Buscar

CADERNO DE PRATICA SIMULADA III PENAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 1 
 
Data: 27.07.17 Aula 1 
Tema: Apresentação e Procuração 
Base legal: art. 44 do CPP 
 
PROCURAÇÃO AD JUDITIA 
 
Obs. 
 Art. 44 do CPP – Falta de Atendimento 
 Empresa no polo passivo – só nos casos do art. 173, §5º da CF/88 (crimes contra a ordem 
econômica, financeira e economia popular) e crimes ambientais – lei 9.605/98. 
 
 
 
 
 
 Estrutura das peças (requisitos) 
 Endereçamento 
 Qualificação 
 Artigo que fundamenta a peça 
 Preliminar 
 Fatos 
 Direito 
 Pedido 
 Provas 
 
 Exemplos de peças 
Cível – petição inicial 
Criminal 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só 
será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei. 
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade 
desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e 
financeira e contra a economia popular. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 2 
 
1 – denúncia – Ministério Público 
2 – queixa-crime – vítima/advogado 
Obs. A falta de menção do fato criminoso no documento procuratório poderá causar a 
decadência (art. 44 do CPP) 
 
 
 
 
 
PROCURAÇÃO 
Outorgante: Cliente. 
Outorgado: Advogado. 
 
Poderes 
FULANO DE TAL, nacionalidade, profissão, estado civil, portador da cédula de identidade nº 
____, inscrito no CPF nº ____, residente e domiciliado na Rua, nº, Bairro, Cidade, Estado, 
CEP; nomeia e constitui como seu procurador o advogado ___, inscrito na Ordem dos 
Advogados do Brasil, com nº ____, com escritório funcional na Rua, nº, Bairro, Cidade, 
Estado, CEP, onde receberá as citações ou intimações, coforme artigo 44 do Código de 
Processo Penal Brasileiro, poderes especiais para ingressar em juízo queixa-crime em face de 
SICRANO DE TAL, porque a menos de seis meses, precisamente no dia ____, por volta das 
____horas, na rua ____, na presença de terceiros, dirigiu-se a pessoa do outorgante com 
palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-o de merda, seu bosta, viadinho, entre 
outros impropérios. Tendo assim praticado o criem de injuria previsto no artigo 140 do 
Código Penal Brasileiro. 
 
Local/ Data 
____________________________________________ 
Assinatura do Cliente 
Decreto-lei nº 3.689/41 – Código de Processo Penal 
 Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato 
o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências que 
devem ser previamente requeridas no juízo criminal. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 3 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
Data: 03.08.17 Aula 2 
 
Aula 2: Queixa-Crime 
Base legal: artigos 30 e 41 do CPP / artigo 100, §2º do CP. 
Querelante: Pedro. 
Querelado: helena. 
Prazo da ação: 06 meses (19/04/2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTRO JUIZ DE DIREITO DO ____ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 
DA COMARCA DE NITERÓI 
 
 
 
Inquérito Policial nº ______ 
 
 
 
Decreto-lei nº 3.689/41 – Código de Processo Penal 
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. 
 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação 
do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das 
testemunhas.] 
 
Decreto-Lei nº 2.848/40 – Código Penal 
Ação pública e de iniciativa privada 
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. 
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para 
representá-lo. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art100
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 4 
 
PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, portador da cédula de identidade nº 
____, inscrito no CPF nº ____, residente e domiciliado na ____, CEP ____, email ____, vem 
através de seu advogado, com instrumento procuratório, em anexo, em face e HELENA, 
nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade nº ____, inscrita no 
CPF nº ____, residente e domiciliada na ____, CEP ___, email ____, propor 
 
QUEIXA-CRIME 
 
Com fulcro nos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal Brasileiro / art. 100, § 2º do 
Código Penal, pelos fatos a seguir expostos. 
 
I – Dos Fatos 
No dia 19/04/2016, um sábado, por ocasião do aniversário do querelante, este 
resolveu, em seu perfil na rede social, postar um convite alusivo ao seu aniversário, 
convidando seus amigos e parentes, para o evento a realizar-se em uma famosa churrascaria 
na cidade de Niterói. 
Ao vir a postagem, a ex-namorada e sua vizinha ora querelada resolveu postar no 
perfil do querelante palavras ofensivas ao aludido querelante, como por exemplo, idiota, 
bêbado, porco, irresponsável etc. 
O querelante ao visualiza a postagem da querelada ficou extremamente 
envergonhado, especialmente porque ao seu lado estava os seus amigos Marcos, Miguel e 
Manoel. 
Entristecido, pois todos pois todos podiam visualizar a postagem, decidiu o 
querelante por suspender o evento na churrascaria. 
 
II – Do Direito 
1) Injúria – art. 140, do CP. 
2) Difamação – art. 159, do CP. 
3) Concurso de crimes – art. 70, do CP. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 5 
 
4) Art. 141, III, do CP. 
Meritíssimo Doutor Juiz, é de clareza salientar que os fatos narrados enquadram-se 
como uma luva nos crimes de injúria, quando querelada escreve no perfil do querelante 
palavras ofensivas à sua honra. 
Comete, ainda, crime de difamação, quando escreve palavras ofensivas à sua honra 
que todos passam a ter conhecimento, deixando o querelante envergonhado diante de seus 
amigos, denegrindo assim, a sua imagem, quando o chama de bêbado entre outros 
impropérios. 
Ademais, tendo em vista o cometimento de dois crimes com uma só ação, a 
querelada está em curso no concurso de crimes na forma do artigo 70 do CP. 
Deveras ressaltar que a forma ou o modo em que a querelada encontrou para 
denegrir a imagem e injúria do querelante, propagou de forma imensurável, pois 
covardemente para proferir os impropérios, merecendo assim o aumento de pena. 
 
