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eBook-Dislexia

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2013 / 2014 
 
Oficinas de 
Formação
Escola 
Secundária 
Azambuja
Escola 
Secundária
Cartaxo
Quando do Livro 
brotam as Imagens e 
as letras se apagam … 
OFICINAS DE FORMAÇÃO 
 
 
 
 
PROJETO ESCOLA INCLUSIVA 
 
 
 
 A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais no ensino 
regular apresenta-se como mais um desafio para toda a comunidade educativa. 
A criação de condições que permitam responder a este desafio implica uma 
formação contínua e atualizada dos profissionais da educação, em que se 
inclui ainda a utilização eficiente das novas tecnologias de informação e de 
apoio, no contexto de sala de aula/educação especial. 
 Esta é uma síntese dos trabalhos das duas turmas que participaram nas 
Oficinas de Formação realizadas sob o tema: “INTERVENÇÃO E REEDUCAÇÃO 
PEDAGÓGICA NO ÂMBITO DA DISLEXIA E DISORTOGRAFIA” e que decorreram 
nas Escolas Secundárias da Azambuja e do Cartaxo, promovidas pelo Centro 
de Formação da Associação de Escolas da Lezíria Oeste, com o apoio da 
Fundação Calouste Gulbenkian. 
 
 Judite Frazão 
 Diretora do Centro de Formação Lezíria-Oeste 
 (Associação de Escolas dos Concelhos de Azambuja, Cartaxo e Rio Maior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice 
1. Ser Disléxico ................................................................................................ 6 
2. Dislexia – o que se sabe e o que se investiga…. ........................................ 7 
3. As dificuldades - Porque Eu SEI ...apesar de não conseguir !!! ................. 10 
4. Dificuldades do foro emocional .................................................................. 13 
5. As preocupações dos pais e dos docentes, quanto ao diagnóstico / apoio 14 
6. Dislexia – Um desafio aos Docentes ….e às Escolas. .............................. 18 
7. Dislexia – Percursos e Materiais… em construção! ................................... 19 
8. Dislexia – E agora? .................................................................................... 35 
9. Fontes de Consulta .................................................................................... 37 
Bibliográficas ............................................................................................................... 37 
Webgrafia .................................................................................................................... 38 
10. Anexos ....................................................................................................... 39 
Trabalhos realizados pelos formandos: ...................................................................... 39 
Ligações para outros trabalhos dos formandos: ........................................................ 40 
Formandos participantes na elaboração dos conteúdos: .......................................... 40 
 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
Dislexia e Disortografia Página 4 de 41 
 Nota Introdutória 
 
 Dificuldade é o que 
surge logo que se fala de 
Dislexia, mas há que 
conhecer o outro lado e a 
título de exemplo, surgem-
nos alguns nomes que nos 
são familiares pela 
criatividade, espírito 
empreendedor, inteligência 
prática e persistência em 
alcançar o que alguns recusaram ser possível – ALBERT EINSTEIN, HANS 
CHRISTIAN ANDERSEN, LEONARDO DA VINCI, MOZART, JULIO VERNE, PABLO 
PICASSO, AGATHA CHRISTIE, STEVEN SPEILBERG, TOM CRUISE, BILL GATES - 
entre tantos outros. 
 Dons é o que vemos claramente quando olhamos para as Vidas destes 
homens e mulheres que deixaram uma marca única ou se fizeram notar pela 
diferença em relação aos seus pares. 
 “Ironicamente, a mudança na perceção que pode ocorrer na dislexia é 
exatamente o mecanismo que os disléxicos utilizam para reconhecer objetos 
na vida real e eventos no seu envolvimento. E fazem-no melhor do que outras 
crianças da mesma idade, muito antes de começarem a aprender a ler” (Cruz, 
2000). De facto, estas crianças podem manifestar muitas outras características, 
tais como: 
 Elevada consciência do seu envolvimento 
 São mais curiosas do que a maioria das outras crianças 
 São altamente intuitivas e perspicazes 
 Pensam principalmente através de imagens e não de palavras 
 Pensam e percebem de um modo multidimensional, pois usam todos os 
sentidos com muita acuidade 
 Podem controlar pensamentos, usando-os como realidade 
 Têm uma imaginação viva 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 5 de 41 
 
 
 É claro que ter dislexia não torna génios todos os disléxicos mas é 
importante para a autoestima de todos eles, saber que as suas mentes 
funcionam de maneira diferente e que podem fazer coisas que a maioria dos 
comuns mortais, terão dificuldade ao longo da vida. 
 Por esta razão, torna-se fulcral uma mudança na perspetiva e análise 
destas situações, mudança essa que para existir, exige como primeiro passo 
um conhecimento preciso do que é “ter dislexia”. 
As reflexões e orientações que se seguem destinam-se a docentes, pais 
e outros interessados que procuram saber mais e a melhor forma de ajudar 
positivamente os alunos com dislexia. 
 Ercília Castanheira 
 (Formadora) 
 
 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 6 de 41 
 
 
1. Ser Disléxico 
 
Quando a vergonha se instala e não se sabe o porquê… 
 
 
 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 7 de 41 
 
 
2. Dislexia – o que se sabe e o que se investiga…. 
 
As competências da leitura e escrita são 
consideradas como objetivos fundamentais de 
qualquer sistema educativo, funcionando como um 
trampolim para as restantes aprendizagens. 
O estudo das dificuldades de leitura e escrita, 
em geral e da dislexia, em particular, vem suscitando 
desde há muito tempo, o interesse de psicólogos, professores, e outros 
profissionais que procuram investigar os fatores implicados no sucesso 
educativo e nas dificuldades de aprendizagem. 
 A Dislexia não reúne o consenso dos vários investigadores, pois alguns 
limitam-na às dificuldades específicas ou intrínsecas à pessoa que aprende e 
outros, alargam-na às dificuldades gerais ou extrínsecas, tendo em conta a 
nossa pesquisa, nem a própria etimologia do termo dislexia é consensual. 
 Cruz (2007, 205) salienta: “o termo dislexia refere-se a distúrbios na 
leitura ou a distúrbios na linguagem”, sendo constituído pelos radicais «dis» e 
«lexia»; o primeiro significa distúrbio ou dificuldade, e o segundo significa 
leitura no latim e linguagem no grego”. Já Ribeiro & Baptista (2006, 36) 
apontam apenas para os radicais gregos, «dys», um mau funcionamento, e 
«lexis», tratamento de palavras, o que resultará em “dificuldades de 
aprendizagem”. 
 De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2002), a 
palavra dislexia tem origem nas partículas gregas “dús”, que significa 
«dificuldade, perturbação» e léksis + ia, que significa «ação de falar, elocução, 
léxico», tendo por base o verbo lego - «escolher, reunir, proferir, falar, ler». Na 
esteira da Associação Internacional de Dislexia e do National Institute of Child 
Health and Human Development – NICHD, surge Shaywitz (2006, 43), que 
refere a dislexia como “uma deficiência inerente a um componente específico 
do sistema de linguagem: o módulo fonológico”. 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 8 de 41 
 
 
 
Mas também refere a incapacidade de leitura tendo em conta a passagem do 
texto para o seu significado, como ilustra a figura número dois. 
 
