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Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará Agonistas (se ligam e estimulam os receptores) e antagonistas (apenas ocupam os receptores). Drogas adrenérgicas. AGONISTAS: 1) Adrenérgico diretos; se liga no receptor alfa ou beta, estimula esses receptores para que ocorram os efeitos. 2) Adrenérgicos indiretos; 3) Agonistas mistos (se ligam no receptor diretamente ou promovem alguma alteração que contribuem com o aumento do neurotransmissor). Ex: efedrina, dopamina. → INDIRETOS: a) atuam na biossíntese, estocagem, liberação e recaptação do neurotransmissor → ↑ NOR na fenda sináptica, estimulando receptor do tipo alfa/beta. Ex: cocaína: substância adrenérgica indireta, inibe recaptação de NOR, dopamina e serotonina e MAO. Aumenta quantidade de NOR na sinapse. Há uma hiper descarga adrenérgica. Anti-hipertensivo: clonidina, agonista de alfa-2 (inibe liberação de NOR). b) atuam no sistema enzimático responsável pela inativação natural do neurotransmissor. Alfa-2 auto receptor inibitório: se inibir alfa-2, ↑ NOR. Estimulantes diretos dos receptores: Adrenalina Noradrenalina Dopamina Dobutamina Isoproterenol Agonistas beta 2 Fenilefrina Nafazolina e derivados. Promotores da liberação de NOR: Anfetamina e derivados Efedrina e derivados. ✓ CATECOLAMINAS: → Adrenalina, Noradrenalina, Isoproterenol, Dopamina, Dobutamina (diretas – se ligam e estimulam diretamente o receptor, dopamina mista – se ligam e estimulam diretamente o receptor e inibe recaptação). Características: Drogas de uso parenteral, não são usadas via oral. Possuem rápido início de ação. Breve duração. Não ultrapassam a barreira hematoencefálica. Ocorrência quando há estímulo desses receptores: ▪Adrenalina, droga vaso ativa. Estimula alfa 1 e 2 e beta 1 e 2. (Preferencialmente respiratório) Trata asma, glaucoma de ângulo aberto, choque anafilático, anestésicos locais. Lidocaína + Adrenalina: adrenalina causa vasoconstrição para realizar anestesia local e o anestésico não ir para o meio sistêmico. Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará ▪Noradrenalina estimula alfa 1, alfa 2 e beta 1. Não estimula beta-2 (não é viável para respiratório) (Preferencialmente cardiovascular). ▪Isoproterenol estimula beta 1 e beta 2. Trata asma (broncodilatador), estimulante cardíaco. ✓ NÃO CATECOLAMINAS: Maior duração da ação, podem ser administradas via oral. ▪Fenilefrina, estimula receptor alfa 1. Uso terapêutico: descongestionante nasal, tratamento taquicardia supraventricular. ▪Metoxamina, estimula receptor alfa 1; uso: tratamento taquicardia supraventricular. (num primeiro momento acentua a taquicardia, mas por um mecanismo de feedback, há redução dos batimentos cardíacos). ▪Clonidina: estimula receptor alfa-2; tratamento de hipertensão. Uso limitado, pois atua no SNC, paciente fica sonolento, cansado, com moleza... utilizado em hospital para tratar picos de hipertensão pós cirúrgicos, por exemplo. ▪Terbutalina, Ritodrina, Albuterol: estimula beta 2, uso para tratamento de bronco espasmo, evitar parto prematuro (não é mais usado). Dependendo da dose empregada, essas substâncias também estimulam beta-1, localizado no coração e estimulando beta-1, causa palpitação. ▪Anfetamina: estimula receptores alfa, beta e SNC, uso terapêutico: estimulante do SNC, hiperatividade infantil. Ex: anfetamina p/ tratamento de TDAH: ritalina, conserta. Também utilizada em drogas anorexígenas. ▪Efedrina: estimula receptores alfa, beta e SNC: tratamento de asma, descongestionante nasal. Comumente usada como estimulante (para manter vigor no trabalho, por exemplo). Efedrina: agonista adrenérgico misto, estimula receptores noradrenérgicos e também contribui para liberação de NOR. →Aumento da liberação de NOR: Tiramina Alimentos ricos em tiramina não devem ser consumidos junto com inibidores da MAO (MAO degrada tiramina). Pacientes que usam medicamentos com inibidor da MAO não devem comer alimentos ricos em tiramina: alta liberação de NOR: crise hipertensiva. Diminuição da recaptação de NOR: →Drogas adrenérgicas de ação direta: ✓ Adrenalina Efeitos colaterais: taquicardia, tremor fino das mãos, palidez, hipertensão, hiperglicemia e ansiedade. ✓ Noradrenalina: Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará Efeitos colaterais: taquicardia, palidez, hipertensão, hiperglicemia e ansiedade. Não estimula B2. ↘ AGONISTAS BETA 1: ✓ Dobutamina: Uso: FC em pacientes com bradicardia, parada ou insuficiência cardíaca. Efeitos colaterais: [ ] → arritmias, fibrilação ↘ AGONISTAS BETA 2: ✓ Isoprenalina: Era usado para asma (não é mais). Efeitos colaterais: