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giberellinas

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Unid. – FITOHORMÔNIOS
Giberelinas
1 –Quantas giberelinas são conhecidas atualmente e quais são ativas nas plantas?
Atualmente, cerca de 125 á 136 giberelinas são conhecidas, as quais têm estrutura baseada no esqueleto ent-giberelano. As principais GA ativas: (GA1-mais ativa, GA3, GA4 (mais ativo nas Cucurbitáceas), GA7, GA9, GA19, GA20). Existem GAs formadas por 19 e 20C (GA de 19C mais ativa que a GA de 20C). 
2 – Quais as regiões de síntese de giberelinas nas plantas? E como se dá sua conjugação?
As giberelinas são sintetizadas nos tecidos apicais: Ápice do caule (gemas), folhas jovens, entrenós ativos, Embriões e grãos de pólen além de sementes e frutos em desenvolvimento. 
A conjugação: pode ocorrer pela ligação da glicose com o GA (inativação temporária) 
pode ocorrer a desconjugação da glicose com GA. Uma das principais formas de conjugação, principalmente em sementes, são as giberelinas glicosiladas, formadas por ligação covalente entre giberelina e um monossacarídio. O principal açúcar é a glicose, que se liga à giberelina por meio do grupo carboxila, formando giberelina glicosilada, ou via grupo hidroxila, formando giberelina glicosil éster. Quando as giberelinas são exogenamente aplicadas às plantas, uma parte delas se toma glicosilada, o que pode representar outra forma de inativação. Por outro lado, em alguns casos, quando glicosídios são aplicados, são detectadas giberelinas livres. Assim, os glicosídios podem também ser uma forma de armazenamento de giberelinas.
3 – O que são substâncias retardantes de crescimento? 
Conhecidos como retardantes do crescimento, eles têm sidoutilizados na agricultura, bem como no melhoramento genético,podendo ser utilizados na redução do acamamento de plantas(CCC, em trigo), no crescimento de árvores (paclobutrazol, emgirassol), na tolerância a estresses ambientais (AMO-1618, emrepolho, proteger de geada) e na indução do florescimento(paclobutrazol, em manga).
4 – Qual o efeito das giberelinas nos seguintes processos:
Determinação do sexo
Induz a masculinidade em flores dióicas (expressão sexual). Pode causar partenocárpicos (sem sementes) no desenvolvimento do fruto.
Crescimento do caule e de raízes
A ação das giberelinas é sobre o caule, promovendo o seu alongamento. Estimular o alongamento do caule, estimulando a divisão celular a aplicação de GA na parteaérea promoveu tanto o alongamento da parte aérea quanto daraiz
Germinação de sementes 
A germinação ocorre devido o balanço hormonal entre a concentração de hormônios promotores da germinação (giberelina e Citocinina) e a concentração de hormônios inibidores da germinação ( ABA e compostos fenólicos).
Quebras de sementes em algumas plantas que necessitam de estratificação ou luz para induzir a germinação.
A germinação de sementes pode exigir giberelinas para umadas possíveis etapas:•Para a quebra de dormência de sementes que requerem luz ou friopara a indução da germinação;•Para o enfraquecimento da camada do endosperma que envolve oembrião e restringe o seu crescimento;•Para a produção de enzimas hidrolíticas(como amilases e proteasesem cereais);•Para a mobilização de reservas energéticas do endosperma;•Para a ativação do crescimento vegetativo do embrião.
Transição entre as fases juvenil e adulta
Muitas plantas lenhosas perenes não florescem ou nãoproduzem cones até atingirem certo estágio de maturidade;até esseestágio, elas são ditas juvenis.As GAs aplicadas podem regular a mudança de fases, embora aaceleração ou o retardo da transição da fase juvenil para a adulta queo hormônio provoca dependa da espécie.Em muitas coníferas, a fase juvenil,com até 20 anos deduração,pode ser encurtada pelo tratamento com GA3ou umamistura de GA4e GA7,e plantas muito mais jovens podem serinduzidas a entrar precocemente na fase reprodutiva,de produção decones
Frutificação e germinação
O uso das giberelinas induz o processo de floração e conseqüentemente a formação de frutos.Estimula a produção da enzima (alfa-amilase) na germinação de grãos de cereais para a mobilização de reservas de sementes
As aplicações de GAs podem causar o estabelecimento do fruto(o início do crescimento do fruto após a polinização)e o crescimentode alguns frutos (pera e maçã).O estabelecimento de frutos induzido por GA pode ocorrer emausência de polinização, resultando em fruto partenocárpico(frutosem semente).
Produz frutos maiores e promove o crescimento do pedicelo e, por consequência, reduz a infecção fúngica
5 – Qual a diferença entre o crescimento induzido por auxinas e por giberelinas?
De modo semelhante às auxinas, as GAs parecem favorecer o alongamento celular alterando as propriedades da parede celular. Porém, diferente das auxinas, nenhuma acidificação do apoplasto tem sido estimulada por ação das GAs, indicando que o mecanismo de crescimento induzido pelas GAs é diferente do crescimento ácido induzido pelas auxinas. 
