resultados das politicas publicas em nível regional e nacional.
Enquanto politica e tudo a que se refere a vida da coletividade, atividade orientada ideologicamente para a tomada de decisões de um grupo para alcançar determinados objetivos , a ciência por sua vez que estuda a alocação de recursos escassos para a produção e consumo, distribuição de renda sobre os diversos agentes econômicos.
Bacelar (2003) fala em herança recente, o período que vai dos anos 30 ate hoje, quando o Brasil passa por uma transformação muito grande. Nos anos 20, eram uns pais rural e agrícola. O censo de 1920 revela que 30% da população brasileira viviam nas cidades e 70% no campo. Aos cinquentas anos depois ocorria o inverso, ate 1930 a economia do Brasil era uma economia agrícola. 
Neste longo período de 1920 a 1980 o estado brasileiro era caracterizado por seu caráter desenvolvimentista, conservador, centralizador e autoritário. O estado era o promotor do desenvolvimento e não transformador das relações da sociedade, o grande objetivo do estado era consolidar o processo de industrialização e fazer do Brasil uma grande potencia.
O estado brasileiro e tradicionalmente centralizador fez com que o estado adquirisse uma postura de fazedor e não regulador. O estado regulador requer o dialogo entre governo e sociedade civil e o estado centralizador se junta ao autoritário o viés autoritário era muito forte nas politicas publicas do país. Dado o seu caráter autoritário o estado não precisava se legitimar perante grande parcela da sociedade ficando refém dos lobbies dos poderosos nos gabinetes alguns estavam exiladas, outras foram mortas.
Dentre 1920 e 1980 pós- guerra depositou sobre o estado a expectativa de solução dos desafios que supõem o desenvolvimento, contudo a mudança só ouve nos anos de 1970 e inicio de 1980 levou ao questionamento do papel do estado no desenvolvimento econômico, e o neoliberalismo se transformou em corrente hegemônica de pensamento, o estado passou a ser vista como problema.
Eis que no final de 1990 o quadro de instabilidade financeiro e os altos índices de pobreza e desemprego verificados nos países que aderiam as medidas do consenso de Washington levaram a perda de legitimidade da agenda do estado mínimo. O consenso de Washington e uma conjugação das grandes medidas que se compõe de dez regras básicas formuladas por economista, sendo Disciplina fiscal, Redução dos gastos públicos, Reformam tributária, Juros de mercado, Câmbio de mercado, Abertura comercial, Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições, Privatização das estatais, Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas), Direito à propriedade intelectual. Lembremos que o Brasil foi um dos poucos países que não aceitaram imediatamente estas regras, mas as aplicou rapidamente ao longo da década de 1990.
O fato e que não existia apenas uma receita para o desenvolvimento econômico elas variam de pais para pais, dependem das instituições locais, dos contextos históricos – políticos e outro e preciso identificar problemas.
O conceito de capacidade estatais e abrangente e multidimensional, o que pode levar a intepretações intuitivas que carregam consigo o risco de confundir em vez de elucidar, sua importância para aplicação empírica. De acordo com o Dicionário Aurélio, o substantivo “capacidade” está associado à qualidade, habilidade ou aptidão que uma pessoa ou coisa tem de possuir para um determinado fim. No âmbito desta pesquisa, tal coisa seria o Estado, e a finalidade, o desenvolvimento social e econômico. Porém, quais seriam as habilidades ou faculdades que o Estado precisa possuir para promover políticas públicas voltadas ao desenvolvimento?
O conceito de capacidades estatais decorreu dos estudos de sociologia política e economia política acerca do papel do Estado na promoção do desenvolvimento econômico. No que concerne à história do conceito, Souza (2012) narra que ele decorreu da ideia de autonomia do Estado desenvolvida por autores de linhagem teórica weberiana, no intuito de explicar o papel do Estado nos processos de industrialização tardios. Para Weber, o Estado, por ser uma associação política com quadro administrativo próprio, que detém o monopólio da coação física legítima dentro de um território (poder de dominação), teria a faculdade de perseguir objetivos que não refletem, necessariamente, as pressões de grupos de interesse ou de classes sociais específicas.
De forma diversa, Mann (1984) associou o poder autônomo dos Estados à capacidade destes de adentrar a sociedade e, com isso, executar suas decisões políticas por todo o território. Em síntese, as capacidades do Estado no século XXI estariam não só associadas à qualidade das burocracias públicas, mas à existência e ao funcionamento efetivo de canais que conectem o aparato político-administrativo do Estado à sociedade civil, conferindo legitimidade e eficácia às suas ações. Estas características aumentariam a faculdade do Estado para mobilizar os atores da sociedade em torno de um projeto de desenvolvimento.
O conceito de capacidades estatais pode ser disposto sob a forma de variáveis associadas às atividades exercidas pelo Estado (Cingolani, 2013).Consoante com a literatura sobre o tema, tais atividades poderiam ser abarcadas nas seguintes dimensões: coercitiva, fiscal, administrativa, relacional, legal e política.
