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Apendicite Aguda

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Clínica Cirúrgica I 
Apendicite Aguda 
❖ É a urgência abdominal cirúrgica 
mais comum na atualidade, sendo 
mais comum em homens durante a 
fase adulta jovem (devido 
hiperplasia de tecido linfoide) e 
fase adulta (obstrução da luz do 
apêndice por fecalito). 
❖ O apêndice é um órgão localizado 
no ceco com localização variável 
entre os pacientes e irrigado pela 
artéria apendicular. 
FISIOPATOLOGIA 
❖ A obstrução apendicular (por hiperplasia de tecido linfoide ou fecalito) leva ao 
aumento da pressão intraluminal e congestão venosa local (fase edematosa – grau I), 
evoluindo com isquemia do órgão por compressão arterial e consequente aumento 
da proliferação bacteriana e seu acúmulo no apêndice (fase fibrinosa – grau II). 
❖ Após isso, tem-se uma necrose da parede do apêndice (fase necrotizante – grau III) e, 
por fim, perfuração com conexão com o peritônio (fase supurativa – grau IV). 
QUADRO CLÍNICO 
❖ Caracterizado por uma dor abdominal difusa que evolui para o quadrante inferior 
direito (dor visceral que evolui com dor parietal → peritonite), náuseas, vômitos, febre, 
constipação (ou diarreia). 
Tríade Dielafoy: dor, náuseas, vômitos e febre. 
❖ Laboratorialmente, observa-se leucocitose com desvio à esquerda e eosinopenia, 
provas inflamatórias elevadas (PCR e VHS) e discreta leucocitúria. 
EXAME FÍSICO 
❖ Observa-se uma dor a palpação superficial na FID, dor a descompressão brusca de 
FID (sinal de Blumberg), dor na FID após compressão brusca em FIE (Sinal de Rovsing), 
dissociação da temperatura axilar e retal em mais de 1°C (sinal de Lenander), dor à 
extensão da coxa direita (Sinal do Psoas), dor a rotação interna da coxa (Sinal do 
Obturador), dor a punho-percussão calcânea (Sinal de Martorelli). 
DIAGNÓSTICO 
❖ Além do quadro clínico e exame físico, deve-se solicitar um exame de imagem para 
confirmação e análise da extensão da inflamação. Perante o RX de abdome, observa-
se fecálitos apendiculares, borramento do psoas e pneumoperitônio (se perfuração). 
Perante US de abdome, observa-se incompressibilidade do apêndice, dilatação 
apendicular, borramento da gordura apendicular e liquido periapendicular. A TC de 
abdome é indicada quando os achados do US forem duvidosos ou insuficientes (pois 
o US é examinador dependente). 
Escala Modificada de Alvarado 
Critério Pontuação 
Dor que migra para FID 1 
Anorexia 1 
Náuseas e vômitos 1 
Dor à palpação em FID 1 
Descompressão brusca dolorosa em FID 2 
Febre 1 
Leucocitose 2 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
✓ Jeca; 
✓ Colecistite aguda; 
✓ Úlcera péptica perfurada; 
✓ Diverticulite de Meckel; 
✓ ITU; 
✓ Gravidez ectópica. 
TRATAMENTO 
❖ Como o tratamento clínico é restrito em parâmetros de pesquisa, opta-se com o 
procedimento cirúrgico como padrão-ouro. 
❖ Opta-se pela apendicectomia convencional ou laparoscópica, com ATB profilático 
associado (ciprofloxacino + metronidazol; amicacina + metronidazol; ceftriaxona + 
metronidazol; ampicilina + metronidazol).

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