Vale salientar que o crescimento induz ido pelas auxinas não está associado ao aumento na atividade da XET. Isto indica que o efeito parece ser específico para giberelinas. 
6 – Exemplifique as aplicações comerciais das giberelinas.
o ácido giberélico (AG3) é, sem dúvida, a que tem maior utilização em fruticultura. O AG3 pode ser aplicado a 60mg L-1 na pré-colheita, em citros, para manter a coloração verde da casca das frutas. Em viticultura, o AG3 é empregado para melhorar a percentagem de germinação de sementes, em concentrações que variam de 10 a 8.000mg L-1, de pendendo do uso ou não da estratificação pelo uso do frio; para melhorar a brotação de gemas, em concentrações de 100 a 300mg L-1; para a descompactação do cacho, nas concentrações de 2,5 a 10mg L-1 em pré-florescimento ou florescimento; para indução de bagas sem sementes, por imersão dos cachos nas concentrações de até 200mg L-1, no início da frutificação; aumento das dimensões das bagas. Em bananas e caquis, a aplicação de 100mg L-1 na fruta, provoca o atraso na maturação.
PRODUÇÃO DE FRUTOSUVA – Aumentar o comprimento da haste do cacho;MAÇA – Provocar o alongamento do fruto, melhorando sua forma;CITRUS – Provocar o retardamento da senescência.PRODUÇÃO DE CERVEJA E UÍSQUEDurante a produção do malte, a partir de sementes de cevada,giberelinas são usadas para acelerar a degradação do amido.AUMENTAR A PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCARGiberelinas aumentam o tamanho dos entrenós, em consequênciaocorre aumento na produção de sacarose.Alguns resultados mostramque aplicação de GA induz um aumento de 20 ton/hectare na produçãobruta de colmo e de 2 ton/hectare na produção de açúcar
1) Cite as principais citocininas endóge nas e sinté ticas. O nde as citocininas 
são e ncontradas e qual os principais locais de sínte se ? 
As c itoc ininas endógenas s ão derivadas da ade nina ( an el am inopuri na). As princ ipais 
c itoc ininas endógenas s ão a z eatina, dihidroz eatina, isopentil – adenin a, isopentinil – 
adenos ina. 
As c itoc inínas s intétic as s ão as CK púric as – com anel am inopurina (s em elhante a C K 
endógenas ) e as CK não púr ic as – s em anel aminopurina (es trutura diferente de CK 
endógenas ) . 
As CK’s loc alizam -s e no tec ido em c res cim ento, nas folhas e s em entes jovens , ápic e 
radic ial (m aior quantid ade) e no endos perma do c oc o. 
A s íntes e de c itocininas oc orre principalm ente n o ápice rad icial , nas s em entes e no 
prec urs or is opentinil-PP (origem via ác ido m evalônic o ou via m etileri trol-P). 
c ontrole das c itocininas . O tratam ento de folhas isoladas de muitas es péc ies c om 
c itoc ininas retarda o process o de s enesc ência. Es te efeito pode s er m arcante, 
partic ularmente quando a c itoc inina é a plicada d iretamente s obre a pla nta in tacta . O s 
efeitos podem tam bém s er loc aliz ados dentro de um a m esm a folha, s e a aplic aç ão for 
feita de form a loc aliz ada (ap lic ando-s e c itoc inina apenas em uma das m etades da 
folha, observa-se o retardam ento da s enes c ênc ia s om ente na região tratada). Em bora 
evidênc ias s ugiram que folhas jovens podem produz ir c itocininas , as folhasm aduras 
não pod em . As folh as m aduras dependem da c itocinina provenient e das ra íz es , via 
xilem a. A produção de c itocininas nas raíz es e o s eu transporte para a parte aérea 
podem s er influenc iados por fatores am bienta is e pe lo própr io estádio de 
desenvolvimento da p lanta. Por exem plo, es tres s es hídricos e s alinos afetam a 
produção de c itoc ininas nas raíz es e ac eleram a s enesc ência de folhas . 
6) Porque as citocininas são promotore s indire tos d a fotossínte se ? 
Explique . 
As CK não alteram o process o fotos sintético nem interferem nele diret am ente, porém 
outras aç ões fisiológic as atuam c omo promotores indiretos da atividade fotos s intética 
da planta. Um a des tas aç ões é quando este horm ônio promove o alongam ento c elular 
de tecidos fotoss intétic os , c om o as folhas, prom ovendo o lim bo foliar e c ons equente 
aumento na taxa fot oss intétic a. As CK também atuam c om o fator de diferenc iaç ão do 
c loroplas to, um a vez que atua na s íntese de c lorofi la. Em c onjunto c om a GA, as CK 
retardam a s enesc ênc ia dos tec idos fotoss intéticos ass im c om o inibem a degradaç ão 
da c lorofila. Ai nda, as CK interferem na síntese de proteínas para enz im a Rubisco e o 
c om plexo de antenas PSI e PSII, aum entando a c aptaç ão e c oncentraç ão da ene rgia 
lum inosa, para um a m aior taxa fotos s intética.

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