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interpretação de monografia

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10/08/2020
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Análise Farmacopeica
Monografia do Paracetamol 
Farmacopeia Brasileira 6a ed. 2019
Controle de Qualidade Físico-Químico
Prof. Márcio Cardoso Pinto
Profa. Silvia Elisa Acedo Menin
Objetivo da aula
• Permitir compreensão e interpretação dos
diferentes ensaios preconizados pelas farmacopeias
adotadas em Laboratórios de Controle de Qualidade
• Interpretar os dados farmacopeicos
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Monografia do Paracetamol
• Fontes de informações:
• Farmacopeia  Livro reconhecido oficialmente que
estabelece os padrões a que fármacos e insumos devem
satisfazer para serem utilizados em medicamentos.
• Usar edição recente da Farmacopeia Brasileira 
Exigência ANVISA
• Na ausência  outra Farmacopeia  USP
Paracetamol
1. Paracetamol 06827
2. C8H9NO2; 151,17
3. N-(4-hidroxifenil)acetamida
4. 06827, [103-90-2]
1. Título da monografia 
adotado no Brasil, seguida 
pela descrição informativa, 
incluindo: 
(1) fórmula química
(2) fórmula molecular e peso 
molecular
(3) nome químico 
(4) e número de registro pela 
Denominação Comum 
Brasileira (DCB); CAS
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Paracetamol 
2. Contém, no mínimo, 98,0%
e, no máximo, 101,0% de
C8H9NO2, em relação à
substância anidra.
2. Este item fornece a % da fórmula
química baseada no doseamento,
calculado em relação à substância
anidra ou seca.
O teor de alguns dos fármacos
sintéticos normalmente
apresenta não menos que 98.0
% e não mais que 102,0 %.
Margem de tolerância: depende da precisão do
método e da pureza do fármaco
Paracetamol
DESCRIÇÃO
3. Caracteres físicos: Pó
cristalino, branco, inodoro,
com leve sabor amargo.
4. Solubilidade: ligeiramente
solúvel em água, solúvel em
água fervente... Solúvel em
hidróxido de sódio M.
.
3. A descrição física está presente em toda
monografia, baseado na análise visual. São testes
considerados subjetivas e não conclusivos.
4. Baseado na constante de solubilidade Ks. Não
exige instrumento analítico. É válido como
ensaio complementar de identidade. Não é
conclusivo. Pode ser usado como teste preditivo
na avaliação do grau de pureza de matérias-
primas ou solubilidade em função do pH.
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Paracetamol 
5. Constantes físico-químicas
Faixa de fusão (5.2.2): 168°C 
a 172°C. 
5. Para muitos compostos
orgânicos, a determinação do
ponto de fusão é um parâmetro de
identidade e pureza. Geralmente
a faixa de fusão não pode exceder
3° ou 4°. Este teste não é
específico se a substância funde-se
com decomposição.
O número entre (nº) indica o capítulo da F. Bras. onde
constam princípios e informações sobre o método.
Paracetamol 
6. Identificação
A: Absorção no IV (5.2.14)
B: Absorção no UV (5.2.14)
Solução: 0,0005% (p/v).
Meio: HCl 0,1 M em metanol (1:100).
C: Reações químicas: A 10 mL de uma
solução 1% (p/v) da amostra,
adicionar uma gota de cloreto férrico
SR. Deve desenvolver–se cor azul-
violácea.
Os números entre (nº) indicam o
capítulo da F. Bras. onde
constam informações sobre o
método utilizado na análise.
6. Testes para a identificação.
A: Espectroscopia no IV (V.2.14.4)
sendo que o comprimento de onda
absorvido é característico de cada
banda da molécula analisada.
B: Espectrofotometria no UV (V.2.14.3)
Caso a análise por espectroscopia no
infravermelho não seja possível
C: Reações químicas: São reações
perceptíveis a olho nú que auxiliam
na identificação de grupos
funcionais. Geralmente não são
conclusivas.
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Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
7. pH (5.2.19): 5,3 a 6,5. 
determinar na solução 
saturada.
7. Ensaio que permite determinar o
pH de amostras líquidas ou
soluções. Útil como ensaio de
qualidade, avaliação do
cumprimento da especificação e
estabilidade. Baseado na
propriedade química pKa que se
relaciona com o pH das
substâncias.
Farmacopeias: trazem monografias que indicam a faixa de pH
para as soluções das amostras.
Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
8. Substâncias relacionadas.
Proceder conforme descrito
em Cromatografia a líquido de
alta eficiência (5.2.17.4).
8. Impurezas: componente da
matéria-prima ou produto
acabado que não possui
identidade química definida
como substância ativa,
excipiente ou outro aditivo.
Métodos: reações químicas por
comparação com padrão,
cromatografia, métodos
espectroscópicos e métodos
químicos.
Resultados: expressos em limites
(%) ou tolerância.
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Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
9. Substâncias facilmente
carbonizáveis.
Dissolver 0,5 g da
amostra em 5 mL de ácido
sulfúrico. A cor da
solução (5.2.12) não é
mais intensa que a da
solução padrão de cor A.
9. Este ensaio limite não específico,
consiste na determinação de
substâncias facilmente
carbonizáveis.
É um teste de pureza para avaliar o
limite de contaminação de
substâncias carbonizáveis pelo
ácido sulfúrico, feito por
comparação com padrão em
solução. Comparação da cor.
Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
10. Cloreto (5.3.2.1) agitar 1 g
da amostra…e proceder
conforme ensaio limite para
cloreto. No máximo 0.014% (140
ppm).