III - Pedido 
Ante o exposto requer: 
1) Citação da querelada; 
2) Procedência do pedido conforme artigos 139, 140, na forma do artigo 70, todos do 
CP, e mais a aplicação do artigo 141, III do CP; 
3) Fixação de indenização, conforme artigo 387, IV, do CPPB; 
4) Condenação nas custas processuais;5) Admissibilidade das provas, especial documental e testemunhal. 
 
Nos termos em que 
Aguarda deferimento 
Niterói, 19 de Outubro de 2016. 
 
______________________________________ 
Assinatura do Advogado 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 6 
 
Rol de Testemunhas 
1) Marcos; 
2) Manoel; 
3) Miguel. 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
Data: 10.08.17 Aula 3 
Tema: Resposta Preliminar obrigatória. 
Base legal: art. 396-A do CPPB. 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE XXXX 
 
 
Processo nº __________________ 
 
 
 
MATEUS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº 
____, inscrito no CPF nº ____, residente e domiciliado na ____, cep ____, email ____, nos 
Decreto-lei nº 3.689/41 – Código de Processo Penal 
Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer 
documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua 
intimação, quando necessário. 
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código. 
 § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará 
defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 7 
 
autos do processo em epígrafe, que lhe move a PROMOTORIA DE JUSTIÇA, vem, por seu 
advogado, com instrumento procuratório, em anexo, com escritório funcional na ____, 
apresentar 
 
RESPOSTA PRELIMINAR OBRIGATÓRIA 
 
com fulcro no artigo 396-A do Código de Processo Penal Brasileiro, pelos fatos a seguir 
expostos: 
 
I. Preliminar 
Douto Julgador, analisando a peça vestibular apresentada pelo promotor de justiça e 
analisando as suas provas, verifica-se claramente a falta de autorização para o Ministério 
Público deflagrar tal ação. 
Analisando a inteligência do artigo 225 do CP, verifica-se que para distribuir a ação penal 
com base no crime de estupro é necessário que a vítima ou seu representante legal 
represente contra o acusado, o que não ocorreu. 
Assim, o Ministério Público é parte ilegítima no presente processo, devendo a presente 
ação ser julgada improcedente, pois a mesma é nula conforme artigo 564, II do CPPB. 
 
II. Dos Fatos 
No mês de Agosto de 2010, não precisar a data, alega o Ministério Público que o 
acusado se dirigiu a casa da vítima para assistir o jogo de futebol. Que diante disto 
constrangeu a vítima a manter com ele relação sexual. Que a vítima é deficiente mental e 
que por esse motivo não poderia dar seu consentimento válido. 
Assim, estar o agente em curso nas penas do artigo 217-A, § 1º, e, artigo 234-A, III do 
CP. 
 
III. Do Direito 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 8 
 
Meritíssimo Doutor Juiz, analisando o presente processo verifica-se claramente que o 
acusado não tinha o menor conhecimento acerca da debilidade mental da vítima; tanto é 
verdade que o namoro do casal fora permitido pelas famílias. 
Ademais, muito embora o Ministério Público, tenha-se avocado desta competência 
para distribuir a ação, quaisquer dos familiares da vítima não vieram a processo representar 
em face do acusado. 
Assim, não há que se falar em debilidade mental, sendo a vítima capaz de consentir o 
ato sexual. 
 
IV. Dos Pedidos 
Ante o exposto requer: 
1) O acolhimento da preliminar com base no artigo 564, III do CPPB – ilegitimidade de 
partes; 
2) A rejeição da denúncia com base no artigo 395, II do CPPB; 
3) A extinção do feito com base no artigo 397, III do CPPB, pois o fato narrado não é crime; 
4) Provas: 
4.1) requer exame pericial a fim de se verificar a higidez mental da vítima; 
4.2) oitiva de testemunhas. 
 
Nestes termos em que 
Aguarda deferimento 
 
28 de Novembro de 2016. 
 
______________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
Rol de testemunhas 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 9 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
Data: 17.08.17 Aula 4 e 5 
Tema: Alegações Finais por Memoriais. 
Base legal: art. 403, § 3º do CPPB. 
 
 
 
 
 
Observações: 
Procedimento comum. 
Ordinário: art. 394 ao art. 405 – oitiva de testemunhas. 
Sumário: Crimes cuja pena é igual ou inferior a 4 anos. 
Sumaríssimo: Lei 9.099/65 – JECRIM – arts. 77, 76, 78, 66, 69, 72, 74, 75, 80, 81, 82. 
 
Após o encerramento da instrução criminal. 
Prazo: 5 dias. 
 
Pedido: 
Absolvição sumária – art. 386, III do CPPB. 
Nulidades. 
Desqualificação. 
Argumentos que beneficie o réu. 
 
Obs. Se o juiz não cumprir o art. 400, há preliminar. 
Exceção: Art. 222 do art. 400 do CPPB. 
Decreto-lei nº 3.689/41 – Código de Processo Penal 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 
(vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a 
seguir, sentença. 
§ 3
o
 O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 
(cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a 
sentença. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 10 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE CURITIBA – ESTADO DO PARANÁ. 
 