 A dislexia é extremamente frequente, não tendo porém, os mesmos 
valores, em todos os países, porque varia de acordo com a “ consistência 
ortográfica” de cada língua. Por exemplo, na Finlândia há menos disléxicos do 
que nos países de língua inglesa, dado que no finlandês há uma 
correspondência direta entre os sons e as letras, mas o mesmo não sucede 
com o inglês. O portuguêstem um grau intermédio de transparência da 
ortografia, pelo que as nossas crianças se deparam com dificuldades maiores 
no processo de alfabetização do que as crianças espanholas ou finlandesas. 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 9 de 41 
 
 
 Os disléxicos têm dificuldade na consciência fonológica, isto é, em 
compreender que as palavras são divisíveis ou compostas por sons (fonemas), 
como peças de uma construção, e que essas peças são utilizadas na estrutura 
de novas palavras. Sendo por vezes o seu maior problema a discriminação 
destas unidades mínimas da Língua quando ouvem ou leem uma palavra. 
 O desenvolvimento da consciência fonológica é muito importante para a 
aprendizagem da leitura e da escrita, e é formada antes das crianças iniciarem 
a escolaridade, podendo ser trabalhada já no ensino Pré-escolar, através das 
brincadeiras da linguagem, como os versos e rimas, trocadilhos, cantigas e 
lengalengas. Em Portugal existe um método para trabalhar estes aspetos, 
elaborado por Terapeutas da Fala – Método DOLF e que é acessível a ser 
trabalhado por outros técnicos como as Educadoras. 
 Outros autores consideram a dislexia um dom, no mais verdadeiro 
sentido da palavra: uma habilidade natural, um talento. Alguma coisa 
especial que engrandece o indivíduo. Ronald D. Davis ( 2004) encara a dislexia 
através deste novo paradigma: um dom. Em “O Dom da Dislexia” (Ronald D. 
Davis, 2004) mostra que o disléxico, com a sua extraordinária habilidade de 
pensar, principalmente em imagens, necessita que o ajudem a desenvolver 
esse Dom, pois os problemas na escola com a leitura, a escrita, a ortografia, 
a matemática, a troca de letras e a lentidão são apenas um dos lados da 
dislexia. Assim, ele defende que este transtorno da linguagem e da escrita 
pode ser um Dom e apresenta um programa de exercícios que permitem 
controlar os efeitos da dislexia. 
 Com base no progresso das investigações, começa a emergir um 
consenso mais abrangente em relação à definição de dislexia: “é uma 
perturbação neuro-desenvolvimental, de origem biológica, com impacto no 
processamento da linguagem, que envolve uma série de manifestações 
clínicas. Existem provas da existência de uma base genética e cerebral e é 
evidente que as manifestações se estendem para além dos problemas a nível 
da linguagem escrita” 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 10 de 41 
 
 
 Mediante um grande esforço, os disléxicos podem aprender a conviver 
com as suas dificuldades e, se lhes forem dadas condições para uma 
reeducação adequada, irão desenvolver estratégias que compensarão o seu 
empenho, facilitando-lhes desse modo, a vida académica. 
3. As dificuldades - Porque Eu SEI ...apesar de não conseguir !!! 
 
Os pais, os educadores e os professores são 
normalmente os primeiros a perceberem as 
dificuldades da criança quer seja na aprendizagem, 
quer seja ao nível do comportamento. Algumas 
dessas caraterísticas poderão estar presentes num 
quadro de dislexia. 
Durante a Educação Pré-Escolar, embora não se 
possa falar de Dislexia, podem estar presentes 
alguns indicadores que os pais e educadores 
deverão ter em atenção e que merecem desde logo, uma intervenção 
adequada às necessidades da criança, porque mesmo sem saber porquê, a 
criança começa a recusar certas tarefas que não consegue realizar tão bem, 
como os seus pares e, passa a ficar em desvantagem, em termos do seu 
desenvolvimento futuro. 
 Dificuldades verificadas já no Jardim de Infância 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 11 de 41 
 
 
 Já no 1º ciclo do Ensino básico há que prestar particular atenção às 
crianças que se atrasam na aquisição dos mecanismos da leitura e escrita logo 
no 1º ano de escolaridade, particularmente a partir do 1º período escolar e às 
que mantém dificuldades na precisão da leitura, cometendo erros por trocas, 
omissões ou outras e mantendo uma velocidade de leitura baixa em relação às 
crianças do seu grupo etário e nível de escolaridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 No prosseguimento de estudos, os alunos com dislexia, dos 2º/3º ciclos, 
embora possam atingir notas para irem transitando de ano, tendem a mostrar 
cada vez mais desinteresse pela escola, nomeadamente nas tarefas 
académicas e por isso, agravar alguns dos problemas que já vinham revelando: 
 Tendência a apresentação descuidada dos trabalhos/testes/cadernos; 
 Escrita desordenada e incompreensível e por vezes de tamanho 
reduzido; 
 Nunca gostam de ler em voz alta, perante a turma 
 Permanência de erros ortográficos: omissões, alterações e adições; 
 Dificuldade em redigir, planificar ou relatar factos mesmo oralmente; 
 Grande dificuldade na aprendizagem de línguas estrangeiras; 
 Dificuldades em executar instruções orais, ou estar atento a períodos 
longos de apresentações orais; 
 Melhoria na compreensão leitora mas insuficiente; 
 Aversão a atividades de leitura e escrita; 
Dificuldades em se 
expressar 
Confunde 
instruções orais 
Dificuldades em 
saber o alfabeto 
e na leitura 
Dificuldades na 
consciência 
fonológica 
Dificuldades em 
reter informação 
oral 
Copia mal e com 
erros ortográficos 
Melhores 
resultados na 
matemática 
Dificuldades na 
lateralidade e 
orientação espacial 
Lentidão na 
execução das 
tarefas escritas 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 12 de 41 
 
 
 Problemas de comportamento e por vezes inibição progressiva nas 
aulas. 
 Por vezes inicia estados depressivos e isola-se mesmo dos amigos e 
colegas. 
 