Sulfato (5.3.2.2) agitar 1 g da
amostra… amostra…e proceder
conforme ensaio limite para
sulfato.. No máximo 0.02% (200
ppm).
Sulfeto (5.3.2.3) proceder
conforme ensaio limite para
sulfeto. Nenhuma mancha deve
aparecer.
10. Ensaios limites: São
determinações quantitativas e semi-
quantitativas destinadas à
identificação de impurezas presentes
na amostra. No exemplo: ensaios-
limites semi-quantitativos para
Cloreto, Sulfato, Sulfito
Os limites estão em %. Resultados de
limites em partes por milhão (ppm)
também podem aparecer.
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Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
11. Metais pesados (V.3.2.3-3)
… proceder conforme ensaio
limite para metais pesados. 
No máximo 0.002% (20 ppm).
11. Ensaio que visa a determinação
do limite para metais pesados que
possam estar presentes ou que
tenham sido introduzidos na
síntese dos compostos orgânicos.
Metais pesados podem tornar-se
tóxicos ao organismo ou
comprometer a estabilidade dos
produtos.
Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
12. Água (V.2.20-1): No 
máximo 0,5%.
12. Se a água é o único
solvente residual, ou se está
presente na forma de hidrato
ela pode ser determinada por
vários métodos conforme
indicado no capítulo
específico da F. Bras. 6a ed.
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Paracetamol 
ENSAIOS DE PUREZA
13. Resíduo por incineração
(V.2.10): no máximo 0.1%.
13. O ensaio de resíduos de
incineração é utilizado em
testes de pureza para avaliar
o limite de contaminação de
matérias inorgânicas ou sais
inorgânicos em compostos
orgânicos.
Paracetamol 
DOSEAMENTO
14. Pesar exatamente cerca de
0,15 g da amostra, dissolver em
50 mL de hidróxido de sódio
0,1 M, adicionar 100 mL de
água.... Medir as absorbância
das soluções a 257 nm (5.2.14-
3), utilizando NaOH 0,1 M para
o ajuste do zero. Calcular o teor
da amostra a partir das leituras
obtidas. Alternativamente,
realizar os cálculos
considerando A(1%, 1cm) =
715 a 257 nm.
14. Doseamento: Consiste em
ensaios que visam a determinação
quantitativa da concentração do
princípio-ativo no medicamento
ou matéria-prima. Ex:
Volumetria/titulação
Espectrofotometria
Cromatografia
HPLC ou CG
Neste caso foi utilizada a 
espectrofotometria no UV. 
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Paracetamol 
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos mesofílicos
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). Cumpre o
teste.
Paracetamol 
Dados adicionais:
• EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
• Em recipientes bem fechados e opacos.
• ROTULAGEM
• Observar a legislação vigente.
• CLASSE TERAPÊUTICA
• Analgésico e antipirético.
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Doseamento Cálculos
DOSEAMENTO
15. A(1%, 1cm) = 715 a 257 nm. 
No caso da espectrofotometria no UV, as monografias
descritas em farmacopeias empregam um valor padrão de
A(1%, 1cm) para efeito de cálculo. A seguinte equação pode
ser usada:
A = A(1%, 1cm). b.c
A: absorbância da amostra 
A(1%,1cm): absorbância da solução a 1% (1g/100mL)= F. Bras.
b:caminho óptico
(geralmente 1 cm) 
c: concentração do analito na solução em g/100 mL. 
Doseamento cálculo 
Calcular a concentração (em % e em g/mL) de uma solução de
paracetamol sabendo que A (1%, 1cm) = 715 para leitura efetuada
no comprimento de onda de 257 nm e cuja absorbância da amostra
foi de 0,716.
A = A(1%, 1cm) xbxc 0,716 = 715x1xc
C = 0,0010 %0,0010 g ......... 100 mL
1,00 mg ......... 100 mL
1000 g ......... 100 mL 10,00 g ......... 1 mL
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Especificações Farmacopeicas do 
Paracetamol
Testes Especificações Resultados
Caracteres 
físicos: 
Pó cristalino, branco, inodoro, com leve sabor amargo.
Solubilidade Ligeiramente solúvel em água, solúvel em água fervente, facilmente solúvel em etanol, 
praticamente solúvel em clorofórmio e éter etílico. Solúvel em NaOH M. 
Faixa de fusão 168°C a 172°C
Identificação O espectro de absorção no infravermelho da amostra dessecada e dispersa em brometo 
de potássio, apresenta máximos de absorção nos mesmos comprimentos de onda do 
padrão.
pH 5,3 a 6,5 solução saturada
Água No máximo 0,5%
Resíduo por 
incineração
No máximo 0,1%
Cloreto No máximo 0,014% ou 140 ppm
Teor: No mínimo 98,0% e no máximo 101,0% de C8H9NO2, em relação à substância seca.
Exercícios
Responder as questões baseado em pesquisa a ser efetuada na F.
Bras. 6a ed.
1. Explicar como preparar 100 mL de uma solução 1:100 em HCl 0,1
M e metanol R, usada na identificação do paracetamol por
espectrofotometria no UV.
2. Explicar como preparar 100 mL de uma solução solução 1% (p/v)
de cloreto férrico SR usada na identificação do paracetamol por
reação química.
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Exercícios
3. Explicar o que é uma solução saturada, proposta no ensaio
de pH do paracetamol.
4. Explicar como deve ser preparada a solução de hidróxido
de sódio M usada no teste de solubilidade do paracetamol.
Incluir os cálculos.
Fim!!!
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