 
 
 
Processo nº _____________ 
 
 
 
 
JORGE, já qualificado nos autos do processo em epigrafe, que lhe move a 
PROMOTORIA DE JUSTIÇA, vem por seu advogado, com instrumento procuratório em anexo, 
com escritório profissional na ___, apresentar: 
 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
Com fulcro no art. 403, § 3º do Código de Processo Penal Brasileiro, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos. 
 
I. Dos Fatos 
Compulsando os autos do presente processo verifica-se que Jorge foi denunciado 
pelo Parquet por infringir as regras do artigo 217-A, duas vezes, na forma do artigo 69, 
ambos do Código Penal Brasileiro; requer ainda a Acusação a condenação do denunciado na 
agravante e por fim que lhe seja aplicado o regime fechado com base na hediondez. 
Após apresentada a resposta preliminar obrigatória o Douto Magistrado designou a 
audiência de instrução e julgamento, cumprida fielmente conforme os ditames legais. 
Encerrado a instrução determinou o juízo a apresentação de alegações finais por 
memoriais. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 11 
 
II. Do Direito 
No que tange a alegação do agente ter cometido dois crimes de estupro de 
vulnerável não retrata a realizada, eis que, o momento fático da relação sexual foium só, 
servindo o sexo oral como uma preliminar. 
Assim, não há que se falar em dois crimes de estupro. 
Nesse sentido não há que se falar em concurso material. 
Analisando a inteligência do artigo 217-A do Código Penal podemos observar que 
com a nova redação do crime de estupro de vulnerável há necessidade de observar 
objetivamente a intenção do agente. 
No caso em tela o estupro não se presume e o agente ao ver a suposta vítima 
idealizou uma mulher, não uma menor, conforme provas testemunhas acostadas aos autos. 
Diante dos fatos, como a relação sexual fora realizada voluntariamente pelas partes, 
sem violência física ou moral e entendido o acusado não ser a vítima uma menor, não há que 
se falar em crime, sendo o fato atípico. 
Entendendo pela atipicidade da conduta deve ser afastada a possibilidade do 
cumprimento de pena em regime fechado, como dispõe a legislação mais severa sobre 
crimes de grande repulsa social. 
Por fim, diante das provas de que o agente não estava embriagado deve ser afastado 
o artigo 61, III, “l” do Código Penal Brasileiro. 
 
III. Dos Pedidos 
Ante o exposto requer: 
1) A absolvição sumaria do acusado com base no artigo 386, III do CPPB. 
2) Subsidiariamente: 
2.1. Afastada a agravante por embriaguez preordenada. 
2.2. Afastamento do concurso material. 
2.3. Afastamento da hediondez. 
2.4. Que seja aplicada a atenuante da menoridade. 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 12 
 
Nestes termos em que 
Aguarda deferimento 
 
Curitiba, 29 d Abril de 2016. 
 
________________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
Data: 24.08.17 Aula 6 e 7 
Tema: liberdade Provisória (Art. 5º, LXVI, CF/88) 
Relaxamento de Prisão (Art. 5º, LXV, CF/88) 
 
Relaxamento de prisão: Quando há ilegalidade material ou formal – relaxamento de prisão 
(Ex.: policiais chegam ao local porque tomou conhecimento de que uma caneta fora furtada 
na sala dos professores. O professor está dando aula e uma caneta parecida está com 
professor. O professor é preso em flagrante porque está com elementos de um crime, uma 
caneta que fora furtada na sala dos professores. Essa prisão não é legal, porque em tese o 
crime seria de furto, mas o professor pegou a caneta com autorização da direção da 
universidade para fazer uso na sua atividade docente. Nesse sentido a prisão é ilegal). 
 
Liberdade provisória: Quando a prisão é legal e depois se tornou ilegal ou perdeu os seus 
efeitos – Liberdade provisória – (EX.: O professor pegou a caneta que não era para ser pega, 
os policiais chegam ao local e encontram a caneta com o professor, o qual fora preso. Após a 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 13 
 
prisão avaliaram a fixa criminal e as circunstancia e chegaram ao seguinte: é trabalhador, é 
primário, bons antecedentes, o crime não foi com violência; não há necessidade de mante-lo 
preso). 
Há ausência dos requisitos da prisão preventiva. 
Prisão: só condenatória com trânsito em julgado. 
 
Exceção: 
Prisão em Flagrante – art. 302, CPP. 
Prisão Temporária – art. 1º, Lei 7.960/89 
Prisão Preventiva: art. 311 e art. 312, ambos do CPP. 
 
Obs. Relaxamento de Prisão, Liberdade Provisória, Habeas Corpus, Denúncia e Queixa-Crime 
não têm preliminares porque não está se discutindo mérito processual, mas uma questão 
em especial. 
Resposta Preliminar Obrigatória e Alegações Finais têm preliminares. 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 4ª VARA CRIMINAL DA CORMARCA DA 
CAPITAL. 
 