 E as dificuldades na maioria das vezes não andam dissociadas de 
outras problemáticas, podendo a Dislexia coexistir com: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disortografia -conjunto de erros da 
escrita que afetam a palavra mas 
não o seu traçado ou grafia. É a 
incapacidade de estruturar 
gramaticalmente a linguagem, 
podendo manifestar-se no 
desconhecimento ou negligência das 
regras gramaticais, confusão nos 
artículos e pequenas palavras, e 
troca de plurais, falta de acentos ou 
erros de ortografia em palavras 
correntes ou na correspondência 
incorreta entre o som e o símbolo 
escrito, (omissões, adições, 
substituições, etc.) 
DISGRAFIA - Perturbação na 
componente motora do ato de 
escrever, provocando compressão e 
cansaço muscular, que por sua vez 
são responsáveis por uma caligrafia 
deficiente, com letras pouco 
diferenciadas, mal elaboradas e mal 
proporcionadas, substituições e 
alterações nas linhas de base. 
Discalculia - dificuldades na leitura, escrita e 
compreensão de números ou símbolos, compreensão de 
conceitos e regras matemáticas, memorização de factos ou 
conceitos ou no raciocínio abstrato. Podem ainda estar 
associadas dificuldades em aprender a ver as horas ou lidar 
com o dinheiro, memorizar as tabuadas, os meses e dias da 
semana e ler dados de uma tabela ou consultar horários. 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 13 de 41 
 
 
4. Dificuldades do foro emocional 
E quando ninguém me entende e me consideram “preguiçoso” ??? 
 
Perfil emocional de uma criança com dislexia 
 
 
 
 
 
 “Ao longo desta formação, concluímos que a problemática da dislexia 
acarreta angústias no aluno disléxico e na respetiva família, refletindo-se esta, 
principalmente, no fraco rendimento escolar. 
 Tomámos consciência que a Dislexia, acarreta igualmente, problemas 
emocionais e psicossomáticos nos alunos, muitas das vezes, difíceis de 
diagnosticar e de tratar. Encontramo-nos, agora, mais despertas para o tipo de 
dificuldades que os alunos encontram ao longo do seu percurso escolar e mais 
capazes de utilizar materiais didáticos específicos para os alunos com este 
transtorno.” 
 Docente da turma ES Cartaxo 
 
 
Fraco rendimento escolar
Insegurança e vergonha do fracassoReduzida autoestima
Ansiedade em situações de avaliação 
Autoculpabilização
Frustração por não conseguir bons resultados
Alterações no comportamento: problemas psicossomáticos
Défice de atenção 
Reduzida motivação e empenho nas atividades
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 14 de 41 
 
 
5. As preocupações dos pais e dos docentes, quanto ao 
diagnóstico / apoio 
 
 Podemos 
suspeitar da presença 
da dislexia desde cedo, 
principalmente no início 
da escolaridade básica, 
quando a leitura e escrita são formalmente apresentadas à criança. 
 Um diagnóstico mais preciso é feito a partir do 2º ano, após dois anos de 
aprendizagem da leitura. Mas havendo sinais de dificuldades nas áreas de 
linguagem, um atendimento adequado deve ser iniciado logo no Pré-escolar. 
 
 Todas as famílias têm, expectativas sobre os seus filhos, assim, ter um 
filho que não corresponde ao que dele se espera em termos de resultados 
académicos, não é simples. O psicólogo educacional e os técnicos de 
educação especial e reabilitação devem em primeiro lugar, confirmar o 
diagnóstico e definir as dificuldades que a criança apresenta, para depois, as 
trabalhar de forma lúdica, através de materiais atraentes e utilizando técnicas 
multissensoriais, “seduzindo” a criança para o mundo da leitura e da escrita. 
 É competência da equipa multidisciplinar criada para este efeito, nos 
agrupamentos de escolas, proceder à realização de uma observação do caso, 
na sequência da referenciação (efetuada pelo encarregado de educação ou 
outros intervenientes diretos na vida da criança, por exemplo docentes, 
psicólogos ou médicos). Esta observação dá obrigatoriamente origem a um 
Relatório Técnico-Pedagógico por referência à CIF. 
 As escolas são autónomas nas suas decisões, desde que as articulem 
com o encarregado de educação respetivo. Toda a informação recolhida no 
exterior, serve para complementar o processo, mas não é, de todo, vinculativa. 
Naturalmente que os órgãos competentes das escolas podem recorrer a 
serviços externos para a obtenção de informação que considerem necessária. 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 15 de 41 
 
 
 Para perceber um pouco melhor esta organização retirámos um 
esquema do livro Educação Especial, manual de apoio à prática, do Ministério 
da Educação, bastante elucidativo no que diz respeito aos passos que se dão 
quando um aluno é referenciado. 
 
 
 Os alunos com dislexia podem estar ou não ao abrigo de medidas do 
Decreto-lei nº3/2008, uma vez que este se aplica a alunos que apresentem 
necessidades educativas especiais de caracter permanente, e a dislexia não 
sendo considerada deficiência, é uma dificuldade específica na aprendizagem 
que se assume como definitiva, nos seus efeitos ao longo de toda a 
escolaridade. 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 16 de 41 
 
 
 Assim, os alunos com dislexia, dependendo da gravidade da situação e 
das suas implicações na atividade e participação escolar, poderão estar 
abrangidos pelas medidas do Regime educativo especial do Dec-lei acima 
referido. 
 
 Após terem sido acionados os mecanismos para o acompanhamento do 
aluno a nível escolar, depois da elaboração do referido Relatório Técnico-
Pedagógico, há que avaliar a necessidade de intervenção por parte de outros 
profissionais, nomeadamente, do psicólogo clínico ou do psicólogo 
educacional, do terapeuta da fala e do professor do ensino especial, pois 
embora a base cognitiva da dislexia seja um défice fonológico é frequente a 
comorbilidade com outras perturbações: perturbação da atenção com 
hiperatividade, perturbação específica da linguagem, discalculia, perturbação 
da coordenação motora, perturbação do comportamento, perturbação do 
humor, perturbação de oposição e desvalorização da autoestima. 
 A equipa multidisciplinar, incluindo psicólogo e terapeuta da fala, inicia a 
investigação detalhada e verifica a necessidade do parecer de outros 
profissionais, como o neurologista, oftalmologista e outros, conforme o caso. É 
muito importante o parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico 
familiar e a evolução do aluno. 
 
 Outros fatores deverão ser 
descartados, como défice intelectual, 
disfunções ou deficiências auditivas e 
visuais, lesões cerebrais (congénitas e 
adquiridas), desordens afetivas anteriores 
ao processo de fracasso escolar (com 
constantes fracassos escolares o disléxico 
irá apresentar prejuízos emocionais, mas 
estes são consequências, não causa da 
dislexia). 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 17 de 41 
 
 
 Não existe um teste único de dislexia. 
O diagnóstico deve ser realizado por profissionais treinados, empregando-se 
uma série de testes e observações, em geral, trabalhando em equipa 
multidisciplinar, que analisará o conjunto de manifestações e dificuldades. 
Testes auditivos e de visão podem, no entanto, ser os primeiros a serem 
solicitados. 
 
Na avaliação diagnóstica podem aplicar-se diversos testes, nomeadamente: 
 
 Para os Pais e alunos com Dislexia o fundamental não é chegar ao 
diagnóstico mas o que acontece para lá desse diagnóstico. Sobre a reflexão 
tida pelos docentes, durante a realização destas Oficinas, sobre esta matéria, 
considera-se fundamental implementar respostas adequadas e urgentes: 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 18 de 41 
 
 
 Mas a Dislexia exige novos paradigmas em termos de ensino-
aprendizagem, uma nova forma de olhar para estes alunos, tão cheios de 
potencialidades, mas que pela sua diferente estrutura cerebral e orientações 
metodológicas e curriculares, sempre ficam em desvantagem face aos seus 
colegas de turma. 
6. Dislexia – Um desafio aos Docentes ….e às Escolas. 
 
