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Resumo do Livro O que faz brasil, Brasil

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Resumo do livro O que faz brasil, Brasil? Roberto DaMatta 
o-que-faz-o-brasil- 
1. O que faz o brasil, Brasil? Roberto DaMatta Milena Dalsente Brasilidade II Primeiro 
Capítulo - O que faz o brasil, Brasil? A questão da identidade O livro gira em torno de uma 
incógnita, que possui inúmeras respostas, onde o autor faz comparações com o “brasil” escrito 
com letra minúscula, que para ele significa um objeto sem vida e o Brasil escrito com letra 
maiúscula, o qual se refere a algo mais complexo, com fronteiras e territórios, nossa real 
cultura. Roberto DaMatta atribui uma ênfase muito grande ao citar as características do 
jeitinho brasileiro. E é o nosso jeitinho malandro, a apreciação pelas festas e comidas típicas, 
por exemplo, que caracterizam nossa identidade cultural, algo que é visível em todos os 
lugares. Ao desenrolar da história o autor nos mostra que a identidade brasileira se constrói 
duplamente. Um destes modos seria utilizando dados estatísticos demográficos e econômicos, 
por exemplo. Já o outro modo se refere a tudo o que consideramos importante, nossa família, 
religião, moralidade, o nosso jeitinho onde podemos ver a nós mesmos como algo que vale a 
pena. E são essas atribuições que fazem do brasil, Brasil Conforme Roberto DaMatta (1986 
p.13) Aqui, o que faz o brasil, Brasil não é mais a vergonha do regime ou a inflação galopante 
e “sem vergonha”, mas a comida deliciosa, a música envolvente, a saudade que humaniza o 
tempo e a morte, e os amigos que permitem resistir a tudo... Por fim, o autor demonstra com 
objetivo nos mostrar, ao longo da história, a diferença entre esses dois “Brasis” e como estes 
se ligam entre si formando aquilo que chamamos de “pátria”. Segundo Capítulo - A casa, a 
rua e o trabalho 
2. Logo no segundo capítulo, o autor faz uma comparação com a casa, à rua e o trabalho. 
DaMatta refere-se a casa como um lugar moral e não apenas algo físico para onde vamos após 
nossas rotinas. Para ele, é em casa onde encontramos desde as relações mais íntimas da 
família até a vergonha que caracteriza uma residência, ou seja, um espaço de forte moral que 
contribui para sermos quem somos. Diferente da casa, que ordena um mundo à parte, para 
DaMatta a rua é um lugar de movimento que mostra a dura realidade da vida. Como citado 
pelo autor (1986 p. 20) No Brasil, casa e rua são como os dois lados de uma mesma moeda. O 
que se perde de um lado, ganha-se do outro o que é negado em casa – como o sexo e o 
trabalho –, tem-se na rua.” A rua complementa a casa e vice-versa e por isso “ser você mesmo 
pode ser perigoso. Porém, é na rua que encontramos o trabalho. Ação esta que os brasileiros 
veem como um castigo, onde damos de cara com a concorrência e a chefia. E é em meio a 
isso que surgem críticas e concepções como julgar aqueles que enriquecem facilmente sem o 
mínimo de esforço ou aqueles que abandonam seus próprios empregos para trabalharem para 
outros. Mas, o que o povo não percebe é que é possível enriquecer honestamente e ganhar 
dignidade neste local. O problema é que não podemos esperar muito de uma sociedade onde o 
trabalho escravo predominava, onde um tirava o trabalho de outro e todos viam o 
representante como um todo. O fato é que em meio a casa e a rua, o trabalho se torna algo 
difícil de compreender. Terceiro Capítulo - A ilusão das relações raciais Neste capítulo, 
DaMatta analisa a miscigenação das “raças” que alguns autores, como Agassiz, Buckle e 
CoutyQuarto veem como um problema na construção da nossa identidade brasileira. Em 
seguida, ele compara a relação social do Brasil com os EUA. Nos Estados Unidos existem 
diversas divisões como, por exemplo, há escolas para brancos e escolas para negros, ônibus 
para brancos e ônibus para negros, isso se dá devido à legislação rígida e racista presente no 
país. Já aqui no Brasil o que ocorre é a exclusão de um todo como citado pelo autor. 