 
 
 
Processo nº _______________ 
 
 
 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 14 
 
ALBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade 
nº ___, inscrito no CPF nº ___, residente e domiciliado na _______, cep: ____, email: ____, 
vem, por seu advogado, com instrumento procuratório em anexo, com endereço profissional 
na ___, cep: ___, email: ___, requerer a concessão de 
 
LIBERDADE PROVISÓRIA 
 
Com fulcro no art. 5º, LSVI, CF/88, bem como no art. 310, III, e, art. 322< paragrafo único, 
ambos do CPP, pelos fatos a seguir exposto: 
 
I – Dos Fatos 
O requerente foi preso em flagrante delito pela prática do crime de furto qualificado, 
art. 155, §4º, IV, CP, encontrando-se nesse momento recolhido ao 4º Distrito Policial da 
Capital. 
A autoridade policial que presidiu o auto de prisão em flagrante não arbitrou fiança, 
determinando o recolhimento dos acusados ao cárcere. 
O Douto Juiz, que recebeu o auto de prisão em flagrante, manteve a decisão de 
encarceramento. 
 
II- Do Direito 
O requerente faz jus ao beneficio da fiança arbitrada, pois não se contra nas 
situações dos artigos 323 e 324 do CPP, que excluem a possibilidade da concessão da fiança. 
Por este motivo, é requerida a liberdade provisória do agente. 
Cabe ressaltar que o agente está sendo acusado de cometer o crime do art. 155, §4º, 
IV, CP, cuja pena mínima é de 02 (dois) anos e a pena máxima é de 08 (oito) anos, o que não 
poderia se arbitrada pelo Doutor Delegado. 
Porém, o Doutor Juiz que recebeu o auto de prisão em flagrante com fundamento no 
artigo 322 paragrafo único do CPP, deveria ter arbitrado a fiança, pois não lhe é vedado. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 15 
 
Ademais, não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, razão pela qual a 
concessão de liberdade provisória é medida que se faz imperiosa. 
 
III – Dos Pedidos 
Ante o exposto, requer: 
1) A concessão da liberdade provisória, com arbitramento de fiança e; 
2) Expedição do competente alvará de soltura. 
 
Nestes termos em que 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
_______________________________ 
Assinatura do Advogado. 
 
 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
Data: 31.08.17 Aula 8 e 9 
Tema: Habeas Corpus Liberatório 
Habeas Corpus Preventivo 
Base legal: Art. 5º, LXVIII, CF/88 / Art. 647 e seguintes do CPP. 
 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 16 
 
Habeas Corpus: É o remédio constitucional que tem a finalidade de evitar (preventivo) ou 
fazer cessar (liberatório) a violência ou coação à liberdade de locomoção. 
 
Natureza Jurídica: É uma ação constitucional de caráter penal e de procedimento especial. 
 
Sem custas. 
 
Personagens: 
1. Impetrante: É aquele que requer ou impetra a ordem. 
2. Paciente: É o individuo que sofre a coação, ameaça ou a violência. 
3. Coator: É quem pratica ou ordena a prática do ato coativo. 
4. Detentor: É quem matem o paciente sobre o seu poder ou aprisiona. 
 
Obs. No Habeas Corpus Preventivo deve-se pedir o Salvo Conduto para o cliente não ser 
preso por não responder as perguntas dos parlamentares, porque ele fez um acordo com o 
Ministério Público de delação premiada. 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROProcesso nº ______________ 
 
 
 
ADVOGADO, inscrito na OAB nº _____, com escritório funcional na ___, cep: ___, 
email: ___, em favor de MICHAEL DA SILVA, nacionalidade, estado civil (existência de união 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 17 
 
estável), profissão, portador da carteira de identidade nº ___, inscrito no CPF nº ___, 
residente e domiciliado na ___, cep: ___, email: ___, vem, respeitosamente, perante uma 
das câmaras deste Egrégio Tribunal, com fundamento no art. 5º, LXVIII, CF/88, para impetrar 
ordem de 
 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO LIMINAR 
 
Contra ordem de segregação do Douto Magistrado da 22ª Vara Criminal da Capital, pelos 
fatos a seguir exposto: 
 
I – Do Pedido de Liminar 
O constrangimento ilegal, no presente caso, é de meridiana clareza. O pacientes está 
preso por ter sido, em tese, flagrado em sua casa possuindo três armas calibre 38, com 
numeração raspada. Em outro armário fora encontrado 50 munições, além de 0,9 
decigramas de cocaína. 
A prisão em flagrante, ora questionada não observou a necessidade da presença do 
periculum libertates, pelo que afronta o Princípio de Inocência. 
Observa-se que o Julgador Singular manteve a prisão do paciente fundamentando 
APENAS que o crime é grave. Porém, sem uma fundamentação especifica de periculosidade. 
Neste sentido, é que merece o sucesso a presente ação. 
 
II – Dos Fatos 
O paciente encontra-se preso desde o dia ____, tendo como fundamento uma notícia 
crime realizada pela sua ex-esposa. 
Nesse sentido, policiais dirigiram à sua residência e lá com a indicação da sua ex-
esposa lograram êxito em encontrar no armário 3 armas calibre 38 com a numeração 
raspada. Em outro armário encontraram 50 munições e por fim 0,9 decigramas de cocaína. 
Por esses motivos o agente está incurso no art. 16, paragrafo único, inciso IV da lei de 
porte de armas e art. 28 da lei de drogas. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 18 
 
Apresentado o pedido de liberdade provisória, decidiu o magistrado por manter a 
prisão argumentando que o crime era grave. 
Face a ausência de fundamentação, pois o Julgador resumiu-se apenas e de forma 
geral dizer que o crime é grave. 
Assim, a defesa apresenta o presente pedido, com fito de reformar a decisão a quo. 
 