 Os alunos com Dislexia perdem a confiança em si próprios, o que gera 
uma baixa autoestima, sendo esse o maior e o mais comum dos problemas 
emocionais que os disléxicos enfrentam e que pode levar a frustrações, 
preconceitos e sentimentos de incapacidade. 
 Um diagnóstico rigoroso, preciso e precoce, ajudará a uma intervenção 
atempada e adequada que auxiliará a criança e a família a ultrapassarem as 
dificuldades iniciais e a aprenderem a melhor forma de lidar com elas. 
 
 Nas escolas portuguesas, pela falta de equipas multidisciplinares e 
muitas delas sem serviço de Psicologia, ainda se atribui ao docente de 
Educação Especial uma multiplicidade de tarefas, nomeadamente, nesta área, 
para que encontre as soluções necessárias à progressão do(s) aluno(s). 
 Contudo, o docente de Educação Especial não pode nem deve, por si 
só, assumir tal papel, mas antes contribuir ativamente para a diversificação e 
mobilização de estratégias e métodos educativos de forma a que todos os 
docentes envolvidos, possam promover o desenvolvimento e a aprendizagem 
dos alunos, colaborando com todos na flexibilização e gestão dos currículos e a 
sua adequação às capacidades e interesses dos alunos. 
 Porque não bastará a estes alunos ter apoio de educação especial ou 
reforço pedagógico a algumas disciplinas, há toda uma pedagogia na arte de 
ensinar alunos com dislexia e isso exige formação de todos – docentes e pais. 
 Estas oficinas contribuíram para a discussão de algumas destas 
questões e desenvolver algumas ferramentas /estratégias que pudessem ser 
tão uteis em sala de aula, quanto em situação de apoio. 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 19 de 41 
 
 
 Elaboraram-se alguns folhetos informativos para Pais, Docentes e outros 
técnicos bem como alguns percursos e estratégias que foram e podem ser, 
aplicadas em sala de aula. Em cada Agrupamento de Escolas deveria haver 
um gabinete especializado nesta temática, para poder organizar informação 
/formação dirigida a todo o corpo docente, bem como recursos de apoio para 
alunos e pais. 
 Alguns dos materiais desenvolvidostiveram como finalidade agendar 
algumas ações neste sentido, por parte dos docentes envolvidos. 
7. Dislexia – Percursos e Materiais… em construção! 
 
 
 
 É nossa convicção que as dificuldades de leitura e de escrita podem ser 
compensadas através de um ensino adequado e de qualidade, e de um 
programa de reeducação individualizado, intensivo e sistemático conduzido por 
profissionais especializados. 
O que é 
aprender?
O que é 
ensinar?
Imagens da Oficina de Formação 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 20 de 41 
 
 
 Segundo Torres e Fernandez a intervenção, para ser eficaz, deve 
procurar restaurar o processo que se encontra em risco ou deficitário. A 
intervenção neste caso deve assumir um carácter individual, dado que cada 
aluno com dislexia é diferente de todos os outros. 
 
 A reeducação deve ser planificada com base nas perturbações 
específicas que o aluno apresenta e sobretudo e, o mais importante é conhecer 
as potencialidades do aluno e fomentá-las. 
 
 No trabalho de reeducação, é essencial aumentar a motivação e a 
autoconfiança do aluno, uma vez que a frustração que ocorre frequentemente, 
leva a uma baixa na autoestima e interesse pela escola. 
 
 Assim, quando temos um aluno com dislexia, devemos trabalhar com a 
turma, esta problemática, de modo a que os outros alunos não considerem 
as adaptações curriculares dos colegas como um privilégio, mas como um 
direito. Assim, toda a turma poderá fazer um trabalho de investigação, por 
exemplo: 
 
 Formam-se diversos grupos, 
 Apresenta-se uma lista de personagens conhecidas (Einstein, Tom 
Cruise, Michael Jordan, Bill Gates…) 
 Cada equipa escolhe uma personagem e faz um trabalho de pesquisa 
sobre a mesma. 
 Posteriormente, estes trabalhos serão apresentados à turma; 
 Explica-se que o motivo desta iniciativa que é dar a conhecer figuras 
relevantes, em diferentes áreas e em que todos têm em comum “ A 
DISLEXIA”. 
 Desta descoberta poderá surgir um debate entre todos com o objetivo de 
dar a conhecer e respeitar este tipo de transtorno. Também será muito 
positivo para a autoestima do aluno com dislexia saber que famosos de 
grande prestígio têm em comum a mesma problemática. 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 21 de 41 
 
 
 Para se poder intervir eficazmente nas dificuldades apresentadas pelos 
alunos com Dislexia/Disortografia é preciso, a exemplo do que refere a 
brochura do Ministério da Educação, sobre o ensino da leitura/escrita: 
 
 “Intervir de forma eficaz nos problemas de leitura/ortografia exige que o 
professor avalie, com rigor, a que nível se encontra a dificuldade de 
leitura/ortográfica colocada pela palavra e ainda não ultrapassada pelo 
aluno. Não chega dizer que uma criança tem problemas de leitura/ 
ortografia”. 
 
 Para uma evolução satisfatória é conveniente trabalhar em estreita 
colaboração entre todos (escola/técnicos) os que se ocupam da 
reeducação. Desta forma existirá uma coerência na intervenção, e tanto o 
aluno como o professor sairão beneficiados. 
Exemplo: tentar estar informado sobre as estratégias, técnicas de estudo, 
método de leitura utilizado, material, (pode-se dar o caso em que o aluno na 
escola está a trabalhar a acentuação e na terapia está a começar a 
distinguir os sons dos grafemas). 
 
 Na sala de aula há que 
estimular a participação destes 
alunos que normalmente se 
inibem de participar por saberem 
as dificuldades que têm e para 
evitar comentários 
inconvenientes dos colegas. 
Pode e deve ser sempre 
mobilizada a colaboração dos 
seus pares, para a ajuda nas mais diversas situações: situar a página da 
manual pedida pelo docente; empréstimo de apontamentos para copiar os 
que porventura não tenha tido tempo de passar do quadro; leitura em voz 
alta, a pares; estudo ou realização de trabalhos em conjunto. 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 22 de 41 
 
 
 Ter em atenção que os textos indicados devem ser adequados ao nível do 
leitor, sendo benéfico que o mesmo possa ser escolhido pelo aluno. Sendo 
o principal objetivo o de conseguir que o aluno com dislexia, comece a 
sentir curiosidade e motivação pelo mundo das letras (lembrar que para um 
aluno disléxico torna-se muito complicado ler e ter uma compreensão do 
texto ao mesmo tempo), seja através de banda desenhada, revistas ou de 
livros. 
 Se o material disponibilizado está acima das suas capacidades leitoras, 
o que conseguiremos é alimentar a sua fobia e frustração em relação à 
leitura. 
 É importante adequar também o corpo de letra e o espaçamento do 
texto, dado que um disléxico ao ler, o faz muito mais lentamente, fazendo 
um considerável esforço para realizar a tarefa. 
 
 Na hora de dar uma explicação oral, usar uma linguagem direta, clara e 
objetiva e verificar se o aluno entendeu e reteve a informação. 
 