 
3. (1986 p.29) “Mas aqui, conforme sabemos, há uma radical exclusão de todas as categorias 
intermediárias...” a diferença é que aqui prevalece um triângulo racial ao contrário de lá que 
as raças se encontram cada uma em seu lugar. DaMatta acredita que vários valores 
discriminatórios foram impostos durante a nossa colonização o que leva o autor a concluir que 
o nosso preconceito é bem mais contextualizado do que o norte americano, que é direto e 
formal. Quarto Capítulo – Sobre comida e mulheres Neste capítulo o autor afirma que a 
sociedade se manifesta por vários espelhos e idiomas. Em nossa sociedade ganhamos 
destaque na comida e nas mulheres. Ao longo da história Roberto DaMatta discute os 
diversos significados que podem ser atribuídos a palavra comida e ao ato de comer e também 
faz comparações ao “cru e cozido”. Para ele, o cru está ligado à dureza dos fatos, as 
dificuldades que a sociedade enfrenta. Já o cozido refere- se á algo pronto e bem elaborado, 
algo que nos trás um conforto. Ao decorrer da história o autor nos diz que o que faz do Brasil, 
Brasil é toda essa mistura de raças e classes sociais através da comida, ou seja, são esses 
pratos e as nossas diversas formas de nos alimentar que nos diferenciam de outros países. 
Conforme DaMatta (1986 p.36) Para nós, brasileiros, nem tudo que alimenta é sempre bom 
ou socialmente aceitável. Do mesmo modo, nem tudo que é alimento é comida. Alimento é 
tudo aquilo que pode ser ingerido para manter uma pessoa viva, comida é tudo que se come 
com prazer, de acordo com as regras mais sagradas de comunhão e comensalidade. O 
conceito de alimentar-se aqui no Brasil é de longe diferente de comer. Alimentar-se seria algo 
que comemos para sobreviver, enquanto por outro lado, comer é alquilo que é prazeroso, que 
amamos. O autor também faz uma analogia com as mulheres, as quais possuem um papel 
indispensável quando o assunto é comida. Assim como outras palavras, “comer” também 
pode ser interpretado de diversas maneiras. Ela pode se aplicar ao fato de comer uma comida 
ou comer alguém e são essas aplicações que DaMatta explica. 
4. Quinto Capítulo – O carnaval, ou o mundo como teatro e prazer. Neste capítulo, o autor 
busca explicações para entendermos de que forma o carnaval serve de teatro e prazer para o 
mundo. Como afirmado pelo autor (1986 p.47) Todos os sistemas constroem suas festas de 
muitos modos. No caso do Brasil, a maior e mais importante, mais livre e mais criativa, mais 
irreverente e mais popular de todas é, sem dúvida, o carnaval. De acordo com a perspectiva do 
livro entendemos que o carnaval cria situações onde várias coisas são possíveis e outras tantas 
devem ser evitadas. DaMatta define o carnaval como “liberdade” onde trocamos o dia pela 
noite, onde o uso de fantasias permite a troca de posição na qual você pode ser o que você 
quer, contrariando o uso de uniforme, que para o autor é usado no dia a dia para criar uma 
ordem. Além disso, o autor vê o carnaval como uma ocasião em que nossa vida monótona 
deixa de ser operativa e justamente em função disto, um momento extraordinário acaba 
surgindo. Em outro exemplo, refere-se a um momento onde podemos deixar de viver a vida 
como um castigo. Ou seja, o carnaval é basicamente uma inversão do mundo, onde temos a 
chance de nos fantasiarmos de alguém que sempre desejamos ser. Sexto Capítulo - As festas 
da ordem. As festas permitem descobrir oscilações entre uma visão alegre e uma leitura 
soturna da vida, onde nem tudo pode ser considerado maravilhoso. São nestas ocasiões que 
tomamos consciência de coisas gratificantes e dolorosas. Enquanto o carnaval busca ligar a 
casa, a rua e outro mundo propondo a abertura de várias portas com objetivo de abolir todas 
as diferenças, os ritos cívicos e religiosos buscam fazer o mesmo, mas com propostas 
diferentes. 
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 Já no caso das festas da ordem as diferenças são mantidas, isso porque o que se estácelebrando são a própria ordem social, com suas diferenças e gradações, seus poderes e 
hierarquias. Isto é visível na seguinte afirmação do autor (1986 p.55) “o carnaval promovendo 
a igualdade e a supressão de fronteiras, e as festas cívicas e religiosas promovendo a sua 
glorificação e manutenção.”. 