É importante ressaltar que as capacidades estatais não se constituem em um conjunto de atributos fixos e atemporais. Elas variam no tempo, no espaço e por área de atuação. Do mesmo modo, em uma federação, um ente subnacional pode ter mais capacidade fiscal que outro. Por fim, é comum que determinadas agências ou burocracias possuam maiores capacidades administrativas que outras.
Todavia, por mais que o apoio político interno seja indispensável, não se podem desconsiderar os efeitos do sistema internacional sobre as capacidades estatais. É nesse sentido que Vom Hau (2012) argumenta que a globalização econômica afetou negativamente as capacidades estatais dos países em desenvolvimento. Este fenômeno, associado à internacionalização das empresas e à financeirização das economias nacionais, viria a dificultar a implementação de estratégias nacionais de desenvolvimento.
O marco inicial da chama macroeconomia moderno e o texto divulgado na obra Teoria geral do emprego dos juros e da moeda de John Maynard Keynes publicado originalmente em 1936. Na visão Keynesiana, não existem força de auto ajustamento na economia, o que obrigou o estado a intervi com politicas de gastos públicos, derrubando o laissez- faire da escola clássica. Os argumentos de Keynes tiveram grandes influencia sobre as politicas econômicas de diversos países capitalista, inclusive do brasil. Essas políticas comprovaram ser eficientes e apresentaram resultados positivos especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o mundoocidental experimentou uma fase de grande expansão econômica, traduzida em crescimento do produto e da renda nacionais, aliado ao aumento do emprego de mão de obra.
A macroeconomia não estuda comportamentos individuais, nem mesmo mercados específicos, que são objeto da microeconomia. Não analisa o comportamento dos preços de um mercado individual, nem o perfil de um consumidor, e tampouco o perfil de uma empresa. É objeto da macroeconomia o estudo dos grandes mercados, tais como o mercado de trabalho e o mercado financeiro. Para se definirem as políticas públicas que serão adotadas pelo Estado, é necessário estabelecer previamente os objetivos a serem priorizados. Isso, porque as políticas são instrumentos e, portanto, meios utilizados para se chegar a determinado fim. A opção por um objetivo poderá implicar o adiamento da concretização de outro, ou, então, a consecução indireta de um terceiro. Para a compreensão das políticas do Estado, apresentam-se a seguir os objetivos de política macroeconômicos abaixo discriminados.
O crescimento econômico e a meta mais importante a ser perseguida pelos formuladores da politica econômica. É objetivo de uma politica macroeconômica, Crescimento da produção e do emprego, Controle da inflação, distribuição equitativa de renda, crescimento econômico.
Quando se fala em instrumento de politica econômica nos vem à mente o tripé: fiscal/ monetária/ cambial, mas devemos nos lembrar da politica de renda. Sendo objetivo da intervenção do estado à obtenção do pleno emprego dos recursos produtivos da economia, com baixa taxa de inflação e boa distribuição da renda, veremos as quatro politicas citadas inicialmente, seguindo a proposta de Vasconcellos e Garcia. Sendo Politicas fiscais, Politica monetária, cambial e politica de renda.
Enquanto a microeconomia se preocupa com generalidade a microeconomia se ocupava de tudo aquilo que diz respeito a agentes isolados. A microeconomia ou teoria dos preços analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. Do ponto de vista da economia de empresas, que estuda uma empresa específica, prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de renda de seu produto, baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia predomina a visão do mercado.
Para analisar um mercado específico, a Microeconomia se vale da hipótese de que tudo o mais permanece constante (em latim, coeteris paribus). O foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta. Sabemos, por exemplo, que a procura de uma mercadoria é normalmente mais afetada por seu preço e pela renda dos consumidores. Para analisar o efeito do preço sobre a procura, supomos que a renda permanece constante (coeteris paribus); da mesma forma, para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores, supomos que o preço da mercadoria não varia.
Para as empresas, a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões:
a) política de preços da empresa;
b) previsões de demanda e faturamento;
c) previsões de custos de produção;
d) decisões ótimas de produção (escolha da melhor alternativa de produção, isto é, da melhor combinação de fatores de produção);
e) avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custo - benefício da compra de equipamentos, ampliação da empresa);
f) política de propaganda e publicidade (como as preferências dos consumidores podem afetar a procura do produto);
g) localização da empresa (se a empresa deve situar-se próxima aos centros consumidores ou aos centros fornecedores de insumos);
h) diferenciação de mercados (possibilidades de preços diferenciados, em diferentes mercados consumidores do mesmo produto).
Ao falar em economia solidaria nos faz mais uma vez retrocedermos no tempo, anos 80. Foi época que passamos a perceber e compreender a emergência da economia solidaria momento de grave crise econômica estabelecida no Brasil no qual as altas taxas de desemprego havia se instalado. A partir desta década ocorrem transformação profunda na organização do trabalho em que pese a redução da mão de obra no interior das empresas capitalistas e a subcontratação de serviços autônomos informais e cooperativos.

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