III – Do Direito 
Compulsando os autos, do presente processo, verifica-se a ausência dos pressupostos 
do art. 231 do CPP. 
Observa-se, ainda, que a prisão foi decretada no auto de prisão em flagrante o qual 
não tinha provas suficientes para sustentar a presente prisão. 
Nesse sentido a falta de pressuposto torna a prisão ilegal merecedora do Presente 
Remédio Jurídica. 
 
IV – do Pedido 
Ante o exposto, requer: 
1) O acolhimento do pedido liminar, e no mérito que seja concedido a ordem de habeas 
corpus e que seja expedido o competente alvará de soltura, como medida da mais 
exata justiça. 
 
Nestes termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
______________________________ 
Assinatura do Impetrante 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 19 
 
Data: 14.09.17 Aula 10 e 11 
Tema: Recurso em Sentido Estrito – R.E.S.E. (Art. 581, CPP) 
Apelação – (Art. 593, CPP) 
 
Obs. 
R.E.S.E – Art. 581, CPP. Cabe para qualquer decisão. 
Prazo: Art. 586, CPP. 5 dias. 
Peça de Interposição. 
Cabe Juízo de Retratação. 
 
Apelação – Art. 593, CPP. 
Prazo: Art. 593, CPP (parte final). 5 dias. 
Peça de Interposição. 
Não cabe juízo de retratação. 
Tem caratê residual. 
 
RESE + Apelação – dois momentos de ciência da sentença: 
1º publicação – advogado. 
2º intimação pessoal para ciência da sentença – cliente/acusado. 
 
Obs. O prazo se inicia, em regra, com a intimação. 
 
Peça de interposição – direcionada ao juízo que proferiu a sentença. 
Razoes de recurso – ao tribunal. 
 
RESE e Agravo em Execução, na prática são as mesmas peças. 
RESE – direcionado ao Tribunal de Justiça, por casa da sentença. 
Agravo em Execução – ao Tribunal de Justiça, da decisão do juízo da execução penal. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 20 
 
Princípio da Fungibilidade – aceita na peça. 
 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
Data: 21.09.17 Aula 10 e 11 
 
 
PEÇA DE INTERPOSIÇÃO 
(não se escreve isso na peça) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DO TRIBUNAL DO 
JÚRI DA COMARCA DA ______ 
Ou 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA 
DA ______ 
 
 
 
Processo nº _____________ 
 
 
 JERUSA, já qualificada nos autos do processo em epigrafe, que lhe move o 
MINISTERIO PÚBLICO ESTADUAL, vem, respeitosamente, por seu advogado, infra-assinado, 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 21 
 
inconformado com a decisão de folhas ____, dela recorrer em sentido estrito, conforme 
artigo 581, IV do CPP. 
Requerer, ainda, que Vossa Excelência, se assim entender, digne-se a exercer o juízo 
da retratação. 
 
Nesses termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local, 09/08/2016 
 
________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
RAZÕES DE RECURSO 
 
Recorrente: Jerusa. 
Recorrido: Ministério Público Estadual. 
Processo nº ____________ 
Vara: XXXXXXXX 
 
Egrégio Tribunal. 
Colenda Câmara. 
Douto Procurador. 
Pelo recorrente. 
 
JERUSA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade nº 
_____, inscrito no CPF nº ____, residente e domiciliada na _______, cep: ____, email: ____, 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 22 
 
por seu advogado infra-assinado, demonstrar seu inconformismo, com base no artigo 581, IV 
do CPP, interpor 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
Pelos fatos e fundamentos, a seguir expostos: 
 
I – Dos Fatos 
Eminentes Julgadores, a recorrente foi denunciada pela prática, em tese, do crime de 
homicídio doloso, na modalidade dolo eventual. Pois no dia ___, conduzia o seu veiculo pela 
rodovia ____, por volta das ____, quando ao ultrapassar um veiculo à sua frente em baixa 
velocidade, apesar das cautelas de praxe, veio a colidir com uma motocicleta, que seguia em 
alta velocidade. 
Em virtude do acidente o motociclista veio a falecer em decorrência dos ferimentos. 
Certo é que a recorrente, apesar de não ter acionado a luz indicativa de direção, 
tomou as cautelas de praxe, inclusive, solicitando socorro, o que também foi feito por 
testemunhas. 
Nesse sentido o Doutor Juiz a quo, entendeu assistir razão ao Parquet. 
 
II – Do Direito 
Analisando a decisão proferida pelo Doutor Juiz Singular, não distribuiu a verdadeira 
justiça, uma vez que, o dolo eventual configura-se quando o agente do crime assume o risco 
de produzir um resultado danoso, ou seja, o ato assumidopela agente é previsível. 
No caos em tela, é de meridiana clareza que o simples fato de não acionar a luz 
indicativa de direção não é suficiente para configurar um crime de homicídio doloso, na 
modalidade dolo eventual. 
Ademais! A falta do acionamento da seta sequer é crime de transito, sendo uma 
mera infração administrativa. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 23 
 
É nesse sentido que a defesa interpõe o presente recurso com o fito de modificar a 
sentença in totum. 
 
III – Dos Pedidos 
Ante o exposto, requer: 
1) A procedência do presente recurso, para modificar a sentença e subsidiariamente a 
desclassificação do crime de homicídio dolosa, na modalidade dolo eventual para, em 
tese, crime de homicídio culposo. E por fim requer a declaração incompetência da 
Vara do Tribunal do Júri, por ser medida da mais inteira justiça! 
 