 Observar como ele faz as anotações no quadro e auxiliá-lo a organizar-se. 
Muitos alunos com dislexia podem ter alterações ao nível da perceção 
auditiva pelo que podem ser minimizadas, quando a exposição da 
informação é feita com suporte visual. 
 Ao passar a informação do quatro, muitos alunos não conseguem 
transcrever tudo pois são bastante mais lentos a copiar que os seus 
colegas. 
 
 A execução de uma tarefa escrita pode levar mais tempo, por apresentar 
dificuldade quanto à coordenação, orientação e mapeamento espacial e 
dificuldades na gestão do tempo, entre outras razões. 
 
 O docente deve estar atento na hora da leitura, porque estes alunos inibem-
se ao ler em voz alta, perante a turma, dado os possíveis erros que 
cometem. 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 23 de 41 
 
 
Quadro resumo – Erros na Leitura (Adaptado de Lopes, 2001, 129 e Rocha, 2004, 48) 
 
 Em vez da leitura individual, pode sugerir-se leitura a pares, leitura 
alternada ou dar-lhe com antecedência (dia anterior) o texto para que sem 
pressões, possa trabalhá-lo em casa e desta forma sentir-se mais seguro. 
 
 Realizar mapas mentais, é uma das estratégias que ajudará estes alunos a 
relacionar novos conceitos com os conhecimentos já adquiridos e a 
organizarem a matéria em estudo. Podem ser utilizados em todas as 
disciplinas e desta forma reúnem a informação mais relevante de cada 
matéria a estudar. (Mapas mentais de Toni Bouzan). 
 
 Ensinar e construir com os alunos - 
Mapas mentais - permite 
sistematizar o essencial da matéria 
e mobiliza as redes neuronais, para 
relacionar conteúdos e domínio de 
novas ferramentas incluindo as TIC, 
ferramentas muito importantes para 
estes alunos. 
 
Apresentação de 
Mapa Mental na 
Oficina de Formação 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 24 de 41 
 
 
 Segue-se um exemplo de um trabalho efetuado, no âmbito destas 
Oficinas de Formação, por uma Formanda que conjuntamente com o grupo 
turma, realizou numa das aulas previstas e, para consolidação da matéria, um 
Mapa Mental que no relato da docente, constituiu um momento muito 
interessante de aprendizagem e partilha de saberes. 
 
 Mesmo sem o domínio de muitas ferramentas, aproveitando os materiais 
existentes e a colaboração dos alunos, conseguiu motivá-los para a construção 
de saberes que todos possuem e que constituem um ótimo incentivo às 
aprendizagens. 
 
 Trabalho: Elaboração de um mapa mental-Disciplina de História e 
Geografia de Portugal – Conteúdo: Aproveitamento dos recursos naturais e 
atividades económicas – 5º ano de escolaridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborar um mapa mental significa ainda relacionar informação, apresentando de forma 
organizada os conceitos principais e pouco exigentes ao nível da sintaxe (campo um “pouco 
dramático” para alunos com dislexia). 
 Docente da turma ES Cartaxo 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 25 de 41 
 
 
 Normalmente as crianças/jovens quesofrem de dislexia, THDA apresentam 
défice de atenção e por esse motivo, 
necessitam mudar de atividades com 
mais frequência que o resto dos seus 
pares, independentemente do ciclo em 
que se encontrem (Pré-primária, 1º, 2º 
e 3º ciclo e secundário), uma vez que o 
esforço que realizam é esgotante e o 
seu limiar de fadiga costuma ser muito 
baixo. 
 
 
 É, também, aconselhável fazer, com este tipo de alunos, períodos de 
descanso mais frequentes pois, caso contrário o seu nível de dispersão 
aumenta e, é-lhe mais difícil manter-se na tarefa ou realizá-la 
adequadamente. 
 
 
 Ter em conta que levará mais tempo a fazer os trabalhos de casa, 
cansando-se 4 vezes mais que outro qualquer aluno nas tarefas de leitura-
escrita. Devemos estar 
conscientes desta realidade e não 
marcar TPC nos dias em que 
tenham consultas/terapias, sendo 
que nos restantes dias o número 
de exercícios/ atividades devem 
ser ajustados às suas dificuldades 
e necessidades. 
 
 
 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 26 de 41 
 
 
 Lembrar que o seu problema de 
memória e de compreensão 
atrapalha a retenção da matéria por 
via oral e que toda a aprendizagem 
se fará melhor com referências 
visuais e/ou auditivas. 
 
 Permitir-lhe aprender de forma 
significativa com os meios que tiver ao seu alcance: jogos, letras móveis, 
computador, calculadora e experiências manipulativas… ajuda-o a alcançar 
as mesmas metas dos seus pares e reforça-o sob o ponto de vista da 
autoestima. 
 
 Valorizar os progressos do aluno de acordo com o interesse, a dedicação e 
o esforço realizado e nunca avaliar os seus conhecimentos a partir do nível 
médio da turma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O papel do professor de Educação Especial é olhar para cada aluno 
com dificuldades e compreendê-las, avaliá-las e proporcionar a cada um, as 
ferramentas necessárias para melhorar as suas competências. Não havendo 
cura para a dislexia, podemos sempre compensar e contornar os seus 
sintomas, de forma a tornar a problemática mais confortável na convivência do 
disléxico consigo próprio e com os outros. 
 Devemos pensar em estratégias para quem aprende e nessa medida 
Nisbett & Shucksmith (1987) e Danserau (1985), citados por Pozo (1995), 
citados por Alencar, Carneiro e Alencar no X Congresso Internacional Galego-
Português de Psicopedagogia, em Braga, organizado pela Universidade do 
Em jeito de conclusão, consideramos que uma boa 
relação entre o professor, a escola e a criança é de 
grande importância para o aumento da autoestima e a 
recuperação das suas dificuldades. 
 Docente da turma ES Cartaxo 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 27 de 41 
 
 
Minho, 2009, referem as estratégias de 
aprendizagem como sendo “sequências 
integradas de procedimentos ou atividades que 
se escolhem com o propósito de facilitar a 
aquisição, armazenamento e/ou utilização da 
informação”. 
 A adequação de estratégias/atividades ao 
aluno disléxico, passa muito por entender que o 
aluno tem uma história de desenvolvimento única 
e que aprende também de maneira diferente. 
 