taquicardia, arritmias, tremor das mãos, queda da PA. ✓ Salbutamol e Terbutalina: Efeitos colaterais: taquicardia, tremor fino das mãos, diminuição da PA. Adrenérgicos diretos estimuladores seletivos dos receptores adrenérgicos beta-2: São substâncias que, partindo-se do isoproterenol, foram sintetizadas com ação específica nos receptores 2. As principais são: Metaproterenol (ALUPENTR), Terbutalina (BRYCANILR), Salbutamol (AEROLINR), Fenoterol (BEROTECR). Uso terapêutico: tratamento de broncoespasmoo; parto prematuro. ↘ AGONISTAS ALFA-1: ✓ Metoxamina e Fenilefrina: Efeitos colaterais: bradicardia reflexa, menos oxigenação da mucosa nasal (necrose tecidual e perda do olfato). ↘ AGONISTAS ALFA-2: Clonidina e Guanabenzo (Guanabenzo não é mais usado) Uso: hipertensão. Efeitos colaterais: sedação, secura na boca, hipotensão ortostática. Drogas adrenérgicas de ação indireta: Inibidores da MAO, inibidores de recaptação da NOR: deixa NOR livre na fenda. Efeitos colaterais: hipertensão, taquicardia, arritmias. →DROGAS ADRENÉRGICAS DE AÇÃO MISTA: ✓ Dopamina: Uso para choque hipovolêmico e séptico (vantagem: estímulo de D1, localizado no rim, induz a vasodilatação importante no glomérulo). Efeitos colaterais: taquicardia, palidez, hipertensão, arritmias. Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará Mista: participa na formação de NOR, estimula D1, D2, alfa e beta. Não atravessa BHE. ✓ Efedrina: Uso para descongestionante nasal e asma. Efeitos colaterais: taquicardia, palidez, hipertensão, insônia. Estimula alfa e beta; não participa na formação de NOR como a dopamina, mas estimula a liberação da NOR. →ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS: Antagonistas dos receptores ALFA e BETA. Principais: alfa-1 e beta-1; mas também há substâncias que podem ser antagonistas de alfa-2 e beta-2. Ex: propranolol: antagonista não seletivo: beta-1 e beta-2. ALFA-1 Controle autonômico e hormonal da função cardiovascular: A regulação da PA média depende do CENTRO VASOMOTOR do SNC, que é ativado das custas dos barorreceptores. Nesse modelo de compensação, tem a presença do centro vasomotor que é dependente dos barorreceptores, mas também a presença maciça do SRAA. SNA parassimpático e simpático: parassimpático diminui a frequência e simpático estimula; ainda assim o parassimpático não “apita”, por isso que a linha de ação das drogas para parte cardiovascular tem a linha de ação sobre a parte simpática ou sobre o SRAA, ou sobre os vasos diretamente, ou SNC. ALFA E BETA BLOQUEADORES: ✓ ALFA 1 BLOQUEADORES: Uso de antagonistas para alfa-1 não são muito empregados mais. Utiliza para hiperplasia prostática benigna, funciona muito bem pois são seletivas para bloquear alfa-1 na próstata (que causa hiperplasia da próstata). Tansulozina Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará (secotex): tratamento para HPB. Antagonistas alfa-1. →BETA BLOQUEADORES: B1 bloqueado:diminui frequência cardíaca. Cardioseletividade: seletivo para receptores BETA-1. Não implicam em broncoespasmo, as não seletivas podem implicar (no pulmão tem muito beta-2, estimulando. Reações adversas: bradicardia, broncoconstrição, depressão, alucinações. Suspensão brusca aumenta a sensibilidade de receptores beta (fica mais sensível a noradrenalina endógena), levando a taquicardia, ansiedade, hipertensão e infarto. Propanolol pode ser efetivo para cefaleia: BETA 2 está em vasomuscular, esse receptor no vasomuscular quando estimulado induz a vasodilatação, pensando no vaso cerebral dilatado, da dor de cabeça, o propranolol impede dilatação dos vasos cerebrais. Abaixa pouco a pressão, pois os beta- bloqueadores afetam pouco o perfil pressórico. São bons moduladores de frequência cardíaca. Essa tabela mostra potência de alguns Beta- bloqueadores e seletividade para B1. Usos de betabloqueadores: Hipertenso – menor resposta em idosos e crianças, afro-americanos e tabagistas. Arritmias, feocromocitoma (patologia renal em que o paciente produz muito NOR), evitar taquicardia reflexa no uso de vasodilatadores. Farmacodinâmica: Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará Toxicidade e contra indicações: Pacientes asmáticos e com IC (FC pode diminuir). Pacientes diabéticos insulino-dependentes. Taxa glicêmica cai muito, pois bloqueia B2. Toxicidade / Interações com beta-bloqueadores: AINES: diminuem o efeito do anti-hipertensivo pois diminuem a síntese prostalglandinas no rim. Aumento de triglicerídios, pois bloqueia beta3. Hipertensão de rebote. Farmacoterapia I Pamela Barbieri – T23 – FMBM Professor Wilson Malfará
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