Nos termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local, 09/08/2016. 
_______________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
 
Data: 19.10.17 Aula 13 
Tema: embargos Infringentes e de Nulidade 
Base legal: Art. 609, paragrafo único, CPP. 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 24 
 
Os embargos infringentes e de nulidade, embora seja a mesma peça, não é a mesma 
coisa. 
Os embargos infringentes visa atacar o mérito da causa, o crime em que o promotor 
imputou ao acusado. 
Já os embargos de nulidade visa atacar questões processuais, questões que impedem 
o bom andamento do processo (Ex. art. 400, CPP). Irá apontar a nulidade processual. 
 
Conceito: Trata-se de recurso exclusivo da defesa, com o fim de garantir uma segunda 
análise da mateira, em razão de ter havido decisão não unanime em desfavor do recorrente, 
com o voto divergente em seu favor. 
Requisito: Decisão não unanime desfavorável ao réu; prazo de 10 dias da publicação do 
acordão. 
 
Cabível contra decisão em R.E.S.E., Apelão e, por analogia, em Agravo em Execução. 
 Votação 
 R.E.S.E., Apelação e Agravo em Execução – 3 desembargadores. 
 Embargos Infringentes e de Nulidade – 5 desembargadores. 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBRAGADOR RELATOR DO ACÓRDÃO Nº 
______________ DO EGRÉGIO TRIBUNAL DEJUSTIÇA DE SÃO PAULO 
 
 
 
Recurso em Sentido Estrito Nº ______________ 
 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 25 
 
ANTÔNIO BANDEIRAS DA SILVA, já qualificado nos autos do recurso em sentido 
estrito acima mencionado, por seu advogado, abaixo assinado, não se conformando com o 
venerando acórdão, que, por decisão não unanime, manteve a acusação por homicídio 
doloso, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, dentro do prazo legal, opor: 
 
EMBARGOS INFRINGENTES 
 
Com base no art. 609, parágrafo único, CPP. 
Requer, ainda, que os presentes embargos sejam recebidos e processados com as 
inclusas razões de embargos. 
 
Nestes termos em que, 
Aguarda deferimento 
 
Local/Data 
 
____________________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
 
RAZÕES DE EMBARGOS 
 
Embargante: Antônio Bandeiras da Silva. 
Embargado: Ministério Público Estadual. 
 
Recurso em Sentido Estrito Nº ____________________ 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 26 
 
Egrégio Tribunal 
Colenda Câmara 
Douto Procurador de Justiça 
 
ANTÔNIO BANDEIRAS DA SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº___, inscrito no CPF nº ____, residente e domiciliado na 
__________, cep: _____, email: _____, vem respeitosamente, perante Vossas Excelências, 
inconformado com o venerando acórdão, dele embargar, conforme razões a seguir 
expostos: 
 
I – Dos Fatos 
 
 
 
 
II – Do Direito 
Analisando os fatos e as provas colhidas no presente processo é claro o 
entendimento de que o crime praticado pelo embargante, pelo menos em tese, é o 
homicídio culposo, como muito bem entendeu o juízo da primeira instância. 
Inconformado com a decisão singular entendeu a primeira câmara por reformar a 
decisão, de forma não unanime, entendeu que o crime praticado foi de homicídio doloso. 
Eminente Julgador, com todo respeito ao acórdão proferido por esta digna câmara, 
não assiste razão o Parquet, uma vez que para configuração do crime de homicídio doloso é 
necessário que o agente tenha vontade livre e consciente de cometer o crime a uma pessoa 
determinada ou a um grupo de pessoas, o que não foi o caso. 
O embargante, ao ver-se ameaçado moralmente e, preocupado com a sua segurança, 
pois temia ser agredido, foi até o porta-luvas do seu veiculo e pego a sua arma, devidamente 
registrada e com porte de arma, pegou a sua arma e atirou para o alto, porém, infelizmente, 
o projetil atingiu o poste, ricocheteou e veio a atingir um dos menores levando-o a óbito. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 27 
 
Diante da dinâmica da conduta do embargante, verifica-se que não possuía a menor 
intenção de matar qualquer pessoa, ficando claro que a atitude está no campo, pelo menos 
em tese, do homicídio culposo. 
 
III – Dos Pedidos 
Ante o exposto, requer: 
1) Que seja conhecido e provido os embargos, acolhendo-se o voto vencido, a fim de 
manter a desclassificação do crime de homicídio doloso, para , supostamente, o de 
crime de homicídio culposo. 
 
Nestes termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
_______________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
 
Data: 26.10.17 Aula 14 
 
Tema: Recurso Ordinário Constitucional – R.O.C. 
Base legal: Art. 102 e Art. 105, ambos da CF/88. 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 28 
 
Conceito: É um recurso ordinário, dirigido ao STF ou STJ, que exercerão competência 
recursal em qualquer limitação em relação à matéria fática. 
 
Admite-se reexame da prova. 
 
Cabimento: 
 STF 
Decisão denegatória em: 
 Mandado de segurança 
 Habeas corpus – competência originária 
 Mandado de injunção 
 Habeas data 
 
 STJ 
Decisão denegatória em: 
 Habeas corpus 
 Mandado de segurança 
 Causas internacionais 
 Estados estrangeiros internacionais X municípios ou pessoas residentes no Brasil 
 Cabe em qualquer decisão. 
 