 
 
 Deteção de erros a partir de documentos autênticos e sugestões de 
estratégias e materiais a aplicar neste caso 
 Partindo de textos autênticos redigidos por uma aluna do 10º ano de 
escolaridade do ensino regular, referenciada pelo Decreto- Lei 3/2008, fizemos 
o levantamento e a identificação do tipo de erros encontrados, com base no 
documento “Indicadores de Dificuldades Disortográficas” fornecido pela 
formadora. 
 A partir das dificuldades detetadas nos referidos textos, 
 começamos por perceber o fenómeno dando-lhe um nome (esta é, para 
nós, a estratégia mais importante, isto é, sem compreender o 
fenómeno não se conseguirá definir estratégias funcionais/pragmáticas 
que consigam resolver/suavizar o problema-dificuldade) 
 
 traçamos alguns percursos de intervenção que podem ajudar a aluna e 
outros alunos disléxicos que se apresentam com problemas 
semelhantes. 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 28 de 41 
 
 
Os textos A e B que se seguem, são documentos autênticos escritos por uma aluna do 
10º ano de escolaridade, referenciada com dislexia. 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 29 de 41 
 
 
I -Tipologia de erros encontrados 
 
 Levantamento e correção dos erros encontrados nos textos A e B 
 
Texto A- Lista de erros encontrados no seu texto “Página de um diário” : 
 
 Linha 3: “á” / “sentime” / “porcura”- em vez de: “à”/”senti-me”/”procura”. 
 Linha 5: “entervalos” – em vez de:”intervalos”. 
 Linha 6: “aconheram-me” / “fesme” “tam” (bem) / “secanhar” –em vez de: 
“”acolheram-me” / “fez-me / “tão” / “se calhar”. 
.Linha 9: “interecantes” / “ pendendo” - em vez de: “interessantes” / “dependendo”. 
 
Texto B- Lista de erros encontrados no seu texto “O homem” (resumo do conto 
de Sofia de Mello Breyner Andresen): 
.Linha 4:“os homen”/“enpurando”/“atraz”- em vez de ”os homens”/“empurrando”/ 
”atrás. 
.Linha 7: “um homen” – em vez de “um homem”. 
.Linha 8: “home” / “entam” – em vez de: “homem” / “então”. 
.Linha 9:“homen” / (virar para) “traz” / “homen” - em vez de : “homem” / “trás” / 
“homem”. 
. Linha 11: “lenbrou-se”- em vez de “lembrou-se”. 
. Linha 12: “deichando-se”/“multidam” / “adudar” / “homen” / “receu-o” / (es)”tivesse”- 
em vez de : “deixando-se” / “multidão”/ “ajudar” /”homem”/”receio”/”estivesse”. 
. Linha 13: (ele) “caio”- em vez de: “caiu”. 
. Linha 15: “escoria” (sangue) - em vez de :”escorria”. 
. Linha 16: “inpedia” / “anbulância”- em vez de: “impedia”/”ambulância”. 
. Linha 17: “conseguio” / “cheguar”- em vez de : “conseguiu”/”chegar”. 
. Linha 18: “preocupem-se”- em vez de “preocupam-se”. 
E-Book – “Dislexia” 
 
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II - Observação e análise destes dados de acordo com os “Indicadores de 
dificuldades disortográficas” 
 
 Uma vez que o documento utilizado foi “Indicadores de dificuldades 
disortográficas”, os números que antecedem cada tipo de erro corresponde aos 
que figuram no mesmo (doc fornecido pela Formadora): 
- 3. Omissões: omite sílabas inteiras “(de)pendendo”- revela dificuldades linguístico 
percetivas. 
- 9. Inversões: Inverte grafemas em sílabas mistas – “porcura” (procura”- revela 
dificuldades linguísticopercetivas. 
- 14. Substituições: substitui letras semelhantes visualmente -“homen” (homem) - 
troca as duas consoantes nasais n/m – revela dificuldades visuoespaciais. 
- 16. Confusões: confunde palavras com fonemas que admitem dupla grafia: “fes” 
(fez), “atráz” (atrás), “virar para traz” (virar para trás) – revela dificuldades na 
consciência fonológica e gráfica e de contexto. 
- 17. Confusões: confunde situações de palavras com fonemas que admitem duas 
grafias em função das vogais – “cheguar” (chegar). 
- 19. Dificuldade em associar grafema-fonema: “aconheram-me” (acolheram-me), 
“secanhar” (se calhar) - revela dificuldade na perceção de diferentes, contudo 
próximos, pontos de articulação na realização dos fonemas. 
- 20. Une ou separa palavras: “secanhar” (se calhar), “fesme” (fez-me) 
- 23. Não escreve m antes de p e b: “lenbrou-se” (lembrou-se), “inpedia” (impedia), 
“anbulância” (ambulância) – revela desconhecimento de exceções às regras gráficas. 
- 24. Não aplica casos especiais como s/ss/ç: “interecante” (interessante) - revela 
dificuldades na consciência fonológica e gráfica. 
- 27. Generaliza regras de ortografia: “(ele)caio” (caiu), (conseguio” (conseguiu) – 
revela dificuldades em diferenciar ditongos orais de hiatos. 
 Em suma, esta aluna manifesta dificuldades do tipo: 
 
 a) linguístico percetivas quando inverte (9), omite (3), substitui fonemas/grafemas (14) 
ou tem dificuldadesna consciência fonológica; 
 b) visuoespaciais quando confunde ou substitui s-z-x/j/nh-lh (16,19); 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 31 de 41 
 
 
III - Intervenção a fazer, de acordo com os dados da avaliação 
a) Na oralidade: 
 Algumas das estratégias a aplicar pelos docentes passam pelo cuidado 
a ter na oralidade: falar com clareza; monitorizar o seu discurso quando 
dialogam com a aluna disléxica; ter paciência e calma para repetir sempre que 
necessário e fazer com que se autocorrija sempre que repete mal e estimulá-la 
a expressar-se oralmente ainda que se sinta algumas dificuldades, corrigindo-a 
e certificando-se que ela repita corretamente, quando em trabalho 
individualizado. 
 Na leitura, dar-lhe o modelo de leitura expressiva; permitir-lhe que siga o 
texto com o dedo ou usar régua para cobrir as restantes linhas; ler as 
palavras complexas ao mesmo tempo que ela e fazê-la repetir a palavra, 
separando-a por sílabas, escrevendo-a em seguida. 
 
 Propor: leitura de textos curtos acompanhados de questionários simples 
para controlo da compreensão; resumos de textos por parágrafos; que leia 
e sublinhe os ditongos nasais, que complete as palavras, como por 
exemplo, com “nh” ou “lh”, “r” ou “rr”, que as leia e que escreva depois 
frases com essas palavras, fazendo previamente e de forma oral a 
expansão dessas mesmas frases. 
 
b) Na escrita: 
 A aluna confunde os sons e o significado de grande número de palavras; 
mesmo conhecendo as regras, quando precisa de as aplicar fica insegura e 
troca-as; 
 O professor deve fazer fichas de palavras onde a aluna treine e memorize 
regras e situações de contexto que lhe permitirão consolidar o 
conhecimento ainda não adquirido. Os erros devem ser trabalhados por 
contraste e em simultâneo. (ex: as/sa; pre /per). 
 
 De seguida, apresentamos um modelo de fichas que podem ser utilizadas 
para resolver algumas das dificuldades detetadas e referidas anteriormente. 
E-Book – “Dislexia” 
 
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 As fichas são meros exemplos práticos que não dispensam a 
repetição oral das palavras e das sílabas, em trabalho autocorretivo, pela 
aluna. 
 