5. Conforme afirmação (1986 p.57) Nas festas da ordem, a ênfase é sempre colocada na 
ordem, na regularidade, na repetição, na marcha ordeira, no cântico cadenciado, no controle 
do corpo... Isso demonstra que as autoridades são o foco e que ao contrário do carnaval você 
não possui a chance de tentar parecer ser alguém que você realmente não é, isto é notório no 
exemplo dado pelo próprio autor (1986 p.58) “..se a pessoa não tem qualquer autoridade ou 
posição social e faz parte daquilo a que chamamos genericamente “povo”, é deste lado que 
deve ficar.”. Roberto DaMatta faz com que se perceba que estas festas da ordem estão 
presentes tanto em uma formatura quanto em um batizado, basta possuírem um centro (que ao 
contrário do carnaval, é descentralizado), isso nos mostra que tais festas são mais 
legitimadoras do que comemorativas, onde o que se pretende comemorar é o mundo tal como 
ele é na sua forma cotidiana. Sétimo Capítulo - O modo de navegação social: a malandragem 
e o “jeitinho” Neste capítulo, Roberto DaMatta atribui muita ênfase ao “jeitinho” brasileiro, 
de tirar vantagem de uma desvantagem, quebrar leis, esticar prazos e como ele mesmo cita 
“...famoso e antipático “sabe com quem está falando?” seriam modos de enfrentar essas 
contradições e paradoxos de modo tipicamente brasileiro.” Com isso o autor deixa bem claro 
que o brasileiro sempre vai arrumar um jeito de se safar. Como exemplo, DaMatta cita países 
como EUA, França e Inglaterra onde as regras são obedecidas ou simplesmente não existem. 
O autor demonstra que nessas sociedades há uma coerência entre as regras e as práticas da 
vida diária o que resultam em uma boa civilização, disciplina e ordem da nação. Ao contrário 
do que ocorre no Brasil que como o próprio autor cita (1986 p.66) “os crimes admitem graus 
de execução, estando de acordo com o princípio hierárquico que governa a sociedade.”. O 
autor também faz comparações do “jeito” com a malandragem. Para ele o “jeito” é a forma 
pacífica que encontramos para conciliar nossos problemas (1986 p.66) “O “jeito” é um modo 
e um estilo de realizar.”. Já a malandragem seria outro modo de conciliarmos nossos 
problemas, estando a 
6. nossa disposição para utilizarmos quando julgarmos necessária, (1986 p.68) “O malandro, 
portanto, seria um profissional do “jeitinho” e da arte de sobreviver nas situações mais 
difíceis.”. Ou seja, alguém que mesmo em meio à dificuldade da um “jeitinho” de satisfazer a 
própria vontade. A malandragem do brasileiro não se justifica, mas tudo isso é uma questão 
de como a sociedade é conduzida. A partir do momento em que um cidadão desobedece às 
regras e não é punido de forma correta, os outros não veem motivo para não fazer o mesmo já 
que estes possuem exemplos diários de que burlar as regras pode sim trazer benefícios. Oitavo 
Capítulo - Os caminhos para Deus No último capítulo o autor diz que (1986 p.73) Se na casa 
e na rua utilizamos o idioma do dinheiro e a linguagem das cifras, dos números, dos salários, 
dos cálculos e das coisas práticas deste mundo, no universo da religião estamos muito mais 
interessados em conversar com Deus... Ou seja, dentre os caminhos para se chegar a Deus, o 
foco é a religião. Para o autor é como se a religião marcasse significativamente a vida de cada 
um e proporcionasse um sentimento de comunhão com o universo todo. 
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Além disso, DaMatta acredita que a religião é um modo de ordenar o mundo. Como ele 
mesmo diz (1896 p.74) 
Assim, a religião pode explicar também por que existem ricos e pobres, fortes e fracos, 
doentes e sãos, dando sentido pleno às diferenciações de poder que percebemos como parte do 
nosso mundo social. Assim como há uma diferenciação no Céu, haveria também uma 
diferenciação na terra, muito embora, aos olhos do Criador, todos sejam singulares e amados 
igualmente. O autor também diz que a religião oferece perguntas e respostas que não podem 
ser respondidas pela ciência ou pela tecnologia. Conforme o autor (1986 p.75) A religião 
marca e ajuda a fixar momentos importantes na vida de todos nós. Desse modo, nascimentos, 
batizados, crismas, comunhões, casamentos e funerais – todos os momentos que assinalam 
dramaticamente uma crise de vida e uma passagem na escala da existência social – são 
marcados pela presença da religião. 
7. Isso ocorre simplesmente pelo fato de que a religião tem a capacidade de compreender algo 
complexo que não esta ao nosso alcance. Ao desenrolar da história, Roberto DaMatta faz 
indagações de por que se falar com Deus, e a esta pergunta cabem-se inúmeras respostas. Em 
um país de política falha e de carnaval o ano inteiro, os brasileiros buscam conversar com 
Deus na tentativa de uma salvação ou até mesmo da esperança por um mundo melhor. 
 
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