Prazo: 15 dias da publicação do acórdão. 
 
 
PEÇA DE INTERPOSIÇÃO 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE _________ 
1ª hipótese 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 29 
 
 
Habeas Corpus Nº ________________ 
 
 
JOÃO, já qualificado nos autos do habeas corpus acima mencionado,por seu 
advogado, que este subscreve, não se conformando, data vênia, com o venerando acórdão 
denegatório da ordem, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, dentro do 
prazo legal, interpor: 
 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
 
Com fulcro no art. 105, II, “a”, CF/88. 
Requer o recebimento e processo do recurso e posterior encaminhamento ao 
Colendo Superior Tribunal de Justiça, com as inclusas razões. 
 
Nos termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
___________________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
RAZÕES DO RECURSO 
 
Recorrente: João. 
Recorrido: Ministério Público Estadual. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 30 
 
Habeas Corpus Nº _________________ 
 
Superior Tribunal de Justiça 
Colenda Turma 
Douto Procurador da República 
 
JOÃO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº 
____, inscrito no CPF nº _____, residente e domiciliado na __________, CEP: ____, email: 
____, vem, por seu advogado, infra-assinado, não se conformando com o venerando 
acórdão, que negou a ordem de habeas corpus, deve recorrer, conforme razões de direito a 
seguir: 
 
I – Dos fatos 
O recorrente foi preso em flagrante delito por prática, em tese, do crime de 
concussão, previsto no art. 316 do CPP. Diante da prisão foi interposto junto ao Juízo 
Singular pedido de liberdade provisória, o qual foi negado sob o argumento de que o crime é 
grave. 
Inconformado com a decisão do juízo a quo foi interposto ordem de habeas corpus 
em favor do recorrente no Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual negou a ordem sob os 
mesmos argumentos. 
Nesse sentido é que se interpõe o presente recurso. 
 
II – Do Direito 
Analisando as decisões proferidas no presente processo, SMJ, não fizeram justiça, 
haja vista que a fundamentação de que o crime é grave por si só não garante um decreto 
cerceamento da liberdade. 
Observa-se que a Constituição é bem clara que para levar o indivíduo ao calabouço, o 
crime deve ser efetivamente grave, e segundo a jurisprudência e doutrina, de forma pacífica, 
entende que crime grave é aquele que atenta contra a vida. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 31 
 
O crime de concussão por si só já afasta esta violência, não sendo, portanto tão grave 
capaz de levar o indivíduo a segregação. 
Há medidas cautelares diversas da prisão, como a do art. 319 do CPP. 
No mais há que se observar a presunção de inocência, sendo certo que a prisão é 
uma condenação, pois, é a sanção mais forte que o Estado tem a aplicar. 
 
III – Dos Pedidos 
Ante ao exposto, requer: 
Que seja o presente recurso conhecido e provido para que conceda a ordem de habeas 
corpus denegada pela Corte Estadual e por consequência que seja expedido o alvará de 
soltura. 
 
Nos termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
________________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
 
§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§§ 
 
 
 
 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 32 
 
Data: 09.11.17 Aulas 15 e 16 
 
Aula 15 
Tema: Recurso de Agravo em Execução. 
Base legal: Art. 197 da LEP (Lei 7.210/84). 
 
Obs. O Recurso de Agravo em Execução é a mesma coisa que apelação e exatamente 
idêntico ao RESE. 
 
Conceito: É peça cabível para atacar as decisões proferidas pelo juiz da execução penal. 
 Competência do juiz das execuções penais – art. 66 da LEP. 
 Cabível das decisões do art. 581, XI, XII, XVII, XIX, XX, XXI, e XXII, todos do CPP. 
 Súmula 192 do STJ – competência do juiz em que o preso está cumprindo pena. 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS DE 
PELOTAS – ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. 
 
 
 
Processo Nº _____________ 
 
 
 
WILLIAN VONNER DA SILVA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por 
meio de seu advogado, infra-assinado, que lhe move o Ministério Público Estadual, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, inconformado com a decisão de folhas ____, 
interpor, tempestivamente: 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 33 
 
RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO 
 
Com base no art. 197 da Lei 7.210/84. 
Requer, ainda, SMJ, que Vossa Excelência, digne-se a exercer o juízo da retratação. 
Em se mantendo a decisão que o presente recurso seja encaminhado para a segunda 
instância para o devido processamento e julgamento. 
 
Nestes termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
_______________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
RAZÕES DO RECURSO 
 
 
Recorrente: Willian Vonner da Silva. 
Recorrido: Ministério Público Estadual. 
Processo Nº ______________________ 
 
Egrégio Tribunal 
Colenda Câmara 
Douto Procurador de Justiça 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 34 
 
WILLIAN VONNER DA SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
carteira de identidade nº ____, inscrito no CPF nº _____, residente e domiciliado na 
______________, CEP: ______, email: ______, por seu advogado, que esta subscreve, nos 
autos do processo acima mencionado, em que é recorrido o Ministério Público Estadual, 
inconformado com a respeitável decisão do Douto Magistrado da Vara de Execuções Penais 
de Pelotas, do Estado do Rio Grande do Sul, vem, interpor o presente recurso, pelos fatos e 
motivos a seguir expostos: 
 
I – Dos Fatos 
O recorrente foi denunciado pela prática do crime previsto no art. 121, §2º, I do CP. 
Cometido em 28 de janeiro de 2007. 
Tramitado o processo, foi o recorrente condenado conforme denúncia oferecida pelo 
Parquet, à pena de 12 anos de reclusão a se cumprida em regime inicialmente fechado. 
Em 01 de fevereiro de 2014 o apenado/recorrente iniciou o cumprimento de pena. 
É certo que o recorrente é preso de bom comportamento, trabalha 05 dias por 
semana, no setor administrativo do presídio. 
Já tendo cumprido 1/6 da pena. 
Diante dos requisitos objetivo e subjetivo pleiteou a defesa a progressão de regime, o 
que foi indeferido pelo juiz da Vara de Execuções Penais. 
 