 
 
 
 
 
Um exemplo de ficha de 
ortografia corretiva 
E-Book – “Dislexia” 
 
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 Escolhemos, para este exercício, letras tridimensionais de material plástico 
colorido contendo um íman, que vulgarmente se fixam na porta do 
frigorífico. Estas letras são habitualmente usadas para as lições de leitura 
de crianças do 1.º Ciclo «enquanto se faz o jantar». Tais letras serão de 
tipos, corpos e cores diferentes a fim de que a letra seja identificada como 
um objeto por via multissensorial. 
 Baseados na ideia de que o disléxico aprende melhor “fazendo do que 
ouvindo, lendo ou vendo fazer” o aluno será convidado a compor sílabas 
particularmente difíceis: aquelas que incluem uma consoante como t ou p 
seguido de r e de vogal ou uma consoante seguida de vogal e r. 
 Estas sequências surgem em diversas palavras e são frequentemente 
mal grafadas, e/ou fonte de hesitação e angústia, mesmo por alunos não 
disléxicos (– LOBO ANTUNES, 2009). 
 Podem observar-se em pares como perfeito/prefeito, pretérito/*pertérito, 
pretendente/*pertendente, preconceito/*perconceito… 
 
 Tendo ímanes, as letras serão afixadas no quadro branco, disponível em 
todas as salas de aula, da maioria das escolas. 
 Em seguida, ao aluno será pedido que complete a palavra grafando com 
o marcador grosso as sílabas restantes, de modo a completar a palavra. 
 Não é demais salientar a importância do uso de ferramentas de escrita 
espessas, dado que à dislexia e disortografia estão frequentemente 
associadas dificuldades a nível da perceção visual e motricidade. Não há 
muito tempo era recomendado que aos alunos disléxicos fosse fornecido 
um tubo portagiz ou um marcador enrolado em fio que, por sua vez, seria 
coberto com fita cola para que o movimento da escrita se tornasse, assim, 
mais largo. Pelos mesmos motivos, o uso do quadro era recomendado, em 
detrimento do papel. 
 preconceito/perconceito 
 pretendente/pertendente 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 34 de 41 
 
 
 Em sequência, o professor alterará a ordem das letras ímanes, 
discutindo com o aluno a correção ou incorreção da nova palavra. 
De novo se deslocarão as letras ímanes para uma zona do quadro que 
esteja ainda em branco e nova palavra será produzida. 
 
 Uma outra dificuldade ortográfica recorrente é a grafia das terminações 
das terceiras pessoas do plural dos verbos. Aqui o problema está na 
hesitação: será «eles foram» ou «eles forão»? «Eles fizeram» ou «eles 
fizerão»? E será «eles faram» ou «eles farão»? Aqui a nossa proposta é a 
seguinte: ao aluno será pedido que escreva o radical da palavra e faça uma 
pausa. Depois escolherá a terminação que lhe parecer mais correta, 
colocando as letras ímanes, que estarão previamente alinhadas ao lado nas 
duas combinações possíveis. 
 eles faram eles farão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esta foi uma estratégia simples, usada numa turma especial, composta por 
alunos entre os 12 e os 18 anos que coloca ao docente algumas preocupações de 
motivação e interesse, pelo que a reeducação se espera uma tarefa difícil, senão 
impossível. 
 Docente da turma ES do Cartaxo 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 35 de 41 
 
 
8. Dislexia – E agora? 
 
 Durante esta Oficina de Formação 
foram sendo visionadas partes deste filme 
que motivou algumas das reflexões 
surgidas em torno da complexidade que é 
ter um filho disléxico na escola, sem 
conseguir atingir os níveis de sucesso que 
são inerentes às expectativas dos pais, 
quando estes enviam os seus filhos à 
escola. 
 
 Recomenda-se vivamente que o mesmo possa também ser visionado 
pelos pais, cujas crianças e jovens vêm somando fracassos e rejeição em 
relação às aprendizagens. 
 
http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Todas as famílias têm, expectativas positivas sobre os seus filhos, 
assim, ter um filho que não corresponde, não é simples e acarreta muitos 
sofrimentos, procura por respostas que nem sempre se encontram e aumento 
das tensões familiares. 
 Os pais e encarregados de educação precisam de informação adequada 
nestas e noutras situações, para saberem o que se passa com os seus 
educandos e a melhor forma de os acompanhar no seu percurso escolar. 
 
 Decidimos frequentar a Ação de Formação” Intervenção e reeducação 
pedagógica no âmbito da Dislexia e Disortografia”, pois desejamos 
adquirir competências para conhecermos melhor as dificuldades que as 
crianças disléxicas, e os seus pais, sentem ao longo do seu percurso 
escolar e tentarmos ajudá-los nesse percurso, minimizando os 
resultados escolares menos bons, os sentimentos de inferioridade e de 
incapacidade. 
Psicóloga e Docente EE – turma da ES Azambuja 
http://www.youtube.com/watch?v=6rxSS46Fwk4
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 36 de 41 
 
 
 Após terem sido acionados os mecanismos para o acompanhamento do 
aluno a nível escolar, e depois da elaboração do Relatório Técnico-
Pedagógico, há que avaliar a necessidade de intervenção por parte de outros 
profissionais. 
 O psicólogo clínico deverá intervir na área do apoio psicológico ao jovem 
e sua família, pois normalmente a família está fragilizada e a criança/ jovem 
pode apresentar perturbação do comportamento, do humor, de oposição e 
baixa autoestima. Os fatores motivacionais são igualmente importantes no 
desenvolvimento da capacidade leitora dado que a melhoria desta competência 
está altamente relacionada com o querer, com a vontade de persistir, pese 
embora, as dificuldades sentidas e a não obtenção de resultadosimediatos. 
 Por outro lado estes alunos apresentam estilos de aprendizagem que 
exigem estratégias adequadas de ensino em conformidade com as 
características da sua aprendizagem, bem como um treino mais intensivo em 
termos de estudo e organização dos seus tempos de estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[…] não podemos deixar de considerar a família como um dos 
principais fatores de intervenção e de influência no processo de 
desenvolvimento e de aprendizagem. (TAVARES e ALARCÃO, 1985) 
 
 
 
CONSELHOS / ESTRATÉGIAS PARA AJUDAR O SEU FILHO: 
 Ajude-o na organização do tempo: 
 Utilizar um caderno/ agenda para tomar nota dos deveres; 
 Registar as datas importantes num calendário; 
 Fazer uma lista de tarefas a realizar e os prazos para a realização das 
mesmas; 
 Elaborar um horário de trabalho; 
 Colabore na organização do estudo: 
 Fazer rascunhos; 
 Elaborar e rever esquemas: 
 Reforçá-lo positivamente quando conclui as tarefas com sucesso; 
 Incentivá-lo a rever as matérias e não deixar tudo para a véspera dos 
testes; 
 Fazer perguntas, oralmente, sobre as matérias que são objeto de 
avaliação; 
 Não facilite e não seja benevolente, o aluno disléxico tem as mesmas 
capacidades que outro aluno 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 37 de 41 
 
 
9. Fontes de Consulta 
 
Bibliográficas 
 
 
Além dos documentos fornecidos no decurso das sessões presenciais e via Moodle pela 
formadora, foram utilizadas as seguintes obras: 
 