II – Do Direito 
Não assiste razão ao Magistrado da Vara de Execuções Penais, uma vez que, 
fundamentou sua decisão dizendo que o recorrente não cumpriu o requisito objetivo, muito 
embora tenha cumprido o requisito subjetivo. 
Ora, Eminentes Desembargadores! O cliente cumpriu sim o requisito objetivo, haja 
vista que, o crime cometido se deu em 28 de janeiro de 2007, momento em que os 
doutrinadores e jurisprudência entendiam que a progressão de regime, nos crimes 
hediondos, apesar de proibida, se dava com um 1/6 de cumprimento da pena. 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 35 
 
O Juiz da Vara de Execução penal, muito embora o seu grande saber jurídico, 
equivocou-se ao decidir, entendendo que o requisito objetivo se daria com 2/5 da pena. 
Não merece guarida a presente decisão, pois a sanção mais gravosainiciou-se em 
março de 2007, não alcançando o recorrente. 
Nessa esteira, é salutar que a aplicação da Lei de Crimes Hediondos se dê sobre a 
égide do texto original aplicando-se 1/6 da pena. 
 
III – Dos pedidos 
Ante o exposto, requer: 
Que o presente recurso seja conhecido e provido, para que se reforme a decisão proferida 
pelo Juiz da Vara de Execuções Penais e determina a progressão de regime e a cosequente 
expedição do alvará de soltura. 
 
Nestes termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
________________________ 
Assinatura do Advogado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 36 
 
Aula 16 
Tema: Revisão Criminal. 
Base legal: Art. 621 e seguintes do CPP. 
 Cabimento: Da decisão condenatória que transitou em julgado no primeiro grau ou que 
transitou em julgado em instância superior ou tribunal do júri. 
 Órgão competente para julgamento: STF / TJ. 
 
Obs. Só para condenação transitada em julgado para beneficiar o réu. 
Pedido: absolvição, desclassificação, diminuição da pena. 
 
Obs. Agravo em Execução = RESE. 
 Cabe juízo de retratação. 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
ANGELINA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da carteira de identidade 
nº _____, inscrita no CPF nº _____, residente e domiciliada na ____________, CEP: _____, 
email: _______, por seu advogado, infra-assinado, com instrumento procuratório em anexo, 
vem, inconformado com a sentença de folhas ____, que condenou a agente à prática do 
crime de furto qualificado, propor: 
 
AÇÃO DE REVISAO CRIMINAL 
 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 37 
 
Conforme art. 621, I do CPP, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos: 
 
I – Dos Fatos 
No dia 10 de outubro de 2012, na Cidade de São Paulo, a agente subtraiu veículo 
automotor. 
Alega o Ministério Público que a condenada tinha a intenção de transpor o veículo 
para outro país, inclusive o bem estava sendo negociado com um terceiro de boa-fé do Chile. 
Findo a instrução criminal, sobreveio a condenação nos moldes da denúncia. 
A condenação transitou em julgado e a condenada iniciou o cumprimento de pena 
em 10 de junho de 2014. 
No dia 05 de março de 2015 o patrono que esta subscreve recebeu em seu escritório 
a mãe da condenada e o filho da vítima, o qual afirmou que no dia seguinte ao roubo foi 
contactado por telefone pela condenada indicando o local de onde estava escondido e 
chegando lá, o filho da vítima logrou êxito em localizar o veiculo, estando na posse do bem 
até a presente data. 
 
II – Do Direito 
Diante dos fatos acima narrados, é de meridiana clareza o arrependimento posterior 
quando da restituição do bem motivo pelo qual cabível a diminuição de pena. 
Cabe ressaltar, que o veiculo não cruzou a fronteira, muito embora estivesse sendo 
negociado. Porém, a configuração da agravante só é cabível se o veículo efetivamente 
cruzasse a fronteira. Assim, cabível a desclassificação do furto qualificado para o 
supostamente simples. 
Em consonância com a súmula 269 do STJ é plausível, como medida de justiça, a 
modificação do regime fechado para o regime semiaberto. 
 
III – Dos Pedidos 
Ante o exposto, requer: 
Criado por Alexandre Silva 
 
PRÁTICA SIMULADA III - PENAL 
 
Professor Valdinei Rangel 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campus Duque de Caxias – 2017 Página 38 
 
Conhecimento e provimento do presente recurso a fim de que Vossas Excelências 
desclassifique para o crime de furto, em tese simples, aplique a diminuição de pena e, por 
fim fixe o regime semiaberto. 
 
Nos termos em que, 
Aguarda deferimento. 
 
Local/Data 
 
__________________________ 
Assinatura do Advogado

Continue navegando