Correia, Luís (1999). “Alunos com NEE nas Classes Regulares”. 1- Coleção Educação 
Especial. Porto: Porto Editora. 
Correia, J. A. (2003). A Construção Politico-Cognitiva da exclusão social no campo 
Educativo. In Rodrigues, D. (org.) (2003). Perspetivas sobre Inclusão. Da Educação à 
Sociedade. Porto: Porto Editora. 
Castanheira, Ercília Textos e materiais de Apoio.2013/2014 
Correia, L. (2005). “A Escola Contemporânea, os Recursos e a Inclusão de Alunos com 
Necessidades Educativas Especiais. Atas do Encontro Internacional Educação”. 
Correia, L. M. (2008). “Inclusão e Necessidades Educativas Especiais” - Um guia para 
educadores e professores (2ª edição, revista e ampliada). Porto: Porto Editora. 
Costa, M.E. (2003). Gestão de Conflitos na Escola. Lisboa: Universidade Aberta 
Leitão, F. R. (2010). Valores Educativos, Cooperação e Inclusão. Salamanca: Luso-
Española de Ediciones. 
Dicionário Geral das Ciências Humanas, (dir. THINES, G. e LEMPEREUR, Agnés), 
Lisboa, Edições 70, [1984]. 
Lilian j. Meyer Riveros, Fabrício da Silva Soares, Elizabeth Munzlinger, “Sistema 
especialista: uma base para o pré-diagnóstico da dislexia “ 
Lobo Antunes, Nuno, Mal-entendidos, Lisboa, Verso de Kapa, 6.ª edição, 2012 (1.ª edição: 
2009). 
Tavares, José e Alarcão, Isabel, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, 
Coimbra, Livraria Almedina, 1985. 
 
SOTA MARTINS, A., (2008), A Escola e a escolarização em Portugal: representações dos 
imigrantes da Europa de leste, Lisboa, ACIDI 
C. ALVES-PINTO E M. TEIXEIRA, (org.), (2003), Pais e Escola - parceria para o sucesso, 
Porto ISET 
Declaração de Salamanca, 1994, Editada pela UNESCO. Pesquisado em 
http://redeinclusao.web.ua.pt/files/fl_9.pdf, consultado em 25-02-2012 
AMBRÓZIO, C., RIECHI, T., BRITES M., JAMUS, D., PETRI, C., ROSA, FAJARDO, 
(s/d), NEUROPSICOLOGIA TEORIA E PRÁTICA, ENEC. Pesquisado em 
www.proec.ufpr.br e consultado em 25-02-2012. 
FARIA, LUISA e FIGEIREDO, HELENA, V Congresso Galaico-Portugues de 
Psicopedagogia - Coruña & Santiago de Compostela, 20-23 de Setembro de 2000, pp. 933-
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consultado em 07-05-2012 
Fonseca, V. (2004). Insucesso Escolar – abordagem psicopedagógica das Dificuldades de 
Aprendizagem. Lisboa: Âncora Editora 
F. (2004). Lado a Lado – experiências com a dislexia. Lisboa: Texto Editora 
Cruz, V. (2007). Uma abordagem cognitiva da leitura. Lisboa: Lidel 
Nielsen, L. (1999). Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula. Um guia para 
Professores. Porto: Porto Editora 
Rocha, B. P. (1991). A Reeducação da Criança Disléxica. Lisboa: Editora Echer. 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 38 de 41 
 
 
Webgrafia 
 
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edu.pt/upload/AEE_2008_DRLVT/AEE_08_Agr_Jose_Relvas_R.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf
http://www.drealg.min-edu.pt/upload/docs/dsapoe_ee_cif_cj_manual.pdf
http://www.europarl.europa.eu/meetdocs/committees/empl/20011023/451792PT.pdf
http://www.european-agency.org/publications/flyers/lisbon-declaration-young-peoples-views-on-inclusive-education
http://www.european-agency.org/publications/flyers/lisbon-declaration-young-peoples-views-on-inclusive-education
http://www.dyslexia-reading-well.com/assistive-technology-for-dyslexia.html
http://www.ige.min-edu.pt/upload/AEE_2008_DRLVT/AEE_08_Agr_Jose_Relvas_R.pdf
http://www.ige.min-edu.pt/upload/AEE_2008_DRLVT/AEE_08_Agr_Jose_Relvas_R.pdf
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 39 de 41 
 
 
 
10. Anexos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalhos realizados pelos formandos: 
 
 Folhetos informativos para pais e docentes 
 Blogs onde organizaram alguma informação dispersa, sobre a temática 
da dislexia 
 Instrumentos a usar na sala de aula 
 
 
 
 
 
 
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 40 de 41 
 
 
Ligações para outros trabalhos dos formandos: 
 
 
 Trabalho “ Medidas legislativas e avaliação específica” 
 http://prezi.com/di_n55qrw__0/dislexia/ 
 
 Blog Materiais sobre Dislexia 
 http://materiaisdislexia.blogspot.pt/ 
 
 Blog sobre “Recursos para a Dislexia” 
 
 http://recursosdislex.blogspot.pt/ 
 
 
 Folheto Informativo para Pais 
 
 Folheto sobre Sinais de Alerta 
 
 Folheto sobre Disortografia 
 
 Folheto sobre “Dislexia” 
 
 Criação de Mapa Mental 
 
 Produção de texto – O Tesouro 
 
 Caracterização de um caso e materiais de apoio 
 
 Guia para Professores 
 
 Construção Fonológica 
 
 
http://prezi.com/di_n55qrw__0/dislexia/
http://materiaisdislexia.blogspot.pt/
http://recursosdislex.blogspot.pt/
E-Book – “Dislexia” 
 
Dislexia e Disortografia Página 41 de 41 
 
 
Formandos participantes na elaboração dos conteúdos: 
 
Turma - Escola Secundária de Azambuja 
 
Ana Luísa Brigantim Pereira Bochicchio 
Ana Maria Ferreira Dias 
Cláudia Isabel dos Santos Arsénio Malandras 
Eugénia Maria Ribeiro Diniz 
Georgina Vieira Leal 
Helena Maria Pinto Martins da Fontoura 
Margarida Maria Santos Coelho Martinho 
Maria de Fátima Farinha Silva 
Maria Isabel Fernandes Damião 
Rafael Luís Marçal Severino 
Márcia Judite Pereira de Castro Barroso Soares Alves 
 
Turma - Escola Secundária do Cartaxo 
 
Alcínia Fernanda de Figueiredo 
Ana Cristina Tavares da Fonseca 
Ana Paula Gonçalves Pacheco Lains 
Cristina Maria Mascarenhas Cavaco Neto 
Margarida Pereira Duarte 
Maria do Rosário Feteira de Carvalho 
Maria Helena Godinho da Silva Sousa 
Maria Helena Guilherme Gustavo 
Maria Irene da Costa Mascote Silva Coelho 
Maria José Negreira Magalhães 
Rui Albano Duarte 
Sandra Marina Coelho Piscalho de Paula 
Sofia Amélia de Barros Doutel 
António Oliveira Gonçalves Lopes 
 
 
Organização dos conteúdos 
 Ercília Maria Marques da Cruz Castanheira (Formadora) 
 
 
 
Colaboração na edição 
 Pedro Oliveira (Engenheiro informático)

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